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da Criminologia ­ A importância do estudo da Criminologia

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 20 de outubro de 2016

A importância do estudo da Criminologia

Por: Isabelle Lucena Lavor

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Para dar início a minha pequena contribuição aos estudiosos d

criminal e seguidores desse importante e relevante canal para
acadêmicos de Direito e a ns, gostaria de relatar meu início do
da Criminologia, bem como se deu minha paixão por esta disci

Como estudante de Direito, sempre me identi quei bastante c

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Direito Penal, passei então a estudá-lo profundamente. Ao lon
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minhas leituras acerca das Escolas Penais, logo nos primeiros

semestres, me deparei com os autores Beccaria, Lombroso
importantes guras dos séculos XVII – XVIII que muito contrib
para nosso atual Direito Penal.

Foi então que comecei a estudar a biogra a dos autores supracitados e vi, pela primeira vez, o termo Criminolog
Curiosa pelo conhecimento, fui a procura de seu objeto de estudo, e percebi sua grande ligação com o Direito Pe
Desde então, as estudo em conjunto, pois, como falarei adiante, antes de incidir a norma repressora, se faz nece
estudo do criminoso, do delito e do controle social previamente.

O Direito Penal atua como regulador de condutas humanas, de nindo padrões de comportamento através dos s
penais e suas respectivas sanções. Neste sentido, importante notar que o Direto e a Criminologia possuem seme
objetos de estudo – o delito, sem confundir os objetivos das pesquisas.

O Direito atua como limitação da liberdade individual e coletiva, portanto, valorando o comportamento crimino
então lhe impor uma sanção correspondente e proporcional, pois trata-se de um mecanismo de repressão social
estuda o crime.

Ao passo que a Criminologia atua com o entendimento dos atos praticados pelo criminoso, juntamente com o es
vítima (Vitimologia), com o delito e com o controle social, de forma a conhecer e compreender melhor o crimino
assim buscar mecanismos de prevenção do crime, e também evitar a sua possível reincidência.

A palavra Criminologia vem do latim crimino e do grego logos, que signi ca o “estudo do crime”, podemos então c
la como uma ciência empírica, ou seja, aquela que se apoia na observação e na indução, e que é caracterizada pe
comum. É também uma ciência interdisciplinar, pois deve ser estudada em conjunto com os demais ramos de
conhecimento, principalmente com o Direito Penal.

“O termo ‘Criminologia’ passou a ser conhecido e utilizado internacionalmente no ano de 1885 por Raffaele Gar
sua obra de mesmo nome. Garófalo foi um criminologista italiano, seguidor e grande expoente da Escola Positiva
Direito Penal, assim como Lombroso e Ferri, e que se tornou o principal representante do Positivismo Criminológ

Garófalo defendia o delito como algo natural, onde o indivíduo criminoso detinha uma falha moral de caráter, qu
comprometia os sentimentos de compaixão e solidariedade, pregava também, que a pena de morte deveria ser a
aos delinquentes irrecuperáveis.

A interdisciplinaridade da Criminologia decorre de sua própria consolidação histórica como ciência autônoma, à
in uência profunda de diversas outras ciências: Medicina Legal, Sociologia criminal, Direito, Psicologia, etc.

Desta feita, é necessário que exista um compartilhamento desses estudos, pois é de suma importância para o Di
Penal e sua incidência em ultima ratio, saber as motivações dos comportamentos delitivos através da Criminolog
que haja otimização e identi cação com a realidade social nesta limitação, de forma a buscar a prevenção do crim

Necessária tal análise, tendo em vista que muitas vezes se quer resolver o problema da criminalidade sem qualq
análise social ou criminológica, simplesmente com o endurecimento das penas, ocasionando assim o que alguns
doutrinadores chamam de “In ação do Direito Penal”, como se o único fator redutor da criminalidade fosse a pena
imposta, o que pode ser compreendido como equivocado.

Como já dizia Cesare Lombroso, “não há sistema carcerário que salve o reincidente, mas, pelo contrário, elas são caus
principais deles”. Ou seja, antecedendo a imposição de uma pena restritiva de liberdade, se deve analisar os fator
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impulsionadores daquela conduta criminosa, e esgotar todos os mecanismos possíveis e existentes de prevençã
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nalidade de entender o pensamento criminoso para que possa evitar a sua execução.

Foi a partir da segunda metade do século XX, que o objeto de estudo da Criminologia foi ampliado, o que antes t
somente no crime e no delinquente, passou ter como objetos também a vítima e o controle social, não menos im
que os primeiros.

A criminologia entende o delito como um problema de natureza social, incluindo quatro elementos constitutivo
devem ser analisados em conjunto. O primeiro diz que o crime não deve ser tipi cado isoladamente. O segundo
deve haver um apelo social para repreensão do mesmo, ou seja, deve atingir não só a vítima, mas também a socie
Terceiro, é preciso que o delito ocorra reiteradas vezes, no mesmo espaço e por um considerável tempo, e, por
delito deve ser tipi cado a partir de uma analise mais detalhada de todos esses elementos citados, juntamente c
repercussão social.

Finalmente, para que possamos entender o comportamento delinquente se faz necessário e imprescindível uma
criminológica preventiva, pois para que possamos combater algo, é preciso entender sua motivação, suas razões
algum modo tentar modi cá-los através da cooperação entre o Direito Penal e a Criminologia.

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Sobre os Autores

Isabelle Lucena Lavor

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