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03/06/2020 Navegação Manual: Conhecendo a Bússola - Parte 1/2

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Navegação Manual: Conhecendo a Bússola -


Parte 1/2
 Chico Trekking  quarta-feira, agosto 28, 2013

Para nós aventureiros, até poucos


anos atrás, a Bússola e a Carta
Topográfica eram praticamente as
únicas fontes seguras de navegação
por áreas desconhecidas. Aliás, a
dupla Bússola e Carta Topográfica
foram e continuam sendo
inseparáveis. Entretanto, com o
advento e popularização do GPS,
ambas tornaram-se pouco usuais,
principalmente pelos aventureiros
mais novatos.

Assim, neste primeiro post serão


Modelo A10 da fabricante Suunto
demonstradas as partes principais
Fonte: www.suunto.com - Adaptação: Chico Trekking
de uma bússola cartográfica e para CONFIRA

que se destina cada uma delas; além de orientação básica de navegação com a
bússola sem mapa/cálculo de azimutes. Porém, antes de entrar no tema Agenda Sobre
propriamente dito, abordarei o conhecimento dos pontos cardeais, colaterais e Opinião GPS
seus graus, que é o princípio básico que orienta a navegação e que está Relatos Videos
representado no limbo giratório de qualquer bússola.
Links Contato

Dicas FAQ Travessias


Esta é a primeira postagem da série de duas em que procurarei oferecer uma
noção básica sobre o modelo de navegação manual com Carta Topográfica e
LEIA MAIS
Bússola. Será uma abordagem simples e os temas serão os seguintes: 

► Navegação Manual: Conhecendo a Bússola Pedra Grande em Igarapé:


beleza e resistência!

► Navegação Manual: Conhecendo a Carta Topográfica  quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Navegação Manual:
Conhecendo a Carta
Navegação Manual: Conhecendo a Bússola Topográfica - Parte 2/2
 quinta-feira, agosto 29, 2013
A Bússola é um instrumento de navegação com fundamentos magnéticos. Não
se sabe com precisão a sua origem, mas credita-se aos chineses, lá pelo século IX. Navegação Manual:
Foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos e com isto surgiram vários modelos. Conhecendo a Bússola -
Parte 1/2
História à parte, para a navegação no meio natural em que é comum se utilizar
 quarta-feira, agosto 28, 2013
de mapas auxiliares, o modelo mais indicado é a Bússola Cartográfica, também
conhecida como Bússola Silva. 
Cachoeira das Ostras: doce
recanto em Brumadinho
Isto não quer dizer que outros modelos não servem. Ocorre que a Bússola  sexta-feira, agosto 29, 2014
Cartográfica, ao contrário do modelo tradicional, é confeccionada sobre uma
superfície transparente e em acrílico, onde se concentram várias informações

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03/06/2020 Navegação Manual: Conhecendo a Bússola - Parte 1/2

que facilitam a vida do aventureiro. Além disso, alguns modelos permitem o Ponta da Joatinga: a
ajuste automático da declinação magnética, que é um fator importante para Travessia que une paixões!
uma navegação mais precisa.  terça-feira, dezembro 16, 2014

Pedra Grande de Igarapé


Os pontos Cardeais, Colaterais e os Graus pela Rota Sul: um jardim em
pleno inverno!
Os pontos cardeais são o Norte, Sul,  domingo, novembro 30, 2014
Leste e Oeste do Globo. Para
identificá-los basta um exercício Extrema a Fechados: uma
simples, aprendido em escola rota estratégica!
primária: apontamos nossa mão  segunda-feira, novembro 28,
2016
direita para o lugar que o sol nasce:
Globo e a Rosa dos Ventos, com os pontos Cardeais e Colaterais
este lado é o leste. A nossa mão Chapada das Perdizes:
Fonte: geografalando.blogspot.com.br
esquerda indicará o Oeste. à nossa Minduri a Carrancas
frente estará o Norte e atrás o Sul.  quinta-feira, junho 23, 2016

Como há uma grande distância entre Curimataí a Santa Bárbara


 segunda-feira, dezembro 18, 2017
um ponto e outro, entre esses existem
os chamados pontos colaterais, que
são o Nordeste, situado entre o Norte
Serra do Elefante em Mateus
e o Leste; o Sudeste, situado entre o Leme: um jardim nos
Leste e o Sul; o Sudoeste, situado arredores de BH
entre o Sul e o Oeste; e o Noroeste, Rosa dos Ventos completa, com os pontos cardeais, colaterais e   sábado, maio 11, 2013

situado entre o Oeste e o Norte. subcolaterais, com suas respectivas siglas

Fonte: geografalando.blogspot.com.br

Há também os pontos subcolaterais,


Seguir por E-mail
situados entre os cardeais e os colaterais, porém na prática eles são bem menos
usados. Juntando todos os pontos forma-se o tradicional desenho conhecido Get all latest content delivered
straight to your inbox.
como Rosa dos Ventos.

Endereço de e-mail
Unindo os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais seguindo o sentido horário
forma-se um eixo de 360 graus. O Norte é o 0º e também o 360º. Os outros pontos INSCREVER-SE
cardeais e colaterais estão distantes a 45º uns dos outros. Este eixo de 360º é
aquele que está representado no limbo da Bússola. Por isso devemos ficar atentos,
pois existem bússolas com várias graduações ou marcações dos graus. Mas
MARCADORES
importa saber que, quanto menor as graduações constantes em uma bússola,
mais precisa será a navegação nela baseada.
 Arredores Da Serra Do Cipó

Agora que compreendemos um pouco mais sobre os pontos cardeais e colaterais  Arredores De Belo Horizonte

podemos passar à conhecer com mais detalhes a Bússola Cartográfica.  Cachoeiras

Dicas Trekking
A Bússola Cartográfica

 Parques Estaduais De Minas Gerais

Normalmente uma Bússola  Parques Nacionais


Cartográfica possui os seguintes e
 Serra Fina
principais elementos:
 Travessias

Base: normalmente em acrílico, é


transparente para facilitar a
visualização em conjunto com os
mapas e sustenta todo o conjunto.

Agulha imantada: localizada dentro


da cápsula, possui extremidade
imantada e na cor vermelha que
aponta o Norte Magnético.

Modelo A10 da fabricante Suunto

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Portão: é uma seta ou uma Fonte: www.suunto.com - Adaptação: Chico Trekking

marcação na mesma direção do


Norte cuja finalidade é favorecer o alinhamento da agulha.

Limbo giratório: parte móvel, é onde ficam as marcações dos graus de 0º a 360º
(o mesmo da Rosa dos Ventos). O Norte é o 0º e o 360º, por isso esse ponto
também é chamado de Norte do Limbo. Suas marcações orientam os cálculos
obtidos em graus.

Linhas Meridionais: são linhas marcadas no interior da bússola e destinam ao


alinhamento preciso da bússola com o mapa utilizado.

Escala de Declinação: destina-se ao ajuste da graduação da bússola à


declinação magnética. Os modelos que possuem esta escala normalmente
permite a possibilidade de ajuste manual da declinação. 

Linha de Fé, ou Seta de Direção, ou Azimute: destina-se à localizar e orientar a


direção conforme os graus de um ponto escolhido. 

Escalas: localizadas nas extremidades da base, é uma informação adicional


indicada em km ou m, que visa simplificar os cálculos de distância conforme a
escala de um mapa. 

Régua: localizada nas extremidades da base é destinada a calcular distâncias


entre pontos em um mapa; ou traçar linhas sobre o mesmo. 

Compreendida as partes principais de uma bússola, podemos então começar a


utilizá-la. Porém, antes de usarmos a bússola, é bom sabermos que não é em todo
lugar que este aparelho funciona corretamente. Ao utilizá-la, devemos manter
distância de fios de alta tensão, cabos telefônicos, grandes objetos metálicos,
veículos e até cercas de arame farpado! Além disso, a bússola deve ser
posicionada na horizontal e deve ficar estável (mesmo que nas mãos) para que
não ocorram erros nos cálculos. 

Primeiramente vamos aprender a utilizar a bússola sem o auxílio de um mapa. É


um ótimo exercício de aprendizagem e o meio mais simples de navegação e
destina-se principalmente à navegação de curta distância. 

Navegando com a Bússola - Cálculo de Azimutes

De um modo simples, podemos dizer que Azimute é o nome dado a uma direção
qualquer e portanto, referenciada em graus, pois como visto acima, para
qualquer direção que viermos a olhar corresponderá a um determinado grau
entre 0 e 360. Os azimutes resultados de cálculos simples baseados na bússola e
sem ajuste de declinação são chamados de azimutes magnéticos. Aprender a
calcular um Azimute, ou seja, descobrir o grau de uma direção é fundamental. Por
exemplo, em casos de encruzilhadas e bifurcações, se já sabemos o grau (ou o
azimute) em que devemos prosseguir, basta que o confirmemos na bússola e
seguirmos pela rota correta.

Para se calcular azimutes de alguma referência, que pode ser uma montanha,
uma cidade, um lago etc; há as seguintes situações:

Se já temos o azimute:

► Giramos o limbo da bússola até alinhar o grau do azimute que temos com a
linha de fé; 
► Estabilizamos a bússola horizontalmente nas mãos; 

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► Vamos girando o corpo até que a agulha (ponta vermelha) se alinhe com o
portão da bússola; 
► Pronto: a direção apontada pela linha de fé é a direção (azimute) a seguir. 

Se precisamos encontrar o azimute:

► Apontamos a linha de fé na direção do ponto desejado; 


► Giramos o limbo da bússola até que fiquem alinhados o portão e a parte
vermelha da agulha; 
► Pronto: o grau alinhado com a linha de fé é o azimute daquela referência. 

Azimute Reverso

Estas duas situações listadas acima são indicadas para quando desejamos ir em
determinado lugar. Se nesse lugar chegamos, para voltarmos aonde estávamos
começaremos a praticar o chamado azimute reverso, que é a direção em graus
usada para se retornar ao ponto de origem. Para se utilizar o azimute reverso
existem dois cálculos muito simples:

► Se o azimute calculado para ida for menor que 180 graus, basta somar 180 graus
a este e aí obteremos o azimute reverso. 
► Se o azimute calculado para ida for maior que 180 graus, basta diminuir 180
graus a este e aí obteremos o azimute reverso.

Desviando de obstáculos pelo caminho

Seria muito simples se pudéssemos sempre mirar uma direção, tirarmos o


azimute e nos deslocarmos livremente em linha reta pelo terreno. Mas nem
sempre isto é possível. Pode ser que no trajeto exista alguma fenda, cânion,
depressão, lagoa, rio impossível de ser atravessado no ponto desejado... Esse caso
não é complicado, mas dependerá muito da observação do navegador. Antes de
iniciar a caminhada certifique-se de que o destino possa ser observado de outros
pontos, do contrário poderá ficar sem referência. De todo modo, quando se está
sem um mapa em mãos o fundamental é navegar por distâncias menores.

O procedimento padrão para ultrapassar obstáculos é o seguinte:

► Tiramos o azimute do ponto desejado; 


► Iniciamos o deslocamento; 
► Ao nos aproximarmos do obstáculo, simplesmente o ultrapassamos pelo modo
que acharmos melhor e depois, já posicionados em outro local, identificamos
novamente o ponto desejado, tiramos novo azimute e caminhamos em sua
direção. 

Há um outro modo de se fazer isto, que é através de deslocamentos a 90 graus


(que poderão ser à direita ou para a esquerda) de modo a contornar o obstáculo
e voltar na posição de alinhamento inicial. Esse procedimento é muito fácil de ser
utilizado, principalmente em provas ou situações onde o terreno é regular.
Entretanto, sabemos que caminhadas no ambiente natural nem sempre
permitem que se faça isto com precisão. Ademais, dada a irregularidade, marcar
tempo e distância nestas condições requer muita prática e autoconhecimento. 

►► Importante: Quando passei por situações semelhantes, na maioria das vezes


procurei observar bem o terreno, identificando referências secundárias antes de
iniciar a caminhada; e assim, sempre preferi tirar outros azimutes ao longo do
trajeto. Isto porque nem sempre teremos o nosso objetivo à vista durante o
deslocamento. Vale lembrar que, a medida que praticamos, podemos tirar
proveito de várias situações e evitarmos fazer grandes incursões somente com a
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03/06/2020 Navegação Manual: Conhecendo a Bússola - Parte 1/2

bússola. Para aventuras maiores, é sempre bom termos um mapa sempre à


mão!

Mapas

Falando em Mapa, a Bússola nos oferece várias outras possibilidades além destas
descritas neste artigo. Trata-se da Navegação em conjunto com a Carta
Topográfica. Esta atividade conjunta permite fazer cálculos mais aprofundados,
permitindo uma navegação a grandes distâncias. Este assunto será abordado no
próximo post.

Para acessá-lo, clique no link abaixo: 

Navegação Manual:
Conhecendo a Carta Topográfica -
Parte 2
Bons ventos!
Última atualização: Nov 2017)

Tags Dicas Trekking Navegação Manual

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