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Aula 5 - Morfologia, Etimologia, Metáfora e Oratória

A linguagem humana possui limites em relação ao ser das coisas. Por mais perfeita que
seja uma linguagem, seja ela prosaica ou poética, a identidade entre aquilo que ela expressa e a
coisa expressada não é, e nem pode ser, absoluta. Por mais perfeita que seja a linguagem, jamais
ela irá se livrar dessa debilidade metafísica. "Nenhum filósofo até hoje foi capaz de abarcar
sequer a essência de uma mosca".

A metáfora não é um simples recurso expressivo do idioma, ela é, dada a carência


ontológica da linguagem, uma necessidade. A metáfora que consiste basicamente em chamar
uma coisa pelo nome de outra, é uma tentativa do homem de transpor, através da linguagem
figurada, os limites da linguagem descritiva "racional". "Deus é um raio de treva luminosa".

A metáfora é um símile da realidade com a comparação elidida. A metáfora demarca, ao


mesmo tempo, uma separação e uma diferença. É a síntese do semelhante e do diferente em uma
só imagem. A metáfora é tudo, menos prosaica (banal). Porém, deve-se salientar que uma
metáfora sozinha não faz verão. O contexto é o que dá sentido a metáfora.

Em síntese, sobre a morfologia? Para Pachá, sem morfologia, não há uso de uma língua
indo-europeia como a nossa. A morfologia, como a própria palavra diz, é o estudo das formas; no
caso, a forma das palavras.

O indo europeu é uma língua cuja a existência é postulada pela comparação de vários
grupos de diferentes línguas. E só foi possível suscitar a hipótese do indoeuropeu a partir do
momento que os europeus descobriram o sânscrito (que é uma língua asiática escrita na Índia).
Ao descobrirem o sânscrito, saltou os olhos aos pesquisadores o parentesco entre esta lingua com
o grego, latim, as linguas celtas, entre outras. Ao perceberem a semelhança espantosa entre essas
diferentes línguas, admitiu-se, como justificativa, a existência de um ancestral comum; ou seja,
uma língua, da qual não resta documentação escrita de nenhuma espécie, mas cuja existência é
insofismável, a partir das semelhanças entre grupos muito distintos e muito distantes que, sem
essa origem comum, não teria uma explicação plausível/possível. Ou seja, o indo europeu é
uma construção mental, mas real.

Os conceitos são tentativas de aproximações assintóticas da realidade.

ferdinand saussure -> estudo a-crônico; descritivo da linguagem; conhecia o método


comparativo, mas inovou;

Eixo paradigmático -> estudo dos vocábulos isoladamente: raiz, radical, família de
palavras, formação de palavras da mesma família, etc;

Eixo Sintagmático -> Estudo dos vocábulos organizados em frases/enunciados, ou seja,


na fala.
Saussure promove uma distinção entre língua e discurso. A língua é uma imensa
potencialidade. É um armazém de palavras, flexões, etc; e o discurso é a maneira como cada
falante realiza a língua no uso que faz dela. Porém, nós só conhecemos a língua a partir do
discurso. É uma imensa possibilidade, mas só se executa no indivíduo (que não a esgota de
maneira alguma). A língua existe atualmente nos falantes, e virtualmente em suas
potencialidades. A língua é um composto enorme (inumerável) de atualidades e
potencialidades.

Nenhum ente esgota todas as suas potencialidades. O único entre que esgota toda as suas
potencialidades, ou seja, aquele que fosse a completude de todas as atualidades possíveís, ou
seja, Deus.

Qualquer artista, de qualquer arte, será, tanto melhor pelo talento que possui, quanto pela
capacidade de tornar novas as coisas velhas. Talento e o compêndio na sua alma de tudo aquilo
que se bem fez.

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