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RESUMO
Este artigo trata sobre uma parte da revisão bibliográfica para tese de doutorado
em design, na Universidade do Estado de Santa Catarina e tem como objetivo principal,
conhecer as possíveis lacunas de conhecimento no ensino da fotografia, sobretudo do
tema composição fotográfica para pessoas surdas. Sabe-se que nem todas as pessoas
possuem acesso a câmeras fotográficas profissionais, sendo assim, torna-se necessário
este estudo, uma vez que a composição fotográfica busca ensinar a pessoa a treinar seu
olhar artístico e não apenas fotografar meros retratos. A busca por trabalhos nesta área
faz um recorte entre os anos de 2015 a 2020.
ABSTRACT
This article deals with a part of the bibliographic review for a doctoral thesis in
design, at the State University of Santa Catarina and has as main objective, to know the
possible knowledge gaps in the teaching of photography, especially on the subject of
photographic composition for deaf people. It is known that not all people have access to
professional photographic cameras, therefore, this study is necessary, since the
photographic composition seeks to teach the person to train their artistic look and not
1
Doutoranda em Design, Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis, SC,
Brasil. jana.ramosdesign@gmail.com
2
Professor Doutor, Orientador, Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC,
Departamento de Design, Florianópolis, SC, Brasil. milton.cinelli@udesc.br.
just photograph mere portraits. The search for jobs in this area makes a cut between the
years 2015 to 2020.
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
Sendo assim, este artigo se concentrou em buscar tais lacunas, nos principais
portais de periódicos: Google Scholar, IEEEXPLORE, CAPES e SPRINGER Link.
O protocolo de revisão seguiu teve os seguintes critérios, de acordo com o quadro
a seguir:
Quadro 1 - Protocolo da RBS
"deaf" AND
"punctum"
Fonte: dos Autores (2020)
O próximo passo foi efetivar Após a busca sistemática nas bases de dados
descritas acima, obteve-se e os como resultados encontrados quantitativos que podem ser
visualizados na figura 1 abaixo:
Os artigos encontrados foram categorizados por relevância, uma vez que alguns
não tratavam exclusivamente de fotografia, mas do uso de infográficos, ícones e vídeos.
Neste trabalho Nesta revisão sistemática, foram selecionados três artigos, aqui chamados
de A1, A2 e A3. P1, P2, P3. A imagem A figura 2 abaixo, mostra tais artigos por ordem de
relevância e aderência à pesquisa de doutorado.
Janaína,
Substituir A1,A2,A3
por P1, P2, P3 na
figura 2. Depois eu
te explico.
Ano
Título do artigo Autor(es) Resumo
publicação
As novas tecnologias mudaram muito a
vida das pessoas, alterando inclusive seu
comportamento social ao se relacionar,
estudar, aprender e até mesmo na forma de
pensar. A comunicação visual é uma área
que se utiliza das tecnologias visuais para
diversos fins, incluindo facilitar a vida das
pessoas, característica especialmente
importante para as pessoas surdas, onde o
P1 - Pesquisa e visual é sua principal forma de percepção
desenvolvimento de do mundo, no entanto, justamente na área
Glossário de sinais em GOMES, Bianca
das tecnologias visuais, pôde se perceber
libras para termos 2018 Antonio
uma lacuna - a quantidade de sinais em
técnicos das áreas de LIBRAS para os conceitos pertencentes a
Fotografia, Animação e área era muito escasso. Este trabalho teve
Design Gráfico como objetivo criar um glossário online de
sinais em LIBRAS, denominado GLTec
que contém termos técnicos de fotografia,
animação e design com o intuito de
auxiliar e facilitar o processo de ensino-
aprendizagem das tecnologias visuais por
parte do aluno surdo nos cursos que
trabalham ou possuem disciplinas dentro
dessa temática.
Apesar do bilinguismo Libras/Português,
ao menos em sua dimensão linguística, ser
regulamentado pelo Decreto 5626 de 2005,
existe uma forte carência por materiais
didáticos específicos para os alunos surdos
SCOLARI, no Brasil. A infografia em meio digital
P2 - Infografia e Sérgio Henrique surge como uma ferramenta de auxílio ao
Educação de Surdos: 2015 Prado Scolari; ensino, possibilitando o resgate dos
Uma Aproximação KRUSSER, principais conceitos trabalhados nas aulas.
Renata da Silva O presente trabalho investiga uma
articulação das áreas do bilinguismo, da
infografia, e da ergonomia, com o objetivo
identificar critérios ergonômicos
relevantes para o projeto de infografia
voltada à educação de surdos.
No decorrer da história da inclusão,
percebe-se um distanciamento no convívio
da comunidade ouvinte com a comunidade
surda. O surdo tem sua própria cultura, ou
seja, pequenos grupos sociais imersos na
cultura dominante. A comunicação de
interpretação dos surdos é possibilitada
pela língua de sinais, e no Brasil, é
denominada “Libras” - Língua Brasileira
de Sinais. Investiga-se possibilidades de
estimular a popularização da “Libras” para
surdos e ouvintes, através de atividades
lúdicas. Como objetivo secundário, busca-
se analisar a importância das abordagens
pedagógicas, mediadas por recursos
imagéticos e elementos semióticos de
natureza visual, na educação inclusiva dos
surdos. Em metodologia, após a revisão
CASTRO, Flavia bibliográfica, realizou-se a pesquisa- ação,
Neves de através de atividades do design social.
Foram desenvolvidas oficinas de Arte
P3 - Design, Tecnologia MOURÃO, Educação para jovens, viabilizando a
e Estímulo das Imagens 2018
Nadja Maria comunicação entre os participantes. Nas
na Inclusão dos surdos análises dos resultados, observa-se que 70
ENGLER Rita de a 90% da comunicação humana ocorrem
Castro por meios não verbais (SANTOS et al,
2013). Nas oficinas do Design social, os
participantes apresentaram interesse,
estímulo e compreensão das imagens com
as palavras. Foi identificado o uso de
metáforas visuais, que ampliam o
vocabulário do surdo, promovem o
entendimento de expressões idiomáticas e
estimulam o reconhecimento dos surdos
aos sinais das expressões, tais como:
quebrar o galho, engolir sapo, etc.
Conclui-se que o Librário é uma
ferramenta em potencial, que estimula o
aprendizado da Libras e promove uma
comunicação harmoniosa entre surdos e
ouvintes. As imagens rompem o silêncio,
criam elos entre surdos e ouvintes, e
modificam o futuro da sociedade
contemporânea, ávida de “sentidos”.
Fonte: dos Autores (2020)
Fazendo Ao se realizar uma análise comparativa dos três artigos classificados P1,
P2, P3, constata-se que todos destacam a importância da imagem como auxílio pedagógico
para o ensino de surdos. Conforme mencionado anteriormente, apenas os artigos A1 e A2
P1 e P2 abordam o assunto fotografia, enquanto que o artigo A3 P3 menciona a imagem
como apoio no ensino, fazendo uma aproximação com a semiótica.
Como o objetivo desta pesquisa é encontrar informações para melhoria no processo
ensino-aprendizagem da composição fotográfica para surdos usando smartphones, na
sequência analisa-se o trabalho o artigo classificado como P1 A1. O trabalho foi a Neste
artigo, a autora traz a construção de uma interface digital, tratando dos assuntos
fotografia, design e animação.
De acordo com o site (https://glossariolibras.wixsite.com/projetopibic/fotografia):
Fazendo uma análise, Através de uma análise reflexiva baseada nas teorias da
semiótica, concorda-se com a autora (2015) em se fazer uma aproximação entre as
imagens e a semiótica, para que os surdos construam seu percurso de sentidos ao se
depararem com imagens, alcançando o efeito punctum, citado em Barthes (1981), onde
uma imagem é capaz de aguçar sua percepção visual e consequentemente aprimorar seu
olhar artístico.
Discussões
Nestes três artigos analisados percebe-se que não estão focados no ensino da
fotografia para smartphones, uma vez que a grande maioria dos surdos se comunica por
vídeo usando aplicativos de comunicação, tais como o Whatsapp ou Telegram. Dessa
forma, encontra-se uma lacuna de conhecimento nesta área, que é o uso do smartphone
para fotografia e composições fotográficas. Com este trabalho pretende-se ensinar aos
surdos como fotografar com seus próprios equipamentos, dispensando o uso de câmeras
profissionais, já que nem todos tem acesso.
Sendo assim, torna-se importante esta pesquisa, uma vez que não foram
encontrados trabalhos nesta área.
Considerações Finais
ANG, Tom. Fotografia Digital: Uma Introdução. 3. ed. São Paulo: SENAC, 2007. 224
p.
BAVISTER, Steve. Guia de Fotografia Digital. 1. ed. São Paulo: SENAC, 2011. 96 p.
CASTRO, Flavia Neves de; MOURÃO, Nadja Maria; ENGLER, Rita de Castro.
Design, Tecnologia e Estímulo das Imagens na Inclusão dos Surdos. Simpósio
Nacional de Ciência, Tecnologia e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 1, p. 1-12, 2015.
Disponível em: http://www.necso.ufrj.br/vi_esocite_br-tecsoc/gts/gt-28-
flavia_neves_de_castro_nadja_maria_mourao_rita_de_castro_egler.pdf. Acesso em: 30
jul. 2020.