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Promoção da Saúde
Professora Me. Andressa Lorena Ieque
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
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UNIFATECIE Unidade 1
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Centro, Paranavaí, PR
Diretor de Ensino (44) 3045-9898
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Paranavaí, PR
Secretário Acadêmico (44) 3045-9898
Tiago Pereira da Silva
Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Kauê Berto
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução à Saúde Coletiva e Promoção da Saúde
UNIDADE II.................................................................................................... 31
O Sistema Único de Saúde
UNIDADE III................................................................................................... 53
A Equipe Saúde da Família e seus Núcleos de Apoio
UNIDADE IV................................................................................................... 84
Noções de Epidemiologia
UNIDADE I
Introdução à Saúde Coletiva
e Promoção da Saúde
Professora Me. Andressa Lorena Ieque
Plano de Estudo:
● Conceitos importantes de saúde e história natural da doença;
● Contextualização da epidemiologia e promoção da saúde;
● Cronologia histórica da saúde coletiva no mundo e no Brasil.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a saúde coletiva ao que diz respeito à
aplicação da promoção da saúde e da epidemiologia;
● Compreender os diferentes conceitos de saúde e a abordagem
de um modelo de história natural da doença;
● Estabelecer a importância de fatores sociais, políticos, econômicos e
culturais para o estado de saúde individual e coletivo;
● Conhecer os aspectos históricos da evolução da saúde coletiva no
contexto de surgimento da Reforma sanitária.
3
INTRODUÇÃO
Olá caro (a) aluno (a)! A partir de agora daremos início à disciplina Saúde coletiva
e promoção à saúde. Nesta primeira unidade, faremos uma breve introdução sobre nosso
campo de estudo através da abordagem de uma diversidade de conhecimentos que integram
a saúde coletiva. Nesse sentido, iremos destacar os principais fatores que podem influenciar
diretamente ou indiretamente o estado de saúde de um indivíduo ou de toda uma sociedade.
Para compreendermos tudo isso de forma integral, o primeiro tópico buscará de-
finir alguns conceitos e ideias importantes aplicados na área da saúde. Dessa forma será
fornecida uma base de conhecimento teórico para posterior aplicação na compreensão de
conhecimentos mais específicos e práticos de saúde pública.
Nos próximos tópicos, vamos apontar alguns acontecimentos históricos que de
alguma forma contribuíram para o progresso do campo de estudo da saúde coletiva, e
como, principalmente ideias de promoção da saúde, nortearam a implementação de novas
políticas de saúde no mundo e no Brasil.
SAIBA MAIS
Fonte: Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Centro Cultural de Saúde. Revista da Vacina: Personalida-
REFLITA
A lepra é uma doença que causou terror à humanidade, pois as medidas de saúde
tomadas para contenção de suas epidemias eram trágicas e tirou a liberdade e a vida de
muitas pessoas. A evolução da assistência à saúde contribuiu para mudar a abordagem de
controle dessa doença para melhor. Hoje em dia, é chamada de Hanseníase e o tratamento
é oferecido através da rede pública de saúde.
Acesse os links a seguir e observe como mudou a abordagem de promoção à
saúde dessa doença.
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/lepra-a-maldicao-divina.phtml
https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Hanseniase#
https://www.youtube.com/watch?v=OfCV8vLnq2o
LIVRO
Título: A Saúde Coletiva - Teoria e Prática (2014)
Autores: Paim, J. S.; Filho, N. D.
Editora: MedBook.
Sinopse: O foco do livro está centrado nas necessidades e proble-
mas de saúde das populações e nas respostas sociais organizadas
para a atenção, intervenção e superação dessa problemática e
seus desdobramentos. (AMAZON, 2020).
FILME / VÍDEO
Título: A Peste Negra na Idade Média – Documentário History
Channel Brasil
Ano: Desconhecido.
Sinopse: Considerada castigo divino, a peste negra (peste bubôni-
ca) foi uma das maiores epidemias que assolou a humanidade. No
início de 1330 o primeiro foco da peste bubônica aconteceu na
China. A peste afeta principalmente roedores, mas suas pulgas
podem transmitir a doença para as pessoas. Uma vez infectada,
o contagio a outras pessoas ocorre de maneira extremamente
rápida. A peste causa febre e um inchaço doloroso das glândulas
linfáticas chamadas de bulbos, daí o seu nome. A doença pode
também causar manchas na pele que apresentam primeiramente
uma cor avermelhada e então se torna negra. Como a China era
uma das maiores nações comerciais, foi só uma questão de tempo
até que a epidemia da peste se espalhasse pela Ásia oriental e
pela Europa. Suas descobertas provocaram uma verdadeira revo-
lução do pensamento humano, com interpretações filosóficas das
mais diversas tendências. (YOUTUBE, 2017).
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=L2-HoovP-Dk.
Plano de Estudo:
● Histórico e implantação do SUS;
● Princípios, diretrizes e atribuições do SUS;
● Níveis e redes de atenção à saúde.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os princípios e diretrizes do SUS;
● Conhecer os objetivos, atribuições e o campo de atuação do sistema de saúde;
● Compreender o modo de funcionamento e os serviços do SUS;
● Estabelecer a importância da aplicação dos princípios no modelo de redes de atenção.
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INTRODUÇÃO
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1. HISTÓRICO E IMPLANTAÇÃO DO SUS
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FIGURA 1 - CONDIÇÕES PRECÁRIAS DE MORADIA
Observe as fotos a seguir de cortiços que surgiram na cidade de São Paulo que
demonstra o espaço e forma de viver dos seus habitantes (Figura 2).
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A Figura 2 realça as roupas estendidas, paredes desgastadas e um espaço peque-
no compartilhado por numerosas famílias, evidenciado pela quantidade de portas, janelas
e crianças descalças expostas às ruas e ao risco de contaminação por doenças pela falta
de higiene e problemas sanitários desses locais (REZENDE et al., 2006).
A situação de aglomerados em que as comunidades eram formadas facilitava
a disseminação de doenças infecciosas, associadas também à escassez de higiene e
de sistema de esgoto. Como nessa época o Estado não oferecia um serviço de saúde
público e essas pessoas não tinham condições para pagar elas acabavam não recebendo
atendimento médico, e isso culminava no aumento da morbidade e a mortalidade, princi-
palmente da população pobre.
Essas doenças impediam a população de trabalhar e prejudicava a ascensão das
fábricas e indústrias, e consequentemente, do país. A preocupação com a mão de obra fez
com que o governo começasse a dar maior atenção a esses problemas e tentasse criar
planos de combate contra as enfermidades que prejudicavam a vida produtiva. Na tentativa
de melhorar essa situação, o governo fortaleceu práticas sanitárias que visavam combater
problemas coletivos que favoreciam o desenvolvimento de doenças.
Com o crescimento da classe operária, foi necessário oferecer benefícios aos traba-
lhadores, inclusive no que dizia respeito à assistência médica. Para garantir serviços médicos
e hospitalares, os órgãos previdenciários precisaram firmar contratos com o setor privado
porque a demanda era muito alta. O atraso de recursos e fraudes atrapalhou esses convênios
e marcou o início da medicina de grupo, mais conhecidos hoje como planos de saúde.
O Ministério da Saúde desenvolveu algumas ações voltadas para crianças, mães
e puérperas visando combater a mortalidade infantil que apresentava números altos. A
intenção era oferecer serviços de higiene e realizar a vacinação de crianças, além de dar
atendimento às gestantes (ANDRADE et al., 2017; FILHO, 2011).
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As escolas também eram foco de ações de atenção primária em saúde, na qual
foram desenvolvidas atividades que incentivavam a higiene e cuidados com a preparação
de alimentos. Uma vez que as doenças infecciosas de cunho sanitário muitas vezes são
transmitidas pela água ou alimentos não tratados, o cuidado com os alimentos mostrava ser
um ponto importante a ser melhorado (Figura 3 e 4).
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à Saúde
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A reforma sanitária foi firmada em um processo de redemocratização e de movimen-
tos sociais que buscavam construir os ideais de assistência à saúde, que se relacionavam
com algumas concepções da medicina comunitária. Esse compartilhamento idealizações
fez com que ambos os movimentos contribuíssem para o fortalecimento um do outro (PAIVA
e TEIXEIRA, 2014).
A partir da aplicação desses dois princípios (medicina comunitária e reforma sanitá-
ria), o oferecimento de serviços de saúde passou a ser tratado de forma institucionalizada,
e não mais com sentido de caridade humanitária (ANDRADE et al., 2017; FILHO, 2011).
Em 1986 ocorreu a 8ª Conferência Nacional de Saúde que reuniu diferentes setores
da sociedade e incluiu os seguintes temas de discussão:
● Dever do Estado e direito do cidadão no tocante à saúde; a reformulação
do sistema nacional de saúde; e o financiamento do setor.
● Temas específicos, como a hierarquização dos cuidados médicos segun-
do sua complexidade e especialização, e a participação popular nos ser-
viços de saúde.
● Principais demandas do movimento sanitarista: fortalecer o setor público
de saúde, expandir a cobertura a todos os cidadãos e integrar a medici-
na previdenciária à saúde pública, constituindo assim um sistema único
(PAIM, 2008; PAIVA e TEIXEIRA, 2014).
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As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
Parágrafo único. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do
art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Es-
tados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (BRASIL,
1988, online)
A criação do SUS teve seu desfecho em 1990, com a criação das leis número
8.080 e 8.142. A lei 8.080 especifica o modo de funcionamento do SUS ao dispor sobre a
direção, gestão, objetivos e atribuições, princípios e diretrizes, financiamento, planejamento
e orçamento, além de discorrer sobre os serviços privados. Já a lei 8.142 dispõe sobre
participação da comunidade na gestão do sistema e também sobre as transferências de
recursos financeiros na área da saúde, surgindo como um complemento da lei 8.080. (BRA-
SIL, 1990a; BRASIL, 1990b).
A lei 8.142 estabelece instâncias colegiadas envolvidas no controle social, que são
a Conferência de Saúde e o Conselho de Saúde, que como vimos anteriormente tiveram
papel fundamental no processo de construção do movimento de reforma sanitária e mais
tarde foram eternizadas como constituintes do SUS (BRASIL, 1990b).
No próximo tópico desta unidade, conheceremos de modo detalhado sobre todas
as características do SUS expostos nessas leis citadas anteriormente, vale destacar aqui,
que mesmo as empresas particulares não foram integradas na atuação do SUS, o estado
ficou como responsável por regulamentar e fiscalizar os serviços de saúde oferecido pela
iniciativa privada.
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2. PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E ATRIBUIÇÕES DO SUS
À medida que conhecemos todos os pontos em que o SUS está relacionado com
a área da saúde, podemos afirmar que toda pessoa provavelmente faz uso desse sistema.
Nas situações em que não utilizamos o SUS para obter assistência médica ou hospitalar,
ainda assim estamos em contato com a assistência epidemiológica, sanitária ou ambiental.
Portanto, o simples fato de alguém beber uma água tratada já classificaria este alguém
como um usuário do SUS.
Neste tópico, iremos conhecer as diretrizes, os princípios, o campo de atuação e
os objetivos desse sistema, e a partir disso, ficará ainda mais fácil pontuar e compreender
como os serviços que utilizamos estão interligados ao SUS.
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Saúde e Promoção da Saúde 39
Esses objetivos devem ser cumpridos dentro do campo de atuação do SUS, co-
locando em prática ações de vigilância sanitária e epidemiológica, de saúde do trabalho
e de assistência terapêutica integral, incluindo a farmacêutica. Os fatores condicionantes
e determinantes de saúde estão diretamente associados com estudos epidemiológicos e
serão abordados com maior detalhamento na última unidade.
Além disso, também cabe ao SUS a participação em políticas de saneamento
básico, o incremento do desenvolvimento científico e tecnológico, a formação de recursos
humanos na área da saúde na fiscalização e controle de serviços, produtos e outras subs-
tâncias relacionadas à saúde (BRASIL, 1990a).
Considerando o interesse do SUS em promover serviços de vigilância sanitária,
epidemiológica, saúde do trabalhador e do ambiente, vamos compreender como cada um
desses atuam dentro de um serviço maior de vigilância em saúde (Quadro 1). A vigilância
sanitária é definida como um conjunto de ações que buscam diminuir os riscos à saúde
causados por problemas associados ao meio ambiente, produção e circulação de bens ou
prestação de serviços de interesse da saúde (BRASIL, 2019).
No Brasil, é representada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),
que é responsável por inspecionar alimentos, bebidas de consumo humano, medicamen-
tos, cosméticos, saneantes e produtos, estabelecimentos e serviços de saúde que podem
comprometer a segurança do paciente (BRASIL, 2019).
A vigilância epidemiológica preocupa-se em realizar ações que visa a adoção de
medidas para prevenção e controle de doenças ou agravos através da observação do
perfil epidemiológico da população. As suas ações incluem: investigação das principais
causas de mortes por grupos específicos, coordenação, execução e incentivo de ações de
alimentação e nutrição, monitoramento e análise dos casos de doenças transmissíveis ou
crônicas, acidentes, violências ou agravos em geral, inclusive no âmbito hospitalar, além de
promover ações de saúde e criar planos de contingência (BRASIL, 2019; BRASIL, 2021).
A vigilância ambiental é definida como um conjunto de ações que monitoram fatores
do meio ambiente que podem interferir na saúde, buscando implementar medidas que dimi-
nuam esses riscos e previnam de doenças ou agravos. Esta vigilância preocupa-se com a
qualidade da água, do ar, do solo, desastres naturais e acidentes com produtos perigosos,
além do controle de vetores de doenças (BRASIL, 2019; BRASIL, 2021).
A vigilância em saúde do trabalhador ou ocupacional busca diminuir os riscos
que os trabalhadores estão expostos, e os casos de morbidade e mortalidade associa-
dos a esses riscos. A saúde ocupacional abrange os acidentes de trabalho ou doenças
profissionais, estudos de controle de riscos, fiscalização e controle das condições de
trabalho e informação e garantia de o sindicato intervir sob uma situação de risco (BRA-
SIL, 2019; BRASIL, 2021).
UNIDADE II
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Alguns riscos que podemos pontuar relacionados ao trabalho são as exposições à
produtos químicos tóxicos, corrosivos ou cancerígenos, o desenvolvimento de ações repe-
titivas ou posturas que podem ocasionar problemas a longo prazo, ou ainda, os acidentes
por manusear equipamentos perigosos e exposição à ambientes com risco de queda ou
outros tipos de acidentes.
O quadro a seguir resume as ações de cada um dos tipos de vigilância compreen-
didos pela vigilância em saúde:
Esses serviços de vigilância já ilustram muito bem como as pessoas utilizam o SUS
independente da busca ao atendimento médico ou hospitalar. Ao observamos cada tipo de
vigilância que é incluída no campo de atuação do SUS, podemos perceber que o conjunto
contribui para alcançar uma atenção à saúde que seja o mais completa possível.
Além disso, também, podemos usá-las de exemplo para exemplificar o cumprimen-
to de objetivos previstos na lei 8.080. Todas as vigilâncias são baseadas na investigação
dos fatores condicionantes e determinantes de saúde abordados no inciso I do artigo 5, e
contribuem diretamente para a formulação de políticas de saúde do inciso II. E por fim, o
inciso III discorre justamente sobre a atenção completa ressaltando as ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde (BRASIL, 1990a).
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No caso das vigilâncias, as ações de promoção e proteção são desenvolvidas em
maior proporção do que as ações assistenciais e de recuperação de saúde, pois estas são
oferecidas por outros tipos de serviços que envolvem o atendimento médico, de diagnóstico
ou de tratamento, ou ainda, de serviços especializados que podem ajudar a promover a
reabilitação do paciente.
No que diz respeito às atribuições SUS, algumas já foram implicitamente citadas
pois estão relacionadas com alguns objetivos, como a formulação de políticas de saúde e
sanitárias, e a ação das vigilâncias que inclui o controle, avaliação e fiscalização de ações
e serviços de saúde, a valorização do desenvolvimento científico e tecnológico por meio de
pesquisas e estudos, e ainda, o desenvolvimento de recursos humanos para a saúde. Além
destas, também podemos pontuar:
● A administração dos recursos financeiros, incluindo planejamento e orçamento;
● O acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e
das condições ambientais;
● A organização e coordenação do sistema de informação de saúde;
● A elaboração de normas e padrão de qualidade para atividades ou estabeleci-
mentos de assistência à saúde, inclusive no âmbito de serviços privados;
● A implementação do sistema nacional de suprimento de sangue, componentes
e derivados;
● A articulação entre diferentes órgãos e setores da sociedade;
● A celebração de convênios e acordos internacionais relacionados à saúde, ao
saneamento e ao meio ambiente;
● Execução de estratégias de atendimento emergencial. (BRASIL, 1990a).
UNIDADE II
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Sistema Único
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por cada uma dessas esferas, sendo o Ministério da Saúde responsável pela União, as
Secretarias Estaduais de Saúde pelos Estados e Distrito Federal e as Secretarias de Saúde
Municipais pelos Municípios.
A segunda diretriz é a integralidade que pretende oferecer saúde de forma comple-
ta, através de ações voltadas para a promoção da saúde, prevenção de riscos e agravos,
assistência à doença e recuperação da saúde. De acordo com a constituição, as atividades
preventivas devem ser desenvolvidas com prioridade, porém, essa prioridade não deve
causar prejuízo dos outros serviços assistenciais.
A terceira e última diretriz é a participação da comunidade que garante o direito de
ressaltar os pontos de necessidade e ao mesmo tempo valoriza toda a luta que antecedeu a
implantação do serviço de saúde público. Essa participação é guiada principalmente pelos
Conselhos de Saúde, previstos na lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990.
O Conselho de Saúde é um órgão composto por representantes do governo, se-
jam estes prestadores de serviço, profissionais de saúde e/ou usuários, e que atuam na
formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância
correspondente (BRASIL, 1990b). As decisões são tomadas em cada esfera do governo
a partir da divisão de poder em Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).
Essa participação popular também é valorizada nas Conferências de Saúde, tam-
bém prevista na lei 8.142, que são espaços de saúde democráticos nos quais vários seg-
mentos sociais são reunidos para avaliar a situação de saúde e também propor melhorias
ou novas formulações de políticas de saúde. Geralmente essas conferências ocorrem a
cada quatro anos, ou podem ser convocadas extraordinariamente pelo conselho da saúde
ou pelo poder executivo (BRASIL, 1990b).
O SUS apresenta três princípios doutrinários: a integralidade, a universalidade e
a equidade que devem guiar a forma que o serviço de assistência à saúde é oferecido
à população. Além desses, também existem os princípios organizativos: regionalização,
hierarquização, participação popular e descentralização (BRASIL, 1990a).
A integralidade corresponde à diretriz do atendimento integral e reconhece o atendi-
mento de todas as necessidades do indivíduo. Além do que já foi pontuado, a atenção total
também pode ser interpretada quanto ao oferecimento de suporte ao estado de saúde física
e psicológica valorizando o contexto social que a pessoa está inserida. Nesse sentido, as
necessidades devem ser avaliadas para atender o indivíduo e também coletividade.
UNIDADE II
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Saúde e Promoção da Saúde 43
A universalidade é a garantia de acesso aos serviços de saúde do nível mais básico
até o mais complexo de assistência. Esse princípio está diretamente correlacionado com a
equidade, que pretende que as ações e serviços sejam entregues à população valorizando a
justiça social, sem qualquer tipo de preconceito ou privilégio. A equidade está relacionada com
o conceito de igualdade, porém devemos tomar cuidado para não confundir esses dois termos.
A equidade busca reconhecer quais são as necessidades de cada grupo e atuar
promovendo medidas que aproxime o usuário do que ele precisa, visando reduzir o impacto
das diferenças existentes entre outros grupos. Isso pode significar oferecer menos a um
grupo que requer menos cuidado e mais ao grupo que apresenta mais necessidades.
A regionalização e hierarquização estão relacionadas com a organização dos
serviços de assistência à saúde. A regionalização é aplicada para delimitar a área de aten-
dimento, enquanto a hierarquização dispõe sobre a classificação da atenção em níveis
de complexidade. Ambos princípios estão interligados por um sistema de funcionamento
denominado redes de atenção, que abordaremos no próximo tópico.
UNIDADE II
I OIntrodução
Sistema Único
à Saúde
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Saúde e Promoção da Saúde 44
3. NÍVEIS E REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Os serviços oferecidos pelo SUS são agrupados de acordo com a sua complexida-
de do atendimento em níveis de atenção (primária, secundária e terciária) e oferecidos à
população através de uma organização chamada redes de atenção.
A Atenção Primária em Saúde (APS), também chamada de Atenção Básica (AB)
é o nível de mais baixa complexidade, enquanto a atenção secundária refere-se à média
complexidade e a atenção terciária à alta complexidade. O quadro abaixo apresenta as
principais diferenças entre esses três níveis de atenção que conceituaremos a seguir.
UNIDADE II
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Sistema Único
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A atenção primária é considerada como a de menor complexidade porque lida com
problemas em estágios iniciais e busca interrompê-los antes que atinjam a complexidade,
através da realização de atividades de prevenção e promoção da saúde. A APS é muito
valorizada pelo sistema de saúde justamente devido a sua capacidade de resolver os pro-
blemas de forma precoce.
Como mencionado anteriormente, o SUS estabelece que no contexto do atendimen-
to integral, as atividades preventivas devem ser tratadas como prioridade. Nesse sentido, a
APS é prestigiada na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) que surgiu para revisar
todas as portarias referentes à atenção básica e estabelecer as diretrizes e normas para a
sua organização dentro do sistema de Rede de Atenção à Saúde (RAS) (BRASIL, 2017).
De acordo com a PNAB, a atenção básica é definida como:
Conjunto de ações de saúde individuais, familiares e coletivas que envolvem
promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução
de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por meio
de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe
multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as
equipes assumem responsabilidade sanitária. (BRASIL, 2017, online).
Além disso, este documento também define que a APS é a principal porta de en-
trada do sistema de saúde. Isso significa que o primeiro contato do usuário em busca
de assistência à saúde será através desse nível de atenção. Algumas estratégias para
fortalecer esse primeiro contato e garantir que o atendimento fosse ofertado através dos
princípios e diretrizes do SUS.
A atenção secundária envolve atendimentos de nível de complexidade médio pois
lida com pessoas que apresentam um grau de risco mais elevado que ao da atenção pri-
mária. Geralmente essa atenção está associada ao oferecimento de serviço a nível de
diagnóstico ou de cuidados progressivos.
A atenção terciária trata de problemas específicos e/ou em estágios mais avançados
e que necessariamente exigem assistência especializada ou hospitalar, sendo necessária a
atuação de profissionais especializados e tecnologias de alto custo.
Todos esses níveis de atenção, juntamente com os princípios de diretrizes do SUS
e da APS, são aplicados dentro das redes de atenção à saúde e através dessas redes, o
serviço é entregue. A Figura 5 representa um esquema dessas redes de atenção, na qual
temos como componente central a APS enquanto os círculos ao seu redor representam
serviços de outros níveis de complexidade (atenção secundária e terciária) se comunicando
através de um sistema horizontal.
UNIDADE II
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Sistema Único
à Saúde
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Saúde e Promoção da Saúde 46
FIGURA 5 - A MUDANÇA DOS SISTEMAS PIRAMIDAIS E HIERÁRQUICOS
UNIDADE II
I OIntrodução
Sistema Único
à Saúde
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Saúde e Promoção da Saúde 47
tentativa de atingir o maior número de pessoas possível. O território de abrangência fica
maior à medida que a complexidade aumenta, pois geralmente não há a necessidade de
ter um serviço complexo por região.
Para que o sistema de rede funcione, os estabelecimentos de saúde devem for-
talecer os vínculos entre si e evitar a fragmentação da atenção, ou seja, a interrupção da
continuidade do atendimento. A fragmentação é evitada quando a interação intra e inter
equipe funciona.
A interação intraequipe diz respeito aos profissionais que atuam no serviço e va-
lorizam o trabalho em conjunto, intervindo de forma multidisciplinar para atingir o cuidado
completo. Já a interação Inter equipe tem a ver com a comunicação entre os setores que
oferecem diferentes níveis de atenção.
Ao aplicar todas as diretrizes e princípios espera-se alcançar um sistema de saúde
universal, integral, unificado e articulado em redes regionalizadas e descentralizadas. Esse
sistema inicia com a atenção no menor território sanitário, no qual encontra-se a nascente
das necessidades de saúde e partir dele os outros setores de saúde de comunicam de for-
ma dependente, buscando integrar todas as ações de saúde para atingir a atenção integral
ao indivíduo e no território (BRASIL, 2009).
UNIDADE II
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Sistema Único
à Saúde
de Coletiva
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SAIBA MAIS
Em 2003 foi criada a Política Nacional de Humanização (PNH) com o objetivo de for-
talecer a aplicação de princípios do SUS na prática de atenção e gestão da saúde. A
proposta desta política é incentivar a comunicação entre os gestores, os funcionários
e os usuários do SUS. Acesse o link a seguir do Ministério da Saúde para saber mais
sobre o HumanizaSUS.
REFLITA
UNIDADE II
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Sistema Único
à Saúde
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Saúde e Promoção da Saúde 49
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Sistema Único
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Saúde e Promoção da Saúde 50
LEITURA COMPLEMENTAR
ARTIGOS CIENTÍFICOS
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Sistema Único
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Saúde e Promoção da Saúde 51
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: O que é o SUS
Autor: PAIM, J. S et al.
Editora: Fiocruz.
Sinopse: A luta pelo direito à saúde e pela consolidação do Sistema
Único de Saúde (SUS) tem se expressado a partir da articulação
de trabalhadores das áreas da saúde, pesquisadores e militantes
dos movimentos sociais nas últimas décadas. O livro O Que É o
SUS - um dos títulos mais procurados da Editora Fiocruz, já tendo
sido reimpresso cinco vezes - busca esclarecer o que é, o que não
é, o que faz, o que deve fazer e o que pode fazer o SUS. Pela im-
portância do tema e da obra, O Que É o SUS foi selecionado para
se transformar no primeiro e-book interativo da Editora Fiocruz,
no âmbito do primeiro edital da Faperj especialmente dedicado às
editoras universitárias. O objetivo do projeto não era mudar o su-
porte do papel para a tela, mas oferecer uma nova experiência de
leitura, onde vídeos, áudios, galerias de fotos, infográficos e outros
recursos ora complementassem, ora substituíssem partes do texto
original, criando uma nova textualidade eletrônica. O resultado é
fruto de uma construção coletiva e, antes, do consentimento do
autor, o professor da Ufba Jairnilson Silva Paim, que, generosa-
mente, seguiu “o exemplo de João Ubaldo Ribeiro de não interferir
na transformação de seus livros em filmes, novelas ou mini-séries,
pois, além de outras linguagens, na realidade, tais iniciativas ex-
pressam novas criações”, nas palavras do próprio sanitarista. Uma
nova criação que, assim como o livro de 2009, busca contribuir
para a consolidação, o fortalecimento e a expansão do SUS.
FILME / VÍDEO
Título: Documentário: SUS 30 anos – COFEN
Ano: 2018.
Sinopse: O Conselho Federal de Enfermagem lança o documen-
tário “SUS 30 anos”, em comemoração ao aniversário da Consti-
tuição de 1988, que consagrou a saúde como um direito de todo
cidadão e dever do estado.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=3FfAcgT0oys.
UNIDADE II
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Sistema Único
à Saúde
de Coletiva
Saúde e Promoção da Saúde 52
UNIDADE III
A Equipe Saúde da Família
e seus Núcleos de Apoio
Professora Me. Andressa Lorena Ieque
Plano de Estudo:
● ESF: constituição e atribuições das equipes;
● Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) e
grupos de atenção;
● Infraestrutura, financiamento e desafios.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a estratégia saúde da família e seu campo de atuação;
● Definir a composição e as atribuições gerais e específicas das equipes da saúde da
família e dos núcleos de apoio à saúde da família da atenção básica;
● Compreender a atuação e objetivos do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e
Atenção Básica (NASF-AB) no território sanitário;
● Estabelecer os grupos de atenção no contexto da assistência primária em saúde;
● Conhecer sobre a infraestrutura, financiamento e desafios da atenção básica.
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INTRODUÇÃO
Olá aluno(a)! Seja bem-vindo à terceira unidade da disciplina saúde coletiva e pro-
moção da saúde. Nesta unidade, nosso estudo será concentrado nas Estratégia Saúde da
Família (ESF) e na atuação das Equipes Saúde da Família (eSF), assim como os Núcleo
Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB).
No primeiro tópico, vamos introduzir um breve histórico sobre a implantação do
Programa Saúde da Família, que mais tarde veio a se tornar a ESF. Conceituaremos seus
princípios e diretrizes no contexto de atuação das equipes que a constituem. Além disso,
vamos descrever quais profissionais que foram essas equipes, assim como suas atribuições
gerais e específicas.
No segundo tópico, buscaremos compreender a atuação e objetivos do Núcleo
Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) no território sanitário, através
do conhecimento da equipe multiprofissionais e os principais serviços oferecidos pelas
unidades de atendimento que esses núcleos funcionam. Também vamos destacar esse
funcionamento dentro do sistema de redes de atenção de saúde.
Ainda no segundo tópico, vamos conhecer os principais grupos de atenção e como
eles são inseridos no contexto da saúde da família. No terceiro e último tópico, pontuaremos
quais são os principais componentes relacionados a estrutura física das UBS, o principal
local de atuação das equipes da saúde família.
Por fim, não podemos deixar de estudar também qual o modelo de financiamento
que é seguido para suprir os recursos necessários e possibilitar o funcionamento da es-
tratégia aqui apresentada. Além disso, vamos destacar também os principais desafios que
precisam ser superados pelo sistema de saúde, inclusive na área de atenção básica.
1.1 Princípios
- Universalidade: aplicação de mecanismos que possibilitem o acesso universal
aos serviços de saúde e os acolhimentos dos usuários, de modo a promover um
vínculo que facilite o desenvolvimento de estratégias para atender as necessi-
dades.
- Equidade: refere-se à oferta de cuidado através do reconhecimento das neces-
sidades e diferentes condições pessoais, atendendo a diversidade em busca de
diminuir as desigualdades e a exclusão de grupos.
- Integralidade: conjunto de serviços que atenda às necessidades biológicas, psi-
cológicas, ambientais e sociais nos campos da promoção da saúde, prevenção
de doenças e agravos, cuidado, cura e reabilitação (BRASIL, 2017).
1.2 Diretrizes
- Regionalização e hierarquização: estabelecimento de regiões de saúde em um
território geográfico a fim de facilitar o planejamento, organização e gestão dos
serviços de saúde. Essas regiões devem comunicar-se entre si através de um
fluxo horizontal, como determinado no esquema de redes de atenção.
- Territorialização: determinação de uma unidade geográfica específico de
atendimento buscando definir as suas características sociais, econômicas,
epidemiológicas, assistenciais e culturais, possibilitando o desenvolvimento de
ações para atender as necessidades da população adscrita ou de populações
específicas.
- População adscrita: é a população que representa o território de atendimento da
unidade básica de saúde.
Enfermeiro I - realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes
e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços
comunitários (escolas, associações etc), em todas as fases do desenvolvimento
humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade;
II - realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades
em grupo e conforme protocolos ou outras normativas técnicas,
observadas as disposições legais da profissão, solicitar exames
complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando
necessário, usuários a outros serviços;
III - realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea;
IV - planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em
conjunto com os outros membros da equipe;
V - contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente
da equipe de enfermagem e outros membros da equipe; e
VI - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o
adequado funcionamento da UBS.
Médico Acupunturista;
Assistente Social;
Profissional/Professor de Educação Física;
Farmacêutico;
Fisioterapeuta;
Fonoaudiólogo;
Médico Ginecologista/Obstetra;
Médico Homeopata;
Nutricionista;
Médico Pediatra;
Psicólogo;
Médico Psiquiatra;
Terapeuta Ocupacional;
Médico Geriatra;
Médico Internista (clínica médica);
Médico do Trabalho;
Médico Veterinário;
Profissional com formação em arte e educação (arte educador);
Profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saú-
de com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente
em uma dessas áreas conforme normativa vigente (BRASIL, 2017, online).
Observe que, a aplicação das redes é variável e acontece até mesmo em focos
menores de atendimento. É importante a compreensão de que apesar de não estar ilus-
trado na imagem, esses centros estão em contato com outros serviços que não cabem em
apenas uma representação gráfica.
As academias de saúde são espaços públicos dos quais são ofertadas práticas de
atividades físicas para a população em geral. Esses estabelecimentos contribuem muito para
fortalecer as ações de promoção e prevenção da saúde, visto que incentivam um estilo de
vida mais saudável. Além do atendimento no polo, a equipe também desenvolve encontros
comunitários, nas escolas e em grupos educativos voltados para a educação em saúde.
2.1 A família
O grupo de atenção à família volta o cuidado para cada um dos seus integrantes,
considerando o convívio entre eles e o contexto familiar que estão expostos. A abordagem
deve ser complexa e envolve vários fatores e situações, como por exemplo, as condições
sociais, econômicas, culturais, de saúde mental e física, entre outros.
Também é importante valorizar os meios de sobrevivência dos membros, como
o trabalho, e o ciclo de vida que se relaciona com a idade e fase da vida que esses
usuários se encontram. Os idosos apresentarão necessidades diferentes das crianças,
que também apresentam necessidades diferentes do que as de seus pais. A interação
entre todos integrantes pode ser objeto de investigação, uma vez que pode implicar em
complicações que afetam a família.
2.3 O adulto
A atenção ao adulto é subdividida de acordo com necessidades específicas, sendo
comuns os mais diversos problemas de saúde como: hipertensão, diabetes, problemas
circulatórios, cardíacos, doenças da tireoide, infecções urinárias, doenças respiratórias,
alérgicas, imunológicas, infecciosas e ainda doenças que estão associadas ao sexo femini-
no ou masculino. Portanto, podemos direcionar o desenvolvimento de grupos com foco na
atenção da mulher, do homem, à hipertensão, à diabetes, e assim por diante.
2.4 Gestante
A atenção à gestante é voltada para o acompanhamento da gravidez, com consultas
periódicas para acompanhamento da saúde da mulher e do bebê e compartilhamento de di-
cas sobre como se manter saudável durante o período gestacional. Além disso, também são
desenvolvidas ações de educação quanto aos direitos trabalhistas, sociais, nos serviços de
saúde e outros assuntos como a adoção, comorbidades, violência na gravidez, e informações
sobre cuidados com o recém-nascido, alimentação, amamentação, higiene e vacinas.
2.5 O idoso
A atenção ao idoso é focada principalmente em problemas associadas à velhice,
diminuição da imunidade, problemas com equilíbrio e risco de quedas, fragilidade óssea
e doenças generativas e crônicas como incontinência urinária e fecal, Parkinson, Alzhei-
mer, câncer, entre outras. Vale ressaltar que as quedas geralmente estão associadas à
necessidade de atendimento de alta complexidade, com atuação de ortopedistas, exigindo
cirurgias e hospitalizações.
3.1 Infraestrutura
As unidades básicas de saúde (UBS) representam o local de atuação das equipes
saúde da família e a estrutura física dessas unidades deve apresentar requisitos mínimos
para oferecer todo o suporte aos profissionais que nela atuam e também à comunidade que
utiliza dos seus serviços de saúde.
O estabelecimento físico da UBS deve permitir o atendimento organizado, com
infraestrutura, equipamentos e insumos suficientes para fornecer a atenção à saúde.
O porte de UBS é determinado de acordo com a quantidade de equipes atuando na
unidade, de forma que quanto mais equipes maior o território atendido e também maior a
infraestrutura requerida.
A PNAB prevê os ambientes para cada tipo de unidade, recomendando para a
Unidade Básica de Saúde:
3.6 Financiamento
A Estratégia Saúde da Família já passou por vários sistemas de financiamento
desde a sua criação. No início, existia o Piso de Atenção Básica (PAB) que era transferido
do Fundo Nacional de Saúde aos municípios mensalmente de acordo com o tipo, número
e composição das equipes implantadas (CASTRO et al., 2018).
3.7 Desafios
Apesar de toda elegância teórica, o sistema único de saúde enfrenta desafios
e dificuldades consistentes em cumprir os objetivos, principalmente devido a limitações
associadas à falta de recursos financeiros, problemas administrativos e despreparo dos
profissionais de saúde.
Um dos principais desafios é o trabalho do esquema de redes, que exige a sincro-
nização entre equipes da atenção primária com os outros serviços e estabelecimento de
saúde de forma integrada. Usualmente pode ocorrer a fragmentação do sistema devido à
complexidade da rede ou pela falta de comprometimento dos profissionais.
A busca de profissionais com perfil adequado para atender a política assistencial
integralista é muito importante, e por isso, o ensino da saúde coletiva deve ser tão valorizado
durante a formação de cursos da área da saúde. Os alunos precisam ser preparados desde o
início do ensino para compreender os fundamentos, princípios e diretrizes do SUS e tornar-se
capaz de colocá-los em prática durante o futuro exercício profissional ou de gestão em saúde.
Um ponto importante a ser trabalhado para facilitar a resolução desses problemas
é o fortalecimento do relacionamento entre os integrantes da equipe. A participação do
gestor de saúde pode ser fundamental para incentivar o trabalho em equipe no fortaleci-
mento da rede de atenção.
Por fim, apesar de estar claro que o investimento da atenção primária em saúde
pode render frutos mais interessantes para o estado e à população, muitas vezes o sistema
enfrenta dificuldades em difundir as ações de promoção e prevenção de saúde. As equipes
de saúde das grandes cidades são as que apresentam maior dificuldade em planejar as
ações específicas do território para atingir a comunidade.
SAIBA MAIS
Fonte: MDS. Orientações Técnicas: Centro de Referência de Assistência Social – CRAS. Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 1. ed. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Com-
REFLITA
LIVRO
Título: SUS e ESF - Sistema único de Saúde e Estratégia Saúde
da Família
Autor: Cordoba, Elisabete.
Editora: Rideel
Sinopse: A Estratégia Saúde da Família (ESF), implantada em
quase todo o território nacional, segue os princípios dos SUS e
tornou possível a democratização da saúde como nenhum outro
programa do Ministério da Saúde já havia feito. A ESF presta
cuidados na Unidade de Saúde (US), tanto onde está localizada
quantos nos domicílios de seus pacientes, realizando ações de
forma integrada a todos os componentes família. Pensando nis-
so, a obra aborda desde a história do SUS até como agir com o
paciente, de acordo com sua fase de vida ou suas doenças. Esta
obra foi elaborada a partir da experiência das autoras, a fim de
ampliar o conhecimento de estudantes e profissionais da área da
saúde.
FILME / VÍDEO
Título: Conheça a Estratégia Saúde da Família
Ano: 2012.
Sinopse: A Estratégia Saúde da Família é a Estratégia do Governo
Brasileiro que tem por objetivo a promoção da saúde, prevenção,
recuperação, reabilitação de doenças e a manutenção da saúde
da comunidade. Esse vídeo foi realizado pelo Departamento de
Atenção Básica do Ministério da Saúde (2009) e contou com depoi-
mentos de diversos profissionais da ESF e de usuários. Confira!.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EvAbGkvf3Yw
Plano de Estudo:
● Sistema de informação e introdução à epidemiologia;
● Epidemiologia descritiva: medidas de frequência e de associação;
● Epidemiologia analítica: estudos observacionais e experimentais.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender sobre o uso de sistema de informação no contexto
da assistência à saúde;
● Apresentar a epidemiologia e a aplicação de suas ferramentas
nos estudos epidemiológicos;
● Definir as medidas de frequência e de associação utilizadas
na epidemiologia descritiva;
● Pontuar as principais características dos estudos
observacionais e experimentais.
84
INTRODUÇÃO
Introdução à epidemiologia
A palavra “Epidemiologia” vêm da definição: Epi=sobre; demo=população; lo-
gos=estudo. Portanto, de um modo resumido poderíamos descrevê-la como estudo de uma
população. Uma definição precisa do termo não é fácil, pois sua temática é dinâmica e seu
objeto é complexo. De modo geral, apresentamos a epidemiologia como a consolidação de
três áreas de estudos (Figura 5):
Clínica: considera os fatores individuais das pessoas que constituem a população;
Estatística: utiliza de ferramentas para coleta e análise de dados de doenças ou
agravos à saúde para estudar os riscos que a população está exposta;
Econômicos - Fome;
- Pouca acessibilidade.
- Leis;
Sociais Políticos - Políticas de saúde;
- Sistema de saúde.
- Preconceitos;
Culturais - Hábitos alimentares;
- Crendices e comportamentos.
- Ansiedade e depressão;
Psicossociais - Resistência dos sujeitos;
- Estresse e sono.
- Demografia;
Ambientais - Localização geográfica;
- Ocupação.
- Idade;
- Sexo;
Biológicos - Fatores genéticos;
- Comorbidades;
- Uso de medicamentos.
Nas séries temporais, são avaliadas variações que ocorrem em períodos relativa-
mente curtos (horas, dias, meses ou ano). Geralmente associam-se com mudanças bruscas
na incidência de doenças, que podem ser denominadas de atípicas ou irregulares. Alguns
fenômenos que podemos associar a esse tipo de distribuição são os desastres naturais e
os surtos de doenças infecciosas (ROUQUAYROL e GURGEL, 2018; ALMEIDA FILHO e
BARRETO, 2011).
No eixo y da incidência são definidos Desvios Padrões (DP) para delimitar a faixa
de endemicidade e limites para epidemia e erradicação, conforme a seguinte interpretação:
● Se a incidência se mantém abaixo do limite superior e acima do limite inferior do
canal endêmico, significa que a doença é classificada como endemia.
● Se a incidência ultrapassa o limite superior do canal endêmico, a doença é
classificada como epidemia.
● Se a incidência é menor que o limite interior do canal endêmico, significa que o
número de casos está progredindo para a eliminação ou erradicação da doença.
Esse diagrama permite avaliar se a distribuição da doença ocorreu dentro do es-
perado, além disso, quando são aplicadas medidas profiláticas ou de controle pode ser
utilizado para verificar se as medidas foram eficazes e mantiveram a doença sob controle.
Abaixo temos um exemplo de diagrama de controle no contexto de monitoramento de uma
doença, a meningite (Figura 11).
2.4 Idade
A idade pode ser determinante para o estado de saúde, pois dependendo do estágio
da vida alguns componentes biológicos e sociais dos quais o indivíduo é exposto podem
aumentar o risco para o desenvolvimento de algumas doenças. Por exemplo:
● As crianças estão mais suscetíveis a doenças da fase escolar devido contato
com outras crianças, sendo comum dor de garganta, disenterias e catapora.
● O adulto apresenta outro perfil de doenças infecciosas devido a maturidade do
seu sistema imunológico, e também doenças associadas ao trabalho.
● O idoso pode apresentar doenças crônicas como doenças cardiovasculares,
câncer, artrite, diabetes e outras doenças infecciosas relacionadas ao sistema
imune fragilizado como gripe e pneumonias (PEREIRA, 2018).
Cálculo 1
2.10 Prevalência
Relação entre o número de casos conhecidos de uma dada doença e a população de
origem dos casos, com referência a um lugar definido, multiplicando-se o resultado pela base
referencial da população que é uma potência de 10 (ALMEIDA FILHO e BARRETO, 2011).
Cálculo 2
2.11 Incidência
Razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma comuni-
dade, em um intervalo de tempo determinado, e o número de habitantes de uma população
expostos durante o mesmo período. Multiplica-se o resultado pela base referencial da
população que é uma potência de 10 (ALMEIDA FILHO e BARRETO, 2011).
Cálculo 3
2.12 Mortalidade
Quantifica a intensidade do risco de morrer que uma população de determinada
área e ano, sem especificar causas, sexo, idade ou outra característica. Usualmente cal-
culado para situações específicas de mortalidade, como por exemplo, mortalidade infantil
ou neonatal, definindo nesses casos a faixa etária específica da infância ou neonatalidade
(ALMEIDA FILHO e BARRETO, 2011).
Cálculo 4
Doença
Exposição Sim Não
Sim a b
Não c d
Total a+c b+d
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA
Doença
Exposição Sim Não Total/Prevalência Incidência
Sim a b a+b a/a+b
Não c d c+d c/c+d
Total a+c b+d a+b+c+d a+c/a+c+b+d
CÁLCULO 5
O risco relativo (RR) é calculado pela divisão da incidência da doença nos expostos
pela incidência das doenças não expostas:
CÁLCULO 6
O IC permite conhecer a precisão com que o estudo estima certo efeito e se o achado
é estatisticamente significativo para um dado nível de significância (p). Quando a faixa de IC
passa por 1, há a chance de os riscos serem iguais em dois grupos diferentes, e, portanto, a
diferença não existe. Por isso, quando IC contiver esse valor nulo de efeito, o resultado será
inconclusivo e sem significância estatística (ALMEIDA FILHO e BARRETO, 2011).
SAIBA MAIS
E uma das principais vantagens desses estudos associa-se ao fato deles permitirem
a demonstração de causalidade, sob condições de alocação aleatória e cegamento. Além
disso, apresentam alta qualidade metodológica e permitem testar novos fármacos e simular
de doenças em modelos animais (ALMEIDA FILHO e BARRETO, 2011).
As limitações relacionam-se com a alta demanda de recursos, alto custo, longo
tempo de observação, instabilidade de estrutural e administrativa e privação de benefício
ao grupo controle (ALMEIDA FILHO e BARRETO, 2011).
Reflita sobre uma hipótese de pesquisa e quais variáveis você poderia avaliar através
do DATA SUS. Acesse o vídeo sobre como extrair dados do DATASUS no final da uni-
dade e avalie a possibilidade de colocar este estudo em prática. Quem sabe você não
pode contribuir com achados para a organização e implementação de ações de saúde
pública?
LIVRO
Título: Epidemiologia & Saúde - Fundamentos, Métodos e Aplicações.
Autor: Naomar de Almeida Filho e Mauricio L. Barreto.
Editora: Guanabara Koogan.
Sinopse: Esta obra foi elaborada com o objetivo de explorar a
Epidemiologia mediante a articulação dos seus aspectos teórico-
-metodológicos – etapas de produção do conhecimento sistemá-
tico e validado – e tecnológicos – aplicação do conhecimento –,
distribuídos em quatro planos: 1. Níveis de determinação: mole-
cular, genético, clínico, ambiental, social e cultural; 2. Etapas do
ciclo vital: infância, adolescência, fase adulta, velhice; 3. Grupos
de problemas de saúde: doenças infecciosas, cardiovasculares,
neoplásicas, respiratórias e mentais, dentre outras; violência; uso
abusivo de substâncias psicoativas; saúde reprodutiva; nutrição;
saúde do trabalhador e saúde bucal; 4. Aplicações a sistemas de
saúde: planejamento, gestão, avaliação, vigilância, economia,
tecnologia e regulação. Desse modo, busca-se revelar a Epide-
miologia como um campo disciplinar próprio, já reconhecido como
gerador de conhecimentos e tecnologias capazes de subsidiar
avanços concretos na situação social de saúde.
FILME / VÍDEO
Título: Como coletar dados do DATASUS (tabnet) para a sua
pesquisa - SIH, SIM, SINAN, CNES, etc
Ano: 2017.
Sinopse: Tutorial de como coletar dados do DATASUS (tabnet)
para a sua pesquisa - Acessar informações do Datasus (SIH,
SINAN, SIM, CNES, etc.) - Sistema de Informações Hospitalares
- Sistema de Informações de Mortalidade - Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde - Sistema de Informações de Agravos
de Notificações.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=rseCB4OQ4HE
ALMEIDA, D. Saúde em rede – Você conhece o SUS? Parte 2. 2019. Disponível em: https://
www.deviante.com.br/noticias/saude-em-rede-voce-conhece-o-sus-parte-2/ Acesso em: 11
set. 2021.
BRASIL. Lei 8080 de 19 de setembro de 1990. Brasília, 1990a. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em 12 set. 2021.
BRASIL. Lei 8142 de 28 de dezembro de 1990. Brasília, 1990b. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm. Acesso em 12 set. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Cartilha – Academia da saúde. Brasília: DF, 2014. Disponível
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/academia_saude_cartilha.pdf. Acesso em:
27 set. 2021.
122
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização (PNH) – HumanizaSUS.
Brasília, 2017. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-
-e-programas/humanizasus. Acesso em: 11 set. 2021.
123
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. SIAB: manual do sistema de Informação de Atenção Básica. 1 ed., Brasília: Minis-
tério da Saúde, 2003.
124
BRASIL. Secretaria de Estado de Saúde. Governo do Estado de Goiás. Vigilância em Saú-
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CAMPOS, G. W. D.; BONFIM, J. R. A.; MINAYO, M. C. D.; AKERMAN, M.; JÚNIOR, M. D.;
CARVALHO, Y. M. Tratado de Saúde Coletiva. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 2017.
PAIM, J. S.; FILHO, N. D. A. Saúde Coletiva - Teoria e Prática. MedBook Editora, 2014.
PAIM, J. S.; FILHO, N. D. A. Saúde Coletiva - Teoria e Prática. 1. ed. Rio de Janeiro:
MedBook Editora, 2014.
125
PAIVA, C. H. A.; TEIXEIRA, L. A. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde:
notas sobre contextos e autores. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro,
v. 21, n. 1, 2014, p.15-35.
PREVENÇÃO. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2021. Disponível
em: https://www.dicio.com.br/prevencao/. Acesso em: 09 ago. 2021.
REZENDE, E. A. S., et al. Ventres urbanos – Cidades e sanitarismo. Ler História, v. 51,
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ROSEN, G. Uma História da Saúde Pública. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1994.
126
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
127
+55 (44) 3045 9898
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CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR
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