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Sumário
Introdução
I - Concessão
II - Beneficiárias
IV - Carência
V - Período de graça
V.1 - Empregada
VI - Documentos comprobatórios
IX - Cumulação de benefícios
IX.1 - Auxílio-Doença
X - Aborto
XI - Responsabilidade pelo pagamento do benefício
XIII.1 - Empregada
XIII.2 - Doméstica
XIV - Dedução
XV - Abono anual
XVI - Salário-Família
XVII.2 - FGTS
XIX - Férias
XX - Jurisprudências
Introdução
O salário-maternidade foi criado como forma de proteção ao trabalho da mulher, tendo como
início o nascimento da criança.
Neste contexto, o art. 377 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) definiu que a adoção
de medidas de proteção ao trabalho das mulheres deveria ser considerada de ordem pública,
não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário.
Anos mais tarde, com a publicação da Lei nº 10.421 de 15 de abril de 2002 a licença-
maternidade foi estendida às mães adotivas, como forma de garantir a efetiva inserção da
criança no seio familiar.
Hoje, a proteção à trabalhadora gestante é garantia prevista tanto no Direito do Trabalho como
no Direito Previdenciário.
I - Concessão
A empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança também fará
jus ao benefício.
c) a adoção de criança; e
Fundamentação: arts. 392 e 392-A da CLT; art. 71 e 71-A da Lei nº 8.213/1991; "caput" e §§ 4º
e 5º do art. 93 e art. 93-A do Decreto nº 3.048/1999; "caput" e §§ 3º e 4º do art. 236 da
Instrução Normativa INSS nº 20/2007.
II - Beneficiárias
a) segurada empregada: pessoa que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em
caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretora
empregada;
b) trabalhadora avulsa: a pessoa sindicalizada ou não, que presta serviço de natureza urbana
ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do
órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630/1993, ou do sindicato da categoria;
c) empregada doméstica: pessoa física que presta serviço de natureza contínua, mediante
remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins
lucrativos;
d) contribuinte individual: pessoa física que presta serviço de natureza urbana ou rural, em
caráter eventual, a uma ou mais empresas, ou ainda, a uma ou mais pessoas físicas;
e) segurada facultativa: a pessoa física, maior de 16 anos de idade que se filiar ao Regime
Geral de Previdência Social, mediante contribuição previdenciária, desde que não esteja
exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da Previdência
Social;
f) segurada especial: produtora rural, a parceira, a meeira, a pescadora artesanal entre outras,
que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem
auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos 16
anos de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo
familiar respectivo.
Fundamentação: incisos I, II, V, VI, VII do art. 11 e art. 13 da Lei nº 8.213/1991; incisos I, II, V,
VI, VII do art. 9º, art. 11 do Decreto nº 3.048/1999; arts. 3º ao 8º e 11 da Instrução Normativa
INSS nº 20/2007.
O salário-maternidade é devido à mãe biológica, durante 120 (cento e vinte) dias, com início
até 28 (vinte e oito) dias anteriores ao parto e término 91 (noventa e um) dias depois dele,
considerando, inclusive, o dia do parto.
Fundamentação: art. 392 da CLT, art. 71 da Lei nº 8.213/1991; "caput" art. 93 do Decreto nº
3.048/1999; "caput" do art. 236 da Instrução Normativa INSS nº 20/2007.
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança
será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no seu § 5º.
§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de
licença será de 120 (cento e vinte) dias.
§ 2º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos
de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.
§ 3º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito)
anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.
§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de
guarda à adotante ou guardiã.
Em 04.08.2009 foi publicada a Lei nº 12.010/2009, que por sua vez, revogou os §§ 1º, 2º e 3º
da 392-A. Desse modo, o período do salário-maternidade das mães biológicas e adotantes foi
equiparado.
Fundamentação: arts 392-A da CLT, com redação dada pelo artigo 8º da Lei nº 12.010/2009; §
2º do art. 96, §§ 7º e 10 do art. 236 da Instrução Normativa INSS nº 20/2007.
Quando houver efetivo risco para a vida do feto, da criança ou da mãe, os períodos de repouso
anteriores e posteriores ao parto poderão ser prorrogados, excepcionalmente, por duas
semanas.
Nesta hipótese, o atestado médico deverá ser apreciado pela Perícia Médica do INSS, exceto
nos casos de segurada empregada em que o salário-maternidade é pago diretamente pela
empresa.
Para a segurada em prazo de manutenção da qualidade de segurada, fica assegurado o direito
à prorrogação somente para repouso posterior ao parto.
De acordo com a referida Lei, o prazo de 120 (cento e vinte dias) da licença-maternidade,
poderá ser prorrogado por mais 60 (sessenta) dias, totalizado 180 dias.
A prorrogação de 60 (sessenta) dias será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir
ao Programa Empresa Cidadã, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês
após o parto, e que esta seja concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade.
O acesso ao endereço eletrônico dar-se-á por meio de código de acesso, a ser obtido nos
sítios da RFB na Internet, ou mediante certificado digital válido.
Será beneficiada pelo Programa Empresa Cidadã, a empregada da pessoa jurídica que aderir
ao Programa, desde que a empregada requeira a prorrogação do salário-maternidade até o
final do 1º (primeiro) mês após o parto.
A prorrogação do salário-maternidade iniciar-se-á no dia subsequente ao término da vigência
do salário-maternidade concedido pela Previdência Social, sendo devida, inclusive, no caso de
parto antecipado.
a) por 60 (sessenta) dias, quando se tratar de criança de até 1 (um) ano de idade;
b) por 30 (trinta) dias, quando se tratar de criança a partir de 1 (um) até 4 (quatro) anos de
idade completos; e
c) por 15 (quinze) dias, quando se tratar de criança a partir de 4 (quatro) anos até completar 8
(oito) anos de idade.
A pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que tributada com base no lucro real poderá
deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração integral da
empregada pago nos 60 (sessenta) dias de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a
dedução como despesa operacional de acordo com as regras estabelecidas pelos artigos 4º, 5º
e 8º da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.
IV - Carência
Para algumas seguradas da Previdência Social será necessário possuir um período mínimo de
carência para fazer jus ao gozo do salário-maternidade.
Todavia, para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa, para ter direito ao
recebimento do salário-maternidade, é necessário ter realizado, no mínimo, 10 (dez)
contribuições mensais.
Caso tenha havido a perda da qualidade de segurada, as contribuições anteriores a essa perda
somente serão computadas, para efeito de carência, depois que a segurada contar, a partir da
nova filiação ao RGPS (Regime Geral da Previdência Social), com, no mínimo, 1/3 (um terço)
do número de contribuições exigidas como carência para a espécie.
Na ocorrência de parto antecipado, a carência será reduzida em número de contribuições
equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
Fundamentação: art. 24, inciso III do art. 25, inciso VI do art. 26 e parágrafo único art. 39 da Lei
nº 8.213/1991; art. 26, art. 27-A, inciso III e parágrafo único do art. 29, e inciso II do art. 30 do
Decreto nº 3.048/1999.
V - Período de graça
V.1 - Empregada
Durante o período de graça a que se refere o art. 13 do RPS, aprovado pelo Decreto nº
3.048/1999, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos
casos de demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por
justa causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela Previdência
Social.
Considerando que o art. 10, inciso II, alínea "b" do ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT), veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante,
desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto, observar-se-á as normas
seguintes:
b.1) tratando-se de dispensa por justa causa ou a pedido, o benefício será concedido pela
Previdência Social, tendo em vista o parágrafo único, art. 97 do Decreto 3.048/1999;
b.2) tratando-se de dispensa arbitrária ou sem justa causa ocorrida no período entre a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, o benefício não poderá ser concedido,
considerando tratar-se de obrigação da empresa/empregador;
b) até 12 (doze) meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação
das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela
previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
e) até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar; e
O prazo da alínea "b" será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses, se a segurada já
tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda
da qualidade de segurado.
O prazo da alínea "b" ou do parágrafo anterior será acrescido de 12 (doze) meses para a
segurada desempregada, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio
do Ministério do Trabalho e Emprego.
VI - Documentos comprobatórios
b) certidão de nascimento do filho, exceto nos casos de aborto espontâneo, quando deverá ser
apresentado atestado médico, ou
c) certidão de nascimento da criança ou termo de guarda, contendo o nome da segurada
adotante ou guardiã, quando se tratar de adoção ou guarda a fins de adoção.
a) para a segurada empregada, consiste numa renda mensal igual a sua remuneração devida
no mês do seu afastamento, tomando-se por base as informações constantes no CNIS
(Cadastro Nacional de Informações Sociais), a partir de 1º de julho de 1994, ou se for o caso
de salário total ou parcialmente variável, na igualdade da média aritmética simples dos seus 6
(seis) últimos salários, apurada de acordo com a lei salarial ou o dissídio coletivo da categoria,
excetuando-se o décimo terceiro-salário, adiantamento de férias e as rubricas constantes do §
9º do art. 214 do Decreto 3.048/1999;
b) se verteu contribuições em período inferior à carência exigida de dez contribuições, não fará
jus ao benefício na condição de segurada contribuinte individual.
Se, após a extinção do vínculo empregatício, a segurada tiver se filiado como segurada
contribuinte individual ou facultativa e, nessas condições, contribuir há menos de dez meses,
deverá:
a.3) na hipótese da segurada contar com menos de dez contribuições, no período de quinze
meses, a soma dos salários-de-contribuição apurado será dividido por doze;
a.4) se o valor apurado for inferior ao salário mínimo, o benefício será concedido com o valor
mínimo.
Caso ocorram reajustes salariais, tais como: aumentos salariais, dissídios coletivos etc., no
curso do período de concessão do salário-maternidade, a segurada poderá pedir a revisão do
benefício ao INSS, desde que observados os seguintes itens:
a) se o aumento ocorreu desde a Data de Início do Benefício (DIB), será efetuada revisão do
benefício;
b) se o aumento ocorreu após a DIB do benefício, deverá ser efetuada a alteração por meio de:
IX - Cumulação de benefícios
IX.1 Auxílio-Doença
a) para a segurada empregada com remuneração fixa, ao valor da remuneração que estaria
recebendo, como se em atividade estivesse;
b) para a segurada empregada com remuneração variável, à média aritmética simples das seis
últimas remunerações recebidas da empresa, anteriores ao auxílio-doença, devidamente
corrigidas;
Nas situações previstas nas alíneas "a" e "b", se houve reajuste salarial da categoria, após o
afastamento do trabalho que resultou no auxílio-doença, caberá à segurada comprovar o novo
valor da parcela fixa da respectiva remuneração ou o índice de reajuste, que deverá ser
aplicado unicamente sobre a parcela fixa.
X - Aborto
Caso a segurada seja vítima de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico,
terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
Para comprovação do aborto não criminoso o atestado médico deverá informar o CID (Código
Internacional de Doenças) específico.
a) o requerimento do salário-maternidade junto ao INSS poderá ser feito por meio da Agência
da Previdência Social (APS) ou via Internet no site www.mps.gov.br;
A segurada empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção
poderá requerer e receber o salário-maternidade via empresa, desde que esta possua
convênio com tal finalidade.
XIII.1 - Empregada
a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe
prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de
reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;
b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título,
no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
c) para financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do
grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho
(GIIL-RAT), incidentes sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe
prestem serviços, correspondente à aplicação dos seguintes percentuais:
c.1) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado leve;
c.2) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado médio;
c.3) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado grave.
d) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,
relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas
de trabalho; e
A regra mencionada na alínea "d" não se aplica quando se tratar de mãe adotante que
recebe o salário-maternidade diretamente do INSS.
Algumas das empresas optantes pelo Simples Nacional estão isentas da contribuição
previdenciária patronal (CPP), conforme prevê o inciso VI do art. 13 da Lei Complementar nº
123/2006.
Para saber mais sobre as empresas optantes pelo Simples Nacional consulte o Roteiro
- Previdenciário/Trabalhista sob o título: Simples Nacional - Empresas optantes -
Aspectos previdenciários <PID=207553>.
Fundamentação: art. 22 da Lei nº 8.212/1991; art. 202-A do Decreto nº 3.048/1999; arts. 72,
85, 109 e Anexos I e II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009; inciso VI do art. 13 da Lei
Complementar nº 123/006; Anexo II da Portaria Interministerial MF/MPS nº 350/2009.
a) pela empresa, sobre a remuneração relativa aos dias trabalhados, aplicando-se a alíquota
que corresponde à remuneração mensal integral, respeitado o limite máximo do salário-de-
contribuição;
XIII.2 - Doméstica
a) contribuinte individual e facultativa: 20% (vinte por cento) ou 11% (onze por cento), se
optante pelo Plano Simplificado do INSS (art. 199-A do Decreto nº 3.048/1999, com redação
dada pelo Decreto nº 6.042/2007);
b.1) se contribuinte individual: 20% (vinte por cento) ou 11% (onze por cento), conforme a
última contribuição;
b.3) se facultativa: 20% (vinte por cento) ou 11% (onze por cento), conforme a última
contribuição;
A contribuição devida pela contribuinte individual e facultativa, relativa à fração de mês, por
motivo de início ou de término do salário-maternidade, deverá ser efetuada pela segurada em
valor mensal integral e a contribuição devida no curso do benefício será descontada pelo INSS
do valor do benefício.
XIV - Dedução
Para fins da dedução da parcela de 13º salário, deve-se observar a seguinte regra:
a) a remuneração correspondente ao décimo terceiro salário deverá ser dividida por 30 (trinta);
b) o resultado da operação descrita na linha "a" deverá ser dividido pelo número de meses
considerados no cálculo da remuneração do décimo terceiro;
c) a parcela referente ao décimo terceiro salário proporcional ao período de licença-
maternidade corresponde ao produto da multiplicação do resultado da operação descrita na
linha "b" pelo número de dias de gozo de licença-maternidade no ano.
Para efeito de dedução, o valor pago a título de salário-maternidade não poderá ser superior ao
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, conforme dispõe o
art. 248 da Constituição Federal de 1988.
XV - Abono anual
O abono anual (décimo terceiro salário ou gratificação natalina) corresponde ao valor da renda
mensal do benefício no mês de dezembro ou no mês da alta ou da cessação do benefício, para
o segurado que recebeu salário-maternidade.
O décimo terceiro salário (abono anual) pago pelo INSS, correspondente ao período em que a
segurada esteve em gozo de salário-maternidade, é a base de cálculo para a contribuição
previdenciária e para o depósito de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
b) no campo 4 da GPS, fazer constar o mês de competência do décimo terceiro salário a que
se refere o respectivo recolhimento.
Fundamentação: § 7º do art. 28, art. 40 da Lei nº 8.212/1991; "caput" do art. 120 do Decreto nº
3.048/1999; "caput" do art. 15 da Lei nº 8.036/1990; arts. 253, 254 e "caput" do art. 301 da
Instrução Normativa INSS nº 20/2007; e Ato Declaratório Executivo nº 69/2009.
XVI - Salário-Família
a) CP ou CTPS;
Para as demais seguradas, o salário-família será pago diretamente pelo INSS, quando for o
caso.
Vale frisar todavia, que de acordo com a antiga redação do artigo 45 da Lei nº 8.212/1991, o
direito da Seguridade Social de apurar e constituir seus créditos extinguia-se após 10 (dez)
anos. Todavia, o art. 13 da Lei Complementar nº 128 de 19.12.2008 revogou expressamente
esta regra.
Antes desta revogação, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia se posicionado ao editar,
em 16.06.2008, a Súmula Vinculante nº 8, com a seguinte redação:
XVII.2 - FGTS
Isto significa afirmar que, a partir da data da obrigação perante o FGTS, a fiscalização poderá
exigir do empregador, pelo prazo de até 30 (trinta) anos os depósitos devidos, sob pena de
autuação.
Entretanto, existem posicionamentos doutrinários e decisões jurisprudenciais sustentando que
a prescrição em relação ao FGTS é de 5 (cinco) anos, dada sua natureza tributária e, portanto,
sujeita ao prazo para cobrança relativo a tributos. Todavia, preventivamente, orientamos que as
empresas guardem os documentos relacionados ao FGTS, por prazo mínimo, de 30 anos.
O inciso I do art. 13, da Instrução Normativa da Secretaria das Relações do Trabalho (SRT) nº
3/2002, por sua vez, também prevê que constitui circunstância impeditiva de rescisão
contratual arbitrária ou sem justa causa a gestação da empregada, desde a confirmação da
gravidez até 5 (cinco) meses após o parto.
Atualmente, a citada garantia também é estendida à empregada doméstica por meio da Lei nº
11.324/2006, a qual acrescentou o art. 4º-A à Lei nº 5.859/1972 que dispõe sobre a respectiva
profissão.
XIX - Férias
A legislação atual não veda a concessão de férias individuais após o término do gozo do
salário-maternidade, mesmo que as férias sejam gozadas dentro do período de estabilidade
legal.
Todavia, é necessário que as férias sejam concedidas dentro do período concessivo e que, a
empresa tenha realizado o aviso dessas férias com 30 dias de antecedência, conforme define o
art. 135 da CLT.
Uma vez atendidos os requisitos anteriormente declarados, nada impede que o gozo de férias
da empregada coincida com o período de estabilidade provisória, salvo quando houver
documento coletivo da categoria profissional que estabeleça regra mais benéfica à empregada.
XX - Jurisprudências
Sumário
Introdução
I - Concessão
II - Beneficiárias
IV - Carência
V - Período de graça
V.1 - Empregada
VI - Documentos comprobatórios
VII - Trabalho temporário
IX - Cumulação de benefícios
IX.1 - Auxílio-Doença
X - Aborto
XIII.1 - Empregada
XIII.2 - Doméstica
XIV - Dedução
XV - Abono anual
XVI - Salário-Família
XVII.2 - FGTS
XIX - Férias
XX - Jurisprudências
Introdução
O salário-maternidade foi criado como forma de proteção ao trabalho da mulher, tendo como
início o nascimento da criança.
Neste contexto, o art. 377 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) definiu que a adoção
de medidas de proteção ao trabalho das mulheres deveria ser considerada de ordem pública,
não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário.
Anos mais tarde, com a publicação da Lei nº 10.421 de 15 de abril de 2002 a licença-
maternidade foi estendida às mães adotivas, como forma de garantir a efetiva inserção da
criança no seio familiar.
Hoje, a proteção à trabalhadora gestante é garantia prevista tanto no Direito do Trabalho como
no Direito Previdenciário.
I - Concessão
A empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança também fará
jus ao benefício.
c) a adoção de criança; e
Fundamentação: arts. 392 e 392-A da CLT; art. 71 e 71-A da Lei nº 8.213/1991; "caput" e §§ 4º
e 5º do art. 93 e art. 93-A do Decreto nº 3.048/1999; "caput" e §§ 3º e 4º do art. 236 da
Instrução Normativa INSS nº 20/2007.
II - Beneficiárias
a) segurada empregada: pessoa que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em
caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretora
empregada;
b) trabalhadora avulsa: a pessoa sindicalizada ou não, que presta serviço de natureza urbana
ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do
órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630/1993, ou do sindicato da categoria;
c) empregada doméstica: pessoa física que presta serviço de natureza contínua, mediante
remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins
lucrativos;
d) contribuinte individual: pessoa física que presta serviço de natureza urbana ou rural, em
caráter eventual, a uma ou mais empresas, ou ainda, a uma ou mais pessoas físicas;
e) segurada facultativa: a pessoa física, maior de 16 anos de idade que se filiar ao Regime
Geral de Previdência Social, mediante contribuição previdenciária, desde que não esteja
exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da Previdência
Social;
f) segurada especial: produtora rural, a parceira, a meeira, a pescadora artesanal entre outras,
que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem
auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos 16
anos de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo
familiar respectivo.
Fundamentação: incisos I, II, V, VI, VII do art. 11 e art. 13 da Lei nº 8.213/1991; incisos I, II, V,
VI, VII do art. 9º, art. 11 do Decreto nº 3.048/1999; arts. 3º ao 8º e 11 da Instrução Normativa
INSS nº 20/2007.
O salário-maternidade é devido à mãe biológica, durante 120 (cento e vinte) dias, com início
até 28 (vinte e oito) dias anteriores ao parto e término 91 (noventa e um) dias depois dele,
considerando, inclusive, o dia do parto.
Fundamentação: art. 392 da CLT, art. 71 da Lei nº 8.213/1991; "caput" art. 93 do Decreto nº
3.048/1999; "caput" do art. 236 da Instrução Normativa INSS nº 20/2007.
Art. 392-A. À empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança
será concedida licença-maternidade nos termos do art. 392, observado o disposto no seu § 5º.
§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, o período de
licença será de 120 (cento e vinte) dias.
§ 2º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 1 (um) ano até 4 (quatro) anos
de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.
§ 3º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 4 (quatro) anos até 8 (oito)
anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.
§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de
guarda à adotante ou guardiã.
Em 04.08.2009 foi publicada a Lei nº 12.010/2009, que por sua vez, revogou os §§ 1º, 2º e 3º
da 392-A. Desse modo, o período do salário-maternidade das mães biológicas e adotantes foi
equiparado.
Fundamentação: arts 392-A da CLT, com redação dada pelo artigo 8º da Lei nº 12.010/2009; §
2º do art. 96, §§ 7º e 10 do art. 236 da Instrução Normativa INSS nº 20/2007.
Quando houver efetivo risco para a vida do feto, da criança ou da mãe, os períodos de repouso
anteriores e posteriores ao parto poderão ser prorrogados, excepcionalmente, por duas
semanas.
Nesta hipótese, o atestado médico deverá ser apreciado pela Perícia Médica do INSS, exceto
nos casos de segurada empregada em que o salário-maternidade é pago diretamente pela
empresa.
De acordo com a referida Lei, o prazo de 120 (cento e vinte dias) da licença-maternidade,
poderá ser prorrogado por mais 60 (sessenta) dias, totalizado 180 dias.
A prorrogação de 60 (sessenta) dias será garantida à empregada da pessoa jurídica que aderir
ao Programa Empresa Cidadã, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês
após o parto, e que esta seja concedida imediatamente após a fruição da licença-maternidade.
O acesso ao endereço eletrônico dar-se-á por meio de código de acesso, a ser obtido nos
sítios da RFB na Internet, ou mediante certificado digital válido.
Será beneficiada pelo Programa Empresa Cidadã, a empregada da pessoa jurídica que aderir
ao Programa, desde que a empregada requeira a prorrogação do salário-maternidade até o
final do 1º (primeiro) mês após o parto.
a) por 60 (sessenta) dias, quando se tratar de criança de até 1 (um) ano de idade;
b) por 30 (trinta) dias, quando se tratar de criança a partir de 1 (um) até 4 (quatro) anos de
idade completos; e
c) por 15 (quinze) dias, quando se tratar de criança a partir de 4 (quatro) anos até completar 8
(oito) anos de idade.
A pessoa jurídica que aderir ao Programa, desde que tributada com base no lucro real poderá
deduzir do imposto devido, em cada período de apuração, o total da remuneração integral da
empregada pago nos 60 (sessenta) dias de prorrogação de sua licença-maternidade, vedada a
dedução como despesa operacional de acordo com as regras estabelecidas pelos artigos 4º, 5º
e 8º da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.
IV - Carência
Para algumas seguradas da Previdência Social será necessário possuir um período mínimo de
carência para fazer jus ao gozo do salário-maternidade.
Neste contexto, considera-se período de carência o tempo correspondente ao número mínimo
de contribuições mensais indispensáveis para que a beneficiária faça jus ao recebimento da
licença-maternidade.
Todavia, para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa, para ter direito ao
recebimento do salário-maternidade, é necessário ter realizado, no mínimo, 10 (dez)
contribuições mensais.
Caso tenha havido a perda da qualidade de segurada, as contribuições anteriores a essa perda
somente serão computadas, para efeito de carência, depois que a segurada contar, a partir da
nova filiação ao RGPS (Regime Geral da Previdência Social), com, no mínimo, 1/3 (um terço)
do número de contribuições exigidas como carência para a espécie.
Fundamentação: art. 24, inciso III do art. 25, inciso VI do art. 26 e parágrafo único art. 39 da Lei
nº 8.213/1991; art. 26, art. 27-A, inciso III e parágrafo único do art. 29, e inciso II do art. 30 do
Decreto nº 3.048/1999.
V - Período de graça
V.1 - Empregada
Durante o período de graça a que se refere o art. 13 do RPS, aprovado pelo Decreto nº
3.048/1999, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos
casos de demissão antes da gravidez, ou, durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por
justa causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela Previdência
Social.
Considerando que o art. 10, inciso II, alínea "b" do ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT), veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante,
desde a confirmação da gravidez até 5 (cinco) meses após o parto, observar-se-á as normas
seguintes:
a) a responsabilidade pelo pagamento do salário-maternidade será da empresa, que deverá
responder pelos salários do período;
b.1) tratando-se de dispensa por justa causa ou a pedido, o benefício será concedido pela
Previdência Social, tendo em vista o parágrafo único, art. 97 do Decreto 3.048/1999;
b.2) tratando-se de dispensa arbitrária ou sem justa causa ocorrida no período entre a
confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, o benefício não poderá ser concedido,
considerando tratar-se de obrigação da empresa/empregador;
d) havendo dúvida fundada, o servidor poderá encaminhar consulta à Vara do Trabalho local
ou ao Tribunal Regional do Trabalho, solicitando informação sobre a existência de reclamatória
trabalhista ajuizada pela requerente contra o empregador.
b) até 12 (doze) meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação
das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela
previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
e) até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar; e
O prazo da alínea "b" será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses, se a segurada já
tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda
da qualidade de segurado.
O prazo da alínea "b" ou do parágrafo anterior será acrescido de 12 (doze) meses para a
segurada desempregada, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio
do Ministério do Trabalho e Emprego.
VI - Documentos comprobatórios
b) certidão de nascimento do filho, exceto nos casos de aborto espontâneo, quando deverá ser
apresentado atestado médico, ou
a) para a segurada empregada, consiste numa renda mensal igual a sua remuneração devida
no mês do seu afastamento, tomando-se por base as informações constantes no CNIS
(Cadastro Nacional de Informações Sociais), a partir de 1º de julho de 1994, ou se for o caso
de salário total ou parcialmente variável, na igualdade da média aritmética simples dos seus 6
(seis) últimos salários, apurada de acordo com a lei salarial ou o dissídio coletivo da categoria,
excetuando-se o décimo terceiro-salário, adiantamento de férias e as rubricas constantes do §
9º do art. 214 do Decreto 3.048/1999;
b) se verteu contribuições em período inferior à carência exigida de dez contribuições, não fará
jus ao benefício na condição de segurada contribuinte individual.
Se, após a extinção do vínculo empregatício, a segurada tiver se filiado como segurada
contribuinte individual ou facultativa e, nessas condições, contribuir há menos de dez meses,
deverá:
a.1) a renda mensal inicial consistirá em um doze avos da soma dos últimos salários-de-
contribuição, apurados em um período não superior a quinze meses;
a.3) na hipótese da segurada contar com menos de dez contribuições, no período de quinze
meses, a soma dos salários-de-contribuição apurado será dividido por doze;
a.4) se o valor apurado for inferior ao salário mínimo, o benefício será concedido com o valor
mínimo.
Caso ocorram reajustes salariais, tais como: aumentos salariais, dissídios coletivos etc., no
curso do período de concessão do salário-maternidade, a segurada poderá pedir a revisão do
benefício ao INSS, desde que observados os seguintes itens:
a) se o aumento ocorreu desde a Data de Início do Benefício (DIB), será efetuada revisão do
benefício;
b) se o aumento ocorreu após a DIB do benefício, deverá ser efetuada a alteração por meio de:
IX - Cumulação de benefícios
O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade.
IX.1 Auxílio-Doença
a) para a segurada empregada com remuneração fixa, ao valor da remuneração que estaria
recebendo, como se em atividade estivesse;
b) para a segurada empregada com remuneração variável, à média aritmética simples das seis
últimas remunerações recebidas da empresa, anteriores ao auxílio-doença, devidamente
corrigidas;
Nas situações previstas nas alíneas "a" e "b", se houve reajuste salarial da categoria, após o
afastamento do trabalho que resultou no auxílio-doença, caberá à segurada comprovar o novo
valor da parcela fixa da respectiva remuneração ou o índice de reajuste, que deverá ser
aplicado unicamente sobre a parcela fixa.
X - Aborto
Caso a segurada seja vítima de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado médico,
terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas.
Para comprovação do aborto não criminoso o atestado médico deverá informar o CID (Código
Internacional de Doenças) específico.
Fundamentação: § 5º do art. 93 do Decreto nº 3.048/1999; e art. 240 da Instrução Normativa
INSS nº 20/2007.
a) o requerimento do salário-maternidade junto ao INSS poderá ser feito por meio da Agência
da Previdência Social (APS) ou via Internet no site www.mps.gov.br;
A segurada empregada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção
poderá requerer e receber o salário-maternidade via empresa, desde que esta possua
convênio com tal finalidade.
a) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe
prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de
reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;
b) 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título,
no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços;
c.1) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes
do trabalho seja considerado leve;
c.2) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado médio;
c.3) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja
considerado grave.
d) 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,
relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas
de trabalho; e
A regra mencionada na alínea "d" não se aplica quando se tratar de mãe adotante que
recebe o salário-maternidade diretamente do INSS.
Algumas das empresas optantes pelo Simples Nacional estão isentas da contribuição
previdenciária patronal (CPP), conforme prevê o inciso VI do art. 13 da Lei Complementar nº
123/2006.
Para saber mais sobre as empresas optantes pelo Simples Nacional consulte o Roteiro
- Previdenciário/Trabalhista sob o título: Simples Nacional - Empresas optantes -
Aspectos previdenciários <PID=207553>.
Fundamentação: art. 22 da Lei nº 8.212/1991; art. 202-A do Decreto nº 3.048/1999; arts. 72,
85, 109 e Anexos I e II da Instrução Normativa RFB nº 971/2009; inciso VI do art. 13 da Lei
Complementar nº 123/006; Anexo II da Portaria Interministerial MF/MPS nº 350/2009.
a) pela empresa, sobre a remuneração relativa aos dias trabalhados, aplicando-se a alíquota
que corresponde à remuneração mensal integral, respeitado o limite máximo do salário-de-
contribuição;
XIII.2 - Doméstica
a) contribuinte individual e facultativa: 20% (vinte por cento) ou 11% (onze por cento), se
optante pelo Plano Simplificado do INSS (art. 199-A do Decreto nº 3.048/1999, com redação
dada pelo Decreto nº 6.042/2007);
b.1) se contribuinte individual: 20% (vinte por cento) ou 11% (onze por cento), conforme a
última contribuição;
b.3) se facultativa: 20% (vinte por cento) ou 11% (onze por cento), conforme a última
contribuição;
A contribuição devida pela contribuinte individual e facultativa, relativa à fração de mês, por
motivo de início ou de término do salário-maternidade, deverá ser efetuada pela segurada em
valor mensal integral e a contribuição devida no curso do benefício será descontada pelo INSS
do valor do benefício.
XIV - Dedução
O salário-maternidade pago pela empresa ou pelo equiparado à segurada empregada,
inclusive a parcela do décimo terceiro salário correspondente ao período da licença, poderá ser
deduzido quando do pagamento das contribuições sociais previdenciárias devidas, exceto das
contribuições destinadas a outras entidades ou fundos.
Para fins da dedução da parcela de 13º salário, deve-se observar a seguinte regra:
a) a remuneração correspondente ao décimo terceiro salário deverá ser dividida por 30 (trinta);
b) o resultado da operação descrita na linha "a" deverá ser dividido pelo número de meses
considerados no cálculo da remuneração do décimo terceiro;
Para efeito de dedução, o valor pago a título de salário-maternidade não poderá ser superior ao
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, conforme dispõe o
art. 248 da Constituição Federal de 1988.
XV - Abono anual
O abono anual (décimo terceiro salário ou gratificação natalina) corresponde ao valor da renda
mensal do benefício no mês de dezembro ou no mês da alta ou da cessação do benefício, para
o segurado que recebeu salário-maternidade.
O décimo terceiro salário (abono anual) pago pelo INSS, correspondente ao período em que a
segurada esteve em gozo de salário-maternidade, é a base de cálculo para a contribuição
previdenciária e para o depósito de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
b) no campo 4 da GPS, fazer constar o mês de competência do décimo terceiro salário a que
se refere o respectivo recolhimento.
Fundamentação: § 7º do art. 28, art. 40 da Lei nº 8.212/1991; "caput" do art. 120 do Decreto nº
3.048/1999; "caput" do art. 15 da Lei nº 8.036/1990; arts. 253, 254 e "caput" do art. 301 da
Instrução Normativa INSS nº 20/2007; e Ato Declaratório Executivo nº 69/2009.
XVI - Salário-Família
a) CP ou CTPS;
b) Certidão de Nascimento do filho (original e cópia);
Para as demais seguradas, o salário-família será pago diretamente pelo INSS, quando for o
caso.
Vale frisar todavia, que de acordo com a antiga redação do artigo 45 da Lei nº 8.212/1991, o
direito da Seguridade Social de apurar e constituir seus créditos extinguia-se após 10 (dez)
anos. Todavia, o art. 13 da Lei Complementar nº 128 de 19.12.2008 revogou expressamente
esta regra.
Antes desta revogação, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia se posicionado ao editar,
em 16.06.2008, a Súmula Vinculante nº 8, com a seguinte redação:
XVII.2 - FGTS
Toda a documentação relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deverá
permanecer guardada por período mínimo de 30 anos. Neste sentido, prevê § 5º do art. 23 da
Lei nº 8.036/1990:
Isto significa afirmar que, a partir da data da obrigação perante o FGTS, a fiscalização poderá
exigir do empregador, pelo prazo de até 30 (trinta) anos os depósitos devidos, sob pena de
autuação.
O inciso I do art. 13, da Instrução Normativa da Secretaria das Relações do Trabalho (SRT) nº
3/2002, por sua vez, também prevê que constitui circunstância impeditiva de rescisão
contratual arbitrária ou sem justa causa a gestação da empregada, desde a confirmação da
gravidez até 5 (cinco) meses após o parto.
Atualmente, a citada garantia também é estendida à empregada doméstica por meio da Lei nº
11.324/2006, a qual acrescentou o art. 4º-A à Lei nº 5.859/1972 que dispõe sobre a respectiva
profissão.
XIX - Férias
A legislação atual não veda a concessão de férias individuais após o término do gozo do
salário-maternidade, mesmo que as férias sejam gozadas dentro do período de estabilidade
legal.
Todavia, é necessário que as férias sejam concedidas dentro do período concessivo e que, a
empresa tenha realizado o aviso dessas férias com 30 dias de antecedência, conforme define o
art. 135 da CLT.
Uma vez atendidos os requisitos anteriormente declarados, nada impede que o gozo de férias
da empregada coincida com o período de estabilidade provisória, salvo quando houver
documento coletivo da categoria profissional que estabeleça regra mais benéfica à empregada.
XX - Jurisprudências
"GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. O direito de a empregada gestante manter-se no
emprego, sem prejuízo dos salários, com conseqüente restrição ao direito de resilição unilateral
do contrato pelo empregador, sob pena de sujeitar-se às reparações legais, nasce com a
concepção e projeta-se até 5 meses após o parto. Trata-se de garantia constitucional, prevista
no artigo 10, II, b , do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, cujo escopo é não
somente a proteção à gestante, mas assegurar o bem-estar do nascituro, erigindo-se em
genuíno direito fundamental. Em se tratando de direito tutelado por normas de ordem pública e,
conseqüentemente, revestido do caráter de indisponibilidade, a seu exercício não pode se opor
o mero direito potestativo atribuído ao empregador por força de norma infraconstitucional. O
interesse em assegurar a vida desde seu estágio inicial é da sociedade, cumprindo ao Estado
outorgar ao nascituro proteção ampla e eficaz. Recurso de revista conhecido e provido." (TST -
1ª Turma - RR - 918/2003-038-15-00.Relator - GMLBC. DJ - 14/12/2007).