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civilizacionald

a Europa
Ocidental

Escola Básica e
Secundaria Levante
da Maia/ 10ºB
2017/2018

Rafael Querido Nº25


Ana Rita Nº2
Beatriz Alves Nº8
Margarida Lima Nº21

[Escreva texto]

Índice
Introdução …………………………………………………………………… 2

1.1 Poderes e crenças – multiplicidade e unidade ……………………………2

1.1.1 A multiplicidade de poderes ………………………………………….2

1.1.2 A unidade da crença ………………………………………………….5

1.2 O quadro económico e demográfico- expansão e limites do crescimento.10

1.2.1 A expansão agrária e o crescimento demográfico…………………….10

1.2.2 O renascimento das cidades e a dinamização das trocas………………10

1.2.3 As grandes rotas do comércio externo…………………………………11

Conclusão ………………………………………………………………………15

Bibliografia

 Um novo tempo de Historia:10 º ano; Porto Editora


 Resumos.net
 Historiaonline.blogspot.com
 Wikipédia

1
Introdução
O trabalho que nós vamos apresentar é sobre a Identidade Civilizacional da
Europa Ocidental. Este trabalho foi-nos proposto pela professora de História e foi
dividido em quatro partes iguais:

i. A multiplicidade de poderes que aborda a constituição das unidades políticas e


a imprecisão de fronteiras.

ii. A unidade da crença que aborda o poder do Bispo de Roma e a Cristandade


Ocidental face a Bizâncio e ao Islão.

iii. A expansão agrária e o crescimento demográfico que fala sobre a economia e o


comércio;

iv. As grandes rotas do comércio externo que fala sobre o comércio e a grande
peste.

O principal benefício deste trabalho foi a ajuda que nos vai prestar para uma
melhor compreensão da matéria e para estudar para o teste e a maior dificuldade que
tivemos foi em conseguir reunirmo-nos para a realização do trabalho

1.1- Poderes e crenças- multiplicidade e unidade

1.1.1- A multiplicidade de poderes

Após a queda do Império Romano do Ocidente, a Europa permaneceu num


período de instabilidade política. Ficou assim dividida em quatro unidades políticas

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diferentes que coexistiam: os senhorios (ducados e condados), as comunas, o império
e os reinos.

Os senhorios

O senhorio era um território onde um senhor exercia poder sobre a terra da


qual era proprietário sendo ele membro da nobreza ou do alto clero. Era composto por
bosques, terras aráveis, um ou mais aglomerados populacionais e um castelo do
senhor que se encontrava no centro do senhorio. O senhorio estava também dividido
em reserva, mansos e terras comunais.

Muitos senhores foram-se apropriando de um conjunto de poderes antes


exclusivos do rei, como o poder de julgar, punir, lançar impostos e recrutar homens
para o exército, possuindo autoridade sobre os homens que habitavam a terra. Este
conjunto de poderes tinha como nome ban ou bannus. Os camponeses que
exploravam as terras arrendadas estavam sob dependência do senhor e possuíam
certas obrigações, tais como: o pagamento de rendas, de peagens, da talha e o
cumprimento de corveias e de banalidades.

O duplo poder do senhor, tanto sobre os homens que habitavam o senhorio,


tanto a nível económico, foi uma das características mais marcantes dos tempos
medievais.

Ducados e condados

Os senhorios eram constituídos pelos condes e pelos duques que pertenciam


aos patamares mais elevados da nobreza medieval. Estes senhores possuíam
numerosos senhorios que muitas vezes aumentavam à custa de doações régias,
política de casamentos, etc. Devido ao patamar elevado tinham um pedaço de terra

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imensa que podia englobar muitas aldeias, vilas e até cidades importantes. Eles eram
ricos e poderosos e chegavam a afrontar o poder do rei.

Os Reinos

Os Reinos eram territórios extensos cujo chefe político era um rei ou uma
rainha que descendia de uma família nobre que se tivera destacado de forma militar
ou política. Para que um reino fosse estável era necessário possuir:

• O reconhecimento da superioridade de uma família que exercia o poder real


em regime hereditário.

O rei possuía um poder supremo que devia utilizar para garantir o bem de
todos.

• A delimitação de um território governado por um monarca.

Qualquer pessoa que nascesse no reino estava automaticamente dependente


do rei.

Assim sendo, um reino era constituído por um rei, por um território e pelos
seus habitantes.

O Império

No início do século IX houve uma primeira tentativa falhada de reconstituição


do Império Romano do Ocidente com a coroação de Carlos Magno, rei dos Francos,
feita pelo Papa em Roma no Natal do ano 800. No entanto esse império foi breve e
após a morte de Carlos Magno o território dividiu-se.

Mais tarde, no século X o sonho imperial renasceu com Otão I (936-973) que
era um aliado do Papa e foi coroado por ele. Este império era constituído por

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territórios germânicos e italianos e passou a designar-se Sacro Império Romano-
Germânico mas desmoronou-se devido às rivalidades entre o imperador e o Papa, e o
poder imperial foi enfraquecido.

No século XIII, o Sacro Império era somente um conjunto de territórios


governados por príncipes que nomeavam um imperador que não possuía poder
permanente.

As comunas

No século XI a Europa estava a atravessar um período de paz e as cidades


reanimaram. Os habitantes dessas cidades procuravam forma de deixarem de estar
dependentes dos senhores, livres de taxas e de impostos, e por isso, reivindicaram a
sua autonomia. Esses habitantes apresentavam as suas opiniões aos senhores e devido
ao facto desses se encontrarem raramente de acordo existiram as lutas comunais,
violentas e feitas por toda a Europa.

No século XII os burgos europeus receberam a "carta comunal". Eles


guardavam as cartas como se da sua vida tratasse já que nelas encontravam privilégios
e liberdades.

Foi principalmente na zona de Itália e Alemanha onde as comunas atingiram


privilégios administrativos de maior importância e também onde algumas cidades se
reorganizaram de formas completamente diferentes. Essas comunas eram governadas
por um conselho de burgueses e por um corpo de magistrados próprios que tinham
como função definir taxas, leis e julgamentos. Estes altos cargos eram dirigidos pelos
comerciantes mais ricos.

A imprecisão de fronteiras

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Devido às guerras, às anexações e aos acordos políticos, os territórios
encontravam-se sempre instáveis e com mudanças de fronteiras e governantes
frequente.

Para além da instabilidade a nível territorial, o desmembramento ou a junção


de senhorios, as liberdades conquistadas pelas cidades e os progressos da autoridade
real, davam origem a fronteiras mal definidas e de curta duração.

1.1.2- A unidade da crença

A unidade da Crença

Apesar de a Europa Ocidental estar subdividida em unidades politicas, seguiam


todos a mesma Fé. A igreja estendeu-se por todas as regiões sem qualquer tipo de
proibições nem barreiras e por isso o ocidente acabou por se tornar numa
"Cristandade latina" onde a força suprema era o Papa.

No século XI o clero do ocidente e do oriente cortaram os laços já que não


estavam de acordo com o facto de o papa ser ou não o mais poderoso. Este
desentendimento levou a várias discussões e discórdias.

Papa Gregório VII, nascido a 25 de maio de 1085, foi o Papa mais influente e
decisivo a se sentar no trono papal ao longo da história. A ele ficou a divida da
consolidação no poder da igreja romana. Por todos estes acontecimentos, o papa
tornou-se o proprietário de todo o poder sobre a Cristandade, ele estava acima de
qualquer pessoa, reis, imperadores...

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Fig. 1 - Papa Gregório VII.

Esta decisão não agradou os imperadores e monarcas que se opuseram ao Papa


e por isso este teve de reconhecer as regalias dos monarcas. Pelo papa ter cedido, os
monarcas ajudaram no reforço da importância da igreja e, por isso, ela tornou-se a
instituição mais poderosa do Oriente no século XIII. Tinha como chefe o Papa, era
quem tinha a autoridade máxima, tinha meios materiais e humanos (grupo chamado
clérigos que ajudavam na cobrança de dividas) e continha leis próprias (Direito
Canónico).

A Cristandade Oriental face ao Bizâncio

O Império Romano do Oriente não teve uma duração curta já que apenas em
1453 Constantinopla cede ao poder turco. O Império do Oriente (Império Bizantino)
era considerado o "herdeiro direto do mundo romano". Este império foi a continuação
do Império Romano na Idade Média, inicialmente parte oriental do Império Romano
sobreviveu à fragmentação e ao colapso do mesmo no século V e continuou a
prosperar, existindo por mais de mil anos até à sua queda diante da expansão dos

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turcos otomanos. Assumia-se este espaço como civilizado, detentor de uma cultura
fina e consideravam-se num patamar superior aos bárbaros.

Constantinopla, fundada em 324 a "nova Roma" era marcada pelo brilho do


Império e pela parte religiosa já que era possível encontrar 500 igrejas naquele local. A
Basílica de Santa Sofia, também conhecida como Hagia Sophia é um imponente edifício
construído entre 532 e 537 pelo Império Bizantino para ser a catedral de
Constantinopla e aqui era oficializada a língua grega.

As guerras entre os bispos de Roma e Constantinopla eram regulares naquela


época já que o papa bizantino recusava em aceitar a "supremacia romana" e por isso
em 1054 Papa e Patriarca de Constantinopla separaram-se do grémio da igreja por
meio de excomunhão e a partir desse dia o lado Oriente apoiava o Império Bizantino e
existia uma igreja grega onde se consideravam ortodoxos já que seguiam a "doutrina
certa" e a ocidente apoiavam o Sacro Império e existia uma igreja latina sob proteção
romana.

Os cavaleiros da quarta cruzada seguiram caminho par combater o infiel


muçulmano e assaltaram e saquearam Constantinopla, este acontecimento também é
chamado de Cerco de Constantinopla. Este acontecimento fez com que as pessoas do
Oriente acreditassem que Bizâncio fosse infiel à sua fé já que se esqueceram que a
partilhavam.

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Fig. 2 - Império Ocidental e Oriental.

A Cristandade Ocidental face ao Islão

Em 610, um mercador chamado Maomet iniciou um novo objetivo religioso, ele


acreditava que tinha sido mandado por Deus para "tirar os Árabes da idolatria e
conduzi-los à salvação". Foi então que numa noite enquanto meditava viu o anjo S.
Gabriel dizer-lhe "Maomet, tu és o profeta de Allah. Prega".

Fig.3 Maomet

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Até à sua morte, Maomet dedicou-se à glória de Allah e foi assim que foi
fundada a nova religião, o Islão. Os árabes viviam em tribos espalhadas pelo território
mas tornaram-se num povo unido pela mesma Fé. Para a espalhar eles "pregaram a
Guerra Santa, Jihad". Jihad é um conceito essencial da religião islâmica e significa
"empenho", "esforço" ou "luta". Pode ser entendida como uma luta, mediante
vontade pessoal, de se buscar e conquistar a fé perfeita.

Fig.4 Jihad

Esta religião foi aumentando cada vez mais e chegaram a dominar 3


continentes e, por isso, durante 4 séculos a Cristandade diminuiu em comparação ao
Islão. Esta religião foi se tornando cada vez mais poderosa a nível militar, comercial e
nas ciências, poesia e filosofia.

Em 1095, o ocidente pôs em prática várias ofensas militares a fim de libertar


lugares cristãos que no momento estavam dominados pelos muçulmanos. Este
acontecimento é designado por "cruzadas". Cruzada é um termo utilizado para
designar qualquer dos movimentos militares cristãos que partiram da Europa
Ocidental em direção à Terra Santa e à cidade de Jerusalém com o intuito de
conquistá-las, ocupá-las e mantê-las sob domínio cristão .

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Fig 5.Cruzadas

Estas iniciativas foram sentidas em várias partes da Europa. Na Península


Ibérica a Reconquista não teve problemas em avançar, no Sul da Europa o domínio
muçulmano diminuiu nas zonas costeiras e no Mediterrâneo as embarcações cristãs
"fizeram valer os seus direitos" voltando com as rotas antigas.

No século XIII tudo tinha voltado ao normal onde a rivalidade estava mais leve e
equilibrada com movimentos de ambas as partes mas no fim acabou por se perceber
que o Ocidente era cristão e o Oriente muçulmano.

1.2. O quadro económico e demográfico- expansão e limites do


crescimento

1.2.1 - A expansão agrária e o crescimento demográfico

A partir do séc. X o aumento demográfico levou a um aumento da população


agrícola, já que a falta de alimentos afetava o progresso da população. No ano 1000 a
Europa estava coberta por florestas e no decorrer dos 3 séculos seguintes os homens
desbravaram bosques, amanharam baldios e secaram pântanos. Devido aos
camponeses que trabalhavam individualmente originaram se grandes arroteamentos
com iniciativa também dos reis, senhores laicos e ordens monásticas. Eram eles que
ficavam responsáveis e capazes de fornecer as primeiras sementes entre outros
instrumentos, o que levou a um aumento da produtividade agrícola fazendo com que
facilita se a distribuição de alimentos na europa.

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O crescimento demográfico

A população tornou se mais duradoura devido á melhor alimentação e


diminuição de epidemias e doenças, o que gerou um clima de paz levando a população
da europa a duplicar-se. O crescimento demográfico vai permitir então a expansão a
população da europa assistindo se a um movimento de arroteias. (1)

1. Limpar os terrenos e secar os pântanos com objetivo de aumentar as áreas de


cultivo.

1.2.2 O renascimento das cidades e a dinamização das trocas

Para além do desenvolvimento agrícola o clima de paz influenciou também o


comércio e o artesanato o que levou ao renascimento das cidades causando a
dinamização das trocas.

O surto urbano

O aumento do número das cidades e do seu tamanho deu se ao redor dos


castelos senhoriais, junto dos portos e perto das vias de circulação transformando-se.
Antes as cidades eram centros políticos que dependia do nobre ou bispo que as
habitavam, e desde o séc. XII as cidades assumiram um papel económico, político,
militares e religiosos onde os mercadores, banqueiros, artesãos e lojistas as
enriqueciam. Surge um novo grupo social- a burguesia sendo eles os habitantes do
burgo. A cidade garante se então como um polo de atração económica atingindo o seu
crescimento.

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A dinamização das trocas locais e regionais

Apesar das feiras animarem as cidades, eram os mercados que alimentavam a


população estabelecendo uma ligação entre as cidades e os campos, quando estas
eram muito elevadas, as ligações eram feitas por almocreves. Devido aos senhores
cobrarem pesadas rendas, os mercados para os camponeses eram essenciais
motivando os a produzir cada vez mais. Também para garantir alguma segurança sobre
a mercadoria criaram se regras e aqueles que tentavam enganar o comprador estavam
sujeitos a uma punição. Devido á repetição contínua do mercado representando um
grande volume de trocas contribuiu para a economia monetária (2), levando á
expansão da rede de trocas.

2. Sistema económico baseado nas trocas e circulação da moeda.

1.2.3. As grandes rotas do comércio externo

As rotas do comércio internacional reativaram se organizando dois conjuntos


económicos, como o norte de Itália, as cidades da Flandres, feira-champagne e mar
báltico tornando se os centros mais ativos, sendo estes o núcleo por onde se cruzavam
todas as mercadorias.

A Flandres
Devido á sua posição geográfica, arrecadando ainda mais riquezas, Flandres
atraía mercadores de toda a Europa. Na Alemanha na qual os mercadores criaram a
liga hanseática de modo a assegurar a proteção dos comerciantes nos vários trajetos.

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Já no Sul, os italianos que ao ter uma relação privilegiada com o Oriente, levavam as
suas especiarias param as feiras da Europa.

Surgiu também na cidade de Bruges um acolhimento aos mercadores


estrangeiros oferecendo-lhes residência e outros privilégios, tornando se assim o local
mais global da Europa onde comercializam as peles, madeiras e outros bens materiais.

O comércio da Hansa

O comércio da Hansa, tinha como principais cidades Hamburgo, Dantzig, Riga,


Colónia e Lubeque. Com o crescente desenvolvimento do comércio à distância ficavam
assim muito mais vulneráveis as mercadorias e os mercadores, criando-se assim para o
efeito de protecção e defesa as associações mercantis as hansas ou guildas. A liga
hanseática era uma associação que agrupava cerca de noventa cidades e era destinada
assegurar o monopólio do comércio do mar Báltico e a região do mar do Norte. Deste
modo, eram exportadas madeiras, peles, cereais, e importadas especiarias e sedas, lãs
inglesas, vinhos franceses.

As cidades italianas e o domínio do comércio mediterrâneo

Logo após a destruição do Imperio Romano e de varias conquistas do Islão, os


países que mais se destacaram e se preservaram foram os países da Europa, cidades
muito conhecidas na altura com Analfi, Génova, Pisa e Veneza devotaram-se sobre o
comércio marítimo, bem antes do séc. XI.

Em 1095, deu-se o aparecimento da 1ªcruzada que destacou o recuo do


domínio muçulmano no mediterrâneo e a sua abertura ao comércio europeu.
Genoveses, Venezianos e Pisanos concorriam entre si nas rotas comerciais que os
conduzia à Ásia menor, à Síria e ao Egipto. Nessas rotas chegavam aos mercadores

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europeus as especiarias, destacando-se os tecidos de alto nível têxtil europeu, embora
os panos orientais serem muito mais apreciados, devido a sua textura fina e por
incorporarem seda, as pérolas, as pedras preciosas e o alúmen (um corrosivo
indispensável à industriada tintura) eram também materiais que se podiam encontrar
nestes mercados.

Marco Polo, um mercador Veneziano foi uma das pessoas que alimentou a
imagem do Oriente, das suas riquezas e do seu poder.

As feiras de Champagne

As feiras eram realizadas, maior parte das vezes, anualmente por altura de uma
festa religiosa e atraiam mercadores nacionais e mercadores estrangeiros. As feiras
mais importantes eram as que se situavam na região de Champagne, em França, para
poderem entrar na feira era necessário pagarem portagens.

Os Reis e outros Senhores para atraírem o comércio para uma determinada região
criaram feiras francas, onde os mercadores não tinham que pagar portagens, fazendo
assim competição com as feiras de Champagne.

As novas práticas comerciais e financeiras

O desenvolvimento comercial dos últimos séculos da Idade Média estimulou a


criação de novas técnicas de negócio. Os negócios implicaram cada vez mais
investimentos, logo grandes riscos, relacionados sobretudo com assaltos nas rotas
comerciais, grandes meios de pagamento ou o transporte de grandes quantidades

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monetárias, foi preciso dar resposta a este tipo de situações, surgindo assim técnicas
comerciais, de forma a garantir a segurança das transacções.

Assim as primeiras sociedades monetárias, denominadas de Hansos ou Guildos


pretendiam proteger os comerciantes, aumentar a capital dos mercadores, para assim
existirem mais compras e mais produtos em circulação, levando ao créscimo do lucro.

As companhias comerciais agiam como uma espécie de seguidores, compensando os


seus associados por perdas profissionais.

A fragilidade do equilíbrio demográfico

Durante a Idade Média, a presença mais permanente era sem dúvida a morte,
atingia sobretudo as crianças, que morriam logo a nascença ou com poucos anos de
vida. Os que chegavam à idade adulta era já um privilégio e os que atingissem a velhice
eram honrados, por terem chegado tão longe na vida.

A elevada mortalidade resultava do desconhecimento dos princípios básicos de


puericultura, falta de higiene, o facto de a medicina ser fraca. Porém as principais
causas de morte eram a fome e as pestes.

Nesta altura, se o ano agrícola corresse mal, o preço do pão subia


imediatamente, fazendo com que os sem-abrigo e pobres passassem fome, seguindo-
se assim as epidemias (pestes) que se manifestavam rapidamente numa população
subnutrida.

A esta elevada mortalidade correspondia uma taxa de natalidade semelhante,


porém quando a peste se juntava com a fome é que se sentia os efeitos catastróficos
da guerra e então o número de mortes sobreexcedia o número de nascimentos.

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Nos séculos XI a XIII, foram tempos de paz, então o número de nascimentos
aumentou de novo, pois as colheitas corriam bem e não havia guerras. O ocidente
tornou-se uma região cheia de pessoas.

A quebra demográfica do século XVI

Viver no séc. XIII fez com que a população aumentasse o seu número no
Ocidente, o que se tornou impossível de os alimentar. O esgotamento dos solos, as
mudanças climáticas, as chuvas e o frio que faziam apodrecer as sementes e as
colheitas perdiam-se, eram factores que induziam à fome da população, as fomes e as
doenças que lhes seguiam deixavam um rasto de morte.

A peste negra, uma terrível epidemia trazida em 1348 foi a mais grave epidemia
de que há memória, atingiu a Sicília e a Toscana, propagando-se por toda a Europa, até
à França, Península Ibérica, Inglaterra, Alemanha, Escandinávia.

Os médicos protegiam-se usando luvas, uma túnica e uma máscara em forma


de bico de pássaro, onde ervas aromáticas eram acumuladas com o objectivo de filtrar
o ar, sem sucesso, pois não tinham conhecimento que a transmissão da doença se
fazia pela picada da pulga e pelo ar respirável. O mal estava na ausência de higiene
individual e colectiva, nos homens, infestados de pulgas e nos despejos acumulados
nas a, nos homens, infestados de pulgas e nos despejos acumulados nas ruas e no
vestuário de lã raramente mudado.

Um terceiro problema contribuía para a quebra demográfica era a guerra.

O séc. XVI foi prodígio em guerras e em revoltas sociais, não era nos campos de
batalha que se produzia o maior número de mortes, a violência que acompanhava a

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passagem de tropas por cidades e campos, bem como a desarmonização económica
que resultava dos conflitos produziam efeitos mais devastadores.

Conclusão
Para concluir, nos tempos antigos podemos encontrar Estados fortes,
permanentes e bem estruturados enquanto nos tempos medievais “alteravam-se com
frequência” e o poder politico era fragmentado em quatro unidades politicas: império,
reinos e senhorios.

Apesar do Estado estar subdividido, “a Europa Ocidental possuía uma forte


unidade religiosa”. A fé era vivida de uma maneira muito forte e intensa e todos
consideravam o Papa como a autoridade máxima.

Para os Europeus, os seculos XI a XIII, foram “tempos de prosperidade” , graças


ao clima de paz a população aumentou povoando terras desertas. O setor agrícola
evoluiu nas suas técnicas, e aumentou os excedentes o que levou a intensificação das
trocas. Este dinamismo “fez renascer a cidade” e as cidades tornaram-se centros
económicos. Para ajudar o comercio, foram criadas sociedades comerciais, meios de
pagamentos inovadores e uma nova profissão, a dos cambistas ou banqueiros.

Em meados de 1330, o tempo de sorte e prosperidade chegou ao fim graças as


mas colheitas o que levou a tempos de fome por toda a Europa. Pela sua mal
alimentação, as doenças aumentaram principalmente a Peste Negra, entre 1347 e
1350.

A Europa entrou num período de dificuldades económicas e com o recuo


demográfico.

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