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FÍSICA DAS RADIAÇÕES

Aula 03: Radiações corpusculares e radiações eletromagnéticas; espectro eletromagnético; ondas


eletromagnéticas; radiações ionizantes e radiações não ionizantes

Aula 04: interações biológicas das radiações Alfa, Beta e Gama; radioatividade, meia vida, vida média;
efeitos das radiações ionizantes e não ionizantes; uso da radioatividade; detecção e quantificação da
radioatividade
• Todas as substâncias são
formadas por pequenas
partículas chamadas
átomos. Em grego, átomo
significa indivisível, pois
achavam que esse era o
menor componente da
matéria. Porém, sabemos
que os átomos são
constituídos de prótons,
elétrons e nêutrons.

O ÁTOMO
• Um átomo (X) será representado assim:

z
A
X ou zXA

REPRESENTAÇÃO DO ÁTOMO
• Todo átomo possui um núcleo,
onde se alojam os nêutrons e os
prótons (chamados nucleons),
enquanto os elétrons ocupam a
eletrosfera, por onde circulam por
todo o tempo.

• O núcleo, ocupado pelos prótons


(cargas positivas), possui carga
positiva, enquanto os elétrons
(cargas negativas) tornam a
eletrosfera negativa.

O NÚCLEO E A ELETROSFERA
• Encontram-se na • Os átomos se ligam e
natureza 92 espécies de formam grupos mais
átomos. O mais leve é o complexos que são as
hidrogênio e o mais moléculas que, por sua
pesado o Urânio. vez constituem as
Outros átomos mais substâncias.
pesados que o Urânio,
denominados • Portanto, toda a matéria
transurânicos podem é constituída de
ser produzidos prótons, nêutros e
artificialmente. elétrons.

ÁTOMOS E MOLÉCULAS
O físico Rutherford, em 1911 e Chegaram às seguintes
seus colaboradores realizaram um conclusões:
experimento que estava de acordo
com as previsões de Coulomb. • A carga do núcleo (dos
prótons) é sempre um múltiplo
inteiro da carga do elétron
(q=Z.e), onde Z(número
atômico) é igual ao número de
elétrons.

• Os elétrons se movimentam ao
redor do núcleo.

RUTHERFORD
• Neils Bohr, em 1913, • Aplicando idéias
sugeriu que os elétrons quânticas à estrutura
mantinham-se em atômica, postulou:
movimento circular em
órbitas especificas devido à 1. Elétrons giram em torno do
força centrípeta exercida núcleo em órbitas
determinadas que satisfazem a
pelo núcleo que impede que relação:
deixem o átomo na direção p = n h / 2π ,
tangencial à sua órbita.
onde p = momento angular; h =
6,62 x 10 -34 J.s ; n = número
inteiro
2. Elétrons perdem ou ganham
energia somente quando
“pulam” de uma órbita para
outra.
Nenhuma mudança de energia
ocorre no átomo, permanecendo
os elétrons em órbitas específicas.

BOHR
Representação de algumas das possíveis órbitas que seu único elétron
pode percorrer.

ÁTOMO DE HIDROGÊNIO
• Tomando o modelo de Rutherford–Bohr como objeto de estudo,
podemos definir alguns tópicos básicos que vão nortear nossos
estudos.
Número atômico (Z): n.° de prótons (P) no núcleo de um átomo.
Z=p
O número atômico caracteriza um elemento químico.
Número de massa (A): O número de massa é a soma dos prótons (P) e nêutrons
(N) do núcleo de um átomo.
A = P + N ou A= Z + N

NÚMERO ATÔMICO E
NÚMERO DE MASSA
• Alguns átomos podem apresentar semelhanças em termos
de seus números de massa, número atômico, ou até
mesmo pelo número de nêutrons.
• São eles os elementos isóbaros, isótopos e isótonos.

PARTICULARIDADES
• São os elementos que possuem o mesmo número de
massa (A):

Ex: 14 14 , 7N14
6C , 8O

ISÓBAROS
• Elementos com o mesmo número atômico (Z).

Ex: 1H1, 1H2, 1H3 ou 16 17


8O , 8O , 8O
18

ISÓTOPOS
• São os elementos com mesmo número de nêutrons (n).

Exemplos:

Boro: B11 n = 6
5

Carbono: 6C12 n = 6

ISÓTONOS
• É a diferença entre a massa de repouso de um núcleo e a
soma das massas isoladas de cada um dos seus núcleons.
• Isso se deve pela energia de ligação existente no núcleo.
Energia de ligação: É a quantidade de energia a ser
fornecida ao sistema para separar completamente as
partículas que o constitui.

DEFEITO DE MASSA
Perguntamos:
E o que a energia tem a ver com massa e vice-versa?

Segundo a equação de Planck-Einstein:

E = m. c²

onde m= massa e c= velocidade da luz

EQUAÇÃO DE PLANCK-
EINSTEIN
• Em 1896, A.R. Bequerel verificou que os sais de Urânio
emitiam radiações que impressionavam chapas
fotográficas, mesmo quando envoltas por um papel preto.
Impressionado com este fato, denominou de “radiação
penetrante”.
• Em 1898, P. Curie e M. S. Curie denominaram este
fenômeno de “radioatividade” determinando ainda a
existência de um outro elemento radioativo em meio aos
minérios de Urânio, que denominaram “Polônium” e
“Radium”.

RADIOATIVIDADE NATURAL
• Rutherford dividiu as radiações naturais em três tipos ou
espécies:
1. Alfa (a);
2. Beta (b);
3. Gama (g).
Postulou que a radioatividade é a transformação
espontânea do núcleo atômico para outro, ou seja, de
um nuclídeo “pai” para um nuclídeo “filho”.

RADIAÇÕES NATURAIS
• Quando um núcleo resulta de transmutações geralmente
se apresenta em estado excitado, de maior energia. Tais
estados são instáveis, pois em pouquíssimo tempo retorna
o seu estado fundamental, emitindo fótons. Estes fótons
são de altíssima energia quando comparados aos fótons
emitidos pelos elétrons em orbita. Essa radiação
eletromagnética recebe o nome de fóton gama. Cada tipo
de núcleo, quando excitado, só pode emitir um conjunto
específico de fótons-gama de freqüências bem
determinadas.

INSTABILIDADE NUCLEAR
• Nos elementos naturais esta instabilidade é decorrente de:

1. Excesso de massa e carga nuclear;

2. Alta razão A/Z (Z pequeno em relação a A)

Núcleos instáveis sob transmutação, tal como fissão ou


decaimento radioativo, liberam energia. O decaimento
radioativo pode ser avaliado identificando o radiação
emitida e os produtos do decaimento.

INSTABILIDADE NUCLEAR
SÉRIES RADIOATIVAS
Extraído da CNEN
DECAIMENTO RADIOATIVO
• Nos processos radioativos, meia-vida é o tempo necessário para que o número
de emissões radioativas de um determinado material seja reduzido à metade do
valor inicial.

• No caso do carbono-14, a meia-vida é de 5.730 anos, ou seja, este é o tempo


necessário para os átomos deste isótopo instável decairem para a metade,
transformando-se em nitrogenio-14, através da emissão de uma partícula beta.
Esta medida da meia-vida é utilizada para a datação de fósseis.

MEIA VIDA
N=No e - lt

onde,

No = nº de átomos radioativos em t=0 (início do processo)


N = nº de átomos ainda não desintegrados após o tempo t
l = constante de decaimento (característica de cada elemento)

LEI DA DESINTEGRAÇÃO
RADIOATIVA
• “Geralmente, após a emissão de uma partícula alfa ou
beta, o núcleo resultante desse processo, ainda com
excesso de energia, procura estabilizar-se, emitindo esse
excesso em forma de onda eletromagnética, da mesma
natureza da luz, denominada radiação gama.” CNEN

RADIAÇÃO GAMA
RADIAÇÃO
ELETROMAGNÉTICA
Do rádio à radiação ionizante
Energia mínima capaz de ejetar um elétron do seu
átomo.

• Varia para cada elemento químico.


• Ex: K – 4,34
Na – 5,14

Ionização
Podem ser classificadas em:
• Radiações ionizantes
Ex: 1.Raios X
(Tomografia, Mamografia, Escopias, convencionais, etc)
2. Raios Gama e/ou Beta
(Radioterapia, Medicina Nuclear)

• Radiações não ionizantes


Ex: 1. Radiofrequência (Ressonância Magnética)
2. Ultrassom (Ultrassonografia)

RADIAÇÕES
RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE:
Energia inferior a 12 eV (l  100 nm)
Não são capazes de produzir ionização em sistemas
biológicos

ABSORÇÃO NA MOLÉCULA:
Alteração dos níveis de energia de seus átomos:
Mudança da energia Rotacional, Vibracional e
transacional das moléculas

RADIAÇÃO NÃO IONIZANTES


RADIAÇÃO NÃO IONIZANTES
Natureza

NOS SISTEMAS BIOLÓGICOS, TRANSFERENCIA DE ENERGIA PRODUZ:


• Excitação eletrônica  Dissociação molecular (elétrons estão envolvidos)
• Dissipação da energia  Fluorescência ou Fosforescência
• Formação de Radicais Livres
• Degradação em Calor  Absorção muda energia rotacional/vibracional
• Aumenta a Energia Cinética da Molécula

Os efeitos da interação da energia radiante com sistemas biológicos:


• Energia da Radiação
• Poder de penetração da radiação no sistema
• Capacidade de moléculas específicas sofrerem mudanças químicas
(quando a energia é absorvida)
Interação

 Ionizantes

 Não Ionizantes
Intensidade da Radiação
A densidade de potência (W/m2 ou mW/cm2) expressa a intensidade da
radiação. As restrições dependem da faixa de freqüência.
Densidade de
Níveis de Freqüência Potência da
Referência onda Plana
Equivalente
(W/m2)
10 – 400MHz 2
Não Controlado 400 – 2000 MHz f/200
(Público)
2 – 300 GHz 10
1 0- 400 MHz 10
Controlado 400 - 2000 MHz f/40
(Ocupacional) 2 - 300 GHz 50
A Comissão Internacional de Proteção às Radiações Não Ionizantes (ICNIRP)
estabelece que nenhuma torre-antena deve emitir radiação superior a 435 W/cm2
APLICAÇÕES
Radiação ionizante
ESTERILIZAÇÃO DE PRODUTOS MÉDICOS E
FARMACÊUTICOS
Processo industrial de Irradiação de produtos médicos e farmacêuticos
Esteira industrial para irradiação de alimentos Modelo de irradiador de alimentos

IRRADIAÇÃO DE ALIMENTOS (RADURA)

Alimentos irradiados identificados pelo símbolo RADURA


Processo de Desinfecção e Desinfestação de papéis e documentos para conservação dos
materiais através do processo de irradiação.

DESINFECÇÃO E DESINFESTAÇÃO DE
PAPÉIS E DOCUMENTOS
INDÚSTRIA - GAMAGRAFIA
Utilização das técnicas de imagem com uso de radiação ionizante (gamagrafia) nos processos industriais
Esquema de funcionamento de usinas de energia nuclear

USINAS NUCLEARES
• A radiação ionizante é utilizada
em diversos ramos da área
médica.

• Imagens Radiográficas;
• Tratamentos de câncer;
• Marcador em teste
ergométrico;
• Exames de Medicina
Nuclear;
• Irradiação de bolsas de
sangue;

ÁREA DA SAÚDE
• Tubo de Crookes e placa radiográfica,
primeira radiografia.

• Esposa de Roentgen: “Eu vi a minha


morte”.

• Revolução na medicina.

RAIOS X
• Inúmeras aplicações dos raios X.

• Bastante solicitado.

• Atendimento primário.

• Possibilidade de avaliação clínica


com procedimento não-invasivo.

RAIOS X
• Exame radiológico efetuado
para diagnóstico de processos
patológicos que acomentem as
mamas femininas e masculinas.

• É realizado um exame de
ultrassom complementar em
determinados casos.

• A ressonância magnética
dedicada à mama é uma opção
que pode surgir em breve no
mercado.

MAMOGRAFIA • Recomendado exame anual para


mulheres acima de 30 anos.
Primeiro equipamento projetado para
aquisição de imagens específicas de Equipamento de mamografia
mama.(1966) FFDM (Full Field Digital
Mammography). (2000)

MAMOGRAFIA
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS
Primeira Geração Segunda Geração Terceira Geração

TOMOGRAFIA
Quarta Geração

Evolução Tecnológica nas


gerações de equipamentos de
Tomografia Computadorizada

TOMOGRAFIA
Sistemas de reconstrução 3D nos tomógrafos computadorizados

RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS
• Inicialmente realizadas com
placas fluoroscópicas, de onde
provém o nome fluoroscopia.

• Atualmente, é definido como


escopia.

• Havia exposição direta nos


olhos do médico.

• EFEITOS BIOLÓGICOS!

ESCOPIAS
Equipamento de escopia utilizado
em cirurgias guiadas por imagem.

Equipe:

Médicos cirurgiões: Responsáveis


pelo procedimento cirúrgico.

Enfermagem: Auxílio no
procedimento cirúrgico.

Técnico em radiologia:
ARCOS CIRÚRGICOS Realização das imagens
radiográficas.
Equipe:

Médico: Introduz o cateter e


realiza o procedimento

Enfermagem: responsável pelo


acesso através do vaso femoral,
Estudos dinâmicos da rede vascular medicações e auxílio durante
utilizando cateteres, visualizados e procedimento
posicionados com o auxílio das
técnicas de imagem em tempo real.
Técnico em Radiologia: realiza as
Iniciada a utilização em 1929 por
exposições e é responsável pela
Werner Frossmann - cateterismo
aquisição de imagem (co-
responsável em alguns casos)

HEMODINÂMICA
• Sistema duplo com Raios X e
Ultrassom.

• Pelas técnicas de imagem, os


cálculos são localizados
precisamente.

• São emitidas ondas de


ultrassom de alta frequência
Equipe:
que exercem um choque eletro-
Médicos: Localizam e aplicam as ondas hidráulico até a completa
de ultrassom. destruição dos cálculos.
Enfermagem: Aplicação rara de anestesia
e alguns procedimentos de analgesia e • Os cálculos têm seus tamanhos
suporte para a equipe médica.
reduzidos até que possam ser
eliminados por vias naturais
LITOTRIPSIA em curto espaço de tempo.
• Radiografias panorâmicas;
• Periapicais;
• Tomografias;

Equipe:

Odontologistas: Responsáveis pelo


tratamento e/ou avaliação.

Técnicos em radiologia: Aquisição das


imagens radiográficas.

ODONTOLOGIA
Moderna técnica de investigação.

Substância radioativo (radioisótopo)


+
Substâncias química farmacológica
(fármacos)

Radiofármaco
Possui duas finalidades distintas:

• Terapia Possui afinidade químicas por alguns


órgãos ou tecidos.
• Diagnóstico
Característica fundamental para
utilização da técnica para tratamento
MEDICINA NUCLEAR ou diagnóstico.
Produção de imagens funcionais
através da captação dos materiais
radioativos pelos órgãos afins e
sua detecção em gama câmara.

Equipe:

Médico Nuclear: Avaliação das


imagens

Técnico em med. nuclear: preparo


dos radiofármacos, medida de
atividade das fontes, preparo da
seringa, aquisição das imagens
CINTILOGRAFIA
Enfermagem: Punção venosa e
aplicação do radiofármaco.
Tratamento de células cancerígenas
presentes na tireóide e/ou restantes após
cirurgia.
Os efeitos biológicos sobre as células
cancerígenas tem finalidade de destruí-las
ou impedir sua reprodução.

Equipe:

Médico Nuclear: Acompanhamento do


tratamento

Técnico em med. nuclear: preparo dos


radiofármacos, medida de atividade das
fontes, preparo da seringa.

IODOTERAPIA Enfermagem: Punção venosa e aplicação


do radiofármaco.
Equipe:

Médico Radioterapeuta: Avaliação e


definição do método e doses
aplicadas.

Técnica para tratamento do câncer através


Físico: Cálculo das doses, definição
da aplicação localizada de radiação.
de campos e curvas de isodose.
Pode ser dividida em:
Técnico em radioterapia: Colimação
• Teleterapia: com uso de bombas de dos campo de radiação, aplicação das
cobalto ou aceleradores lineares; doses segundo protocolos definidos.

• Braquiterapia: utiliza fonte radioativa Enfermagem: Acompanhamento do


colocada próxima ao tecido canceroso paciente, porém não acompanha no
(terapia de contato). momento da irradiação.

RADIOTERAPIA
Método utilizado para realização de
cirurgias em locais de difícil acesso
com altíssima precisão.

Utilizado principalmente para


cirurgia cerebral ou de coluna.

Não é necessária cirurgia geral.

Preserva áreas nobres sem lesionar


estruturas vizinhas.

Reduz efeitos colaterais e tempo de


internação.

RADIOCIRURGIA
ASSOCIAÇÃO MEDICINA NUCLEAR TOMOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO DOS SISTEMAS DE IMAGEM COM
RADIOTERAPIA
Geração dos Raios X
OUTROS COMPONENTES

• Equipamentos necessários:

• Transformadores de alta
voltagem;
• Retificadores de onda de
voltagem;
• Fornecedores de força e
controles para o filamento;
• Cronômetros e dispositivos de
proteção.

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TRANSFORMADORES

• O circuito mostra o retificador e


o transformador de alta voltagem
que devem ser utilizados para
manter a polaridade dos eletrodos
(positivo e negativo) e
proporcionar uma grande
diferença de potencial aplicada
entre cátodo e ânodo.
• Aplica-se uma grande voltagem
positiva no ânodo (eletrodo
negativo) e negativa no cátodo
(eletrodo positivo)
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FORMAS DE ONDAS

• Os geradores podem fornecer


diferentes formas de onda de
voltagem em sua saída.
• Para um funcionamento mais
estável dos equipamentos
radiológicos, precisamos de
ondas de voltagem mais
próximas de serem constantes.
• Usamos os retificadores de ondas
e outros circuitos eletrônicos para
esse fim.

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ENERGIA ELÉTRICA

• Como podemos ver, a rede de


tensão que nos é fornecido pelas
usinas hidroelétricas é um sinal
senoidal (oscilatório).
• Devido às influências dessas
oscilações, é necessário o circuito
com retificação e estabilização
das ondas de voltagem utilizadas
nos equipamentos de raios X.

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Monofásicos
Trifásicos
Alta Frequência
Potencial Constante
O TUBO DE RAIOS X

• É composto por um invólucro de


vidro, denominado ampola,
vedado com interior mantido a
alto vácuo.
• Componentes principais:
• Cátodo;
• Ânodo.

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CÁTODO

• O cátodo, ou eletrodo negativo, é


composto por um fino fio de
tungstênio em espiral (1,5 mm de
diâmetro), montado no prendedor
também chamado copo do foco que
se estendem para o lado de fora do
tubo conduzindo às conexões
elétricas.
• O filamento é aquecido como as
lâmpadas elétricas e libera elétrons
por efeito termiônico.

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ÂNODO

• É o eletrodo positivo formado por


um conjunto de cobre (bom
condutor de calor) que se estende
até o centro do tubo e uma
pequena placa de tungstênio
(alvo) de aproximadamente 3 mm
de espessura.
• O tungstênio é um material de
alto número atômico (Z) e
suporta altas temperaturas, cerca
de 3.400 ºC

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Inclinação
CONDUTOR DE CALOR

• Tubo de cobre utilizado para


conduzir o calor para o meio
externo evitando o desgaste
excessivo do alvo.
• Para resfriamento do alvo,
também são utilizados rotores
que alteram a região da secção de
choque dos elétrons nos tubos
com ânodo rotatório.

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Ânodos
ÂNODO FIXO

• É acoplado ao ânodo um material


bom condutor de calor (ex:
cobre), cuja função é dar suporte
para o alvo de tungstênio.
• O suporte se estende até o
exterior do invólucro até um
radiador de chapa para dissipação
do calor.

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ÂNODO ROTATÓRIO

• O ânodo rotatório (foco linear)


aumenta a capacidade resistiva ao
calor do ponto de vista de
proteção do ânodo.
• É um disco composto de
tungstênio, molibdênio e
pequenas porcentagens de grafite.
• A face do alvo é comumente
construída com ângulos de 15º ou
20 º em relação ao cátodo.

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• Quanto menor o ponto de foco, maior a nitidez da imagem,
mantendo-se as condições técnicas de aquisição da imagem, mas
maior o aquecimento do alvo.
• Entretanto, quanto maior o foco, menor o aquecimento da região do
ponto focal, aumentando a resistência ao calor.
• No ânodo rotatório, o efeito de aquecimento do ânodo é minimizado
tendo em vista a alteração da região de choque dos elétrons
acelerados.

PONTO FOCAL
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RAIOS X CARACTERÍSTICOS

Colisão entre o elétron acelerado e um elétron


de uma camada mais interna do átomo deixando
um “buraco” na camada do elétron ejetado.

Rearranjo eletrônico – um elétrons de uma


camada próxima ocupa o buraco, emitindo
radiação X característica.

RAIO X CARACTERÍSTICO
RADIAÇÃO BREMSSTRAHLUNG

A radiação Bremsstrahlung, ou radiação de freamento é


emitida quando o elétron (carga negativa) acelerado sofre
um desvio devido à repulsão coulombiana que sofre pelo
núcleo (carga positiva). Raio X
CABEÇOTE DO EQUIPAMENTO DE
RAIOS X

• O cabeçote é constituído pela


ampola de raios X, uma camada
de óleo (que tem função de
ajudar no resfriamento do tubo)
um envoltório de chumbo (para
barrar a radiação que não está no
feixe principal), uma janela (por
onde passa a radiação do feixe de
interesse) e a proteção metálica
que reveste todo o conjunto.
• O ajuste da corrente elétrica (fornecida pelo circuito de baixa
voltagem) controla a temperatura do filamento que, por efeito
termiônico, ioniza os átomos do cátodo formando uma nuvem
eletrônica, que é um acúmulo de elétrons termo ionizados.
• Dessa forma, quanto maior a temperatura do filamento, maior o
número de elétrons disponíveis para formar a corrente de elétrons
(dentro do tubo de raios X) que influencia na intensidade do feixe de
raios X utilizado nos exames.
• A corrente é o número de elétrons por segundo que passa por uma
região e é medida em miliampéres.

MILIAMPERAGEM
FUNCIONAMENTO

• Como já sabemos, após a


interação dos elétrons acelerados
do filamento em direção ao
ânodo, temos a produção de raios
X.
• O esquema ao lado ilustra a
utilização dos raios X no
diagnóstico médico.

www.fisica.net/denis/raio3.gif
FATORES QUE AFETAM NA
ABSORÇÃO DOS RAIOS X

• Espessura do absorvedor –
Quanto maior a espessura (mais
grosso), maior a absorção.
• Número atômico do absorvente–
Um dos principais fatores que
afetam as características de
absorção dos raios X.
• Densidade do absorvedor –
Quanto maior a densidade, mais
absorvente o material.

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OUTROS FATORES

• Quilovoltagem – determina o
comprimento de onda dos raios X
produzidos. Quanto maior a
voltagem, menor o comprimento
de onda.
• Filtragem – É uma forma de se
remover do feixe de raios X
aqueles raios de menor energia
que não contribuem para a
formação da imagem e aumentam
a dose no paciente.
• Meio de contraste – substâncias
mais absorventes (radio-opacas)
que são mais visíveis nas
radiografias.
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• Já vimos as principais características do alvo anteriormente e
podemos notar que o tungstênio é o alvo da maioria dos
equipamentos que também podem ser constituídas de uma liga de
Rênio e Tungstênio ou, para aplicações especiais como mamografia,
pode ainda ser de Ródio ou Molibdênio.
• Lembrando, esses materiais devem ter alto número atômico
(aumentar a atração coulombiana e desviar mais os elétrons), devem
ser altamente resistentes ao calor e também bons condutores de calor
para facilitar seu resfriamento.

COMPOSIÇÃO DO ALVO
GEOMETRIA DA FORMAÇÃO DA
IMAGEM

• A imagem formada nos fornece


detalhes sobre as estruturas
internas do paciente devido às
diferenças de atenuação da
radiação entre os diferentes
materiais pelos quais a radiação
atravessa.
• Sabemos que a imagem formada
é uma imagem 2-D criada pela
projeção do paciente no filme, ou
seja, é a chamada imagem aérea,
onde perdemos as informações de
volume.

www.fisica.net/denis/raio3.gif
1895  descoberta dos raios X por Roentgen

 Desde então os raios X foram utilizados para obtenção de imagens médicas


do corpo humano

 A euforia tomou conta da área médica e a cada dia surgiam novas


possibilidades de utilização dos raios X (era o início da Radiologia)

 Em 1904 (Paris)  os raios X estavam sendo utilizados para tratamento de


tinhacápites (micose no couro cabeludo). Cerca de 300.000 crianças no
mundo foram tratadas da tinhacápites por meio dos raios X e foi detectada
uma grande incidência de câncer
 os primeiros equipamentos de raios X não contavam com
qualquer tipo de blindagem ou filtragem

 os primeiros registros fotográficos dos efeitos dos raios X


começaram a surgir no ano seguinte ao da descoberta (1896)

 em NY no início do século XX era comum encontrar sapatarias


sofisticadas que, para atrair mais fregueses tiravam radiografias
dos pés dos clientes o que envolvia altas doses. Como a
sensibilidade dos receptores de imagens eram baixas, para tirar
uma radiografia dos pés era necessário 20 minutos de exposição
 Surgiram diversas aplicações e paralelamente começaram a
aparecer evidências das conseqüências indesejáveis dos raios X

O uso intenso vitimou muitos cientistas, levando muitos à morte


(já que os efeitos da exposição à radiação aparecem tardiamente)

A partir da constatação dos efeitos deletérios (nocivos) das


radiações, reduzir as doses de raios X, tem sido o objetivo de
cientistas e usuários envolvidos com equipamentos de
radiodiagnósticos
O que é radiação?

Podemos viver sem ela?


 Radiação → energia que se propaga através da matéria ou do espaço em forma de onda ou
partícula

 Radiação Ionizante → qualquer radiação que retira ou desloca elétrons dos átomos, produzindo
íons

 Radiação eletromagnética → é uma forma de energia que se propaga com o produto da


combinação de campos elétricos e magnéticos, variáveis no tempo e espaço e viajam no vácuo ou
no ar a mesma velocidade da luz

 Radioatividade → decaimento espontâneo ou desintegração de um núcleo atômico instável

 Radiação Natural → radiação existente no meio ambiente, proveniente de raios cósmicos, de


elementos radioativos naturais, etc.

 Radiação não ionizante → significa que a energia emitida não é forte o suficiente para produzir
íons em sua passagem pela matéria, ou seja, é incapaz de “arrancar” elétrons de átomos e
moléculas

ionização
Os campos elétricos e magnéticos variáveis no tempo são encontrados na natureza e podem ser
observados em inúmeras aplicações do cotidiano
Radiação não Ionizante

Método de Diagnóstico interativo. Caracteriza-se por:


 ondas sonoras não audíveis (superior a 20 kHz)
 ondas elásticas periódicas que se propagam no meio
produzindo estado de compressão e rarefação
 Em diagnostico: 1-20 MHz
Fontes Naturais de Radiação

raios cósmicos
materiais existentes no solo
materiais de construção, etc...
RADIOATIVIDADE NATURAL

Ex.: 238U, 192Th

radiação cósmica
Guarapari (ES)
radionuclídeos da crosta terrestre
RADIOATIVIDADE ARTIFICIAL

Ex.: 60Co, 137Cs, 192Ir


ÁTOMO
Na medicina as radiações utilizadas são geradas ou absorvidas em fenômenos físicos que ocorrem
a nível: atômico (no núcleo) ou eletrosfera

O átomo é constituídos por 3 partículas fundamentais:


elétrons
prótons
nêutrons

Essas 3 partículas estão dispostas no átomo de forma


a constituírem duas partes principais:
NÚCLEO (prótons e nêutrons) e ELETROSFERA

Imagens de raios X  estão relacionadas com elétrons orbitais

Imagens de medicina nuclear e ressonância magnética  estão relacionadas com o núcleo


PRINCIPAIS EMISSÕES RADIOATIVAS

Corpusculares: Alfa (a)


Beta (b)
Elétron (e-)
pósitron
nêutrons (n), etc..

Eletromagnética: raios X
radiação gama (g)
PODER DE PENETRAÇÃO DAS PARTÍCULAS: a, b, g

( papel) (acrílico) (metal)


As "práticas" incluem os seguintes tipos de atividades quanto a
utilização de fontes de radiação:

 medicina, indústria, agricultura, pesquisa e ensino

 geração de energia

Aceitar os riscos e usufruir dos benefícios das técnicas


nucleares faz parte do desenvolvimento
PRINCIPAIS TIPOS DE FONTES DE RADIAÇÃO IONIZANTE

 aparelhos de raios X (de uso industrial, médico, odontológico)

 radioterapia

 aceleradores de partículas

 reatores nucleares

 Substâncias radioativas  fontes: seladas e abertas (não seladas)


Raios X
Medicina Nuclear

- manuseio de radioisótopos
- estudo fisiológico
- exige uma série de cuidados específicos
- devem ser previstas situações de inalação ou ingestão acidental com
contaminação do ambiente e incorporação de radioisótopos
- devem ser gerenciados os rejeitos radioativos garantindo a proteção pessoal e do
meio ambiente
FONTES SELADAS:
o material radioativo está
enclausurado dentro de um
invólucro difícil de ser
violado portanto esse
material não será
liberado no meio
ambiente

FONTES ABERTAS:
existe possibilidade de vazamento
de material radioativo para o
meio
ambiente, em geral essas fontes
estão em forma de pó, líquida e
gasosa
MODOS DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO

 Irradiação externa

 Irradiação interna
MODOS DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO

externamente: fonte selada e não selada


MODOS DE EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO

internamente: não selada


IRRADIAÇÃO INTERNA

ingestão

inalação

Penetração pela pele


Fração da dose na população para diferentes fontes de exposições artificiais

7% 1%
6%
1%

86%

Radiodiagnóstico Ocupacional Outras apl. Médicas Ind. Nuclear Outros

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