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HOSPITAL MUNICIPAL JESUS PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

POP 03 - SETEMBRO/2014
Rotina de Prescrição Médica
Revisão: 00

1. OBJETIVO
Padronizar as prescrições médicas no Hospital Municipal Jesus

2. SETORES ENVOLVIDOS
Enfermarias, UI, UTI

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3. PROCEDIMENTO 20
Folha de prescrições, contendo:
 cabeçalho, com nome da instituição; dados do paciente: nome completo (sem
abreviações), registro, sexo, idade, peso, clínica, enfermaria, leito.

 coluna de prescrição médica com data, horário e vias de administração, doses das
drogas usadas (1º: dieta / 2º: hidratação venosa, quando necessário / 3º:
antibioticoterapia, quando necessário / 3º:....)

 coluna do horário da administração das medicações (anotado pela enfermagem);

 coluna de informações da enfermagem com registro das ocorrências principais.

É desejável numerar as folhas.

Unidade Nome do Paciente Prontuário Sexo Idade Peso Enfermaria/Leito

Data e Prescrição médica Horário Anotações Enfermagem


horário medicações

Elaboradores: Myrna Santos Rocha e Gilberto Cesar Ferreira


Revisor: Cleyde Vanzillotta
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Algumas considerações a respeito das prescrições são oportunas.


Prescrever medicamentos para serem ministrados “SOS” ou “se necessário” é
censurável. O critério de uso não poderia ser feito pelo paciente (automedicação), pelos
acompanhantes ou pela enfermagem, em relação a analgésicos, antiinflamatórios,
psicofármacos, antieméticos e outros medicamentos, e alguns com administrações fixas de
doses e horários (Schmitz, 1989 ). 14
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Medicações feitas nesse regime possibilita o diagnóstico de sintomas e sinais ser feito
por pessoal não-médico, até mesmo pelo próprio paciente ou seu acompanhante. Em
análise rigorosa, equivale a medicar o enfermo sem exame médico. Tais sintomas ou sinais
podem acompanhar-se de outros males que precisam ser também diagnosticados e
tratados. A desidratação em recém-nascidos pode causar febre, tratável pela “dipirona
SOS”, que não trataria a desidratação. Movimentos por inquietação podem ser tomados por
convulsão e, assim, seriam “tratados” com anticonvulsivo SOS. Mal-estar de origem
metabólica em criança pode motivar choro e ser confundido com dor, e o paciente pode vir a
ser medicado inadequadamente com “dipirona SOS”. Também, “Plasil SOS” assinala,
estranhamente, que o paciente será medicado sempre depois que os vômitos já ocorreram e
estes poderão estar de volta quando o efeito medicamentoso cessar. Isso poderá ser
evitado se o medicamento for aplicado a cada 8 horas. “Isordil SOS” pode ser administrado
erroneamente em caso de enfarto agudo do miocárdio como complicação em casos
internados por angina do peito. Em lugar de SOS ou “se necessário”, é regular escrever “a
critério médico” ou especificar o critério de uso. Por exemplo, “dipirona 40 gotas. por via oral,
se a temperatura axilar for acima de 37ºC, em intervalos mínimos de 6 horas.

O médico, ao prescrever drogas injetáveis, indicará se necessitam ou não ser diluídas,


qual o líquido e o volume indicados para a diluição.

É indispensável que as diluições de medicamentos sejam especificadas em quantidade e


teor – não apenas escrever “dil”. Por exemplo, gentamicina, 70 mg IV diluídos em 20 mL de
água destilada, de 8 em 8 horas. É fundamental que as prescrições sejam refeitas a cada
vinte e quatro horas ou mais freqüentemente se for necessário ou em casos de recém-
nascidos e pacientes em estado grave. A posologia deve ser precisa, legível, sem siglas

Elaboradores: Myrna Santos Rocha e Gilberto Cesar Ferreira


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desconhecidas ou impróprias (abreviaturas, siglas e sinais impróprios). São inadequadas


prescrições sob essa forma condicional (“se necessário”).

Evitar escrever algarismos de forma descuidada, porque se podem criar dúvidas: às


vezes 4 parece 9, 0 parece 6 e 1 assemelha-se a 7. Dieta oral zero é expressão mais
adequada que dieta “0”. Observe-se que “dieta zero”, a rigor, significa supressão total de
alimento por qualquer via.
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Escrever com letras garrafais as idiossincrasias alérgicas, correlatas a antimicrobianos, 20
dipirona, esparadrapo, iodo e outras identificadas.

A prescrição de repouso no leito ou de repouso relativo pode ser fundamental para o


paciente. Nos traumas abdominais fechados, com hematoma subcapsular do baço ou do
fígado, por exemplo, é praxe prescrever repouso absoluto para o doente. Também é
importante ter registro na prescrição, quando indicados, mudança de decúbito, massagem
de membros, exercícios respiratórios (balão de luva e outros), elevação da cabeceira do
leito, deambulação.

Saber, antes de prescrever, se o medicamento está disponível na instituição. Se aquele


for o único eficaz, mesmo se indisponível, deve ser prescrito, e a farmácia notificada.

É aconselhável prescrever medicamentos com uso do nome genérico de seu principío


químico para evitar substituições inadequadas. Nem sempre medicamentos com o mesmo
princípio ativo têm a mesma eficácia. A especificação do laboratório ou do fabricante pode
ser essencial. O nível de controle de qualidade e substâncias associadas podem ser motivos
de diferenças de ação do medicamento em relação a um determinado paciente.

É preciso que o médico não tenha pressa na realização das prescrições, pois o
açodamento pode ser causa de complicações e até de óbito (letra ilegível, enganos na
posologia, omissões). Omissões podem causar graves danos ao paciente. O esquecimento,
por exemplo, de prescrever irrigação periódica de sonda nasogástrica possibilita sua
obstrução que, em um lactente, poderá complicar o quadro clínico, ocasionar vômito, grave
pneumonia por aspiração e óbito.

Elaboradores: Myrna Santos Rocha e Gilberto Cesar Ferreira


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É necessário que os itens de prescrição sejam numerados e haja espaço em branco


entre eles e a identificação clara do médico prescritor.

4. VIGÊNCIA E VALIDADE
Válido por 1 ano a partir da data de elaboração
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Elaboradores: Myrna Santos Rocha e Gilberto Cesar Ferreira


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