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LOCAÇÃO DE OBRA

TÉCNICO DE EDIFICAÇÕES
2021

AULA 03
Introdução:
➢ A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto da
edificação para o terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, as
paredes, as aberturas etc.
➢ Na fase de execução da locação da obra deve se adotar o máximo rigor
possível. A presença do engenheiro civil nesta fase deve ser constante.
➢ Deve-se ter em mente que os elementos de locação deverão permanecer na
obra por um tempo razoável, até que se possa transferir para a edificaçãoos
pontos de referência definitivos.

Processos de locação(gabarito):
1 - Locação por cavaletes;
2 – Locação por tábua corrida (tabeira);
3- Teodolitos e Níveis
– Locação por cavaletes
✓A locação por cavaletes é indicada para obras de menor porte –
garagens, barracões e ampliações - e com poucos elementos a serem
locados.
✓Nesse tipo de locação, os alinhamentos são definidos por pregos
cravados nos cavaletes constituídos de duas ou três estacas cravadas
diretamente no solo e travadas por uma travessa nivelada pregada nas
estacas.
Est a c a o u
p o n t a le t e 2 ” x 2 ”
. . . . . . rip a o u
t r a v e ssa 1 ” x 2 ”
p r e g o ( e m n í v e l)

D e t a l h e A
Na sequência será demostrado vários fotos de obras que utilizam locação por
cavaletes.
• Desvantagem:
A grande desvantagem dos cavaletes por serem isolados é a dificuldade de se
perceber deslocamentos provocados pela circulação de equipamentos e
operários, resultando com isso alinhamentos e locações fora do previsto.
Locação por tábua corrida
✓ A locação por tábua corrida, também chamada de tabela ou tabeira, é indicada
para obras com muitos elementos a serem locados.
✓ Consiste em contornar toda a futura edificação com um cavalete contínuo
constituído de estacas e tábuas niveladas e em esquadro (polígono em esquadro).
✓ Depois de definidas as linhas do gabarito, sempre que possível distânciadas
1,20 m ou mais da futura construção, fincam-se no solo os pontaletes que
darão rigidez ao cercado, devendo desde já ficarem alinhados e nivelados.

✓ No caso do terreno apresentar uma inclinação acentuada a locação pode ser


feita com gabaritos em degraus (patamares), sempre em nível e esquadro.

Futura construç ã o

~1,20 m
✓ Após a fixação dos pontaletes, estes devem ser serrados com o topo ficando
no nível desejado.
- nível eletrônico a laser;
- ou em obras menores um nível de mangueira, constituído de uma mangueira
transparente (cristal) de 12 a 15 mm de diâmetro, cheia de água limpa e livre
de bolhas de ar no interior;
- Outro método de transferir o nível é esticando uma linha entre os pontaletes e
pregando uma tábua nivelada com nível de bolha, logo abaixo da linha. (não é
muito preciso mais serve para marcações preliminares)
- Partindo de um ponto definido no primeiro pontalete, transfere-se o nível para
os demais pontaletes.
A B
40a50cm

n í v e l d e m a n g u e ira

níve l d e b o l h a

lin h a
. .
. .
▪ Procedimentos que antecendem a locação da obra:
- o terreno deve estar limpo (capinado) e, preferencialmente, na cota de
arrasamento das fundações (estacas ou sapatas).
- é necessário conseguir a referência inicial que pode ser um ponto definido
no terreno e um rumo ou uma parede de construção vizinha. A referência
mais comum em obras urbanas é o alinhamento predial que geralmente é
marcada por equipe de topógrafo da prefeitura ou por empresa prestadora
de serviços contratada pela município.
- estudar os projetos.
- providenciar todos os equipamentos e ferramentas necessários;
▪ Equipamentos e ferramentas necessárias para se realizar a locação
de uma obra:
- nível de mangueira;
- trena metálica de 30 metros (jamais usar trena de lona, plástico ou metro
de madeira);
- linhas de nylon;
- prumo;
- Arame recozido n 18;
- tinta esmalte (cores vermelha e branca), marreta, martelo e pregos etc.
Seqüência genérica para a locação de obra
• Conferir a referência e limitar o terreno a partir do alinhamento, marcando os
limites do terreno;
• Marcar uma das faces (pode ser a frontal) do gabarito a 1,2 metros da futura
construção (1,2 a 1,5 m), considerando como a obra vai ficar no terreno (recuo
- o alinhamento frontal recuado em 3 metros, a partir do alinhamento
predial(depende do código de obras da cidade).;

3 4
a f a st a m e n t o
La rg u r a d a c o nst r u ç ã o
A f a st . Se q ü ê n c ia p a ra
la t e ra l la t e ra l
1 5 1 8 2 0 1 6
loc a ç ã o d a o b r a
1 0 1 2 • S e g uir a o rd e m c re sc e n t e
d o s a lg a rism o s ( p o n t o s);
. .
profundidadedoterreno

1 3 1 4
• p o n t o s 17. 18, 1 9 e 2 0 d
e v e rã o e st a r n o s v é rtic e s
d e 4 triâ n g u l o s re t â n g u l o s
comprimentodaconstrução

1 8 4 m
.

3m
9
. . 1 1
5 6
recuo

ntal
fro

7 1 7 1 9 8
A l i n h a m e n t o p re d ia l

1 2
m e io -fio p a sse io

ru a
• Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3"x3")
espaçados de 1,5 a 3,0 metros e alinhados rigorosamente por uma das
faces (esticar uma linha de nylon).
• Depois de consolidados no terreno, os pontaletes devem ser nivelados
(nível de mangueira), cortados no topo a uma altura de 40 a 50 cm do
solo (até 1 a 1,2 m) e ter pregado na sua face interna tábuas (de boa
qualidade) de 1"x6" (pode ser 1"x4") devidamente niveladas;
• A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do
gabarito, usando triângulos retângulos (gabaritos) para garantir a
ortogonalidade do conjunto (esquadro), conferindo sempre até travar
todo o conjunto com mãos- francesas e contraventamento, se
necessário;
• Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser
látex);
• Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto de
locação, faz-se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos em
alturas diferentes(ou de diferentes diâmetros) para identificar eixos, faces
laterais de paredes etc. Marcar na tábua a linha de pilares com tinta esmalte
vermelha;
• Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena metálica e
efetuar a conferência (mestre ou engenheiro).
• Com duas linhas de nylon n.80 (preferência arame de aço recozido n.18)
esticadas a partir das marcações do gabarito e no cruzamento das linhas
transferir as coordenadas das estacas (sapata ou elemento que venha a ser
executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250 g) marcar o ponto
exato da estaca (centro), cravando um piquete (pintado de branco);
Colocar proteções e avisos da existência do gabarito para evitar
abalroamento e deslocamentos que possam por em risco a exatidão do
controle geométrico da obra. Alertar para que não utilizem o gabarito como
andaime, apoio para materiais, passarelas etc.
Foto- Gabarito tabeira
➢ Termos utilizados na locação de obras
▪ Cota de arrasamento ou de respaldo – é a cota da face superior das estacas ou
sapatas.
▪ Esquadros - são gabaritos ou triângulos retângulos, com lados de 30, 40 e 50
cm, ou 60, 80 e 100, ou ainda, 90, 120 e 150 cm,. Para esquadros maiores pode-
se usar trenas com lados de 3, 4 e 5 metros ou mais.
▪ Piquetes – pequenas estacas de madeira que servem para marcar o local de
execução de um elemento estrutural.
▪ Pontos notáveis – são pontos de referência iniciais, como por exemplo:
alinhamento de parede de edificação vizinha, alinhamento predial, marco
topográfico, árvore, poste etc.
▪ RN – é referência de nível, ou seja a cota 0,0.
▪ Testemunhos – são marcos de concreto que geralmente marcam a existência de
um piquete para realizar conferências no gabarito.
▪ Tolerância – é o erro admitido nas marcações (até 3 mm no lado maior do
esquadro de 5 metros).
▪ Triangulação – verificação do esquadro com os triângulos retângulos.

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