Você está na página 1de 5

Tubarão-branco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


(Redirecionado de Tubarão branco)

 Nota: Para outros significados de Anequim, veja Anequim


(desambiguação).
Esta página cita fontes, mas estas não cobrem todo o conteúdo. Ajude
a inserir referências. Conteúdo não verificável poderá ser removido.—
Encontre fontes: Google (notícias, livros e acadêmico) (Junho de 2020)

Carcharodon carcharias
tubarão-branco

Carcharodon carcharias.

Estado de conservação

Vulnerável

Classificação científica

Domínio: Eukariota
Reino: Animalia
Sub-reino: Metazoa
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Infrafilo: Gnathostomata
Superclasse: Peixes
Classe: Chondrichthyes
Subclasse: Elasmobranchii
Superordem: Selachimorpha
Ordem: Lamniformes
Família: Lamnidae
Género: Carcharodon
Espécie: C. carcharias

Nome binomial
Carcharodon carcharias
Lineu, 1758

Distribuição geográfica

Distribuição natural do tubarão-branco (em azul).

Carcharodon carcharias Lineu, 1758, comummente conhecido como tubarão-


branco[1], é uma espécie de tubarão lamniforme, sendo o peixe predador de
maiores dimensões existente na atualidade. Um tubarão-branco pode atingir
até 7 metros de comprimento e pesar até 2,5 toneladas. Esta espécie vive no
meio do oceano e principalmente nas águas costeiras de todos os oceanos,
desde que haja populações adequadas das suas presas, em
particular pinípedes. Esta espécie é a única que sobrevive, na atualidade, do
gênero Carcharodon.

Índice

 1Nomes comuns
 2Descrição
o 2.1Características gerais
o 2.2Sentidos
o 2.3Tamanho
 3Distribuição
 4Alimentação
 5Inimigos naturais
 6Reprodução
 7Longevidade
 8Perigo de extinção
 9Ataques a seres humanos
 10O tubarão-branco na ficção
 11Referências
 12Ligações externas

Nomes comuns
A espécie Carcharodon carcharias recebe inúmeros nomes ao longo de sua
área de distribuição. Em espanhol, as denominações mais comuns são tiburón
blanco (tubarão-branco) e gran tiburón blanco (grande tubarão-branco) (esta
última influenciada pelo nome oficial em inglês, great white shark).[2]
Na Espanha, a denominação tradicional de origem medieval o identifica
como jaquetón (aumentativo de jaque, xeque em português), nome que
acompanhado de distintos adjetivos se aplica também a muitas outras espécies
da família Carcharhinidae. Existe também o nome jaquetón blanco (jaquetón-
branco), derivado da fusão entre o nome anterior e o tiburón blanco (tubarão-
branco), mais popular na atualidade. O nome de marrajo, como é chamado às
vezes em países de língua espanhola, pode levar a confusões com outras
espécies de tubarão.
No Uruguai, é dado também o nome de "africano" a esta espécie. Em outros
países existem denominações mais truculentas como "devorador de homens",
em Cuba. Neste último país, também é conhecido como jaquetón de
ley (jaquetón de lei), nome que, na Espanha, fica reservado para a
espécie Carcharhinus longimanus.

Descrição
Os dentes de um tubarão branco adulto.

Características gerais
Os tubarões brancos caracterizam-se pelo seu corpo fusiforme e peso, em
contraste com as formas espalmada de outros tubarões. O focinho é cónico,
curto e largo. A boca, muito grande e arredondada, tem forma de arco ou
parábola. Permanece sempre entreaberta, deixando ver, pelo menos, uma
fileira de dentes da mandíbula superior e uma dos da inferior, enquanto a água
penetra nela e sai continuamente, pelas brânquias. Se este fluxo parasse, o
tubarão se afogaria, por causa dos opérculos, que servem para regular a
passagem correta de água, afundaria na mesma hora, já que não
possui bexiga natatória é condenado a estar em contínuo movimento para
evitar se afundar. Durante o ataque, as mandíbulas se abrem ao ponto de a
cabeça ficar deformada e fecham-se imediatamente de seguida, com força 5
vezes a mordida humana.
Os dentes são grandes, serrados, de forma triangular e muito largos. Ao
contrário de outros tubarões, não possuem qualquer espaçamento entre os
dentes, nem falta de dente algum, antes, têm toda a mandíbula repleta de
dentes alinhados e igualmente capazes de morder, cortar e rasgar. Atrás das
fileiras de dentes principais, este tipo de tubarão tem duas ou três a mais em
contínuo crescimento, que suprem a frequente queda de dentes com outros
novos e vão-se substituindo por novas fileiras ao longo dos anos. A base
do dente carece de raiz e encontra-se bifurcada, dando-lhe uma aparência
inconfundível, em forma de ponta de flecha.
Os orifícios nasais (narinas) são muito estreitos, enquanto que os olhos são
pequenos, circulares e completamente negros. No lombo situam-se cinco
fendas branquiais, duas nadadeiras peitorais bem desenvolvidas e de forma
triangular e outras duas, perto da nadadeira caudal, muito mais pequenas.
A caudal está muito desenvolvida, assim como a grande nadadeira dorsal.
Outras duas nadadeiras pequenas (segunda dorsal e anal), perto da cauda,
completam o aspecto de este animal.
Apesar do seu nome, o tubarão é apenas branco na sua parte ventral,
enquanto que a dorsal é cinzenta ou azulada. Este padrão, comum a muitos
animais aquáticos, serve para que o tubarão se confunda com a luz solar ou
com as escuras águas marinhas (em caso de fazê-lo de cima para baixo),
constituindo uma camuflagem tão simples quanto efetiva. O extremo da parte
ventral das barbatanas da espádua e a zona das axilas aparecem tingidos de
negro. A pele é formada por dentículos dermicos ou dentículos cutâneos, que
dão o aspecto liso sentido nariz cauda e extremamente áspero no sentido
cauda/nariz.
Não obstante, a denominação de "tubarão-branco" poderia ter a sua lógica no
caso de se avistarem exemplares albinos desta espécie, que são, contudo,
muito raros. Em 1996, pescou-se, nas costas do Cabo Oriental (África do Sul),
uma fêmea jovem, de apenas 145 cm, que exibia esta rara característica.
Sentidos
As terminações nervosas do extremo lateral (Linha lateral), captam a menor
vibração ocorrida na água e guiam o animal até à presa, que está causando
essa perturbação. Outros receptores (conhecidos como ampolas de Lorenzini,
são células especializadas, com uma forma similar à de minúsculas "garrafas")
situadas em toda região da cabeça do animal, permitem-lhe captar também
campos elétricos de frequência variável, que provavelmente usam para
orientar-se nas suas migrações, percorrendo grandes distancias. O seu olfato é
tão potente que a presença de uma só gota de sangue a quilômetros de
distância serve para atraí-lo, ao mesmo tempo que o torna muito mais
agressivo. A visão também é bem desenvolvida e tem um papel muito
importante na aproximação final à presa e o seu peculiar estado sempre atento,
permitindo o ataque a partir de debaixo da mesma.
Tamanho
O comprimento mais frequente entre os tubarões adultos é de cinco a sete
[metros] (sendo as fêmeas maiores do que os machos), ainda que se
conheçam casos de indivíduos excepcionais que ultrapassam amplamente
estas medidas. Na atualidade, não se pode assegurar qual é realmente o
tamanho máximo nesta espécie, fato que se vê reforçado pela existência de
notas antigas, pouco fiáveis, sobre animais realmente gigantescos. Vários
destes casos analisa-se no livro The Great White Shark (1991), de Richard Ellis
e John E. McCosker, ambos peritos em tubarões.
Durante décadas, muitos livros de referência no campo
da ictiologia reconheceram a existência de um tubarão-branco de 11 metros,
capturado perto de Port Fairy (sul da Austrália) na década de 1870, o que se
considerava o maior indivíduo conhecido. Ao abrigo desta medida máxima de
comprimento, os registros de tubarões brancos de sete metros de largura foram
considerados, até certo ponto, comuns e aceites sem grande discussão.
Apesar disso, vários investigadores puseram em dúvida a fiabilidade do
relatório de Port Fairy, insistindo na grande diferença de tamanho entre este
indivíduo e qualquer um dos outros tubarões brancos capturados. Um século
depois da captura, estudaram-se as mandíbulas do animal, ainda conservadas,
e pode-se determinar que o seu tamanho corporal real rondava os cinco metros
de comprimento. A confusão pode ter sido resultado de uma falha tipográfica,
um erro derivado da tradução de unidades de unidades britânicas, ou
internacionais (cinco metros são cerca de 16,5 pés), ou um simples exagero.[3]
Tubarão-branco, nadando com outros peixes

Voltando a Ellis e McCosker, estes asseguraram, na sua obra, que os maiores


tubarões brancos rondam os seis metros de comprimento, e que as
informações sobre indivíduos de sete metros ou mais, especialmente as
existentes na literatura popular, não estão presentes na científica. Realçam o
acontecido, em igual base, com a anaconda e a pitão gigante,
"estes tubarões gigantes tendem a desaparecer quando um observador
responsável se aproxima com uma fita métrica".
O maior exemplar que Ellis e McCosker reconhecem é um tubarão-branco de
6,4 metros, capturado nas águas cubanas, em 1945, embora outras citações
atribuam tamanhos variáveis que chegam até aos 7,9 metros. Uma fêmea, de
entre sete e 7,8 metros, foi encontrada morta numa praia de Malta, em 1987,
longe da zona com maior concentração de tubarões brancos do Mediterrâneo.[4]
Em 2006, a maioria dos peritos já está de acordo em que o tamanho máximo
que pode alcançar um tubarão-branco "não excepcional" é de uns seis metros
de comprimento e cerca de 1,9 toneladas de peso. As informações sobre
tamanhos muito maiores que este costumam considerar-se duvidosas.
Relativamente ao peso, surge um novo problema, já que este pode variar
ligeiramente, em função do que o tubarão tenha comido e se o fez o ou não há
pouco tempo. Um exemplar adulto pode introduzir na boca até quatorze kg de
carne, numa só mordida, e armazenar várias vezes essa quantidade, no seu
estômago, até que termine de digeri-los. Por esta razão, Ellis e McConker
consideram possível que os tubarões brancos possam chegar a alcançar as
duas toneladas de peso, ainda que o mais pesado que se encontrou até ao
momento pese "apenas" 1,75 toneladas.
O mais pesado tubarão-branco reconhecido pela Associação Internacional de
Pesca Desportiva (IGFA, em inglês) é um exemplar de 1.208 kg, capturado por
Alf Dean, em 1959, ao sul da Austrália. Conhecem-se muitos outros
exemplares mais pesados, mas a IGFA não os reconhece, por terem sido
capturados sem respeitar as normas impostas por esta organização.

Você também pode gostar