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LIVRO : AUDITORIA, CONTABILIDADE E CONTROLE INTERNO NO SETOR PÚBLICO

1.CONTROLES PÚBLICOS

Na Administração Pública, os dirigentes devem agir de acordo com as normas legais, que fixam as
competências dos órgãos; ela delimita o seu campo de atuação e estabelece controles aos quais devem
se sujeitar.

Significa que, na Administração Pública, o dirigente não pode agir com independência absoluta, praticando
atos não autorizados em lei e sem objetivar o interesse ou o fim público. Para que sejam observadas essas
normas, faz-se necessário o exercício do controle na Administração Pública.

LEMBRE-SE : O ADMINISTRADOR PÚBLICO OU AGENTE PÚBLICO SÓ PODE AGIR


CONFORME A LEI. SEMPRE OBJETIVO – INTERESSE PÚBLICO- COLETIVIDADE

Estado - Formas pela qual o controle é efetivado num regime democrático:

 o sistema de freios e contrapesos representado pela divisão e independência dos Poderes da União
e pelos diferentes níveis de governo da Federação;
 a fiscalização dos partidos políticos;
 a eleição periódica dos governantes;
 a pressão exercida pela opinião pública e pela imprensa; e
 os sistemas de controle interno e externo.

Do ponto de vista das ciências jurídicas, o controle se fundamenta nas normas do direito administrativo, na
parte em que trata de princípios básicos que regem a Administração Pública.

São eles: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência(LIMPE) .

Atenção : Princípios e Fundamentos da Administração Pública em Kannaane – Muito importantes

Desses princípios decorrem os deveres do administrador:

 DEVER DE EFICIÊNCIA(EC 1998)


 DEVER DE PROBIDADE (JUNTO COM MORALIDADE)
 DEVER DE PRESTAR CONTAS(TRANSPARÊNCIA E ACOUNTABILITY)

Os controles podem ser INTERNOS (VERTICAIS) E EXTERNOS (HORIZONTAIS).

Controles Horizontais (externos): são aqueles exercidos entre os poderes constituídos – os controles pela
sociedade (controle social) e os controles pelas prestações de contas (controle das contas).

Controles verticais (internos): podem ser considerados como controles hierárquicos ou administrativos.
A CF estabeleceu na esfera de cada Poder o chamado “Sistema de Controle Interno”. Essa estrutura é
semelhante aos conhecidos controles administrativos de qualquer empresa.

Na Administração Pública, o “controle interno” administrativo foi disciplinado pelo DL/200 e o


“sistema de controle interno” pelo Art. 74 da CF/88.

Atenção : observar o Mapa da Prova os artigos de Controle Interno e Externo- Quase certa uma
questão sobre o tema.
2.CONTROLE INTERNO

DEFINIÇÃO – CONTROLE INTERNO

Compreende o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas adotados pela
empresa, para salvaguardar seu patrimônio, conferir exatidão e fidedignidade dos dados contábeis,
promover a eficiência operacional e encorajar a obediência às diretrizes traçadas pela administração
da companhia

A organização do controle interno é da responsabilidade do administrador. Uma vez organizado o controle


interno, é necessário mantê-lo sob permanente vigilância e avaliação. As falhas do seu funcionamento
trazem reflexos inevitáveis nos resultados da administração, podendo comprometê-la.

Para os que são responsáveis pelos balanços e resultados dos números de cada órgão ou entidade, o
controle interno é o instrumento para dar sustentação aos números que se divulgam e sobre os quais se
tomam decisões. Trata-se, nesse caso, do controle interno financeiro, que tem como base a
Contabilidade.

O controle interno é a peça-chave para a auditoria. Esta emite opinião sobre os resultados de uma
gestão ou sobre a realidade dos números divulgados nos balanços.

A auditoria deve avaliar os mecanismos de controle interno, para saber o risco que se corre, quando dá
opinião com base em testes, para avaliar uma gestão ou certificar um balanço. O principal papel de uma
auditoria interna é garantir para os dirigentes da entidade que os controles internos estão
funcionando adequadamente.

O controle interno pode ser subdividido em CONTROLE ADMINISTRATIVO E CONTROLE


CONTÁBIL.

A.CONTROLE ADMINISTRATIVO

Compreende o plano de organização e todos os métodos e procedimentos referentes à eficiência


operacional e à obediência às diretrizes administrativas, que normalmente, se relacionam apenas de forma
indireta com os registros contábeis. O controle administrativo busca garantir que as ações atinjam seus
objetivos no menor custo e da melhor forma. Incluem-se controles como:

 Verificação física
 Controle de contratos
 Convênios
 Ações desenvolvidas
 Retenções e recolhimento de tributos

Os controles operacionais focalizam trabalho e transações individuais -operações do dia a dia.

Quanto mais confiáveis, adequadas e rápidas forem as informações produzidas pelas estruturas de
controle, mais seguras serão as decisões tomadas.

B.CONTROLE CONTÁBIL

Compreende o plano de organização e todos os procedimentos diretamente relacionados com a


consistência e a fidedignidade dos registros contábeis. Visam dar certeza aos números registrados e
divulgados nas demonstrações contábeis.

Deve haver segregação entre as tarefas relativas ao controle contábil, aqueles que servem para a
elaboração dos relatórios, e entre os controles administrativos.
OBJETIVO DO CONTROLE INTERNO NA ÁREA PÚBLICA

Funcionar, simultaneamente, como um mecanismo de auxílio para o administrador público e como


instrumento de proteção e defesa do cidadão. O controle garante que os objetivos da organização
pública serão alcançados e que as ações serão conduzidas de forma econômica, eficiente e eficaz. O
resultado disso é uma verdadeira salvaguarda dos recursos públicos contra o desperdício, o abuso, os erros,
as fraudes e as irregularidades.

Princípios do controle interno


A preocupação com o controle interno está intimamente ligada a dois fatores básicos: responsabilidade do
administrador e risco para o patrimônio da entidade.

Os princípios básicos são:

a. Fixação de responsabilidades: clara de limitação de responsabilidades, para evitar o


comprometimento de sua eficiência;
b. Segregação de funções: conhecido também como Princípio da Oposição de Interesse,consiste no
fato de que, numa estrutura de controles internos, a pessoa que realiza uma operação não
pode ser a mesma envolvida na função de registro.
c. Ciclo de uma transação: preconiza que uma só pessoa não deve realizar todas as fases de uma
transação, quer seja funcionário ou administrador;
d. Pessoal de controle criteriosamente selecionado: para contratação de funcionários para cargos
de controle, torna-se necessário que seu passado seja investigado, e as referências, conferidas;
e. Rodízio de pessoal: a entidade deve promover o rodízio de servidores, visando, inclusive,
permitir que cada um possa ser capaz de desenvolver novas tarefas. Isso impede a existência de
servidores imprescindíveis. Traz motivação ao pessoal e aumenta a segurança do sistema de
controles;
f. As tarefas devem estar previstas em manuais operacionais: as instruções inerentes trabalho
devem ser escritas em manual de organização, a fim de evitar a ocorrência de erros e aumentar a
eficiência operacional
g. Utilização de processamento eletrônico: sempre que possível, a entidade deve adotar processo
eletrônico para registrar as operações. Este procedimento aumenta a eficiência operacional dos
controles internos, evita erros e dificulta as fraudes.
PRINCIPAIS FINALIDADES DO CONTROLE INTERNO

Dentre as principais finalidades da existência de um controle interno, destacam-se as CINCO mais


importantes:

 Segurança ao ato praticado e obtenção de informação adequada: todo gestor deve ter cautela,
para que os atos praticados e sujeitos a julgamento externo estejam cobertos por controles prévios
seguros, suportados por documentos que os comprovem, dentro da legislação pertinente e com
responsabilidade bem definida. As informações sustentadas pelo controle interno dizem respeito
tanto aos atos praticados como ao impacto nos resultados. O importante para o administrador que
decide e responde pela tomada de decisão tomada é que o controle interno lhe ofereça segurança na
decisão (controle prévio).

 Promover a eficiência operacional da entidade: o estímulo à eficiência operacional consiste em


prover os meios necessários à execução das tarefas, para obter desempenho operacional satisfatório
da entidade.

Formas de promover a eficiência: seleção de pessoal qualificado,treinamentos, plano de


carreira, relatórios de desempenho, normas, instruções

 Estimular a obediência e o respeito às políticas traçadas: o processo de aderência ás políticas


constitui-se muito mais em um fator psicológico do que um fator objetivo. As pessoas são
convencidas a aceitarem as diretrizes fixadas e utilizarem linguajar e técnicas comuns na casa.

 Proteger os ativos: existem três interpretações atribuídas ao conceito de proteção de ativos:

Os ativos devem ser resguardados de qualquer situação indesejável. Constitui uma das ações
principais da administração;
Proteção contra erros involuntários (não intencionais);
Irregularidades intencionais.

 Inibir a corrupção: no setor público, há uma preocupação recorrente de se criarem controles


como forma de inibição da corrupção ou mesmo de apuração mais rápida de desvios,
tornando mais efetivas as ações dos Tribunais, do Ministério Público ou da Polícia.

Foco do Controle Interno

A Lei 4.320/64, ao instituir normas gerais de direito financeiro para o controle dos orçamentos e balanços
da União, extensivos aos Estados, DF e Municípios, direcionou o foco do controle a essas três dimensões:

 PROCESSO ADMINISTRATIVO
 A CONDUTA DO AGENTE
 A AÇÃO DA ENTIDADE

Ao longo dos anos, tem variado a importância que os governantes dão aos focos mencionados. Na
administração burocrática, o foco do controle tem sido o controle do processo administrativo. Foi
assim durante o regime militar.

Na gestão do Governo Fernando Henrique Cardoso, no período de 1995 a 2001, iniciou-se o controle com
foco no resultado, valorizando o programa de trabalho.
Lei 4.320/64 - Art. 75. O controle da execução orçamentária compreenderá:

I - a legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da receita ou a realização da despesa, o nascimento
ou a extinção de direitos e obrigações;
II - a fidelidade funcional dos agentes da administração, responsáveis por bens e valores públicos;
III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de
obras e prestação de serviços.

TIPOS E TÉCNICAS DE CONTROLE ( GRANDES CHANCES DE SER COBRADO)

Os controles ficam divididos no tempo em:

CONTROLE PRÉVIO – é o que antecede a conclusão ou operatividade do ato. Tem como objetivo
final dar segurança àquele que pratica o ato ou por ele se responsabiliza. A técnica utilizada nesse caso é a
CONTABILIDADE.

CONTROLE CONCOMITANTE – é aquele que acompanha a realização do ato, para verificar a


regularidade de sua formação. É o controle feito no decorrer das ações praticadas. Tem como objetivo
A técnica utilizada nesse caso é a FISCALIZAÇÃO.

CONTROLE SUBSEQUENTE (POSTERIOR) – é o que se efetiva após a conclusão do ato praticado,


visando corrigir eventuais defeitos, declarar a sua nulidade ou dar-lhe eficácia. Tem como objetivo
final avaliar a eficiência e a eficácia das ações administrativas, certificar a veracidade dos números e
comprovar o cumprimento das normas. A técnica utilizada nesse caso é A AUDITORIA.

Princípios do Controle Interno na visão do Sistema de Controle Interno

A Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), na função de órgão operacional do Sistema de Controle
Interno do poder Executivo Federal, responsável por orientar as auditorias internas das entidades da
Administração Indireta sobre como se posicionar ao avaliar os controles administrativos, expediu
orientações, para avaliação dos controles administrativos, destacando os princípios fundamentais para
avaliação de uma gestão:

 Relação custo/benefício: consiste na avaliação do custo de um controle em relação aos benefícios


que ele possa proporcionar;
 Qualificação adequada, treinamento e rodízio de funcionários: a eficácia dos controles internos
administrativos está diretamente relacionada com a competência, formação profissional e
integridade do pessoal.
 Delegação de poderes (ou de competências) e definição de responsabilidade: O ato de
delegação deverá indicar, com precisão, a autoridade delegante, a autoridade delegada e o objeto de
delegação.
 Segregação de funções: a estrutura da unidade deve prever a separação entre funções de
autorização / aprovação de operações, execução, controle e contabilização, de tal forma que
nenhuma pessoa detenha competências e atribuições em desacordo com este princípio.
 Instruções devidamente formalizadas: para atingir um grau de segurança adequado, é
indispensável que as ações, procedimentos e instruções sejam disciplinados e formalizados através
de instrumentos eficazes e específicos; ou seja, claros e objetivos e emitidos por autoridade
competente.
 Controle sobre as transações: é necessário estabelecer o acompanhamento dos fatos contábeis,
financeiros e operacionais, objetivando que sejam efetuados mediante atos legítimos, relacionados
com a finalidade da unidade / entidade e autorizados por quem de direito.
 Aderência a diretrizes e normas legais: o controle interno administrativo deve assegurar
observância a diretrizes, planos, normas, leis, regulamentos e procedimentos administrativos,
observando se os atos e fatos de gestão são legítimos e estão relacionados com a finalidade da
unidade / entidade.

Controles exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei de crimes fiscais ( atente para o termo)

A partir de 2000, com o advento da LRF, as responsabilidades dos agentes municipais foram
substancialmente aumentadas, porque, na sua essência, a lei proibiu que a gestão de um Prefeito
sobrecarregasse a gestão de um futuro administrador, com passivos criados sem a devida cobertura de
ativos.

Os temas tratados na LRF que exigem que a Prefeitura organize controles internos são:

Controle das fontes vinculadas – os administradores já sabem da necessidade do controle do orçamento,


tanto que fontes de recursos que possuem aplicação em finalidade prefixada por lei ou mediante convênio
contavam com um controle individual por meio de contas bancárias específicas.

Controle das despesas de pessoal – outro ponto de grande relevância tratado na LRF foi a despesa de
pessoal. Os limites de despesa de pessoal foram vinculados à Receita Corrente Líquida, com tetos
específicos para cada um dos três Poderes e o Ministério Público, e são tratados como ponto de referência
para uma gestão correta e eficaz. Além de ser considerada item de avaliação específica pelos Tribunais de
Contas.

Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada
período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita
corrente líquida, a seguir discriminados:

I - União: 50% (cinqüenta por cento);


II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento)

IMPORTANTÍSSIMO – CHANCES DE QUESTÃO DE PROVA

LRF – Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao
final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes,
reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

( BANCAS COBRAM MUITO TAMBÉM)

Art. 42(LRF)

É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou
que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa
para este efeito.

O Art. 59, ao definir que além do Poder Legislativo e dos Tribunais de Contas, o Sistema de
Controle Interno de cada poder deve fiscalizar o cumprimento da LRF, acabou por introduzir um
fato novo na cultura municipal. É a necessidade de criar uma auditoria interna para falar a mesma
linguagem dos Tribunais e avaliar os controles internos para garantir que as regras fixadas estejam
sendo obedecidas.
LRF – Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de
controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei
Complementar, com ênfase no que se refere a:

I - atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias


II - limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar

Controle Interno

Art. 74- CF. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de

controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como
da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional (já caiu em prova).
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade
solidária.
§ 2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da
lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União (já caiu em
prova).

ESTRUTURA DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO –CONTROLE INTERNO DA UNIÃO

( HOJE É MINISTÉRIO DA TRANSPARÊNCIA E CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO )

A Controladoria-Geral da União (CGU) é o Órgão do Governo Federal responsável por assistir direta e
imediatamente ao Presidente da República quanto aos assuntos que, no âmbito do Poder Executivo, sejam
relativos à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão, por meio das
atividades de controle interno, auditoria pública, correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria.

A CGU também deve exercer, como órgão central, a supervisão técnica dos órgãos que compõem o
Sistema de Controle Interno e o Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo
Federal, prestando a orientação normativa necessária.

CONTROLE INTERNO COM FOCO ADMINISTRATIVO

O DL 200/67 foi e é considerado como base legal de sustentação da grande reforma administrativa feita no
país.
A ênfase em princípios consagrados faz com que grande parte dos seus artigos ainda sejam aplicados na
administração pública, mesmo tendo passado mais de 40 anos de sua implantação.

A reforma iniciada por esse normativo foi o primeiro passo para uma administração
gerencial na Administração Pública. O processo de descentralização administrativa por meio de maior
autonomia à administração indireta foi estimulado, como forma de superar a rigidez burocrática da
administração direta.

Instituíram-se, como princípios de racionalidade administrativa:

 A VISÃO SISTÊMICA;
 O PLANEJAMENTO E O ORÇAMENTO;
 A DESCENTRALIZAÇÃO E DELEGAÇÃO DE PODERES;
 OS CONTRATOS E OS CONVÊNIOS
 O CONTROLE DOS RESULTADOS

3.CONTROLE EXTERNO

O Estado Moderno, em sua conformação, ou seja, com a divisão do poder em três ramificações
distintitas – Legislativo, Executivo e Judiciário – necessita de devida orientação para delimitar a atuação de
seus órgãos.
Com isso, pode-se atingir o fim último do Estado: A TUTELA (EM SENTIDO AMPLO) DOS
SEUS CIDADÃOS.
Estes poderes estão unidos por um sistema. Cada um deles tem sua função específica, mas cada um
de per si pode intervir no outro, a fim de corrigir atos discrepantes dentro dos limites fixados pela
Constituição.
Art. 2º da CF/88 - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.

Obs.: Não há hierarquia entre os poderes, exercem funções típicas de cada um mais podem

também exercer funções atípicas (de outros poderes)

CONTROLE SOCIAL
Outra forma de controle externo é o controle social exercido pela população . Ele se manifesta no
exercício do voto para a escolha dos governantes e representantes junto ao Parlamento.

FORMAS DE CONTROLE SOCIAL – voto, representação e de petição aos órgãos públicos, pelo
direito de obter certidão e informações, assim como pelos institutos jurídicos do habeas data, habeas
corpus, plebiscito, referendo, audiências públicas,mandado de segurança, individual e coletivo, pela
ação popular e pela ação civil pública. Uma forma recente são os meios de comunicação( pressão

popular).

A CF disciplinou no Art. 31, § 3º, que “as contas dos municípios ficarão, durante sessenta dias,
anualmente à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a
legitimidade, nos termos da lei”.

LRF - Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla
divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas
desses documentos.
Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação
popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos

planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.

ARTIGO 48 – LRF - CANSADO DE CAIR EM PROVAS !!! FIQUEM LIGADOS

LRF - Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante
todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração,
para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

CONSELHOS FISCAIS

Outro mecanismo importante de controle externo são os conselhos fiscais, obrigatórios para empresas com
ações negociadas em bolsas.

Na área pública, o Conselho Fiscal tem sua atuação regulamentada pela Secretaria do Tesouro Nacional do
Ministério da Fazenda (STN), que representa o Governo Federal como acionista nas empresas em que este
tem participação no capital. Tal competência está contida na Lei 10.180/01(lei de prova fiquem ligados)

Art. 13 – Subordinam-se tecnicamente à Secretaria do Tesouro Nacional os representantes do Tesouro


Nacional nos conselhos fiscais, ou órgãos equivalentes das entidades da administração indireta, controladas
direta ou indiretamente pela União.

Parágrafo único: Os representantes do Tesouro Nacional nos conselhos fiscais deverão ser,
preferencialmente(não obrigatoriamente), servidores integrantes das carreiras de Finanças e
Controle, que não estejam em exercício nas áreas de controle interno no ministério ou órgão
equivalente ao qual a entidade esteja vinculada.

CRIAÇÃO E HISTÓRICO DO TCU

Deve-se a Rui Barbosa a origem do Tribunal de Contas da União.

A Constituição de 1891 consagrou o TCU no seu Art. 89, embora somente em 1893, tenha sido
efetivamente constituído e instalado pelo Ministro da Fazenda Serzedelo Corrêa.

Até 1967, os Tribunais de Contas no Brasil praticavam o controle prévio. Todos os empenhos e contratos,
onerando os orçamentos públicos, tinham de ser autorizados previamente pelos Tribunais. Esta prática
tornou-se obsoleta, porque o volume de decisões a serem tomadas, em pouco tempo, cresceu de tal forma
que os Tribunais de Contas não puderam mais responder às necessidades de aprovar ou reprovar
previamente os empenhos.

Em 1967, surgiu o DL 200, que implicou na separação do controle interno administrativo do controle de
contas, mais tarde denominado de Sistema de Controle Interno e Controle Externo.

Papel do TCU como auxiliar do Poder Legislativo

Na linha do controle horizontal, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem prestar contas
aos Tribunais de Contas.

A CF/88 recepcionou a estrutura vigente dos Tribunais, proibiu no âmbito dos Municípios, a criação de
novos e definiu, em seu Art. 71, que o controle externo das contas dos poderes constituídos será exercido
pelo TCU.
No Art. 75, estendeu essa mesma regra aos demais Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal,
bem como aos Tribunais dos Municípios, que estão assim distribuídos:
- TCM – Bahia, Ceará, Pará e Goiás;
- TCM – Rio de Janeiro e São Paulo.

No Brasil, os Tribunais de Contas têm o poder judicante, ou seja, poderes para responsabilizar os
administradores pelos atos administrativos, depois de um processo e após uma análise profunda.

O principal papel dos Tribunais de Contas é o de responsabilizar retroativamente os que cometerem


alguma irregularidade na Administração.

Art. 71- CF. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal

de Contas da União, ao qual compete: ( MUITO CUIDADO AQUI – IMPORTANTE)

I - APRECIAR AS CONTAS PRESTADAS ANUALMENTE PELO PRESIDENTE DA


REPÚBLICA, mediante PARECER PRÉVIO que deverá ser elaborado em SESSENTA DIAS A
CONTAR DE SEU RECEBIMENTO;
II - JULGAR AS CONTAS DOS ADMINISTRADORES E DEMAIS RESPONSÁVEIS POR
DINHEIROS, BENS E VALORES PÚBLICOS da administração direta e indireta, incluídas as
fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,
excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de
aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento
legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou
de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais
entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de
forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo,
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por
qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao dano
causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da
lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados
e ao Senado Federal;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.

§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.
§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo.
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.

4.TOMADA E PRESTAÇÃO DE CONTAS

Art. 70 - CF. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e


das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade,
aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional , mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder .

Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União
responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

O caminho dos processos de contas passa pelos órgãos de controle interno, são aprovados pelo Ministro de
Estado a que o órgão ou entidade está vinculado e chega ao Tribunal de Contas da União para análise e
julgamento.

O TCU recebe anualmente, os processos de contas dos gestores, sob a forma de tomada de contas e
prestação de contas:

Tomada de Contas: Administração Direta


Prestação de Contas: demais casos

Esses processos são analisados e julgados, os quais poderão receber as seguintes classificações:

(JÁ CAIU EM PROVA)

a. REGULAR – a prestação de contas de forma clara e objetiva, com exatidão dos demonstrativos
contábeis, legalidade, legitimidade e economicidade dos atos de gestão.
b. REGULAR COM RESSALVA – existem impropriedades ou falhas de natureza formal de que
não resultem danos ao erário.
c. IRREGULAR – advém da omissão do dever de prestar contas; da prática de ato de gestão
ilegal, ilegítimo, antieconômico ou infração à norma legal ou regulamentar de natureza
contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial; de dano ao erário, decorrente
de ato de gestão ilegítimo ou antieconômico; de desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou
valores públicos e a reincidência no descumprimento de determinações do Tribunal.
d. ILIQUIDÁVEIS – quando o caso fortuito ou força maior tornar, materialmente, impossível o
julgamento do mérito.

Tomada de Contas Especial - É um processo administrativo devidamente formalizado, para apurar


responsabilidade por ocorrência de dano à administração pública federal, com apuração de fatos,
quantificação do dano, identificação dos responsáveis e obter o respectivo ressarcimento .

Art. 8º da Lei 8.443/92 - Diante da omissão no dever de prestar contas, da não comprovação da aplicação
dos recursos repassados pela União, na forma prevista no inciso VII do art. 5° desta Lei, da ocorrência de
desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores públicos, ou, ainda, da prática de qualquer ato ilegal,
ilegítimo ou antieconômico de que resulte dano ao Erário, A AUTORIDADE ADMINISTRATIVA
COMPETENTE, SOB PENA DE RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA, DEVERÁ
IMEDIATAMENTE ADOTAR PROVIDÊNCIAS COM VISTAS À INSTAURAÇÃO DA
TOMADA DE CONTAS ESPECIAL para apuração dos fatos, identificação dos responsáveis e
quantificação do dano.
§ 1º Não atendido o disposto no caput deste artigo, o Tribunal determinará a instauração da tomada de
contas especial, fixando prazo para cumprimento dessa decisão.

Art. 50. No apoio ao controle externo, os órgãos integrantes do sistema de controle interno deverão
exercer, dentre outras, as seguintes atividades:

II - realizar auditorias nas contas dos responsáveis sob seu controle, emitindo relatório, certificado de
auditoria e parecer;
III - alertar formalmente a autoridade administrativa competente para que instaure tomada de contas
especial, sempre que tiver conhecimento de qualquer das ocorrências referidas no caput do art. 8° desta
Lei.

Art. 51. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade
ou ilegalidade, dela darão ciência de imediato ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

PARECER - AUDITORIA INTERNA

Com a reformulação do Sistema de Controle Interno (SCI) pela Lei 10.180/01, a atuação das auditorias
internas nos processos de prestação de contas anuais de suas respectivas entidades, foi reforçada pela
exigência de sua estruturação, pela necessidade de garantir equipe capacitada e suficiente para atuar em
todas as áreas da entidade e pela vinculação técnica ao Sistema de Controle Interno.

Com isso, a auditoria passou a ter dupla vinculação: tecnicamente subordinada ao órgão central do sistema
de controle interno e administrativamente ao Conselho de Administração ou órgão equivalente.

Isso sem contar que o personagem principal é o dirigente, cliente primeiro de toda e qualquer auditoria
interna.

O TRABALHO FINAL DA AUDITORIA INTERNA SERÁ O PARECER.


5. AUDITORIA

A auditoria pode ser interna, quando realizada por órgãos internos (subordinados ao gestor auditado), e
externa (quando não ocorre subordinação entre o gestor auditado e o auditor).

Auditoria Interna

A Auditoria Interna tem por função básica avaliar a adequação da eficácia do Controle Interno e a
qualidade do desempenho do órgão em que atua. Funciona como um controle gerencial para a alta
administração. Se preocupa com os controles administrativos, porque são atos administrativos que
produzem impactos financeiros que afetam a situação econômica e financeira do órgão, posteriormente
refletida nas demonstrações contábeis. A auditoria interna tem por objetivo contribuir para o alcance de
resultados operacionais e melhoria na gestão da coisa pública. Essa auditoria é exercida no âmbito da
entidade em que está situada, observando os aspectos relevantes relacionados à avaliação dos programas da
entidade e da sua gestão

Auditoria no Sistema de Controle Interno (SCI) – Poder Executivo

Auditoria é o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados
gerenciais, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito público e privado, mediante
a confrontação entre uma situação encontrada e determinado critério técnico, operacional ou legal..

No âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal, a auditoria é aplicada para entender
as seguintes atividades:

a. avaliação da gestão de recursos públicos federais sob a responsabilidade de órgãos públicos e


entidades privadas, bem como nos projetos de cooperação técnica envolvendo organismos
internacionais;
b. apurar atos e fatos inquinados de ilegais ou irregulares, praticados por agentes públicos ou
privados, na utilização de recursos públicos federais;
c. avaliar a consistência das informações produzidas pelos sistemas contábil, financeiro, de pessoal e
controles administrativos e operacionais;
d. examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados
alcançados nas ações de governo;
e. confirmar dados constantes dos processos de Tomadas de Contas Especial em apoio ao TCU; e
f. examinar os procedimentos administrativos e os controles internos dos órgãos da Administração
Direta, no papel equivalente à auditoria interna empresarial.

Finalidade

A finalidade da auditoria na Administração Pública está definida no Art. 74 da CF/88, que é comprovar a
legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados alcançados, quanto aos aspectos de
eficiência, eficácia e economicidade da gestão orçamentária, financeira, patrimonial, operacional, contábil
e finalística, bem como na aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

Classificação das Auditorias

As auditorias são classificadas em:

1) Auditoria de Gestão: tem por objetivo emitir opinião, com vistas a certificar-se da regularidade
das contas de um gestor. Verifica-se a observância da legalidade nos atos praticados; a probidade
na aplicação dos dinheiros públicos; a adequada administração de valores e outros bens da União; a
eficiência dos sistemas de controle administrativo e contábil; a avaliação dos resultados
operacionais e a execução dos programas de governo.
2) Auditoria de Acompanhamento de Gestão: antecipa os trabalhos da auditoria de gestão, sendo
realizada ao longo do exercício. Busca evidenciar melhorias e economias no processo, prevenindo
gargalos no desempenho da instituição.
3) Auditoria Contábil: tem por finalidade confirmar os valores apresentados nas demonstrações
financeiras.
4) Auditoria Operacional ou de Desempenho: objetiva avaliar as ações gerenciais e os
procedimentos operacionais, das unidades ou entidades, programas, projetos, atividades ou
segmentos destes. Esse tipo de auditoria consiste numa atividade de assessoramento ao gestor
público, com vistas a aprimorar as práticas administrativas e os sistemas operacionais ou
informatizados.
5) Auditoria Especial: objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza
incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação expressa da autoridade
competente. Classificam-se nesse tipo os demais trabalhos auditorias não inseridos em outras
classes de atividades.

Técnica de Auditoria
É o conjunto de processos e ferramentas operacionais de que serve o auditor para a obtenção de evidências,
as quais devem ser suficientes, adequadas, relevantes e úteis para a conclusão dos trabalhos

Papéis de Trabalho
O resultado final do trabalho do auditor está no seu relatório, e o conteúdo do relato deve estar suportado
por evidências. Por isso se diz que auditor não acha, evidencia. Evidência é a prova do que se diz. Os
papeis de trabalho guardam essas provas.

Os papeis de trabalho (PT) são documentos que fundamentam a opinião do auditor. Evidenciam a extensão
e profundidade dos temas tratados. Registram as técnicas adotadas e destaca a legislação utilizada como
suporte aos trabalhos realizados.

A opinião do auditor é expressa por meio de Relatório, Parecer, Certificado ou Nota.

No âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal , o certificado de auditoria é


emitido, para compor a tomada ou prestação de contas, inclusive a tomada de contas especial dos gestores
públicos, para envio ao TCU.

Os tipos de certificados podem ser:

CERTIFICADO DE REGULARIDADE: quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno verificar


legalidade dos atos;
CERTIFICADO DE REGULARIDADE COM RESSALVA: quando o órgão ou Unidade de Controle
Interno constatar falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e
diretrizes governamentais, que não caracterizem irregularidades da gestão dos agentes responsáveis.
CERTIFICADO DE IRREGULARIDADE: quando Órgão ou Unidade de Controle Interno verificar a
não observância da aplicação dos princípios legalidade, legitimidade e economicidade, constando a
existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo
quantificável para a Fazenda Nacional e / ou comprometam substancialmente, as demonstrações financeiras
e a respectiva gestão dos agentes responsáveis, no período ou exercício examinado.

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