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RELATÓRIO DIA 03/02/2022

DADOS DE FECHAMENTO DIA: 02/02/2022

ATIVO FECHAMENTO EM 02/02 FECHAMENTO EM 01/02 VARIAÇÃO DIA VARIAÇÃO MÊS VARIAÇÃO NO ANO

IBOVESPA 111.894,36 113.228,31 -1,18% -1,18% -0,22% -0,22% 6,75%


DÓLAR / REAL 5,26 5,27 -0,21% -0,21% -0,82% -0,82% -5,53%
JUROS PRÉ JAN/2027 (TAXA*) 10,96% 11,08% -0,12% -1,08% -0,24% (0,00) 0,25%
SP500 4.589,38 4.546,54 0,94% 0,94% 1,64% 1,64% -3,96%
NASDAQ 14.417,55 14.346,00 0,50% 0,50% 1,25% 1,25% -8,41%
EURO 1,13 1,13 0,28% 0,28% 0,65% 0,65% -0,17%
OURO 1.806,95 1.800,96 0,33% 0,33% 0,49% 0,49% -0,41%
AÇÃO VALE3 85,79 85,31 0,56% 0,56% 6,08% 6,08% 10,04%
AÇÃO PETR4 32,52 33,00 -1,45% -1,45% 0,53% 0,53% 14,31%
AÇÃO ITUB4 25,09 25,49 -1,57% -1,57% -0,87% -0,87% ; 19,93%

CDI EFETIVO DIA (TAXA ANO) 9,15% IPCA ACUMULADO 12 MESES 10,74% RESUMO DAS NOTÍCIAS DO DIA: Após consecutivas altas, o Ibovespa
CDI ACUMULADO MÊS 0,07% IPCA ACUMULADO MÊS 0,73% sofreu queda de 1,18% no dia de ontem e fechou a 111.894 pontos. O
CDI ACUMULADO ANO 0,84% IPCA ACUMULADO ANO 10,06% preço internacional do petróleo ontem não favoreceu as ações ligadas à
*PARA ESTE ATIVO É MOSTRADA A DIFERENÇA NOMINAL DA TAXA NOS PERÍODOS *PARA ESSE ÍNDICE É MOSTRADA A TAXA ACUMULADA FECHADA ATÉ O
essa comodity, que recuaram na sessão. A divulgação dos lucros das
MÊS DE DEZEMBRO. empresas do setor financeiro também contribuiu para a queda, uma vez
que são ações de grande peso em nosso índice.
No exterior, o dia foi positivo. As principais bolsas e índices dos EUA
fecharam em alta. Os ganhos foram liderados pelo S&P que avançou
MAIORES ALTAS IBOVESPA MAIORES QUEDAS IBOVESPA 0,94%.
AÇÃO VARIAÇÃO AÇÃO VARIAÇÃO Nessa quinta, entre as bolsas asiáticas abertas, os índices não seguiram
QUAL3 1,60% BIDI11 -9,54% única direção. Enquanto na Europa, as principais bolsas operam em queda.
CIEL3 1,30% IRBR3 -9,04% O Stoxx 600 recua 0,68% nessa manhã.
BRAP4 1,15% BRFS3 -7,77% O COPOM divulgou ontem a oitava alta consecutiva da SELIC. A Decisão foi
RDOR3 0,89% BPAN4 -7,34% por um aumento de 1,5 pontos percentuais na taxa básica de juros no
Brasil, que foi a 10,75% após a elevação.
GGBR4 0,77% MGLU3 -7,13%
O mercado acompanha hoje a divulgação de dados relativos ao emprego
nos EUA, além de decisões na política monetária para a zona do Euro pelo
Banco Central Europeu.
NÚMERO DE AÇÕES EM ALTA: 13 NÚMERO DE AÇÕES EM QUEDA: 78
PRODUÇÃO INDUSTRIAL SURPREENDE E SOBE
2,9% EM DEZEMBRO. COPOM DECIDIU ELEVAR
TAXA DE JUROS EM 1,5 PONTOS PERCENTUAIS.

A Pesquisa Industrial Mensal divulgada no dia 02 de fevereiro mostrou uma surpreendente elevação da
produção industrial para o mês de dezembro, de 2,9%. Mesmo assim, quando comparada ao mesmo
período do ano anterior, a queda foi de 5%. O resultado obtido foi alavancado principalmente pela
recuperação do setor automobilístico e de informática, que tiveram variação mensal positiva de 12,2%
e 12%. Também ocorreu uma revisão metodológica, o que fez com que o índice de novembro que
apresentava queda de 0,2% agora tenha ficado zerado, ou seja, sem variação alguma entre outubro e
novembro de 2021.
GRÁFICO - VARIAÇÃO MENSAL DA PRODUÇÃO
INDUSTRIAL.

Fonte: Sidra/IBGE.

Mesmo diante de um resultado positivo, o valor acumulado apresentou novo recuo e chegou a 3,9%
ante 4,7% no mês anterior. Com isto, a queda desde o melhor momento da indústria no ano, que foi
em maio, atingiu 70,5%. Isto mostra que, mesmo com avanço em dezembro, a indústria, em termos
gerais, continua com muitos problemas, pois quando comparada ao ano anterior, a produção no mês
de dezembro de 2021 foi 5% menor do que em 2020.
GRÁFICO - VARIAÇÃO ACUMULADA NO ANO DA
PRODUÇÃO INDUSTRIAL.

Fonte: Sidra/IBGE.
O resultado positivo no mês pode ser visto em boa parte dos ramos industriais, o que explica a variação
surpreendentemente elevada em dezembro. Alguns itens que apresentaram problemas durante o ano
todo, como foram os casos das indústrias de alimentos, informática e metalurgia, alcançaram
resultados positivos em dezembro de respectivamente 2,9%, 12% e 3,8%. Outros destaques na área
foram as indústrias madeireira e de vestuários, ambos ramos que já apresentavam certa recuperação
dentro do ano, com elevação de 3,3% e 2,2%. Em relação ao último caso, Vestuários teve um ano
positivo, mas passou por certa instabilidade nos últimos meses.
GRÁFICO - VARIAÇÃO MENSAL DE SETORES
INDUSTRIAIS SELECIONADOS.

Fonte: Sidra/IBGE.

Mesmo com a melhora no último mês, os setores de alimentos e informática fecharam o ano com
resultado acumulado negativo, de 7,8% para o primeiro e de 2% para o segundo. Porém, alguns setores
conseguiram recuperação interessante durante o ano, como nos casos da metalurgia, madeireiras e
vestuário, que alcançaram, em termos acumulados, valores positivos de 15,4%, 12,1% e 8,5%. Mesmo
assim, a recuperação econômica que se observava no pico em maio, já não mostra o mesmo vigor, pois
a metalurgia chegou a alcançar acumulado de 22,5%, enquanto a informática, que teve resultado
negativo, chegou a alcançar 15,1% no ano. Para as madeireiras, o valor chegou a ser de 25,1% e para o
vestuário foi de 36,7%.
GRÁFICO - VARIAÇÃO ACUMULADA NO ANO DE
SETORES INDUSTRIAIS SELECIONADOS.

Fonte: Sidra/IBGE.

A produção do setor de veículos no Brasil foi um fator que impulsionou positivamente, o resultado de
dezembro cresceu 12,1%. Com a revisão dos dados que ocorreram para a série histórica, o mês de
dezembro apresentou o quarto resultado positivo consecutivo e mostrou certa aceleração do setor, que
avançou 0,3% em setembro, 1,4% em outubro, 2,9% em novembro e, finalmente, apresentou resultado
de 12,1% no último mês do ano. Importante lembrar que a falta de insumos internos afetou o ramo
durante boa parte do ano e fez com que ocorresse uma demanda reprimida por automóveis, diante
disso, se fez necessário acelerar a produção, a fim de suprir tal procura.
GRÁFICO - VARIAÇÃO MENSAL DO SETOR
AUTOMOBILÍSTICO NO ANO DE 2021.

Fonte: Sidra/IBGE.

Observando as grandes categorias, o setor de bens de capital novamente foi o que teve melhor
resultado e teve elevação de 4,4% no mês, com alta de 5,8% quando comparado ao mesmo período do
ano passado. Isto fez com que o setor chegasse a 28,3%. Neste mês, todos os setores apresentaram
resultados positivos. O de bens intermediários subiu 1,2% enquanto os bens de consumo tiveram alta
de 3,1%, sendo que os duráveis tiveram alta de 6,9% e os semiduráveis e não duráveis de 1,5%. Mesmo
assim, os ramos apresentaram resultados negativos se comparados ao ano anterior. Os intermediários
apresentaram queda de 3,9% e os bens de consumo 9,3%, sendo que entre os duráveis e os
semiduráveis e não duráveis as quedas foram de 16,8% e 7,4% respectivamente. No acumulado do
ano, os bens intermediários alcançaram 3,3%, os bens de consumo zero, os bens de consumo duráveis
1,9% e os bens de consumo semiduráveis e não duráveis queda de 0,5%.
TABELA - INDICADORES DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
POR GRANDES CATEGORIAS EM DEZEMBRO DE 2021.

Fonte: Sidra/IBGE.

Hoje também houve divulgação da ata pelo COPOM, que decidiu elevar a taxa Selic em 1,5 pontos
percentuais, que alcançou 10,75% ao ano. Em relação às justificativas para esta atitude, para o cenário
externo, a autoridade monetária acredita que esteja menos favorável, com a persistência inflacionária
mundial nas principais economias e a incerteza oriunda da nova variante da COVID-19 além da
incerteza acerca do ritmo de atividade econômica global. Além disso, foi observado que o cenário
interno está se acelerando, justificado pelos dados positivos de desemprego apresentados que, mesmo
com uma redução do ritmo inflacionário, deve pressionar a inflação para os próximos períodos. A
autoridade também justificou que o cenário fiscal incerto pode impactar negativamente os preços e
utilizou a elevação dos preços das commodities nos mercados internacionais para justificar a elevação
da Selic. Por fim, o COPOM antevê um menor aperto monetário nas próximas reuniões, o que significa
que novos aumentos da Selic devem acontecer, mas abaixo do aumento de 1,5 pontos percentuais que
ocorreu na atual reunião.
GRÁFICO - DEFINIÇÃO DA TAXA SELIC DURANTE O
GOVERNO BOLSONARO

Fonte: Banco Central do Brasil

A melhora da indústria brasileira foi surpreendente e puxada principalmente pelo setor automotivo,
que apresentou uma demanda extremamente represada nos últimos meses. Porém, outros ramos que
apresentavam problemas, como alimentos, conseguiram bons resultados. Em relação ao setor
industrial, foi um bom sinal, que pode significar mudança de perspectiva e melhores resultados para o
ano de 2021. O resultado também pode ajudar a melhorar o PIB do último trimestre, uma vez que foi o
primeiro resultado positivo para a indústria em meses, e fazer a diferença entre um terceiro período de
recessão e uma leve elevação da atividade econômica ao fim do ano. Porém, com o novo reajuste da
Selic, as perspectivas econômicas devem sofrer, já que os custos para financiamento e crédito devem se
elevar, o que pode dificultar a recuperação industrial apresentada no final de 2021.
TRADUZINDO O ECONOMÊS

IMA-B
O IMA-B é um índice de referência calculado pela ANBIMA e tem como objetivo mensurar o
desempenho de carteiras teóricas compostas por títulos de inflação do tesouro, as NTN-Bs ou Títulos
IPCA + com juros semestrais, como são popularmente conhecidos. Esse Benchmark pode ser usado
tanto para o acompanhamento do desempenho dos títulos públicos de uma forma geral, mas também
como forma de avaliação comparativa das aplicações de renda fixa atreladas à inflação.

Esse índice é subdividido em três principais indicadores. O IMA-B tem sua carteira formada por NTN-Bs
(títulos do tesouro IPCA + com juros semestrais) de diversos vencimentos e mensura o desempenho
desses títulos de uma forma mais ampla, desde que o vencimento desses títulos seja acima de um mês.
O IMA-B 5, por sua vez, também é formado por títulos públicos atrelados à inflação, no entanto, a sua
carteira teórica possui títulos com vencimentos entre um mês e cinco anos. Já o IMA-B 5+, tem sua
carteira teórica formada por títulos com vencimentos iguais ou maiores que cinco anos.

O IMA-B é calculado diariamente e divulgado no dia 15 de cada mês pela ANBIMA.

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