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METODOLOGIAS ATIVAS: SALA DE AULA INVERTIDA - UM NOVO JEITO DE

APRENDER

Evandro Antônio Corrêa 1


Bruna dos Santos 2
Lilian Rodrigues 3
Daiane Padula Paz 4

Resumo: Novos processos de informações, gerados, principalmente pela internet,


fazem a diferença hoje entre os que sabem fazer escolhas (o conhecimento) e os
que só sabem ver as informações. Fazer escolhas, analisar, comparar, ser
competente é, portanto hoje, o maior desafio que vamos mostrar aos nossos
alunos. Como escolher as respostas certas, relacionando-as entre milhares de
informações que recebe para formular as perguntas certas, as questões
importantes para gerar novas informações. A sala de aula invertida propõe a
inversão completa do modelo de ensino. Sua proposta é prover aulas menos
expositivas, mais produtivas e participativas, capazes de engajar os alunos nos
conteúdos e melhorar a utilização do tempo e conhecimento do professor. A sala
de aula invertida é uma estratégia de aprendizagem combinada com o objetivo de
melhorar o envolvimento e os resultados do aluno. Com a tecnologia da informação
e comunicação presente na vida dos indivíduos, é comum encontrar alunos que
utilizam dispositivos eletrônicos, logo a escola não pode ficar afastada dessa
realidade. Cabe então ao professor o papel de organizar sequências didáticas que
tomem o material instrucional como base para, por meio de metodologias ativas,
levar o aluno a refletir, analisar, aplicar, resolver problemas e casos de ensino. O
objetivo desta revisão é realizar uma pesquisa bibliográfica compreensiva sobre a
sala de aula invertida, baseada em autores da área: BERGMANN, J.; SAMS (2016),
BISHOP e VERLEGER (2013), MORAN (2014), VALENTE (2014), entre outros.

Palavras-chave: Sala de Aula Invertida. Educação; Metodologias Ativas; Tics.

Abstract: New information processes, generated mainly by the internet, make a


difference today among those who know how to make choices (knowledge) and
those who only know how to see information. Making choices, analyzing, comparing,
being competent is, therefore, today the biggest challenge that we are going to show
our students. How to choose the right answers by relating them to the thousands of

1
Aluno da Pós-graduação em Linguagens Híbridas e Educação do Instituto Federal do Paraná -
Câmpus Palmas. Contato: (evandroacorrea@yahoo.com.br)
2 Aluna da Pós-graduação em Linguagens Híbridas e Educação do Instituto Federal do Paraná -

Câmpus Palmas. Contato: (bruna_ganzala@hotmail.com)


3 Aluna da Pós-graduação em Linguagens Híbridas e Educação do Instituto Federal do Paraná -

Câmpus Palmas. Contato: (lilian.ro@hotmail.com)


4 Docente da Pós-graduação em Linguagens Híbridas e Educação do Instituto Federal do Paraná -

Câmpus Palmas. Contato: (daiane.paz@ifpr.edu.br)


Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão. Paranaguá, PR, v.4, n.1, março de 2019.
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information you receive to ask the right questions, the important questions to
generate new information. The inverted classroom proposes the complete inversion
of the teaching model. His proposal is to provide less expositive, more productive
and participative classes capable of engaging students in content and improving the
use of teacher time and knowledge. The reverse classroom is a learning strategy
combined with the goal of improving student engagement and achievement. With
the information and communication technology present in the lives of individuals, it
is common to find students who use electronic devices, so the school can not stay
away from this reality. It is then up to the teacher to organize didactic sequences
that take the instructional material as the basis for, through active methodologies,
to lead the student to reflect, analyze, apply, solve problems and teaching cases.
The objective of this review is to perform a comprehensive bibliographic research
on the inverted classroom, based on authors of the area: BERGMANN, J.; SAMS
(2016), BISHOP and VERLEGER (2013), MORAN (2014), VALENTE (2014),
among others.

Keywords: Inverted Classroom. Education; Active Methodologies; Tics.

1. Introdução
Nos dias atuais a sociedade possui grande influência da tecnologia,
habituando-se a transmissões de dados em alta velocidade e troca de informações
em tempo real. A educação, portanto, sendo um dos fatores fundamentais na vida
em sociedade, deve acompanhar as crescentes transformações, no que dizem
respeito às novas tecnologias. Urge a necessidade de se repensar os moldes
tradicionais de ensino, pois a utilização de novas tecnologias aponta para um
mundo virtual com enormes potencialidades.
As metodologias ativas de aprendizagens estão engajadas em um amplo
processo de mudanças nas práticas pedagógicas e possuem como principal
característica a inserção do aluno/estudante como agente principal responsável
pela sua aprendizagem, comprometendo-se com sua formação. As metodologias
ativas surgem como proposta para focar o processo de ensinar e aprender na busca
da participação ativa de todos os envolvidos, centrados na realidade em que estão
inseridos.
O que as novas tecnologias trazem hoje é a integração de todos os espaços
e tempos. O ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda,
constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois
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mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que
se mescla, hibridiza constantemente. Por isso a educação formal é cada vez mais
blended, ou seja, misturada, híbrida, porque não acontece apenas no espaço físico
da sala de aula, mas nos múltiplos espaços do cotidiano, que incluem os digitais.
Segundo Horn e Staker (2015), o blended learning ou ensino híbrido mescla
momentos em que o aluno estuda conteúdos e instruções utilizando recursos online
e outros em que o ensino ocorre dentro da sala de aula, com interação entre alunos
e professores. Durante as atividades online o aluno dispõe de meios para controlar
quando, onde, como e com quem vai estudar.
Para Moran (2014), atualmente um dos modelos mais interessantes de
ensino é o de se concentrar no ambiente virtual (AVA) o que é informação básica e
deixar para a sala de aula as atividades mais criativas e supervisionadas. É o que
se chama de sala de aula invertida.
De acordo com Schneider et al. (2013), alguns autores têm apresentado a
sala de aula invertida como uma alternativa à organização escolar, de forma a
contribuir para independência do aluno na construção do conhecimento, de acordo
com suas características e estilo de aprendizagem. Schneider et al (2013, p.71)
apontam a sala de aula invertida como:
[...] possibilidade de organização curricular diferenciada, que
permita ao aluno o papel de sujeito de sua própria aprendizagem,
reconhecendo a importância do domínio dos conteúdos para a
compreensão ampliada do real e mantendo o papel do professor
como mediador entre o conhecimento elaborado e o aluno.

A sala de aula invertida não inverte apenas a estrutura do processo de


aprendizagem, mas também transforma os papéis de alunos e dos professores. O
professor agora está presente para dar o feedback aos alunos de modo a esclarecer
as dúvidas e corrigir os erros, pois agora sua função em sala de aula é ampará-los
e não mais transmitir informações (BERGMANN; SAMS, 2012).

2. Desenvolvimento

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Bishop e Verleger (2013) definem Sala de Aula Invertida como uma técnica
educacional que consiste em duas partes: atividades de aprendizagem interativas
em grupo em sala de aula e orientação individual baseada em computador fora da
sala de aula. Basicamente, a lógica da sala de aula invertida propõe uma forte
correlação entre momentos presenciais e outros virtuais, de auto estudo, mediados
pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Assim: “[...] o conteúdo e
as instruções são estudados on-line antes de o aluno frequentar a sala de aula, que
agora passa a ser o local para trabalhar os conteúdos já estudados, realizando
atividades práticas como resolução de problemas e projetos. (VALENTE, 2014, p.
85).
A sala de aula invertida (termo em português para flipped classroom) é uma
metodologia que foi divulgada por Bergmann e Sams (2012) a partir da experiência
por eles realizada em escolas de nível médio nos Estados Unidos. Tais autores, a
partir de estudos anteriores realizados em várias universidades, trouxeram tal
metodologia para o ensino médio com o intuito de atender a alunos atletas, que se
afastavam das aulas devido aos campeonatos dos quais participavam.
Embora venha sendo apresentada como algo extremamente novo, a ideia
de “inverter” a sala de aula vem se colocando desde a década de 1990, com o
crescimento das possibilidades de uso e acesso às Tecnologias de Informação e
Comunicação. Para Surh (2016), esta organização permite que cada aluno estude
em seu ritmo, nos locais e horários que melhor lhe convém. Os encontros
presenciais seriam destinados a atividades que exijam uso de níveis mais
aprofundados de reflexão. Cabe ao aluno realizar o estudo prévio dos conteúdos
disponibilizados e preparar-se para os encontros presenciais, nos quais devem
ocorrer atividades de discussão, análise e síntese, aplicação, elaboração própria,
sempre direcionados por problematizações.
No lugar da aula tradicional, o tempo de aula se concentra no
desenvolvimento do conhecimento por meio de estratégias ativas de aprendizado,
como discussões, conjuntos de problemas, estudos de caso, atividades em grupo
ou aprendizado experimental.

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De acordo com Bergmann e Sams (2016, p. 32), a sala de aula invertida
possui quatro pilares: o ambiente de aprendizagem flexível, a cultura de
aprendizagem com enfoque no aluno, o conteúdo dirigido pelo educador e a
presença de um professor com uma postura profissional exigente e continuamente
solicitada. Observa-se a definição desses quatro pilares na figura abaixo.

Figura 1 – Pilares da Sala de Aula Invertida Fonte: Adaptado (BERGMANN, J.; SAMS, 2016, p.
32).

Na sala de aula o professor deixa de ser informante, para ser


facilitador/mediador. Ele incita a aprendizagem, deixando de ser dominador, para
ser o motivador, incitador e instigador, ele exerce o papel de gestor e trabalha todos
os “comos” da sala de aula: como serão apresentados os conteúdos, como serão
conduzidas as comparações, análises, relações, enfim, como ele fará acontecer o
processo de aprendizagem. Ao fundamentar esses processos, o professor
estabelece os critérios de avaliação do aluno.
Conforme Rigon (2010), o grande desafio, para o professor, é que ele deverá
estar sempre atento ao raciocínio que o aluno está fazendo, a linha de pensamento
seguida, aos talentos e dons que se apresentam, para que possa usar técnicas e

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apresentar estratégias de aprendizagem que facilitem a resolução do problema, do
“case” proposto, respeitando o ritmo, a linha de pensamento do aluno, as
alternativas que este apresentar.
O professor também é visto como instigador, incentivando a descoberta, a
análise, a crítica, reforçando as estratégias de aprendizagem de cada aluno
estimulando-o a inovar, a ousar, a criar, lançando questões polêmicas e
instigantes, despertando nos alunos estas características essenciais a um
ser empreendedor. Ele será norteador do aluno no seu ofício: o fazer
levando o ato gerador do aprender. (RIGON, 2010, p. 52).

Um dos mais importantes fatores de consistência desta metodologia é o


trabalho em equipe. Não grupo de trabalho, mas equipe de trabalho, que deve estar
presente na sala de aula e na sala de professores. Portanto, essa metodologia,
favorece amplamente o exercício da interdisciplinaridade, transformando o
processo de ensino-aprendizagem na busca por conteúdos comuns que se
relacionem entre diversas áreas do conhecimento.
O aluno, por sua vez, passa a ser responsável pela sua aprendizagem. Ele
passa a ser protagonista na construção do conhecimento com os seus colegas de
equipe e de sala de aula. Ele compartilha com os outros suas habilidades, suas
competências, seus saberes.
Dentro da configuração da sala de aula invertida, instigar o aluno a ser um
pesquisador é muito importante, uma vez que nesse processo o aluno pode
construir conhecimento e autonomia. Para suscitar no aluno tal autonomia e espírito
investigativo torna-se essencial que o professor não seja apenas um repassador de
informações, mas que estimule os educandos na descoberta de novos
conhecimentos, assumindo o papel de mediador. Nas palavras de Freire (1994, p.
47), “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção.”
Nessa metodologia os alunos estudam os conteúdos e as instruções on-line
através de vídeoaulas ou outros materiais disponibilizados pelo professor antes de
ir para a sala de aula presencial, que agora passa a ser o local para trabalhar os
conteúdos já estudados previamente, para realizar atividades práticas como
resolução de problemas e projetos, para discutir em grupo, laboratórios e etc.
(VALENTE, 2014).

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O tipo de material que o aluno utiliza nos estudos online varia de acordo com
a proposta pedagógica do professor, que pode disponibilizar em um ambiente
virtual uma vídeoaula, um tutorial ou até mesmo textos com um questionário.
Na aula invertida o professor disponibiliza informações básicas sobre um
tema, antes da aula. Isto pode ser feito alguns dias antes. Essas informações
podem ser constituídas de textos, conjuntos de slides, vídeos, sugestões de sites
com conteúdo de apoio, arquivos de áudio, arquivos de som, jogos e outros meios
escolhidos pelo professor. Disponibiliza, também, um questionário a ser
respondido, funcionando como uma pré-avaliação.
Essa disponibilização de materiais pode acontecer em um Ambiente Virtual
de Aprendizagem (AVA), no próprio Drive do Google e, até mesmo, na própria sala
de aula. Com estas informações, o aluno começa a construir o conhecimento desse
novo tema e passa por essa pré-avaliação. Ao voltar à sala de aula, será novamente
avaliado e isto dará subsídios ao professor para discutir as dúvidas e completar o
processo de aprendizagem.
Geralmente, os estudantes não estão acostumados a estudar em casa, a
não ser na véspera da prova, quando muito. Na sala de aula invertida, todo o
conteúdo que os alunos estudariam na véspera de alguma tarefa de avaliação
classificatória é dividido em pequenas partes que não o sobrecarregam. Eles
podem ler algumas páginas do livro-texto (duas ou três seções) ou assistir um vídeo
curto (menos de 20 minutos de duração), por exemplo. Através das tarefas de
preparação prévia, os alunos tendem a adquirir o hábito de estudar, não tendo que
dedicar esforços, altamente desgastantes e pouco eficazes horas antes de algum
exame (BERGMANN, J.; SAMS, 2016).
Sendo assim, o modelo de sala de aula invertida transforma também o
caráter avaliativo do sistemas de ensino-aprendizagem, pois direciona os pareceres
do professor para momentos diferenciados e não tanto extenuantes, como
acontecem nas avaliações tradicionais.
Ao realizar tarefas antes da aula presencial, durante e depois da aula, o
aluno empreende uma nova estrutura de estudos, organizando seu tempo de em
horários flexíveis, tirando suas dúvidas com o professor, trabalhando em equipes,

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realizando atividades práticas nas quais também se torna um aluno pesquisador,
comprometido com a sua própria aprendizagem.
A figura abaixo ilustra como acontecem os três momentos da sala de aula
invertida, especificando que atividades professor e alunos elaboram em cada
momento, bem como as habilidades cognitivas desenvolvidas em cada etapa, e as
habilidades socioemocionais desenvolvidas durante o processo todo.

Figura 2 – Aplicabilidade Sala de Aula invertida


Fonte: https://ensinovirtualdequimica.blogspot.com/2017/09/sala-de-aula-invertida-
flippedclassroom.html Acesso em: jul/2018.

Sendo uma metodologia relativamente nova, a sala de aula invertida recebe


algumas desaprovações sobretudo no que diz respeito à disponibilidade dos
recursos tecnológicos. Segundo Valente (2014), alguns críticos apontam problemas
na metodologia, afirmando que o modelo é bastante dependente da tecnologia, o
que pode criar um ambiente de aprendizagem desigual, tanto em termos do acesso
à tecnologia quanto à motivação para os estudos independentes.
Outro ponto considerado problemático é o fato de o aluno não se preparar
antes da aula e, com isso, não ter condições de acompanhar o que acontece na

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sala de aula presencial ou prejudicar as interações possíveis, assim, poderíamos
adotar como proposta, a utilização da aprendizagem colaborativa para apoiar essa
preparação.

3. Considerações finais

Os alunos já nascem inseridos na cultura digital, sendo algo familiar para


eles. A escola, portanto, precisa utilizar as ferramentas tecnológicas ao seu favor,
contribuindo para uma educação de qualidade. Os professores, mesmo sendo
“imigrantes” digitais, possuem na sua maioria, certo conhecimento relativo ao uso
das tecnologias em sala de aula. Esse conhecimento deve ser trabalhado e
explorado até mesmo com as sugestões dos alunos que vivem nesse meio.
A sala de aula invertida é constituída, basicamente, por dois componentes:
uma que requer interação humana (atividades em sala de aula), ou seja, a ação; e
outra que é desenvolvida por meio do uso das tecnologias digitais, como vídeo-
aulas, podcasts, entre outros (atividades fora da sala de aula).
Apesar da teoria da sala invertida ter base nas tecnologias e no EAD, o
conceito de inversão apresentado pode ser realizado, inclusive, com o uso das
tecnologias mais “antigas” como o livro ou a própria televisão, contanto que sejam
oportunizados e cobrados estudos anteriores, atividades práticas e diferenciadas
durante a aula presencial e revisões de conteúdos posteriores à aula.
O modelo de sala de aula invertida oferece aos professores mais
oportunidades de trabalhar diretamente com os alunos. Eles podem, portanto, ver
claramente quando um aluno está tendo problemas com um conceito e trabalhar
diretamente com ele. O aumento da interação com os alunos na sala de aula
ajudará os professores a ter uma ideia mais clara dos diferentes estilos de
aprendizagem de seus alunos, para que possam adaptar suas instruções às
necessidades de cada um. É preciso lembrar que cada aluno reage diferentemente
um do outro frente à construção conhecimento.
Por outro lado, compreende-se que é necessária uma ampla transformação
no modo de estudo dos alunos. A flexibilidade de horários pode ser entendida num

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primeiro momento como liberdade demasiada ocasionando uma cobrança maior
por parte do professor, bem como maior demanda de trabalho. Torna-se
fundamental o acompanhamento constante do modelo de sala de aula invertida,
por parte não somente dos professores, mas também das equipes pedagógicas e
das famílias dos alunos, de modo a se alterar a cultura de estudo estabelecida em
nossa sociedade, centrada principalmente na escola como instituição única de
ensino-aprendizagem.

Referências

BERGMANN, J.; SAMS, A. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de


aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

________. Flip Your Classroom: Reach Every Student in Every Class Every
Day.Washington, DC: International Society for Technology in Education, 2012.

BISHOP, J. L.; VERLEGER, M. A. The Flipped Classroom: A Survey of the


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FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1994.

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a educação. Tradução: Maria Cristina Gularte Monteiro. Porto Alegre: Penso, 2015.

MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 5.


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RIGON, Márcia C. Prazer em aprender: O novo jeito da escola. Curitiba: Káiros,


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Aula Invertida em EAD: uma proposta de Blended Learning. In Revista
Intersaberes, n. 16, v. 8, 2003.

VALENTE, J. A. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a


proposta da sala de aula invertida. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, Edição
Especial n. 4/2014, p. 79-97. Editora UFPR, 2014.

Edição especial - VII SE²PIN - Seminário de Extensão, Ensino, Pesquisa e Inovação do


IFPR
Enviado em: 18 dez. 2018
Aceito em: 04 mar. 2019
Editor responsável: Mateus das Neves Gomes

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