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FÍSICA

Matriz de conteúdos:

Forças de atrito-

 Perceber o que são as forças de atrito;


 Compreender o que acontece quando existe uma situação de força de atrito;
 Compreender quando o corpo se move com forças de atrito;
 Identificar forças de atrito úteis e prejudiciais no quotidiano;
 Compreender como reduzir as forças de atrito;
 Identificar o tipo de superfícies que favorece as forças de atrito;
 Compreender o que é a força de resistência do ar;
 Identificar situação de força de resistência do ar úteis e prejudiciais;

Forças e transferências de energia-

 Compreender quando se dá uma transferência de energia;


 Compreender o que é a energia cinética;
 Identificar fatores que influenciam a energia cinética;
 Identificar exemplos da energia cinética;
 Compreender o que é a energia potencial;
 Compreender o que é a energia potencial gravítica;
 Compreender o que é a energia potencial elástica;
 Identificar fatores que influenciam a energia potencial gravítica;
 Identificar fatores que influenciam a energia potencial elástica;
 Identificar exemplos da energia potencial gravítica;
 Identificar exemplos da energia potencial elástica;
 Compreender situações com qualquer energia;
 Compreender as transformações de energia enquanto um corpo está em queda;
 Compreender as transformações de energia enquanto um corpo está em subida;

Forças e fluidos-

 Compreender o que é um fluido;


 Compreender que materiais são fluidos;
 Caracterizar a força impulsão;
 Conseguir explicar como alguns corpos flutuam;
 Identificar exemplos de corpos que flutuam;
 Conseguir explicar como alguns corpos afundam;
 Identificar exemplos de corpos que afundam;
 Conseguir explicar como alguns corpos sobem;
 Identificar exemplos de corpos que sobem;
 Compreender como se pode medir a intensidade da força impulsão;
 Aplicar a lei de Arquimedes em exercícios;
 Identificar fatores que influenciam a impulsão;
 Compreender a influência do volume imerso do corpo e da densidade no fluido na impulsão;
FORÇAS DE ATRITO

1. Forças de atrito- introdução

Força de atrito:

 é exercida no corpo pelo plano de apoio


 resulta da interação entre as rugosidades das superfícies de contacto
 opõe-se ao deslizamento ou à tendência para o deslizamento
 tem sentido oposto ao do movimento de deslizamento do corpo

Situações de força de atrito- empurrar um armário:

a) Corpo em repouso a ser empurrado

O corpo é solicitado a mover-se, porém não se move, ou seja, a força de atrito exerce-se no corpo e
opõe-se à tendência para o deslizamento.

 força de atrito e a força exercida pela pessoa de igual direção, intensidade e sentidos opostos =
forças anulam-se e corpo continua em repouso
 não existe velocidade

b) Corpo em movimento a ser empurrado

O corpo desliza, ou seja, a força de atrito exerce-se no corpo e tem sentido contrário ao do
movimento.

 força de atrito e a força exercida pela pessoa de igual direção, sentidos opostos e intensidades
diferentes (força de atrito < força exercida pela pessoa)= corpo em movimento
 existe velocidade (velocidade do corpo em movimento)

2. Forças de atrito prejudiciais e úteis

Forças de atrito prejudiciais:

1. na velocidade de um corpo (a força de atrito opõe-se ao deslizamento, reduzindo a velocidade)


2. nas articulações dos ossos (o atrito danifica as cartilagens)
3. nas peças dos motores (o atrito entre as peças aumenta o seu desgaste)

Forças de atrito úteis:

1. no movimento de um carro (melhor travagem)


2. começar a andar/correr (o pé empurra o chão para trás e o chão o pé para a frente)
3. para segurar um objeto (a força de atrito impede a queda do objeto)
3. Superfícies e as forças de atrito

Maior rugosidade das superfícies


em contacto

Maior força de atrito

Pode-se diminuir o atrito polindo ou


lubrificando as superfícies em
contacto (com óleo, água, cremes,
etc...).

4. Força de resistência do ar

Força de resistência do ar  força exercida pelo ar sobre um corpo em movimento e tem sentido
oposto ao do movimento

Força de resistência do ar prejudicial:

 prejudicial no movimento de um veículo (a resistência do ar diminui a velocidade dos veículos)

Força de resistência do ar útil:

 útil no paraquedismo (a resistência do ar diminui a velocidade, permitindo ao paraquedista


chegar ao solo em segurança)

FORÇAS E TRANSFERÊNCIAS DE ENERGIA

5. Transferências de energia

Uma pessoa ao mover um objeto pesado, não significa que tenha muita energia. O que põe o objeto em
movimento não é a energia da pessoa, mas sim a força exercida sobre o objeto. Força e energia são
assim conceitos diferentes. Porém existe relação entre ambos: a ação de uma força pode manifestar-se
na transferência de energia entre os corpos em interação. O processo de transferir energia por meio de
forças, denomina-se de trabalho.

Exemplo de transferência de energia:

 um jogador a chutar uma bola- O jogador cede energia à bola e a bola recebe essa energia, a
qual se manifesta no seu movimento. Este processo engloba uma transferência de energia por
ação de uma força (trabalho).
6. Energia cinética

Energia cinética  energia que um corpo possuí quando está em movimento.

A energia cinética depende:

 da massa do corpo (quanto maior a massa de um corpo, maior a sua energia cinética)
 da velocidade do corpo (quanto maior a velocidade de um corpo, maior a sua energia cinética)

Exemplos de energia cinética:

 energia eólica- energia cinética do ar (é transferida para as hélices dos aerogeradores, usados
na produção de eletrecidade)
 energia das ondas e marés- energia cinética das águas oceânicas (pode ser aproveitada em
centrais elétricas)
 energia dos corpúsculos- energia cinética do mundo microscópio (os corpúsculos estão em
constante movimento)

7. Energia potencial

Energia potencial  energia armazenada num corpo que pode vir a manifestar-se.

ENERGIA POTENCIAL GRAVÍTICA:

Energia potencial gravítica  associada à força gravítica

Um corpo pode ter energia potencial gravítica numa situação de repouso ou de movimento, basta estar
a uma certa altura do solo. Isto porque a energia potencial não está diretamente relacionada com o
estado de movimento, mas sim com a potencialidade de o corpo de mover devido a forças (interações).

A energia potencial gravítica depende:

 da massa do corpo (quanto maior a massa de um corpo, maior a sua energia potencial g.)
 da altura do corpo (quanto maior a altura de um corpo, maior a sua energia potencial g.)

Exemplo de energia potencial gravítica:

 um atleta a segurar uma bola- Um atleta segura uma bola na mão, acima do solo. Como está
em repouso, esta não tem energia cinética. Mas, se largar a bola, ela entra em movimento por
ação da força gravítica. Diz-se que a bola tem uma certa energia que pode manifestar-se em
movimento. Chama-se energia potencial gravítica. Pode assim existir energia potencial
gravítica, numa situação de repouso, mas também de movimento. Basta a bola encontrar-se a
uma certa altura do solo e mover-se por ação da força gravítica. Contudo, se a bola estiver no
chão, a força gravítica já não a pode mover: a bola não tem energia potencial gravítica, ou
melhor, a sua energia potencial gravítica é nula.
ENERGIA POTENCIAL ELÁSTICA:

Energia potencial elástica  associada à força elástica

A energia potencial gravítica depende:

 estado do objeto (quanto maior a deformação de um objeto, maior a sua energia potencial e.)

Exemplo de energia potencial gravítica:

 comprimir uma mola com uma bola- A mola, que é elástica, exerce uma força sobre a bola
(chamada força elástica) e o conjunto pode entrar em movimento por ação dessa força.
Enquanto houver compressão da mola existirá energia potencial elástica do conjunto mola e
bola.

8. Transformações de energia

Corpo a cair para baixo:

Corpo em repouso (em cima de uma mão)

 não tem energia cinética (velocidade nula)


 tem energia potencial gravítica no seu valor máximo (altura máxima)

Corpo a cair:

 tem energia cinética, que aumenta à medida que cai (a velocidade aumenta)
 tem energia potencial gravítica, que diminui à medida que cai (a altura diminui)

Corpo quando atinge o solo:

 tem energia cinética no seu valor máximo (velocidade máxima)


 não tem energia potencial gravítica (a altura é nula)

Se a resistência do ar for desprezível, a soma da energia cinética e da energia potencial gravítica terá
sempre o mesmo valor ao longo da trajetória: Ep + Ec = constante

Conclusão- quando um corpo cai para baixo a energia potencial gravítica é transformada em energia
cinética:

Diminui a altura  diminui a energia potencial gravítica

Aumenta a velocidade  aumenta a energia cinética


Corpo a subir para cima:

Corpo a ser lançado:

 tem energia cinética (é preciso dar-lhe velocidade para subir)


 tem energia potencial gravítica (está a uma certa altura)

Corpo a subir:

 tem energia cinética, que diminui à medida que o corpo sobe (a velocidade diminui)
 tem energia potencial gravítica, que aumenta à medida que sobe (a altura aumenta)

Corpo na altura máxima:

 não tem energia cinética (a velocidade é nula)


 tem energia potencial gravítica (a altura é máxima)

Se a resistência do ar for desprezível, a soma da energia cinética e da energia potencial gravítica terá
sempre o mesmo valor ao longo da trajetória: Ep + Ec = constante

Conclusão- quando um corpo sobe para cima a energia cinética é transformada em energia potencial
gravítica:

Aumenta a altura  aumenta a energia potencial gravítica

Diminui a velocidade  diminui a energia cinética

Exemplo de transformações de energia:

 uma porção de água a cair- Quando uma porção de água cai, diminui a sua altura, diminuindo a
energia potencial gravítica. Mas em contrapartida a sua velocidade vai aumentando enquanto a
água desce, aumentando assim a energia cinética. O aumento de energia cinética faz-se à custa
de diminuição da energia potencial gravítica. Diz-se assim que há transformação de energia
potencial gravítica em energia cinética.

FORÇAS E FLUIDOS

9. Fluidos

Fluido  Material que flui, como os líquidos e os gases.

Aos líquidos e gases chamamos de fluidos, porque são materiais que fluem. Ou seja, que tendem a
escapar por aberturas. Este comportamento não se verifica com os materiais sólidos. Nestes materiais,
as partículas que os constituem estão mais próximas e as forças de ligação entre elas são muito maiores
do que nos líquidos e nos gases.
10. Impulsão

A força impulsão é representada pela letra I:

 é exercida por um fluido sobre um corpo nele imerso


 tem direção vertical e sentido de baixo para cima (opõe-se ao peso do corpo)

Como é que um corpo flutua? A força impulsão pode explicar…

Por exemplo o caso de uma rolha que flutua na água. A rolha tem peso. Se apenas existisse essa força, a
rolha cairia. Como está em repouso quando flutua, concluísse que a resultante das forças que atuam
sobre a rolha é nula, de acordo com a segunda lei de Newton. Então tem de haver uma força que
equilibre o peso, ou seja, com a mesma intensidade e direção, mas sentido oposto. Essa força, exercida
pela água é a impulsão.

Corpo a flutuar num fluido (está em repouso)  resultante das forças nula (peso do corpo e impulsão)

Nota: A força exercida pela rolha na água denomina-se de peso e a força exercida pela água na rolha
denomina-se de impulsão.

11. Como medir a intensidade da força impulsão?- Lei de Arquimedes

1. Mede-se o peso de um objeto com um dinamómetro


(ex: 0,66 N)

2. Mede-se o peso de um copo vazio


(ex: 0,10 N)

3. Mergulha-se o objeto, suspenso no dinamómetro, numa tina com água. A tina deve ter uma
saída lateral e água até ao nível dessa saída. Lê-se o valor no dinamómetro: esse valor é menor
do que o peso porque a impulsão empurra o objeto para cima. O dinamómetro mede a
resultante das forças (FR) peso e impulsão, a que chamamos peso aparente. Por isso, a
intensidade da impulsão é a diferença entre o peso e o peso aparente.
(ex: FR= Paparente / FR= 0,21 N / I= P-Paparente / I= 0,66-0,45= 0,21 N)

4. Ao introduzir o objeto na água, um volume de água igual ao volume imerso do objeto sai pela
saída lateral da tina. Essa água é recolhida no copo, que passa a pesar mais. A diferença do
peso do copo, com água e vazio, indica o peso da água deslocada. Verifica-se que este valor é
igual á intensidade da impulsão.
(ex: Peso de água deslocada pelo copo= 0,31/ I= Peso de água deslocada/ I= 0,31-0,10= 0,21 N)

Exemplo de questão:

Suspendeu-se um carrinho de metal num dinamómetro e este indicou 1,5 N. Em seguida, mergulhou-se
o carrinho num copo completamente cheio de água e colocado dentro de uma tina. Mediu-se a massa
da água que transbordou o copo, obtendo-se 80 g.
1. Qual é o peso da água deslocada pelo carrinho?

R: O peso é dado por P= m x g, estando a massa em kg; P= 0,080 x 10 = 0,80 N.

2. Qual é a intensidade da impulsão que atuou no carrinho?

R: A impulsão tem intensidade igual à do peso de água deslocada, que é 0,80 N.

3. Que valor marcou o dinamómetro quando o carrinho foi mergulhado na água?

R: Sabemos que I= P- Paparente e que o dinamómetro mede o peso aparente: 0,80= 1,5 – Paparente (=)
Paparente = 1,5 -0,8= 0,7 N.

12. Flutuação e afundamento de corpos

Flutuação: P=I  Repouso: FR = 0

 a impulsão e o peso do corpo têm igual direção, intensidade e sentidos contrários


 a resultante das forças é nula, resultando na flutuação do corpo

Exemplos: Maça mergulhada na água; pessoa a boiar em uma piscina

Afundamento: P > I  Movimento: FR = P-I

 a impulsão e o peso do corpo têm igual direção, sentidos contrário e o peso tem maior valor
que a impulsão
 a resultante das forças não é nula e é dada por “P-I”, sendo no P>I e resultando no
afundamento do corpo

Exemplos: Pedra a afundar na água

Subida: I > P  Movimento

 primeiro o objeto sobe porque há uma força resultante dirigida para cima: FR= I-P
 quando chega à superfície, parte do objeto sai da água: O volume imerso vai diminuindo e,
consequentemente, a impulsão também. O objeto fica a flutuar quando I=P.

Exemplos: Bola de plástico; material menos denso

13. Fatores que influenciam a impulsão

A impulsão pode também tal como outras forças ser influenciada por fatores!

Fatores que influenciam a impulsão:

 quanto maior o volume imenso do corpo, maior será o volume de fluido deslocado, maior será
assim o peso de fluido deslocado e maior será a impulsão
 quanto maior a densidade do fluido, maior o peso de fluido deslocado e maior será a impulsão
Impulsão não depende do peso do corpo, depende do volume imerso e da densidade do fluido:

 quanto maior for o volume imerso do corpo no mesmo fluido, maior será a impulsão
 quanto maior for a densidade do fluido, para o mesmo volume imerso, maior será a impulsão

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