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Parasitas em Pescado: legislação e técnicas de pesquisa

O estudo dos Parasitas é muito importante devido aos seus efeitos deletérios para a saúde e
economia. Em se tratando especificamente de pescado, observamos uma situação complexa
em razão da imensa variedade de espécies e o vasto habitat marinho e de água doce. Ao
analisarmos os estudos e artigos existentes sobre parasitas em pescado podemos concluir a
inexistência de pescados sem parasitas, inclusive, alguns estudos já relataram mais de 50 tipos
de parasitas em pescados que, mesmo não sendo a totalidade, muitos destes são zoonóticos
ou potencialmente zoonóticos, como por exemplo: Anisaquídeos, Difilobotrídeos,
Eustrongylideos. E em consequência do hábito de consumo de pescado cru cada dia mais
difundido e crescente na sociedade, notamos assim a relevância do tema e o grande desafio de
abordagem técnica na área.
Por esta complexidade, os órgãos de saúde no âmbito nacional e internacional, como a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS),
estabelecem diretrizes, orientações, recomendações e alertas sobre as formas de consumo
seguro, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) elaborou um
manual de garantia de qualidade dos produtos da pesca onde o tema parasita está muito bem
inserido, assim como, os órgãos responsáveis pela fiscalização, regulação e normatização da
cadeia de produção de pescado até o seu consumo como o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA) possuem legislações/normas voltadas para a inspeção e reinspeção
específicas de pescado, seja para a pesquisa e identificação de parasitas em pescado, como
também, auditando e fiscalizando as empresas produtoras na área de pescado inclusive na
obrigatoriedade em contemplar este perigo/risco em seus programas de autocontrole.
O foco desta aula é conhecer as legislações e a prática da pesquisa de parasitas em pescado,
objetivando o estudo dos métodos de pesquisa, como o uso de candle table e luz negra, além
da amostragem e nível aceitável de infestação de parasitas de acordo com o Codex
Alimentarius que é um programa conjunto da FAO e da OMS que estabelece normas
internacionais na área de alimentos e serve de base para nossa legislação.

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