Prevenção da negligência,
abusos e maus-tratos
• Identificar os conceitos e princípios fundamentais relacionados com a prevenção da negligência, abusos e maus-tratos.
• Detetar alterações do estado físico, emocional ou psicológico do indivíduo indicadores de negligência, abusos e maus-tratos.
• Propor medidas preventivas de situações de negligência, abusos e maus-tratos.
• Efetuar o registo e transmitir ocorrências.
Duração: Formador/a:
25 horas Ana Vieira
O Formador
Curso: Desenvolvimento Pessoal e Social – Técnico de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade
UFCD: 7226 – Prevenção da negligência, abusos e maus-tratos (25h)
Índice
Objetivos........................................................................................................................................... 3
Conteúdos ......................................................................................................................................... 4
1. CONCEITO DE MAU TRATO ............................................................................................. 5
2. CATEGORIAS DE MAUS TRATOS ..................................................................................... 7
3. FATORES DE RISCO.......................................................................................................... 10
3.1. Vítima ............................................................................................................................ 10
3.2. Agressor......................................................................................................................... 11
3.3. Maus tratos .................................................................................................................... 12
4. FORMAS DE PREVENÇÃO ............................................................................................... 14
4.1. Primária ......................................................................................................................... 14
4.1.1. Formação e sensibilização dos intervenientes ................................................................. 14
4.1.2. Promoção da autonomia e reforço das capacidades de autodeterminação ....................... 15
4.1.3. Integração social e comunitária ...................................................................................... 16
4.2. Secundária ...................................................................................................................... 17
5. TÉCNICAS DE DETEÇÃO DE SITUAÇÕES DE NEGLIGÊNCIA, ABUSOS E MAUS
TRATOS......................................................................................................................................... 18
5.1. Identificação de sinais de alerta (alterações psicológicas e emocionais; sinais físicos)....... 18
5.2. Exploração de sinais físicos ............................................................................................ 19
6. ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM SITUAÇÕES DE NEGLIGÊNCIA, ABUSOS E
MAUS TRATOS ............................................................................................................................. 22
7. ROCEDIMENTOS PARA REGISTO E NOTIFICAÇÃO EM SITUAÇÕES DE
DETEÇÃO DE MAUS TRATOS, NEGLIGÊNCIA OU VIOLÊNCIA....................................... 24
Bibliografia ...................................................................................................................................... 25
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Objetivos
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Conteúdos
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Os maus tratos podem atingir crianças de qualquer idade, no entanto, estudos revelam que são mais suscetíveis
de serem maltratadas as crianças com menos de três anos de idade (cerca de dois terços dos casos), em
particular o grupo de menos de seis meses de idade que representa um terço dos casos.
O abuso psicológico, a violência psicológica e a violência física são os retratos mais tristes e inaceitáveis de
maus tratos na terceira idade. O mais aterrador é que o principal agressor é, na maioria das vezes, um familiar!
Mandar calar a boca, gritar e ameaçar são alguns dos exemplos de violência psicológica. Já a violência física
pode ser expressada tanto pela agressão propriamente dita, como pelo abuso sexual ou pela violência do
marido, também idoso.
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Muitas vezes pode acontecer por um gesto impensado, mas também há casos de ações premeditadas de agredir
sistematicamente o idoso. Algumas outras causas, dentro de casa, que podem gerar os maus tratos:
✓ Relação desgastada na família
✓ Cansaço excessivo do cuidador
✓ Incapacidade do cuidador de oferecer cuidado adequado
Nas instituições de longa permanência, os maus tratos ocorrem também quando há uma administração
deficiente, com capacitação inadequada do pessoal, supervisão de enfermagem deficiente.
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Violência é um comportamento que causa intencionalmente dano ou intimidação moral a outra pessoa
ou ser vivo. Tal comportamento pode invadir a autonomia, integridade física ou psicológica e até mesmo
a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim
violência (que por sua vez o amplo, é qualquer comportamento ou conjunto de deriva de vis, força,
vigor); aplicação de força, vigor, contra qualquer coisa.
Existe violência explícita quando há rutura de normas ou moral sociais estabelecidas a esse respeito: não
é um conceito absoluto, variando entre sociedades. Por exemplo, rituais de iniciação podem ser encaradas
como violentos pela sociedade ocidental, mas não pelas sociedades que o praticam.
Maus tratos é a ação e o efeito de maltratar (tratar mal uma pessoa, sujeitando-a à violência e aos abusos).
O conceito está associado a uma forma de agressão no âmbito de uma relação entre duas ou mais pessoas.
Exemplos: “O jovem abandonou a esquadra com sinais de maus tratos”; “A Joana acabou por pedir o
divórcio face aos sucessivos maus tratos que recebia por parte do seu marido”; “A mulher, farta dos
maus tratos, não tolerou mais a situação e acabou por disparar oito tiros contra o seu companheiro”.
Não há nenhuma definição única e precisa de maus tratos, uma vez que as suas características dependem
do contexto. Os maus tratos podem abarcar desde um insulto ocasional a um vendedor cujo agressor
mal conhece às tareias e pancadas quotidianas que um abusador pratica sobre a sua esposa.
Negligência (do latim "negligentia") é o termo que designa falta de cuidado ou de aplicação numa
determinada situação, tarefa ou ocorrência. É frequentemente utilizado como sinónimo dos termos
"descuido", "incúria", "desleixo", "desmazelo" ou "preguiça".
É uma forma de conduta humana que se caracteriza pela realização do tipo descrito numa lei penal,
através da lesão a um dever de cuidado, objetivamente necessário para proteger o
bem jurídico e onde a culpabilidade do agente se assenta no fato de não haver ele evitado a realização do
tipo, apesar de capaz e em condições de fazê-lo.
✓ Abuso sexual
A negligência e suas diferentes formas de apresentação
A negligência é uma forma de maus tratos em que o prestador de cuidados à criança não garante o
cumprimento das necessidades básicas de alimentação, higiene, cuidados médicos e de educação e
vigilância das atividades da criança.
✓ Negligência física inclui a privação de cuidados médicos básicos, a falta de alimentação e
vestuário adequados, higiene deficiente, abandono da criança ou a sua permanência sem
vigilância por longos períodos de tempo.
✓ Negligência emocional refere-se a todas as situações em que as necessidades emocionais da
criança são ignoradas, em que ela é privada do afeto e suporte emocional necessários ao seu
desenvolvimento e crescimento normais.
✓ Negligência educativa inclui os casos em que a criança não é enviada à escola na idade própria,
os casos de absentismo escolar frequente ou quando os pais facilitam ou promovem hábitos que
interferem com a educação, como o uso de álcool e outras drogas.
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3. FATORES DE RISCO
3.1. Vítima
✓ Os fatores descritos são apenas fatores de risco para o aparecimento de maus tratos, não são
indicativos da sua existência nem servem, em circunstância alguma, para os justificar.
3.2. Agressor
As crianças que vivem em instituições são "extremamente vulneráveis a maus tratos". Segundo um alerta
lançado pela Unicef, precisamente no dia em que em Portugal se comemora o Dia Mundial da Criança,
o problema é transversal a todos os países, no entanto, a falta de dados nacionais credíveis sobre o
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assunto, tornam-no muitas vezes "invisível". Apesar desta lacuna, a organização, que tem estado a
compilar estes dados no âmbito da preparação da Consulta Regional sobre a Violência Contra as
Crianças, estima que pelo menos um milhão de crianças vivem hoje em instituições, na Europa e na Ásia
Central, muitas delas marcadas por "problemas familiares" que as tornam ainda mais vulneráveis à
violência.
Independentemente do país, os fatores que ameaçam as crianças institucionalizadas prendem-se
geralmente com a falta de privacidade, a frustração, os abusos de poder não vigiados, a discriminação, a
incompetência dos técnicos e as opções disciplinares inadequadas. E, quanto mais fechada é a instituição,
maior é a probabilidade de a violência ocorrer", sem que isso se saiba. E sem que o Estado pareça dar a
resposta suficiente, de modo a "prevenir ou reagir de forma apropriada.
A violência ao idoso está presente em lugares como instituições de longa permanência, domicílios,
transportes públicos, centros-dias - enfim na vida em comunidade.
Do ponto de vista do idoso, a instituição de longa permanência é também considerada lugar ameaçador,
considerando-se as numerosas denúncias referentes a maus-tratos. Neste ambiente, que deveria
representar apoio ao idoso e a seu familiar, podem ocorrer atos ou omissões na forma de violência física,
sexual, humilhações e desumanização, levando ao agravamento do quadro de saúde física e mental.
Diversos indícios caracterizam maus-tratos nas instituições de longa permanência, como cuidados
insuficientes, falta de higiene, qualidade de vida precários, pouca privacidade, condições de trabalho
ruins, configurada no esgotamento da equipa de enfermagem e dos cuidadores, no uso de medicamentos
sedativos, desnutrição, desidratação, tortura, contenção, manutenção em cárcere, suicídio e assassinato.
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4. FORMAS DE PREVENÇÃO
4.1. Primária
As pessoas idosas são particularmente vulneráveis aos maus-tratos, uma vez que se encontram
frequentemente numa situação de fragilidade e dependência.
Como prestadores de cuidados, temos de estar preparados para:
✓ Preveni-los,
✓ Evitá-los;
✓ Saber identificar sinais e sintomas, de forma a detetá-los em tempo útil;
✓ Agir para lhes pôr termo e responsabilizar os seus autores;
É necessário fazer tudo para a recuperação da vítima mediante a superação dos efeitos. Isto implica
formação que nos torne capazes de atuar sem preconceitos e estereótipos, de conjugar os conhecimentos
indispensáveis, de articular as atuações que a especificidade da situação exija. Sempre tendo em conta o
superior interesse do idoso.
Temos de promover mudanças de comportamentos e atitudes face ao envelhecimento; ele tem de ser
aceite como um fenómeno natural, que faz parte do ciclo da vida. Só assim poderão as pessoas idosas
viver com dignidade e participar plenamente em atividades educativas, culturais, espirituais, sociais e
económicas como titulares que são de cidadania plena, fundada na sua dignidade como pessoa.
A prevenção passa também pelo planeamento dos cuidados. Este planeamento é efetuado em reuniões
multidisciplinares e tendo em especial atenção aos residentes mais dependentes ou que sofrem de
problemas mais complexos. Os colaboradores são encorajados a falar aos seus superiores ou supervisores
sobre as suas preocupações ou frustrações. Esta prática contribui para reduzir tensões.
Uma vez que prestar cuidados a pessoas idosas é uma tarefa desgastante, existe um regime de
rotatividade, para evitar a saturação dos colaboradores e a criação de vícios na intervenção
Para facilitar uma queixa de maus-tratos ou negligência é necessário tomar algumas precauções,
nomeadamente:
✓ Ouvir a pessoa com toda a atenção e confirmar tudo o que ele lhe disse, a fim de verificar se
percebeu corretamente o que ele lhe contou;
✓ Fazer perguntas que deem ao residente a possibilidade de relatar tudo o que aconteceu; evitar
questões cuja resposta seja "sim" ou "não"; só assim poderá obter uma perspetiva global dos
acontecimentos;
✓ Mostrar que acredita nos factos;
✓ Explicar ao indivíduo que a situação tem de ser comunicada ao Conselho de Administração da
Estrutura Residencial para Idosos;
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✓ Explicar que, eventualmente, mais pessoas terão que tomar conhecimento da situação, mas
apenas as indispensáveis para garantir a sua segurança;
✓ Assegurar que tudo o que ouviu será tratado de forma confidencial e com todo o respeito.
O estatuto social do idoso está fragilizado e os estigmas sobre a velhice ameaçam transformar o idoso
num ser descartável.
O próprio idoso, por pressão do estigma, sente-se muitas vezes ultrapassado, acha que já teve a sua época
e que agora não serve para mais nada.
A negação social do direito à existência é uma das mais graves formas de violência e é perpetrada pelo
próprio idoso em relação a si mesmo e pela sociedade.
As diferentes formas de violência alimentam sentimentos de culpa, de solidão, de dependência, de
inutilidade, e aumentam o desamparo, a confusão e a dúvida nos julgamentos e juízos sobre mundo que
rodeia o idoso. Tudo isto se traduz numa perda da autoestima.
Apoio Jurídico:
Da extensão das matérias relativas ao Apoio Jurídico a pessoas vítimas de crime podem apontar para três
grandes vertentes que o devem estruturar:
✓ Informar a pessoa vítima de crime acerca dos seus direitos;
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✓ Elucidar a pessoa vítima acerca das várias etapas de determinados processos judiciais,
designadamente o processo criminal, o divórcio, a regulação do poder paternal, entre outros;
✓ Auxiliar a pessoa vítima a elaborar requerimentos e peças processuais que ela possa, por si, assinar
(isto é, quando não é necessário advogado), como sejam o pedido de apoio judiciário, a denúncia,
a queixa, o pedido de indemnização civil, o pedido de suspensão provisória do processo criminal
ou, no caso de vítimas de crimes violentos ou de violência conjugal, o pedido de indemnização
dirigido ao Ministro da Justiça
Apoio Social
O Apoio Social é prestado por técnicos (as) de Serviço Social, educadores sociais e outros profissionais
de Trabalho Social devidamente qualificados. Em termos sociais, a vítima apresenta frequentemente
necessidades básicas ao nível do acolhimento, alimentação e da saúde.
O apoio social prestado tem, entre outros, os seguintes objetivos:
✓ Fazer o diagnóstico das necessidades sociais da vítima de crime e da sua família, nomeadamente
ao nível da habitação, educação emprego e formação profissional;
✓ Informar a vítima acerca dos vários recursos sociais existentes;
✓ Refletir e explorar com a vítima os recursos sociais mais adequados;
✓ Auxiliar a vítima no contacto, presencial ou não, com outros serviços e instituições (locais,
regionais ou nacionais), para otimizar os recursos mais adequados para o processo de apoio;
✓ Encaminhar a vítima para outros serviços e instituições (locais, regionais ou nacionais),
favorecendo o contacto com os respetivos profissionais; acompanhando a vítima
presencialmente; e elaborando os relatórios de processo de apoio à vítima necessários.
4.2. Secundária
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A violência doméstica representa um dos principais fenómenos de maus tratos, negligência e abusos
presentes na sociedade e, abarca comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes,
sobretudo para controlar a outra. As pessoas envolvidas podem ser casadas ou não, ser do mesmo sexo
ou não, viver juntas, separadas ou namorar.
Todos podemos ser vítimas de violência doméstica.
As vítimas podem ser ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, orientação
sexual, formação ou estado civil.
✓ Instrumentos de abuso: Um pai ou mãe agressor pode utilizar os filhos como uma forma de
abuso e controlo;
✓ Vítimas de abuso: As crianças podem ser física e/ou emocionalmente abusadas pelo agressor
(ou mesmo, em alguns casos, pela própria vítima).
Negligência
Abuso sexual
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Quando estamos perante uma vítima de violência, importa ter em conta alguns aspetos não diretamente
relacionados com o atendimento, mas com regras elementares de bom trato e cortesia.
Estas ajudam-nos a mostrar-lhe que é bem-vinda, num momento difícil.
O apoio emocional deve estar presente em todos os momentos do processo. Não necessita que dele se
façam grandes explicações: devemos estar diante da vítima com sensibilidade humana, capazes de a ouvir,
de a compreender e estabelecer empatia.
O apoio emocional deve ser garantido por qualquer profissional que esteja implicado no processo. É de
natureza pessoal, não requer nenhuma especialização académica, ou profissional.
No atendimento presencial, devemos ter com a vítima uma relação de empatia, no qual a comunicação
tenha qualidade. Numa necessária interação, alternamos com a pessoa papéis de emissor e recetor,
estabelecendo por isto uma relação da qual deverá resultar o apoio de que necessita.
Existem algumas técnicas para que possamos estabelecer esta comunicação, nomeadamente:
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Linha da Criança
A Linha da Criança destina-se a acolher queixas relativas a crianças e jovens que se encontrem em
situação de risco ou perigo. As queixas podem ser transmitidas pelos próprios ou por adultos em seu
nome.
O número de telefone é 800 20 66 56 e a chamada é grátis.
A especificidade desta Linha face a outras decorre da legitimidade do Provedor de Justiça, enquanto
entidade independente do Estado, para intervir junto das entidades públicas competentes que, por sua
vez, têm um dever de cooperação para com o Provedor, o que torna a intervenção da Linha mais eficaz.
Não é uma linha de emergência, nem de conversação mas de informação, encaminhamento e
intervenção, tendo em vista a promoção e proteção dos Direitos da Criança.
Serve para tratar da questão colocada, diretamente ou em contacto com as entidades competentes. Os
casos mais frequentemente comunicados dizem respeito a situações de negligência quanto à segurança,
saúde, sustento e educação dos menores, maus tratos físicos, abandono, carências familiares, regulação
do poder paternal e problemas escolares.
A Linha funciona de uma forma muito simples. Sempre que alguém queira comunicar a situação de uma
criança ou jovem em risco ou perigo, deve ligar para a Linha da Criança, sendo a chamada grátis. O
atendimento é personalizado e direto e é feito durante os dias úteis entre as 9h30m e as 17h30. Fora
deste horário, é possível deixar mensagem e indicar um contacto, para que a chamada seja devolvida.
Através de uma atuação informal e expedita, a Linha encaminha as situações para as entidades
competentes e acompanha a sua intervenção. As entidades mais frequentemente contactadas são as
comissões de proteção de crianças e jovens (CPCJ), o Instituto de Segurança Social (ISS) e os
estabelecimentos de ensino.
Contactos Úteis:
✓ SOS MULHER 808 200 175 (Linha Azul)
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Bibliografia
✓ Manual do formador: Apoio a idosos em meio familiar – Maria do Carmo Cabêdo Sanches e
Fátima João Pereira, Projecto Delfim, s.d.
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