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Fundamento
Para que haja concorrência, é necessário que o mercado tenha número grande de
produtores e consumidores de tamanhos não muito diferentes, agindo de forma
independente. Isso faz com que nenhum deles tenha poder de mercado.
Existem, naturalmente, setores nos quais tais princípios não podem ser aplicados, por
não produzirem os resultados apontados. É o caso, por exemplo, dos monopólios
naturais, como é típico na infra-estrutura, ou em caso de crise sistêmica no mercado
financeiro, quando a preocupação se sobrepõe à competição (a concentração viabiliza
economias de escala e o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis).
É importante ressaltar também que nem sempre o domínio de uma empresa sobre um
mercado é o resultado de condutas anticompetitivas, podendo ser o fruto natural de
maior competência ou inventividade, e isso não deve ser desencorajado.
Conceitos
Concentração vertical: que envolve agentes econômicos distintos, que ofertam produtos
ou serviços distintos e que fazem parte da mesma cadeia produtiva.
Joint-venture: é uma associação entre duas ou mais empresas distintas para a formação
de uma nova empresa, sob controle comum.
A política de competição
A prática de cartel, assim como o abuso de poder econômico são consideras condutas
que podem ser tratadas pela regra do per se, isto é, sem a necessidade de maiores
avaliações. No entanto, é preciso ter provas factuais de que há um acordo entre os
participantes do cartel: gravações de conversas telefônicas, atas de reuniões,
correspondências, etc.
Uma boa forma de fazer essa aferição é realizar o teste do “monopolista hipotético”.
Consoante o artigo 20 da Lei 8.884/94, nem todo ato de concentração é relevante para a
análise antitruste.
Venda casada consiste num acordo vertical ofensivo à ordem econômica no qual o
vendedor de um bem ou serviço condiciona a sua venda à compra de outros bens ou
serviços.
Acordos verticais que não abrangem nem a fixação de preços nem a venda casada são
melhores vistos pelas agências, pois normalmente têm uma justificativa comercial
plausível, a exemplo dos contratos de exclusividade e das restrições territoriais de
venda.
Legislação
A SDE é uma das secretarias do Ministério da Justiça, sendo o seu titular indicado pelo
ministro e passível de demissão a qualquer momento. A SEAE é uma secretaria do
Ministério da Fazenda, não cuidando apenas de defesa da concorrências, mas de
serviços públicos, infra-estrutura, entre outros assuntos.
Procedimento
Os atos de concentração em que pelo menos uma das empresas envolvidas tem 20% ou
mais do mercado relevante ou pertence a um grupo empresarial com faturamento anual
de R$ 400 milhões ou mais devem passar pelo crivo do SBDC. Esses atos deverão ser
comunicados pelas partes previamente ou até 15 dias úteis após a sua realização, sob
pena de multa.
Julgando pertinente, a SDE pode solicitar à SEAE uma análise dos aspectos econômicos
do processo.
A SEAE age por provocação da SDE e, junto a ela, elabora um parecer que será enviado
ao CADE, quando for o caso, para julgamento final do ato de concentração ou da
denúncia. O prazo para elaboração do parecer é de 30 dias para cada secretaria.
O processo fica constantemente suspenso para que sejam obtidas informações das
empresas.
O CADE e o secretário da SDE podem adotar uma decisão com caráter suspensivo
durante o trâmite do processo, quando considerarem que o ato pode causar lesão ao
mercado difícil ou impossível de reparar, ou que torne ineficaz o processo.