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DEFINIÇÃO COOPERATIVA DE TRABALHO E OBJETIVO

Muitas são as definições para as cooperativas de trabalho, mas tecnicamente ela foi
definida pelo revogado artigo 24 do Decreto nº 22.239/32 nos seguintes termos:
cooperativas de trabalho são aquelas que, construídas entre operários de uma
determinada profissão ou ofício, ou de ofícios variados de uma mesma classe, têm como
finalidade primordial melhorar o salário e as condições de trabalho pessoal de seus
associados e, dispensando a intervenção de um patrão ou empresário, se propõem a
contratar obras, tarefas, trabalhos ou serviços públicos e particulares, coletivamente por
todos ou por grupo de alguns.

Lei Federal nº 5.764/71 alterada pela Lei nº 7.231/84 - Define a Política Nacional de
Cooperativismo, institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. A Cooperativa
de trabalho tem peculiaridades que a diferencia das demais, pois sua finalidade não é
apenas ajudar uns aos outros, mas objetiva a prestação de serviços aos associados, para
o exercício de uma atividade comum, econômica, sem finalidade lucrativa. Os membros
da cooperativa não têm subordinação entre si, mas vivem num regime de colaboração.

FORMAÇÃO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Como já citado acima o regime jurídico é estabelecido por lei e regulamentado pela
Portaria do Ministro de Estado do Trabalho nº 925/95. Dentro desse enquadramento
legal, as cooperativas de trabalho devem apresentar as seguintes características:

* Ter um número mínimo de vinte associados;

* Capital variável, representado por quotas-partes, para cada associado, inacessíveis a


terceiros, estranhos à sociedade;

* Limitação do número de quota- partes para cada associado;

* Singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações e confederações


de cooperativas, exceção feita às de crédito, optar pelo critério de proporcionalidade;

* Quorum para as assembléias, baseado no número de associados e não no capital;

* Retorno das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às realizadas pelo


associado;

* Prestação de assistência ao associado;

* Fornecimento de serviços a terceiros atendendo a seus objetivos sociais.

O Enunciado 331 do TST vem estabelecendo quais são as hipóteses e pode ocorrer a
terceirização:
a) as hipóteses de terceirização lícita são apenas quatro, a saber:

1-as previstas na Lei nº 6.019/74 (trabalho temporário), desde que presentes os quesitos
de necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente da empresa
tomadora ou acréscimo extraordinário de serviço;

2-serviço de vigilância regida pela Lei nº 7.102/83;

3-serviços de conservação e limpeza;

4-serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador. Nas hipóteses 2, 3 e 4


devem estar ausentes a pessoalidade e a subordinação.

b) deve-se desconsiderar a formalidade da relação jurídica toda vez que se verificar que
a empresa tomadora se utiliza de empresa interposta, (empresa locadora), para contratar
a mão-de-obra necessária à consecução de seus fins, praticando a denominada
simulação fraudulenta, pois é evidente a sua intenção de colocar-se, simuladamente,
numa posição em que a lei trabalhista não lhe atinja, furtando-se, dessa forma, de seus
efeitos, o que é vedado pelo art. 9º da CLT e pelo art. 104 do Código Civil (CC).

As cooperativas podem se classificar como:cooperativa de serviços, cooperativa de


prestação de serviços, cooperativa de profissionais autônomos, cooperativa de mão-de-
obra e etc.

As cooperativas de trabalho é de criação espontânea, e não existe subordinação, há


independência e autonomia dos cooperados, que se vinculam apenas através de um
estatuto. O objetivo da cooperativa deve ser predefinido, comum e solidário. Deve haver
a autogestão, liberdade de filiação, e transparência e legalidade de todos seus atos.

Para se tornar associado, deve-se conhecer o estatuto, preencher uma ficha e aguardar
aprovação do conselho de administração. Se aprovado, subscreve-se suas quotas-partes
de capital e sua responsabilidade vai até o limite das mesmas.

Com relação ao vinculo empregatício, esse deve ser analisado nos termos do art. 90 da
Lei nº 5.764/71 e do art. 442, parágrafo único da CLT, onde dispõe que inexiste vínculo
empregatício entre associados e a sociedade cooperativa de qualquer natureza,
entretanto, as cooperativas igualam-se às demais empresas em relação aos seus
empregados para os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Assim, se a
cooperativa tiver empregados, esses serão submetidos às regras trabalhistas.

Apesar de não existir vinculo empregatício, existe a responsabilidade do repasse dos


encargos previdenciários, onde deverá ser observado o tipo de relação estabelecido
tomadores de serviço ou prestadores de serviços.
A relação jurídica existente entre o associado e a sociedade cooperativa não é de
natureza trabalhista, e sim de natureza civil, segue as regras do direito e não do direito
do trabalho. Não há relação de emprego, mas colaboração mútua, são apenas sócios.
Muitas empresas vestem a roupa de cooperativa para burlar as normas trabalhistas, esse
ato é caracterizado como fraude!

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Em síntese, as sociedades cooperativas trabalhistas tem peculiaridades que a diferencia


das demais sociedades civis. São formadas por profissionais livremente organizados que
Reúnem de forma cooperada para realização de um trabalho, atividade, prestação de
serviço vinculada por um estatuto que os regulamenta.

São sócios regidos pelas leis civis. Não estão submetidos às regras trabalhistas, mas
precisam realizar repasses previdenciários, porém, de forma diferenciada. Essa
facilidade faz com que algumas instituições criem cooperativas para burlar as leis
trabalhistas, tributarias e previdenciárias caracterizando fraude e em alguns casos,
difíceis de provar, gerando lucro para uns e prejuízo para o Trabalhador e para o Estado.

É um instituto que quando bem utilizado trás benefícios e facilidades para os


cooperados que juntos conseguem alcançar objetivos previamente determinados.
UBM -Centro Universitário de Barra Mansa

Gestão de RH

Legislação social e trabalhista

Maria Cristina

‘Resenha’
Cooperativas de trabalho

Principais características

Objetivos

Formação

Por:

Aline Vieira

Larissa Almeida

Márlen Alvim

Tamires Cristina

Silvana

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