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RIO DE JANEIRO – RJ
2020
1
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
André Barcaui
Coordenador Acadêmico Executivo
Peter Drucker
RESUMO
Este trabalho apresenta o estudo detalhado e a opinião de autores especializados
para avaliar e comparar duas metodologias disponíveis para gestão de riscos: a norma
ISO 31000:2018 e o guia PMBOK/PMI®, 2017 e suas aplicações em uma organização
industrial de pneumáticos. A metodologia da pesquisa é descritiva e qualitativa, que
permite interpretar as informações coletadas de forma subjetiva. A estratégia da
pesquisa do trabalho tem como objetivo analisar os dois modelos através de pesquisa
bibliográfica sobre o tema, e pesquisas práticas no processo de gerenciamento de
risco de uma organização. Neste contexto, o trabalho se propõe ao estudo dos
conceitos de projeto, gestão de projetos, riscos e gestão de riscos, através da análise
comparativa entre os dois modelos de gestão, e práticas de uma organização, fazendo
uma análise crítica dos resultados, identificando oportunidades de melhoria continua.
This work presents the detailed study and the opinion of specialized authors to
evaluate and compare two methodologies available for risk management: the ISO
31000: 2018 standard and the PMBOK / PMI® guide, 2017 and its applications in an
industrial tire organization. The research methodology is descriptive and qualitative,
which allows to interpret the collected information subjectively. The job search strategy
aims to analyze the two models through bibliographic research on the topic, and
practical research in an organization's risk management process. In this context, the
work proposes to study the concepts of project, project management, risks and risk
management, through a comparative analysis between the two management models,
and practices of an organization, making a critical analysis of the results, identifying
opportunities of continuous improvement.
Key Words: Risk management; projects; ISO 31000; PMBOK guide; tire industry.
LISTA DE ABREVIATURAS
FIGURA 15: Política do Sistema SMEP e Regras Cardinais site CGR .....................42
FIGURA 22: Roadmap para atingimento das ambições de Usina de Excelência .....50
QUADRO 4: Análise da NBR 31000: 2018 e guia PMBOK, PMI 2017 e aplicação na
Organização ..............................................................................................................62
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
1.1 Contextualização do tema ......................................................................... 14
1.2 Os objetivos ................................................................................................ 14
1.3 Relevância .................................................................................................. 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 16
9 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 63
1.2 Os objetivos
a) Estudo geral sobre Gerenciamento de Riscos sob a ótica norma ABNT ISO 31000:
2018 e do guia PMBOK® (2017);
b) Análise da cultura organizacional da empresa e dos processos de gerenciamento
riscos da indústria multinacional de pneus;
c) Comparação das práticas adotas pela indústria multinacional e as definições da
ABNT ISO 31000:2018 ou do guia PMBOK® (2017);
d) Identificação de pontos fortes e de oportunidades de melhoria no sistema atual da
empresa multinacional.
1.3 Relevância
15
− Perder um tempo antes para ganha-los depois, fazendo perguntas
corretas, antecipar riscos e aumentar o seu nível de conhecimento o
quantos antes;
− Nós padrões validados de experiências bem-sucedidas ou não
anteriores;
− Dividir o projeto em fases com conteúdo específico ela determina com
passagem de marcos, cada passagem de marco decidimos pela
continuidade ou não do projeto.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo ABNT em sua publicação da NBR ISO 31000 (2018), a palavra risco
é definida como: “o efeito das incertezas nos objetivos”. Em nota esclarece que efeito
é um desvio em relação ao esperado, pode ser positivo ou negativo ou ambos, pode
abordar, criar ou resultar em oportunidades e ameaças. E, objetos podem possuir
diferentes aspectos e categorias, e podem ser aplicados em diferentes níveis. Risco
é normalmente expresso em termos de fontes de risco, eventos potenciais, suas
consequências e suas probabilidades.
17
Nas organizações sempre existiram contextos internos e externos, incluindo
comportamento humanos e fatores culturais que são influenciadores, e tornam
incertos os objetivos estratégicos da empresa. Estes efeitos relacionados a inúmeros
eventos potenciais, diferentes consequências e probabilidade para qualquer processo
gerencial e denominado como riscos.
A ABNT publicou no Brasil a revisão da NBR ISO 31000 (2018), que estabelece
uma metodologia de gerenciamento de riscos de forma repetitivo, tendo como parte
integrante deste processo a governança e a liderança, auxiliando as organizações ao
definição e atingimento de seus objetivos estratégicos, uma melhor interação com as
partes interessadas, promovendo uma melhoria no seu sistema de gestão.
A NBR ISO 31000 (2018), define que gerenciar riscos baseia-se nos princípios,
estruturas e processos delineados nesse documento, como ilustrado no mapa mental
da norma expresso na figura 1.
De acordo com NBR ISO 31000 (2018) Estes componentes podem já existir
total ou parcialmente na organização; contudo, podem necessitar ser adaptados ou
melhorados, de forma que gerenciar riscos seja eficiente, eficaz e iterativa (contínua).
Contudo, é muito importante que se haja uma interação, integrando essas diretrizes
na organização, como mostrado na figura 2, onde o processo de gestão do risco, terá
sua maior eficiência, os princípios sendo culturalmente conhecido e compreendido, tal
como, o desenvolvimento da liderança através da responsabilização em todos os
níveis. A eficiência contínua do processo de gestão de riscos, dependerá de como a
organização entende essas diretrizes como um valor para o seu negócio.
18
Figura 2: Principios, estrutura e processo
19
d) Inclusiva – O envolvimento apropriado e oportuno das partes interessadas
possibilita que seus conhecimentos, pontos de vistas e percepções sejam
considerados. Isto resulta em melhor conscientização e gestão de riscos
fundamentada.
e) Dinâmica – Riscos podem emergir, mudar ou desaparecer à medida que os
contextos externo e interno de uma organização mudem. A gestão de riscos
antecipa, detecta, reconhece e responde a estas mudanças e ventos de uma
maneira apropriada e oportuna.
f) Melhor informação disponível – As entradas para gestão de riscos são baseadas
em informações históricas e atuais, bem como em expectativas futuras. A gestão
de riscos explicitamente leva em considerações quaisquer limitações e incertezas
associadas a estas informações e expectativas. Convém que a informação seja
oportuna, clara e disponível para as partes interessadas e pertinentes.
g) Fatores humanos e culturais – O comportamento humano e a cultura influenciam
significativamente todos os aspectos da gestão de riscos em cada nível e estágios.
h) Melhoria contínua – A gestão de riscos é melhorada continuamente por meio de
aprendizado e experiências.
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organizacional, recursos estejam adequados, atribuindo responsabilidade e
responsabilização (“accountability”) aos níveis apropriados da organização. Com essa
abordagem se espera que ajude a organização em um alinhamento entre o
gerenciamento de riscos, seus objetivos, estratégias e cultura, além de orientar
através do desenvolvimento de critérios que níveis de riscos podem ser assumidos,
estabelecendo meios monitoramento, controle e comunicação as partes interessadas.
Segundo a ABNT NBR ISO 31000 (2018, p. 9), o processo de gestão de riscos
envolve a aplicação sistemáticas de políticas, procedimentos e práticas para as
atividades de comunicação e consulta, estabelecimento do contexto e avaliação,
tratamento, monitoramento, análise crítica, registro e relato de riscos, conforme a
figura 1.
Segundo a ABNT NBR ISO 31000 (2018, p. 12), é o processo global em que
estão presentes todos os processos para identificação, analise e avaliação de riscos.
Para o ABNT NBR ISO 31000 (2018, p.12) em relação a identificação dos riscos
o seu propósito é encontrar, reconhecer e descrever riscos que possam ajudar ou
impedir que uma organização alcance seus objetivos.
A organização pode utilizar diversas técnicas para determinar incertezas que
podem impactar nos resultados dos objetivos, porém alguns fatores devem ser
considerados, segundo a norma:
22
3.3.3.2 Análise dos riscos
Para a análise dos riscos, de acordo com ABNT NBR ISO 31000 (2018, p 13),
seu propósito é compreender a natureza do risco e suas características, incluindo o
nível de risco, onde apropriado. Deve se considerar o maior detalhamento da
incerteza, suas consequências, e a probabilidade que essas consequências possam
ocorrer, devendo subsidiar ações para avaliação através de métodos e estratégias
para tomada de decisões sobre riscos a serem tratados. As técnicas de análise do
risco podem ser de diferentes níveis de complexidade, podem ser qualitativas, ou
quantitativas, ou a combinação destas, é importante que alguns fatores sejam
considerados:
Para a avaliação dos riscos, de acordo com ABNT NBR ISO 31000 (2018, p.13),
seu propósito é apoiar decisões, comparando resultados de análise de riscos com
critérios de riscos estabelecidos, para assim determinar onde é necessário ação
adicional, as possíveis decisões definidas são:
23
3.3.3.4 Tratamento dos riscos
Para o tratamento dos riscos, de acordo com ABNT NBR ISO 31000 (2018,
p.14), seu propósito é selecionar e implementar opções para abordar riscos, envolve
um processo iterativo de pensar e escolher opções, planejar/ implementar, avaliar
eficácia do tratamento, além de decidir se o risco remanescente é aceitável. Se não
for aceitável, realizar o tratamento adicional. As opções para tratamento de riscos não
são mutuamente exclusivas ou apropriadas em todas as circunstâncias, podem
envolver um ou mais dos seguintes:
24
4 RISCOS DE ACORDO NORMA PMBOK®, 6a Edição
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relacionadas as restrições, que se ocorrer certamente terá impacto nos objetivos de
escopo, custo, qualidade e prazo do projeto.
Portanto, tudo que foi dito acima, fortalece o entendimento que em um projeto
não existe certeza absoluta do seu sucesso, sempre teremos maior probabilidade de
assertividade se dispusermos de todas as informações necessárias para sua
realização.
O sucesso de um projeto, dependerá da forma que será realizado o
gerenciamento de riscos do projeto, ou seja, como serão identificados, analisados,
respondidos e monitorados. Assim como o plano de gerenciamento de risco será
integrado com as demais áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos,
definidos pelos Guia PMBOK (PMI, 2017, p.553), conforme figura 3.
De acordo com Hall e Hulett (2002) vários riscos afetam e envolvem os projetos,
sendo necessário conhecer a tipologia para que possamos bem identificá-los:
Por isso e todas as áreas de conhecimento do PMBOK (PMI, 2017), podem
apresentar riscos para o projeto, determinar como dito a tipologia é fundamental para
assertividade do seu tratamento.
Os riscos podem se apresentar de diversos tipos:
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influenciar o projeto ou a organização, porém pouco pode ser feito por
ser difícil de identificar e controlar;
• Riscos internos são ligados diretamente a equipe de projeto que sofre
bastante influência da cultura, clima organizacional, processos
administrativos, estrutura e políticas, são riscos que podem ser
identificados e controlados com plano de contingência;
• Riscos técnicos estão associados a tecnologia e processos empregados
no projeto, por serem incipientes, pouco testadas, ou complexas demais
trazendo riscos para o êxito do projeto, tornando um “elefante branco”.
Geralmente na área operacional os projetos que fracassam são
chamados desta forma, e grande parte por este tipo de risco;
• Riscos Operacionais estão associados ao domínio das áreas de
conhecimento do gerenciamento de projetos, ou seja, escopo,
cronograma com falhas, orçamentos com valores acima dos esperados,
processo de comunicação confuso.
O gerenciamento de riscos em projetos deve ser “vivo”, com ciclo de vida por
todo o projeto, presente em todas suas fases. Um projeto terá maior chances de
sucesso, quando os objetivos do gerenciamento de risco são alcançados, segundo
Joia (2013 p.32) os objetivos são de aumentar a probabilidade e o impacto dos
eventos positivos (oportunidades) e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos
negativos (ameaças).
O gerenciamento de riscos em projetos segundo o PMBOK (PMI, 2017) está
composto dos seguintes processos: planejamento, identificação, análise qualitativa,
análise quantitativa, implementar respostas e monitoramento dos riscos, como mostra
a figura 4.
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Figura 4: Mapa mental do gerenciamento de riscos.
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Figura 5: Planejar o Gerenciamento dos Riscos: Entradas, Ferramentas e Técnicas e Saídas
30
Figura 6: Extrato de um Exemplo de Estrutura Analítica dos Riscos (EAR).
31
Figura 8: Exemplo de definições de probabilidade e impacto
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As saídas são os registros e relatórios de riscos, além das atualizações sempre
que necessárias na documentação dos projetos, visto todo processo na figura 9.
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escala de níveis conforme as percepções dos riscos da equipe de forma colegiada.
Assim podem ser expressas qualitativamente através das figuras 10.
Para cada risco identificado na lista, teremos um grau de criticidade, que vai
permitir o gerente de projeto fazer uma priorização dos mais significativos. Segundo o
Guia PMBOK (PMI, 2017, p.419) principal benefício deste processo é que concentra
os esforços em riscos de alta prioridade. Este processo deve ser revisitado ao longo
do projeto.
O processo qualificação dos riscos possui algumas particularidades em relação
ao processo de identificação, na entrada existe uma supressão lógica em acordos,
entendo que foi amplamente explorado na identificação, além da inclusão do registro
de riscos. Nas ferramentas e técnicas é incluindo as avaliações qualitativas, a
categorização com a priorização dos riscos, tendo como saída a mesma atualização
dos documentos do projeto, além da atualização do relatório de riscos, criando no
processo de identificação.
Figura 10: Realizar a Análise Qualitativa dos Riscos: Entradas, Ferramentas e Técnicas e Saídas
34
4.4 Realizar a análise quantitativa dos riscos
35
Figura 11: Realizar a Análise Quantitativa dos Riscos: Entradas, Ferramentas e Técnicas e Saídas
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individuais do projeto. Este processo também aloca recursos e adiciona atividades em
documentos do projeto e no plano de gerenciamento do projeto, conforme necessário.
O processo de planejar as respostas aos riscos, conforme figura 12, possui
como principais entradas o plano de gerenciamento do risco, com destaque ao plano
de gerenciamento de aquisições e riscos, além dos documentos do projeto ligados a
cronograma e riscos e as lições aprendidas. As ferramentas e técnicas além das
estabelecidas nos processos de análise, um ponto importante são as definições de
estratégias para o tratamento dos riscos. As saídas relevantes são possíveis
solicitações de mudanças, além das atualizações do plano de gerenciamento do
projeto, ligados a cronograma, custo qualidade, riscos e recursos, além suas
respectivas documentações de registros, em especial o de lições aprendidas.
Figura 12: Planejar as Respostas aos Riscos: Entradas, Ferramentas e Técnicas e Saídas.
37
4.6 Implementar respostas a riscos
38
Figura 13: Implementar Respostas aos Riscos: Entradas, Ferramentas e Técnicas e Saídas
39
O processo de implementar as respostas aos riscos, conforme figura 14, possui
como principais entradas o plano de gerenciamento de projeto, com base o plano de
gerenciamento de riscos, documentos do projeto, ressalta-se os dados de e relatórios
de desempenho do trabalho. As ferramentas e técnica tem a análise de dados de
desempenho e reservas, auditorias e reuniões. As saídas informações de
desempenho, solicitações de mudança, as atualizações do plano de gerenciamento
do projeto, dos registros nos tocantes de premissas, questões, lições aprendidas e
riscos, além das oportunidades de atualização dos processos organizacionais.
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5 POLÍTICA DE RISCO NA ORGANIZAÇÃO
41
Figura 15: Política do Sistema SMEP e Regras Cardinais site CGR.
Processos Principais:
Processos auxiliares:
− S1 - Formar as pessoas;
− M1 - Medir e compreender a performance;
− M2 - Desenvolvimento dos objetivos;
− M3 - Gerenciamento e desenvolvimento das pessoas.
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Entradas:
− PI – Partes interessadas;
− Exigências.
Saídas:
− Satisfação;
− Partes interessadas.
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No processo EP2 também existe uma sistemática de captação e avaliação das
mudanças e/ou projetos, de forma a garantir que estas mudanças tenham seus riscos
avaliados e seus resultados de níveis de risco residuais ou impactos estejam na faixa
do aceitável às pessoas, ao meio ambiente e ao patrimônio. Com base na Análise de
risco, oportunidades associadas, exigências aplicáveis ao site, retorno sobre as
anomalias ou ações corretivas e preventivas, define-se as medidas de controle dos
riscos, mostrados na figura 17, respeitando a prioridade dos meios de controle dos
riscos que são:
− Eliminação na fonte;
− Substituição de materiais, métodos, por equipamentos ou operações
menos perigosos;
− Controles de engenharia;
− Controles administrativos;
− Equipamentos de proteção individual.
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Os processos EP3 - Implementar os controles operacionais, M2- Pilotagem das
atividades de progresso, M1- Medir Compreender a performance e Dominar as
Evoluções na produção são saídas do processo EP2 - Análise dos riscos e apoiam no
monitoramento e controle dos riscos.
O Sistema de Gestão da Qualidade (SMQ), visa a obtenção e a garantia da
qualidade dos produtos e serviços, o progresso e a melhoria contínua do modo de
fazer pneus, satisfazendo as expectativas dos clientes, assim como as partes
interessadas, como demonstra a figura 18.
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Figura 20: Ficha processo dominar as evoluções na produção.
48
Figura 21: Curva rouge de performance através do Sistema MMW.
49
Figura 22: Roadmap para atingimento das ambições de Usina de Excelência.
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A dinâmica estabelecida de Gestão da Produção da usina, através do Sistema
MMW, contribui de forma valiosa para estabelecer e aprimorar uma cultura de riscos
na organização, através das rotinas de reuniões são identificados riscos e problemas
diário, tornando-os alavancas para o progresso permanente da usina.
Este padrão visa a eficácia e a eficiência dos projetos, com uma linguagem e
métodos comuns compartilhados.
Na organização considera a realização de um projeto como a ponta do iceberg
e orienta que o tempo desprendido deve ser 10%, porém as fases que antecede a
realização do projeto, deve ser dedicado de tempo de 90%.
Os atores tem um papel claramente definido a desempenhar no momento das
diferentes fases e passagens de marco (comanditário, comitê de pilotagem, chefe de
projeto, equipe projeto, ...).
O ator presente ao longo de todo o projeto é o Comanditário. É ele que intervém
principalmente na primeira e última fase.
O Chefe de Projeto torna-se ator chave entre os marcos X0 e X3, assim como
a Equipe Projeto.
51
Enfim, o Comitê de Pilotagem intervém no momento de cada passagem de
marco para validar ou invalidar a continuidade do projeto.
− O que ?
− Por quem ?
− Por quê?
− Por que agora?
− Quanto estamos prontos a pagar ?
− Quais são os riscos de nada fazer ?
52
6.2 Estudo de viabilidade
53
6.3 Estudo de conjunto
6.4 Realização
54
O marco X3 fecha o projeto e autoriza a dissolução da Equipe Projeto.
6.5 Exploração
55
As equipes que realizam essas análises alteram sua composição durante o
projeto e de acordo com a natureza da análise a ser realizada.
Um facilitador deve ser nomeado para organizar o trabalho.
Existem diferentes tipos de risco:
Identifier l’élément/la
défaillance
Evaluer la gravité
La combinaison
Pas de mesure préventives
C=G*O Oui
est elle acceptable ? ou secours.
Non
Pas d’action
Mesures efficaces ? Oui
complémentaire
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Antes do Marco X0 os riscos são estratégicos:
• Da organização do Projeto:
▪ Riscos nas escolhas feitas no organograma técnico:
− por lotes técnicos ou por ofícios,
− escolha de habilidades, etc.
• As entregas do projeto:
▪ riscos relacionados a cada variante apresentaram cenário para
enriquecê-los e compará-los;
▪ riscos em tarefas confidenciais que exigem qual seria o objeto de
uma análise detalhada após X1, etc.
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Entre o Marco X1 e X3:
Além do fato de que a análise de risco deve abranger tanto os resultados do
projeto quanto a organização do projeto (como visto acima), também é essencial
distinguir 2 tipos de entregas:
OPÉRATIONNELS
Nature des sur : sur :
STRATÉGIQUES
risques - la conception - l’organisation
- la réalisation - la conduite
du ou des OBJET(S) du PROJET
Sous la
COMMANDITAIRE CHEF PROJET
responsabilité du
Impact sur DESAFIOS PERFORMANCES/COÛTS / DÉLAIS
Uma vez escolhidas as escalas, elas devem ser mantidas durante todo o
projeto, exemplos de escalas são fornecidos conforme o quadro 2.
A Organização orienta em investigar as causas das falhas, cita algumas
ferramentas como diagrama de causa e efeito, 5 M e Árvore de Causas. É definido
que as causas das falhas podem ser de ordem interna ou externa ao projeto.
Após a análise as causas de todas as falhas forem identificadas, deve ser
avaliado a sua probabilidade de ocorrência. Essa avaliação deve ser realizada sem
levar em conta a gravidade das consequências (ou efeitos).
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Quadro 2: Exemplos de escalas de gravidade e efeitos potencias para cliente e empresa.
Nota Cliente Empresa
1 A não conformidade não tem efeito perceptível no Consequências negligenciáveis.
desempenho do produto. É provável que o cliente
não consiga detectá-lo.
3 A não conformidade pode ser um pequeno Consequências significativas, mas fracas,
aborrecimento para o cliente. Pode haver uma queda sem questionamentos do projeto.
muito pequena no desempenho do produto.
5 Insatisfação do cliente. A oportunidade do projeto é afetado
A falha causa desconforto ou desconforto ao decisões devem ser tomadas.
usuário.
O cliente notará uma deterioração no desempenho
do produto.
8 Insatisfação do cliente. O projeto não é mais oportuno na base
O cliente notará uma deterioração significativa no inicial, deve ser questionado.
desempenho do produto.
ou
Não conformidade do produto com os regulamentos
estaduais.
A segurança não é afetada.
10 Potenciais problemas de segurança com ou sem Projeto parado.
sinais de aviso.
Uma vez escolhidas as escalas, elas devem ser mantidas durante todo o
projeto, exemplos de escalas são fornecidos no quadro 3.
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Avaliação da criticidade dos riscos, resultante da gravidade e da probabilidade.
Calcule a criticidade (Gravidade x Probabilidade) ou deve ser definido um limite
de aceitabilidade. Esse limite deve ser definido com o patrocinador. Considerando o
limite, o risco é considerado aceitável, nenhuma ação específica, o monitoramento
para atualização permanece necessário ao longo do projeto.
Acima do limite, se deve pensar em medidas preventivas ou de resgate:
61
8 COMPARAÇÃO DAS DIRETRIZES E APLICAÇÃO NA ORGANIZAÇÃO
Quadro 4: Análise da NBR 31000: 2018 e guia PMBOK, PMI 2017 e aplicação na Organização
Estabelece uma estrutura com Entende que o gerente de Possui engajamento cultural
engajamento forte de projeto e equipe projeto tem importante, em todos os níveis
responsabilização papeis importantes, tem um em todos processos, sendo um
(accountability) de todos os grande foco nas relações facilitador no gerenciamento de
em níveis e a liderança tem um interpessoais. projetos e em fase de
papel importante. desenvolvimento de
Não possui um foco sobre a responsabilização
responsabilização (accountability).
(accountability).
Todos os processos podem ser Os processos são aplicados para Aplica a gestão de riscos em
aplicados em todos os níveis da gerenciamento de riscos em todos os níveis da
organização. projetos. organização, estratégicos,
operacional e projetos
Define que a gestão de riscos é Entende que gerenciamento de Toda sua política de gestão está
continuo, auxilia as empresas a riscos deve ser realizado em baseada no ciclo PDCA, entende
alcançar seus objetivos todas as fases do projeto de o gerenciamento de projetos de
estratégicos, operacionais e maneiras continua utilizando o maneira continua em todos os
projetos para as tomadas de ciclo PDCA. níveis e processos da
decisão, utilizando o ciclo PDCA. organização.
9 CONCLUSÃO
63
respostas adequadas para a continuidade da humanidade e dos negócios, poderemos
sucumbir a esse risco.
Os riscos é parte integrante da humanidade em todos os tempos, o
aperfeiçoamento continuo do seu gerenciamento através de diretriz, metodologias e
inovações de gestão, é muito importante nos dias atuais, sendo um grande diferencial
de sucesso as organizações em todos os níveis.
Além também dos riscos internos das organizações, se não bem gerenciados
podem levar ao encerramento das atividades de negócio, uma cultura bem
consolidada determina um tempo de vida longínquo da organização. A organização
estudada tem pouco mais de 130 anos de existência, o que nos leva a crer que
entende isso perfeitamente, tendo sua gestão de riscos, associados a seus valores
institucionais.
O gerenciamento de riscos deve agregar valor as pessoas e aos negócios,
estabelecendo uma cultura de antecipação na identificação, ações de prevenção e
controle, não somente nas empresas, mais na vida pessoal das pessoas, minimizando
os impactos e maximizando os benefícios dos possíveis eventos.
Como todo processo de gestão, sempre existirão oportunidades de melhoria e
progresso.
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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Rein, 1993.
FERREIRA, B.; ALMEIDA, J.; LEÃO, P.; SILVA, N. Gestão de riscos em projetos: uma
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Projetos, São Paulo, v. 4, n. 3, p. 46-72, set./dez. 2013.
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