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PLANO DA DISCIPLINA ELETIVA

Profª Virginia Nazaré Rocha Aveiro Dias

ProfºJosé Aparecido.

1. TÍTULO: Coletivo “Extraordinários da A.R.I.”

2. PÚBLICO ALVO: Ensino Médio

3. EMENTA:

Unimos nesta Eletiva, as áreas de Ciências Humanas e Sociais com Matemática e suas Tecnologias, para que
de forma criativa, busque fortalecer nos(as) estudantes, os processos-base de comunicação saudável e
levar a compreensão de que, quando articulados com intencionalidade, os diálogos, debates e negociações
estabelecem alicerces para a criação e manutenção de espaços democráticos, especialmente tendo como
referências as aprendizagens relacionadas as condições das pessoas com deficiência e ao recente
desenvolvimento da tecnologia assistiva, produzida para os auxiliar. Procurar-se-á fazer análises
considerando vários enfoques de sendo de forma geral, como esse grupo social é visto pelo poder público,
retratado no mundo do cinema e visto pela sociedade.

Para isso, são mobilizados conceitos como: escuta ativa; comunicação não-violenta; reflexão, estruturação
e exposição de argumentos e mediação/negociação para resolução de conflitos, propondo que os(as)
estudantes pautem o embate saudável de ideias como um elemento fundamental para a consolidação da
democracia e compreendam que devemos nos responsabilizar pela forma como nos colocamos em espaços
de tomada de decisão para exercermos efetivamente nossa cidadania, contribuindo com a construção de
sugestão de políticas públicas, que valorizem a acessibilidade.

Em todas as tarefas específicas relacionadas com o conteúdo matemático, físico, tecnológico e histórico, as
competências gerais, norteadoras do Currículo estarão no foco das atenções. É por meio das ideias
fundamentais presentes nos conteúdos e habilidades que se busca construir uma ponte que conduza o
estudante às competências pessoais: como capacidade de expressão, compreensão, elaboração de
sínteses, de mapas, capacidade de argumentação, capacidade propositiva, contextualizar, estabelecer
relações entre os conceitos e teorias estudados e as situações que lhes dão vida e consistência, de abstrair,
de imaginar situações fictícias e de projetar situações ainda não existentes.

A aplicação dos esquemas interpretativos será adequada às necessidades dos estudantes, assim como
também ao seu Projeto de Vida e articulando-se ao Currículo em Ação e Aprender Sempre. Os estudantes
terão oportunidade de investigar, explorar e aprofundar o conhecimento sobre as questões que envolvem
e que influenciam mais profundamente a vida humana.

4. JUSTIFICATIVA:

Enfocando a necessidade de que o estudante se conscientize a respeito da rotina dos mais de 45 milhões
de habitantes no Brasil, que possuem algum tipo de deficiência, entre elas, visual, auditiva, motora ou
mental, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa questão dará ao
estudante a oportunidade de enriquecer seu aprendizado e ter um envolvimento de forma divertida e com
as vertentes sobre as descobertas que abrangem a rotina desses brasileiros, que pode ser melhorada com o
uso da tecnologia assistiva (TA), equipamentos, recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou
ampliar as habilidades funcionais da pessoa com deficiência. A autonomia para gerenciar a própria
aprendizagem e para a transposição dessa aprendizagem em intervenções solidárias deve ser a base da
educação dos jovens, que têm em suas mãos a continuidade da produção cultural e das práticas sociais.

Você já saiu de uma conversa com a sensação de que disse tudo que podia e, ainda sim, percebeu que não
foi compreendido(a)? O que será que precisamos fazer para sermos efetivamente compreendidos(as) e
evitarmos conversas ruidosas? Ao participar de um diálogo, debate ou negociação, podemos ter a sensação
de que não estamos sendo verdadeiramente escutados(as) e compreendidos(as). Mas será que nós
sabemos escutar verdadeiramente e expressar necessidades e pedidos, de forma que as outras pessoas
compreendam também? Até onde vai a responsabilidade de cuidar da forma como nos comunicamos? E
até onde isso pode interferir em questões políticas de maior escala? Se quisermos nutrir relações mais
saudáveis e transformar politicamente o nosso ambiente, a forma como nos comunicamos é uma das
principais chaves de mudança. Venha (se) transformar!

5. OBJETIVOS:

Espera-se que o desenvolvimento desta Eletiva:


--- Formar pessoas conscientes e hábeis à prática saudável, harmoniosa e produtiva do diálogo, debate e da
negociação, desenvolvendo cidadãos que interajam crítica e assertivamente e busquem fortalecer espaços
democráticos.
--- Reconhecer a sociedade do século XXI sendo cada vez mais caracterizada pelo uso intensivo do
conhecimento, seja para trabalhar, conviver ou exercer a cidadania do ambiente em que se vive.
---Tomar consciência de que no mundo contemporâneo, em rápida transformação, a sociedade, produto da
revolução tecnológica que se acelerou na segunda metade do século XX e dos processos políticos que
redesenharam as relações mundiais, já está gerando um novo tipo de desigualdade ou exclusão, ligado ao
uso das tecnologias de comunicação que hoje norteiam o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

---Compreender que na sociedade de hoje, é inaceitável qualquer tipo a exclusão social, por quais motivos
for, especialmente todos os grupos em situação de vulnerabilidade social, econômica e cultural.

6. HABILIDADES DESENVOLVIDAS:
História:

 (EMIFLGG06) Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
utilizando as diversas línguas e linguagens (imagens estáticas e em movimento; línguas; linguagens
corporais e do movimento, entre outras), em um ou mais campos de atuação social, combatendo a
estereotipia, o lugar comum e o clichê

 (EMIFCG02) Posicionar-se com base em critérios científicos, éticos e estéticos, utilizando dados,
fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos, por meio de afirmações
claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre respeitando valores universais, como
liberdade, democracia, justiça social, pluralidade, solidariedade e sustentabilidade.

 (EMIFCG07) Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e


incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de decisões
conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis. (EMIFCG08) Compreender e considerar a
situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia, flexibilidade e resiliência para
promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate ao preconceito
e a valorização da diversidade.

 (EMIFCHSA09) Propor e testar estratégias de mediação e intervenção para resolver problemas de


natureza sociocultural e de natureza ambiental, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
relacionados às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

 (EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a


processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na
sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos
filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições
orais, entre outros).

 (EM13LGG102) Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias


presentes nos discursos veiculados nas diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de
explicação, interpretação e intervenção crítica da/na realidade.

 (EM13LGG204) Dialogar e produzir entendimento mútuo, nas diversas linguagens (artísticas,


corporais e verbais), com vistas ao interesse comum pautado em princípios e valores de equidade
assentados na democracia e nos Direitos Humanos.

Matemática:
 Reconhecer a periodicidade presente em alguns fenômenos naturais, associando-a às funções
trigonométricas básicas;
 Conhecer as principais características das funções trigonométricas básicas (especialmente o seno, o
cosseno e a tangente), sabendo construir seus gráficos e aplicá-las em diversos contextos;
 Compreender o significado das matrizes e das operações entre elas na representação de tabelas e
de transformações geométricas no plano;
 Saber expressar, por meio de matrizes, situações relativas a fenômenos físicos ou geométricos
(imagens digitais, pixels etc.);
 Saber resolver e discutir sistemas de equações lineares pelo método de escalonamento de matrizes
 Reconhecer situações-problema que envolvam sistemas de equações lineares (até a 4a- ordem),
sabendo equacioná-los e resolvê-los.

Tecnologia:
 Reconhecer as evoluções tecnológicas;
 Saber se expressar por meio de uma linguagem digital;
 Compreender a utilização do pensamento computacional no cotidiano;

Habilidades socioemocionais:

7. EIXOS TEMÁTICOS:

 Mediação e Intervenção Sociocultural;

 Investigação Científica.

8. OBJETOS DE CONHECIMENTO:

Ciências Humanas e Sociais:

● Eixo 1: Escuta ativa e comunicação não-violenta.

● Eixo 2: Problema individual e social; observação ou avaliação e diferentes pontos de vista de uma
situação problema.

● Eixo 3: Liberdade de expressão, discriminação, discurso de ódio, , cultura do cancelamento,


desinformação e polarização de ideias, polarização e a importância da diversidade na democracia.

● Eixo 4: Conceito e aspectos que definem um conflito, técnicas de mediação e etapas de negociação.

● Eixo 5: Estrutura de um debate, construção e análise de argumentos embasados para elaborar uma
proposta de emenda Lei Orgânica do Município.

Matemática:

● Trigonometria: Fenômenos periódicos, Funções trigonométricas, Equações e inequações, Adição de


arcos,
● Matrizes, determinantes e sistemas lineares: Matrizes: significado como tabelas, características e
operações,
● A noção de determinante de uma matriz quadrada, Resolução e discussão de sistemas lineares:
escalonamento.

9. METODOLOGIA:

A Eletiva está pautada no uso de metodologias como: trabalho em equipe, expressão em público,
autorreflexão, práticas circulares e atividades ligadas à análise das emoções pessoais, que objetivam
desenvolver as habilidades necessárias para o convívio em sociedade e exercício da cidadania. Também se
utiliza práticas ativas ligadas ao mundo jovem, como mímicas, desafios práticos, experimentos sociais e
estudos de casos, a fim de desenvolver a capacidade de identificação e resolução de conflitos. Além disso,
busca-se simular processos de diálogos, debates e negociações, com o intuito de sustentar
posicionamentos que fomentem o embate saudável e fundamentado de ideias.

Assistir vídeos, reportagens, filmes e/ou seriados, palestras e interpretá-los em seu contexto social;
Trabalhar com interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transdisciplinaridade;
Realizar pesquisas, leituras e seminários; Explorar todas as formas de comunicação e linguagem, usando
todos os suportes.
7-Recursos Didáticos
 Nets e notebooks; Smartphones; Lousa digital; Multimídias; Jornais e Revistas; Livros.

10. PRODUTOS (CULMINÂNCIA):


● Criação de um coletivo social;
● Ações de intervenção social na escola
Ao final, os(as) estudantes construirão um coletivo social que busca, a partir de técnicas de comunicação
saudável, refletir sobre uma situação problema dentro da comunidade escolar (acessibilidade / mobilidade/
inclusão) e fazer uma ação prática para solucioná-la.
PROPOSTAS DE AÇÕES PARA CULMINÂNCIA:
Decoração do espaço reservado para a culminância;
Exposição de vídeos de trechos de filmes e instituições de apoio ao portador de deficiência física;
Estandes expositivo e informativo com material tecnológico de apoio ao portador de necessidades
especiais;
Dança típica apresentada por cadeirante;
Alunos caracterizados de personalidades do mundo do cinema;
*Com o desenvolvimento nas aulas de eletiva, a culminância poderá sofrer alterações.
11. AVALIAÇÃO:

As avaliações serão, em sua maioria, formativas, não excluindo a possibilidade de fazer avaliações
diagnósticas escritas na apresentação dos temas e orais, por meio de técnicas de chuvas de ideias e
diálogos, a fim de sondar os conhecimentos prévios dos estudantes. Cada plano de aula possui também
evidências de aprendizagem, que são produtos ou momentos específicos das aulas em que pode-se
averiguar o cumprimento dos objetivos propostos. Estas averiguações podem ser realizadas pelo(a)
próprio(a) Professor(a) ao longo da aula ou pelos(as) próprios(as) estudantes em exercícios de
autoavaliação. A prática de arremate é um processo avaliativo básico, no qual em todas as aulas os(as)
estudantes realizarão reflexões e sistematizações sobre o conteúdo aprendido. A avaliação final da
Eletiva observará a aplicação das habilidades de diálogo, debate e negociação adquiridos no decorrer
das aulas e a capacidade do(a) estudante se comunicar de forma respeitosa, assertiva e colaborativa
sobre as temáticas determinadas pelo coletivo criado e durante o planejamento e a realização das
ações de intervenção.

12. CRONOGRAMA SEMESTRAL:

Fevereiro: elaboração das eletivas considerando os Projetos de vida dos Estudantes.

25/02/2022 – Feirão das Eletivas.

Março: Apresentação, Pesquisa e Aprofundamento do tema.

Abril: Mão na massa, definindo os pontos da proposta de emenda a lei, reconhecendo todas as
aplicações da tecnologia assistiva,.

Sendo possível, fazer visita a Apraespi e AACD.

Maio: produzindo vídeo do Coletivo, para entrega da proposta na Câmara Municipal.

Junho: Definindo Aprofundando os conhecimentos e Exposição dos trabalhos desenvolvidos e das


aprendizagens feitas durante a execução do projeto.

13. REFERÊNCIAS:

BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma
abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018.

e-PUB; BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso, 2015;

CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para
fomentar o aprendizado ativo [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018.

LEMOV, Doug. Aula Nota 10: 62 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. 2ª ed. Porto
Alegre: Penso, 2018.

COHEN, Elizabeth. G.; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo. 3. ed. Porto Alegre:
Penso, 2017.

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos


pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006.

https://www.assistiva.com.br/

https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br

https://www.ismart.org.br/2022/01/educacao-socioemocional-o-que-e-e-como-adotar-com-os-
alunos/?gclid=EAIaIQobChMItvqwjq-H9gIVSwaRCh0JhgbcEAAYAyAAEgJLtfD_BwE

https://www.escoladeempatia.com.br/

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