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Abolição da Pena de Morte

Na última década mais de três países por ano, em média, têm abolido a pena
de morte para todos os crimes. Uma vez abolida, a pena de morte raramente é
reintroduzida. Desde 1990, mais de 35 países aboliram a pena de morte
oficialmente ou, tendo-a anteriormente abolido para a maior parte dos crimes,
decidiram aboli-la para todos os crimes.

Mas porquê a Abolição da Pena Capital

A pena de morte deve ser abolida em todos os casos sem excepções, devido
a todos estes casos:
- A pena capital viola o direito à vida assegurado pela Declaração
Universal dos Direitos Humanos;
- Representa a total negação dos Direitos Humanos;
- É o assassínio premeditado e a sangue frio de um ser humano, pelo
estado, em nome da justiça;
- É o castigo mais cruel, desumano e degradante;
- É um acto de violência irreversível, praticado pelo estado;
- É incompatível com as normas de comportamento civilizado;
- É uma resposta inapropriada e inaceitável ao crime violento.

A pena de morte é tortura

Uma execução constitui um atentado físico e mental extremo. A dor


física causada pelo acto de matar e o sofrimento psicológico causado pelo
conhecimento prévio da própria morte não podem ser quantificados.
Todas as formas de execução acarretam uma dor física. Todas as
formas de execução são desumanas.
É ainda necessário não esquecer que o condenado sofre uma dor
psicológica inimaginável, desde o momento em que é condenado, até ao
momento da execução.

A pena de morte é discriminatória

A pena de morte é discriminatória e muitas vezes usada de forma


desproporcionada contra os pobres, minorias e membros de comunidades
raciais, étnicas e religiosas, atingindo inevitavelmente vítimas inocentes. Os
prisioneiros executados não são necessariamente os piores, mas aqueles que
eram demasiado pobres para contratar bons advogados ou que tiveram de
enfrentar juizes mais duros.

A possibilidade de erro

Todos os sistemas de justiça criminal são vulneráveis à discriminação e ao


erro. Nenhum sistema é, nem será, capaz de decidir com justiça, com
consistência e sem falhas quem deverá viver e quem deverá morrer.

A rotina, as discriminações e a força da opinião pública podem influenciar todo


o processo. Enquanto a justiça humana for falível, o risco de se executar um
inocente não pode ser eliminado.

A pena de morte pode ser uma arma política

A pena de morte tem sido usada como uma forma de repressão política, uma
forma de calar para sempre os adversários políticos. Em muitos destes casos,
as vítimas são condenadas à morte após julgamentos injustos. Enquanto a
pena de morte for aceite, a possibilidade de influências políticas manter-se-á.
Por outro lado, muitos políticos apoiam a pena de morte apenas para
conseguirem mais votos; eles sabem que os eleitores desinformados e
receosos pelos níveis de violência são entusiastas de pena capital.

Pena de morte não é autodefesa

A autodefesa justifica, em alguns casos, mortes executadas por


autoridades estatais, desde que se respeitem as salvaguardas legais aceites
internacionalmente. Mas a pena de morte não é um acto de autodefesa contra
uma ameaça à vida. A pena capital é a morte premeditada de um prisioneiro.

Efeito dissuador duvidoso

Muitos governos tentam resolver problemas políticos e sociais executando


prisioneiros. Muitos cidadãos não se apercebem que a pena de morte não
oferece mais protecção, mas sim mais violência.
Os estudos científicos mais recentes sobre a relação entre a pena de
morte e as percentagens de homicídios, conduzidas pelas Nações Unidas em
1988 e actualizadas em 1996, não conseguiram encontrar provas científicas de
que as execuções tenham um efeito dissuasor superior ao da prisão perpétua.
Não é correcto assumir que as pessoas que cometem crimes graves o
fazem depois de analisar racionalmente as consequências. Geralmente, os
assassinatos ocorrem quando a emoção ultrapassa a razão, ou sob a
influência de drogas ou álcool. Muitas pessoas que cometem crimes violentos
são emocionalmente instáveis ou doentes mentais. Em nenhum destes casos o
receio da pena de morte pode ser dissuasor. Além disso, aqueles que
cometem crimes graves premeditados podem decidir fazê-lo, apesar do risco
de serem condenados à morte, por acreditarem que não serão apanhados.
A forma de impedir estes crimes é aumentar as probabilidades de
detenção e de condenação.

A pena de morte impede a reabilitação

A pena de morte garante que os condenados não repetirão os crimes


que os levaram à execução, mas, ao contrário das penas de prisão, a pena de
morte tem como risco o facto de os erros judiciais não poderem nunca ser
corrigidos. Haverá sempre o risco de executar inocentes.

É também impossível saber se os que foram executados iriam realmente


repetir os crimes pelos quais foram condenados. A execução retira a vida de
um prisioneiro para prevenir eventuais crimes futuros, crimes que nem se sabe
se voltariam a acontecer. Ela nega o princípio da reabilitação.
Se a pena de prisão não garante que os condenados voltem a praticar
os mesmos crimes depois de libertados, então é necessário rever as
sentenças.

A pena de morte não pode ser usada contra o terrorismo

Os responsáveis pela luta anti-terrorista e contra os crimes políticos têm


repetidamente afirmado que a pena de morte tanto pode diminuir como
aumentar estes tipos de crime.
As execuções podem criar mártires, cuja memória pode fortalecer as
organizações criminosas; e podem ser uma justificação para vinganças,
aumentando o ciclo de violência.
Muitos terroristas estão preparados para dar a sua vida por aquilo que
reivindicam, podendo a pena de morte funcionar nestes casos como um
incentivo.

A opinião pública e a decisão pela abolição

A decisão de abolir a pena de morte tem de ser tomada pelos governos


e pelos legisladores, mesmo se a maioria da população for favorável à pena de
morte. Isto é o que geralmente acontece. Depois de abolida a pena de morte,
não é normal existirem reacções negativas da população, e quase sempre a
pena de morte fica definitivamente abolida.

O Direito à Vida

Os Direitos Humanos são inalienáveis, isto é, são direitos de todos os


indivíduos independentemente do seu estatuto, etnia, religião ou origem. Não
podem ser retirados, quaisquer que sejam os crimes que eventualmente
determinada pessoa tenha cometido.

Respeito pelos tratados internacionais

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada pela


Assembleia Geral das Nações Unidas em Dezembro de 1948, em resposta ao
terror e brutalidade de alguns governos, reconhece o direito de cada pessoa à
vida, afirmando ainda que ninguém deverá ser sujeitado a tortura ou a
tratamento ou castigo cruel, desumano e degradante. A pena de morte viola
estes direitos. A adopção de outros tratados regionais e internacionais tem
apoiado a abolição da pena de morte.
O Segundo Protocolo Facultativo para o Tratado Internacional de
Direitos Civis e Políticos, que tem como objectivo a abolição da pena de morte
e que foi adoptado pela Assembleia Geral da ONU em 1989, defende a total
abolição da pena de morte permitindo mantê-la em tempo de guerra, desde
que no momento da ratificação do protocolo se faça uma reserva nesse
sentido.
O Sexto Protocolo da Convenção Europeia sobre Direitos Humanos,
adoptado pelo Conselho da Europa em 1982, prevê a abolição da pena de
morte em tempo de paz, podendo os estados mantê-la para crimes em tempo
de guerra ou em caso de guerra iminente.
O artigo 1º deste Protocolo, em vigor desde 1 de Março de 1985,
prescreve: "A pena de morte é abolida. Ninguém pode ser condenado a tal
pena ou executado"
E o artigo 2º: "Um Estado pode prever na sua legislação a pena de
morte para actos praticados em tempo de guerra ou de perigo iminente de
guerra; tal pena não será aplicada senão nos casos previstos por esta
legislação e de acordo com as suas disposições. Este Estado comunicará ao
secretário-geral do Conselho da Europa as disposições correspondentes da
legislação em causa".
O Protocolo da Convenção Americana sobre Direitos Humanos para a
Abolição da Pena de Morte, adoptado pela Assembleia Geral da Organização
dos Estados Americanos em 1990, pretende a total abolição da pena de morte,
permitindo aos estados mantê-la em tempo de guerra desde que façam essa
reserva ao ratificar ou aceitar o protocolo.
A pena de morte foi excluída dos castigos que o Tribunal Criminal
Internacional estará autorizado a impor, mesmo tendo ele jurisdição em casos
de crimes extremamente graves, como crimes contra a humanidade, incluindo
genocídio e violação das leis de conflito armado.

[1] A Amnistia Internacional é uma organização mundial que denuncia à opinião


pública as violações dos direitos humanos, especialmente a diminuição da
liberdade de expressão e religião e a detenção e tortura de dissidentes
políticos.

Nos restantes países


[editar] No mundo

Dentre os países com sistemas políticos democráticos, os Estados Unidos da


América e o Japão são os únicos que efetivamente aplicam a pena de morte.

Em países como a China e o Irão e a maior parte do Médio Oriente, a pena de


morte é aplicada com frequência.
[editar] Estatuto da pena de morte nos diversos países

Desde 1990 houve mais de 40 países que aboliram a pena de morte para
todos os crimes. Em África, Costa do Marfim e Libéria; no continente
americano, Canadá, México e Paraguai; na Ásia e Pacífico, Butão, Samoa,
Turquemenistão e Filipinas; na Europa e Cáucaso, Arménia, Bósnia-
Herzegóvina, Chipre, Sérvia, Montenegro e Turquia.

Segundo dados de 2005, há 74 países que mantêm a pena de morte, 28 que


não têm execuções ou condenações há mais de dez anos, 9 que mantêm a
pena de morte para circunstâncias excepcionais e 89 que a aboliram para
todos os crimes.
DA INUTILIDADE DA PENA DE MORTE
Paulo Sérgio Pinheiro
Membro da Comissão Teotônio Vilela para as prisões
E conselheiro da Comissão Justiça e Paz de São Paulo.

O aumento da criminalidade organizada e profissional, os dramáticos casos de


assassinatos que se sucedem como numa guerra civil aumentam a ânsia
paranóica de maior segurança. E para o grupo que cada vez aumenta mais de
criminosos condenados a largos períodos de reclusão, os “perigosos” que
provocam dificuldades para a disciplina e para o controle, as reformas liberais
não conseguem propor nada. A não ser separá-los e isolá-los. Para esse tipo
de delinqüentes, as prisões confirmam sua vocação inicial de se converterem
em depósitos para seres humanos, lugares onde as pessoas ficam detidas até
que a sociedade decida o que fazer (ou o que não fazer) com elas. Não é de se
espantar que diante dessa pressão do medo, do aumento dos condenados
“irrecuperáveis” (como se os outros hóspedes da prisão pudessem ser graças
à reeducação que ali recebem) que a pena de morte receba um favor tão grato
entre as soluções para o problema do crime e a médio e longo prazo. Já que
as prisões são depósitos a custo do erário público, para que aumentar as
despesas com mais irrecuperáveis? É uma dedução natural dentro da lógica
destrutiva das condições atuais do sistema penitenciário.
As discussões sobre a pena de morte é antiga. Os argumentos éticos e
as motivações pragmáticas são cruzadas há décadas. E não há outro jeito
senão percorrermos com mais insistência, alargando o debate, esses
argumentos. Tentando retirar da discussão todo o emocionalismo com que
seus defensores defendem sua causa. A pergunta principal que deve ser feita
é saber se nos países em que a pena de morte foi introduzida houve algum
efeito em relação à criminalidade “macabra”, como os homicídios.
A conclusão generalizada das pesquisas em âmbito internacional é não
haver indícios claros que a abolição da pena de morte provocasse um aumento
da taxa de homicídio ou naqueles países onde ela foi reintroduzida ocorresse
uma queda nessa faixa. Não há igualmente indicação clara nas pesquisas que
a ameaça da execução – a eficaz “intimação” a que se referem os defensores
da pena de morte – seja mais eficaz que a ameaça de punição, da prisão
imediata.
Agora mesmo, num estudo publicado este ano sobre a morte como
punição na América, 1864-1962, William J. Bowers reviu todo o acumulado
empírico referente ao argumento que defende a pena de morte como
dissuasória do crime. Como outros tantos antes dele, insiste que não há dados
comprovando que as execuções evitam mais crimes do que condenações
máximas à prisão. E paradoxalmente afirma que a pena de morte na verdade,
parece aumentar a taxa de homicídio ao inspirar assassinos potenciais a se
identificar com o Estado, e suas vítimas como réus que devem ser punidos.
Olhando para trás, através dos dados reexaminados da experiência norte-
americana, parece claro que a taxa de assassinatos era menor durante aos
anos de abolição da pena de morte em vários Estados do que nos períodos em
que ela estava em vigor. No período posterior à 2ª Guerra Mundial, em que a
pena de morte se tornara menos popular e que vários Estados a aboliram, a
taxa americana de homicídios permaneceu quase estacionária, nunca indo
além de 6,4 por 100 mil pessoas.
A experiência histórica dos países que ainda têm ou que aboliram a
pena de morte deve ser revista mais intensamente do que foi agora. E será
uma peça importante no debate público para avaliarmos a eficácia da pena de
morte, para os que não se convencem do argumento ético, que parece
ponderável no caso brasileiro. É preciso quebrar a cadeia da violência em que
estamos presos pelo menos há vinte anos. Nessas duas décadas
especialmente a principal resposta que foi dada ao crime foi a violência. É hora
de romper essa cadeia.
Essa argumentação tem o dom de irritar aqueles que se preocupam com
soluções imediatas. Romper essa cadeia da violência diante dos assassinatos
dos colunáveis e do povo na periferia seria pura poesia, defesa dos criminosos
até. Infelizmente, do mesmo modo que um debate sério deve levar em conta a
experiência dos outros países, temos de levar também a nossa recente. Nada
tem adiantado as milhares de mortes que foram realizadas por policiais em
plena ação rompendo recordes internacionais na área. Não há nenhum país do
mundo, levadas em conta população e taxa de criminalidade, em que tantos
criminosos e suspeitos sejam mortos sem processo diariamente. Ou em que a
morte de condenados de justiça tenha sido tão banalizada como os
assassinatos e as mortes nas prisões.
Não se trata com essa preocupação de ter um especial carinho pelos
criminosos. Se interromper o banho de sangue da execução de criminosos e
suspeitos, complementar a sangueira dos assassinatos, inclusive dos policiais,
cometidos pelos criminosos, não for por si só atraente, enfrentemos o
argumento utilitário: mais sangue não adianta mais. A criminalidade continua
impávida e firme apesar dos cadáveres. Legalizar essas execuções não teria
conseqüência melhor. Hoje, quando, graças a escalada incompetente da
violência, durante o regime autoritário, os criminosos preferem matar a ser
presos, a expectativa de uma pena de morte depois não iria dissuadi-los do
crime.
A questão da pena de morte é fastidiosa e interminável. O clamor
popular, no entanto, nos obriga a enfrentar de frente essa reivindicação,
conseqüência direta da barbárie e a incúria que foram a política contra
implantada pelo autoritarismo. O resultado é boa parte da população
acreditando que armazenando armas e revidando os assassinatos com
execuções legais estará a salvo em seus lares. A defesa da pena de morte tem
o dom de obscurecer todos os dados do problema. Tentemos fazer irromper,
ao lado da revolta contra os criminosos e do medo, uma avaliação mais serena
e realista em relação à luta contra o crime. A democracia exige que pensemos
e implantemos já políticas alternativas. Caso contrário, câmaras de gás,
cadeiras elétricas, forcas, injeções de veneno, nessa situação de
degenerescência social e desrespeito à lei, serão de pouca valia. Fornos
crematórios, beneficiando-se do avanço da tecnologia, serão logo,
ilusoriamente, mais atraentes.

A pena de morte nos Estados Unidos é oficialmente permitida em 36 dos


50 Estados, bem como pelo governo federal. A grande maioria das execuções
são realizadas pelos Estados, embora o governo federal mantenha o direito de
usar a pena de morte, fazendo isto raramente. Cada Estado que permite a
pena de morte possui diferentes leis e padrões quanto aos métodos, limites de
idade e crimes que qualificam para esta penalização. Os Estados Unidos da
América são o segundo país onde mais pessoas são executadas anualmente;
apenas a República Popular da China possui um número maior. A pena de
morte é um assunto muito controverso nos Estados Unidos.

Entre 1973 e 2002, 7.254 sentenças de morte foram realizadas, levando


a 820 execuções, 3.557 prisioneiros esperando para serem executados, tendo
sido condenados por assassinato, 268 morreram de causas naturais ou
suicidaram-se enquanto esperavam pela execução, 176 tiveram a pena
comutada para prisão perpétua, e 2.403 foram soltos, novamente julgados e/ou
resenteciados pelas cortes. Em 2004, foram realizadas 59 execuções.
Abolição
abolicao
Apenas 15 estados (mais o Distrito de Colúmbia) aboliram a pena de
morte para todos os crimes. Em 1846 o estado de Michigan foi o primeiro a
fazê-lo, se tornando a primeira região de língua inglesa do mundo a abolir a
pena de morte para todos os crimes, com exceção de traição. A decisão foi
seguida por Wisconsin em 1853. Dois anos antes, ocorreu a única execução da
história do estado: o enforcamento do fazendeiro John McCaffary pelo
afogamento da mulher. A reação pública contra o espetáculo que a execução
teria virado contribuiu na abolição da pena de morte. Em uma consulta popular
em 2006, 55% dos eleitores do estado votaram à favor da reintrodução da
pena, mas os legisladores do estado se recusaram a fazê-lo. Contrariando a
crença de que a pena de morte diminui os crimes, Wisconsin tem uma das
taxas de crime per capita mais baixas dos Estados Unidos. Além de Michigan e
Wisconsin, outros três estados da Região Centro-Oeste aboliram a pena de
morte: Dakota do Norte, Iowa e Minnesota.

Em 18 de março de 2009, o governador do Novo México Bill Richardson


assinou uma lei abolindo a pena de morte no estado, que passou a vigorar em
1 de julho do mesmo ano. A lei, entretanto, não é retroativa, o que intensificou
o lobby dos grupos de direitos humanos. De qualquer forma, o Novo México foi
o primeiro estado da Região Sudoeste a fazê-lo.

Dos seis estados da Nova Inglaterra (Connecticut, Maine,


Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont), apenas New
Hampshire e Connecticut prevêem a utilização da pena e apenas o último
executou alguém na era moderna. O método foi abolido em Maine em 1887 e
em Rhode Island em 1852. As últimas execuções nesses estados ocorreram,
respectivamente, em 21 de novembro de 1885 e em 13 de fevereiro de 1845.
De 1872 a 1984 a pena de morte foi um método de punição legalizado em
Rhode Island, mas nunca foi utilizado.

Outros estados do Norte do país seguiram esta tendência. A pena de


morte foi abolida na Virgínia Ocidental em 1965. A última pessoa executada no
estado foi Elmer Brunner em 3 de abril de 1959. Nenhuma execução pelo
governo federal ocorreu desde então na Vírginia Ocidental, apesar de que duas
pessoas foram sentenciadas à morte em 2007. Em 24 de junho de 2004, uma
decisão da Suprema Corte do Estado de Nova York declarou a punição como
inconstitucional. Em 17 de dezembro de 2007 foi a vez de Nova Jérsei após o
governador Jon Corzine assinar uma lei abolindo a punição. A pena era legal
no estado desde 1982, mas ninguém havia sido executado desde 1963. Como
resultado da nova legislação, todos os oito detentos do corredor da morte
tiveram suas sentenças comutadas para prisão perpétua. Nova Jérsei e Novo
México foram os primeiros estados a abolirem a medida por ação do Poder
Legislativo, ao invés de decisão do Poder Judiciário.

Estados e territórios ultramarinos como Havaí, Samoa Americana,


Guam, Marianas Setentrionais e Ilhas Virgens Americanas, além do Alasca,
também não prevêem a pena de morte como pena.

Na Carolina do Norte, acontece uma moratória de facto à pena de morte


após uma decisão da categoria médica do estado de não participar de
nenhuma execução. Como as leis estadual e federal determinam a participação
de médicos em execuções, nenhuma execução ocorre desde 18 de agosto de
2006. Ao todo, 43 prisioneiros foram executados no estado desde que esta
punição foi legalizada em 1977, sendo este o sétimo na lista dos estados com
mais execuções.

As três únicas jurisdições com a pena capital e que ainda não a


aplicaram na era moderna são Kansas, New Hampshire e o Exército dos
Estados Unidos da América.

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