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Universidade Pedagógica
Maputo
Janeiro de 2021
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Adalzira Gonsalves Monjane
Alda Das Dores Tivane
Amélia Daniel Chipondze
Argentina Armando Mutine
Célia Adolfo Bule
Universidade Pedagógica
Maputo
Janeiro de 2021
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................2
2.2. Causas...............................................................................................................................3
2.5. Atenção diferenciada a estes alunos nos diferentes contextos (Escola, Família e
Comunidade)................................................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................................7
Bibliografia......................................................................................................................................8
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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema Alunos com Necessidades Educativas Especiais do Tipo
Síndrome de Down. Os portadores de Síndrome de Down revelam grandes atrasos de
desenvolvimento tanto nas funções motoras como nas mentais. Para além dos traços físicos
característicos desta deficiência há também aspectos que comprometem a aprendizagem, como
os problemas na fala e dificuldades na linguagem, défice auditivo, problemas de articulação na
fala, dificuldades em discriminar os sons, dificuldades de concentração, atraso na motricidade
fina e grossa, ou seja, revelam um desenvolvimento mais lento em todas as funções. Durante
muito tempo estes indivíduos foram postos à parte na sociedade. Mas, ao longo dos séculos foi-
se assistindo a uma evolução tanto na forma como eram vistos como no atendimento
A educação surge como um direito fundamental à própria existência e o princípio da igualdade
implica que as necessidades de cada indivíduo tenham igual importância devendo por isso haver
tratamento de igualdade de modo a que todos os recursos sejam aplicados de maneira a garantir a
todos iguais oportunidades de participação.
Este trabalho tem como objectivo geral compreender os alunos com necessidades educativas
especiais do tipo síndrome de Down, e tem como objectivos específicos, definir o que é
síndrome de Down, indicar as suas causas, identificar os sinais de alerta, mencionar as
particularidades dos alunos com essa patologia e por fim caracterizar os alunos com essa
patologia no seio da escola, família e comunidade.
Para a elaboração desse trabalho usou-se dois métodos indispensáveis de ciências humanas, a
heurética que consiste na recolha e seleção de dados, e nesse trabalho seria a recolha de dados de
diferentes bibliografias que versam sobre o tema e a hermenêutica que é interpretação dos ou
bibliografia selecionadas. Para a compilação final do trabalho o grupo usou a estratégia de
elaboração de fichas de leitura.
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2. Alunos com Necessidades Educativas Especiais do Tipo Síndrome de Down
Esta anomalia cromossómica implica perturbações de várias ordens, provoca danos cerebrais, de
desenvolvimento físico e psicológico e de saúde.
Na criança com Síndrome de Down verifica-se uma distribuição defeituosa dos cromossomas na
divisão celular, ou seja, está presente um cromossoma suplementar, três em vez de dois, no par
21. É por este motivo que está a anomalia também é designada de Trissomia.
2.2. Causas
Segundo Bautista (1997, p.229) é difícil identificar quais os factores que provocam esta
anomalia, mas pode-se salientar três aspectos fundamentais para uma prevenção eficaz: a idade
da mãe; o aconselhamento genético e a amniocentese
A causa da Síndrome de Down pode ser chamada de simplesmente um erro ou acidente
biológico. A criança tem um cromossomo extra nas células do seu organismo, a Trissomia do
Cromossomo 21, é este cromossomo que produz as alterações no seu desenvolvimento físico e
mental. A maioria dos portadores da Síndrome de Down possui três cromossomos 21 soltos em
suas células, e assim possuem 47 cromossomos e se denomina “Trissomia Simples.
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Na perspectiva Bautista os possíveis factores responsáveis para esta anomalia:
a) Idade da mãe –quanto mais idade tiver a mãe, maior a probabilidade de risco existe para
o nascimento de uma criança com Trissomia 21. A idade da mãe entre os 20 e os 24 anos,
o risco é de um nascimento em cada 2500. Por outro lado, referem que quanto maior for a
idade da mãe, entre os 40 e os 44 anos a probabilidade é de um em cada cem casos e a
partir dos 45 anos, surge uma criança para em cada 35 – 50 nascimentos.
b) Hereditariedade – neste factor inserem-se mães afectadas pela Síndrome; famílias com
várias crianças afectadas; casos de translocação num dos pais que apesar de terem uma
aparência normal, têm uma estrutura cromossómica em mosaico (Bautista, 1997: 228)O
autor referido também associa que nesta anomalia genética há um possível conjunto de
factores externos, tais como:
a) Processos infecciosos (nomeadamente a hepatite e a rubéola);
b) Exposição a radiações;
c) Agentes químicos podem determinar mutações genéticas, como por exemplo o alto teor
de flúor na água e a poluição atmosférica;
d) Problemas da tiróide da mãe;
e) Imunoglobulina e Tiroglobulina - o elevado índice no sangue materno pode ter relação
com o aparecimento da Síndrome;
f) Deficiências vitamínicas – considera-se que uma hipovitaminose pode favorecer o
aparecimento de uma alteração genética.
As crianças com Síndrome de Down em geral tem características físicas peculiares, por exemplo:
os cabelos podem ser normais, mas em geral são finos e hipopigmentados; lábios finos e fissuras
que aumentam a prevalência e severidade com a idade; abertura das pálpebras inclinadas com a
parte externa mais elevada; prega da pálpebra no canto dos olhos; prega única na palma das
mãos, Membros curtos; Pescoço curto e largo (higroma cístico, pele redundante no pescoço e
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translucência transnucal) Braquicefalia; Ponte nasal baixa; Cardiopatia); Atresia duodenal ;
Dedos grossos e curtos (prega simiesca, hipoplasia da 2ª falange do 5º Dilatação Ventricular do
Sistema Nervoso Central. As crianças com síndrome de Down têm cabeças menores do que as
normais.
Olhos ligeiramente inclinados para cima e rasgados com uma pequena prega de pele nos cantos
anteriores (prega epicântia)/ A língua é grande com sulcos profundos e irregulares. Devido à
falta de tonicidade a língua tem tendência a sair para fora da boca. Os dentes demoram mais
tempo a romper, ou seja, a dentição de leite é mais tardia e incompleta do que o normal e os
dentes são mais pequenos e irregulares. Problema a nível da fala - a voz é gutural, baixa e a sua
articulação é difícil
Down
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Sendo assim, quando o aluno com Down tem limitação visual, é necessário que as atividades
trabalhadas em sala de aula tenham o tamanho da letra adequado, para melhor visualização e
compreensão.
A nível da atenção, este tipo de alunos necessitam de mais tempo para centrar a atenção naquilo
que pretendem; revelam uma maior dificuldade em reter as respostas, da dai que há uma
necessidade de o professor ser muito paciente com este tipo de aluno
Comunidade)
A escola é um bom ambiente para as interações sociais onde há partilha e convivência com o
grupo de amigos. Todos os intervenientes na escola devem proporcionar aos alunos com
Síndrome de Down um ambiente acolhedor de forma a promover o desenvolvimento do seu
potencial. o meio escolar é rico em experiências, pode ter um papel primordial no
desenvolvimento de competências a todos os níveis, nomeadamente no que respeita à
linguagem/comunicação, desenvolvimento pessoal, social e afectivo nos alunos com Síndrome
de Down.
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O papel principal da escola de hoje é criar condições para que a maioria dos alunos consiga ter
sucesso na aprendizagem, independentemente das suas diferenças quer física, culturais, sociais,
cognitivas.
É preciso que as escolas implementem projetos pedagógicos, estimulando a criação de novas
formas de estruturar o processo de ensino-aprendizagem mais direcionado às necessidades dos
alunos com deficiência e dar assistência às escolas;
A família é considerada como um meio importante para se desenvolver todas as dimensões
significativas da interacção desde os contactos corporais, a linguagem e a comunicação.
A criança desenvolve-se como ser humano, interagindo com o mundo exterior
envolvendo aspectos psicológicos, sociológicos e culturais, e ainda, as suas interacções
com a família. Assim, a família representa, talvez, a forma de relação mais complexa e de
acção mais profunda sobre a personalidade humana, dada a enorme carga emocional das
relações entre seus membros. (Bautista 1997, p.241)
Desta forma, a família gera uma força social que influencia o comportamento humano e a
formação da sua personalidade. Assim, o indivíduo faz a sua adaptação à vida social através da
família e este também contribui para o desenvolvimento. A família é um elo importante para
desenvolver as interacções porque é no seu seio que surgem os primeiros contactos corporais, a
aquisição da linguagem e de comunicação nos alunos ou crianças com Síndrome de Down. O
comprometimento da família deve ser constante para acompanhar o aluno de forma sistemática
em reuniões individuais e coletivas sempre que houver necessidade.
O comportamento social da pessoa com Síndrome de Down é influenciado pelo ambiente, onde
os resultados dessa interação podem limitar ou ampliar as oportunidades do seu desenvolvimento
e de suas possibilidades de integração social, é preciso que a sociedade não exclua os alunos ou
crianças com esta patologia de modo que no seu desenvolvimento cognitivo possa atingir e
desenvolver todas as suas potencialidades.
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Conclusão
Findo o trabalho pode-se concluir que, inclusão dos alunos com Necessidades Educativas
Especiais do tipo Sindrome de Down não deve estar só confinada á escola, mas é uma
responsabilidade social que ultrapassa o período estrito da educação formal. Daí que se conclui
que a inclusão deve apresentar-se como um processo que se desenrola ao longo da vida de um
indivíduo através de um envolvimento na escola, na família sempre com o objectivo de melhorar
a sua qualidade de vida e a ajuda-lo a atingir as suas potencialidades cognitivas.
Educação integrada promove proposta satisfatória e objetivo de desenvolver habilidade de
comunicação com os outros membros da comunidade. É também a educação que deve privilegiar
o portador de necessidades especiais enquanto crianças ou adolescentes, mesmo em suas
dificuldades, que devem ser educadas de maneira mais autônoma possível e com a máxima
participação de todos os campos.
Na escola, deve-se defender a inclusão das crianças portadoras de necessidades especiais, e se
entregar nesse ideal não como uma opção, mas como única saída para fazer valer os direitos
constitucionais de todo cidadão, e como única saída contra a exclusão. Cada indivíduo é único e
diferente, e por essas diferenciações se manifestam conforme suas experiências e aprendizagem
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Bibliografia
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