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Abstract: The Roman Empire had beginning with the foundation of the city
and the historical period in that Rome was governed by kings was called of
royalty. Four classes existed: compatriots, clients, slaves and plebeian. The
public powers were exercised by the king, by the senate and by the people.
The end of the royalty had like landmark the expulsion of Tarquínio. In the
phase of the republic, had the substitution of the rex for two military
commanders. The social classes were underclass and nobility. The economy
itself based in the slave labor. The political organization was composed by
consuls, by the senate and by the people. High empire is the historical period
that goes of the reign of Augusto up to death of Diocleciano. The public powers
were exercised by the emperor, by the consilium principis, by the imperial
Editado por: Gualter do Nascimento
1 INTRODUÇÃO
“A perenidade do direito romano é fato evidente. Sua atualidade não pode ser
negada, pela presença constante em inúmeros institutos jurídicos de nossa
época.
Além disso, qualquer estudo profundo de direito privado principia sempre por
introdução histórica que investiga as raízes romanas do assunto tratado.”
(CRETELLA JÚNIOR, 2007, p. 57).
Então, de extrema relevância este artigo, o qual com certeza será responsável
para aprofundar o conhecimento no âmbito do Direito Privado. Passa-se então,
ao desenvolvimento do tema.
Os manuais de Direito Romano indicam que o Império Romano teve início com a
fundação da Cidade, em 753 a.C. e que o período histórico em que Roma foi
governada por reis foi chamado de realeza. Essa cidade teria sido governada
por sete reis até 510 a.C., ano considerado como fim desse período histórico.
Rômulo foi o primeiro rei, sendo considerado fundador lendário de Roma. Com
relação à época da fundação, considera-se ter sido “a cidade romana
constituída, no início, pelos componentes das tribos conhecidas pelos nomes
de ramnenses, tirienses e luceres” (CRETELLA JÚNIOR, 2007, p. 25), razão pela
qual Rômulo, conforme narra César Fiuza, “dividiu a cidade em três tribos:
Tities, Ramnes e Luceres” (FIUZA, 2007, p. 37).
Tendo em vista que nessas tribos havia apenas homens, Rômulo convidou os
sabinos, povo vizinho, constituído de indivíduos de ambos os sexos, para
festividades. Nessa ocasião, os romanos teriam raptado as pessoas do sexo
feminino, razão pela qual se iniciou uma guerra entre esses povos. Antes do
término da batalha, por influência das mulheres, os sabinos resolveram se
integrar aos romanos, junto à tribo dos Tities.
Editado por: Gualter do Nascimento
Sérvio Túlio, penúltimo rei dessa fase, ordenou o primeiro censo na história. Ele
“mandou fazer cadastro de todos, sendo que os censores vasculhavam todos
os cantos da cidade à procura de riqueza, para que se pudesse pagar impostos
e ampliar as receitas” (TAVARES, 2003, p. 8).
Vale ressaltar que o fim da realeza (510 a.C.) teve como marco a expulsão do
“último rex, Tarqüínio, o Soberbo, usurpador de poderes realmente imperiais”
(ENGELS, 2006, p. 143).
A família patrícia era uma estrutura organizada, como se fosse uma pequena
sociedade com seu governo, chefiado unicamente pelo pai. Este, que exercia as
funções mais elevadas, sendo todos os demais membros submissos a ele. Essa
submissão se dava em todos os sentidos eis que o pater detinha, dentro do lar,
poderes ilimitados de pai, esposo, administrador, sacerdote e, até mesmo, de
um juiz cujas decisões nenhuma autoridade tinha o direito de reforma.
Sendo assim, “no pai repousa o culto doméstico; quase pode dizer como o
hindu: “Eu sou o deus”. Quando a morte chegar, o pai será um ser divino que os
descendentes invocarão” (COULANGES, 2007, p. 93). Em caso de morte, o
lugar do pai “era ocupado pelo filho primogênito. Se não tivesse, adotava um. O
que não podia ocorrer era a vacância de seu lugar, sob pena de não se dar
continuidade ao culto familiar” (FIUZA, 2007, p. 40). E, “cada gens transmitia,
de geração em geração, o nome do antepassado e perpetuava-o com o mesmo
cuidado com que continuava o seu culto” (COULANGES, 2007, p. 119).
A religião tinha como base duas classes de deuses. Uma era inspirada na alma
humana, em que os deuses eram chamados de domésticos, manes ou lares.
Tratava-se dos ancestrais e, a eles, era feito o “culto doméstico, em que se
invocavam os antepassados para proteção. Levava-se-lhes comida e
prestavam-se-lhes orações” (FIUZA, 2007, p. 40).
Editado por: Gualter do Nascimento
Os poderes públicos eram exercidos pelo rei, pelo senado e pelo povo. O rei era
o supremo sacerdote, chefe do exército, juiz soberano e protetor da plebe. Seu
cargo, que era “indicado por seu antecessor ou por um senador” (CRETELLA
JÚNIOR, 2007, p. 27), era vitalício, mas não hereditário. Apesar disso tudo, podia
ser deposto, conforme a já mencionada expulsão ocorrida com Tarqüínio, o
Soberbo.
“Casuístico, porque era criado para cada caso concreto. Empírico, porque se
baseava na observação prática, nada possuindo de científico. A posteriori,
porque nascia depois do fato concreto. Finalmente, concreto, uma vez que
nada tinha de abstrato, vinculando-se exclusivamente ao caso concreto”
(FIUZA, 2007, p. 42).
Editado por: Gualter do Nascimento
Então, a lei na fase da realeza teria surgido de forma gradativa e “como parte
da religião. As normas sobre direito de propriedade e de sucessão estavam
dispersas entre as regras relativas aos sacrifícios, à sepultura e ao culto dos
antepassados” (COULANGES, 2007, p. 206).
Esses sucessores do rei eram eleitos anualmente, em número de dois, para que
governassem de forma alternada, cada mês um deles controlavam
o imperium, enquanto o outro fazia uma fiscalização, com direito de veto
ou intercessio. E, “se perigos gravíssimos ameaçam a república, o cônsul em
exercício enfeixa o poder dos dois, tornando-se ditador, com opoderes
absolutos, perdendo o colega o recurso da intercessio (CRETELLA JÚNIOR,
2007, p. 30).
Foi nessa época que a diferença entre patrícios e plebeus já não se justificava.
Inclusive, por volta dos séculos IV e III a.C., “a plebe já ocupava todos os cargos
da magistratura, antes reservados só aos patrícios” (FIUZA, 2007, p. 54).
Já a classe baixa, ou plebs urbana, era a casta composta por plebeus pobres,
“com profissões menos prestigiosas: barbeiros, sapateiros, padeiros,
açougueiros, pastores, agricultores etc” (FIUZA, 2007, p. 53).
Editado por: Gualter do Nascimento
Já o Senado, que exercia funções consultivas, como por exemplo, ratificar leis
e decisões dos Comícios, “compõe-se de 300 patres, nomeados pelos
cônsules” (CRETELLA JÚNIOR, 2007, p. 31). “A partir de 312 a.C., os censores
Editado por: Gualter do Nascimento
Das leis escritas, fundamental mencionar sobre a Lei das XII Tábuas,
considerada até mesmo como sendo fonte de todo o direito privado. Elas
Editado por: Gualter do Nascimento
Diante do caráter tipicamente romano da Lei das XII Tábuas, ocorreu imediata
aceitação e, assim que publicadas, passaram a regular as relações do povo de
Roma.Há autores que afirmam de modo diferente, que essa Lei teria sido fruto
de compilação dos costumes da época.
triunvirato, formado por Otávio (sobrinho e filho adotivo de Júlio César), Marco
Antônio e Lépido”. (FIUZA, 2007, p. 55).
Além disso, o Senado possui atribuições de poder eleitoral dos comícios, parte
do legislativo e administra as províncias senatoriais e o erário de Saturno.
Então, o senado perde independência e sua função de corpo consultivo.
Os comícios, também perdem atribuições, eis que não possuem mais seus
poderes legislativos, eleitorais e judiciários.
As fontes do direito na fase do alto império são seis, conforme ensina José
Cretella Júnior: costume, lei, senatusconsultos, editos dos magistrados,
constituições imperiais e a jurisprudência.
Das leis escritas, ainda havia duas espécies: as leges rogatae, que assumem
grande importância, e as leges datae, que perdem relevância nessa época.
Decreta são decisões que o imperador toma, como juiz, nos processos que lhe
são submetidos pelos particulares em litígio. São sentenças emanadas extra
ordinem, fugindo, pois, aos princípios da ordo judiciorum. Tomadas com relação
a um caso particular, passam, como os atuais acórdãos, a ser invocados para
situações iguais ou semelhantes, até que Justiniano, mais tarde, lhes dá força
de lei.
Rescripta são respostas dadas pelo imperador a consultas jurídicas que lhe são
feitas ou por particulares (subscriptio) ou por magistrados (epístula).”
(CRETELLA JÚNIOR, 2007, p. 43).
“foi no século XVI que o jurisconsulto francês Denis Godefroy reuniu todas
essas compilações em um só volume, dando-lhe o nome de Corpus Iuris
Civilis. A primeira edição é de 1583; a segunda, de 1604.” (FIUZA, 2007, p. 63).
“No ano de 396 o Império Romano foi dividido, sendo Roma o centro do Império
Romano do Ocidente enquanto Constantinopla (Istambul) era o centro do
Império Romano do Oriente. Em 410 Roma foi pilhada por povos bárbaros, e 476
é o marco fim do Império Romano do Ocidente. O Império Romano do Oriente
manteve-se até 1453, ano em que os turcos tomaram Constantinopla.”
(LIPPERT, 2003, p. 41).
Pode-se até afirmar que essas adaptações perduram até os dias atuais, eis que,
“a perenidade do direito romano é fato evidente. Sua atualidade não pode ser
negada, pela presença constante em inúmeros institutos jurídicos de nossa
época” (CRETELLA JÚNIOR, 2007, p. 57).
Editado por: Gualter do Nascimento
Alto império (27 a.C. a 284 d.C.) é o período histórico que compreende o
reinado de Augusto até a morte de Diocleciano. Os poderes públicos
eram exercidos pelo imperador, consilium principis, funcionários
imperiais, magistraturas republicanas, senado, comícios e pela
organização das províncias.
A fase do baixo império (284 d.C. a 565 d.C.) ficou marcada pela
monarquia absolutista. O fim dessa fase é marcado pela morte do
Imperador Justiniano. Os poderes públicos eram exercidos pelo Senado,
pelas magistraturas republicanas e pelo Imperador.
Referências
CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito Geral e Brasil. 3ª ed. ver., Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2006.
FIUZA, César. Direito civil: curso completo. 10ª ed., Belo Horizonte: Del Rey,
2007.
_______________________________. Introdução à história do
direito privado e da codificação. 2ª ed., Belo Horizonte: Del Rey, 2008.