Curso Escatologia Peregrinas

PEREGRINAS GAROTASPEREGRINAS.
COM
QUANDO A PEREGRINAÇÃO CHEGA AO FIM

1. Escatologia: Foco e conceito
2. Linhas Escatológicas
3. A Grande Tribulação e a Igreja Gloriosa
4. O Reino Milenar
5. Estilo de vida à luz do fim dos tempos
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Escatologia:
Conceito e Foco
ÂNGELO BAZZO
o foco da escatologia
O centro da Escatologia é Jesus Cristo. Todas as coisas convergem em Jesus Cristo,apontando para
Ele. Por isso, precisamos conhecer quem é Jesus. Depois, precisamos entender o plano de Deus, o que
Ele quer. Assim, temos de conhecer quem Deus é e o que Ele quer, Seu caráter e Seu coração.
O QUE É ESCATOLOGIA?
- Escatologia é consumação. Algo será consumado.
- Uma boa analogia é a do casamento, que é o objetivo final do noivado. A consumação do noivado é
o casamento. Assim, quando pensamos no fim da História, não pensamentos meramente em como
as coisas acabam, mas, sim, em como elas alcançam o seu propósito.
E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele
estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou
terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. (Efésios 1:9,10)
Note a expressão “dispensação da plenitude dos tempos”, que fala do tempo ideal, perfeito, em que o
plano de Deus será consumado. Jesus disse que estaria conosco até à consumação dos tempos:
E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. (Mateus 28:20b)
Portanto, quando falamos de Escatologia, falamos do tempo perfeito em que todas as coisas
alcançarão o seu propósito e o plano de Deus será consumado. Deus trabalha com tempos perfeitos:
Irmãos, quanto aos tempos e épocas, não precisamos escrever-lhes. (1 Tessalonicenses5:1)
Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo’. (Daniel 7:25b)
Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido debaixo da lei. (Gálatas 4:4)
O tempo de Gálatas 4:4 é o tempo perfeito para a primeira vinda, ao passo que o de Efésios 1:9,10, para
a Segunda Vinda.
O estudo da Escatologia é o estudo da consumação do plano de Deus. Por isso, temos de conhecer o
plano. Estudar a consumação do plano sem entender o plano é assistir ao fim de um filme sem
conhecer a introdução e o desenvolvimento, o que prejudica a compreensão da narrativa.
Em outras palavras, não é possível entender Apocalipse sem entender, por exemplo, Gênesis. É
preciso familiarizar-nos com o sentido do Éden, a Aliança de Deus com Abraão, a Aliança de Deus com
Noé, o Êxodo, o Sinai, a Lei, a conquista da terra prometida, o período monárquico...). Se não fosse
assim, Jesus, durante Seu sermão profético, não nos exortaria a que entendamos o livro de Daniel:
"Assim, quando vocês virem ‘o sacrilégio terrível’, do qual falou o profeta Daniel, no lugar santo —
quem lê, entenda." (Mateus 24:15)
o pensamento geral
Preocupamo-nos demasiadamente com questões como o Arrebatamento, quando a Bíblia contém

apenas um versículo acerca do assunto. A Ressurreição, por exemplo, é um aspecto do fim dos
tempos muito negligenciado, quando ele aparece por toda a Bíblia.
Assim, acabamos não compreendendo coisas importantes e, consequentemente, o plano de Deus.

Um exemplo encontra-se no Sermão Profético de Jesus, em Mateus 24:
Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do homem. Pois nos
dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em
casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio
o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem. Dois
homens estarão no campo: um será levado e o outro deixado. Duas mulheres estarão
trabalhando num moinho: uma será levada e a outra deixada. (vv. 37—41)
conclusão
Os detalhes devem ser compreendidos dentro do contexto. Podemos nos perder quando focamos
árvores em uma floresta; precisamos sobrevoar a floresta inteira, para que, focando árvores, não nos
percamos.
dica de leitura
Tudo Será Consumado,
de Samuel Whitefield.
linhas
escatológicas
DANIEL ESTEVES
O SERMÃO PROFÉTICO DE JESUS

Um dos maiores anseios do ser humano é saber quando e como a História termina:
Jesus saiu do templo e, enquanto caminhava, seus discípulos aproximaram-se dele para
lhe mostrar as construções do templo. “Vocês estão vendo tudo isto?”, perguntou ele.
“Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”. Tendo
Jesus se assentado no monte das Oliveiras, os discípulos dirigiram-se a ele em particular
e disseram: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua
vinda e do fim dos tempos?” (Mateus 24:1—3).
A ESPERANÇA NA HISTÓRIA DA IGREJA E AS

VERTENTES MILENARES
Durante a História, o povo judeu aguardou um Messias e o Seu Reino. De acordo com as profecias,
esse Messias livraria Israel da opressão e governaria sobre toda a terra a partir de Jerusalém.
Encontramos essa verdade em Salmos, Isaías, Jeremias, Daniel etc.
Mas, quando Jesus Cristo veio ao mundo, Ele mudou a perspectiva e trouxe um novo conceito de
Esperança. Os judeus esperavam um Rei e receberam um homem nazareno, pobre, que andava com
pecadores, dava a outra face e morreu em uma cruz.
Tentativas de entender como e quando a História será consumada levaram os cristãos a

criarem vários sistemas diferentes para explicarem a volta de Jesus e o Seu Reino, dos quais três são
chamados: Pré-milenismo, Amilenismo e Pós-milenismo.
AS LINHAS ESCATOLÓGICAS
As linhas escatológicas são úteis, mas não dão conta de tudo aquilo que realmente importa.
Escatologia fala muito mais do que quando e como se darão as coisas do fim. Se queremos ver guerra
e sangue, podemos assistir a filmes e ter nossas expectativas satisfeitas. Escatologia é Esperança. A
Esperança de que Jesus voltará e enxugará dos olhos toda lágrima.
Pós-milenismo
1.Morte de Jesus. 2. Tribulação (70 d.C.). 3.Milênio. 4. Retorno de Jesus. 5. Eternidade.
Segundo o Pós-milenismo, o Reino de Deus está presente hoje e segue avançando até o retorno de
Jesus. Essa expansão do Reino traz uma realidade presente de paz e prosperidade para uma terra
cristianizada. A essa realidade chamamos Milênio. O mal não é aniquilado, mas, sim, reduzido
conforme influência espiritual, e a Igreja se tornará mais importante, principalmente dentro de
contextos sociais, econômicos, políticos etc. Então, no fim desta era presente, Jesus retorna, ressuscita
todos os mortos, justos e injustos, e começa o Juízo Final.
O Pós-milenismo foi defendido principalmente entre os puritanos. Ele teve fases de ascensão durante
toda a história da Igreja e também foi a visão predominante na Igreja durante os séculos XVIII e XIX.
Ensinado por Johnathan Edwards, Charles Hogde, John Rushdoony e João Calvino, foi, mais tarde,
adotado por liberais, por influência do Humanismo, de modo que sofreu declínio durante o século XX.
As duas guerras mundiais também colaboraram para o declínio do Pós-milenismo.
Amilenismo
1.Morte de Cristo e prisão de Satanás; 2. Reinado Messiânico e sinais dos tempos; 3. Grande
Tribulação e soltura de Satanás; 4. Volta de Jesus;
Segundo o Amilenismo, Apocalipse 20 é uma descrição do Reino de Cristo com Seus santos, uma
Igreja militante ligada na terra como no céu, mas com poucas manifestações sobrenaturais visíveis.
A era presente é caracterizada pelo sofrimento predito por Jesus e é seguida pela Segunda Vinda de
Jesus, quando acontece uma ressurreição geral e o último julgamento antes dos novos céus e nova
terra. O Amilenismo alega que o Reino de Deus é manifesto em nós e através de nós, e nós, por meio
de uma vida de provações, testemunhamos a Cristo. Para o amilenista, o acorrentamento de Satanás,
descrito em Apocalipse 20, fala de toda a era da Igreja e do Evangelho, em que vivemos.
Foi originalmente pensado durante a Igreja primitiva, tendo Santo Agostinho como sua referência e
Orígenes como seu cabeça, que influencia a Igreja durante toda a Idade Média até à Reforma
Protestante, no início do século XVI. Alguns amilenistas não gostam do termo, pois prefixo “–a”
significa “não”. Jay Adams sugere a expressões “milênio realizado” ou “escatologia realizada”.
Foi ensinado, durante o século XX, por Louis Berkhof, Anthony Hoekema, Cornelis Venema, Kim
Riddlebarger, Sam Storms e Herman Bavinck.
pré-milenismo
1.Morte de Cristo, 2. Era da Igreja e Grande Tribulação; 3. Volta de Jesus e Ressurreição dos crentes;
4. Batalha do Armagedom; 5. Milênio; 6. Fim do Milênio e Julgamento do Trono Branco; 7 Eternidade.
Conforme o Pré-milenismo Histórico, a Segunda Vinda acontece após sinais claros, como descritos
em Mateus 24. Cristo reinará pessoalmente, e Seu Reino não será estabelecido pela conversão, mas,
sim, de forma irresistível. A natureza participará das bênçãos do Milênio, produzindo com abundância.
Os judeus se converterão em massa e terão papel fundamental no contexto do retorno de Jesus. O
Pré-milenismo nasceu na Igreja do primeiro século e interpreta as palavras de Jesus e dos apóstolos
de forma literal.
Foi ensinado por homens como Irineu de Lyon, Justino Mártir, Papias, e continua sendo ensinado até
hoje, mesmo que com algumas mutações ao longo do tempo. O mais notável nome do Pré-
milenismo Histórico no século XX foi George Eldon Ladd, o qual trouxe a ideia do “Já, e ainda não”,
referindo-se à realidade do Reino de Deus.
Durante o século XXI, o Pré-milenisno Histórico teve a criação de uma vertente chamada Pré-
milenismo Dispensacionalista, que hoje é majoritária nas Américas.
O QUE NOS SEPARA
O que nos separa é principalmente a maneira como vemos Israel e o seu papel no fim dos tempos.
1. Amilenismo
Crê que a Igreja substitui Israel, e agora o Israel de Deus é formado por gentios e judeus gentios.
2. Pré-milenismo
Crê que Israel é peça central e fundamental na história da redenção, e que é nosso dever olhar para
essa nação e para esse povo.
3. Pós-milenismo
Crê que somos o Israel de Deus e que a nação de Israel deve ser alcançada pela graça de Jesus.
O QUE NOS SEPARA
A maneira como interpretamos as profecias também nos influencia a que optemos por uma o outra
linha escatológica.
1. Amilenismo
Preterismo: as profecias já se cumpriram.
2. Pré-milenismo
Futurista: as profecias se cumprirão.
3. Pós-milenismo
Historisticista: as profecias estão se cumprindo ao longo da História.
O QUE NOS UNE
Creio em Deus Pai Todo-poderoso,

Criador dos céus e da terra;
E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor;
O qual foi concebido por obra do Espírito Santo;
Nasceu da virgem Maria;
Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos;
Foi crucificado, morto e sepultado;
E ao terceiro dia, ressurgiu dos mortos;
Subiu ao céu e está assentado à destra de Deus Pai, Todo-poderoso,
de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos;
Creio no Espírito Santo,
Na Santa Igreja de Cristo,
Na comunhão dos santos,
Na remissão dos pecados,
Na ressurreição do corpo
E na vida eterna. Amém.
conclusão
O fim da Escatologia é preparar uma Noiva hoje para um futuro com Cristo. No fim, Deus quer
retornar à terra, para habitar com os homens para sempre, como um dia foi no Éden.
“No essencial, unidade; no não essencial, liberdade; e, acima de tudo, o amor”.

(Rupertus Meldenius)
dica de leitura
Escatologia Essencial, por
Victor Vieira
a grande tribulação
e a igreja gloriosa
ALDAIR QUEIROZ
O SERMÃO PROFÉTICO DE JESUS

Para começarmos a entender a respeito da Grande Tribulação, é imprescindível a leitura do Sermão
Profético de Jesus, que se encontra em Mateus 24:
Assim, quando vocês virem “o sacrilégio terrível”, do qual falou o profeta Daniel, no lugar
santo — quem lê, entenda — então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes.
Quem estiver no telhado de sua casa não desça para tirar dela coisa alguma. Quem
estiver no campo não volte para pegar seu manto. Como serão terríveis aqueles dias
para as grávidas e para as que estiverem amamentando! Orem para que a fuga de
vocês não aconteça no inverno nem no sábado. Porque haverá então grande tribulação,
como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. Se
aqueles dias não fossem abreviados, ninguém sobreviveria; mas, por causa dos eleitos,
aqueles dias serão abreviados. Se, então, alguém lhes disser: “Vejam, aqui está o
Cristo!” ou: “Ali está ele!”, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas
que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos.
Vejam que eu os avisei antecipadamente. Assim, se alguém lhes disser: “Ele está lá, no
deserto!”, não saiam; ou: “Ali está ele, dentro da casa!”, não acreditem. Porque assim
como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho
do homem. Onde houver um cadáver, aí se ajuntarão os abutres. (Mateus 24:15—28).
a grande tribulação
- Em se tratando do fim, o Arrebatamento e a Grande Tribulação já foram os assuntos mais polêmicos

e comentados.
- A teologia cristã trata da Grande Tribulação como parte de um conjunto de eventos a respeito do
fim. Lê-se a respeito dela nos profetas, nos Salmos, nos Evangelhos e nos apóstolos. No entanto, ela
não é o ápice do fim.
- A Grande Tribulação é o período da História em que a maldade atinge o seu ápice, a sua plenitude,
mas também em que a Igreja viverá sua época mais gloriosa. Assim como foi no Êxodo e em Atos,
será, em maior proporção, no fim. Êxodo e Atos serão combinados na Grande Tribulação, de modo
que a Igreja caminhará em santidade cada vez maior, livramentos da parte de Deus, e também em
sinais e maravilhas. Assim, não se deve olhar para a Grande Tribulação como algo amedrontador, mas,
sim, como um evento que gera em nós um anseio ainda maior pelo retorno de Jesus. Ao mesmo
tempo que as tribulações aumentarão, a paixão pelo Senhor se intensificará.
- De acordo com o Pré-milenismo Histórico, a Grande Tribulação faz parte do “grande e temível Dia do
Senhor”, que começa na Grande Tribulação e vai até o final do Milênio. Assim, o Dia do Senhor não fala
apenas do dia específico em que Jesus retornará, mas também da preparação da Igreja até que Ele
venha.
quando?
O maior sinal de que a Grande Tribulação começou é a revelação do filho da perdição, o homem do
pecado, isto é, o Anticristo. No entanto, a Igreja não deve desejar o Arrebatamento para estar longe do
Anticristo no fim desta era; ela deve mudar a perspectiva e aguardar ansiosamente pelo
Arrebatamento em virtude do Noivo, que vem com ela se casar e restaurar todas as coisas.
Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia
e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se
exalta acima de tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, a ponto de se
assentar no santuário de Deus, proclamando que ele mesmo é Deus. Não se lembram
de que quando eu ainda estava com vocês costumava lhes falar essas coisas? E agora
vocês sabem o que o está detendo, para que ele seja revelado no seu devido tempo. A
verdade é que o mistério da iniqüidade já está em ação, restando apenas que seja
afastado aquele que agora o detém. Então será revelado o perverso, a quem o Senhor
Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda. A
vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com
maravilhas enganadoras. Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os
que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por
essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam
condenados todos os que não creram na verdade, mas tiveram prazer na injustiça. (2
Tessalonicenses 2:3—12)
Quanto à Igreja passar pela Grande Tribulação, isso faz muito sentido, visto que, em nenhum
momento da História, o Senhor privou o Seu povo do sofrimento. De fato, Deus, o causador dos
eventos do fim, usará a Grande Tribulação para trazer juízo sobre o mal e purificar a Sua Igreja e fazer
dela gloriosa: "Alguns dos sábios tropeçarão para que sejam refinados, purificados e alvejados até a
época do fim, pois isso só virá no tempo determinado." (Daniel 11:35)
duração
A Grande Tribulação durará 1260 dias, ou 42 meses, ou 3 anos e meio, ou 3 dias e meio, ou tempos,
tempo e meio tempo, ou metade da semana:
Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as
leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo.
(Daniel 7:25)
Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana. No meio da semana ele dará
fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até
que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado. (Daniel 9:27)
O homem vestido de linho, que estava acima das águas do rio, ergueu para o céu a mão
direita e a mão esquerda, e eu o ouvi jurar por aquele que vive para sempre, dizendo:
“Haverá um tempo, tempos e meio tempo. Quando o poder do povo santo for finalmente
quebrado, todas essas coisas se cumprirão”. (Daniel 12:7)
Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e
sessenta dias, vestidas de pano de saco. (Apocalipse 11:3)
A mulher fugiu para o deserto, para um lugar que lhe havia sido preparado por Deus,
para que ali a sustentassem durante mil duzentos e sessenta dias. (Apocalipse 12:6)
FRUTOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO
1. Purificação da Igreja
A igreja da grande tribulação: Se parece mais com Jesus, deseja mais Jesus do que nunca antes, vai
amar a Deus mais do que sua própria vida, carregar o testemunho de Jesus em sua própria vida.
Na Grande Tribulação, ver-se-á a Igreja verdadeira, aquela que ama a Jesus e não teme a morte, uma
vez que já está crucificada com Cristo.
Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deram; diante da morte,
não amaram a própria vida. (Apocalipse 12:11)
2. Maior colheita de almas da História
Depois disso olhei, e diante de mim estava uma grande multidão que ninguém podia
contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé, diante do trono e do Cordeiro,
com vestes brancas e segurando palmas. (Apocalipse 7:9)
E lhes disse: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam
ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita”. (Lucas 10:2)
3. Salvação de Israel
Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia
e, então, será revelado o homem do pecado, o filho da perdição. (2 Tessalonicenses 2:3)
POR QUAL JESUS A IGREJA DOS ÚLTIMOS DIAS

AGUARDA?
Quanto mais a Igreja vê desolação, injustiça, sangue e destruição, mais cresce no seu coração o desejo
por justiça. A Igreja da Grande Tribulação tem fome e sede de justiça e por isso anseia por Jesus, que é
o único que pode estabelecer justiça sobre a terra. Mas Jesus não virá segundo a cultura pop; antes,
virá para trazer juízo:
Vi o céu aberto e diante de mim um cavalo branco, cujo cavaleiro se chama Fiel e
Verdadeiro. Ele julga e guerreia com justiça. Seus olhos são como chamas de fogo, e em
sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. Está
vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus. Os exércitos
do céu o seguiam, vestidos de linho fino, branco e puro, e montados em cavalos
brancos. De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. “Ele as governará com
cetro de ferro”. Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-
poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome:
REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.
(Apocalipse 19:11—16)
O retorno de Jesus fala de vingança:
Quem é aquele que vem de Edom, que vem de Bozra, com as roupas tingidas de
vermelho? Quem é aquele que, num manto de esplendor, avança a passos largos na
grandeza da sua força? “Sou eu, que falo com retidão, poderoso para salvar”. Por que
tuas roupas estão vermelhas, como as de quem pisa uvas no lagar? “Sozinho pisei uvas
no lagar; das nações ninguém esteve comigo. Eu os pisoteei na minha ira e os pisei na
minha indignação; o sangue deles respingou na minha roupa, e eu manchei toda a
minha veste. Pois o dia da vingança estava no meu coração, e chegou o ano da minha
redenção”. (Isaías 63:1—4)
dica de leitura
Páscoa — A Chave para

Abrir o Livro do
Apocalipse, de Dan
Juster.
o reino milenar
VICTOR VIEIRA
INTRODUÇÃO
O ponto sobre o qual mais se diverge no que diz respeito ao fim dos tempos é o Milênio. E a maneira
como vemos o Milênio define a maneira como lemos todo o restante da Bíblia. A compreensão que se
tem da passagem de Apocalipse 20:1—6 define as lentes através das quais lemos toda a Bíblia.
O MILÊNIO É LITERAL?
Se o Milênio não for literal, então Deus é mentiroso, logo, não podemos dar crédito a tudo o que Ele
diz. Se o Milênio for simbólico, o que mais pode ser? Qual é o limite entre o literal e o simbólico? Se as
palavras acerca do que Deus prometeu que irá fazer forem simbólicas, ao que mais podemos nos
apegar? Assim como a ressurreição literal de Jesus produz salvação eterna para nós, o Milênio literal
garante tudo aquilo que Deus prometeu que faria. Se a Ressurreição fosse simbólica, nossa salvação
poderia ser contestada, mas, justamente por ela ser literal, podemos ter plena confiança na realidade
da nossa salvação.
Em outras palavras, não crer no Milênio literal, isto não é, não ter expectativa quanto ao cumprimento
exato das palavras que as Escrituras nos trazem acerca do Reino vindouro, não crer nas promessas
feitas a Abraão, Isaque, Jacó, Davi, Jesus, isso é o mesmo que considerar Deus como sendo
esquizofrênico, alguém que não quer dizer o que diz, que não garante o que propõe. Em qual Deus
nós cremos: em um Deus que fala e cumpre, ou em um Deus cujas promessas talvez se cumpram?
Assim, sem um Milênio literal, não sabemos quem Deus é.
Há quem diga que o Milênio não é literal pelo fato de não haver uma doutrina na Bíblia que ensine
acerca de um Milênio literal, uma vez que os mil anos só aparecem uma vez nas Escrituras. No
entanto, em apenas seis versículos, a expressão “mil anos” aparece sete vezes, o que configura uma
ênfase.
AS PROMESSAS DE DEUS
AS PROMESSAS DE DEUS
Uma leitura honesta das Escrituras nos mostra que as promessas feitas ao povo de Israel na Aliança
Mosaica são condicionais, isto é, se cumprem se e quando — se o povo é fiel, o povo é abençoado; se
desobediente, amaldiçoado —, ao passo que as promessas feitas a Abraão são incondicionais, pois a
Aliança feita com ele é unilateral, de modo que Deus é o único responsável por trazer à existência o
que foi prometido, sem qualquer auxílio da parte do homem. Por conseguinte, as promessas feitas a
Davi e ratificadas por meio dos profetas, uma vez que aludem às promessas feitas a Abraão, e não às
feitas a Moisés, são incondicionais, pois são unilaterais.
Mas quando o plano de Deus será consumado? Quando as promessas feitas a Abraão e ratificadas ao
longo de toda a Bíblia, acerca de um povo, uma nação, uma terra e bênçãos por meio do povo a toda
a terra, se tornarão realidade? Se elas são literais, e de fato o são, muitos eventos ainda precisam
acontecer. Daí o drama que lemos a partir de Apocalipse 19, quando Jesus volta à terra e destrói os
poderes das trevas e estabelece o Seu Reino juntamente com os santos, que reinam com Ele. É no
final das Escrituras que vemos as promessas literais literalmente se cumprindo, promessas estas que
foram feitas também a Jesus, que morreu e ressuscitou sem que visse o seu cumprimento, assim
como foi com muitos outros (ver Hebreus 11).
Precisamos entender que muitas das promessas que o Senhor nos fez podem vir a se cumprir no
Milênio, na continuação da História pós-Ressurreição. O melhor da vida está reservado para o que
vem depois da morte: Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os
homens somos os mais dignos de compaixão. (1 Coríntios 15:19)
a esperança do cristão
Se o melhor da vida está reservado para o que vem depois da morte, então nossa esperança não deve
estar aqui, mas, sim, na eternidade, naquilo que vem depois da Ressurreição, que é muito superior a
tudo quanto a vida aqui na terra pode nos oferecer: "Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê,
mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno." (2 Coríntios 4:18)
É por isso que os cristãos do primeiro século eram imparáveis; eles não tinham medo da morte: Não
tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo
daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno. (Mateus 10:28)
UMA ANÁLISE DE APOCALIPSE 20
Vi descer do céu um anjo que trazia na mão a chave do abismo e uma grande corrente.
Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o acorrentou por mil
anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, para assim impedi-lo de
enganar as nações até que terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele
seja solto por um pouco de tempo. Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem
havia sido dada autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa
do testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a
sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles
ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos. (O restante dos mortos não voltou
a viver até se completarem os mil anos.) Esta é a primeira ressurreição. Felizes e santos
os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles;
serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante mil anos.
(Apocalipse 20:1—6)
Versículos 1,2: Se Satanás já está preso e o Milênio é agora, o Milênio é uma decepção;
Versículo 3: As nações ainda estão sendo enganadas, de modo que o Milênio, obviamente não é
agora;
Versículo 4a: Não conseguimos julgar sequer uns aos outros, como podemos dizer
que o Milênio é agora e temos autoridade para julgar?;
Versículo 4b: Se a besta for simbólica e o Milênio é agora, então o evento da marca da
besta já aconteceu, mas não o percebemos, de modo que não conseguimos nos
encontrar na narrativa de Deus;
Versículo 4c: Se o Milênio é agora, quando foi a ressurreição? A Ressurreição seria
simbólica?;
Versículo 5: Aqui, o apóstolo João fala de duas ressurreições: primeiro, a dos santos;
depois, a dos ímpios;
Versículo 6: Finalmente, João fala sobre os que participam da primeira ressurreição;
Versículo 7: Mais uma vez, a menção da expressão “mil anos”.
Apocalipse 20:11—15: Essa porção fala da segunda ressurreição, a saber, dos ímpios.
Portanto, o Reino Milenar é inaugurado e encerrado por duas ressurreições: a dos santos, no início, e a
dos ímpios, no fim.
alguns aspectos do milênio
Em essência, o Milênio em que todas as promessas de Deus feitas aos patriarcas, a Davi, aos profetas,
e a Jesus se cumprem em sua plenitude. É também no Milênio que todas as coisas, tanto as celestiais
quanto as terrenas, convergem em Jesus, que será o centro de tudo (ver Efésios 1:10).
Quanto à vida natural, ela não é descontinuada, mas, sim, otimizada pela glorificação dos corpos.
Seremos quem somos para sempre, porém com a glória com que seremos revestidos na
Ressurreição. Uma boa ilustração de como será são os quarenta dias em que Jesus esteve na terra
ressurreto (ver Lucas 24): Ele conversa, tem lembranças, vai e vem, come, usa roupas, tem as feridas
da crucificação, atravessa paredes, desaparece e aparece em outro lugar num piscar de olhos etc.
No Reino Milenar, seremos recompensados e reposicionados em posições de autoridade e governo,

juntamente com Cristo, à luz de como vivemos hoje. A maneira como vivemos hoje define a maneira
como viveremos no Reino Milenar. Deus recompensa obediência, humildade e mansidão, não
resultados ministeriais. Portanto, não devemos nos preocupar com o que fazemos para Deus, mas,
sim, com como o fazemos. Uma dona de casa obediente, humildade e mansa pode ser muito mais
resplandecente do que um grande pregador desobediente e orgulhoso.
No Reino Milenar, as bênçãos das bem-aventuranças são derramadas sobre os santos. É no Milênio
que os humilhados serão exaltados, que os que choram serão consolados, que os mansos herdarão a
terra, enfim, que cada um será recompensado de acordo com seu amor por Jesus. O Milênio existe
para vindicar tudo quanto foi prometido por Deus.
A dificuldade que temos de lidar com a realidade de um Milênio literal na terra reside no fato de que,
influenciados por uma cosmovisão grega, olhamos para o que é material e desprezamos, esquecendo
que, quando Deus olhou para o mundo que havia criado e para o homem, Ele viu que era muito bom.
Na verdade, o que era muito bom ficará ainda melhor no Milênio. O sobrenatural não é superior ao
natural; Deus deseja revestir o material do sobrenatural, para que o material seja otimizado, não
desprezado.
O MILÊNIO EM ISAÍAS 65
No Milênio, inicia-se o processo de criação de novos céus e nova terra. Ou seja, quando, Jesus retornar
à terra, as ruas ainda não serão de ouro. Os novos céus e nova terra estarão prontos no fim do Milênio,
quando, então, Deus virá habitar com o homem para sempre (v. 13a).
Quanto às lembranças desta vida (v. 13b), não perderemos a memória. O que será esquecido são as
dores e os sofrimentos experimentados. Quanto, por exemplo, à morte de alguém que não conheceu
o Senhor, nós nos lembraremos, mas sem dor, pois veremos tudo segundo a perspectiva de Deus, que
é justo em todos os Seus caminhos.
Também no Milênio, enquanto são criados os novos céus e nova terra, aqueles que não foram mortos
pelos eventos da Grande Tribulação nem foram glorificados, a qualidade de vida se aumentará
exponencialmente, de modo que quem morrer aos cem anos terá morrido jovem. No processo de
restauração de todas as coisas, a vida natural continuará (vv. 20—23).
Outro aspecto importante é o aumento da qualidade da nossa vida de oração (v. 24). O Milênio é o
momento em que a terra voltará a se parecer com o Éden (v. 25).
O ESTADO ETERNO (APOCALIPSE 21, 22)

O Milênio não é o estado eterno; este se inicia após o fim daquele. O aspecto mais importante do
estado eterno é o fato de que Deus habitará com os homens para sempre, como foi no Éden, e Ele
será tudo em todos (ver 1 Coríntios 15:28). O plano de Deus não mudou, mas se cumprirá.
conclusão
Diante de todas essas coisas, entendemos que ainda não estamos vivendo o Milênio. Mas isso não
quer dizer que devemos relaxar e esperar passivamente. Antes, devemos viver agora entendendo que
a maneira como vivemos hoje refletirá diretamente na maneira como viveremos no Milênio.
dica de leitura
Mil Anos com Jesus, de

Matthew Bryce Ervin.
O Esilo de Vida à Luz

do Fim dos Tempos
WEBB VENGA
INTRODUÇÃO
Depois de tudo quanto aprendemos ao longo da semana, é necessário que nos posicionemos. O
ensino acerca do Fim dos Tempos, mais do que nos impressionar, deve nos levar a um novo estilo de
vida. Conhecer o amanhã deve me levar a mudar hoje. Assim, como diz o Espírito Santo:
“Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de
provação no deserto, onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de,
durante quarenta anos, terem visto o que eu fiz”. Pelo contrário, encorajem-se uns aos outros todos
os dias, durante o tempo que se chama “hoje”, de modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo
engano do pecado. (Hebreus 3:7—9,13).
um sermão para a igreja

Quando lemos o Sermão Profético de Jesus, em Mateus 24, percebemos que Jesus dirigiu-Se não aos
gentios, mas, sim, aos Seus discípulos, em particular, de modo que as palavras deste ensino são úteis
para nós, a Igreja:
Tendo Jesus se assentado no monte das Oliveiras, os discípulos dirigiram-se a ele em particular...
(Mateus 24:3 — grifo nosso)
DORES
Quando Jesus fala do início das dores, Ele faz alusão a uma mulher grávida. Quando perto de dar à
luz, a mulher começa a sentir dores, as chamadas contrações. Elas se repetem em intervalos de
tempo cada vez menores e com intensidade cada vez maior.
Assim, no começo, é possível que nem se percebam as dores. Depois, por mais que o mundo não veja,
a Igreja estará ciente, pois já foi avisada pelo Senhor.
Quando a Grande Tribulação começar, e as contrações acontecerem com mais frequência e cada vez
mais fortes, a Igreja sofrerá perseguição, pois será tremendamente odiada. Então se verão os sinais
descritos em Mateus 24 acontecendo, até que Jesus venha e enxugue do olho toda lágrima.
(Apocalipse 7:9,13,14)
Assim, conhecer do futuro, isto é, saber que Jesus voltará e consolará aqueles que por Ele sofreram,
isso deve ser suficiente para que nos posicionemos hoje, mesmo em face da morte.
O ESTILO DE VIDA À LUZ DO FIM DOS TEMPOS

O estilo de vida daquele que vive à luz do fim dos tempos é de vigilância e oração:
“Tenham cuidado, para que os seus corações não fiquem carregados de libertinagem,
bebedeira e ansiedades da vida, e aquele dia venha sobre vocês inesperadamente.
Porque ele virá sobre todos os que vivem na face de toda a terra. Estejam sempre
atentos e orem para que vocês possam escapar de tudo o que está para acontecer, e
estar de pé diante do Filho do homem”. (Lucas 21:34—36 — grifo nosso)
Como vigiamos? Estudando o caminho do Senhor. Daí a importância de estudarmos o Sermão do

Monte, que é a constituição do Reino de Deus, e a Doutrina dos Apóstolos. O texto de Lucas 18:1—8, no
qual lemos uma parábola acerca do dever de orar sempre e nunca desfalecer, isto é, nunca desanimar
e para de orar, está inserido em um contexto que trata do fim dos tempos. Ela começa com uma
conjunção coordenativa conclusiva, o seja, um conectivo que tem sentido de conclusão — “então”:
Depois disse aos seus discípulos: “Chegará o tempo em que vocês desejarão ver um
dos dias do Filho do homem, mas não verão. Dirão a vocês: ‘Lá está ele!’ ou ‘Aqui está!’
Não se apressem em segui-los. Pois o Filho do homem no seu dia será como o
relâmpago cujo brilho vai de uma extremidade à outra do céu. Mas antes é necessário
que ele sofra muito e seja rejeitado por esta geração. Assim como foi nos dias de Noé,
também será nos dias do Filho do homem. O povo vivia comendo, bebendo, casando-se
e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio
e os destruiu a todos. Aconteceu a mesma coisa nos dias de Ló. O povo estava
comendo e bebendo, comprando e vendendo, plantando e construindo. Mas no dia em
que Ló saiu de Sodoma, choveu fogo e enxofre do céu e os destruiu a todos. Acontecerá
exatamente assim no dia em que o Filho do homem for revelado. Naquele dia, quem
estiver no telhado de sua casa, não deve desça para apanhar os seus bens dentro de
casa. Semelhantemente, quem estiver no campo, não deve voltar atrás por coisa
alguma. Lembrem-se da mulher de Ló! Quem tentar conservar a sua vida a perderá, e
quem perder a sua vida a preservará. Eu lhes digo: naquela noite duas pessoas estarão
numa cama; uma será tirada e a outra deixada. Duas mulheres estarão moendo trigo
juntas; uma será tirada e a outra deixada. Duas pessoas estarão no campo; uma será
tirada e a outra deixada”. “Onde, Senhor?”, perguntaram eles. Ele respondeu: “Onde
houver um cadáver, ali se ajuntarão os abutres”. Então Jesus contou aos seus discípulos
uma parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.
(Lucas 17:22—37, 18:1 — grifo nosso)
DUAS COLHEITAS
Apocalipse 14 fala de duas colheitas. A primeira é a colheita dos santos:
Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e
permanecem fiéis a Jesus. Então ouvi uma voz do céu dizendo: “Escreva: Felizes os
mortos que morrem no Senhor de agora em diante”. Diz o Espírito: “Sim, eles
descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão”. Olhei, e diante de mim
estava uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, alguém “semelhante a um filho
de homem”. Ele estava com uma coroa de ouro na cabeça e uma foice afiada na mão.
Então saiu do santuário um outro anjo, que bradou em alta voz àquele que estava
assentado sobre a nuvem: “Tome a sua foice e faça a colheita, pois a safra da terra está
madura; chegou a hora de colhê-la”. Assim, aquele que estava assentado sobre a nuvem
passou sua foice pela terra, e a terra foi ceifada. (vv. 12—16)
Já a segunda é a colheita dos que serão pisados por Jesus:

Outro anjo saiu do santuário do céu, trazendo também uma foice afiada. E ainda outro
anjo, que tem autoridade sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz àquele que
tinha a foice afiada: “Tome sua foice afiada e ajunte os cachos de uva da videira da terra,
porque as suas uvas estão maduras!” O anjo passou a foice pela terra, ajuntou as uvas e
as lançou no grande lagar da ira de Deus. Elas foram pisadas no lagar, fora da cidade, e
correu sangue do lagar, chegando ao nível dos freios dos cavalos, numa distância de
cerca de trezentos quilômetros. (vv. 17—20)
Assim, para que participemos da primeira colheita, e não sejamos pisados por Jesus, faz-se necessário
que oremos e vigiemos, que vivamos o estilo de vida à luz do fim que o Senhor nos ensinou.
O ÓLEO DA INTIMIDADE
Depois do Sermão Profético de Jesus em Mateus 24, agora, no capítulo 25, o Senhor nos conta uma
parábola no mesmo contexto, isto é, no contexto do fim dos tempos:
O Reino dos céus, pois, será semelhante a dez virgens que pegaram suas candeias e
saíram para encontrar-se com o noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco eram
prudentes. As insensatas pegaram suas candeias, mas não levaram óleo consigo. As
prudentes, porém, levaram óleo em vasilhas juntamente com suas candeias. O noivo
demorou a chegar, e todas ficaram com sono e adormeceram. À meia-noite, ouviu-se um
grito: “O noivo se aproxima! Saiam para encontrá-lo!” Então todas as virgens acordaram
e prepararam suas candeias. As insensatas disseram às prudentes: “Dêem-nos um
pouco do seu óleo, pois as nossas candeias estão se apagando”. Elas responderam:
“Não, pois pode ser que não haja o suficiente para nós e para vocês. Vão comprar óleo
para vocês”. E saindo elas para comprar o óleo, chegou o noivo. As virgens que estavam
preparadas entraram com ele para o banquete nupcial. E a porta foi fechada. Mais tarde
vieram também as outras e disseram: “Senhor! Senhor! Abra a porta para nós!” Mas ele
respondeu: “A verdade é que não as conheço!”
Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora! (vv. 1—13)
Nesta parábola, o Reino dos Céus fala da Igreja, as 10 virgens representam todos os crentes, as
lâmpadas são a exteriorização da salvação, e o óleo aponta para a intimidade dos santos com o Noivo
Jesus. Todos têm uma lâmpada, e é fácil ter uma lâmpada apagada durante o dia, pois a luz do dia
nos ajuda a enxergar. Mas, quando a noite chegar, só quem cultivou óleo poderá alimentar o fogo da
sua noite.
Assim, todos podem ter lâmpadas, isto é, milhares de seguidores, milhões de likes, aplausos sem fim,
elogios e honras humanas... Mas ela só será útil à noite para nos levar ao Noivo se for alimentada com
óleo. Em outras palavras, de nada nos valerá o ministério e aquilo que se pode ver sem que
cultivemos um relacionamento íntimo e sincero com o nosso Amado, o Noivo Jesus. No fim dos
tempos, ter um ministério não será suficiente para que O encontremos, pois, quando a noite chegar, é
o fogo que nos guiará, e o fogo precisa ser mantido por meio do óleo. Precisamos entender que uma
lâmpada sem óleo é um ídolo; ela pode até ser adorada, mas não serve para nada. O chamado da
Igreja é cultivar óleo, para que aquilo que foi dado durante o dia não se torne um ídolo, mas tenha
valia quando a noite chegar. Durante o dia, produz-se o óleo.
Durante a noite, tem-se o fogo.
Quando o Noivo chegar, quem produziu óleo terá fogo para enxergar e encontrar-se com Ele. O ápice
da vida da Noiva é encontra-se com o Noivo, de modo que ela se prepara para isso. Quanto à
transferência de óleo, ela não existe. Intimidade se produz, mas não se compartilha. Ninguém pode
emprestar um relacionamento íntimo com quem quer que seja. Por isso, se queremos viver o ápice
de nossas vidas, que é encontrar-nos com o nosso Amado naquele grande Dia, então devemos, hoje,
cultivarmos um relacionamento de intimidade com Ele; precisamos, hoje, cultivar óleo, para que
amanhã tenhamos fogo na lâmpada e possamos sair à noite ao Seu encontro.
Note também que a conclusão à que o Senhor chega, após a parábola é a seguinte: “Vigiem, porque
vocês não sabem o dia nem a hora!”. Mais uma vez, lemos que o estilo de vida de alguém que vive à
luz do fim dos tempos implica vigilância. Precisamos vigiar!
O DEVER DE ORAR SEMPRE E NUNCA DESFALECER
Então Jesus contou aos seus discípulos uma parábola, para mostrar-lhes que
eles deviam orar sempre e nunca desanimar. (Lucas 18:1 — grifo nosso)
A oração é uma obrigação no fim dos tempos, pois, sem conversa, não há relacionamento; sem
relacionamento, o coração começa a palpitar por outros. E então o homem entra para a estatística
daqueles cujo amor se esfriou.
Depois da parábola, Jesus nos faz uma pergunta tão atual quanto no dia em que os discípulos a
ouviram: "Quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra?" (Lucas 18:8b)
Precisamos analisar nossa vida de oração e ser honestos: quando o Filho do homem vier, encontrará
fé em nossas vidas? Teremos vivido uma vida de vigilância e oração? Teremos cultivado óleo o
suficiente para que tenhamos nossas lâmpadas bem acesas e caminhemos rumo àquEle a quem
chamamos Amado? Teremos estudado o Sermão do Monte e, mais do que isso, teremos vivido o
ensino dele e, assim, construído nossa casa sobre a Rocha?
Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente
que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram
os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na
rocha. (Mateus 7:24,25)
conclusão
Aprender tudo quanto aprendemos é como ganhar uma lâmpada. Levar o que aprendemos para o
lugar de Oração é cultivar o óleo para que possamos acendê-la.
dica de leitura
7 Compromissos Para o
Crescimento Espiritual,
de Mike Bickle e Brian
Kim.
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QUANDO A PEREGRINAÇÃO CHEGA AO FIM

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Irmãos, quanto aos tempos e épocas, não precisamos escrever-lhes. (1 Tessalonicenses5:1)

Preocupamo-nos demasiadamente com questões como o Arrebatamento, quando a Bíblia contém

Assim, acabamos não compreendendo coisas importantes e, consequentemente, o plano de Deus.

O SERMÃO PROFÉTICO DE JESUS

A ESPERANÇA NA HISTÓRIA DA IGREJA E AS

Tentativas de entender como e quando a História será consumada levaram os cristãos a

1.Morte de Jesus. 2. Tribulação (70 d.C.). 3.Milênio. 4. Retorno de Jesus. 5. Eternidade.

O QUE NOS SEPARA

O QUE NOS SEPARA

O QUE NOS UNE

Creio em Deus Pai Todo-poderoso,

“No essencial, unidade; no não essencial, liberdade; e, acima de tudo, o amor”.

O SERMÃO PROFÉTICO DE JESUS

- Em se tratando do fim, o Arrebatamento e a Grande Tribulação já foram os assuntos mais polêmicos

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FRUTOS DA GRANDE TRIBULAÇÃO

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Páscoa — A Chave para

UMA ANÁLISE DE APOCALIPSE 20

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O ESTADO ETERNO (APOCALIPSE 21, 22)

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O Esilo de Vida à Luz

um sermão para a igreja

O ESTILO DE VIDA À LUZ DO FIM DOS TEMPOS

Como vigiamos? Estudando o caminho do Senhor. Daí a importância de estudarmos o Sermão do

Apocalipse 14 fala de duas colheitas. A primeira é a colheita dos santos:

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O DEVER DE ORAR SEMPRE E NUNCA DESFALECER

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