Formanda: Formador:
Classificação
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Índice
1
Introdução……………………………………………………………………….……….3
Constituição das empresas……………………………………………………………….4
Empresário em nome
individual………………………………………………………….5
Sociedades por quotas……………………………………………………………………
7
Sociedade anonima………………………………………………………………………8
Conclusão………………………………………………………………………………10
Bibliografia……………………………………………………………………………..11
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Introdução
No âmbito do presente trabalho, procuramos caraterizar cada uma das referidas formas
jurídicas, tendo em consideração a legislação em vigor no nosso país, evidenciando as
suas especificidades, designadamente em aspetos como a titularidade, o setor de
atividade adequado a cada uma dessas formas, a firma, o capital, o património, a
responsabilidade, a modalidade de criação da empresa, as vantagens e as vantagens,
assim como as recomendações que aconselhamos em cada caso.
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CONSTITUICAO DAS EMPRESAS
Na escolha da forma jurídica, devem ser tidos em conta diversos aspetos, entre os quais:
a vontade de desenvolver a atividade empresarial sozinho ou em sociedade, o
património que se pretenda afetar à empresa (montante e origem do capital), a
responsabilidade por eventuais dívidas sociais decorrentes da atividade da empresa
(património pessoal do empresário versus património da empresa), o ramo de atividade
em que o negócio se irá desenvolver, a dimensão do negócio (necessidades de
investimento e de financiamento) e o número de pessoas ligadas ao projeto de
investimento, entre outros aspetos.
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EMPRESÁRIO EM NOME INDIVIDUAL
Empresa individual é aquela que não possui sócios, ou seja, possui somente um
proprietário. Sua receita anual deve ser superior a 81 mil mts por ano e inferior a 360
mil por ano.
Titular:
Setor:
Firma:
Capital:
Património:
Responsabilidade:
Ilimitada – o empreendedor responde por todas as dívidas contraídas pela empresa, com
todos os bens constituintes do seu património pessoal ou empresarial, designadamente
casas, carros, terrenos, entre outros. Mas, o inverso também acontece, com o património
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afeto à exploração da empresa a responder perante dívidas pessoais do empresário ou do
seu cônjuge.
Criação da empresa:
Vantagens:
Grande controlo do proprietário em todas as dimensões do seu negócio;
O proprietário pode reduzir custos fiscais, uma vez que neste tipo de empresa a
declaração fiscal do empresário é única e acomoda os resultados da sua
empresa, pelo que registando prejuízo na empresa este pode ser englobado na
matéria coletável de IRS do exercício económico em causa.
Simplicidade na constituição e dissolução da empresa, não estando esta forma
jurídica obrigada a cumprir o mesmo tipo de preceitos legais que o das
sociedades comerciais;
Não está definida a exigência de capital social mínimo e o empresário não está
obrigado a realizar o capital.
Desvantagens:
Risco de todo o património do empresário e do seu cônjuge ser mobilizado para
fazer face às dívidas da empresa;
Dificuldade na obtenção de fundos, seja para capital ou dívidas, pois o risco da
operação está concentrado num único indivíduo;
O empresário não pode partilhar riscos e experiências, estando inteiramente por
sua conta e risco.
Recomendação:
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SOCIEDADE POR QUOTAS
Titular:
Mínimo de dois sócios, não se admitindo sócios de indústria, que entrem com o seu
trabalho (nº1 do artº 202 do CSC).
Firma:
A firma finaliza com o aditamento “Limitada” ou com a abreviatura “Lda” (nº1 do artº
200 do CSC), podendo escolher-se a primeira parte a partir das seguintes opções: a)
nome composto pelo nome completo ou abreviado de um, alguns ou de todos os sócios;
Capital:
Património:
Património da empresa e o património pessoal dos sócios são independentes entre si.
Responsabilidade:
A responsabilidade está limitada ao capital social, sendo este que responde face a
eventuais dívidas da sociedade (nº3 do artº 197 do CSC). Se o contrato o estipular, os
sócios poderão ter acréscimos de responsabilidade (nº2 do artº 197 do CSC).
Criação da empresa:
Vantagens:
Separação entre o património da empresa e o património pessoal dos sócios, não
respondendo o património pessoal pelas dívidas da empresa, pelo que o risco é
menor face a outras formas jurídicas;
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Maior diversidade de experiências e conhecimentos aportados por diferentes
sócios nos orgãos decisórios da empresa;
Maior facilidade na obtenção de fundos, de investimento e de financiamento.
Desvantagens:
Inexistência de controlo absoluto na gestão da empresa por um só sócio, pois
esta é propriedade de vários sócios;
Um sócio pode ter de responder pela totalidade do capital, no caso de dívidas;
Mais complexa a constituição e a dissolução de uma sociedade por quotas, por
razões de índole legal e por razões relacionadas com o acordo entre os sócios;
Impossibilidade de os sócios gerarem vantagens fiscais através da inclusão de
prejuízos da empresa na declaração de IRS, uma vez que os resultados da
empresa são tributados em sede de IRC;
Os sócios estão obrigados a realizar entradas em dinheiro ou de bens avaliáveis
em dinheiro.
Recomendação:
SOCIEDADE ANONIMA
Titular:
Firma:
Capital:
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O montante mínimo é de 50.000 euros (nº 5 do Artº 275 do CSC), dividido em ações
com o mesmo valor nominal (nº 4 do Artº 275 do CSC), de valor mínimo igual ou
superior a um cêntimo (nº 3 do Artº 275 do CSC).
Património:
Património da empresa e o património pessoal dos sócios são independentes entre si.
Responsabilidade:
A responsabilidade de cada um dos acionistas está confinada ao valor das ações a que se
encontra subscrito.
Criação da empresa:
Vantagens:
Maior facilidade na transmissão dos títulos representativos do capital da
sociedade, por subscrição pública ou privada;
Cada acionista apenas é responsável pelas entradas a que se encontra subscrito,
não sendo solidário com os restantes acionistas por eventuais dívidas da
sociedade;
Maior facilidade na obtenção de fundos de elevado montante, quer através da
emissão de novas ações quer através de financiamento.
Desvantagens:
Maior diluição do controlo sobre a empresa;
Forma de sociedade mais dispendiosa, exigindo procedimentos de índole
burocrática mais complexos ao nível da constituição e da dissolução da
sociedade;
No caso de a sociedade ser cotada no mercado de capitais, estará obrigada a uma
fiscalização mais rigorosa, designadamente através da CMVM, e a um dever de
informação particularmente exigente.
Recomendação:
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Conclusão
Na escolha da forma jurídica, devem ser tidos em conta diversos aspetos, entre os quais:
a vontade de desenvolver a atividade empresarial sozinho ou em sociedade, o
património que se pretenda afetar à empresa (montante e origem do capital), a
responsabilidade por eventuais dívidas sociais decorrentes da atividade da empresa
(património pessoal do empresário versus património da empresa), o ramo de atividade
em que o negócio se irá desenvolver, a dimensão do negócio (necessidades de
investimento e de financiamento) e o número de pessoas ligadas ao projeto de
investimento, entre outros aspetos.
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Bibliografia
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