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1.CONTROLES PÚBLICOS
Na Administração Pública, os dirigentes devem agir de acordo com as normas legais, que fixam as
competências dos órgãos; ela delimita o seu campo de atuação e estabelece controles aos quais devem
se sujeitar.
Significa que, na Administração Pública, o dirigente não pode agir com independência absoluta, praticando
atos não autorizados em lei e sem objetivar o interesse ou o fim público. Para que sejam observadas essas
normas, faz-se necessário o exercício do controle na Administração Pública.
o sistema de freios e contrapesos representado pela divisão e independência dos Poderes da União
e pelos diferentes níveis de governo da Federação;
a fiscalização dos partidos políticos;
a eleição periódica dos governantes;
a pressão exercida pela opinião pública e pela imprensa; e
os sistemas de controle interno e externo.
Do ponto de vista das ciências jurídicas, o controle se fundamenta nas normas do direito administrativo, na
parte em que trata de princípios básicos que regem a Administração Pública.
Controles Horizontais (externos): são aqueles exercidos entre os poderes constituídos – os controles pela
sociedade (controle social) e os controles pelas prestações de contas (controle das contas).
Controles verticais (internos): podem ser considerados como controles hierárquicos ou administrativos.
A CF estabeleceu na esfera de cada Poder o chamado “Sistema de Controle Interno”. Essa estrutura é
semelhante aos conhecidos controles administrativos de qualquer empresa.
Atenção : observar o Mapa da Prova os artigos de Controle Interno e Externo- Quase certa uma
questão sobre o tema.
2.CONTROLE INTERNO
Compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas adotados pela
empresa, para salvaguardar seu patrimônio, conferir exatidão e fidedignidade dos dados contábeis,
promover a eficiência operacional e encorajar a obediência às diretrizes traçadas pela administração
da companhia
Para os que são responsáveis pelos balanços e resultados dos números de cada órgão ou entidade, o
controle interno é o instrumento para dar sustentação aos números que se divulgam e sobre os quais se
tomam decisões. Trata-se, nesse caso, do controle interno financeiro, que tem como base a
Contabilidade.
O controle interno é a peça-chave para a auditoria. Esta emite opinião sobre os resultados de uma
gestão ou sobre a realidade dos números divulgados nos balanços.
A auditoria deve avaliar os mecanismos de controle interno, para saber o risco que se corre, quando dá
opinião com base em testes, para avaliar uma gestão ou certificar um balanço. O principal papel de uma
auditoria interna é garantir para os dirigentes da entidade que os controles internos estão
funcionando adequadamente.
A.CONTROLE ADMINISTRATIVO
Verificação física
Controle de contratos
Convênios
Ações desenvolvidas
Retenções e recolhimento de tributos
Quanto mais confiáveis, adequadas e rápidas forem as informações produzidas pelas estruturas de
controle, mais seguras serão as decisões tomadas.
B.CONTROLE CONTÁBIL
Deve haver segregação entre as tarefas relativas ao controle contábil, aqueles que servem para a
elaboração dos relatórios, e entre os controles administrativos.
OBJETIVO DO CONTROLE INTERNO NA ÁREA PÚBLICA
Segurança ao ato praticado e obtenção de informação adequada: todo gestor deve ter cautela,
para que os atos praticados e sujeitos a julgamento externo estejam cobertos por controles prévios
seguros, suportados por documentos que os comprovem, dentro da legislação pertinente e com
responsabilidade bem definida. As informações sustentadas pelo controle interno dizem respeito
tanto aos atos praticados como ao impacto nos resultados. O importante para o administrador que
decide e responde pela tomada de decisão tomada é que o controle interno lhe ofereça segurança na
decisão (controle prévio).
Os ativos devem ser resguardados de qualquer situação indesejável. Constitui uma das ações
principais da administração;
Proteção contra erros involuntários (não intencionais);
Irregularidades intencionais.
A Lei 4.320/64, ao instituir normas gerais de direito financeiro para o controle dos orçamentos e balanços
da União, extensivos aos Estados, DF e Municípios, direcionou o foco do controle a essas três dimensões:
PROCESSO ADMINISTRATIVO
A CONDUTA DO AGENTE
A AÇÃO DA ENTIDADE
Ao longo dos anos, tem variado a importância que os governantes dão aos focos mencionados. Na
administração burocrática, o foco do controle tem sido o controle do processo administrativo. Foi
assim durante o regime militar.
Na gestão do Governo Fernando Henrique Cardoso, no período de 1995 a 2001, iniciou-se o controle com
foco no resultado, valorizando o programa de trabalho.
Lei 4.320/64 - Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:
I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento
ou a extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de
obras e prestação de serviços.
CONTROLE PRÉVIO – é o que antecede a conclusão ou operatividade do ato. Tem como objetivo
final dar segurança àquele que pratica o ato ou por ele se responsabiliza. A técnica utilizada nesse caso é a
CONTABILIDADE.
A Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), na função de órgão operacional do Sistema de Controle
Interno do poder Executivo Federal, responsável por orientar as auditorias internas das entidades da
Administração Indireta sobre como se posicionar ao avaliar os controles administrativos, expediu
orientações, para avaliação dos controles administrativos, destacando os princípios fundamentais para
avaliação de uma gestão:
Controles exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei de crimes fiscais ( atente para o termo)
A partir de 2000, com o advento da LRF, as responsabilidades dos agentes municipais foram
substancialmente aumentadas, porque, na sua essência, a lei proibiu que a gestão de um Prefeito
sobrecarregasse a gestão de um futuro administrador, com passivos criados sem a devida cobertura de
ativos.
Os temas tratados na LRF que exigem que a Prefeitura organize controles internos são:
Controle das despesas de pessoal – outro ponto de grande relevância tratado na LRF foi a despesa de
pessoal. Os limites de despesa de pessoal foram vinculados à Receita Corrente Líquida, com tetos
específicos para cada um dos três Poderes e o Ministério Público, e são tratados como ponto de referência
para uma gestão correta e eficaz. Além de ser considerada item de avaliação específica pelos Tribunais de
Contas.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada
período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita
corrente líquida, a seguir discriminados:
LRF – Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao
final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.
Art. 42(LRF)
É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou
que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa
para este efeito.
O Art. 59, ao definir que além do Poder Legislativo e dos Tribunais de Contas, o Sistema de
Controle Interno de cada poder deve fiscalizar o cumprimento da LRF, acabou por introduzir um
fato novo na cultura municipal. É a necessidade de criar uma auditoria interna para falar a mesma
linguagem dos Tribunais e avaliar os controles internos para garantir que as regras fixadas estejam
sendo obedecidas.
LRF – Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de
controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei
Complementar, com ênfase no que se refere a:
Controle Interno
Art. 74- CF. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional (já caiu em prova).
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União (já caiu em
prova).
A Controladoria-Geral da União (CGU) é o Órgão do Governo Federal responsável por assistir direta e
imediatamente ao Presidente da República quanto aos assuntos que, no âmbito do Poder Executivo, sejam
relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio das
atividades de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria.
A CGU também deve exercer, como órgão central, a supervisão técnica dos órgãos que compõem o
Sistema de Controle Interno e o Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo
Federal, prestando a orientação normativa necessária.
O DL 200/67 foi e é considerado como base legal de sustentação da grande reforma administrativa feita no
país.
A ênfase em princípios consagrados faz com que grande parte dos seus artigos ainda sejam aplicados na
administração pública, mesmo tendo passado mais de 40 anos de sua implantação.
A reforma iniciada por esse normativo foi o primeiro passo para uma administração
gerencial na Administração Pública. O processo de descentralização administrativa por meio de maior
autonomia à administração indireta foi estimulado, como forma de superar a rigidez burocrática da
administração direta.
A VISÃO SISTÊMICA;
O PLANEJAMENTO E O ORÇAMENTO;
A DESCENTRALIZAÇÃO E DELEGAÇÃO DE PODERES;
OS CONTRATOS E OS CONVÊNIOS
O CONTROLE DOS RESULTADOS
3.CONTROLE EXTERNO
O Estado Moderno, em sua conformação, ou seja, com a divisão do poder em três ramificações
distintitas – Legislativo, Executivo e Judiciário – necessita de devida orientação para delimitar a atuação de
seus órgãos.
Com isso, pode-se atingir o fim último do Estado: A TUTELA (EM SENTIDO AMPLO) DOS
SEUS CIDADÃOS.
Estes poderes estão unidos por um sistema. Cada um deles tem sua função específica, mas cada um
de per si pode intervir no outro, a fim de corrigir atos discrepantes dentro dos limites fixados pela
Constituição.
Art. 2º da CF/88 - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
Obs.: Não há hierarquia entre os poderes, exercem funções típicas de cada um mais podem
CONTROLE SOCIAL
Outra forma de controle externo é o controle social exercido pela população . Ele se manifesta no
exercício do voto para a escolha dos governantes e representantes junto ao Parlamento.
FORMAS DE CONTROLE SOCIAL – voto, representação e de petição aos órgãos públicos, pelo
direito de obter certidão e informações, assim como pelos institutos jurídicos do habeas data, habeas
corpus, plebiscito, referendo, audiências públicas,mandado de segurança, individual e coletivo, pela
ação popular e pela ação civil pública. Uma forma recente são os meios de comunicação( pressão
popular).
A CF disciplinou no Art. 31, § 3º, que “as contas dos municípios ficarão, durante sessenta dias,
anualmente à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei”.
LRF - Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação
popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos
LRF - Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante
todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração,
para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.
CONSELHOS FISCAIS
Outro mecanismo importante de controle externo são os conselhos fiscais, obrigatórios para empresas com
ações negociadas em bolsas.
Na área pública, o Conselho Fiscal tem sua atuação regulamentada pela Secretaria do Tesouro Nacional do
Ministério da Fazenda (STN), que representa o Governo Federal como acionista nas empresas em que este
tem participação no capital. Tal competência está contida na Lei 10.180/01(lei de prova fiquem ligados)
Parágrafo único: Os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais deverão ser,
preferencialmente(não obrigatoriamente), servidores integrantes das carreiras de Finanças e
Controle, que não estejam em exercício nas áreas de controle interno no ministério ou órgão
equivalente ao qual a entidade esteja vinculada.
A Constituição de 1891 consagrou o TCU no seu Art. 89, embora somente em 1893, tenha sido
efetivamente constituído e instalado pelo Ministro da Fazenda Serzedelo Corrêa.
Até 1967, os Tribunais de Contas no Brasil praticavam o controle prévio. Todos os empenhos e contratos,
onerando os orçamentos públicos, tinham de ser autorizados previamente pelos Tribunais. Esta prática
tornou-se obsoleta, porque o volume de decisões a serem tomadas, em pouco tempo, cresceu de tal forma
que os Tribunais de Contas não puderam mais responder às necessidades de aprovar ou reprovar
previamente os empenhos.
Em 1967, surgiu o DL 200, que implicou na separação do controle interno administrativo do controle de
contas, mais tarde denominado de Sistema de Controle Interno e Controle Externo.
Na linha do controle horizontal, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem prestar contas
aos Tribunais de Contas.
A CF/88 recepcionou a estrutura vigente dos Tribunais, proibiu no âmbito dos Municípios, a criação de
novos e definiu, em seu Art. 71, que o controle externo das contas dos poderes constituídos será exercido
pelo TCU.
No Art. 75, estendeu essa mesma regra aos demais Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal,
bem como aos Tribunais dos Municípios, que estão assim distribuídos:
- TCM – Bahia, Ceará, Pará e Goiás;
- TCM – Rio de Janeiro e São Paulo.
No Brasil, os Tribunais de Contas têm o poder judicante, ou seja, poderes para responsabilizar os
administradores pelos atos administrativos, depois de um processo e após uma análise profunda.
Art. 71- CF. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo.
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
O caminho dos processos de contas passa pelos órgãos de controle interno, são aprovados pelo Ministro de
Estado a que o órgão ou entidade está vinculado e chega ao Tribunal de Contas da União para análise e
julgamento.
O TCU recebe anualmente, os processos de contas dos gestores, sob a forma de tomada de contas e
prestação de contas:
Esses processos são analisados e julgados, os quais poderão receber as seguintes classificações:
a. REGULAR – a prestação de contas de forma clara e objetiva, com exatidão dos demonstrativos
contábeis, legalidade, legitimidade e economicidade dos atos de gestão.
b. REGULAR COM RESSALVA – existem impropriedades ou falhas de natureza formal de que
não resultem danos ao erário.
c. IRREGULAR – advém da omissão do dever de prestar contas; da prática de ato de gestão
ilegal, ilegítimo, antieconômico ou infração à norma legal ou regulamentar de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial; de dano ao erário, decorrente
de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou
valores públicos e a reincidência no descumprimento de determinações do Tribunal.
d. ILIQUIDÁVEIS – quando o caso fortuito ou força maior tornar, materialmente, impossível o
julgamento do mérito.
Art. 8º da Lei 8.443/92 - Diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação
dos recursos repassados pela União, na forma prevista no inciso VII do art. 5° desta Lei, da ocorrência de
desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal,
ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário, A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA
COMPETENTE, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA, DEVERÁ
IMEDIATAMENTE ADOTAR PROVIDÊNCIAS COM VISTAS À INSTAURAÇÃO DA
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e
quantificação do dano.
§ 1º Não atendido o disposto no caput deste artigo, o Tribunal determinará a instauração da tomada de
contas especial, fixando prazo para cumprimento dessa decisão.
Art. 50. No apoio ao controle externo, os órgãos integrantes do sistema de controle interno deverão
exercer, dentre outras, as seguintes atividades:
II - realizar auditorias nas contas dos responsáveis sob seu controle, emitindo relatório, certificado de
auditoria e parecer;
III - alertar formalmente a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas
especial, sempre que tiver conhecimento de qualquer das ocorrências referidas no caput do art. 8° desta
Lei.
Art. 51. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência de imediato ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.
Com a reformulação do Sistema de Controle Interno (SCI) pela Lei 10.180/01, a atuação das auditorias
internas nos processos de prestação de contas anuais de suas respectivas entidades, foi reforçada pela
exigência de sua estruturação, pela necessidade de garantir equipe capacitada e suficiente para atuar em
todas as áreas da entidade e pela vinculação técnica ao Sistema de Controle Interno.
Com isso, a auditoria passou a ter dupla vinculação: tecnicamente subordinada ao órgão central do sistema
de controle interno e administrativamente ao Conselho de Administração ou órgão equivalente.
Isso sem contar que o personagem principal é o dirigente, cliente primeiro de toda e qualquer auditoria
interna.
A auditoria pode ser interna, quando realizada por órgãos internos (subordinados ao gestor auditado), e
externa (quando não ocorre subordinação entre o gestor auditado e o auditor).
Auditoria Interna
A Auditoria Interna tem por função básica avaliar a adequação da eficácia do Controle Interno e a
qualidade do desempenho do órgão em que atua. Funciona como um controle gerencial para a alta
administração. Se preocupa com os controles administrativos, porque são atos administrativos que
produzem impactos financeiros que afetam a situação econômica e financeira do órgão, posteriormente
refletida nas demonstrações contábeis. A auditoria interna tem por objetivo contribuir para o alcance de
resultados operacionais e melhoria na gestão da coisa pública. Essa auditoria é exercida no âmbito da
entidade em que está situada, observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas da
entidade e da sua gestão
Auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados
gerenciais, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante
a confrontação entre uma situação encontrada e determinado critério técnico, operacional ou legal..
No âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, a auditoria é aplicada para entender
as seguintes atividades:
Finalidade
A finalidade da auditoria na Administração Pública está definida no Art. 74 da CF/88, que é comprovar a
legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de
eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contábil
e finalística, bem como na aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
1) Auditoria de Gestão: tem por objetivo emitir opinião, com vistas a certificar-se da regularidade
das contas de um gestor. Verifica-se a observância da legalidade nos atos praticados; a probidade
na aplicação dos dinheiros públicos; a adequada administração de valores e outros bens da União; a
eficiência dos sistemas de controle administrativo e contábil; a avaliação dos resultados
operacionais e a execução dos programas de governo.
2) Auditoria de Acompanhamento de Gestão: antecipa os trabalhos da auditoria de gestão, sendo
realizada ao longo do exercício. Busca evidenciar melhorias e economias no processo, prevenindo
gargalos no desempenho da instituição.
3) Auditoria Contábil: tem por finalidade confirmar os valores apresentados nas demonstrações
financeiras.
4) Auditoria Operacional ou de Desempenho: objetiva avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos operacionais, das unidades ou entidades, programas, projetos, atividades ou
segmentos destes. Esse tipo de auditoria consiste numa atividade de assessoramento ao gestor
público, com vistas a aprimorar as práticas administrativas e os sistemas operacionais ou
informatizados.
5) Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza
incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação expressa da autoridade
competente. Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos auditorias não inseridos em outras
classes de atividades.
Técnica de Auditoria
É o conjunto de processos e ferramentas operacionais de que serve o auditor para a obtenção de evidências,
as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para a conclusão dos trabalhos
Papéis de Trabalho
O resultado final do trabalho do auditor está no seu relatório, e o conteúdo do relato deve estar suportado
por evidências. Por isso se diz que auditor não acha, evidencia. Evidência é a prova do que se diz. Os
papeis de trabalho guardam essas provas.
Os papeis de trabalho (PT) são documentos que fundamentam a opinião do auditor. Evidenciam a extensão
e profundidade dos temas tratados. Registram as técnicas adotadas e destaca a legislação utilizada como
suporte aos trabalhos realizados.