Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Radiologia Veterinária
A radiologia veterinária no uso das radiações ionizantes gera imagens de determinadas estruturas
anatômicas dos animais de pequeno, médio e grande porte. É aplicada principalmente em animais
domésticos, ou seja, que convivem com o ser humano. Os gatos e cães são cerca de 98% das
pesquisas realizadas na área de diagnóstico por imagem.
Os profissionais qualificados para estarem fazendo esses procedimentos são: o Médico Veterinário
Radiologista, o Tecnólogo em radiologia e o Técnico em radiologia médica.
A atuação dos técnicos em radiologia no setor veterinário se assemelha a radiologia pediátrica. Neste
caso é mais complexo, pois se necessita de dois acompanhantes e/ou de contenção química do
paciente (anestesia) em diversas técnicas do posicionamento.
A radiologia veterinária possui aplicação de diversas áreas da radiologia nos animais, desde o
diagnóstico por imagem, a radioterapia e a medicina nuclear.
A radiologia é uma área muito empregada dentro da medicina veterinária de hospitais e clinicas. Em
definição a radiologia veterinária é a aplicação das radiações ionizantes e não ionizantes para práticas
de diagnóstico e terapia de patologias em animais. Muitos pensam que a radiologia veterinária é
apenas a radiografia de animais. A radiologia veterinária é muito mais ampla. Outro fator que alguns
acreditam é que apenas cães e gatos realizam exames de radiologia veterinária. Os animais de grande
porte também fazem exames de radiologia veterinária, como leões, cavalos, etc.
Os exames de diagnostico por imagem são realizados com equipamentos de Raios x, Tomografia
Computadorizada, Ressonância Magnética, Ultrassonografia e também com equipamentos de
Medicina Nuclear. Os métodos são escolhidos de acordo com a suspeita a ser diagnosticada e
facilitada de realização do exame.
Os equipamentos de raios x utilizados podem ser fixos, móveis e portáteis. Assim como em humanos,
para os exames de radiografia em animal existem posicionamentos e incidências, mas com
nomenclaturas diferentes. Em exames de animais de porte grande como um cavalo, por exemplo, o
exame pode ser feito com aparelho de raio x portátil. Para animais como cavalos, os donos têm
dificuldades para transportar para uma clinica. Para isso, o veterinário utiliza um aparelho portátil e
vai ate a fazenda realizar o exame, por exemplo. Realizar o transporte de animais de porte médio para
realizar um exame em uma clinica que tenha, por exemplo, uma Tomografia Computadorizada é
menos exaustivo. O exame de ultrassonografia não é realizado por profissionais da radiologia, apenas
por médicos veterinários.
A medicina nuclear veterinária fornece aos médicos um diagnostico e um tratamento para os animais.
Para o diagnostico, as imagens da medicina nuclear permitem uma visualização da anatomia e da
fisiologia dos animais, assim como é a medicina nuclear em humanos. Um dos tratamentos da
medicina nuclear veterinária e contra o hipertireoidismo, que acontece na maioria dos gatos. Muitos
especialistas fazem o tratamento com iodoterapia, utilizando o iodo-131.
A Radioterapia é uma modalidade bastante eficaz para o tratamento em seres humanos e também nos
animais. Antes do início de um tratamento radioterápico, os animais são avaliados quanto ao seu
estado físico e é realizado um planejamento radioterápico, onde são utilizados exames de diagnóstico
por imagem, como raios x, tomografia e ressonância magnética, para se saber o tamanho e
localização do tumor (assim como nos humanos).
A radioterapia é uma área muito importante dentro da medicina veterinária. Isto porque o câncer é a
causa mais comum de morte de animais pequenos com mais de 10 anos. Sendo diagnosticado no
inicio da doença, o tratamento radioterápico consegue erradicar o tumor e fazer com que o animal
tenha uma melhor qualidade de vida.
Aparelho e acessórios
Com relação aos acessórios, utilizamos normalmente todos os tamanhos de chassis com seus
respectivos écrans, de preferencia “terras raras”, com filmes compatíveis. A identificação pode ser
feita através de letras e números de chumbo, acrílico ou utilizando-se o identificador luminoso.
Claro que as processadoras automáticas facilitam e muito o trabalho do técnico, mas isto fica na
dependência do custo e beneficio da clinica ou hospital veterinário. As clinicas podem ainda usar o
processo manual, mais trabalhoso e com rendimento baixo. Para isto se utiliza uma câmara escura
onde há m balcão seco e outro úmido para guardar filmes, os demais acessórios, bem como uma
processadora automática, além de negatoscópio e lâmpadas de segurança.
Sala de exames
Devemos ter em mente que animais domésticos ou pets exóticos (tartarugas, aves, répteis, etc.)
necessitam de um ambiente sossegado para sua contenção. Daí a importância de ter máximo cuidado
com sua manipulação e com o ambiente a ser trabalhado.
Além da proteção radiológica e da baritagem da sala, é necessária a presença do técnico e de duas
pessoas maiores de 18 anos e, quando se tratar de mulheres, a suspeita de gestação impedirá sua
presença na sala de procedimento por motivo de segurança. Dessa maneira, essas pessoas ajudarão a
conter o animal, evitando a exposição contínua do técnico às radiações x, pois este irá sempre estar
presente, mas protegido pelo biombo blindado de alvenaria ou biombo móvel.
Também é necessário um ambiente sem janelas e, de preferencia, com luz controlável, que
proporcione a quietude necessária, pois em quase 99% das vezes os animais a serem radiografadas
estão estressados, quer pelo local estranho, quer pela presença de pessoas não conhecidas no local. À
porta de entrada da sala de exames devem estar afixados avisos indicados a proibição de menores de
18 anos e da presença de mulheres gestantes. Os proprietários ou as pessoas que irão conter o animal
devem estar totalmente protegidos da radiação x. A presença de um negatoscópio na sala de exames é
sempre fundamental.
Pedido de exames
O técnico deve receber o pedido de exames, que deverá conter: nome do proprietário, espécie animal,
raça, sexo, idade e nome do profissional veterinário solicitante, além do numero de registro do
exame. Tudo isso, se possível deve compor a identificação da película radiográfica; o técnico deve,
dessa forma, transpor todas essas informações para um livro de registro, que deverá conter ainda a
região a ser radiografada, kV, mA e T utilizados, livros este exigido pela vigilância sanitária Esse
pedido deve ficar arquivado para futuras investigações, se necessário.
Em um exame ideal, cujo resultante deverá ser interpretado pelo médico veterinário radiologista,
devem-se aplicar certas normas técnicas de ouro que podem diminuir, e muito, as chamadas
distorções geométricas. O técnico deve ter em mente que todo animal, por mais tranquilo que seja,
pode causar acidentes graves quando indevidamente contido ou manipulado. Mesmo após perguntar
ao proprietário qual seria a índole do nosso paciente, todo cuidado é pouco.
A contenção tem como finalidade principal restringir, tanto quanto possível, a atividade física do
animal, na tentativa de se realizar a avaliação do paciente e/ou a execução de outros procedimentos.
A contenção pode ser feita de forma mecânica (física) ou farmacológica (química). A contenção
química refere-se ao estado induzido por medicamento, que produz modificação favorável do
comportamento por sedação, analgesia ou relaxamento muscular. A contenção física é a maneira de
capturar ou imobilizar o animal, através de gaiolas, caixas, armadilhas dentre outras, visando o bem
estar do animal, para que este tenha um manejo adequado e seguro.
A escolha da técnica, dos equipamentos, bem como dos fármacos e vias de administração que serão
utilizadas no caso de uma contenção química, obedece basicamente à natureza do procedimento a ser
realizado, o comportamento da espécie e do individuo, assim como a disponibilidade e a experiência
da equipe.
No uso de restrição física para cães, o mais comum é utilizar mordaças, que podem variar de um
simples fitilho a uma mordaça de acrílico ou de couro de tamanhos variados.
Para a espécie felina, muitas vezes a mordaça não é suficiente, pois os felinos têm unhas como meio
de defesa; daí a necessidade de manipuladores usarem luvas especiais e os atos terem esparadrapos
aderidos a seus dígitos. Outra técnica de restrição física para os felinos consiste em usar em volta da
região cervical uma toalha o pano, tendo-se cuidado com as unhas. Em muitos casos, o animal,
mesmo com mordaça, não permanece quieto; dessa forma, a restrição química, com sedação ou
anestésico de curta duração, se faz necessário. A presença do profissional veterinário é fundamental
para a aplicação e controle de tais fármacos.
Contenção física
A contenção física deve ser utilizada em procedimentos curtos e pouco invasivos ou na preparação da
contenção química. As ações devem ser rápidas, seguras e vigorosas, minimizando o risco para a
equipe envolvida e para o próprio animal.
É importante proceder às manipulações físicas com calma, evitando-se movimentos bruscos e/ou
violentos, os quais possam vir a alterar de maneira significativa os parâmetros vitais em virtude do
estresse promovido, principalmente em animais mais arredios. A socialização com o paciente é um
passo importante no momento da aproximação do mesmo, já que uma abordagem inadequada pode,
muitas vezes, ser fatal ou desencadear um comportamento não cooperativo por parte do animal,
prejudicando, dessa forma, o estabelecimento do diagnóstico.
Contenção química
A pistola e a carabina possuem seringas metálicas de diferentes calibres, salientando-se que quanto
menor o volume do medicamento, mais rápido a absorção e ação, e menor o grau da lesão sobre o
tecido muscular. Ao passo que a zarabatana utiliza-se seringa plástica de 3ml, que é colocada dentro
de um tubo de calibre semelhante ao da seringa e de comprimento ao redor de 1m, sendo
impulsionada através de forte sopro do operador.
Os principais agentes de anestesia inalatória são metoxifluorano, halotano, isofluorano, isofuorano e
acido nitroso. Para usá-los é necessário equipamento apropriado, tornando-se um impedimento
devido ao alto custo dos aparelhos.
Os materiais mais usados para a contenção química em grandes felídeos silvestres são: zarabatanas
(curtas distâncias), bastão de aplicação (curtas distâncias), pistolas de ar comprimido (médias
distâncias), rifle de dardos (longas distâncias). Qualquer que seja o meio empregado para conter o
animal deve obrigatoriamente: permitir plena segurança para o paciente e equipe envolvida, e os
principais medicamentos (drogas) utilizados são: Narcóticos : Etorfina, Carfentanil, Butorfanol;
Ketamina (ketalar, francotar), Tiletamina (zoletil); Xilazina (rompum, kensol), Metomidina
(dormitol), Detomidina (domosedan); Diazepan (valium, kiatrium), Midazolam (dormonid).
Cães
Os cães ou cachorros (Canis lupus familiaris) foram um dos primeiros animais a serem domesticados
e atualmente é o preferido de todos, pois além de ajudar em diversas atividades, é um verdadeiro
companheiro, criando fortes vínculos com seus donos. É um mamífero canídeo, onívoro (se alimenta
de produtos de origem animal e vegetal), possui mais de 400 raças, e também os vira-latas, que são os
cães sem raça definida.
Os cachorros têm muitas características que os tornam de grande utilidade, como sua corrida
vigorosa, a caça, o excelente olfato e audição, a obediência, agilidade, inteligência, e a boa
capacidade de aprendizagem. Por esses e outros motivos, são adestrados para diversas atividades,
como cão de caça, pastor de rebanhos, cão de guarda, cão de busca, cão de resgate, guia de cegos,
esportistas e também como cão de companhia, por serem extremamente dóceis, um verdadeiro
amigo.
Assim como o ser humano, também é vítima de doenças como o resfriado, bem como das
características do envelhecimento, como problemas de visão e audição, artrite e mudanças de humor.
Possuem expectativa de vida que varia entre dez e vinte anos. Entre as principais características
externas, iguais em todas as raças, estão a cabeça, o pescoço, as espáduas, a garupa, os ombros, a
cauda, as coxas, os cotovelos, os joelhos, os jarretes, as patas posteriores e as munhecas.
Classificação
De acordo com o peso, as raças dividem-se em quatro subcategorias: pequena (menor que 10 kg),
média (11-25 kg), grande (26-45 kg) e gigante (maior que 45 kg).
Gatos
O gato faz parte da família dos felinos, animais mamíferos carnívoros, e assim como o cachorro, é
um dos animais domésticos mais populares. A principal característica do gato é seu individualismo,
graça, simpatia, solidão, e sua independência, por mais que seja domesticado, continua sendo “livre”,
não se submete ao seu dono como o cão, sai a hora que quer, come a hora que gosta, deita onde achar
melhor. É um bichinho com um instinto “folgado”. São também caçadores naturais, mesmo quando
criados em casa e bem alimentados, quando tiverem a oportunidade, caçarão.
Ao contrário do que muitos pensam, o gato é um animal carinhoso, e quando seu dono chega, o
recebe com um som especial. Quando satisfeito ele sempre ronrona, quando mia se dirige às pessoas
e não à outros gatos e quando defendem seu território é unicamente contra outros gatos. Possuem
muitos sons, ruídos, espirros e, em relação aos cinco sentidos, possuem desenvolvidos o tato, audição
e visão. O bigode é um órgão tátil muito sensível nos gatos.
Sua corrida não se compara em termos de velocidade com a dos cães, mas por ter garras, consegue
subir em árvores, muros, e deslocam-se por meio de saltos e movimentos harmoniosos. Mesmo não
parecendo, pela ideia de que “gato não gosta de água”, os gatos são limpos. Possuem a língua áspera,
que serve para fazer a própria limpeza. Por isso vivem se lambendo e se alisando.
As raças apresentam uma grande variedade de cores e padrões e podem ser divididas em 3 categorias
distintas: os de pelagem longa, os de pêlo curto e os de pelagem rala. Vivem entre 15 e 20 anos e
pesam entre 2,5 e 7 kg.
Radiologia de equinos
O trabalho com equinos no campo da imagem, mais especificamente a radiologia, necessita que o
técnico despenda tempo e paciência, cuidados especiais de segurança pessoal e principalmente um
bom planejamento antes da execução dos procedimentos. Ao contrario do que se faz no caso de cães
e gatos, a radiologia nessa espécie e realizada no local onde o animal vive, como haras, baias, recinto
de exposição, etc., a não ser que ele esteja internado numa clínica ou hospital veterinário, quer em
uma universidade, quer em um hospital particular.
Os equinos são animais assustadiços, daí a necessidade de um ambiente calmo e tranquilo. Sempre
que possível, realizar exposições com a ajuda do tratador ou de pessoas que estejam acostumadas
com eles. Nunca realizar movimentos bruscos, sempre usar tons de voz baixos e acariciar o animal
quando ele permitir, e tapar as orelhas do animal com chumaços de algodão. Caso contrário, será
inevitável sedá-lo para a realização das incidências necessárias. Em 99% dos casos, as radiografias
são realizadas com o animal em estação (em pé). Raramente é necessário usar anestesia geral.
As radiografias das porções distais dos membros dessa espécie animal podem ser feitas com pouca
miliamperagem, ou seja, através de um aparelho portátil.
Antes de qualquer procedimento nessa área, as ferraduras devem ser removidas e o casco deve ser
bem limpo para que seja retirado qualquer detrito que possa atrapalhar o radiologista veterinário em
sua interpretação.
Existem várias maneiras de realizar restrições físicas no animal, entre elas: pé de amigo, mão de
amigo e cachimbo. Essas técnicas reduzem a possibilidade de movimentação durante a emissão do
raio x. As técnicas em equinos devem ser realizadas por pessoal altamente treinado para que se
evitem acidentes ou agressões. Para radiografar áreas de maior espessura, como porções superiores
de membros, é preciso um aparelho com maior potência. Ao radiografar equinos, a ampola deve ser
rebaixada próximo ao piso, e isto praticamente não se encontra em aparelhos portáteis humanos. Para
tal, é necessário fazer uma adaptação ou utilizar aparelhos portáteis.
Outros animais
Dependendo da espécie animal, o cuidado com a restrição física tem de ser redobrado, pois é muito
fácil ocorrer acidentes que podem pôr em risco a integridade física do técnico manipulador. Não
podemos nos esquecer de que cada animal tem seu meio de defesa (cavidade oral, cauda, unhas etc.).
Muitas vezes é inevitável administrar fármacos com efeito sedativo ou mesmo anestesia geral para
realizar operações radiográficas em animais.
Craniana: refere-se ás partes do pescoço, tronco e rabo virado para a direção da cabeça. Também se
refere ao aspecto superior ou anterior de um membro ou uma parte do corpo acima das articulações
do carpo e do tarso.
Terminologia do posicionamento
Como regra geral, devemos posicionar os pacientes de forma mais anatômica possível e quando a
espessura não é muito significativa, como por exemplo, nos exames patelares de caninos, podemos
usar a projeção que dê mais conforto para o paciente.
São usados dois termos sendo que o primeiro indica qual a face pela qual o feixe dos raios x penetra
no corpo do paciente e o segundo aquela pelo qual ele emerge, onde está colocado o filme
radiológico. As projeções radiológicas para pequenos animais são divididas em básicas e acessórias.
Ventrodorsal (VD) – os raios x penetram pelo ventre e emergem pelo dorso do paciente. O paciente,
na maioria das ocasiões, está em decúbito dorsal.
Dorsoventral (DV) – os raios x penetram pelo dorso e saem pelo ventre do paciente. O decúbito do
paciente é o ventral.
Lateral direita (Lat. D e E) - as radiações x incidem pela parede lateral direita e emergem pela
parede lateral esquerda. O decúbito é o lateral esquerdo. Quando as radiações x incidem pela parede
lateral esquerda e emergem pela parede lateral direita. O decúbito é o lateral direito.
Antero-posterior (AP) – usada para designar as projeções radiológicas utilizadas para os estudos dos
membros dos animais. As radiações penetram pela face anterior e emergem pela face posterior dos
membros. Alguns autores utilizam esta nomenclatura para os exames que se realizam da porção
proximal até o carpo ou tarso, utilizando a designação DORSO-PALMAR/PLANTAR (D-P) para os
exames radiológicos das porções distais dos membros dos animais.
Póstero-anterior (PA) - usada para designar as projeções radiológicas utilizadas para os estudos dos
membros dos animais. As radiações penetram pela face posterior e emergem pela face anterior dos
membros. Alguns autores utilizam esta nomenclatura para os exames que se realizam da porção
proximal até o carpo ou tarso, utilizando a designação PALMO/PLANTO-DORSAL (P-D) para os
exames radiológicos das porções distais dos membros dos animais.
Látero-medial (LM) – usada para designar os estudos radiográficos realizados nos membros dos
animais nos quais as radiações penetram pela face lateral (externa) e emergem na face medial
(interna) dos membros.
Médio-lateral (ML) - usada para designar os estudos radiográficos realizados nos membros dos
animais nos quais as radiações penetram pela face medial (interna) e emergem na face lateral
(externa) dos membros.
Em alguns exames radiológicos somos obrigados a posicionar o paciente de maneira especial pois,
estas projeções ajudarão a interpretação radiológica. Tais projeções são chamadas de acessórias e o
seu uso não dispensa a utilização das projeções básicas. As projeções oblíquas, vistas anteriormente,
são algumas das projeções radiológicas acessórias. As outras, de maior importância são:
Lateral ou Medial Flexionada – projeção própria para o estudo radiológico das articulações
localizadas nos membros dos pacientes. A flexão da articulação deve obedecer os seus limites
fisiológicos, não podendo ocorrer uma hiper-flexão articular.
Radiografia de Stress – são aquelas em que a articulação que está sendo estudada está no máximo
de um de seus movimentos articulares. São cinco (5) as manobras básicas para se provocar o stress
articular: tração, rotação, forças em sentido contrário, com o auxílio de um bastão e
hiperflexão/hiperextensão.
Essas manobras devem ser realizadas com o máximo cuidado para não agravar a lesão existente. Para
estes exames é recomendado que se realize a(s) manobra(s) de stress a ser usada antes da tomada
radiográfica com a finalidade de se verificar o grau de resistência do paciente em relação aos
deslocamentos articulares. Quando o animal acusa resistência a aplicação mínima das forças, não se
recomenda-se o uso destes exames radiológicos. Quando o animal permite a aplicação das forças
deve-se usar sedativos/tranquilizantes/anestésicos tendo em vista que se trata de técnica muito
dolorosa.
1 – Tração
2 – Rotação
5 – Hiperflexão/Hiperextensão
Frog leg – trata-se de um posicionamento acessório que permite o estudo da articulação coxo-
femural dos animais de pequeno porte. Através dessa projeção não é aconselhável o exame
radiológico da articulação com a finalidade de interpretação para Displasia Coxo-femural. Seu
principal uso é para as avaliações de pequenos deslocamentos da articulação.
Para a sua realização posiciona-se o paciente, anestesiado, em decúbito dorsal, portanto uma projeção
VD, incidindo o Raio Central exatamente num ponto intermediário de uma linha imaginária que liga
as duas cabeças femurais deixando-se que os membros, num movimento de abdução, se aproximem
do filme radiográfico por ação da força da gravidade.
Radiografias posturais – são projeções Laterais, VD e DV nas quais o paciente está colocado em
estação, no caso das Laterais, ou então, ereto pelos membros, no caso da VD e da DV. São utilizadas
para otimizar a interface entre líquidos/gases, podendo estes estarem livres em alguma cavidade
corpórea (ex.: hidrotórax, pneumotórax, ascite) ou confinados em algum órgão oco (ex. dilatação
gástrica aguda).
Estes estudos radiográficos também apresentam grande utilidade para a interpretação exata das
deformações dos membros pois os mesmos estarão suportando o peso do paciente. Nestes casos as
projeções deverão ser AP, PA, Lat. e Medial.
Para auxiliar o médico veterinário, assim como na medicina humana, o exame radiográfico é de
extrema importância, pois elucida a maioria das patologias que acometem, principalmente os
pequenos animais de estimação.
Mas certas estruturas, como esôfago, estômago vazio, alças intestinais com detalhes, ureter, uretra ou
mesmo doenças que requeiram uma visão mais minuciosa da estrutura para que se possam analisar,
entre outros, modificações de tamanho, alteração de forma, posição anatômica, processos obstrutivos,
estudos de preenchimento e motilidade, além do estudo de suas mucosas, necessitam do uso de
substancias especiais que ponham em evidência tais órgãos. Essas substâncias, denominadas
contrastes radiográficos, são bastante utilizadas em Medicina Veterinária, quer na radiologia, quer na
tomografia computadorizada.
Os meios de contrastes apresentam diferentes propriedades químicas e podem ser classificados com
base na capacidade de absorção da radiação ionizante e dissociação, na composição química e
natureza química, na capacidade de solubilidade e nas vias de administração.
Radiopacos ou positivos
Possuem a capacidade de atenuar, ou seja, absorver mais radiação do que as estruturas adjacentes.
Estes meios de contrastes são basicamente de dois grupos: Iodados e Baritado.
Radiotransparentes ou negativos
Possuem capacidade de atenuar, ou seja, absorver menos radiação do que as estruturas ao redor. São
representados por elementos gasosos como ar atmosférico e gás carbônico, o ar é o exemplo clássico
de um agente negativo.
Capacidade de dissociação
Iônicos
Não iônicos
Composição química
Iodados
Não iodados
Não contêm elemento iodo em sua composição. O Sulfato de Bário e o DTPA Gadolíneo são
exemplos de meios de contraste não iodados
Natureza química
Orgânicos
Inorgânicos
Solubilidade
Hidrossolúveis
Lipossolúveis
Insolúveis:
Vias de Administração
Oral
Endocavitário
O meio de contraste é administrado por meio de orifícios naturais das estruturas anatômicas, aquelas
que se comunicam com o exterior.
Intracavitário
Iodo
Este agente contrastante contém o iodo como elemento opacificante e outros componentes químicos
que criam uma molécula complexa. O composto original da molécula é um grupo carboxila na forma
de ácido benzoico, aos quais outros componentes químicos (cadeias laterais) estão presos.
Sistema digestório
Esôfago
Preparo do paciente:
Normalmente deixa-se o paciente em jejum por 12 horas, para evitar a presença de alimentos, no caso
de megaesôfago, divertículo esofágico, etc. Alguns autores não preconizam o jejum do animal,
podendo-se realizar a radiografia sem ele, quando se quer apenas estudar o tudo esofágico.
Contraste e dosagem:
Uma das formas ideais para sua administração é colocar na seringa um garrote, este deve ser
colocado entre os dentes do animal (amordaçado ou não). Injetar vagarosamente.
Para estudar a deglutição, pode-se administrar sulfato de bário em pasta ou sulfato de bário solução
junto a um pouco de ração. Quando há dilatação exagerada do órgão estudado, é necessário aumentar
a quantidade de contraste quando encontramos dilatação, guiando-se pelo bom senso.
Posicionamento:
Estômago
Preparo do paciente:
Se possível, o paciente deve fazer jejum de 12 a 24 horas e, se necessário, ser sedado por um médico
veterinário.
Contrastes e dosagens:
Podemos realizar um gastrograma com contraste positivo utilizando sulfato de bário ou solução
aquosa de iodo, na suspeita de ruptura. Os derivados de iodo são compostos amargos e isto influencia
sua administração. Além disso, os derivados de iodo são parcialmente absorvidos e excretados pelos
rins e, em felinos, podemos obter o espasmo de piloro, havendo maior demora no esvaziamento da
câmara gástrica, levando inclusive a vômitos. A concentração de sulfato de bário utilizado não deve
ultrapassar 15% e de iodo 10%. Na prática, utilizamos de 6 a 12 mL de contraste por quilograma de
peso, segundo recomendação de alguns autores, ou a 8 mL, segundo recomendação de outros.
Pode-se utilizar duplo contraste combinando sulfato de bário líquido e ar atmosférico ou dióxido de
carbono (bebida carbonatada) na dosagem de 2 mL de bário por quilograma de peso vivo, e
posteriormente o ar ou dióxido de carbono na dosagem de 10 a 20 mL por quilograma de peso vivo.
Na realidade, na prática veterinária, a pneumogastrografia e o duplo contraste são de uso raro para
avaliação da câmara gástrica.
Posicionamento
Preparo do paciente:
Contraste e dosagens:
Posicionamento:
Preparo do paciente:
Deve-se fornecer alimentação com baixos resíduos 48 horas antes do estudo radiográfico. Manter o
animal em jejum por 24 horas e administrar enema evacuante para liberar o cólon de fezes. Se
necessário, fornecer um catártico moderado pelo menos 12 horas antes da opacificação do cólon.
Pode haver necessidade de sedação por um médico veterinário, pois a administração do contraste via
sonda é incômoda.
Contraste e dosagens:
Posicionamento:
Sistema urinário
O estudo do sistema urinário mostra detalhes dos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra. Podemos
estuda-lo como um todo, ou através de seus segmentos, como veremos a seguir.
Urografia excretora
Na urografia excretora põem-se em evidência rins, ureteres bexiga urinária e uretra. Apesar de
simples, é um método não isento de risco, podendo haver efeitos colaterais, entre eles hipotensão,
arritmia cardíaca e síndromes alérgicas. Para a realização desse exame, o animal deve passar por um
exame médico veterinário completo para analisar o estado geral do paciente, inclusive o grau de
hidratação. Conforme expomos acima é importante a presença de equipamentos de emergência para a
rápida atuação do veterinário, quando necessário. Esse exame possui três fases: nefrograma, na qual
observamos a perfusão renal, a opacificação dos rins; na segunda fase, denominada pielograma,
observamos o preenchimento da pelve, que pode ser mais bem obtida através de uma compressão
abdominal, com o uso de uma faixa. Finalmente, a terceira fase denomina-se excretora e nela o
contraste é eliminado para os ureteres e a bexiga.
Preparo do paciente:
Manter o animal em jejum sólido por 24 horas e líquido por 12 horas, cuidando para que o jejum não
influa no grau de hidratação do paciente. A sedação não é necessária se o paciente cooperar com o
procedimento. Não esquecer das radiografias simples de abdômen antes do procedimento
contrastante. Realizar um enema evacuante para eliminar fezes e gases (a temperatura do enema deve
ser sempre abaixo da temperatura corpórea do animal, evitando, dessa maneira, a presença de gás
residual).
Contrastes e dosagens
Canular uma veia de bom calibre (safena ou radial) posicionar o animal sobre a mesa e ligar um soro
fisiológico, para que, se necessário, o médico veterinário aja durante uma emergência. Injetar
rapidamente 850 mg/kg de solução de iodo (contraste positivo não-iônico), o que equivale a
aproximadamente 2 mg/kg de peso vivo do animal. Pode-se realizar a urografia excretora com
compressão abdominal. Nesse caso, utiliza-se 400 a 425 mg de iodo por kg de peso vivo do animal.
Posicionamento:
A partir daí, realizar radiografias aos 10 segundos em decúbito lateral e dorsal, após os 3, 5 e
finalmente aos 15 minutos. Quando houver necessidade de visualizar a porção final da uretra na sua
inserção no trígono vesical, devem-se realizar radiografias oblíquas em decúbito dorsal obedecendo
aos mesmos tempos.
Cistografia
Método que tem por finalidade a análise da bexiga urinária, com o intuito de visualizar alterações,
como topografia, parede, formações neoplásicas, litíases, ruptura, etc. Três tipos de procedimentos
podem ser executados: cistografia de contraste positivo, cistografia de contraste negativo e duplo
contraste. Embora tais métodos sejam praticamente isentos de riscos, pode ocorrer iatrogenia ou
absorção do contraste negativo, o que pode provocar embolia gasosa.
Preparo do paciente
Alguns autores preconizam o uso de jejum de 12 a 24 horas juntamente com laxativos para o perfeito
esvaziamento do trato gastrointestinal; outros indicam somente enema evacuante para limpeza do
cólon. Em qualquer procedimento, devem-se usar luvas esterilizadas para manipulação e lavagem
local (do prepúcio e meato uretral feminino) com soro morno, sabonetes germicidas, usando algodão
ou irrigador. Ao cateterizar o animal, conforme afirmamos acima, evitar iatrogenia, ou seja, lesões
provocadas na colocação da sonda. O procedimento deve, de preferencia, ser realizado por um
médico veterinário.
Contrastes e dosagens:
Cistografia de duplo contraste: a preparação é semelhante e esta técnica é indicada para um bom
exame de parede de bexiga. Administram-se aproximadamente 1 mL/kg de peso de contraste positivo
(triodado), sendo de 1 a 2 mL para gatos e de 1 a 3 mL para cães. As incidências e decúbitos são
semelhantes.
Uretrografia
Este método tem por finalidade detectar lesões uretrais, desde ruptura até estenoses, neoplasias,
urólitos e processos obstrutivos em geral. Este estudo pode ser feito com contraste positivo ou
negativo, mas na pratica utiliza-se contraste positivo.
Esta técnica pode ser realizada de uma maneira retrógrada, ou seja, administra-se o contraste via
sonda e, durante o exame radiografa-se o animal; ou de uma maneira anti-retrógrada, ou seja, após a
cistografia, palpa-se delicadamente a bexiga e espera-se o animal urinar, radiografando-o durante o
ato de micção, ou injeta-se o contraste via sonda ate o limite máximo de dilatação retirando-se, em
seguida, a sonda; neste caso, a pressão intravesical é maior, fazendo com que o animal urine
espontaneamente, radiografando-se, em seguida, e tomando-se o devido cuidado para não romper a
bexiga.
Preparo do paciente:
As técnicas de assepsia são semelhantes às acima descritas. Alguns autores indicam o jejum de 12 a
24 horas e, se necessário, a aplicação de um enema evacuante. Utilizar um cateter ou uma sonda de
Foley lubrificada com anestésico.
Contraste e dosagem:
Posicionamento:
Fazer as exposições em decúbito lateral ventrodorsal e oblíquo. No caso de se realizar a técnica anti-
retrógada, coloca-se o animal em decúbito lateral e, através de uma colher de pau, pressiona-se a
bexiga até começar a aparecer o contraste. Nesse momento fazem-se as radiografias.
Celiografia
Trata-se de uma técnica na qual se administra contraste positivo hidrossolúvel no abdômen do animal
para verificar a integridade diafragmática (ruptura e hérnia), presença de hérnias inguinais, umbilicais
e peritônio pericárdico.
Posicionamento de Crânio
A radiografia de crânio em cães e gatos tem sido substituída por especialidades como tomografia
computadorizada e imagem por ressonância magnética, poucas radiografias cranianas são realizadas
atualmente.
Projeção lateral e dorsoventral são as projeções radiográficas mínimas do crânio canino e felino a
serem adquiridas.
Dorsoventral
Lateral
Para a projeção lateral, o cão ou o gato não pode ser deixado em repouso naturalmente na mesa de
raios x. Esponjas radiolucentes serão necessários para elevar o nariz na maioria dos pacientes.
Esponjas também podem ser necessárias para elevar as mandíbulas. O objetivo é ter estruturas do
lado esquerdo e do lado direito perfeitamente sobrepostas na radiografia resultante. Devido a
complexidade do crânio, muitas projeções auxiliares foram desenvolvidas para aumentar a
conspicuidade de certas regiões. Estas projeções auxiliares não são utilizadas rotineiramente, mas são
selecionadas com base na finalidade do exame radiográfico.
Posicionamento da Coluna Vertebral
Tal como acontece com o crânio canino e felino, imagem tomográfica, tem substituído o uso da
radiografia para avaliar muitas doenças da coluna vertebral canina e felina. Contudo, na maioria das
clinicas de pequenos animais ainda há muitas indicações para radiografia simples da coluna vertebral,
devido a incidência relativamente alta de dor nas costas. Portanto, radiografias simples da coluna
vertebral canina e felina são geralmente indicadas, e é importante que estas sejam adquiridas
corretamente se o seu valor tem de ser maximizado.
Tal como acontece com o crânio canino e felino, sedação ou anestesia geral é indicada se radiografias
da coluna vertebral canina ou felina vão ser adquiridas. Pode parecer que a contenção química não é
tão pertinente para a radiografia do crânio, mas isso não é verdade. A coluna vertebral também é
anatomicamente complexa, e é fundamental que o paciente seja posicionado simetricamente. O
posicionamento de um cão ou de um gato para a radiografia da coluna vertebral é mais complexo do
que simplesmente deitar o paciente sobre a mesa de raios x.
Para a maioria dos pacientes caninos e felinos, radiografia lateral e ventrodorsal serão indicadas para
avaliar a coluna vertebral.
Na aquisição das projeções laterais, o objetivo é ter o esterno e a coluna vertebral no mesmo plano;
isto é, o plano que atravessa o esterno e a coluna vertebral é paralelo ao topo da mesa. Isto não pode
ser alcançado ao permitir que o paciente se deite na mesa de raios x sem ser contido. Na maioria dos
cães e gatos, o esterno deverá ser elevado ligeiramente para posicionar o esterno e a coluna vertebral
no mesmo plano.
Um dos maiores problemas que ocorrem em Medicina Veterinária é fazer a radiografia no pico da
inspiração sob pretexto de melhor avaliar estruturas torácicas. Muitas vezes observa-se a respiração
do animal ate identificar o melhor momento de realizar a exposição, mas isto é praticamente
impossível. Desta maneira, utilizamos tempos curtos e mA altas para evitar a movimentação do
animal e a presença de películas tremidas.
Diversas estruturas anatômicas podem ser visualizadas através da radiologia torácica como o coração,
a traqueia, os pulmões, o esôfago, as costelas, o esterno, os brônquios, o mediastino, os linfonodos, o
diagrama, as artérias e veias.
Examina-se o tórax através de, no mínimo duas incidências, os decúbitos laterais (direito ou
esquerdo) e o dorsal são os mais indicados. Também é possível usar a técnica com o animal em
estação (em pé) e a ampola com raios perpendiculares ao tórax posição esta utilizada para verificar
níveis de líquidos no tórax. Pode-se também colocar o animal em decúbito dorsal e incliná-lo tanto
para a direita como para a esquerda com o intuito de verificar estruturas ou massas pleurais; deve-se
ter em mente que, para pesquisa de metástases pulmonares, a avaliação radiográfica do tórax deve ser
sempre em três posições, ou seja, decúbito lateral direito, esquerdo e dorsal, pois dessa maneira tem-
se uma visão tridimensional do tórax, diminuindo a possibilidade de erros.
Dorso -Ventral
Ventro - Dorsal
O paciente é colocado em decúbito dorsal, e os membros anteriores são puxados para fora. O esterno
deve ficar superposto à coluna torácica, para se evitar a rotação no plano sagital.
O paciente é posicionado em decúbito lateral esquerdo ou direito e as patas anteriores são puxadas
cranialmente. O esterno é elevado a um nível superior à superfície da mesa, igual aquela da coluna
vertebral torácica para se evitar a rotação.
Posicionamento de Abdome
Ventro - Dorsal
Nas projeções ventrodorsais, em que dobras de pele inguinais podem projetar notáveis sombras, pode
ser preferível a posição em “pata de rã” (‘frog leg”), com os membros flexionados e os membros
posteriores estendidos caudalmente. Contenção química pode ser necessária para animais que não
cooperam, em ambientes nos quais as normas de radiação local impedem a contenção manual.
Para projeções laterais, deve-se apoiar o esterno em almofadas de espuma radiotransparente para
mantê-lo no mesmo nível horizontal da coluna vertebral. Os membros pélvicos devem ser estendidos
caudalmente a uma distancia suficiente para evitar que os músculos da coxa se sobreponham ao
abdome caudal. O feixe de raios-x deve ser colimado para incluir o diafragma e a entrada da pelve.
Posicionamento da Pelve
O exame radiográfico deve ser feito na posição ventrodorsal com os membros pélvicos tracionados
caudalmente e mantidos paralelos em relação um ao outro e em relação à mesa. Os membros devem
ser rotacionados medialmente fazendo com que as patelas cubram as trocleas femorais e permitindo
que os colos sejam visualizados.
Lateral
Para a vista lateral da pelve é necessário colocar o paciente em uma posição reclinada lateral com o
lado afetado para baixo. Certifique-se de que o peito e o abdômen estão em uma posição lateral
verdadeira, usando posicionamento com contenção sob o esterno ou abdômen, conforme necessário.
A parte inferior do fêmur deve estar em uma posição neutra, o que significa que é um pouco puxado
para cima, como se o paciente estava de pé. A coxa deve ser puxada caudalmente e manualmente
contido ou presa na mesa.
Ventrodorsal Pernas de Rã
Neste posicionamento é preciso colocar o paciente em posição reclinada dorsal com a cabeça
posicionada no apoio para cabeça de esponja contra os ombros. Certifique-se o esterno e a coluna
vertebral estão sobrepostas quando as patas são deixadas na posição flectida normal.
O fêmur deve estar em um ângulo de aproximadamente 45 graus para a coluna vertebral. Sacos de
areia ou fita adesiva sobre as articulações tarsicas manterão as pernas na posição.
Membros Posteriores
Posicionamento do Fêmur
Para a incidência lateral do fêmur é preciso colocar o paciente em uma posição reclinada lateral, com
o lado afetado para baixo. Flexionar e mover o lado não afetado da perna para fora do campo de
visão. Talvez seja necessário usar a fita ou um saco de areia para proteger o afetado da perna.
Colocação de gaze ou uma almofada de espuma fina abaixo da tíbia proximal impedirá a rotação de o
fêmur.
Crânio Caudal
O fêmur deve ser tão paralelo quanto possível para a mesa com a patela posicionada entre os côndilos
femorais. O campo de visão deve abranger tanto os aspectos as articulações do quadril e do joelho. A
perna afetada deve ser flexionada e girar lateralmente o campo de visão e protegido com um saco de
areia colocado sobre a articulação do tarso.
Posicionamento do Joelho
Lateral
O paciente é colocado em uma posição reclinada lateral com a perna afetada lateralmente e fixada do
lado de fora do campo de visão com fita adesiva ou saco de areia. Pequenos cães e gatos são mais
facilmente posicionadas para a vista lateral, se a perna afetada é flexionada, é lateralmente e
protegida do lado de fora do campo de visão. A articulação afetada do joelho é flexionada à 90 graus
ou um ângulo ligeiramente flexionado mais natural, geralmente de 60 graus, preferência do médico.
Crânio Caudal
O paciente deve ser colocado em uma posição reclinada esternal, com a perna afetada
estendida caudalmente. A perna afetada deve ser flexionada. A patela deve ser centrada entre os dois
côndilos do fêmur. Deve ser observado que se o fêmur, tíbia e joelho estão alinhados com o calcâneo,
o posicionamento está perfeitamente vertical, que a patela será centralizada entre os côndilos do
fêmur. Palpar os côndilos femorais e da tuberosidade tibial pode também ajudar na verificação
da simetria.
Posicionamento da Tíbia e Fíbula
Lateral
O paciente é colocado em uma posição reclinada lateral com a perna afetada posicionada
lateralmente e fixada do lado de fora do campo de visão com uma fita adesiva ou saco de areia, para
ajudar no posicionamento. As articulações do joelho e társicas são flexionadas a 90 graus. As
articulações do joelho e do tarso precisam ser visualizadas na radiografia.
Crâniocaudal
O paciente deve ser colocado em uma posição reclinada esternal, com a perna afetada
estendida caudalmente. A perna afetada deve ser flexionada com ajuda de um saco de areia. A
articulação do joelho deve ser radiografada, com a patela centralizada. O fêmur, a tíbia, a articuação
do joelho e o calcâneo devem ser posicionados na vertical.
Posicionamento do Tarso
Lateral
O paciente é colocado em uma posição reclinada lateral com a perna afetada posicionada
lateralmente. A articulação do tarso precisa ser flexionada a 90 graus. É necessário retirar a parte
distal da tíbia e da fíbula do campo de visão, para não atrapalhar a visão do tarso.
Plantodorsal e Dorsoplantar
O paciente precisa ser colocado em uma posição reclinada esternal, com a perna afetada estendida
caudalmente. O posicionamento precisa de um saco de areia para flexionar a perna e controlar a
rotação da articulação do tarso. O fêmur, a tíbia e a articulação do joelho devem ficar alinhados, com
o calcâneo posicionado na vertical.
Posicionamento do Metatarso e Dígitos
Lateral
O paciente é colocado em uma posição reclinada lateral com a perna afetada posicionada
lateralmente e fixada com ajuda ou de um saco de areia ou de uma fita adesiva. Os ossos do
metatarso são visualizados em uma posição natural. Verifique se não há estruturas atrapalhando o
campo de visão para os ossos de metatarso.
Plantodoral e Dorsoplantar
O paciente precisa ser colocado em uma posição reclinada esternal, com a perna afetada estendida
caudalmente. A perna afetada deve ser flexionada e posicionada com um saco de areia, controlando a
rotação da articulação do tarso. O fêmur, tíbia e articulação do joelho precisam estar alinhados, o
calcâneo deve ser posicionado verticalmente.
Membros Anteriores
Posicionamento do Ombro
Coloca o paciente em uma posição reclinada dorsal com as pernas dianteiras estendidas cranialmente.
Coloca o paciente em uma posição reclinada lateral, o lado afetado para baixo. Membro
afetado cranialmente e ventralmente enquanto puxando a perna afetada caudalmente.
Articulação do cotovelo Lateral