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Química Orgânica

4º Edição
Paula Yurkanis Bruice

Capítulo 1
Estrutura Eletrônica e Ligação Química
Ácidos e Bases
Química Orgânica
4º Edição
Paula Yurkanis Bruice

Capítulo 1_Tópico 1_Introdução


Introdução
Em 1807, Jöns Jakob Berzelius:
 Substâncias orgânicas - substâncias derivadas de organismos vivos que continham uma
força vital.
 Substâncias inorgânicas - substâncias derivadas de minerais.

Em 1828, Friedrich Wöhler:


Introdução
Substâncias orgânicas são substâncias que contêm carbono.

O carbono não libera nem aceita elétrons prontamente.

O carbono compartilha elétrons com outros átomos de carbono bem como com
diferentes tipos de átomos.
Estrutura de um átomo
 Um átomo consiste de elétrons, prótons carregados positivamente e nêutrons neutros.

 Os elétrons formam ligações químicas.

 Número atômico: número de prótons em seu núcleo.

 Número massa: a soma de prótons e nêutrons de um átomo.

 Isótopos têm o mesmo número atômico mas diferente número de massa.

 O peso atômico: a média da massa atômica dos seus átomos.


 Peso molecular: a soma de todos os pesos atômicos de todos os átomos da molécula.
Distribuição de elétrons em um átomo
 A mecânica quântica usa a equação matemática do movimento de onda para caracterizar o
movimento dos elétrons em torno do núcleo.

 As funções de onda ou orbitais nos diz a energia de um elétron e a região do espaço em


torno do núcleo onde um elétron é mais provavelmente encontrado.

 O orbital atômico mais perto do núcleo tem a menor energia.

 Orbitais degenerados têm a mesma energia.


Distribuição de elétrons em um átomo
Distribuição de elétrons em um átomo
Princípios para determinação dos orbitais dos elétrons
 O princípio de aufbau: Primeiro os elétrons ocupam os orbitais de menor energia.

 O princípio de exclusão de Pauli: somente dois elétrons podem ocupar o mesmo orbital e
os dois elétrons têm que ter spins opostos.

 A regra de Hund: os elétrons ocuparão orbitais degenerados vazios antes de ser


emparelhado em um mesmo orbital.
Distribuição de elétrons em um átomo
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Fim do Tópico 1_Introdução


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Capítulo 1_Tópico 2_Ligação iônica,


covalente e polar
Ligação iônica, covalente e polar
Ligações iônicas

Substâncias iônicas são formadas quando um elemento eletropositivo transfere


elétron(s) para um elemento eletronegativo.
Ligação iônica, covalente e polar
Cristais de NaCl
Ligação iônica, covalente e polar
Ligações covalentes
 Igual compartilhamento de elétrons: ligação covalente não-polar (ex.: H2).
 Compartilhamento de elétrons entre átomos com Eletronegatividade diferente: ligação
covalente polar (ex.: HF).
Ligação iônica, covalente e polar
Ligação iônica, covalente e polar
Mapas de potencial eletrostático
Ligação iônica, covalente e polar
Um dipolo

Uma ligação polar tem uma extremidade positiva e uma extremidade negativa.

Momento de dipolo (D) = µ = e x d


(e) : grandeza da carga no átomo
(d) : distância entre as duas cargas
Ligação iônica, covalente e polar
Um dipolo
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Fim do Tópico 2_Ligação iônica,


covalente e polar
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Capítulo 1_Tópico 5_Ligações em


metano, etano, eteno e etino
Ligação em metano e etano: ligações simples
Ligação no metano
Ligação em metano e etano: ligações simples
Com a promoção do elétron o carbono forma 4 ligações covalentes e libera 420
kcal/mol de energia.

Sem a promoção o carbono formaria 2 ligações covalentes e liberaria 210 kcal/mol


de energia.
A energia total que favorece a promoção é 114 kcal/mol.
Ligação em metano e etano: ligações simples
Hibridação de orbitais
Ligação em metano e etano: ligações simples
Os orbitais usados na formação de ligação determina os ângulos de ligação.

 Ângulos de ligação tetraédrico: 109,5°.

 Os pares de elétrons se distribuem no espaço o mais distante possível um do outro.


Ligação em metano e etano: ligações simples
Ligação no etano

Hibridação sp3
Ligação no eteno: uma ligação dupla
Ligação no eteno
Ligação no eteno: uma ligação dupla
Hibridação sp2

O carbono sp2 é o carbono trigonal planar.


Ligação em etino: uma ligação tripla
Ligação no etino
Ligação em etino: uma ligação tripla
Hibridação sp

O carbono sp é o carbono linear.


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Fim do Tópico 5_Ligações em metano,


etano, eteno e etino
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Capítulo 1_Tópico 6_Ligações em cátions,


radicais, ânions e Momentos de dipolo
Ligação no cátion metila, no radical metila e no ânion metila

Ligação no cátion metila


Ligação no cátion metila, no radical metila e no ânion metila

Ligação no radical metila


Ligação no cátion metila, no radical metila e no ânion metila

Ligação no ânion metila


Ligação na água

O ângulo de ligação em uma molécula indica quais orbitais são usados na formação
da ligação.
Ligação na amônia e no íon amônio
Ligação em haletos de hidrogênio
Resumo: hibridização de orbital, comprimento de ligação, força de ligação
e ângulos de ligação

 Uma ligação π é mais fraca do que uma ligação σ.

 Quanto maior a densidade eletrônica na região de sobreposição dos orbitais, mais forte é a
ligação.

 Quanto maior o caráter s, menor e mais forte é a ligação.

 Quanto maior o caráter s, maior é o ângulo de ligação.


Resumo: hibridização de orbital, comprimento de ligação, força de ligação
e ângulos de ligação
Momentos de dipolo de moléculas
A soma vetorial da magnitude e direção do momento de dipolo da ligação individual
determinam o momento de dipolo total da molécula.
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Capítulo 1_Tópico 6_Ligações em cátions,


radicais, ânions e Momentos de dipolo
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Capítulo 1_Tópico 3_Representação da


estrutura
Representação da estrutura
Estruturas de Lewis

carga formal = número de elétrons de valência – (número de elétrons livres + 1/2 do número de elétrons ligantes)
Representação da estrutura
Carga formal
Representação da estrutura
Número de ligações importantes

Estruturas de Kekulé

Estruturas condensadas
Representação da estrutura
Representação da estrutura
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Fim do Tópico 3_Representação da


estrutura
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Capítulo 7_Tópico 2_Contribuintes de


ressonância e híbridos de ressonância_Parte 1
Contribuintes de ressonância e híbridos de ressonância

A estrutura com elétrons localizados é chamada contribuinte de ressonância ou


estrutura de ressonância.

A estrutura real com elétrons deslocalizados é chamada híbrido de ressonância.


Contribuintes de ressonância e híbridos de ressonância

Contribuintes de ressonância são imaginários, mas o híbrido de ressonância é real.

Elétrons π não podem se deslocalizar em


moléculas não planares.
Desenhando contribuintes de ressonância
A representação da estrutura com elétrons localizados facilita a identificação de
elétrons π.

Os contribuintes de ressonância indicam a localização da carga formal e fornecem


as ordens de ligação aproximadas.
Desenhando contribuintes de ressonância
Regras para desenhar os contribuintes de ressonância

1. Somente elétrons se movem.

2. Somente elétrons π e elétrons não-compartilhados se movem.

3. O número total de elétrons em uma molécula não muda.

4. Os números de elétrons emparelhados e desemparelhados não mudam.


Desenhando contribuintes de ressonância
Os elétrons podem ser movidos de acordo com uma das seguintes formas:

1. Mover elétrons π em direção à carga positiva ou para uma ligação π.

2. Mover elétrons não-compartilhados em direção à ligação π.

3. Mover um único elétron não ligante em direção à ligação π.


Desenhando contribuintes de ressonância
Contribuintes de ressonância são obtidos movendo elétrons π em direção a carga
positiva:
Desenhando contribuintes de ressonância
Desenhando contribuintes de ressonância
Movendo elétrons π em direção a uma ligação π.
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Fim do Tópico 2_Contribuintes de ressonância


e híbridos de ressonância_Parte 1
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Capítulo 7_Tópico 2_Contribuintes de


ressonância e híbridos de ressonância_Parte 2
Desenhando contribuintes de ressonância
Elétrons movem-se em direção a um carbono sp2 mas nunca em direção a um
carbono sp3.
Desenhando contribuintes de ressonância
Movendo um par de elétrons não ligantes em direção a uma ligação π.
Desenhando contribuintes de ressonância
Elétrons não são adicionados nem removidos quando contribuintes de ressonância
estão desenhados.
Desenhando contribuintes de ressonância
Os contribuintes de ressonância devem ter a mesma carga líquida.
Desenhando contribuintes de ressonância
Estruturas de ressonância dos radicais alílico e benzílico

Radicais também podem ter elétrons deslocalizados se o elétron desemparelhado


estiver sobre um carbono adjacente a um átomo hibridizado em sp2.
Desenhando contribuintes de ressonância
Estruturas de ressonância dos radicais alílico e benzílico
Desenhando contribuintes de ressonância
Reconhecendo substâncias com elétrons deslocalizados
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Fim do Tópico 2_Contribuintes de ressonância


e híbridos de ressonância_Parte 2
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Capítulo 2_Tópico 8_Parte


1_Propriedades físicas de alcanos,
haletos de alquila, alcoóis, éteres e
aminas
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Pontos de ebulição

Quanto maior as forças atrativas entre as moléculas, maior será o ponto de ebulição
da substância.
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Interação íon-dipolo
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Forças de Van der Waals

O ponto de ebulição de uma substância aumenta com o aumento nas forças de Van
der Waals.
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Interações dipolo-dipolo

Interações dipolo–dipolo são mais fortes que forças de Van der Waals, mas são mais
fracas que ligações iônica ou covalente.
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Os pontos de ebulição são afetados pelo caráter polar da ligação.

Éteres geralmente têm pontos de ebulição mais altos do que alcanos de peso
molecular semelhante.
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Ligação de hidrogênio
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Ligação de hidrogênio

Uma ligação de hidrogênio é um tipo especial de interação dipolo–dipolo.


Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Ligação de hidrogênio
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Ligação de hidrogênio
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas

A ligação de hidrogênio é mais significativa em aminas primárias que em


secundárias.
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Ponto de fusão

Os alcanos com número ímpar de carbono se acomodam de forma menos


compacta.
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Fim do Tópico 8_Parte 1_Propriedades


físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
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Capítulo 2_Tópico 8_Parte


2_Propriedades físicas de alcanos,
haletos de alquila, alcoóis, éteres e
aminas
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Solubilidade

“Semelhante dissolve semelhante.”


Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
Propriedades físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
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Fim do Tópico 8_Parte 2_Propriedades


físicas de alcanos, haletos de alquila,
alcoóis, éteres e aminas
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Capítulo 1_Tópico 7_ Ácidos e bases


orgânicas
Uma introdução a ácidos e bases
Ácidos e Bases de Brønsted–Lowry

 Forte reage para dar fraco.


 Quanto mais fraca é a base, mais forte é seu ácido conjugado.
 Bases estáveis são bases fracas.
Ácidos e bases orgânicas: pKa e pH

Ka: constante de dissociação ácida.


Ácidos e bases orgânicas: pKa e pH
Ácidos e bases orgânicas: pKa e pH
Os ácidos orgânicos mais comuns são os ácidos carboxílicos.
Ácidos e bases orgânicas: pKa e pH
Os alcoóis são ácidos orgânicos mais fracos.
Ácidos e bases orgânicas: pKa e pH
Um álcool protonado ou um ácido carboxílico protonado é um ácido mais forte.

Uma amina pode se comportar como um ácido ou uma base.

Aminas são mais prováveis de se comportarem como base.


Ácidos e bases orgânicas: pKa e pH
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Fim do Tópico 7_ Ácidos e bases


orgânicas
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Capítulo 1_Tópico 8_O efeito da estrutura


no pKa
O efeito da estrutura no pKa

Quanto mais eletronegativo um átomo for, melhor ele suporta sua carga negativa.
O efeito da estrutura no pKa

Quando átomos são similares em tamanho, o ácido mais forte terá seu próton ligado
ao átomo mais eletronegativo.
O efeito da estrutura no pKa
Quando os átomos são muito diferentes em tamanho, o ácido mais forte terá seu
próton ligado ao maior átomo.

Cl- é mais estável que F-, pois sua carga negativa é distribuída sobre um volume
maior.
O efeito da estrutura no pKa
Mapas de potencial eletrostático

Como o íon haleto cresce em tamanho, sua estabilidade aumenta, pois a densidade
eletrônica diminui. Portanto HI é o ácido mais forte dos haletos de hidrogênio.
O efeito da estrutura no pKa
A retirada indutiva de elétrons aumenta a acidez de um ácido conjugado.

A posição do grupo retirador de elétrons influencia a acidez.


Uma introdução à deslocalização de elétrons e ressonância

O ácido acético é mais ácido do que o etanol.

A base conjugada do ácido carboxílico é mais estável que a base conjugada de um


álcool, porque:
 O efeito indutivo retirador de elétrons do oxigênio da carbonila diminui a densidade
eletrônica do íon.

 A densidade eletrônica é diminuída pela deslocalização de elétrons.


Uma introdução à deslocalização de elétrons e ressonância

Os elétrons deslocalizados no ácido acético são compartilhados por mais de dois


átomos, estabilizando a base conjugada.

Mapas de potencial eletrostático


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Fim do Tópico 8_O efeito da estrutura no


pKa
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Capítulo 1_Tópico 9_O efeito do pH na


estrutura de uma substância orgânica
O efeito do pH na estrutura de uma substância orgânica

Se o ácido vai perder um próton em solução vai depender do pKa do ácido e do pH


da solução.

A Equação de Henderson–Hasselbalch

Uma substância existirá primeiro em sua forma ácida se o pH for menor que seu
pKa.

Uma solução tampão mantém um pH aproximadamente constante na adição de


pequena quantidade de ácido ou base.
O efeito do pH na estrutura de uma substância orgânica
O efeito do pH na estrutura de uma substância orgânica

Substâncias carregadas são mais solúveis em água, enquanto substâncias neutras


são mais solúveis em éter dietílico.

Em um pH com pelo menos 2 unidades distantes do pKa das substâncias a serem


separadas, mais efetiva será a separação.
Ácidos e bases de Lewis
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Fim do Capítulo 1
Estrutura Eletrônica e Ligação Química
Ácidos e Bases

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