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ÍNDICE

1. AULA I
1.1. O que é apologética cristã e para que serve?

2. AULA II
2.1. As necessidades do apologista cristão

3. AULA III
3.1. Cosmovisão cristã
3.2. A cosmovisão cristã tem poder transformador
3.3. A existência de Deus pode ser provada?
3.4. Um Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo
3.5. Deus e o inferno: como um Deus Bom envia suas criaturas ao inferno?

4. AULA IV
4.1. Sobre a imortalidade da alma
4.2. Cinco mitos a respeito do inferno
4.3. Deus e o problema do mal
4.4. A ciência refuta a Bíblia?
4.5. O ateísmo é coerente?
4.6. No que crêem os ateus?

5. AULA V
5.1. Religiões e Seitas
5.2. A pluralidade religiosa

6. AULA VI
6.1. Por que estudar as falsas doutrinas?
6.2. Como identificar uma seita: a adição

7. AULA VII
7.1. Como identificar uma seita: a subtração
7.2. Como identificar uma seita: a multiplicação
7.3. Como identificar uma seita: a divisão

8. AULA VIII
8.1. Outras características das seitas
8.2. Evidências da ressurreição de Cristo
AULA I
O que é apologética cristã e para que serve?
Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos
corações; e estai sempre preparados para
responder com mansidão e temor a qualquer que
vos pedir a razão da esperança que há em vós,
1 Pedro 3:15

A palavra apologética vem do termo grego apologia. Apologia refere-se a uma defesa,
um arrazoado que prova a inocência de um acusado no tribunal, bem como a
demonstração de que uma crença ou argumento é correto.

O cristianismo bíblico não é uma religião que se baseia no sentimentalismo ou no


emocionalismo. Pelo contrário, encontra-se fortemente enraizado na razão, sendo a
palavra de Deus e a mensagem de Cristo para todos nós. Se vivemos em um mundo
de dúvidas, devemos carregar conosco a certeza do evangelho para que possamos
ganhar os outros.

A apologética cristã é uma das mais importantes disciplinas teológicas, porque todo
apologista é um teólogo, mas nem todo teólogo é um apologista. Para tornar-se um
apologista, você deve ter uma gama de conhecimentos teológicos bastante extensa
e robusta, principalmente em termos de teologia sistemática.
“A apologética tem por objetivo converter
pensadores em crentes e crentes em
pensadores”

“A apologética celebra e proclama a solidez


intelectual, a riqueza imaginativa e a
profundidade espiritual do evangelho, de tal modo
que possibilita a interação com a cultura”

(Alister McGrath)

O grande teólogo de Princeton, J. Gresham Machen, advertiu que, se a igreja perder


a batalha intelectual em uma nova geração, a evangelização se tornará infinitamente
mais difícil na geração seguinte.

Desde os primórdios da história da igreja, os cristãos mostraram-se como gigantes


tanto na fé quanto na razão, preparados intelectualmente para responder aos
questionadores a racionalidade de sua fé. Dessa forma, percebe-se que nossa vida
devocional deve estar intimamente ligada à nossa vida intelectual.
“Quem abre a mente, assim como quem abre a
boca, quer encontrar algo sólido ao fechá-la”
(G.K. Chesterton - 1874-1936)

Nossa fé não pode estar baseada num simples “eu acho” ou “eu penso”. Ela tem
fundamentação bíblica, cristocêntrica, cristológica, bibliocêntrica e bibliológica.
“Se a igreja não der valor à verdade cristã, então
ela se perderá para sempre”
William Lane Craig

Um dos grandes motivos para que cristãos se afastem da fé e venham até mesmo a se tornar
apóstatas e opositores do evangelho é que eles jamais conheceram de fato a palavra de Deus
e a verdadeira fé cristã. Se a tivessem conhecido, certamente não a deixariam nem
abandonariam.

A fé cristã não é uma fé apática, uma fé de cérebros mortos, mas uma fé viva e inquiridora.
Como Anselmo afirmou, a nossa fé é uma fé que busca entendimento. A fé cristã é pensante,
de forma que não podemos nos contentar em viver a vida em ignorância intelectual, mas
conhecendo a palavra de Deus a fundo, para responder com certeza e solidez.

Charles Malik, ex-embaixador libanês nos Estados Unidos, em seu discurso de dedicação dp
Billy Graham Center, em Wheaton, Illinois, disse: como cristãos, estamos diante de duas
tarefas na evangelização: salvar a alma e salvar a mente, ou seja, não somente converter as
pessoas espiritualmente, mas também convertê-las intelectualmente.

Por que a apologética é tão importante?

William L. Craig diz que a apologética é importante por três motivos básicos:

● Para influenciar a cultura. Como cristãos, é nosso papel demonstrar ao mundo as


verdades da Bíblia, a palavra de Deus. Precisamos demonstrar que a fé cristã tem
embasamento científico, lógico, filosófico e teológico.

● Para fortalecer os que creem. A apologética ajuda os crentes a fortalecer a fé a partir


da reafirmação das verdades bíblicas. Isso não significa que a ciência seja necessária
para que creiamos em Deus, mas é muito interessante descobrir que as evidências
mais recentes apontam para a Bíblia.

● Para ganhar os incrédulos. Não podemos apenas crer para nós mesmos, mas
devemos evidenciar a fé, expandindo-a e proclamando-a. A apologética cristã nos
auxilia a trabalhar essas questões difíceis.

Através da apologia, podemos demonstrar logicamente, filosoficamente e cientificamente que


crer em Deus não é absurdo, mas sim coerente com a fé e com a razão.
AULA II
As necessidades do apologista cristão

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a


diligência acerca da salvação comum, tive por
necessidade escrever-vos, e exortar-vos a
batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos.
Judas 1:3

Segundo o autor e apologista brasileiro Israel B. Azevedo, precisamos sempre ter em mente
os 10 mandamentos do apologista cristão, pré-requisitos básicos para pregarmos o
evangelho com eficiência:

1. Discuta com amor: Precisamos discutir nossa fé. Engana-se quem pensa que “religião
não se discute”. Quando o fizermos, é necessário amor e paciência, sem que haja
xingamentos ou agressão verbal. Precisamos discutir com amor pois servimos o Deus
de amor, respondendo sempre com mansidão (1Pe 3:15).

2. Seja humilde: não podemos nos exaltar, caindo na soberba. Pregar o evangelho com
humildade significa reconhecer que você não sabe tudo, e precisa aprender. A
humildade permite que se adentre em lugares antes bloqueados.

3. Amplie seu conhecimento da bíblia, de modo a tornar a mente cada vez mais bíblica:
A leitura é essencial para o esforço apologético, de forma que o estudo de livros,
primeiro a Bíblia e depois as obras auxiliadoras, é a marca do bom apologista.

4. Cresça no aprendizado da reflexão e da pesquisa lógica e racional: A reflexão significa


o “flexionar para dentro”, isto é, atingir o autoconhecimento. É preciso que o
entendimento da fé seja fortalecido pelo rigoroso exame da razão, de forma que
sejamos fortalecidos na verdade.

5. Mantenha a autocrítica: Não se pode pensar que nosso status de representantes de


Cristo na Terra confere-nos infalibilidade. Aqueles à nossa volta também detém
conhecimentos, e não é porque determinada pessoa esteja longe de Cristo que ela
não possa compreender coisa alguma. Todas as pessoas podem compreender
verdades, apesar de que o conhecimento da verdade absoluta só vem por meio de
Cristo. Deve-se manter a autocrítica ao receber questionamentos acerca da fé cristã
e de seus praticantes.

6. Comece do princípio: Em todas as vezes em que você for pregar acerca da fé, comece
do princípio: Deus. Não adianta confundir incrédulos com questões complexas e
secundárias da fé. A Bíblia não faz questão de informar-nos acerca de questões como
Deus criou todas as coisas, como Ele é, o que Ele fazia antes da criação, de forma
que tratam-se apenas de especulação.

7. Ouça sempre o outro lado: Não se deve expor a fé às outras pessoas sem escutá-las.
O diálogo existe entre pessoas dispostas a falar e ouvir, de forma que é necessária
calma, cautela e paciência. Esse não é apenas um trabalho intelectual, mas também
espiritual.
8. Firme-se no foco, na meta da apologética: Deve-se sempre estar focado na tarefa que
se está desempenhando. Não entre em questões loucas ou vãs, mas trate daquilo
que é concernente ao tema.

9. Contribua para pôr a razão em seu devido lugar: Muitas coisas que lemos na Bíblia
não podem ser absorvidas pela razão, pois a razão trabalha pela lógica, que não pode
explicar tudo que há no campo da fé. Deus está muito além de nossa intelectualidade,
de forma que há coisas que somente a fé pode revelar. No ato da crença em Deus,
por exemplo, a razão tem a tarefa de levantar evidências, apesar de que a crença em
si vem da fé.

10. Dependa do poder do Espírito Santo: Os enviados da igreja primitiva pregaram em


todo o mundo em que estavam inseridos, pois colocavam em primeiro lugar a
dependência do Espírito Santo. Isso não significa um misticismo bobo, mas uma
preparação que, auxiliada por Deus, torna o homem submisso ao Espírito.
AULA III
Cosmovisão cristã

O cristianismo genuíno é uma maneira de ver e


compreender toda a realidade. É uma
cosmovisão, uma visão de mundo
Colson e Pearcey

Todo cristão deve ter uma visão de mundo que se adeque às lentes de Cristo. A cosmovisão
cristã deve enxergar o mundo a partir das Escrituras.

E não sede conformados com este mundo, mas


sede transformados pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12:2

Escrevendo a seus irmãos na capital do império romano, Paulo fala que o cristão não
pode se conformar com o mundo. Isso significa que não devemos assumir a forma
que o mundo apresenta.

É extremamente importante conhecer a cosmovisão cristã, porque todos os dias


somos desafiados a expressar a nossa fé em vários assuntos e segmentos da vida:
arte, ciência, educação, filosofia, leis, cultura, política, família, sociedade, vida e
morte. Dessa forma, o cristianismo deve atuar em todas essas áreas, funcionando
como sal da terra.

Cosmovisão cristã significa enxergar o mundo com os olhos de Deus, o Deus cristão,
pois toda religião tem sua própria cosmovisão. O fundamento da cosmovisão cristã é
a Sagrada Escritura, a revelação máxima de Deus.

Dentre tantos outros assuntos, a cosmovisão cristã trata da criação, da queda e da


redenção.

● Criação: A cosmovisão cristã acerca da criação afirma que o Deus único e


verdadeiro criou o céu e a terra e tudo quanto neles há. Dessa forma, isso não
é obra do acaso ou fruto de uma evolução.
No princípio criou Deus o céu e a terra.
Gênesis 1:1

● Queda: O homem foi criado em imagem conforme a semelhança de Deus.


Deus o fez perfeito, porém o homem utilizou-se de sua capacidade de escolha
para pecar e, quando pecou, caiu teologicamente. A partir de então toda a
estrutura do universo foi modificada. Adão representava a humanidade, e por
isso todos pecamos.
Porque todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus;
Romanos 3:23
A partir do momento que uma pessoa aceita a fé em Cristo Jesus como seu
único e suficiente Salvador e Senhor, ela é justificada - Deus a torna livre de
toda culpa e de todo crime espiritual, absolvendo-nos da condenação do
inferno - e regenerada - Deus proporciona o novo nascimento.

Devemos retirar da mente das pessoas a falsa noção de que há pessoas


inocentes. Nem mesmo um recém nascido é inocente teologicamente falando.
Todos somos pecadores, de forma que não é a sociedade que corrompe o
homem. Ele nasce pecador por causa do DNA de Adão, de forma que o homem
não peca para se tornar pecador, pelo contrário: peca porque é pecador.

● Redenção: É o ato de Deus enviar seu Filho unigênito para nos substituir, isto
é, para que não morrêssemos em condenação. Agora temos capacidade - por
mérito de Cristo - de sermos salvos por Ele. Dessa forma, não podemos ser
salvos pelas nossas obras, mas sim para nossas obras.

A cosmovisão cristã tem poder transformador:

A cosmovisão cristã tem poder transformador. O termo ”transformados” de Romanos


12:2 é oriundo do grego metamorfose, uma mudança radical que começa
internamente e se exterioriza, tornando-se completa. Nosso intelecto deve ser
transformado para a glória de Deus, para que influenciemos a cultura e a sociedade
de maneira poderosa.

● A cosmovisão cristã transforma pessoas e famílias: Por estar centrada nas


Sagradas Escrituras, a cosmovisão cristã possui esse poder transformador,
capaz de restaurar pessoas e famílias por meio de uma mudança benéfica e
abençoadora.

● A cosmovisão cristã transforma comunidades e culturas: Muitas comunidades


já foram transformadas pelo poder do evangelho, que vem de Deus. Ele é
capaz de transformar pessoas que podem influenciar seu meio para alterar
radicalmente a maneira de se pensar de uma sociedade.

A existência de Deus pode ser provada?

Deus não é objeto da ciência, de forma que esse provar não pode ser científico. A
ciência trabalha com dois grandes objetos: observação e experimentação. Como
Deus não pode ser nem observado nem experimentado cientificamente em um
laboratório, ninguém pode provar sua existência. Há, entretanto, evidências sobejas
de que Deus realmente existe:
Os céus declaram a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Salmos 19:1
Dessa forma, conclui-se que Deus é improvável, porém não impossível. Ser
improvável significa que não é possível que se prove Sua existência, porém também
é impossível que se prove Sua inexistência.

Um Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo

O tema mais complexo de toda a teologia é a Trindade. Não se trata de um triteísmo,


isto é, três deuses, mas sim um monoteísmo de um Deus que é Pai, Filho e Espírito
Santo. São três Pessoas distintas, porém com apenas uma essência: O Pai não é o
Filho, o Filho não é o Espírito Santo, o Espírito Santo não é o Pai e também não é o
Filho.

Deus e o inferno: como um Deus Bom envia suas criaturas ao inferno?

No mundo relativista e politicamente correto de hoje, muitas pessoas apresentam


relutância em aceitar esse tema.

Em primeiro lugar, devemos notar que Deus não envia suas criaturas ao inferno. As
pessoas lançadas ao inferno não são filhas de Deus, apenas criaturas Suas. Para se
tornar filho, deve-se crer no Filho (Jo 1:11).

C. S. Lewis, o grande filósofo e apologista cristão, afirma que no final, só haverá dois
tipos de pessoas: Aquelas que disseram a Deus “Senhor, seja feita a Tua vontade” e
aquelas a quem Deus disse “seja feita a tua vontade”.

O inferno é a prova da justiça de Deus (Mt 25:41). Deus fez o possível para que as
pessoas não fossem para o inferno ao enviar Seu Filho. A negação dessa oferta de
salvação ocasiona a punição pelos crimes cometidos.
AULA IV
Sobre a imortalidade da alma
Aquele que tem, ele só, a imortalidade, e habita
na luz inacessível; a quem nenhum dos homens
viu nem pode ver, ao qual seja honra e poder
sempiterno. Amém.
1 Timóteo 6:16

Paulo afirma que Deus é a imortalidade absoluta, pois Ele é eterno. Isso não significa
dizer que apenas Ele é imortal, pois dessa forma nossa própria existência findaria
após a morte. De fato, receberemos a imortalidade ao passarmos para o céu, mas já
podemos considerar nossa alma imortal.

Há seitas e movimentos heterodoxos que afirmam a mortalidade da alma. Esses


ensinos não se sustentam diante da realidade bíblica, pois o próprio apóstolo Paulo
afirma que gostaria de partir deste tabernáculo e estar com Cristo.

Cinco mitos a respeito do inferno

1. O inferno é um lugar onde Satanás reina: Satanás não está no inferno, e


mesmo que lá estivesse, não ocuparia a posição de rei. Nosso Deus tem todo
o poder nos céus, na terra e debaixo da terra. Ele manda nos anjos, demônios
e todas as criaturas. Ele reina tanto sobre o mundo espiritual quanto o físico.

2. Satanás está no inferno, e as pessoas que lá se encontram estão se divertindo:


O inferno não é lugar de diversão, mas de juízo e condenação. A Bíblia nos diz
que lá haverá choro e ranger de dentes.

3. O inferno é um lugar temporário: A famosa visão aniquilacionista. A Bíblia


afirma que o fogo é interminável, não se consumindo nem se apagando. Jesus
usa a palavra referente a Geena, o vale de Hinom, para demonstrar que o
inferno é um lugar real e que não tem fim.

4. O inferno é apenas a ausência de Deus: O texto bíblico deixa claro que o


inferno é um lugar real, onde não apenas haverá a ausência de Deus, mas
também sofrimento eterno.

5. O inferno é apenas para pessoas ruins: Não há ninguém que seja bom.
Aqueles que não crêem em Deus não podem ser salvos.

Deus e o problema do mal

A resposta é, apesar de complexa, bastante óbvia. Segundo o grande filósofo


Agostinho de Hipona, o mal não é essência, tratando-se apenas da ausência do bem.
O mal é fruto do livre arbítrio do homem, de forma que Deus não é nem autor nem
criador do mal moral, que nasce do pecado.
A grande promessa bíblica em frente à certeza do sofrimento da vida humana é a de
que Jesus estará conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Em todo e
qualquer sofrimento, Deus estará presente conosco para nos consolar e edificar.

Biblicamente falando, o sofrimento faz parte da vida, principalmente se tratando de


um cristão (Jo 16:33). A vitória do mundo não é a vitória do crente, de forma que
receberemos a vitória após o sofrimento com Cristo, que nos dá suporte e auxílio para
que possamos passar por provações e tribulações. É Cristo quem nos garante a
vitória que vence o mundo.

A ciência refuta a Bíblia?

Uma das grandes mentiras que o diabo criou é a de que ciência e fé não combinam.
Isso não é verdade, pois a ciência verdadeira corrobora com as Escrituras, que por
sua vez demonstram que a ciência se baseia no que Deus criou. Não precisamos da
ciência para crermos em Deus, porém ela colabora com as verdades bíblicas.

É interessante lembrar que a Bíblia não é um livro cientÍfico. mas todas as afirmações
científicas que a bíblia faz são verdadeiras e comprovadas pela ciência moderna.

A grande diferença entre a Bíblia e a ciência é que aquela é a palavra de Deus,


enquanto essa não. A ciência é mutável, a exemplo da teoria heliocêntrica e sua
substituição pela teoria geocêntrica. Quando tanto a Bíblia quanto a ciência estão
corretamente interpretadas, corroboram um para o outro.

O ateísmo é coerente?

Há muitos ateus que afirmam a inexistência de Deus enquanto admitem uma


moralidade objetiva. Se Deus não existe, então não há moral, pois não pode haver
diferenciação entre o que é certo e o que é errado.

Nietzsche já afirmava que a extirpação do cristianismo da face da Terra seria o que


poderia trazer o fim da moralidade, que seria o que impediria as pessoas de viverem
seus instintos.

Um ateu coerente jamais deve apresentar argumentos morais, justamente pois a


negação de Deus implica a inexistência de bem e mal. Se Deus existe, há certo e
errado, se não, então não há moral alguma: assassinato, estupro e pedofilia tornam-
se normais por causa da ausência de referência moral.

No que crêem os ateus?

Os maiores ateus da atualidade crêem na ciência, que tornou-se como que um deus
no meio dos neo ateus. De fato, o grau de crença que depositam na ciência, fechando
seus olhos para as questões que encontram-se fora de seu escopo, pode ser
caracterizada como fé.
Isso se mostra tão presente na apologética que o autor Norman Geisler escreveu um
livro sobre o assunto intitulado “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, onde prova
que um ateu deve nutrir mais fé que um cristão.

A Bíblia possui erros?

A Bíblia não possui erros, e é inerrante pois é a inspiração divina em forma de texto.
A Bíblia é a revelação de Deus escrita para nós. Evidentemente que as traduções
podem conter erros, entretanto seus originais permanecem livres de quaisquer
imprecisões.

Uma vez que a Bíblia é a palavra de Deus, tudo o que está contido nela é verdade. A
questão do dilúvio, por exemplo, é comprovada cientificamente e arqueologicamente.
A história do dilúvio aparece em mais de 250 culturas diferentes, com o mesmo
conteúdo central. Há também os registros fósseis, como o caso de animais marinhos
no deserto do Saara.

Se Deus criou os céus e a terra, passagens extraordinárias da narrativa bíblica são


completamente plausíveis. Deus pode fazer tudo o que quiser, pois nada escapa de
Sua soberana vontade.
AULA V
Religiões e Seitas
E em nenhum outro há salvação, porque também
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado
entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Atos 4:12

A salvação não se encontra em uma instituição ou religião específica, pois a única


pessoa que pode nos salvar é Jesus. Nossa salvação não está em algo, mas em
alguém. Da mesma forma, a salvação não se dá por mérito humano, mas sim por
mérito de Cristo.

Todas as pessoas têm o direito de professar a religião de sua escolha. A tolerância


religiosa é extensiva a todos. Isso não significa, porém, que todas as religiões sejam
boas. Nos dias de Jesus havia vários grupos religiosos: os saduceus (At 5:17) e os
fariseus (At 15:5).

Os dois grupos tinham posições religiosas distintas (At 23:8). Mesmo assim, Jesus
não os poupou, chamando-os de hipócritas, filhos do inferno, serpentes e raça de
víboras (Mt 23:13-15,33).

O Mestre deixou claro que não aceitava a ideia de que todos os caminhos levam a
Deus. Ele ensinou que há dois caminhos: o estreito, que conduz à vida eterna, e o
largo e espaçoso, que leva à destruição (Mt 7:13,14).

Os apóstolos tiveram a mesma preocupação: não permitir que heresias, falsos


ensinos, adentrassem na igreja. O primeiro ataque doutrinário lançado contra a Igreja
foi o legalismo. Alguns judeus-cristãos estavam instigando novos convertidos à
prática das leis judaicas, principalmente a circuncisão.

Em Antioquia havia uma igreja constituída de pessoas bem preparadas no estudo das
Escrituras (At 13:1), que perceberam a gravidade do ensino de alguns que haviam
descido da Judéia e ensinavam: Se não vos circuncidardes segundo o costume de
Moisés, não podereis ser salvos (At 15:1).

Tais ensinamentos eram uma ameaça à Igreja. Foi necessário que um concílio
apreciasse essa questão e se posicionasse. Em Atos 15:1-35, temos a narrativa que
demonstra a importância de considerarmos os ensinos que contrariam a fé cristã.
Outras fontes ameaçam a Igreja. Dentre elas, destacamos a pluralidade religiosa.

A pluralidade religiosa

A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos de Jesus. Atualmente existem


milhares de seitas e religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade de
Deus quando, na verdade, não estão.
Há dez religiões principais: Hinduísmo, Jainismo, Budismo e Siquismo (na índia);
Confucionismo e Taoísmo (na China); Xintoísmo (no Japão); Judaísmo (na Palestina);
Zoroastrismo (na Pérsia, atual Irã) e Islamismo (na Arábia).

Na lista, alguns incluem o Cristianismo. Além disso, existem mais de dez mil seitas
(ou subdivisões dessas religiões), estando seis mil localizadas na África, 1200 nos
Estados Unidos e o restante em outros países. Para efeitos didáticos, o Instituto
Cristão de Pesquisas classifica assim as seitas:

● Secretas: Maçonaria, Teosofia, Rosa-crucianismo, Esoterismo, etc…

● Pseudocristãs: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo


Dia, Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus), etc…

● Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão, etc…

● Afro-brasileiras:Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Cultura Racional, etc…

● Orientais: Seicho-No-Iê, Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare-Krishna,


Meditação Transcendental, Unificação (Moonismo), Perfeita Liberdade, etc...
AULA VI
Por que estudar as falsas doutrinas?
Porque há um só Deus, e um só Mediador entre
Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
1 Timóteo 2:5

Enquanto essas e outras seitas se multiplicam, e seus guias desencaminham milhões


de pessoas, os cristãos permanecem indiferentes, desatentos à exortação de Judas
3: “Batalhar pela fé uma vez entregue aos santos”.

Muitos perguntam por que se deve estudar as falsas doutrinas. Para esses, seria
melhor a dedicação à leitura da Bíblia. Certamente devemos usar a maior parte de
nosso tempo lendo e estudando a Palavra de Deus, porém essa mesma Palavra
apresenta diretrizes comportamentais relacionadas aos que questionam nossa fé.

Assim sendo, apresentamos as razões para o estudo das falsas doutrinas:

1. Defesa própria: Várias entidades religiosas treinam seus adeptos para ir, de
porta em porta, à procura de novos adeptos. Algumas são especializadas em
trabalhar com os evangélicos, principalmente os novos convertidos. Os
cristãos devem se informar acerca do que os vários grupos ensinam. Só assim
poderão refutá-los biblicamente (Tt 1:9);

2. Proteção do rebanho: Um rebanho bem alimentado não dará problemas.


Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja.
Escolas bíblicas bem administradas ajudam nosso povo a conhecer melhor a
Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo
detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos
sectários e expondo-lhes a verdade será útil para proteger os recém-
convertidos dos ataques das seitas;

3. Evangelização: O fato de conhecermos o erro em que se encontram os


sectários nos ajuda a apresentar-lhes a verdade de que necessitam. Entre eles
se encontram muitas pessoas sinceras que precisam libertar-se e conhecer a
Palavra de Deus. Os adeptos das seitas também precisam do Evangelho. Se
estivermos preparados para abordá-los e demonstrar a verdade em sua própria
Bíblia, poderemos ganhá-los para Cristo.

4. Missões: Desempenhar o trabalho de missões requer muito mais que descolar-


se de uma região para outra ou de um país para outro. Precisamos conhecer
a cultura onde vamos semear o Evangelho. Junto à cultura teremos a
religiosidade nativa. Conhecer antecipadamente tais elementos nos dará
condições para alcançá-los adequadamente.

Uma objeção levantada por alguns é esta: Não gosto de falar contra outras religiões.
Fomos chamados para pregar o Evangelho. Concordamos plenamente, todavia
lembramos que o apóstolo Paulo foi chamado para pregar o Evangelho e disse não
se envergonhar dele (Rm 1:16). Disse também que Cristo o chamou para defender
esse mesmo Evangelho (Fp 1:16).

A objeção mais comum é a seguinte: Jesus disse para não julgarmos, pois com a
mesma medida que julgarmos, também seremos julgados (Mt 7:1). Quem somos nós
para julgar?

Ora, o contexto mostra que Jesus não estava proibindo todo e qualquer julgamento,
pois no versículo 15 ele alerta: Acautelai-vos dos falsos profetas. Como poderíamos
nos acautelar dos falsos profetas se não pudéssemos identificá-los?

Não teríamos de emitir um juízo classificando alguém como falso profeta?


Concluímos, portanto, que há juízos estabelecidos em bases corretas, mas, para isso,
é preciso usar um padrão correto de julgamento e, no caso, esse padrão é a Bíblia (Is
8:20).

Há exemplos nas Escrituras de que nem todo juízo é incorreto. Certa vez Jesus disse:
julgaste bem (lC 7:43). Paulo admitiu que seus escritos fossem julgados (1 Co 10:15).
Disse mais: O que é espiritual julga bem todas as coisas (1Co 2:15).

Como identificar uma seita: a adição

O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer os quatro caminhos
seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração, multiplicação e divisão. As seitas
conhecem as operações matemáticas, contudo nunca atingem o resultado
satisfatório.

Adição: O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não leva em
consideração somente a Bíblia. Por exemplo:

● Adventismo do Sétimo dia: Seus adeptos têm os escritos de Ellen White como
inspirados tanto quanto os livros da Bíblia.

● Testemunhas de Jeová (TJs): crêem que somente com a mediação do corpo


governante (diretoria da TJ, formada por um número variável entre 9 e 14
pessoas, nos EUA), a Bíblia será entendida.

A revista A Sentinela tem sido seu principal canal para propagar suas
afirmações. O candidato ao batismo das TJ deve saber responder
aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a doutrina bíblica evangélica.

Somente a Palavra de Deus contém ensinos que conduzem à vida eterna.


Adicionar-lhe algo é altamente perigoso! (Ap 22:18,19).

● Os Mórmons: Dizem crer na Bíblia, desde que sua tradução seja correta. Eles
acham que o Livro de Mórmon é mais perfeito que a Bíblia. Outros livros
também são considerados inspirados. Usam também a Bíblia apenas como
livro de referência.

Citam as variantes textuais dos manuscritos como argumento de que a Bíblia


não é fidedigna. Ignoram, porém, que a pesquisa bíblica tem demonstrado a
fidedignidade da Palavra de Deus.

● Os Meninos de Deus (A Família) dizem que é melhor ler os ensinamentos de


David Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia.

● A igreja da Unificação, do Rev. Moon, julga ser seu princípio divino de


inspiração mais elevado que a Bíblia. Outro exemplo da consequência de
abandonar as Escrituras é observado nesse movimento. Além da Bíblia,
rejeitam também o Messias e seguem outro senhor.

● Os Kardecistas: Não têm a Bíblia como base, mas a doutrina dos espíritos,
codificada por Allan Kardec. Usam um outro Evangelho. Procuram interpretar
as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma perspectiva espírita
reencarnacionista.

Resposta apologética: O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam o homem
sábio para a salvação pela fé em Jesus:
E que desde a tua meninice sabes as sagradas
Escrituras, que podem fazer-te sábio para a
salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
2 Timóteo 3:15

Logo, se alguém ler a Bíblia, somente nela achará a fórmula da vida eterna: crer em
Jesus. Assim, lendo a Bíblia o homem saberá que sem Jesus não há salvação. Ele
não procurará a salvação em Buda, Maomé, Krishna ou algum outro, nem mesmo
numa organização religiosa.
AULA VII
Como identificar uma seita: a subtração

Subtração: o grupo subtrai algo da pessoa de Jesus. Por exemplo:

● A Maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um fundador de religião, ao


lado de personalidades mitológicas, ocultistas ou religiosas tais como Orfeu,
Hermes Trimegisto, Krishna (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta do
Islamismo), entre outros.

Se negarmos o sacrifício de Jesus Cristo e sua vida, estaremos negando


também o Antigo Testamento, que o mencionava como Messias.

Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e,


portanto, nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos
integralmente. Não há meio termo.

● A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo


que Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua
divindade, dizendo que ele jamais afirmou que fosse Deus.

● Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as Testemunhas de


Jeová dizem que ele é um anjo, a primeira criação de Jeová. Os Kardecistas
ensinam que Jesus foi apenas um médium de Deus, etc...

Resposta apologética: A Bíblia ensina que Jesus é Deus (Jo 1:1, 20:28; Tt 2:13; 1Jo
5:20). Assim sendo, não pode ser equiparado meramente com seres humanos ou
mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram (Hb 1:6).

A Bíblia atesta a autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lc 2:7),
cresceu como homem (Lc 2:52), sentiu fome (Mt 4:2), sede (Jo 19:28), comeu e bebeu
(Mt 11:19; Lc 7:34), dormiu (Mt 8:24), suou sangue (Lc 22:44), etc...

Como identificar uma seita: a multiplicação

Multiplicação: Pregam a auto-salvação. Crer em Jesus é importante, mas não é tudo.


A salvação é pelas obras. Às vezes, repudiam publicamente o sangue de Jesus:

● A Seicho-No-Iê nega a eficácia da obra redentora de Jesus e o valor de seu


sangue para remissão de pecados, chegando a dizer que se o pecado existisse
realmente, nem os Budas todos do Universo conseguiriam este grilo, nem
mesmo a cruz de Jesus Cristo conseguiria extingui-lo.

● Os Mórmons afirmam crer no sacrifício expiatório de Jesus, mas sem o


cumprimento das leis estipuladas pela igreja não haverá salvação.

● Outro requisito foi exposto pelo profeta Brigham Young, que disse: Nenhum
homem ou mulher nesta dispensação entrará no reino celestial de Deus sem o
consentimento de Joseph Smith. Por isso, eles têm grande admiração por
Smith.

● Doutrinas semelhantes são ensinadas pela Igreja da Unificação do Rev. Moon,


que desenha os cristãos por acharem que foram salvos pelo sangue que Jesus
verteu na cruz.

● As Testemunhas de Jeová ensinam que a redenção de Cristo oferece apenas


oportunidade para alguém alcançar sua própria salvação por meio das obras.
Jesus simplesmente abriu o caminho. O restante é com o homem.

● Os adventistas creem que a vida eterna só será concedida aos que guardarem
a lei. A guarda obrigatória do Sábado é essencial para a salvação.

Resposta apologética: A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência do
pecado está mancomunado com o diabo, o pai da mentira (Jo 8:44 comparado com
1 Jo 1:8). A eficácia do sangue de Cristo para cancelar os pecados nos é apresentada
como a mensagem central da Bíblia (Ef 1:7; 1 Jo 1:7-9; Ap 1:5).

Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara ao ensinar que somos salvos
pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem das
obras, para que ninguém se glorie (Ef 1:8-9). Praticamos boas obras não para sermos
salvos, mas porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor.

As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor das obras está em
nos disciplinar para a vida cristã (Hb 12:5-11; 1 Co 11:31).

Como identificar uma seita: a divisão

Divisão: Dividem a fidelidade entre Deus e a organização. Desobedecer à


organização ou à igreja equivale a desobedecer a Deus. Não existe salvação fora de
seu sistema religioso;

Quase todas as seitas pregam isso, sobretudo as pseudocristãs, que se apresentam


como a restauração do cristianismo primitivo, que, segundo ensinam, sucumbiu à
apostasia, afastando-se dos verdadeiros ensinos de Jesus.

Acreditam que, numa determinada data, o movimento apareceu por vontade divina
para restaurar o que foi perdido. Daí a ênfase de exclusividade. Outras, quando não
pregam que são o Cristianismo redivivo, ensinam que todas as religiões são boas,
contudo somente a sua será responsável por unir todas as demais, segundo o plano
de Deus, pois ela foi criada para esse fim, como é o caso da fé Bahá’í e outros
movimentos ecléticos.

Resposta apologética: O ladrão arrependido ao lado de Jesus entrou no Céu sem ser
membro de nenhuma dessas seitas (Lc 23:43), pois o pecador é salvo quando se
arrepende (Lc 13:3) e aceita a Jesus como Salvador único e pessoal (At 16:30,31).
Desse modo, ensinar que uma organização religiosa possa salvar é pregar outro
evangelho (2Co 11:4, Gl 1:8), portanto divide a fidelidade a Deus com a fidelidade à
organização e tira de Jesus a sua exclusividade de conduzir-nos ao Pai (Jo 14:6). Não
há salvação sem Jesus (At 4:12; 1 Co 3:11).
AULA VIII
Outras características das seitas
Maravilho-me de que tão depressa passásseis
daquele que vos chamou à graça de Cristo para
outro evangelho; O qual não é outro, mas há
alguns que vos inquietam e querem transtornar o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos
ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho
além do que já vos tenho anunciado, seja
anátema.
Gálatas 1:6-8

Paulo encontrava-se muito preocupado com a questão dos falsos mestres que já
permeavam a igreja do século primeiro. Ele adverte com muita clareza, veemência e
reputação apologética todos aqueles que não estavam de acordo com o Evangelho
da Graça de Deus, se debandando para o lado legalista, como os judaizantes.

Em contraposição às crenças de negação da Trindade, o Credo de Atanásio afirma


que “a fé universal é esta, que adoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade
em unidade. Não confundindo as pessoas, nem dividindo a substância. Porque a
pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Mas no Pai, no
Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna
majestade.”

Há ainda várias menções da Trindade nas Sagradas Escrituras:

● O caso de Ananias e Safira

● O termo plural empregado em Gênesis na criação

● Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal;
ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva
eternamente, (Gênesis 3:22)

● Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
(Gênesis 11:7)

● No princípio criou Deus o céu e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre
a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja
luz; e houve luz. (Gênesis 1:1-3)

● O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha
misericórdia de ti; O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. (Números 6:24-26)

● A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com
todos vós. Amém. (2 Coríntios 13:14)

● Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então
disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim. (Isaías 6:8)

● Os relatos do batismo de Jesus Cristo


● E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;
(João 14:16)

Dentre as outras características das seitas, há também as falsas profecias: As


Testemunhas de Jeová, os Adventistas, os Mórmons e outros já proclamaram o fim
do mundo para datas específicas.

Resposta Apologética: A Bíblia nos adverte contra os que marcam datas ou eventos
(Dt 18:20-22; Mt 24:23-25; Ez 13:1-8; Jr 14:14).

As seitas negam a ressurreição corporal de Jesus Cristo, admitindo que Jesus Cristo
tenha ressuscitado apenas em espírito. Dentre elas, encontram-se as Testemunhas
de Jeová, a Ciência Cristã, a Igreja da Unificação e o Kardecismo. Outros ainda dizem
que nem sequer ressuscitou (LBV), e ainda outros não acreditam que tenham morrido
na cruz (Rosa Cruz, Islamismo, etc…).

Resposta Apologética: Quanto à morte e ressurreição de Jesus, a Bíblia afirma que


Jesus morreu realmente.

Eis o processo de sua morte:

a. A agonia no Getsêmani (Lc 22:44)

b. Açoitado brutalmente (Mt 27:26; Mc 15:15; Jo 19:1)

c. Mãos e pés cravados na cruz (Mt 27:25; Mc 15:24)

d. Morte comprovada (Jo 19:33,34)

e. Sepultamento (Jo 19:38-40)

Ressuscitou corporalmente:

a. Ressurreição predita (Jo 2:19-22)

b. O túmulo vazio comprova a ressurreição (Lc 24:1-3)

c. Suas aparições (Lc 24:36-39; Jo 20:25-28)

Negar a ressurreição de Jesus é ser falsa testemunha contra Deus, pois:

a. Essa é a mensagem do Evangelho (1Co 15:14-17)

b. A expressão Filho do Homem designa a forma da sua segunda vinda e testifica


que Jesus mantém seu corpo ressuscitado (At 7:55-59; Mt 24:29-31; Fl
3:20,21)

c. O corpo glorificado de Jesus está no céu (1Tm 2:5)


Evidências da ressurreição de Cristo

● Ninguém poderia esconder uma mentira desse nível por tanto tempo;

● Os discípulos não poderiam esconder o corpo de Jesus dos Romanos;

● Por que tantas pessoas morreriam por uma “mentira” tão absurda?

● Eles não foram em nada beneficiados pela “mentira”;

● As mulheres não tinham autoridade legal no testemunho;

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