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EKKLESÍA LÓGOS
BELO HORIZONTE
2011
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Bacharel em Teologia (STEB-HOKEMÃH), Especialista em Docência e Gestão do Ensino Superior (PUC-MINAS)-
Especialista em Psicanálise (NEPP-UNIDA) – Especialista em Ciências da Religião (UNIDA)-Especialista em
psicopatologia psicanalista (CESP)- Mestrado em Teologia Pastoral (FTSA). Mestrando em Cieências da Religião – (PUC
MINAS)
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SUMÁRIO
PÁGINAS
INTRODUÇÃO 03
I. IGREJA: DEFINIÇÃO DO TERMO 04
II. A NATUREZA DA IGREJA 06
III. O QUE É UMA IGREJA BATISTA 08
IV. - POR QUE A IGREJA EXISTE 10
V- LIDERANÇA NA IGREJA LOCAL 15
VI. ALGUMAS DOUTRINAS DISTINTIVAS DOS BATISTAS 17
VII. A VIDA CRISTÃ 21
VIII. A IGREJA 23
XI. - O GOVERNO DA IGREJA 25
X. DISCIPLINA NA IGREJA 30
XI. PROCESSOS DA DISCIPLINA 39
XII. AS ORDENANÇAS DA IGREJA 32
XIII - A AUTORIDADE DA IGREJA 34
XIV- CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42
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INTRODUÇÃO
II A NATUREZA DA IGREJA
O Novo Testamento tem uma doutrina muito elevada com relação à Igreja; que a
igreja se encontra no centro do eterno propósito histórico de Deus; e que a igreja
faz parte do evangelho. Além do mais, a igreja está em continuidade direta com o
Israel do Antigo Testamento. A igreja como povo da aliança de Deus, se revela na
promessa feita a Abraão uns 4.000 anos a C. A igreja é chamada de “a comunhão
do espírito” 2º Coríntios 13.14; Efésios. 2.1, e o selo da KOINONIA se manifesta
no recebimento do Espírito.
O reino e a igreja
A Soberania de Cristo
Os batistas não se fundamentam em credos, embora reconheçam neles
o seu valor, mas se fundamentam na absoluta autoridade de Cristo.
Nossa base é “Cristo é Senhor” (Filipenses 2.10,11).
A Autoridade e a Suficiência da Palavra de Deus
Os batistas aceitam as Escrituras como sua única regra de fé e prática.
(Romanos 4.3).
A Competência de Cada Alma
Crêem os batistas que cada pessoa é competente para aproximar-se de
Deus, não necessitando de intermediários humanos (1º Timóteo 2.5-
Romanos 14.12).
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Toda pessoa que está envolvida com a igreja, que busca crescer, desenvolver um
ministério saudável, firmemente alicerçado, deve saber responder, Por que a
igreja existe?
A tarefa básica de Mateus 28.19-20 é nos mostrar que a igreja existe, portanto,
para cumprir duas funções fundamentais.
Características da Evangelização
Declarar
Falar
Proclamar
Pregar
Testificar
Características da Edificação
Batizar
Ensinar
Incentivar
Fortalecer
Relatar
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A Igreja existe para mostrar e ser referencial num mundo sem referências; por
isso, uma igreja cheia do Espírito Santo, sofre alguns efeitos vitais como podemos
observar em Atos 2.42-47.
Ricardo Barbosa este assunto com muita coerência e simplicidade dizendo que: A
igreja não é simplesmente uma instituição, um clube, um lugar que escolhemos e
cujas regras determinamos. O princípio do qual surge um clube é o próprio gosto,
mas o principio sobre o qual se funda a igreja é a obediência ao chamado do
Senhor.
A igreja não sendo uma instituição ou clube, pode ser definida apenas como um
jeito de ser, um modo de viver. O jeito de ser ou modo de viver da igreja está
profundamente vinculado ao ser de Deus que, por sua vez, afeta profundamente
nosso ser a nossa relação com o mundo.
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A Bíblia nos revela como uma trindade, três pessoas distintas, Pai, Filho e Espírito
Santo. São distintos não apenas porque cada um é revelado dentro de um
propósito definido no processo de salvação (Criador, Redentor e santificador), mas
porque em sua absoluta liberdade e pessoalidade, amam e se entregam na
comunhão. O verdadeiro ser é uma pessoa livre, uma pessoa que livremente ama
que livremente afirma sua identidade numa comunhão com outra pessoa. Sendo
deus uma comunidade de pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), a igreja só pode
existir como uma realidade comunitária.
Em segundo lugar, precisamos da igreja porque é a comunhão que nos permite ter
um conhecimento mais real e objetivo sobre nós mesmos.
O ser nova criatura em Cristo é provar o poder de uma nova humanidade que se
realiza na experiência da comunhão.
Filiação à igreja
Para que uma pessoa se torne membro da igreja são necessário alguns desses
processos como:
A Carta de Transferência é o passo a ser dado por aquele que vem de outro
ministério e deve ser recebida com critérios que respeitem a ética e o amor
cristão.
O recebimento por Aclamação deve ser feito com uma postura que
preserve a igreja e atente para a realidade e veracidade dos fatos trazidos
pelos candidatos à membros na igreja.
A igreja precisa de líderes para fazer com que seus liderados descubram e use o
potencial que têm em prol do objetivo estipulado, sabendo exatamente o que fazer
para alcançá-lo.
Características Ministeriais
A Autoridade
As Escrituras
O Espírito Santo
O Espírito Santo procura a vontade e propósito divino entre os homens. Ele á aos
cristãos poder e autoridade para o trabalho do reino e santifica e preserva os
remidos, para o louvor de Cristo; exige uma submissão livre e dinâmica à
autoridade de Cristo, e uma obediência criativa e fiel à palavra de Deus.
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O Indivíduo
1. Seu valor
A bíblia revela que cada ser humano é criado à imagem de Deus; é único precioso
e insubstituível. Criado ser racional, cada pessoa é moralmente responsável
perante Deus e o próximo. O homem, como individuo, é distinto de todas as outras
pessoas. Como pessoa, ele é aos outros no fluxo da vida, pois ninguém vive nem
morre por si mesmo.
O fato de ser o homem criado à imagem de Deus, e de que Jesus Cristo morreu
para salvá-lo, é a fonte da dignidade e do valor humano. Ele tem direito
outorgados por Deus, de ser reconhecido e aceito como individuo, sem distinção
de raça, credo, ou cultura; de ser parte digna e respeitável da comunidade, de ter
a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Cada indivíduo foi criado á
imagem de Deus, e, portanto, merece respeito e consideração como uma pessoa
de valor e dignidade.
2. Competência
Embora não se admita coação no terreno religioso, o cristão não tem liberdade de
ser neutro em questão de consciência e convicção. Cada pessoa é competente e
responsável perante deus, nas próprias decisões e questões morais e religiosas.
3- Sua liberdade
O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença;
propagar e ensinar a verdade como a entenda sempre respeitando os direitos e
convicções alheios; cultuar tanto a sós quanto publicamente; convidar outras
pessoas a participarem nos cultos e noutras atividades de sua religião; possuir
propriedade e quaisquer outros bens necessários á propagação de sua fé. Tal
liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado,
nem pelo estado nem por qualquer outro grupo religioso, é um direito outorgado
por Deus.
A salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e
transformadora com Cristo, e se caracteriza por uma vida de santidade e boas
obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá certeza
e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxilio na vida cristã.
2. O sacerdócio do Crente
VIII- A IGREJA
1- Sua Natureza
No Novo Testamento o termo igreja é usado para designar o povo de Deus na sua
totalidade, ou só uma assembléia local, a igreja é uma comunidade fraterna das
pessoas redimidas por Cristo Jesus, divinamente chamadas, divinamente criadas,
e feitas uma só debaixo do governo soberano de Deus, A igreja, como uma
entidade local, um organismo presidido pelo Espírito, é uma fraternidade de crente
em Jesus Cristo que se batizaram e voluntariamente se uniram para o culto, o
estudo, a disciplina mútua, o serviço e a propagação do evangelho, no local da
igreja e até os confins da terra.
2. Suas Ordenanças
vicária na cruz, uma abençoada segurança de sua volta jubilosa comunhão com
Cristo vivo e seu povo.
Jesus Cristo veio ao mundo, mas não era do mundo. Ele orou não para que seu
povo fosse tirado do mundo, mas que fosse liberto do mal. Sua igreja tem a
responsabilidade de permanecer no mundo, sem ser do mundo. A igreja e o
cristão, individualmente, têm a obrigação de opor-se ao mal e trabalhar para
iluminação de tudo que corrompa e degrade a vida humana.
As formas de governo eclesiástico não surgem por acaso, não são escolhidas
aleatoriamente pelos fundadores das igrejas. Toda a forma de governo
eclesiástico obedece a imposições mais ou menos freqüentes, quais sejam:
Razões doutrinárias;
Razões socioculturais;
Razões Históricas;
Razões Estratégicas.
Formas de Governo
As formas de governo eclesiásticas mais conhecidas são:
2 - Governo Episcopal
Cada bispo exerce autoridade sobre uma região ou país. Um dos bispos exerce
poder sobre os demais, existem algumas variantes do governo episcopal:
Um concílio ou presbítero, eleito pela igreja local, exerce o governo da igreja por
tempo determinado, mediante delegação de poderes. Representantes eleitos com
delegação de poderes pelo concílio local foi um concílio geral, supremo concílio ou
sínodo, de caráter regional ou nacional.
No estudo de bases para a escolha do tipo de governo das igrejas batistas, foram
levados em conta cinco princípios:
b) A soberania de Cristo
Jesus Cristo é o cabeça da igreja e unicamente a ele, por sua vontade expressa
nas Escrituras, deve a igreja estar subordinada. Restando á bíblia um papel
meramente coadjuvante em matéria de fé e normas de conduta.
c) A liberdade Pessoal
X- DISCIPLINA NA IGREJA
2. Paraklesis. Hebreus 4.15 “Por que s não temos um sumo sacerdote que
não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porem um que, como
nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.” E 1º Timóteo 4.13 “ até que eu
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4. Nouthesia. 1º Coríntios 10.11 “ ora, tudo isto lhes acontecia como exemplo,
e foi escrito para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos
séculos.” O termo significa, “ admoestação, advertência, aviso,” tendo o
sentido de andar como Cristo andou, admoestação objetiva e especifica.
5. Epidiorthuo. Titos 1.5 “Por esta causa te deixei em Cresta, para que
pudesses em boa ordem o que ainda o está, e que em cada cidade
estabelecesses anciãos, como já te mandei” „ordenar, por em boa ordem, ‟
significando o estabelecer e manter a ordem. Um estilo de vida na terra
ordenado.
Objetivos da disciplina:
Instruir o discípulo;
Equipar os salvos;
Preservar a identidade;
Traçar claramente a fronteira;
Preparar a igreja para a volta de Cristo.
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1-Disciplina Preventiva
2-Disciplina Corretiva
A disciplina corretiva deve ser aplicada com amor, com misericórdia, espírito de
Gálatas. 6.1, “recuperai (tal pessoa) com toda perícia, no espírito de mansidão.” O
membro fraturado ou músculo deslocado não pode ficar sem a devida correção,
pois isso fatalmente causaria dano a outros membros, alem de trazer sofrimento a
todo corpo. Não tratada a lesão pode chegar a ser irreversível.
A ovelha fora do aprisco não pertence menos ao pastor do que estão seguras no
redil. Jesus é dono daquela ovelha, ainda que ela tenha perdido a consciência de
lhe pertencer.
A Ordenança do Batismo
1. Transubstanciação
2. Consubstanciação
Calvino defende essa ideia. Há uma presença espiritual benéfica de Cristo no pão
abençoado da ceia. Há uma benção inerente na Santa Ceia, que de outro modo
não receberiam. O pão permanece inalterado, mas ao comê-lo o participante
recebe uma benção espiritual. Essa forma de entender o significado da ceia é
encontrada na maioria das igrejas evangélicas e pentecostais.
Ceia Universal;
Ceia livre;
Ceia restrita.
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Como o Senhor Jesus exerce sua autoridade e governa sua igreja hoje? Dentre as
respostas dadas a esta pergunta, vejamos as quatro principais:
Os evangélicos dizem que Cristo governa sua igreja por intermédio das Escrituras.
A bíblia é certa com a qual reina o rei Jesus. A tradição é importante, pois abrange
os ensinamentos de conselhos e credos antigos. Nós, evangélicos, deveríamos
cultivar um respeito maior pela tradição, pois ela é a interpretação da Escritura
Sagrada no decorrer dos séculos, da forma como o Espírito a iluminou. É claro
que nem toda tradição interpreta corretamente as Escrituras. Mas ignora-las de
todo é agir como se achássemos que o Espírito Santo começou seu ministério de
ensino, ou mesmo que veio a existir, apenas quando nós entramos em cena! No
entanto, o próprio Jesus subordina a tradição ás Escrituras, chamando aquela de
tradição de homens estas de a palavra de Deus. E nós devemos fazer o mesmo,
atribuindo à tradição dos anciãos evangélicos, um posto secundário.
A igreja possui uma missão holística. Os cristãos evangélicos têm uma mensagem
duplamente relevante para a crise social... Pois eles conhecem o Deus da justiça e
da justificação... Sempre que o cristianismo é forte na vida de uma nação, ela
demonstra interesse tanto na lei como no evangelho, tanto no estado como na
igreja, na jurisprudência assim como na evangelização.
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O próprio fato da responsabilidade social cristã pressupõe a ideia das igrejas, faz
uma combinação de escriturístico, prático e histórico do governo da Igreja.
1. O Primeiro século
“Naqueles tempos primitivos, cada igreja era composta do povo, dos oficiais
presidentes e dos assistentes ou diáconos. A voz principal pertencia ao povo, ou
seja, a todo o grupo de cristãos “A respeito do segundo século, ele acrescenta:”
grande parte desse século as igrejas continuavam, como no principio,
independentes, governando-se por suas próprias leis, baixando ou pelo menos
sancionadas pelo povo.”
A ideia de uma igreja universal tomou forma no decorrer deste período. O conceito
de igreja como católica (universal) começou a apagar a ideia da igreja local.
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Tertuliano, da áfrica, foi um forte expoente dessa ideia. A definição mais ex; Ata se
deve a Cipriano, no ano 251 d.C.
O Edito de Milão, em 313 d.C. fim da perseguição à Igreja pelo Estado. Laços
estreitos se desenvolveram entre a Igreja e o Estado num prazo de dez anos.
Assim, o Estado começou a ter grande influência sobre a igreja, ao ponto do
Imperador Constantino convocar e presidir o primeiro concílio ecumênico, o de
Nicéia, em 325 d.C. foi um concílio de bispos.
Durante essa época de trevas conseguiu aumentar sua autoridade. Isso se deve,
em primeiro lugar, á expansão territorial. Igreja fez muitos novos adeptos. Não é
que houvesse conversões, mas submissão, à ideia de Roma. Povos inteiros, como
bárbaros e britânicos, foram simplesmente anexados à igreja.
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Foi durante este período que a igreja oriental separou-se de Roma. Não
concordando com a posição Papai. Esta divisão criou duas igrejas católicas, cada
uma insistindo ser a única igreja católica e apostólica.
Quatro formas de política ou governo de igreja aparecem nesta época. São elas:
Luterana
Presbiteriana
Anglicana
Congregacional.
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IV Conclusão
Diante do privilégio de servir ao nosso Deus cabe-nos como sua igreja ser
autênticos e sinceros na fé, responsabilidade e amor. Como igreja somos o corpo
e fazemos exatamente aquilo que o Senhor deseja, com discernimento da sua
vontade e submissão do seu único querer.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KITTEL, Gerhard. A Igreja no Novo Testamento. Editora Aste, São Paulo 1965.
SHELLEY, L. Bruce. A Igreja: O povo de Deus. Edições Vida Nova. São Paulo.
1978.
STEDMAN, C. Ray. A Igreja Corpo Vivo de Cristo. Ed. Mundo Cristão. São
Paulo. 1974.
TOGNINI, Enéas. Eclesiologia Brasília: Convenção Batista Nacional, 1988.