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Fotografia e o ensino da composição fotográfica para surdos

usando smartphones: uma revisão bibliográfica

Janaína Ramos Marcos – UDESC1


Prof. Dr. Milton José Cinelli – UDESC2

RESUMO

Este artigo trata sobre uma parte da revisão bibliográfica para tese de doutorado
em design, na Universidade do Estado de Santa Catarina e tem como objetivo principal,
conhecer as possíveis lacunas de conhecimento no ensino da fotografia, sobretudo do
tema composição fotográfica para pessoas surdas. Sabe-se que nem todas as pessoas
possuem acesso a câmeras fotográficas profissionais, sendo assim, torna-se necessário
este estudo, uma vez que a composição fotográfica busca ensinar a pessoa a treinar seu
olhar artístico e não apenas fotografar meros retratos. A busca por trabalhos nesta área
faz um recorte entre os anos de 2015 a 2020.

PALAVRAS-CHAVE: Fotografia; Surdos; Composição fotográfica; Smartphones

ABSTRACT

This article deals with a part of the bibliographic review for a doctoral thesis in
design, at the State University of Santa Catarina and has as main objective, to know the
possible knowledge gaps in the teaching of photography, especially on the subject of
photographic composition for deaf people. It is known that not all people have access to
professional photographic cameras, therefore, this study is necessary, since the
photographic composition seeks to teach the person to train their artistic look and not

1
Doutoranda em Design, Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, Florianópolis, SC,
Brasil. jana.ramosdesign@gmail.com
2
Professor Doutor, Orientador, Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC,
Departamento de Design, Florianópolis, SC, Brasil. milton.cinelli@udesc.br.
just photograph mere portraits. The search for jobs in this area makes a cut between the
years 2015 to 2020.

KEY-WORDS: Photography; Deaf; Photographic composition; Smartphones

INTRODUÇÃO

No que se refere à legislação sobre a Surdez no Brasil, existem dois


decretos promulgados: nº 10.436/2002 e nº 5.296/2004. O decreto 10.436/2002
estabelece que:

“Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a


Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e outros recursos de expressão a
ela associados. Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de
Sinais - LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o
sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical
própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e
fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil”
(REPÚBLICA, 2002).

Já o decreto nº 5.296/2004, classifica e define a surdez além de garantir direitos,


tais como:

“deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um


decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz; [...] III - serviços de atendimento
para pessoas com deficiência auditiva, prestado por intérpretes ou
pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no
trato com aquelas que não se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas
surdo cegas, prestado por guias-intérpretes ou pessoas capacitadas
neste tipo de atendimento;” (REPÚBLICA, 2004).

É sabido que os surdos se comunicam por meio viso-espacial, tornando a


imagem um elemento imprescindível em seu processo comunicativo. Sendo assim,
aprender a fotografar, os insere ainda mais no contexto social e profissional, promovendo
uma maior comunicação entre surdos e ouvintes através da fotografia.
A fotografia surgiu no século XIX, mais precisamente com Niepce no ano de
1826, mas a história da reprodução de imagens não pode ser atribuída a uma pessoa. Ao
longo do tempo, vários estudiosos e pesquisadores foram aprimorando os estudos
aprimoraram técnicas e tecnologias, chegando ao que hoje conhecemos como fotografia
digital.
Hoje os smartphones, possuem câmeras fotográficas embutidas com tecnologias
sofisticadas, não sendo necessário muitos conhecimentos técnicos, como diafragma,
obturador, foco, etc., uma vez que tais recursos estão automatizados nestes aparelhos. O
que se torna então, mais importante, é aprender conceitos sobre composição fotográfica,
tais como, regra dos terços, enquadramento, profundidade de campo entre outros.

MATERIAIS E MÉTODOS

Neste artigo, usou-se a técnica de revisão bibliográfica sistemática (RBS), que


segundo Vivian (2020), trata-se de buscar pelo estado da arte, ou seja, informações
pertinentes e lacunas de conhecimento cientifico que ainda não foram preenchidas.
De acordo com autor (2020, p.5 apud Kitchenham, 2004) os objetivos da revisão
sistemática são:

“Identificar, avaliar e interpretar todas as pesquisas disponíveis em


relação a um tema ou assunto específico; sumarizar as evidências
existentes sobre um tratamento ou tecnologia; identificar lacunas na
pesquisa atual; fornecer um arcabouço para posicionar novas
pesquisas.”

Sendo assim, este artigo se concentrou em buscar tais lacunas, nos principais
portais de periódicos: Google Scholar, IEEEXPLORE, CAPES e SPRINGER Link.
O protocolo de revisão seguiu teve os seguintes critérios, de acordo com o quadro
a seguir:
Quadro 1 - Protocolo da RBS

Tipos de Critérios Bases de


Idiomas Escopo Strings Busca
referências Exclusão Dados
"Surdos" AND
"Fotografia";
artigos de não
periódicos, descreve o "Deaf" AND
Google
livros, Materiais método "Photography";
Scholar,
Inglês, dissertações sobre utilizado
IEEEXPLORE,
Português e e teses; fotografia e para "Surdos" AND
CAPES, café e
Espanhol (2015-2020) composição produção do "Composição
SPRINGER
relevância e fotográfica de material Fotográfica";
Link.
palavras- fotográfico
chave "Deaf" AND
"Photography
composition";
"surdos AND
"punctum";

"deaf" AND
"punctum"
Fonte: dos Autores (2020)

O próximo passo foi efetivar Após a busca sistemática nas bases de dados
descritas acima, obteve-se e os como resultados encontrados quantitativos que podem ser
visualizados na figura 1 abaixo:

Figura 1 - Strings de busca (Parte 1) – Resultados encontrados

Fonte: Dos Autores (2020)

Os artigos encontrados foram categorizados por relevância, uma vez que alguns
não tratavam exclusivamente de fotografia, mas do uso de infográficos, ícones e vídeos.
Neste trabalho Nesta revisão sistemática, foram selecionados três artigos, aqui chamados
de A1, A2 e A3. P1, P2, P3. A imagem A figura 2 abaixo, mostra tais artigos por ordem de
relevância e aderência à pesquisa de doutorado.

Figura 2 - Artigos Classificados por ordem de relevância e aderência

Janaína,
Substituir A1,A2,A3
por P1, P2, P3 na
figura 2. Depois eu
te explico.

Fonte: Dos Autores (2020)


O primeiro artigo (P1) trata do desenvolvimento de um glossário sobre o tema
fotografia para surdos, o segundo (P2) menciona a questão do infográfico para o ensino
da fotografia e o terceiro (P3) menciona o uso de imagens como uma ferramenta de
inclusão.
Na sequência, apresenta-se um quadro 2 com os resumos destes artigos
selecionados, para que se possa ter uma maior compreensão dos assuntos tratados nestes
trabalhos. nestas pesquisas.

Quadro 2 - Resumo dos artigos P1, P2, P3

Ano
Título do artigo Autor(es) Resumo
publicação
As novas tecnologias mudaram muito a
vida das pessoas, alterando inclusive seu
comportamento social ao se relacionar,
estudar, aprender e até mesmo na forma de
pensar. A comunicação visual é uma área
que se utiliza das tecnologias visuais para
diversos fins, incluindo facilitar a vida das
pessoas, característica especialmente
importante para as pessoas surdas, onde o
P1 - Pesquisa e visual é sua principal forma de percepção
desenvolvimento de do mundo, no entanto, justamente na área
Glossário de sinais em GOMES, Bianca
das tecnologias visuais, pôde se perceber
libras para termos 2018 Antonio
uma lacuna - a quantidade de sinais em
técnicos das áreas de LIBRAS para os conceitos pertencentes a
Fotografia, Animação e área era muito escasso. Este trabalho teve
Design Gráfico como objetivo criar um glossário online de
sinais em LIBRAS, denominado GLTec
que contém termos técnicos de fotografia,
animação e design com o intuito de
auxiliar e facilitar o processo de ensino-
aprendizagem das tecnologias visuais por
parte do aluno surdo nos cursos que
trabalham ou possuem disciplinas dentro
dessa temática.
Apesar do bilinguismo Libras/Português,
ao menos em sua dimensão linguística, ser
regulamentado pelo Decreto 5626 de 2005,
existe uma forte carência por materiais
didáticos específicos para os alunos surdos
SCOLARI, no Brasil. A infografia em meio digital
P2 - Infografia e Sérgio Henrique surge como uma ferramenta de auxílio ao
Educação de Surdos: 2015 Prado Scolari; ensino, possibilitando o resgate dos
Uma Aproximação KRUSSER, principais conceitos trabalhados nas aulas.
Renata da Silva O presente trabalho investiga uma
articulação das áreas do bilinguismo, da
infografia, e da ergonomia, com o objetivo
identificar critérios ergonômicos
relevantes para o projeto de infografia
voltada à educação de surdos.
No decorrer da história da inclusão,
percebe-se um distanciamento no convívio
da comunidade ouvinte com a comunidade
surda. O surdo tem sua própria cultura, ou
seja, pequenos grupos sociais imersos na
cultura dominante. A comunicação de
interpretação dos surdos é possibilitada
pela língua de sinais, e no Brasil, é
denominada “Libras” - Língua Brasileira
de Sinais. Investiga-se possibilidades de
estimular a popularização da “Libras” para
surdos e ouvintes, através de atividades
lúdicas. Como objetivo secundário, busca-
se analisar a importância das abordagens
pedagógicas, mediadas por recursos
imagéticos e elementos semióticos de
natureza visual, na educação inclusiva dos
surdos. Em metodologia, após a revisão
CASTRO, Flavia bibliográfica, realizou-se a pesquisa- ação,
Neves de através de atividades do design social.
Foram desenvolvidas oficinas de Arte
P3 - Design, Tecnologia MOURÃO, Educação para jovens, viabilizando a
e Estímulo das Imagens 2018
Nadja Maria comunicação entre os participantes. Nas
na Inclusão dos surdos análises dos resultados, observa-se que 70
ENGLER Rita de a 90% da comunicação humana ocorrem
Castro por meios não verbais (SANTOS et al,
2013). Nas oficinas do Design social, os
participantes apresentaram interesse,
estímulo e compreensão das imagens com
as palavras. Foi identificado o uso de
metáforas visuais, que ampliam o
vocabulário do surdo, promovem o
entendimento de expressões idiomáticas e
estimulam o reconhecimento dos surdos
aos sinais das expressões, tais como:
quebrar o galho, engolir sapo, etc.
Conclui-se que o Librário é uma
ferramenta em potencial, que estimula o
aprendizado da Libras e promove uma
comunicação harmoniosa entre surdos e
ouvintes. As imagens rompem o silêncio,
criam elos entre surdos e ouvintes, e
modificam o futuro da sociedade
contemporânea, ávida de “sentidos”.
Fonte: dos Autores (2020)

Fazendo Ao se realizar uma análise comparativa dos três artigos classificados P1,
P2, P3, constata-se que todos destacam a importância da imagem como auxílio pedagógico
para o ensino de surdos. Conforme mencionado anteriormente, apenas os artigos A1 e A2
P1 e P2 abordam o assunto fotografia, enquanto que o artigo A3 P3 menciona a imagem
como apoio no ensino, fazendo uma aproximação com a semiótica.
Como o objetivo desta pesquisa é encontrar informações para melhoria no processo
ensino-aprendizagem da composição fotográfica para surdos usando smartphones, na
sequência analisa-se o trabalho o artigo classificado como P1 A1. O trabalho foi a Neste
artigo, a autora traz a construção de uma interface digital, tratando dos assuntos
fotografia, design e animação.
De acordo com o site (https://glossariolibras.wixsite.com/projetopibic/fotografia):

“Esse site glossário é resultado do projeto de pesquisa:“Pesquisa e


produção de glossário de sinais em libras para os termos técnicos das
áreas das tecnologias visuais: Fotografia, Animação e Design Gráfico”,
contemplado no edital de pesquisa CNPQ e IFSC PIBIC-EM 2016-
2017.” (GOMES, 2018)

Na aba de fotografia desta interface trazem há vídeos em Libras com o sinal


específico para o tema, seguido de uma explicação em português e de uma imagem. No
entanto, a interface traz conceitos referente às câmeras profissionais e não somente
composição fotográfica, o que dificulta as pessoas surdas apreenderem uma vez que a
grande maioria não tem acesso as câmeras fotográficas profissionais. De acordo com
Gomes (2018, p. 2):

“[...] os alunos e professores têm se deparado diariamente com


dificuldades no processo de ensino-aprendizagem de conhecimentos
mais técnicos e tecnológicos nas turmas de alunos surdos. Uma das
principais causas dessa dificuldade é a falta de sinais em LIBRAS para
os termos técnicos das tecnologias visuais, em especial a Fotografia,
Animação e o Design Gráfico. Sem o sinal em LIBRAS, o aluno não
consegue apreender o conceito total do termo e relacioná-lo com outros
elementos. Tomemos por exemplo a palavra casa, caso não se
conhecesse este vocábulo, seria impossível relacioná-lo com as
palavras moradia, lar, família.”

A figura 3 a seguir traz uma imagem referente a este ao projeto desenvolvido.

Figura 3 - Imagem do site Glossário LIBRAS


Fonte: GOMES (2018) disponível em https://glossariolibras.wixsite.com/projetopibic/fotografia

A figura 3 acima, traz um exemplo de composição fotográfica, mas conforme


mencionado anteriormente, o site também apresenta conceitos referentes às câmeras
profissionais, conforme a imagem a seguir: como pode ser visto na figura 4:

Figura 4 - Termos referentes à câmeras profissionais

Fonte: GOMES (2018) disponível em https://glossariolibras.wixsite.com/projetopibic/fotografia

O Artigo classificado como A2 P2 traz uma abordagem diferente, focando na


construção de infográficos para o auxílio no processo de ensino-aprendizagem de alunos
surdos.
Segundo Scolari e Krusser (2015, p. 2):

“Os projetos educacionais vigentes no Brasil não contemplam a


diferença surda no que tange o registro dos assuntos tratados em sala
de aula. A modalidade viso-espacial de comunicação, por meio da
Língua Brasileira de Sinais (Libras), impossibilita a utilização dos
canais simultâneos de visão e audição (utilizado pelos alunos ouvintes)
para registrar os conceitos construídos no espaço de interação da sala
de aula. Assim, o material didático digital bilíngue Libras/Português
surge como uma ferramenta de auxílio ao ensino, possibilitando o
resgate dos principais conceitos trabalhados nas aulas. As ferramentas
digitais têm mostrado eficiência crescente na geração de interfaces
multimídia. Dada a sua capacidade de comportar textos, imagens, e
principalmente vídeos simultaneamente, a interface multimídia oferece
recursos potenciais para atender às especificidades da modalidade
linguística viso-espacial da Libras. No entanto, os projetos de
interfaces digitais que se propõem acessíveis ao público surdo, em sua
maioria, caracterizam-se por abordar a questão de maneira superficial.”

Ainda segundo os autores (2015), os infográficos surgem como uma possibilidade


de aproximação entre surdos e ouvintes por meio da imagem, com recursos textuais e não
textuais. No entanto, a proposta dos autores para o infográfico foca-se também no uso de
câmeras profissionais, um equipamento que não está disponível em todas as escolas,
principalmente as escolas públicas, como o caso do Instituto Federal de Santa Catarina,
Campus Palhoça.
A figura 5, a seguir apresenta a proposta de infográfico presente no artigo P2.

Figura 5 - Proposta de Infográfico para ensino da fotografia

Fonte: (SCOLARI; KRUSSER, 2015, p.9)

Conforme a imagem acima, há o uso de recursos visuais, textuais e de vídeos,


focados em câmera profissional. O infográfico é um pouco confuso para alunos iniciantes
na fotografia, em especial alunos surdos, uma vez que não há um vídeo em LIBRAS
explicativo e sobretudo, pela necessidade de entendimento do funcionamento de uma
câmera profissional.
O artigo classificado como A3 P3 trata da importância das imagens e do design
para a educação de surdos, fazendo uma análise e uma aproximação com o percurso de
sentidos e a semiótica. Segundo Castro, Mourão e Engler (2015, p. 2):

“Investiga-se possibilidades de estimular a popularização da Libras


para surdos e ouvintes, através de atividades lúdicas. Considera-se que
os fatos comprovem a veracidade da antiga expressão de Confúcio:
“uma imagem vale mais que mil palavras”. Como objetivo secundário,
busca-se analisar a importância das abordagens pedagógicas, mediadas
por recursos imagéticos e elementos semióticos de natureza visual, na
educação inclusiva dos surdos. Após revisão bibliográfica, a
metodologia utilizada foi de pesquisa-ação, através de atividades
desenvolvidas no design social. Foram desenvolvidas oficinas de arte
educação para jovens, viabilizando a comunicação entre os
participantes. Skliar (1998) relata que a surdez tem em si um caráter
mais visual. De certa forma, seria necessário em primeiro lugar que a
população conheça que a língua utilizada pelo surdo é a “Libras” e
reconheça o significado de "ser surdo", o sujeito sócio cultural que
utiliza uma forma diferente de se comunicar.”

Fazendo uma análise, Através de uma análise reflexiva baseada nas teorias da
semiótica, concorda-se com a autora (2015) em se fazer uma aproximação entre as
imagens e a semiótica, para que os surdos construam seu percurso de sentidos ao se
depararem com imagens, alcançando o efeito punctum, citado em Barthes (1981), onde
uma imagem é capaz de aguçar sua percepção visual e consequentemente aprimorar seu
olhar artístico.

Discussões

Nestes três artigos analisados percebe-se que não estão focados no ensino da
fotografia para smartphones, uma vez que a grande maioria dos surdos se comunica por
vídeo usando aplicativos de comunicação, tais como o Whatsapp ou Telegram. Dessa
forma, encontra-se uma lacuna de conhecimento nesta área, que é o uso do smartphone
para fotografia e composições fotográficas. Com este trabalho pretende-se ensinar aos
surdos como fotografar com seus próprios equipamentos, dispensando o uso de câmeras
profissionais, já que nem todos tem acesso.
Sendo assim, torna-se importante esta pesquisa, uma vez que não foram
encontrados trabalhos nesta área.

Considerações Finais

Para projetos futuros, indica-se um estudo mais aprofundado sobre o uso do


smartphone pelos surdos para fotografia, dispensando o ensino de regulagens e controles
de câmeras profissionais, contribuindo com sua autonomia no processo de ensino e
aprendizagem sobre fotografia e composições fotográficas, buscando o aprimoramento
do seu olhar artístico e o alcance do efeito punctum, citado por Barthes (1981).
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