Capacitação para o Programa Agente Jovem

Ambiental – AJA
Módulo II
60h

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Sumário
1 - Consumo Consciente..........................................................................................................................3
2 - Resíduos Sólidos.................................................................................................................................6
2.1 - Problemas causados pelo lixo....................................................................................................7
2.2 - Gerenciamento de Resíduos Sólidos.......................................................................................10
2.2.1. Caminho inadequado do lixo...............................................................................................11
2.2.2. Caminho adequado dos Resíduos e Rejeitos.......................................................................12
2.3 - Coleta Seletiva..........................................................................................................................14
2.4 - Compostagem...........................................................................................................................15
2.5 - Lixões.........................................................................................................................................18
2.6 - Aterro Sanitário........................................................................................................................20
2.7 - Consórcios de Resíduos Sólidos..............................................................................................23
2.7.1 - Central de Tratamento de Resíduos Sólidos - CTR............................................................26
2.7.2 - Estações de Transbordo......................................................................................................26
2.7.3. Central Municipal de Reciclagem - CMR...........................................................................27
2.7.4. Planos Municipais de Educação Ambiental com Foco em Resíduos Sólidos.....................28

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1 - Consumo Consciente

Praticamente todos os impactos causados pelos seres humanos têm a ver

com o CONSUMO. Você já deve ter ouvido falar dos R's da sustentabilidade:
Repensar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar.
Repensar o nosso consumo é o primeiro e mais importante passo! Você já
pensou, por exemplo, de onde vieram as roupas que você está vestindo agora?
E a energia que está mantendo a luz da sala acesa? A água que sai da torneira?
A comida que você comeu no café da manhã? E para onde vai o que sobra
disso tudo?

TUDO que consumimos vem da natureza, e um dia, acaba voltando

pra ela.

Cada escolha que fazemos ao longo de nossas vidas representa impactos

maiores ou menores para o meio ambiente e para a sociedade, por isso
precisamos praticar um consumo mais consciente.
O modelo de sociedade em que vivemos atualmente é sustentado
exclusivamente pelo consumo. Não somente de produtos de que necessitamos
(comida, roupa, moradia, transporte, meios de comunicação), mas de produtos
que “achamos” que precisamos.

Observe as propagandas nos meios de comunicação. Estratégias

psicológicas são utilizadas para nos fazer sentir um “vazio” ou nos sentirmos
“fora da moda”. E rapidamente nos vendem a solução: “Compre e seja feliz!”

Especialmente em datas comemorativas (Natal, Dia das Mães, Dia das

Crianças, etc.), recebemos uma enxurrada de propagandas “vendendo sonhos
de felicidade”, mas que são apenas produtos disfarçados em belas mensagens e
imagens: uma família toda reunida no jantar ou pessoas sorrindo cheias de
sacolas passeando no shopping center.

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 O fato é que não podemos sustentar esse modo de vida. Somos quase 8
bilhões de consumidores e estamos consumindo mais do que o planeta pode
suportar. Estamos consumindo para viver ou vivendo para consumir?

CURIOSIDADES
Já ouviu falar do Dia da Sobrecarga da Terra? É o dia do ano em que os
seres humanos consomem tudo o que o planeta pode oferecer em um ano.
Por exemplo, todos os recursos que a Terra nos ofereceu no ano de 2020,
nós esgotamos no dia 22 de Agosto. Estamos deixando uma grande dívida
com a Terra.

SAIBA MAIS

Assista ao vídeo História das Coisas.

Portanto, é muito importante que a gente repense nossos hábitos de

consumo e reflita, antes de cada compra, se aquilo é realmente necessário. Se
for, devemos observar algumas dicas:

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 Clique aqui para ler um texto sobre ECONOMIA CIRCULAR.

FIQUE LIGADO
Pesquise na internet sobre o MINIMALISMO.

FIQUE LIGADO
Assista ao vídeo Repensar, Reduzir, Reutilizar, Reciclar do Instituto Akatu.

Agora que compreendemos a importância do Consumo Consciente,

vamos aprender mais sobre o que sobra do consumo: o lixo.

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2 - Resíduos Sólidos
Temos o costume de chamar de lixo tudo o que jogamos fora. Mas será
que o que jogamos fora não tem outra utilidade? A maior parte pode ser
reutilizada ou virar matéria-prima para a fabricação de novos produtos,
economizando recursos naturais, gerando renda para a população e reduzindo
gastos públicos. O que pode ser reaproveitado é chamado de resíduo sólido. O
que não pode é chamado de rejeito. Lixo é quando está tudo misturado. De
agora em diante, vamos usar os termos corretos.

Resíduos sólidos é um termo técnico que se refere a tudo aquilo que,

apesar de não servir mais para aquilo que foi destinado, pode ser reciclado ou
reutilizado, tornando-se matéria-prima para outros produtos. Assim, tem valor
econômico agregado e consiste em tudo o que pode ser reaproveitado em
outros processos produtivos, após a sua separação dos rejeitos.

Plásticos, papéis, metais, vidros e resto de comida são exemplos de resíduos sólidos.
Imagens: SEMA.

Materiais que ainda podem ser reutilizados ou serem reciclados.

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 Rejeito é o resto das atividades humanas ou não humanas que, após seu
uso, NÃO PODEM ser reaproveitados. Quando todas as possibilidades de
reaproveitamento ou reciclagem já tiverem sido esgotadas e não houver
solução final para o item ou parte dele, trata-se de um rejeito. A destinação final
mais adequada é enterrá-lo em um aterro sanitário, com todas as medidas
sanitárias. Veja exemplos de rejeitos:

Lixo de banheiro (Papel higiênico) Fralda Descartável

CURIOSIDADE

Sabia que, em média, nosso “lixo” diário é composto por cerca de 85%
de resíduos e 15% de rejeitos? (ABRELPE, 2020). Mas se tiver tudo
misturado, não dá pra reaproveitar. Daí a importância da separação correta!

ABRELPE

Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública.

2.1 - Problemas causados pelo lixo

A alta geração de resíduos e rejeitos proporcionada pelo desenvolvimento

econômico, pelo crescimento populacional, pela urbanização e pela
industrialização, aliada à falta de destinação sanitária adequada de boa parte

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destes resíduos gerados, gera impactos ambientais com consequências na
fauna terrestre, marinha e também na saúde humana e na economia.

Em muitas cidades brasileiras, nem todos os resíduos sólidos e rejeitos são

coletados. Em boa parte dos casos, eles são jogados nos rios, riachos, nascentes,
mangues, áreas de mananciais, córregos, terrenos baldios e lixões. Quem joga?
Moradores, comerciantes e o próprio poder público. Muitas vezes por
comodismo, outras por falta de informações sobre os malefícios.

Dentre os inúmeros problemas que isso acarreta, podemos destacar:

Contaminação do solo, águas subterrâneas e superficiais (mares, lagoas,

rios, poços e cisternas);
Proliferação de vetores como insetos e ratos, que podem transmitir
doenças como dengue, leptospirose, disenteria e calazar;
Entupimento de bueiros, causando inundações nos períodos de chuva;
Morte de animais, principalmente aves e animais marinhos;
Poluição atmosférica e aquecimento global.

A falta de cuidado com o lixo gera consequências até para quem não tem nada a ver com isso.
Fotos: Google.

FIQUE LIGADO
Como está a questão do lixo na sua comunidade? As pessoas fazem a
sua parte? E a Prefeitura? Existem ações de educação ambiental? Existe
ecoponto na região?

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SAIBA MAIS

Assista ao vídeo sobre o impacto do lixo na Ilha Midway, que fica a mais
de 3.000km do continente mais próximo.

CURIOSIDADE

Olha só quanto tempo estes produtos demoram para se decompor na

natureza:

Tempo aproximado de decomposição.

Imagem: SEMA.

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2.2 - Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Para solucionar esses problemas, é preciso fazer o gerenciamento dos

resíduos. Isso vale em qualquer lugar: município, comunidade, escola, empresa,
em casa, etc.

Resumidamente, o gerenciamento vai levar em consideração os hábitos de

consumo da população, a quantidade e o tipo de resíduos e rejeitos gerados, as
formas de reaproveitar os resíduos e qual destino dar aos rejeitos, incluindo
nesse processo o custo econômico e a mão de obra necessária.

Um dos itens que compõem o gerenciamento é o estudo da composição

gravimétrica, que visa categorizar os tipos de materiais descartados pela
população, e seu conhecimento é um passo fundamental para a gestão
integrada e eficiente desses materiais.

Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos gerados no Brasil em 2020.

Fonte: ABRELPE.

O gerenciamento de resíduos deve seguir a seguinte ordem de prioridade:

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 Observe que a NÃO-GERAÇÃO é a prioridade, e passa necessariamente
pelo CONSUMO CONSCIENTE e pela EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Observe
também que a Reciclagem, o item mais conhecido, só deve ser realizada após
os itens anteriores. Fato é que, se houver geração de resíduo, ele deve cumprir
essa sequência. E para chegar até a disposição final, o lixo que colocamos na
calçada faz um longo caminho.

FIQUE LIGADO
A principal lei no Brasil que trata sobre resíduos sólidos se chama
Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ela traz todas as regras que devem
ser seguidas pelo poder público e sociedade. Já no estado do Ceará, temos
a Política Estadual de Resíduos Sólidos, que traz as regras estaduais.

2.2.1. Caminho inadequado do lixo

Geralmente, a população mistura os resíduos e os rejeitos dentro de um

saco e coloca nas calçadas, muitas vezes fora do dia e horário do caminhão do
lixo.

Alguns “rebolam o lixo no mato”, principalmente nos terrenos baldios ou

margem de estrada. Resultado? O lixo fica espalhado pelas ruas, margens de
riacho, rodovias ou os animais rasgam os sacos em busca de comida.

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 Caminho inadequado do lixo em muitos municípios.
Imagem: SEMA.

Além de a população não fazer sua parte, muitos municípios não têm
coleta seletiva e acabam levando tudo misturado no caminhão. Pra onde? Para
um lixão!

Lixão - disposição inadequada contamina o ar, a água e o solo.

Foto: SEMA.

2.2.2. Caminho adequado dos Resíduos e Rejeitos

Tudo começa com a separação correta do que se chama lixo.
Provavelmente você já ouviu falar em separar em duas partes: Seco e Úmido.

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Se isso ocorrer, já é um grande avanço para a coleta seletiva, pois estaremos
separando os resíduos secos (recicláveis) dos outros resíduos e rejeitos, que
podem contaminar os recicláveis.
Contudo, separando em 2 partes, continuamos a misturar os orgânicos
(resto de comida e podas) com os rejeitos, inviabilizando seu reaproveitamento
para fazer adubo.

IMPORTANTE!
A separação ideal é em 3 partes:

• RESÍDUOS SECOS (OU RECICLÁVEIS): metal, vidro, plástico, papel,

papelão e embalagens em geral. Todos secos e limpos. Serão
encaminhados para a reciclagem.
• RESÍDUOS ÚMIDOS (OU ORGÂNICOS): restos de alimentos, podas de
plantas, madeiras, guardanapos sujos, etc. Serão encaminhados para a
compostagem.
• REJEITOS: papel higiênico e materiais de higiene pessoal. Serão
encaminhados para os aterros sanitários.

Modelo de gerenciamento de resíduos sólidos.

Imagem: Cepagro/MMA.

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2.3 - Coleta Seletiva
Como vimos, os resíduos secos/recicláveis têm como destino final a
reciclagem. Mas, para que esses resíduos cheguem separados dos outros, é
preciso que seja implantada a Coleta Seletiva.

Coleta seletiva nada mais é do que a coleta desses materiais em dias e em

transportes diferentes da coleta de lixo que normalmente ocorre. Pode ser feita
de várias maneiras: pela prefeitura, pelos catadores ou em pontos de entrega
(Ecopontos). De lá, os resíduos seguem para um galpão de triagem, onde os
catadores vão fazer uma separação mais minuciosa para vender o material para
a indústria de reciclagem.

Galpão de triagem de recicláveis.

Foto: Google.

A reciclagem é o processo que objetiva recuperar os

materiais de valor econômico que podem ser utilizados
como matéria-prima. Através da reciclagem, o produto
pode ser reaproveitado para fabricar novos produtos,
sendo reinserido no ciclo produtivo. Por isso que o
símbolo da reciclagem representa um ciclo. Não existem
perdas.

CURIOSIDADE
Clique aqui e veja como é feita a reciclagem do pape l

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 IMPORTANTE!

Vantagens da Coleta Seletiva

Diminui a exploração dos recursos naturais;

Diminui a poluição ambiental;
Economiza dinheiro público;
Aumenta a vida útil dos aterros sanitários;
Gera emprego e renda;
Promove o resgate social dos catadores;
Melhora a higiene e limpeza da cidade;
Evita a proliferação de vetores de doenças

CURIOSIDADE
Veja a campanha de coleta seletiva no município de Crateús.

2.4 - Compostagem

Vimos até aqui que quase 50% do nosso “lixo” diário é composto por
orgânicos (resto de comida e podas de plantas). Agora imagina o tanto que é
gerado aí no seu município. Já pensou no impacto que essa montanha de
resíduo pode causar no meio ambiente se não for corretamente tratado?

CURIOSIDADE
Por ano, cada brasileiro descarta cerca de 170 quilos de matéria orgânica.
São quase 37 milhões de toneladas por ano!

A solução para esse enorme problema é a compostagem. É uma atividade

simples, proporciona o contato direto com a terra e tem como resultado um
produto útil, com um gasto pequeno de tempo e esforço. Se analisarmos bem,
a compostagem imita o ciclo da matéria orgânica que já existe na natureza.
Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma! Mais uma vez estamos
fechando um ciclo!

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Compostagem

É o processo biológico de transformação dos resíduos orgânicos em um

composto natural, o adubo.

Imagem: SEMA.

IMPORTANTE!

Benefícios da Compostagem:

Colabora com os ciclos da natureza e da renovação da vida;

Melhora a fertilidade do solo;
Aumenta a capacidade de absorção de água e de ar;
Reduz o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos;
Diminui a quantidade de lixo que vai para os aterros e lixões.

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 A compostagem pode ser feita em casa, na escola, no trabalho, na
comunidade e até no município. Veja alguns exemplos:

Minhocário caseiro Galpão municipal de compostagem

Compostagem comunitária/escolar
Fotos: SEMA/CEPAGRO

FIQUE LIGADO
Assita a esse vídeo e aprenda a fazer sua composteira caseira.

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 CURIOSIDADES
Resíduos de podas de árvores podem ser triturados e utilizados na
agricultura para fazer cobertura morta de solo, como “bagana”. Também
podem ser transformados em lenha ecológica (briquetes).

Produção de cobertura morta Produção de lenha ecológica

SAIBA MAIS

Clique aqui para acessar cartilha Compostagem Doméstica, Comunitária

e Institucional de Resíduos Orgânicos.

2.5 - Lixões

Infelizmente, a maioria dos municípios brasileiros faz o caminho incorreto

do lixo, levando tudo misturado para os lixões.

Os lixões são fontes de doenças, contaminação do solo, água e ar. Nesses

locais temos a produção de moscas, baratas, ratos, mosquitos, vírus e bactérias
que causam doenças na população.

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 A decomposição da matéria orgânica acumulada no lixão gera um líquido
escuro, de cheiro forte e desagradável, com alto potencial poluidor, chamado
de chorume. Esse é o líquido característico que se forma com o acúmulo e
degradação do lixo, e pode trazer substâncias perigosas presentes em resíduos
industriais e de serviços de saúde, escoando superficialmente e penetrando no
solo, o que contamina os rios e as águas subterrâneas (lençol freático).

O gás metano (CH₄), produzido pela decomposição da matéria orgânica,

influencia nas mudanças climáticas. Ao ser comparado com o dióxido de
carbono (CO₂), ele é mais perigoso, uma vez que a mesma quantidade de gás
metano chega a ter 25 vezes mais impacto sobre o aquecimento global que o
CO₂.

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 FIQUE LIGADO
O lixão é um crime ambiental. Desde 2014, os municípios brasileiros
deveriam ter fechados todos os seus lixões, mas esse prazo vem sendo
prorrogado anualmente pelo governo federal.

2.6 - Aterro Sanitário

O aterro sanitário é o destino final para os REJEITOS. Lá, a situação é bem

diferente do lixão. Nesse local, há a garantia da disposição correta dos rejeitos e
dos resíduos sólidos urbanos que não puderam ser reciclados. Os aterros
devem ter licença ambiental para funcionar.

Nos aterros, as valas que recebem o lixo são impermeabilizadas com manta
asfáltica. Esse sistema tem a função de proteger e impedir a infiltração do
chorume no subsolo e nas águas subterrâneas.

O lixo, que é depositado nas valas, é coberto com terra. O sistema de

cobertura diário, realizado ao final de cada jornada de trabalho, tem a função de

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eliminar a proliferação de animais e vetores de doenças, diminuir as taxas de
formação de chorume, reduzir a exalação de odores e impedir a saída do
metano.

A decomposição dos resíduos depositados nos aterros sanitários gera

como subprodutos o chorume e o biogás (metano), que precisam ser tratados
para não causar contaminação. Nesse caso, o gás metano é queimado ou
aproveitado para uso energético. Já o chorume é captado por canaletas e
levado a lagoas de estabilização para tratamento.

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 Aterro sanitário em construção.
Foto: NOVACAP.

SAIBA MAIS

Veja como funciona um aterro sanitário.

IMPORTANTE!

Pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, eletrônicos, pneus,

embalagens de agrotóxicos e remédios vencidos NÃO podem ser
encaminhados à coleta seletiva ou aos aterros sanitários, pois contêm
substâncias perigosas. Devem ser devolvidos no local da compra ou em
pontos de entrega e fazer o produto voltar até fabricante. Isso se chama
LOGÍSTICA REVERSA. Informe-se no seu município sobre pontos de coleta
desses materiais.

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 FIQUE LIGADO
Resíduos de saúde, como os resíduos biológicos oriundos dos
hospitais, clínicas e postos de saúde, devem ser coletados separadamente e
encaminhados a um local específico do aterro sanitário ou queimados em
incineradores licenciados, ou esterilizados em autoclaves especiais.

2.7 - Consórcios de Resíduos Sólidos

Os municípios isolados enfrentam muitas dificuldades para o cumprimento

de todas as exigências da legislação. Diante desse cenário, o Estado do Ceará
vem estimulando a formação de consórcios intermunicipais para a gestão dos
resíduos sólidos.

Consórcios Intermunicipais

São parcerias entre municípios para a realização de ações conjuntas,

incrementando a qualidade dos serviços públicos prestados à população.

A criação dos consórcios para a destinação final dos resíduos sólidos no

Estado foi um esforço integrado entre os municípios e o Estado a partir de
estudos de diagnóstico e prognóstico objetivando equacionar os problemas
causados pela geração, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos.

Confira os 21 consórcios de resíduos sólidos criados no Ceará:

1. AMSA Baturité;

2. CGIRS - Região Metropolitana de Sobral;

3. CGIRS Vale do Jaguaribe;;

4. Comares Litoral Leste;

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5. Consórcio de Manejo dos Resíduos Sólidos da Região dos Sertões de
Crateús;

6. Consórcio de Manejo dos Resíduos Sólidos da Região Metropolitana B;

7. Consórcio Público de Manejo dos Resíduos Sólidos da Região Sertão

Centro Sul;

8. Consórcio Público de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Sertão de

Crateús 2;

9. Consórcio de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região da

Chapada da Ibiapaba;

10. Consórcio de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Região Litoral

Norte;

11. Consórcio Regional de Resíduos Sólidos do Alto Jaguaribe – (CORRAJ);

12. Consórcio Público de manejos de resíduos sólidos Vale do Curu;

13. Consórcio Público de manejos de resíduos sólidos Vale do Jaguaribe 2

(Convale);

14. Consórcio Sertão Central 2;

15. Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Litoral Oeste

16. Região Cariri Oeste – CONCESTE;

17. Unidade Crato;

18. Região do Sertão Central – CONSERCE;

19. Sertão Central Sul – CODESSUL;

20. Sertão dos Inhamuns – SI;

21. Cariri Oriental

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FIQUE LIGADO

Confira no mapa acima em qual consórcio o seu município se encontra.

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2.7.1 - Central de Tratamento de Resíduos Sólidos - CTR

Cada Consórcio terá uma CTR – Central de Tratamento de Resíduos Sólidos

(Aterro Sanitário Regional), que receberá os rejeitos de todos municípios
consorciados.

CTR do Consórcio de Gestão Integrada de Resíduos - Região Metropolitana de Sobral.

Foto: CGIRS-RMS.

2.7.2 - Estações de Transbordo

Em alguns municípios serão construídas as Estações de Transbordo, que

são pontos de transferência intermediários de rejeitos coletados no município.
Têm a função de receber os rejeitos de dois ou mais municípios do consórcio.
Os rejeitos coletados pelos caminhões compactadores são descarregados e,
depois, colocados em carretas de maior capacidade, que levam até a CTR –
Central de Tratamento de Resíduos.

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 Estação de Transbordo de Cariré.
Foto: CGIRS-RMS.

2.7.3. Central Municipal de Reciclagem - CMR

Em cada município, haverá Central Municipal de Reciclagem - CMR, que

será operada por Associações ou Cooperativas de Catadores. As CMR’s são
estruturas que receberão os resíduos com potencial de reciclagem, como papel,
plástico, vidro, metal e também óleo de cozinha usado.

Nas CMRs os materiais são preparados para as indústrias recicladoras que

realizarão o beneficiamento e a reinserção desses produtos na cadeia produtiva.

A CMR funcionará também como um local de entrega voluntária de

resíduos para a população do município.

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2.7.4. Planos Municipais de Educação Ambiental com Foco em Resíduos
Sólidos

Já vimos no Módulo 1 que a coleta seletiva só funciona se houver ações

concretas de educação ambiental. Os consórcios de gestão de resíduos ou
municípios devem elaborar seus Planos Municipais de Educação Ambiental com
Foco em Resíduos Sólidos, nos quais deverão constar as principais ações
voltadas para a população. Essas ações deverão ser de acordo com a realidade
de cada município. O principal objetivo é o engajamento da população no
processo de coleta seletiva e descarte correto dos resíduos.

No plano devem constar:

- palestras de educação ambiental em escolas, igrejas, sindicatos e associações
de moradores;
- oficinas com diversos públicos;
- uso das redes sociais para mobilizar a população;

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- visita porta a porta para explicar sobre a forma correta de separação dos
resíduos;
- uso das emissoras de rádio e tvs.

Muitas dessas ações serão realizadas e acompanhadas pelos AJA’s e

parceiros.

Chegamos ao fim do Módulo II. Aprendemos sobre os resíduos sólidos e a

importância do consumo consciente e da educação ambiental nesse contexto.
Você, AJA, agora está por dentro desse assunto e poderá criar e atuar em
projetos de educação ambiental para mudar esse cenário no seu município e na
sua comunidade.

Agora é sua vez de mostrar que está por dentro. Prossiga para o
questionário do Módulo 2.

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