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RESUMO
Este artigo teórico foi elaborado com o objetivo de discutir o envelhecimento, as
implicações inerentes, e a contribuição da utilização de exergames em idosos, no
sentido de melhorar a qualidade de vida perante ao cenário da pandemia de COVID-
19. Compreende-se a essencialidade do distanciamento social ao grupo de riscos de
idosos, porém, caracterizou-se como mais umas das dificuldades à adesão de idosos
à pratica de atividades física de forma recorrente, o que é também essencial para
promover saúde e diminuir os efeitos causados pelo declínio funcional decorrente do
envelhecimento. Nesse sentido, os exergames podem contribuir para melhoria dos
sistemas funcionais e ser uma ferramenta para aumento do nível de atividade física
de idosos, melhoria da saúde mental e de interação social.
PALAVRAS-CHAVE: Envelhecimento; Idoso; Qualidade de Vida; Estado Funcional;
Exercício Físico; COVID-19; Jogos de Vídeo.
ABSTRACT
This theoretical article was designed to discuss aging, its inherent implications, and
the contribution of the use of exergames in the elderly people, in order to improve the
quality of life in the face of the COVID-19 pandemic scenario. The essentiality of social
distancing from the risk group of the elderly people is understood, however, it was
characterized as one of the difficulties in the adherence of the elderly people to the
practice of physical activities on a recurrent basis, which is also essential to promote
health and reduce the effects caused by the functional decline due to aging. In this
sense, exergames can contribute to the improvement of functional systems and be a
tool for increasing the level of physical activity in the elderly, improving mental health
and social interaction.
KEYWORDS: Aging; Aged; Quality of life; Functional Status; Physical exercise;
COVID-19; Video games.
1Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Graduação em Educação Física, Belo
Horizonte, Minas Gerais, Brasil.
Introdução
Todo idoso deve acumular pelo menos 30 minutos por dia de atividade
aeróbica moderada, de forma contínua ou intervalada (em até três tempos de
10 minutos), além de atividades que aumentem ou mantenham a força
muscular e a flexibilidade pelo menos duas vezes por semana e atividades
de equilíbrio para aqueles indivíduos com problemas de mobilidade e risco
de queda. O documento destaca, ainda, que idosos que não puderem
acumular o mínimo de atividades descrito acima por problemas com doenças
crônicas devem ser o mais ativos possível, pois alguma atividade física é
sempre melhor do que nada e toda prática traz benefícios para a saúde
(HARADA; PEDREIRA; VIANA, 2012, p. 47).
Castro et al. (2018), em seu estudo ressalta algo que merece a menção que é
sobre as especificidades dos idosos, com relação ao contexto físico, psicológico,
socioeconômico e cultural, que merecem a atenção de profissionais e gestores de
saúde para o envelhecimento ativo e saudável, afim de organizar redes de atenção
integral a saúde de maneira planejada para resultar em ações de promoção
continuada e que de fato transforme a realidade de idosos.
Conforme mencionado por Rocha et al. (2020), os Exergames são jogos não
sedentários, sendo jogos que exigem uma movimentação por parte do praticante
gerando um esforço físico, podendo ser uma atividade física realizada dentro de casa,
através de plataformas comerciais de jogos eletrônicos.
Uma gama de atividades físicas pode ser realizada por meio dos exergames,
as quais variam de acordo com o pacote e a plataforma de jogo. Desde
atividades esportivas tradicionais, mimetizando o futebol, tênis de quadra e
de mesa, vôlei de praia, natação e atletismo (lançamento de disco, arremesso
de dardo, corrida com barreiras etc.), exercícios de academia (exercícios de
calistenia e alongamento, corrida, treinamento de força etc.), yoga, boxe,
esportes de aventura (descida de corredeiras, jogos espaciais etc.),
exercícios de equilíbrio, dança (Zumba, dança de rua) entre outros (ROCHA
et al., 2020, p. 3).
Considerações finais
Diante de tudo que foi exposto, conclui-se que a utilização de exergames pode
promover melhoras nos sistemas funcionais de idosos, sendo uma ferramenta que
pode estimular a adesão e aderência de idosos à pratica de atividades física, bem
como pode promover aumento do nível de atividade física e pode também promover
a interação social, promovendo uma redução dos efeitos negativos da pandemia sobre
a saúde dos idosos. Estratégias de intervenção com exergames podem ser
exploradas por profissionais de Educação Física, com o intuito de promover a adesão
e aderência de idosos a programas de exercícios físico, bem como a criação de redes
2 Escala Geriátrica de Depressão - Geriatric Depression Scale (GDS), desenvolvida por Yesavage em
1983, é um dos instrumentos mais comumente aplicados para rastreamento de depressão entre a
população idosa. Trata-se de escala de fácil utilização, podendo ser aplicada inclusive por pessoal sem
formação especializada, por não exigir conhecimento específico em psicopatologia (CASTELO et al.,
2007)
sociais composta por idosos e familiares como forma de promover a interação social
e prática de atividades físicas, ou mesmo a aplicação em locais e grupos de idosos
como parte de projetos sociais.
Para estudos futuros, uma sugestão seria a realização de análises de longo
prazo para compreender melhor os efeitos da utilização dos exergames em idosos.
Referências
BOTERO, João Paulo et al. Impact of the COVID-19 pandemic stay at home order and
social isolation on physical activity levels and sedentary behavior in Brazilian adults.
Einstein (São Paulo) [online], v. 19, 2021.
CASTELO, Milena Sampaio et al. Geriatric Depression Scale (GDS): a valid tool to
screen for depression in older primary care patients in Brazil. Geriatr Gerontol Aging,
v. 1, p. 26-31, 2007.
CASTRO, Ana Paula Ribeiro de et al. Promoção da saúde da pessoa idosa: ações
realizadas na atenção primária à saúde. Revista Brasileira de Geriatria e
Gerontologia [online], v. 21, n. 02, 2018.
PEGORARI, Maycon Sousa et al. Covid-19: perspectives and initiatives in older adults
health context in Brazil. Ciência & Saúde Coletiva [online], v. 25, n. 9, pp. 3459-3464,
2020.