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GRANDE DO SUL
CAMPUS BENTO GONÇALVES
LIANE JANTSCH
SOFIA STEDETN
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SUMÁRIO
Campo Vitícola 4
Campo enológico 5
Flor 5
Corpos cetônicos 6
Volta 7
Fermentação do Glicerol 8
Defeito herbáceo 12
Etanal 12
Álcoois superiores 13
Defeito geraniol 13
Campo mercadológico 14
Cheiro de rolha 14
Gosto de luz 15
Casses 15
Casse proteica 15
Casse oxidásica 17
Casse metálica 19
Casse férrica 21
Casse cúprica 24
REFERÊNCIAS 28
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Campo Vitícola
São os produtos que são empregados na luta das enfermidades e pragas dos
vinhedos. No estado residual dos mostos, esse é mais frequente em vindimas
mecânicas.
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Ataques de botrytis na vindima
Campo enológico
Flor
5
Corpos cetônicos
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Manítica – pico láctico
Volta
7
O vinho com volta perde acidez fixa e ganha acidez volátil. O ácido essencial
do vinho, que condiciona a sua força ácida, o seu gosto e o seu corpo a
desaparecer, torna o vinho fraco e brando (Peynaud, 1981). Um vinho tinto com
volta perde sua vivacidade de cor, tornando-se apagado e acastanhado. O
desenvolvimento microbiano turva o vinho e distinguem-se por vezes ondas
sinuosas quando se agita o vinho no copo. É perceptível a presença de gás
carbônico no vinho (Peynaud, 1981). Têm-se aroma e sabor desagradável
"gosto de rato" (Silva).
Fermentação do Glicerol
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A produção de acroleína pela transformação de 3-hidroxi propanal, é
responsável pelo aroma de picante com pequenas notas de plástico, odores
butírico e pútrido também se fazem presente. Um vinho com fermentação de
glicerol apresenta acidez aumentada, e gosto amargo.
Van der Walt e Van Kerken (1958), num estudo sobre leveduras de vinhos
sul-africanos, realçam a importância da espécie Brettanomyces spp. . Estes
autores, afirmaram que esta espécie está ausente nas uvas e mostos, fazendo
parte da flora contaminante do equipamento e ambiente das adegas, sendo
particularmente perigosa para vinhos mantidos em depósitos, considerando-a
uma levedura resistente ao etanol, conseguindo desenvolver-se em vinhos com
13% (v/v) de álcool, e resistente ao SO2 (Ferreira, 1990).
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Brettanomyces/Dekkera apresenta uma morfologia muito diferente das
leveduras de fermentação, são mais pequenas, bastante heterogêneas devido
ao tipo de gemulação que as caracteriza, apresentando algumas células em
formas ogivais. Podem apresentar também formas elípticas, afiadas nas
pontas, lembrando a forma de um limão (Gonçalves, 1996).
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Chatonnet et al., (1995) sugere que concentrações muito baixas de açúcar
residual de um vinho (0,275 g/L de glicose, frutose e galactose e trealose) será
o suficiente para promover o crescimento de Brettanomyces e prejudicar os
aromas do vinho (Fugelsang et al., 2007).
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As leveduras podem se disseminar de um ano para outro, podendo contaminar
em larga escala. Caso o vinho esteja infectado deve-se optar pela filtração por
membrana, uma vez que esta confere uma redução no impacto sensorial do
produto, especialmente quando se trata de um vinho tinto (Fugelsang et al.,
1993).
Defeito herbáceo
Sua proveniência está relacionada com os tratamentos mecânicos sofridos pela
vindima através de máquinas, com presença de folhas mesmo com a colheita
manual, pela degradação enzimática em presença de oxigênio dos ácidos
graxos da videira (engaço, folhas, ramos) ou pela colheita de uva com
maturação insatisfatória em cachos com muitas bagas verdes;
A causa determinante vem de dois constituintes: hexanol e cis 3 hexanol
(FLATH; BUTTERY)
e provém ainda da riqueza em álcoois superiores e também de compostos
menores como aldeídos e pirazinas e, igualmente, da presença de ervas,
folhas esmagadas, alcachofra, feno. Tratamento preventivo, regulagem das
máquinas de extração dos mosto ou desengaçadeiras, evitando a trituração.
Etanal
O etanal é um produto intermediário da fermentação alcoólica e provém de
uma alteração no vinho durante a fase fermentar ou no curso da sua
conservação, nas aguardentes, o etanal reage com o álcool para formar o
acetal. A presença de acetaldeído produz a oxidação do álcool etílico, que é
estritamente ligados aos fenômenos de oxidações, as precipitações dos
compostos fenólicos da matéria corante, em particular do envelhecimento do
vinho. O acetaldeído é considerado o principal agente dos processo de
fermentação dos açúcares e da acidez acética. Como tratamento preventivo é
recomendado atestos frequentes nos recipientes e doses adequadas de
dióxido de enxofre no final da fermentação alcóolica não ultrapassando 2g/Hl.
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Álcoois superiores
A produção de etanol pela via fermentativa é acompanhada pela formação de
compostos como glicerol, ácido succínico e álcoois superiores. A presença de
álcoois superiores no meio fermentativo é indesejável nas destilarias porque
dificulta a obtenção do etanol puro.
São vários compostos, como propanol-1, metil 2 propanol, isobutil, metil 2
butanol, metil 3 butanol, etc. Sua presença é muito pequena, variando entre 0,1
e 0,5 gramas por litro.
A formação de álcoois superiores nas leveduras ocorre através da
descarboxilação de cetoácidos intermediários da biossíntese de aminoácidos
seguida de redução de aldeídos pela desidrogenase alcoólica (WEBB &
INGRAHAM, 1963).
Do ponto de vista organoléptico, podem ser elementos negativos, pois
possuem aromas desagradáveis mas, com os anos e o estágio adequado,
podem dar origem a ésteres sensorialmente agradáveis. São álcoois com
elevado poder de toxicidade. Como tratamento preventivo, a recomendação é
procurar reduzir a produção de borras na fase de trabalho mecânico na vindima
e a seleção de leveduras.
Defeito geraniol
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Ácido sulfídrico e mercaptanos
Campo mercadológico
Cheiro de rolha
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Gosto de luz
Casses
Casse proteica
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exclusiva de vinhos brancos pois seu conteúdo fenólico é muito inferior ao de
vinhos rosés e tintos, onde o mosto permanece em contato com a película das
uvas durante a maceração.
Tratamentos precipitantes:
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coagulação das proteínas pelo calor e sequente precipitação do coagulado pelo
frio;
- Filtração tangencial.
Tratamentos adsorventes:
Tratamentos hidrolizantes:
Tratamentos establizantes:
Casse oxidásica
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amplamente responsável por degradações oxidásicas. Além da lacase, outras
enzimas do grupo das polifenol-oxidases liberadas no meio durante o
rompimento da película e prensagem da uva aceleram os processos de
oxidação de polifenóis.
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Existem diversas formas de prever a ocorrência de uma casse oxidásica,
porém, a mais simples é a seguinte: manter uma amostra de vinho em contato
com o ar por um tempo mínimo de 12 horas. Após este período, se o vinho
manter-se límpido e sem precipitados não há risco de casse oxidásica, se,
porém, apresentar turvação, devem ser tomadas medidas preventivas ou
corretivas no produto.
Tratamentos preventivos:
- Sulfitagem adequada;
Tratamentos curativos:
- Filtragem e sulfitagem.
Casse metálica
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compostos por ligas metálicas inapropriadas ou unicamente por metais como o
ferro e até metais pesados como o cobre, chumbo e estanho e ligas metálicas
como o bronze.
O ferro em estado ferroso (Fe II) e o cobre em estado cúprico (Cu II) são
perfeitamente estáveis nos vinhos, porém, basta que mude seu estado de
oxi-redução, para férrico (Fe III) e cuproso (Cu I), respectivamente, para que
ocorra uma insolubilização seguida por uma turvação, a qual deve ser evitada
mediante as aplicações de tratamentos de estabilização oportunos.
A maior parte dos íons metálicos presentes no mosto são perdidos durante o
processo fermentativo por uma co-precipitação com células de leveduras. Os
tratamentos mais comuns são agentes quelantes ou descolorantes como
gelatina, PVPP e carvão ativado.
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Casse férrica
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rosés. A casse branca ocorre devido à união do ânion fosfato (PO43-),
encontrado amplamente nos vinhos, com átomos de ferro trivalente, formando
o fosfato férrico (PO4Fe). Quando este fosfato férrico solúvel é oxidado à sua
forma insolúvel, cria a turvação esbranquiçada característica da casse branca.
Esta turvação pode ocorrer devido à oxidação do fosfato férrico ou pela reação
entre o fosfato férrico e proteínas solúveis. A casse branca é formada
unicamente em vinhos com valores de pH abaixo de 3,6, geralmente suprimida
em temperaturas baixas e sua ocorrência aumenta bruscamente quando a
concentração de ferro atinge valores iguais ou superiores a 15 a 20mg/L.
A casse azul ocorre devido a reação entre átomos de ferro trivalente e taninos
instáveis, por conta disso, vinhos tintos são mais suscetíveis à casse azul. A
concentração crítica de ferro no vinho para a formação de uma casse azul é
difícil de predizer pois esta depende diretamente do valor de pH. Ao reagirem,
ferro e taninos instáveis geram complexos insolúveis que causam uma turbidez
de coloração azulada, o que dá nome a esta casse.
De forma geral:
ou → casse branca
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Fe3+ insolúvel + PO43- + proteínas solúveis
A estimativa de risco de uma casse férrica pode ser feita de forma empírica da
seguinte maneira: em um laboratório, encher uma garrafa ou vidraria até a
metade com a amostra do vinho a ser analisado, arejando-a muito bem. Após a
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aeração, o recipiente deve ser colocado em condição de escuro em
refrigerador. Após o período de 48 horas, os vinhos propensos à formação de
casse férrica apresentam turbidez, enquanto os outros permanecem límpidos.
- Ferrocianeto de potássio;
- Refrigeração.
- Goma arábica.
Casse cúprica
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sulfetos cúprico e cuproso no vinho. Os sulfetos podem simplesmente
precipitar, formando um depósito marrom-avermelhado no fundo da garrafa,
mas podem também reagir com proteínas, tornar-se insolúveis, flocular e
formar uma turbidez avermelhada. A casse cúprica é particularmente um
problema em vinhos brancos, mas também pode causar nuvosidade em rosés.
Vinhos com concentrações de cobre maiores que 0,5mg/L são particularmente
suscetíveis à ocorrência de uma casse cúprica (LANGHANS AND
SCHLOTTER, 1985).
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inicial e produzindo ácido sulfídrico (H2S), que traz odores desagradáveis ao
vinho e se volatilizar ou permanecer dissolvido no meio e dar continuidade ao
processo de formação da casse. Por fim, na terceira etapa, o ácido sulfídrico
dissolvido resultante reage com os íons cúpricos, formando por fim sulfeto de
cobre, um sal insolúvel que causa a turbidez do vinho e, com isso, a casse
cúprica.
De forma geral:
- Sulfeto de sódio;
- Ferrocianeto de potássio;
- Batonagem.
- Aquecimento;
- Goma arábica.
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Outras casse metálicas
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REFERÊNCIAS
SOMERS, T. C.; ZIEMELIS, G. Flavonol haze in white wines. Vitis, 24, 43-50,
1985.
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