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CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
2021
YAN TAFFNER BINDA
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES
2021
(Biblioteca Carlos Drummond de Andrade do Instituto Federal do Espírito Santo)
For many years now, the ornamental rock sector had played an extremely importante
role in Brasil, highlighting the economic and social relevance of its production chain.
As an activity area mainly carried out by small and medium-sized enterprises, the
sector also stands out for its capacity to generate jobs, internalize development and
capture foreign exchange for the country. From the market point of view, ornamental
rocks can be divided into three large groups: granites, marbles, and quartzites. The
latter are considered exotic materials and are consolidating more the market due to
their chromatic pattern and high strength. The average recovery in quartzite quarries
varies from material to material, and in some cases, can reach values that do not go
more than 20%. The company simulated in this work produces 35 m³/month of
quartzite and sells it at an average price of US$ 1,600.00/m³. Despite a small
production, and the high initial investment including the licenses, research, and
acquisition of equipment, of R$ 1,250,000.00, the Net Present Value for the 10-year
project is R$ 9,114,293.97 and the Internal Rate of Return of 370.54%. Currently,
quartzite is a material that expresses its focus on the foreign market, and its value
quoted in dollars, the sharp variations in the American currency directly affect this type
of enterprise and can be determinant in its success or failure.
Keywords: Cost Analysis. Ornamental Rock. Quartzite. Quarry. Net Present Value.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 12
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 13
3.4 QUARTZITOS............................................................................................... 22
4 METODOLOGIA........................................................................................... 38
5 RESULTADOS ............................................................................................. 49
6 CONCLUSÃO............................................................................................... 55
REFERÊNCIAS ............................................................................................56
12
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
3 REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Vidal et al. (2014), “as rochas ornamentais são materiais rochosos
extraídos e beneficiados, em maior ou menor grau, para serem utilizados com funções
de revestimento, decorativas ou estruturais”. Estes materiais tem sido usados pelo
homem desde a antiguidade e nas mais diversas finalidades, tendo desempenhado
inicialmente função estrutural e de alvenaria.
Devido à ampliação da variedade de materiais e avanço nas técnicas de construção
ao longo do tempo, suas funções foram suplantadas pela de revestimento tanto de
pisos e paredes como de fachadas, além de também constituírem elementos
ornamentais (arte funerária e estatuária) ou funcionais (balcões, pias e mesas)
(FRASCÁ, 2014).
Sob o olhar geológico, as rochas podem ser separadas em três grandes grupos:
ígneas, sedimentares e metamórficas. As rochas ígneas são aquelas que resultam da
solidificação do magma, em diferentes profundidades da crosta terrestre. As rochas
sedimentares se formam sob temperaturas e pressões relativamente baixas, pela
desagregação de rochas pré-existentes seguida de transporte e de deposição dos
detritos ou, menos comumente, por acumulação química. Rochas metamórficas se
formam a partir de transformações sofridas por rochas pré-existentes, submetidas a
alterações em suas estruturas por ação da pressão ou de elevadas temperaturas.
Tanto as rochas ígneas quanto as rochas sedimentares podem passar por esses
processos e mudar suas condições originais.
Do ponto de vista comercial, as rochas comercializadas em forma de chapas ou
recortes menores, com diferentes espessuras e acabamentos, recebem usualmente
e erroneamente, apenas duas denominações: “mármores” (rochas carbonáticas, de
origem metamórfica ou sedimentar) e “granitos” (rochas ígneas e metamórficas). Os
outros tipos comerciais são as chamadas “pedras naturais”, comercializadas em
placas rusticas, de espessura irregular e sem polimento (VIDAL et al., 2014).
Contudo, o termo “quartzito” vem ganhando destaque nos últimos anos, devido à sua
ascensão no mercado internacional e já figura entre as principais designações
comerciais.
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Por ser utilizado como revestimento ou ornamento, o principal fator de escolha desses
materiais é o estético, seguido das características técnicas e da disponibilidade
comercial. Porém, o fato de o padrão estético ser o fator determinante na escolha de
uma rocha, pode resultar em problemas posteriores devido a aplicações inadequadas
por parte dos profissionais que a especificam (VIDAL et al., 2014).
A qualificação comercial de uma rocha depende diretamente de seu padrão cromático.
De acordo com essa característica os materiais são enquadrados como: clássicos,
comuns e exóticos. Os clássicos incluem mármores brancos e pretos, bem como
granitos verdes, brancos, pretos e amarelos e não costumam sofrer influência de
modismos. Os comuns, mármores beges e acinzentados, além de granitos
acinzentados, têm seu uso focado na aplicação em larga escala em obras de
revestimento (CHIODI FILHO & RODRIGUES, 2009).
Os materiais exóticos podem ser compreendidos como pegmatitos, mármores de
coloração excepcional, quartzitos azuis, verdes e pretos e granitos azuis. Seus usos
se fazem de forma mais pontual, em ambientes específicos.
A lavra de rochas ornamentais pode ser compreendida como uma atividade cujo
objetivo é o aproveitamento de material rochoso, na forma de blocos retangulares,
com dimensões que proporcionem o melhor aproveitamento do material e a maior
utilização da capacidade produtiva dos equipamentos (VIDAL et al., 2014).
Para que este tipo de atividade de mineração tenha êxito, algumas fases para sua
execução devem ser obedecidas. Uma das principais é a de pesquisa mineral, que
tem por objetivo a localização e identificação da ocorrência mineral, bem como
avaliação do potencial de aproveitamento da jazida. Uma pesquisa bem executada
diminui riscos com eventuais problemas e aumenta a segurança e credibilidade do
empreendimento.
Após a fase de pesquisa, tem-se início os trabalhos de lavra, que são as atividades
produtivas da extração desenvolvida, aplicando-se metodologias apropriadas às
características do material e da formação geológica da jazida, sempre buscando um
equilíbrio entre aproveitamento, meio ambiente e aspectos econômicos.
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A extração dos blocos de rochas ornamentais pode ser realizada tanto por lavra à céu
aberto como por lavra subterrânea. O primeiro tipo, por ser mais simples e demandar
menos capital inicial, ocorre com maior frequência.
Tendo em vista os diferentes métodos e suas variações, VIDAL et al. (2014) afirma
que:
Na maioria das jazidas de rochas ornamentais, os métodos de lavra são
descendentes seja nas pedreiras a céu aberto, seja naquelas em
subterrâneo. No caso da lavra a céu aberto os trabalhos preliminares
destinados a preparação das pedreiras referem-se especialmente à retirada
da cobertura de solo dos afloramentos desenvolvendo-se através da
instalação de praças contendo uma ou mais bancadas. A espessura de
capeamento dos depósitos de rochas ornamentais lavrados a céu aberto é
relativamente pequena e na maioria dos casos é totalmente inexistente ou
consistente em um pequeno capeamento de material areno-argiloso. Em tais
situações, a retirada do capeamento pode, em alguns casos, revelar uma
camada de material rochoso fraturado e alterado, que atinge espessuras
superiores a alguns metros. Existem casos em que as espessuras das rochas
alteradas assumem valores tão elevados que tornam a lavra a céu aberto
economicamente inviável.
Além disso, algumas inovações tecnológicas que podem contribuir muito ainda com o
melhor aproveitamento das jazidas de rochas ornamentais são equipamentos para
análise do estado tensional dos maciços e acompanhamento da criação ou expansão
de fraturas devido ao alívio de tensões proporcionado pelo avanço da lavra. Um fator
importantíssimo na hora de se produzir rochas ornamentais do maciço é o estado
tensional deste (VIDAL et al., 2014).
PRODUÇÃO PARTICIPAÇÃO
TIPO DE ROCHA
(Mt) (%)
PRODUÇÃO PARTICIPAÇÃO
REGIÃO
(Mt) (%)
629.001
Valor das Exportações (US$ 1.000)
600.000
400.000
200.000 122.286
64.233
30.368 17.696 15.078 10.029 8.490
0
México
Canadá
EUA
Itália
Espanha
Alemanha
China
Reino Unido
Países Importadores
Fonte: ABIROCHAS (2019).
Diante desses dados, Chiodi Filho (2020) nos fornece o seguinte cenário:
3.4 QUARTZITOS
Por ser um material mais duro e, portanto, de maior custo produtivo, possui valor
comercial mais expressivo que a maioria das demais rochas. Por enquanto, seu preço
médio é relativamente alto, chegando a custar, em média, o triplo de um granito e
mais do que o dobro de um mármore.
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De acordo com Baudson (2008), a avaliação econômica de projetos tem por objetivo
apresentar critérios econômicos que auxiliem investidores na tomada de decisão e
busquem direcionar os investimentos aos projetos que apresentem as melhores
rentabilidades, baseados numa análise ampla dos seguintes aspectos:
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Assim, a partir desses elementos, são montados os Fluxos de Caixa (FCs) do projeto
relativo aos anos de implantação e de produção. Dessa forma, o FC líquido anual é a
diferença entre todas as “entradas anuais de caixa” e todas as “saídas anuais de
caixa” (SOUZA, 2005).
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a) Vida útil da mina: é o número de anos que o projeto deve ser mantido em
operação, podendo ser condicionada a uma exigência contratual, a reserva de
minério lavrável, nível de produção, restrições ambientais, etc.;
b) Investimento de Capital (CAPEX): compreende os investimentos iniciais para
aquisição e instalação de equipamentos, a infraestrutura da jazida, os projetos de
pesquisa e engenharia, as despesas pré-operacionais e o capital de giro que
representa a quantia necessária para manter o empreendimento em
funcionamento por um período de tempo;
c) Receitas: são as entradas de caixa decorrentes das vendas dos produtos gerados
pelo investimento. Da receita anual estimada, abatem-se os tributos indiretos
(ICMS, PIS, IOF, COFINS e CFEM) que incidem sobre a mesma, obtendo-se a
receita operacional líquida;
d) Custos e demais Despesas Operacionais: são as saídas de caixa resultantes
do processo de produção (OPEX – Operational Expenditure), como, custo de mão
de obra, insumos, gastos com energia, diesel, água e etc., custos administrativos
e os custos com a reabilitação ambiental. Os custos são geralmente classificados
como: Custos Fixos - não dependem do volume de produção e comumente estão
ligados às decisões administrativas - e Custos Variáveis - são custos que variam
diretamente com o volume de produção, como combustíveis, explosivos,
manutenção de equipamentos, etc.
e) Encargos de Capital: podem ser consideradas as despesas não monetárias, pois
não envolvem saídas efetivas de caixa, ou seja, são apenas dedutíveis do lucro
antes dos tributos diretos para se obter o lucro tributável. Os encargos de capital
são representados pela depreciação, amortização e exaustão.
• Depreciação: É a redução de valor dos bens do ativo, resultante do desgaste
pelo uso, pela ação da natureza ou por obsolescência. Ocorre devido a causas
técnicas ou econômicas e pode ser determinada pela equação 1:
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• Amortização: Incide sobre o valor dos bens incorpóreos (direitos) com prazo
legal ou contratualmente limitado: patentes de invenção, direitos autorais,
licenças, etc. Do ponto de vista econômico, a amortização é a redução do
valor do direito devida à extinção gradativa do mesmo com o passar dos anos.
A quota anual de amortização é calculada em função do custo de aquisição e
do número de anos da existência ou uso do direito.
• Exaustão: A quota de exaustão da jazida corresponde a uma compensação
devido à diminuição das reservas, motivada pela extração anual do minério.
A exaustão anual (Ea) poderá ser calculada de acordo com a equação 2:
(Va - Vr)
Ea = . Pa (2)
R
Sendo:
Va = valor de aquisição do ativo;
Vr = valor residual;
Pa = produção anual;
R = reserva geológica.
f) Tributos: podem ser diretos ou indiretos. Os diretos são aqueles incidentes sobre
o lucro, sendo representados pela Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL) e o Imposto de Renda (IR). Já os tributos indiretos são aqueles incidentes
sobre o faturamento, sendo representados por: Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF), Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social (COFINS), Programa de Integração Social (PIS) e
Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
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3.5.1.1 Juros
A noção mais básica de juro é a do “dinheiro pago pelo uso do dinheiro”. A teoria
econômica considera juro como remuneração do fator capital, isto é, para produzir
qualquer bem ou prestar qualquer serviço, o agente econômico combina os fatores de
produção capital, trabalho e recursos naturais, a um nível de tecnologia disponível,
devendo cada um desses fatores ser remunerado: o trabalho, através dos salários; o
capital, pelos juros; e, os recursos naturais, pela renda (SOUZA, 2005).
Para uma correta avaliação econômica dos fluxos de caixa, faz-se necessário levar
em consideração o valor do dinheiro no tempo, pois uma determinada quantia
monetária hoje não tem o mesmo valor em outra data, considerando-se que o capital
cresce ao longo dos períodos devido à existência dos juros. Assim, financeiramente é
incorreto realizar operações como somar, subtrair ou comparar valores monetários
que ocorram em datas diferentes. Portanto, para realizar essas operações, deve-se
capitalizar ou descontar os valores para uma mesma data, utilizando a mesma taxa
de juros (BAUDSON, 2008).
VF = VA . (1 + i)n (3)
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Sendo:
VF = Valor Futuro;
VA = Valor Presente;
i = Taxa de Juros por período;
n = Número de Períodos.
VF
VA = (4)
(1 + i)n
O fator de valor atual de uma série uniforme é utilizado para calcular o valor atual
numa data zero de uma série uniforme de n pagamentos/recebimentos (FAZOLO,
2014). Dada pela equação 5.
(1 + i)n - 1
VA = R . (5)
(1 + i)n . i
(1 + i)n . i
R = VA . (6)
(1 + i)n - 1
33
O fator de acumulação de uma série uniforme é utilizado para calcular o valor futuro
de uma série uniforme de n pagamentos/recebimentos periódicos (FAZOLO, 2014).
Visto na equação 7.
(1 + i)n - 1
VF = R . (7)
i
O fator de formação de capital de uma série uniforme é utilizado para calcular uma
série de n pagamentos/recebimentos periódicos uniformes, o qual acumulará uma
dada quantia ao término de n períodos (FAZOLO, 2014). Mostrado na equação 8.
i
R = VF . (8)
(1 + i)n - 1
(1 + i)n . i
PMV = VA . (9)
(1 + i)n - 1
Em que:
PMV = Valor da Prestação;
VA = Valor Atual do Financiamento;
i = Taxa de Juros;
n = Número de Parcelas.
É o número de períodos que uma empresa leva para recuperar o investimento original,
a partir do Fluxo de Caixa. Pode ser calcular o Payback simples ou o Payback
descontado. O Payback descontado leva em conta o valor do dinheiro no tempo, fato
que não acontece com o Payback simples. Do ponto de vista econômico, quanto
menor o Payback melhor será o projeto (BAUDSON, 2008).
De acordo com Souza (2005), o método tem como vantagem a simplicidade do
cálculo, resultando em um número a ser usado como parâmetro da alternativa. Como
desvantagem, citam-se as de não considerar a vida útil da alternativa e a velocidade
de recuperação do investimento dentro dos períodos de Payback.
Como técnica, apresenta muitas inconveniências ao ser aplicado isoladamente.
Assim, na prática, não é considerado um método de avaliação propriamente dito e sim
um parâmetro da estratégia de investimento (FAZOLO, 2014).
n
FCj
VA = ∑ (10)
(1 + i)j
j=0
Sendo:
VA = Valor Atual;
FC = Fluxo de Caixa;
n = Duração do projeto;
j = Período;
i = Taxa de Desconto.
Quando o VA for maior ou igual a “0” (zero) o projeto é atrativo, caso contrário, o
projeto não é atrativo.
(1 + i)n . i
VAE = VA . (11)
(1 + i)n - 1
Quanto a alternativa do VAE resultar em valor positivo deve-se aceitar o projeto, caso
contrário, a alternativa deve ser rejeitada em favor da alternativa comparativa
(FAZOLO, 2014).
37
VA (TIR)=0 (12)
Caso a TIR seja igual ou maior que a taxa mínima de atratividade, a alternativa é viável
economicamente, pois, a rentabilidade do projeto será maior que o custo dos recursos
aplicados ao investimento (BAUDSON, 2008).
Segundo Souza (2005), a vantagem desse método é que para o cálculo da TIR não é
necessário o uso de elementos externos (taxa mínima de atratividade), apenas os
dados internos (FC’s) do projeto. Como desvantagem cita-se a possibilidade de um
FC ter nenhuma ou mais de uma TIR, tornando a avaliação prejudicada ou impossível
por esse método.
4 METODOLOGIA
TOTAL R$ 1.100.000,00
Fonte: Autor (2021).
O compressor selecionado é o AGF CP420 com vazão de 420 PCM. Por ser móvel
possui grande versatilidade e é capaz de tocar a perfuratriz fundo e furo juntamente
com até dois marteletes.
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A perfuratriz fundo e furo ou DTH (Down The Hole), como também é conhecida, é
responsável pela realização dos furos verticais e horizontais na rocha, permitindo a
passagem do fio diamantado e o corte das bancadas. O diâmetro de furação é de 90
mm e sua precisão é consideravelmente maior do que a dos marteletes. Em pedreiras
de quartzito os marteletes são pouco utilizados devido a alguns fatores como a dureza
do material. Seus usos se concentram em casos pontuais.
Na foto 11, logo acima, podemos ver a limpeza realizada na área para o acesso à
rocha, juntamente com a maioria dos equipamentos anteriormente mencionados.
O pau de carga pode ser feito de aço e deve possuir um laudo que comprove sua
capacidade de suporte para realizar o carregamento dos blocos. A operação de
carregamento é considerada uma das de risco mais elevado em uma pedreira, pois
os blocos de até 35 toneladas são erguidos a mais ou menos 2 metros de altura, para
que então a carreta manobre e se posicione abaixo do bloco, efetuando a operação.
O contêiner é utilizado para guardar equipamentos, peças e insumos usados na
pedreira, e sua vantagem é que ele pode ser realocado dependendo das
necessidades.
Os insumos para a pedreira incluem o fio diamantado, os equipamentos de perfuração
em geral, as mangueiras, os lubrificadores de linha, cabos de aço, EPI’s, entre outros.
As obras preliminares incluem a abertura de acessos, a construção da praça de
trabalho e um pequeno refeitório com banheiro para uso dos funcionários.
Para realizar as operações na pedreira são necessários 6 funcionários, conforme
tabela 4.
Ajudante 1 R$ 1.500,00
TOTAL 6 R$ 17.500,00
Fonte: Autor (2021).
Tabela 5 – CAPEX.
TOTAL R$ 1.250.000,00
Fonte: Autor (2021).
(1 + 0,005654)60 . 0,005654
PMV = 1.000.000,00 . = R$ 19.699,82
(1 + 0,005654)60 - 1
TOTAL R$ 6.757,50
Fonte: Autor (2021).
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Depreciação R$ 6.757,50
Outros R$ 10.000,00
TOTAL R$ 143.757,50
Fonte: Autor (2021).
5 RESULTADOS
como será o saldo de caixa para o período projetado. De fácil elaboração para as
empresas que possuem os controles financeiros bem organizados, ele deve ser
utilizado para controle e, principalmente, como instrumento na tomada de decisões.
O Fluxo de Caixa deve ser considerado como uma estrutura flexível, no qual o
empresário deve inserir informações de entradas e saídas conforme as necessidades
da empresa. Seu objetivo é verificar a saúde financeira do negócio a partir de uma
análise e obter uma resposta clara sobre as possibilidades de sucesso do
investimento e do estágio atual da empresa.
Com os valores dos investimentos, das receitas, das tributações e dos custos, foi
possível montar o Fluxo de Caixa da empresa.
Fluxo de Caixa
R$ 1.600.000,00
1.466.206,98
1.356.206,98
1.356.206,98
1.356.206,98
R$ 1.200.000,00
1.178.908,60
1.178.908,60
1.172.908,60
Receita Líquida
953.854,98
953.908,60
R$ 800.000,00
776.556,60
-250.000,00
R$ 400.000,00
R$ 0,00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-R$ 400.000,00
Anos
O ano “0” teve o FC negativo devido ao investimento inicial feito pelo titular do título
minerário com pesquisa, licenças e aquisição de equipamentos. O resultado final do
FC do ano “0” é a diferença do investimento total inicial com o empréstimo, totalizando
R$ 250.000,00 negativos.
No ano “1”, iniciou-se a extração de quartzito. Como a empresa dispunha de todos os
equipamentos novos, considerou-se que ela, já no primeiro ano, atingiu a produção
51
10
FCj
VPL (2,0%, 10 anos) = ∑ = R$ 9.114.293,97
(1 + 0,02)j
j=0
O VAE do Fluxo de Caixa da empresa pode ser calculado usando a equação 11. Para
o cálculo considerou-se a taxa mínima de atratividade de 4,0%. Para os 10 anos do
projeto o VAE encontrado foi de R$ 1.127.408,39.
(1 + 0,04)10 . 0,04
VAE = 9.114.293,97 . = 1.127.408,39
(1 + 0,04)10 - 1
VA (TIR)=0
O valor da TIR para zerar o VPL é de 370,54%. Como a TIR calculada foi superior a
taxa mínima de atratividade, que é de 4,0%, o projeto se mostra economicamente
atrativo.
Tabela 9 – Taxa de câmbio comercial para venda: Real (R$) / Dólar americano (US$)
– Média.
2016 R$ 3,4901
2017 R$ 3,1920
2018 R$ 3,6542
2019 R$ 3,9451
2020 R$ 5,1558
Fonte: Modificado de IPEADATA (2021).
Como vemos, o valor do dólar americano deu um salto no último ano, tendo
influenciado diretamente no valor de alguns materiais, como fio diamantado e aço,
bem como no valor de venda do quartzito.
Para esta análise se sensibilidade, consideraremos um cenário onde o dólar vale R$
3,80, ou seja, 24% a menos do que o valor antes proposto de R$ 5,00. Com isso,
chegaremos nos seguintes resultados:
para a empresa recuperar seus investimentos, mais que dobrou, passando de 2,6 para
5,5 anos.
A Taxa Interna de Retorno caiu de 370,54% para 147,82%, demonstrando que mesmo
com todas essas quedas o projeto ainda é economicamente viável.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
IPEADATA. Taxa de câmbio comercial para venda: real (R$) / dólar americano
(US$) - média. Disponível em:
<http://www.ipeadata.gov.br/ExibeSerie.aspx?serid=31924>. Acesso em: 10 de
janeiro de 2021.