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Cruz 11
INTRODUÇÃO
O QUE É ENFERMAGEM?
- processo de autocuidado;
- processos fisiológicos e fisiopatológicos em áreas como: sono, repouso, circulação, respiração,
reprodução, atividade, nutrição, eliminação, pele, sexualidade e comunicação;
- conforto, dor e deconforto;
- emoções relacionadas ás experiências de saúde e doença;
- significados atribuídos à saúde e a doença;
- tomada de decisão e capacidade de fazer escolhas;
- relacionamentos afiliativos, incluindo libertar -se da opressão e abuso;
- sistemas ambientais.
É uma ciência empírica, cujo propósito é descrever e explicar o fenômeno central de seu
interesse (o homem, indivíduo ou grupo ) e de predizer a seu respeito. Descrição, explanação e
predição são os precursores da intervenção baseada em conhecimentos.
Cabe à enfermagem desenvolver atividades para a manutenção e promoção da saúde, bem
como para a prevenção de doenças, sendo de sua responsabilidade o diagnóstico e a intervenção de
enfermagem. Seu objetivo é assistir as pessoas para atingirem seu potencial máximo de saúde.
Os princípios para guiar a prática emergem do sistema conceitual, cujo fenômeno é o
processo vital. A prática d a enfermagem procura promover a interação sincrônica entre o homem e o
ambiente, fortalecer a coerência e a integridade do corpo humano, e dirigir e redigir a padronização
dos campos humanos e ambientais para a realização máxima do potencial de saúde. Saúd e e
doença estão submersos na totalidade sinergética do homem. Desvios ao longo do eixo vital resultam
da complementação sincrônica do Homem e do ambiente.
A prática é criativa e imaginativa. Está fundamentada em conhecimentos abstratos,
julgamento intelectual e compaixão humana.
Os objetivos da enfermagem tomam e adicionam dimensões na medida em que
conhecimentos teóricos proporcionam direções à prática. A enfermagem está se dirigindo a uma nova
era: a do preenchimento das necessidades humanas.
fórmula simplista de utilização universal. Os fatores que a determinam são de ordem biológica,
psicológica e social, tais como: alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho,
transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. Esses
fatores podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida, que irão interferir na saúde individual
e coletiva.
Assim sendo, para se poder chegar à definição mais precisa de saúde, c onvirá esclarecer, da
melhor maneira possível, o que vem a ser o estado de doença. Daí a definição de doença como
sendo o conjunto de fenômenos desenvolvidos em organismos, associados a uma característica, ou
série de características comuns, que diferencia m esses organismos dos normais da mesma espécie,
e de maneira a situá-los em posição biologicamente desvantajosa em relação àqueles.
A doença é um processo anormal no qual o funcionamento de uma pessoa está diminuído ou
prejudicado em uma ou mais dimensõe s. É o resultado do desequilíbrio entre o homem e o meio
físico, mental e social.
A resposta à questão sobre o conceito de doença deverá obrigatoriamente levar em conta
esse fenômeno como processo resultante de respostas a estímulos ou agentes, originário s de várias
condições ambientais. Aquelas por sua vez, sujeitas à influência do patrimônio gênico. Quando a
resposta ultrapassar os limites da normalidade levará à situação de doença, com seus diversos
quadros patológicos e clínicos. Sob o ponto de vista e cológico, pois, o estado de doença nada mais
seria do que conseqüência de mecanismo de adaptação.
O organismo humano apresenta várias feições de natureza adaptativa que ainda não
lograram atingir nível completo. Assim sendo, é de se considerar como ponde rável, o papel
desempenhado pelo processo de adaptação, na gênese do estado de doença ou, em termos gerais,
de agravo à saúde. Em decorrência, pode -se estabelecer a definição de saúde, em termos
ecológicos, e que pode ser enunciada como a perfeita e contín ua adaptação do organismo ao seu
ambiente. A instalação da enfermidade, como etapa da doença ou agravo, corresponde ao advento
da sintomatologia corresponde ao quadro clínico e conseqüentemente, à sobrevinda da desabilidade
funcional.
Os estados de saúde e de doença decorrem da interação dos fatores:
HOMEM – portador de características inerentes ou adquiridas(hereditariedade, imunidade, nível de
nutrição). Hospedeiro, que pode ser ou não, susceptível a uma doença em particular.
AGENTES – Qualquer fator, interno ou externo, que por sua presença ou ausência pode levar à
doença ou à indisposição. animados( vírus, bactérias, fungos), inanimados( calor, frio, tóxicos,
acidentes, substâncias nocivas). Biológicos, químicos, físicos, mecânicos e psicossociais.
FATORES DE RISCO – Para que a doença tenha início, são necessários fatores especiais. A
patogenicidade dos agentes infecciosos irá determinar maior ou menor conseqüência para o
hospedeiro. Pode tornar mais provável que uma pessoa ou um grupo contraia uma doen ça. História
familiar do hospedeiro, idade, estilo de vida, etc.
MEIO AMBIENTE – Todas as causas que contribuem para o aparecimento de uma doença estão
relacionadas com o meio. (físico, biológico, sócio -cultural). O meio pode tornar a doença mais ou
menos provável para uma pessoa ou grupo.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 15
Esses fatores estão em constante interação com a saúde e a doença. Ninguém consegue
estar completamente livre d e todos os agentes de doenças. Mas os mecanismos de defesa do corpo
e da mente, quando se está saudável, permiti -nos resistir ou minimizar o risco de tais agentes,
dependendo dos fatores ambientais e do hospedeiro. Cada fator pode ser alterado pelos outros dois
fatores.
HOSPITAL
O termo Hospital origina-se do latim hospitiu, que quer dizer
“local onde se hospedam pessoas”, em referência a
estabelecimentos fundados pelo clero no séc. IV d.C., cuja finalidade
era prover cuidados a doentes e oferecer abrigo a viajantes
peregrinos.
No decurso da historia, o hospital surgiu com a qualificação
apenas de albergue, de hospedaria, onde os desprotegidos da sorte eram recolhidos, cuidados e
alimentados. Não se tratava de recebê -los porque estavam doentes e neces sitavam de tratamento.
Ao contrário, aqueles que requeressem tratamento mé dico, permaneceriam em suas casas onde
eram visitados por profissionais d a época e lá tratados, tanto clí nica como cirurgicamente. Durante
muitos anos os hospitais continuaram a desempenhar exclusivamente a função de albergue.
Com o aparecimento das moléstias contagiosas e outras doenças, começou -se a pensar em
isolamentos, e estes mais como defesa da sociedade. Houve então a necessidade de local mais
adequado para receber pessoas acom etidas de males físicos onde houvesse pessoal que pudesse
proporcionar melhor assistência e tratamento.
Nos dias de hoje, o hospital e definido segundo a O.M.S. como elemento de uma organização
de caráter medico social, cuja função consiste em assegurar assistência médica completa, curativa e
preventiva a população e cujos serviços externos se irradiam até a célula familiar considerada em seu
meio; e um centro de medicina e de pesquisa biossocial.
Hospital é um estabelecimento próprio para internação e t ratamento de doentes ou de feridos,
que deve agir com hospitalidade e benevolência (HOUAISS, 2004). Segundo o Ministério da saúde,
hospital é definido como “estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária em
regime de internação a uma de terminada clientela, ou de não -internação, no caso de ambulatórios e
outros serviços”.
“Empresa de prestação de serviços, dentro do mais profundo sentido humano, do amor e da
caridade”.
Segundo Mirshawaka (1994), o hospital deve ser encarado sob a forma de uma instituição
dotada de planta física, equipamento e organização adequado à recepção de pacientes em regimes
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de internação como ao seu tratamento a fim de devolvê -lo à comunidade em condições satisfatória de
saúde.
Hospital é parte integrante de um s istema de saúde que tem a finalidade de oferecer
assistência preventiva e curativa e reabilitar o indivíduo, sua família e a comunidade.
FUNÇÕES DO HOSPITAL
Para sua sobrevivência e bom funcionamento, desenvolve atividades semelhantes a outras
empresas:
Técnicas -gerando a produção do serviço. É o próprio “fazer” na instituição.
Comercial-porque as atividades são remuneradas, o serviço é cobrado do cliente.
Financeiro -envolvendo entrada e saída de capital.
Segurança-porque há necessidade de proteção do paciente, do pessoal que atua ou
freqüenta a instituição. A segurança deve ser entendida em sentido amplo, inclusive proteção
quanto às infecções hospitalares e acidentes, danos ao material e equipamentos.
Contabilidade -oferecendo transparência do movimen to financeiras, inclusive estatísticas de
atendimentos, cuidados prestados e procedimentos adotados.
Administrativas -uma vez que as atividades hospitalares necessitam serem planejadas,
organizadas, coordenadas, controladas e ter um comando.
Estas atividades contribuem para garantir a prestação de serviço e atender às funções do
Hospital:
Função preventiva: Nesta função o hospital desenvolve atividades de prevenção não só com o
objetivo de ajudar o cliente, como também seus familiares. Ocorre, principalmen te, por meio de
orientação e controle ambulatorial. Estabelecem programas que incluem:
Supervisão da gravidez normal e do parto;
Supervisão do crescimento normal e do desenvolvimento da criança e do adolescente;
Controle das doenças contagiosas;
Prevenção das doenças de longa duração;
Prevenção da invalidez física e mental;
Educação sanitária;
Saúde ocupacional;
CCIH -Instituída em 1991, de caráter obrigatório.
Função educativa: Pela educação sanitária e prática de asúde pública, centrada no paciente, na
família e na comunidade, formando e aperfeiçoando profissionais de saúde e colocando em prática os
conhecimentos teóricos e as inovações relacionadas à saúde.
Campo prático para estudantes dos cursos da área de saúde e ainda, psicologia, serviço
social, administração, ciências contábeis, ciências da computação, engenharia biomédica,
ciências jurídicas, terapia ocupacional, engenharia sanitária, em todos os seus níveis, técnico,
graduação e pós-graduação;
Educação continuada dirigida à equipe que trabalha na i nstituição;
Educação em saúde dirigida ao público em geral.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 17
Função restaurativa: Visa proporcionar condições para o paciente retornar ao seu meio e às suas
atividades. Nesta função o hospital desenvolve atividades de:
Diagnóstico - em serviço de ambulatório e internação;
Tratamento de doenças-curativo e paliativo, envolvendo atividades cirúrgicas, clínicas e
especiais;
Reabilitação física, mental e social;
Tratamento de urgência e emergência - acidentes e doenças.
Função pesquisadora: A função de pesquisa do hospital é bastante ampla, realizando pesquisas
relacionadas a:
Aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e da doença;
Atividades hospitalares, processos de trabalho, produtos terapêuticos, procedimentos
técnicos e atividades administrativas;
Pesquisas acadêmicas em todas as áreas e níveis.
Função curativa: Quase sempre possui um serviço de emergência, bem como de diagnóstico e
tratamento de diversas moléstias.
Especialidades: De acordo com as especialidades existentes o hospital pode ser classificado como:
Geral-Destinado a prestar assistência nas quatro especialidades médicas básicas: clínica
médica, clínica cirúrgica, clínica gineco - obstétrica, clínica pediátrica. Podem ser limitadas a
um grupo etário.
Especializados-Capacitados a atenderem pacientes predominantemente de uma
especialidade, como, por exemplo: psiquiatria, oncologia, maternidade, neurologia, etc.
Atualmente a tendência é colocar os pacient es com qualquer tipo de patologia nos hospitais
gerais.
Número de leitos: Quanto ao número de leitos, o hospital pode ser classificado em porte:
Pequeno-até 50 leitos;
Médio-51 a 150 leitos;
Grande - de 151 a 500 leitos;
Porte especial ou extra - para os que possuem acima de 500 leitos.
Propriedade:
Hospital público ou oficial - Aquele que integra o patrimônio da União, estados, distrito federal
e municípios; autarquias, fundações instituídas pelo poder público, empresas públicas e
sociedade de economia mista (pessoa jurídica de direito privado).
Hospital privado ou particular - Integra o patrimônio de uma pessoa natural ou jurídica de
direito privado, não instituída pelo poder público. O hospital privado pode ter finalidades
lucrativas, beneficentes ou não, filantrópi cas ou mistas.
Grupo etário
Hospital infantil
Hospital de adultos
Hospital geriátrico
Hospital Unidade Sanitária - É o serviço que associa as funções de saúde pública e de internações;
Hospital Local - Destina-se a servir a uma população igual ou superior a 20 mil habitantes;
Hospital Regional - Destina-se a prestar assistência de padrão superior a do hospital local;
Hospital de base - Destina-se a constituir o centro de coordenação e integração da assistência
hospitalar de uma zona, devendo estar capacitado tanto para prestar assistência especializada, como
para formar e aperfeiçoar pessoal da área hospitalar;
Hospital de Ensino - É o hospital que apóia as atividades práticas dos cursos da área de saúde.
AMBIENTE HOSPITALAR
Para que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante sua internação
hospitalar deve haver não só o envolvimento de diversos serviços integrados, mas também equipes
de profissionais competentes - corpo clínico, equipe de enfermagem, serviço de nutrição e dietética,
etc.
O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre onde pacientes e
profissionais estão expostos a agressões de diversas naturezas: agentes físicos (radiações de raio X
e radioativos), químicos(medicamentos e soluções) e biológicos(microrganismos).
O hospital possui características próprias que o diferenciam d as outras instituições. Suas
áreas funcionais devem ser interdependentes e se inter -relacionarem, de forma a favorecer o
funcionamento eficiente de todos os seus componentes como um todo e não se constituir de um
somatório de partes desagregadas.
O hospital terá maior ou menor número de seções ou setores, dependendo da sua
capacidade ou do número de especialidades oferecidas. Num hospital geral de grande porte
normalmente encontramos os seguintes setores:
Área assistencial-centro cirúrgico, sala de recuper ação pós-anestésica, unidade de
internação médica, unidade de internação cirúrgica, unidade de internação pediátrica,
unidade neonatológica, emergência, ambulatório (das diversas especialidades) e outros.
Área de apoio assistencial - raios-X, banco de sangue, serviço social, nutrição e dietética,
farmácia e outros.
Área administrativa - serviços de compras, almoxarifados, compras médicas, serviços de
finanças, serviços de pessoal, serviços gerais (lavanderia, limpeza), manutenção e outros.
Unidade de Internação
O Ministério da Saúde (1977) define como unidade de internação “o conjunto de elementos
destinados à acomodação de pacientes internados e que englobam facilidades adequadas à
prestação de cuidados necessários a um bom atendimento.Dependendo da forma adotada para
agrupar os pacientes ou da complexidade da assistência requerida, por número, tipo e qualificação de
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especialistas, suas dependências físicas podem sofrer alterações. A disposição do espaço e das
instalações pode variar, de acordo com a final idade da unidade.
Num hospital as unidades são compostas por vários elementos, como: quartos, enfermarias
ou apartamentos, posto de enfermagem e prescrição médica, sala de serviço, sala para chefia de
enfermagem, sala de exames e curativos, sala de utilid ades, rouparia, copa, depósito de materiais e
equipamentos, sanitários para os clientes e para o pessoal de enfermagem de ambos os sexos, sala
para relatório e prescrição de enfermagem médica, quarto de isolamento com sanitário e chuveiro
anexo, antecâmara com lavatórios e vaso, quarto para um leito com sanitário e chuveiro anexo,
quarto para dois leitos com sanitário e chuveiro anexos, enfermaria para três e no máximo seis leitos
com sanitário e chuveiro anexos, refeitório e/ou sala de estar para clientes e outros.
Padrões recomendados pelo Ministério da Saúde para cada elemento da unidade de
internação:
Quarto - Pode ser privativo (apartamento ou suíte), semi -privativo (2 a 3 leitos) e enfermaria(4 ou
mais leitos). É a dependência destinada a internar um ou dois pacientes e seu acompanhante, nunca
mais de duas pessoas.
Enfermaria - é o compartimento ou cômodo destinado a receber três ou mais pacientes, porém nunca
mais de oito.
Leito - é, por convenção, a cama colocada a disposição do paciente.
Posto de Enfermagem - local destinado a enfermagem, para execução de atividades técnicas
específicas e administrativas da unidade, além de ser o lugar onde são manuseados e guardados os
prontuários dos clientes. Deve localizar -se na parte central da unidade de inter nação.
Sala de serviço - destina-se a guardar e preparar a medicação, bem como do material utilizado na
assistência do cliente.
Sala de curativos - utilizada para realização de exames, curativos e a outros procedimentos
executados nos clientes, principalme nte para os que deambulam, pela equipe de saúde.
Sala de utilidades - destinada à limpeza, desinfecção e guarda de utensílios sanitários usados no
atendimento de pacientes, como: papagaio, comadres, cuba rim, bacias e outros. Pode servir também
para guardar material de limpeza e roupa usada na unidade antes de recolhida para a lavanderia.
Rouparia - destina-se a guarda de roupas limpas da unidade. Dependendo do tamanho da unidade
de enfermagem, a rouparia pode ser desde um armário até uma sala com vários ar mários ou
prateleiras.
Copa - destina-se a distribuição das refeições, para os clientes internados e ao preparo eventual de
dietas especiais.
Sala de equipamentos - destinada a guarda de equipamento suplementar de uso na unidade de
enfermagem, como macas, biombos, suportes de soro, focos de luz, cadeiras de roda e outros.
Sanitário - é recomendado que cada quarto ou enfermaria tenha acesso direto a um sanitário que
poderá servir simultaneamente a dois cômodos anexos, desde que sejam observados alguns
critérios, quais sejam: deve ter, no mínimo, um vaso sanitário, uma pia, 1 chuveiro para cada 6 leitos.
A equipe de saúde deve ter sanitário próprio (um para cada sexo) na proporção de um vaso sanitário
e 1 pia para cada 10 funcionários. Recomenda ainda a previs ão de lavatórios adicionais para uso
freqüente.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 21
Refeitório e/ou sala de estar - local destinado a servir as refeições dos clientes que não necessitam
permanecer no leito, podendo ser utilizado, também como sala de estar.
Isolamento - setor da unidade de internação, dotado de barreira contra contaminação e destinado a
acomodar paciente suspeito ou portador de moléstia transmissível.
Unidade do cliente - Espaço físico hospitalar onde o paciente
permanecerá a maior parte do tempo durante seu período de
internação. Composta basicamente de cama, mesa de cabeceira,
cadeira, mesa de refeições e escadinha. ...................
A unidade, quando constituída de quartos individuais,
deverá ter até 25 leitos. Quando tiver quartos com dois leitos a
unidade poderá ter 32 leitos e quando for constituída de quartos e enfermarias, poderá ter até 40
leitos.
Enfermarias com mais de quatro leitos, somente devem ser previstas para hospitais de
grande porte.
Equipe de saúde
Equipe de Enfermagem
A equipe de Enfermagem é constituída por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem,
cujas atividades estão legalmente padronizadas na lei do exercício profissional, n. 7.498, de 25 de
junho de 1986 e no Decreto federal n. 94.406, de 08 de junho de 1987.
As atividades de Enfermagem são categorizadas
conforme o nível de dificuldade e a complexidade de sua
execução, e vão desde as funções mais simples, que exigem
conhecimentos elementares, até as de maior complexidade e que
necessitam de conhecimentos mais abrangentes e profundos,
chegando às competências de ju lgamento e decisão.
Em todas as atividades, cada componente da equipe deve
desempenhar um papel compatível com seu nível de
competência, imbuído de um espírito cooperativo e sempre
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O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
O TÉCNICO EM ENFERMAGEM
trabalho, os profissionais Técnicos em Enfermagem deverão receber uma formação ampla, sistêmica,
constituída por competências gerais e específicas que lhes permitam acompanhar as transformações
da Área.
Cabe ao técnico de Enfermagem:
COMUNICAÇÃO E ENFERMAGEM
A comunicação é de suma relevância para o atendimento ser humanizado. Normalmente, os
pacientes ou seus acompanhantes observam os profissionais que prestam o cuidado, portanto a boa
comunicação é imprescindível.
A comunicação é uma habilidade humana que torna possível a manifestação e exteriorização
do que se passa na vida interior. Graças a essa habilidade de perceber e de comu nicar, o homem
enriquece o seu referencial de conhecimentos, transmite sentimentos e pensamentos, esclarece,
interage e conhece o que os demais pensam, necessitam e sentem.
Antes de o homem desenvolver a linguagem falada, já expressava suas necessidades
básicas, sentimentos e crenças, por meio da linguagem gestual e de expressões faciais. A
comunicação interpessoal ocorre no contexto da interação face a face. Entre os aspectos envolvidos
nesse processo, estão as tentativas de compreender o outro comunicado r e de se fazer
compreendido.
Por isso, não existe comunicação totalmente objetiva. Ela se faz entre pessoas, e calda
pessoa é um mundo à parte com seu subjetivismo, suas experiências, sua cultura, seus valores, seus
interesses e suas expectativas. Ouvim os e vemos conforme a nossa percepção.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 24
Assim, um indivíduo não pode não se comunicar. Parar ou mover -se, calar ou falar, dentro de
um contexto, possui valor de mensagem, ou seja, têm significado.
Podemos dizer, então, que comunicar é o processo de transm itir e receber mensagens.
A valorização e o aperfeiçoamento da habilidade de comunicar -se assumem proporções cada
vez mais relevantes, pois seu cultivo e utilização são indispensáveis para a execução de qualquer
ação, por mínima que seja e por mais elemen tar que possa parecer. A comunicação enquanto
processo, mobiliza todas as ações humanas, constituindo -se em fundamento à organização e ao
funcionamento de todos os grupos sociais.
Comunicar significa tornar comum a uma ou mais pessoas uma determinada inf ormação ou
um conjunto de dados com um significado que reduz a incerteza ou aumenta o conhecimento acerca
de alguma coisa. Por outro lado, o ato de comunicar não deve ser visto apenas como um processo de
transmissão e entendimento de informações, mas, tamb ém, como uma maneira de possibilitar o
entendimento entre as pessoas, essencial para exercer influência sobre os indivíduos e grupos a
apresentarem determinados comportamentos.
A comunicação apresenta um papel de destaque nos in strumentos básicos.
Por intermédio da comunicação é que são sustentados os relacionamentos interpessoais,
aplicáveis tanto em relação à interação social que se estabelece entre amigos, como em relação aos
vínculos profissionais que o profissional estabelece com o paciente/cliente, com o público, com outros
profissionais. Sendo a comunicação um meio de relacionar -se com pessoas compete ao profissional
desenvolver proficiência nesta técnica muitas vezes pouco explorada, mas tão importante, quanto os
outros procedimentos constitutivos de sua formação profissional.
Comunicar-se com o paciente/cliente, comunicar -se com os demais elementos que compõem
o universo do ambiente terapêutico são condições indispensáveis ao processo de resolução de
problemas específicos do paciente/cliente, agin do de acordo com o que ele precisa, correspondendo
às suas reais necessidades como pessoa. O processo de comunicação permite que as ações não
sejam executadas de forma indiscriminada, casual e arbitrária, mas sim de forma específica, com
vistas ao atendimento das necessidades individuais.
A comunicação se dá no processo do relacionamento entre pessoas permitindo -nos um maior
conhecimento no que diz respeito aos sentimentos, emoções e opiniões sobre o outro, fazendo com
que percebamos que a interação é a ba se desse processo.
Concordamos com Lucena e Goes (1999), quando dizem que a comunicação na área da
saúde é uma estratégia de uso cons tante no cotidiano do profissional de saúde .
Primeiro, a comunicação estabelece um relacionamento terapêutico, porque implica na
condução de informações e a troca de pensamentos e sentimentos. Segundo, a comunicação é
um meio pelo qual as pessoas influenciam o comportamento das outras, tornando assim
possível um bom resultado da intervenção de e nfermagem direcionada a promover a alteração
comportamental adaptativa. Terceiro, a comunicação é o próprio relacionamento.
Isso torna o tratamento mais eficiente, p orque dessa maneira o profissional de saúde saberá
como conduzir o paciente sem re ceios. Armelin (2000) relata que o profissional de saúde pode
facilitar o aumento da auto -estima do paciente, através da comunicação terapêutica.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 25
Quando a comunicação faz parte do dia a dia do trabalho do profissional de saúde , o paciente
passa a vê-lo como uma pessoa capaz de ajudá -lo em todos os momentos, além do que, isto irá
possibilitar uma recuperação mais rápida para o paciente.
Lucena e Góes (1999) e Tigulini e Melo (2002) definem a comunicação como sendo a
principal característica para o relacionamento humano, e para que ocorra desta maneira o
enfermeiro deve estar consciente do seu papel nesse processo que exige além de
procedimentos técnicos, escuta e atenção adequada.
Níveis de Comunicação
1. Comunicação verbal: ocorre através das palavras, escritas ou faladas, e é essencial entre
o enfermeiro e o cliente.
2. Comunicação não verbal: ocupa todos os cinco sentidos e engloba tudo que não envolve
a palavra escrita ou falada. As cinco categorias são:
Estudos feitos sobre a comunicação verbal estimam que 7% dos pensaments são
transmitidos por palavras; 38% por sinais paralinguísticos e 55% pelos sinais do corpo. Os sinais
paralinguísticos - por exemplo, a entonação da voz, velocidade com que as palavras são ditas,
suspiros, grunhidos, tosse provocada por tensão - revelam sentimentos, características da
personalidade, atitudes, formas de relacionamento interpessoal e autoconceito. Em relação aos sinais
do corpo, a cinestesia compreende os movimentos, desde gestos, movimentos dos membros e
cabeça até as expressões faciais.
A maneira com que o profissional se expressa, o olhar nos olhos do outro, faz muita diferença
para quem recebe a informação. A finalidade de utilizarmos a comunicação não -verbal é
complementar à verbal e permitir que o relacionamento entre as pessoas se torne afetuoso,
harmônico e positivo.
De acordo com a OMS, a qualidade em saúde é definida como um conjunto de atribu tos que
inclui um alto nível de excelência profissional, o uso eficiente de recursos, oferece um mínimo de
riscos ao paciente e um alto grau de satisfação dos usuários.Para isso, é necessário a preservação
dos direitos do paciente e o direito de ser tratad o como ser humano.
A Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde entende por humanização “a
valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde e enfatiza a
autonomia e o protagonismo desses sujeitos, a co -responsabilidade entre eles, o estabelecimento de
vínculos solidários e a participação coletiva no processo de gestão.“
Critérios para a “Humanização Hospitalar”:
Não haver longas esperas para atendimento;
Comunicação eficiente;
Informações claras e rápidas;
Resolutividade;
Ambiente limpo e acolhedor;
Atenção integral, não vendo apenas a doença, mas o indivíduo todo;
Respeito entre profissionais;
Boas condições de trabalho;
Equipes integradas;
Valorização do profissional;
Educação continuada;
Garantir a participação do usuário e da família no processo de recuperação;
trabalhar a auto-estima.
Normalmente observa-se uma preocupação dos dirigentes destas áreas focada na obtenção de
equipes treinadas, com desenvolvimento técnico e científico avançados, atualizações const antes,
utilização de diretrizes assistenciais e protocolos. Não se tem contemplado a personalização do
indivíduo no seu aspecto mais humano, pois está voltado somente para a patologia do paciente.
Cabe a cada profissional ater -se a esse aspecto e não trata r somente a doença, e, sim, o paciente,
evitando um atendimento mecanizado, que pode ser eficiente, porém muito pouco humanizado.
A humanização dos profissionais tem que ser fator principal para tornar o atendimento uma
experiência agradável.
Podem ser citados alguns comportamentos incondizentes com o profissional da área da saúde
durante o atendimento ao paciente ou acompanhante/familiar, demonstrando grandes falhas na
humanização:
Apatia – ocorre quando o funcionário não demonstra que se importa com o
paciente/acompanhante, sem resolver seu problema. Os familiares solicitam informações
sobre o paciente,tendo como resposta apenas que não pode entrar. Este descaso pode
provocar desentendimentos e discussões inoportunas.
Má-vontade – os funcionários tentam li vrar-se do paciente, sem resolver seu problema.
Frieza - o atendimento é frio e distante, o indivíduo é tratado de forma desagradável. Não há
interação nem emoção na comunicação.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 27
Desdém – Se dirigir para o paciente em uma postura de cima para baixo, como s e eles nada
soubessem, como se fossem crianças, provocando a ira daqueles que procuram
atendimento.
Robotismo – o profissional deixa de agir como ser humano e repete a mesma coisa, da
mesma maneira, com os mesmos movimentos, como se estivesse em outro luga r. Há total
falta da personalização do atendimento.
Demasiado apego as normas – “Sinto muito, mas não podemos ser flexíveis”, “desculpe são
as regras da casa”. Não quebrar regras, ignorando que, muitas vezes, uma visita, uma
informação, pode ser o diferenc ial em um atendimento.
Jogo de responsabilidades – Frases como “não é do meu setor” ou “não é comigo, procure
fulano” são bastante comuns. A falta de compromisso com o trabalho é nítida, levando a uma
não-resolução. Os pacientes são mandados de um lugar pa ra o outro, sem nunca resolver o
problema.
Prestar assistência à saúde e à vida é função de qualquer instituição de saúde, e não à morte
e à doença. Assim, as pessoas não são patologias ou objetos de investigação científica, são sujeitos
e a razão do tratamento que está sendo oferecido. Cabe a cada um saber reconhecer e questionar o
tipo de atendimento que está sendo prestado no local de trabalho e transformar em melhorias
contínuas para que o processo de humanização se estabeleça.
Humanizar é cuidar do pa ciente como um todo, englobando o contexto familiar e social,
incorporando e respeitando os seus valores, esperanças, aspectos culturais e as preocupações de
cada um.
Humanizar é também garantir a qualidade da comunicação entre paciente, família e equipe.
Significa ter uma escuta ativa para com o outro, comprendê -lo na sua singularidade e nas suas
necessidades, para que ele se sinta reconhecido e considerado.
1. Fase de Pré- interação: explorar seus pr óprios sentimentos, fantasias e medos, analisando seus
pontos fortes e suas limitações profissionais. Obter dados sobre o paciente, quando possível.
Planejar o primeiro encontro com o paciente.
2. Fase introdutória ou de orientação: determinar o motivo pel o qual o cliente procurou ajuda,
estabelecer confiança, aceitação e comunicação franca, explorar os pensamentos, os sentimentos e
as ações do cliente identificando os problemas, definir objetivos com o cliente, bem como,
estabelecer acordo mútuo para inclu ir nomes, funções, responsabilidades, expectativas, finalidade,
local de encontro, condições para o término e confidencialidade.
3. Fase de trabalho: investigar os estressores relevantes, promover o desenvolvimento da introvisão
do paciente e o uso de meca nismos de adequação construtivos, discutir e superar os
comportamentos de resistência.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 30
DIREITOS DO PACIENTE
Adaptado da Cartilha dos direitos do paciente, publicada pela Secretaria de Saúde de São Paulo
(1996)
A pessoa hospitalizada tem o direito:
A atendimento humano, atencioso e respeitoso por parte de todos os profissionais de saúde.
Tem direito a um local digno e adequado para o seu atendim ento.
A ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou
agravo a saúde, ou ainda, de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias,
desrespeitosas ou preconceituosas.
A receber dos profissionais, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu conforto e
bem-estar.
A identificar o profissional por crachá, preenchido com nome completo, função e cargo.
A consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de espera não ultrapasse a
30 minutos.
De exigir que todo o material utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e
manipulado segundo normas de higiene e prevenção.
De receber explicações claras sobre o exame que vai ser submetido ou para qual finalidade
irá ser coletado material.
A informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as
ações diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do tratamento, a
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 32
De ter seus segredos resguardados , através da manutenção do sigilo profissional, desde que
não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a
tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa, o profissional de saúde, ter
acesso e compreender através das informações obtidas no histórico do paciente, exame
físico, exames laboratoriais e radiológicos.
A manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive
alimentação adequada e higiênica, quer quando atendido n o leito, ou no ambiente onde está
internado ou aguardando atendimento.
A acompanhante, se desejar, tanto nas consultas, como nas internações. As visitas de
parentes e amigos devem ser disciplinadas, para não comprometer as atividades
assistenciais. Em caso de parto, a parturiente poderá solicitar a presença do pai.
De exigir que a maternidade, além dos próprios profissionais comumente necessários,
mantenha a presença de um neonatologista, por ocasião do parto.
De exigir que a maternidade realize o teste do pezinho para detectar a fenilcetonúria nos
recém-nascidos.
À indenização pecuniária no caso de qualquer complicação em suas condições de saúde
motivadas por imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais de saúde.
À assistência adequada, mesmo em períodos festivos, feriados ou durante greves
profissionais.
De receber ou recusar assistência moral, psicológica, social e religiosa.
A uma morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou
responsável, por local ou acompanh amento e ainda se quer ou não o uso de tratamentos
dolorosos e extraordinários para prolongar a vida.
À dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser
avisados imediatamente após o óbito.
De não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação.
A órgão jurídico de direito específico da saúde, sem ônus e de fácil acesso.
Toda ciência deve determinar seu ente concreto, descrevê -lo, explicá-lo e predizer sobre ele.
Na ciência de enfermagem considera -se ente concreto a nece ssidade humana básica - que faz parte
de um ser: o ser humano.
Há inúmeros conceitos de necessidades humanas básicas, mas nenhum deles satisfaz
plenamente, no entanto, é possível estabelecer bases fundamentais para futuras indagações,
abordagens e reformulações.
São estados de tensões, conscientes ou inconscientes, r esultantes dos desequilíbrios
hemodinâmicos dos fenômenos vitais. Este conceito tornar -se-á mais claro ao estudarmos as
características das próprias necessidades. Em estados de equilíbrio din âmico, as necessidades não
se manifestam, porém estão latentes e surgem com maior ou menor intensidade, dependendo do
desequilíbrio instalado. São aquelas condições ou situações que o indivíduo, família e comunidade
apresentam decorrentes do desequilíbrio de suas necessidades básicas que exijam uma resolução,
podendo ser aparentes, conscientes, verbalizadas ou não.
Embora cada pessoa tenha suas próprias necessidades, podemos entender como
necessidades básicas tudo que é essencial, indispensável: uma exigên cia ou uma carência,
consideradas pertinentes a todas as pessoas como: comida, água, segurança e amor. A extensão em
que elas são supridas é o fator principal para determinação do nível de saúde.
Necessidades fisiológicas: São as de maior prioridade. Um in divíduo que tem várias
necessidades não supridas, geralmente busca, em primeiro lugar, suprir suas necessidades
fisiológicas. Os seres humanos têm oito necessidades fisiológicas: oxigênio, líquido, nutrição,
temperatura, excreção, abrigo, repouso e sexo.
Necessidade de Segurança e Proteção: Físicas e psicológicas.
Necessidade de Amor e de pertinência: As pessoas geralmente precisam sentir -se amadas
pelos membros da família e aceitas pelos seus próximos e pela comunidade.
Necessidades de Estima e de Auto -estima: As pessoas precisam de reconhecimento ou
apreciação por parte dos demais.
Necessidade de realização pessoal.
Segundo MASLOW, um indivíduo só passa a procurar satisfazer as do nível seguinte após
um mínimo de satisfação das anteriores. O mínimo referi do ainda não foi determinado, mas o próprio
autor reconhece que tal sistemática não é rígida, variando também em alguns indivíduos.
Um conceito fundamental de MASLOW é de que nunca há satisfação completa ou
permanente de uma necessidade, pois se houvesse, conforme a teoria estabelece, não haveria mais
motivação individual.
PROBLEMAS DE ENFERMAGEM
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 35
A ARTE DE ENTREVISTAR
Objetivo da Entrevista
Buscar todas as informações básicas pertinentes à pessoa do paciente, descobrir quais as
suas necessidades básicas afetadas e como ele se adapta ao contínum saúde -doença.
Condução da Entrevista
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 36
Início da entrevista
Cumprimentar o paciente pelo nome, olhar nos seus olhos, apertar sua mão com firmeza e
sorrir. Ex: Sr. Paulo, eu me chamo Carla, sou est udante de enfermagem e estou aqui para
saber como o senhor está se sentindo e também para examiná -lo. Podemos conversar
agora?
Expressões como vovô, querida, tia, devem ser evitadas. Evite cruzar os braços pois isto
pode interferir no progresso da entrevi sta.
O segredo da entrevista está na arte do questionamento. As perguntas devem ser,
preferencialmente abertas. Ex: Qual o problema que o trouxe ao hospital? Como era a sua
saúde antes dessa doença? O Senhor Pode descrever como e onde é esta dor?
Podem ser questões diretas, sem que influenciem a resposta, e atentando para as seguintes
dimensões:
LOCALIZAÇÃO CORPORAL – Onde dói? Onde o Senhor Sente dormente?
CARÁTER – Com que a dor se parece? O que o Senhor Quer dizer com uma agonia? Dor
perfurante?
QUANTIDADE – O que o Senhor Quer dizer com muito?Em que essa dor interfere no seu
trabalho?
CRONOLOGIA – Quando o Senhor Observou o problema pela primeira vez? Quanto tempo
durou? O que aconteceu depois? O Senhor Observa que a dor aumenta com alguma coisa?
PERÍODO – Ocorre em repouso? O que faz a dor aparecer?
FATORES AGRAVANTES – O que parece produzir a dor?Há algo que piore a dor?
FATORES PALIATIVOS – O que o Senhor Faz para melhorar a dor? Ficar em repouso diminui a
dor?
FATORES ASSOCIADOS – O Senhor Tem mais algum sintoma além da dor? Antes do início da
dor, o Senhor Percebe algum sintoma estranho?
Deve-se evitar perguntas que induzam a resposta, do tipo SIM ou NÂO. Ex: Quando sente
dor no tórax, também sente doer o braço?
Evitar perguntas que impliquem em acu sação. Ex: Porque não tomou o medicamento?
Porque não me chamou logo?
Usar perguntas múltiplas é contra -indicado, pois confunde o paciente. Ex: Quantos irmãos vc
têm e algum deles já teve asma, bronquite ou pneumonia?
Evitar perguntas em termos técnicos. Ex: O Senhor tem Hipertensão arterial? Alguém na sua
família tem Síndrome de Down? Como está a sua diurese? Suas eliminações intestinais,
como estão?
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 37
A narrativa – Encoraje o paciente com frases do tipo: Gostaria de ouvir a sua história.
À medida que o paciente se expressa, introduza perguntas relacionadas à história clínica,
doença atual, doenças prévias, história social e educacional e revisão de sistemas. Selecione
aspectos importantes para melhor explorar com mais detalhes, orientando a conversa neste sentido.
O Fechamento – Antes da conclusão da entrevista, o técnico de enfermagem deve fechar as
perguntas mais importantes que foram discutidas. Neste momento já se deve ter uma noção clara
sobre os motivos que levaram o paciente a buscar ajuda, a históri a da sua doença atual, sua história
pregressa, sua condição sócio -econômica.Fale para o paciente o quanto à história dele foi útil e avise
que fará algumas anotações. Este também é o momento para esclarecer qualquer parte da história
sobre a qual ainda paire dúvida.
Encoraje o paciente a fazer perguntas acerca de outros problemas com perguntas do tipo: O
Senhor Gostaria de fazer alguma pergunta? Geralmente este não tem mais nada a perguntar, mas
dá-lhe a impressão de que “o dito final” lhe pertence. Agrad eça-lhe pela atenção e colaboração e
avise-lhe que dará início ao exame físico.
ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
Art. 1 – O registro deve ser claro, objetivo, preciso, com letra legível e sem rasuras.
Art. 2- Após o registro deve constar a identific ação do autor constatando: Nome, Coren e
Carimbo.
Art. 3- O registro deve constar em impresso devidamente identificado com os dados do
cliente ou paciente , e completando com a data e hora.
Art. 4- O registro deve conter subsídios para permitir a continuid ade do planejamento dos
cuidados de enfermagem nas diferentes fases e para o planejamento assistencial da equipe
multiprofissional.
Art. 5- O registro deve permitir e favorecer elementos administrativos e clínicos para a
auditoria de enfermagem.
Art. 6- O registro deve fazer parte do prontuário do paciente e servir de fonte de dados para
processo administrativo, legal, de ensino e pesquisa.
Art. 64- É proibido assinar as ações de enf ermagem que não executou, bem como
permitir que outro profissional assine as que executou.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 39
RELATÓRIOS E REGISTROS
Como registrar
Existem seis diretrizes úteis que devem ser seguidas para se certificar de que as informações
relacionadas aos cuidados de um paciente sejam comunicadas corretas e integralmente:
Precisão – os fatos devem ser anotados com precisão e veracidade. A omissão de dados ou
registro é tão inexata quanto um registro incorreto.
Concisão – forneça as informações corretas e essenciais em um relatório. Toda anotação
deve ser objetiva e completa.
Eficácia – Informações completas sobre os pacientes.
Atualização – a demora no registro de informações pode resultar em omissões graves e
atrasos no fornecimento de cuidado ao paciente.
Organização – comunique todas as informações em um formato ou ordem lógica.
Confidencialidade – o profissional deve manter confidencialidade de qualquer informação
relacionada à doença e ao tratamento de um paciente.
Quando registrar: A anotação deve ser feita log o após a ocorrência ou prestação de cuidados. O
profissional não deverá confiar na memória, para correr o risco da informação ser esquecida.
Quem registra: Cada pessoa deve anotar o que fez e o que observou.
O que registrar: Todas as ocorrências relaciona das ao paciente e aos cuidados a ele prestados.
Métodos de Registro:
Registro por Exceção: é um método de registro que elimina achados normais e cuidados de
rotina, inclui apenas levantamento de dados anormais e cuidados de enfermagem que se
desviam dos padrões escritos, proporciona acesso rápido à achados anormais.
Se um erro for cometido durante o re gistro, o profissional de enfermagem não deve apagá -lo
ou rasurá-lo, poderá caracterizar alteração de registro. Não utilizar corretivos; Deve-se riscar o
registro com uma única linha, escrever a palavra erro, digo ou sem efeito, entre parênteses e
erro
assinar ou colocar suas iniciais. A seguir fazer o registro correto. Ex: Administrei 50
G.L.
75mg de Demerol IM no glúteo médio direito para dor abdominal.
Registros ou alterações de dados registrados criam suspeitas de que alguém tentou
deliberadamente encobrir informações.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 40
Não deixe espaços em branco em uma anotação . Qualquer pessoa poderá adicionar
informações incorretas nesse espaço. Não pular linhas entre uma anotação e outra e não
deixar espaço entre a anotação e a sassinatutra. Sobrando espaço , preencher a lacuna com
traço contínuo.
Ex: Paciente apresentou pico hipertensivo às 14 horas (PA -220x120 mmHg), sendo medicado
CPM.__________________ Lígia -COREN 1728
Registrar apenas os fatos. O profissional só deverá registrar o fato que observou/prese nciou.
As anotações feitas em um prontuário devem ser legíveis e escritas à tinta. Um registro
ilegível pode facilmente ser mal -interpretado, conduzindo ao erro. Durante o período
diurno(07:00 às 19:00hs) as anotações devem ser feitas em tinta azul, e no p eríodo
noturno(19:00 às 07:00hs) em tinta vermelha.
Sempre registre por vc mesmo e nunca por uma outra pessoa. O profissional tem
responsabilidade pela informação registrada no prontuário.
Deve constar data e hora em que foi observada a ocorrência ou prest ado o cuidado.
Utilizar o termo SIC (segundo informação colhida) para informações coletadas dos
acompanhantes e afins.
Cada anotação deve vir acompanhada da assinatura e do número do registro no
COREn(Conselho Regional de Enfermagem) do profissional que a realizou.
Utilizar os termos científicos e por extenso. Usar apenas as abreviaturas padronizadas e
conveniadas (IM, EV, VO, SC, MMSS, MMII, MMSSII, RX, USG, SOS, ECG, ECO, HC, TOT,
SNG, SNE, UTI, UCO, etc,...)
Verificar se o cabeçalho do impresso está pree nchido de forma, nome completo, data,
registro hospitalar, unidade e leito;
Não utilizar o termo “paciente” ou “cliente” ou “criança” no início de cada frase, já que a folha
de anotação é individual e de posse do mesmo;
Registrar fatos: não interpretações;
Jamais deixar implícita alguma crítica sobre cuidados providos por outras pessoas.
ANOTAÇÕES DE EVOLUÇÃO
Relato diário (ou aprazado) das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano, enquanto
estiver sob assistência profissional. Pela evolução é possí vel avaliar a resposta do ser humano à
assistência de enfermagem implementada.
É uma das etapas que compõe a Sistematização da Assistência de Enfermagem, e que é
privativamente atribuída ao enfermeiro. Ele realizará seu registro após a avaliação do estado geral do
paciente durante as 24 horas anteriores para subsidiar o plano de cuidados para as 24 horas
subseqüentes. Realizada 01 vez por dia.
Durante a assistência, são feitas anotações no prontuário, descrevendo a evolução do
paciente. Anotações narrativas fornecem uma visão completa sobre a evolução do paciente. Todos
os membros da equipe de saúde contribuem para esses registros.
O QUE OBSERVAR
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 41
Sintomas - É uma manifestação perceptível no organismo que indica alteração na saúde física ou
mental.
Sintoma Subjetivo - É aquele descrito pelo paciente, não podendo ser visto ou sentido por
outros. Ex. cefaléia.
Sintoma Objetivo - É aquele notado ou sentido pelo observador, é sinônimo de sinal. Ex.
vômito, Edema, etc.
Procedimento
Lavar as mãos;
Colher os dados de identificação do paciente;
Separar e organizar o material, colo cando-o na bandeja e levar junto ao paciente;
Explicar o paciente o que será realizado e pedir sua colaboração;
Preparar o ambiente, providenciando iluminação e ventilação adequadas, privacidade (se
necessário, colocar biombo, manter a porta fechada e pedi r que os acompanhantes dos demais
pacientes se retirem). Desocupar a mesa -de-cabeceira;
Avaliar nível de consciência (consciente, inconsciente, torporoso), nível de resposta(responde
aos estímulos verbais, dolorosos), comatoso;
orientação(orientado, desori entado, articulação das palavras, tempo e espaço, pessoas
circundantes); amnésia, confusão mental, doente mental;
estado emocional - calmo, cooperativo, agressivo, agitado, deprimido, ansioso, angustiado,
retraído;
Equilíbrio do pensamento (senso crítico, confusão, expressão de idéias, delírios, localização
no tempo e espaço, etc.);
Equilíbrio do estado perceptivo (alucinações, delírios);
Equilíbrio de estado afetivo (emoções, sentimentos, capacidade para resolver situações,
etc.);
Equilíbrio no ajustamento social (dependência, isolamento, reação ao ambiente e pessoal);
Capacidade de aprendizagem – inteligência.
Comunicação: tipo de comunicação (verbal ou por sinais);
Dados referentes às necessidades humanas básicas;
Sono e repouso: quantidade de sono e rep ouso. EX.: “refere ter dormido satisfatoriamente
durante toda a noite”; padrão de sono e repouso: Preservado, prejudicado, insônia,
sonambulismo, uso de soníferos, sonolência;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 42
A observação de enfermagem não se resume somente nos itens citados acima, mas estes são os
principais sinais e sintomas verificados pela equipe de enfermagem na rotina hospitalar.
PRONTUÁRIO DO PACIENTE
UTILIDADE DO PRONTUÁRIO
O paciente;
a. As anotações existentes p odem
dispensar ou simplificar interrogatórios e
exames complementares, reduzindo o
custo do atendimento e o tempo de
permanência no hospital.
b. Representa, para o paciente, o grande instrumento de defesa, em caso de possíveis
prejuízos e de reivindicação de direitos perante o médico, o hospital e os poderes públicos.
c. De acordo com a Lei 10.241 de 17 de março de 1999, que dispões sobre os Direitos do
Usuário dos Serviços de Saúde e das Ações de Saúde, em seu Art. 2 coloca que: É direito do
paciente acessar, a qualquer momento, o seu prontuário, nos termos do Art. 3 da Lei
Complementar 791 de 09 de março de 1955.
O hospital;
a. a existência de bons prontuários,permite maior rotatividade de pacientes, baixando a média
de permanência:
b. Reduz o uso indevido dos equ ipamentos e serviços, evitando a repetição desnecessária de
exames;
c. O prontuário é o documento de maior valor para sua defesa contra possíveis acusações;
d. Permite a qualquer tempo um conhecimento exato do tratamento feito e do resultado
alcançado;
e. Demonstra o padrão de atendimento prestado no hospital.
O ensino e a pesquisa;
a. possibilita o conhecimento de inúmeros casos com todas as variáveis antecedentes,
concomitantes e conseqüentes da enfermidade;
b. Facilita o estudo de diagnóstico e avaliação da terapêutica;
c. E campo para pesquisa e fonte para os mais diversos dados estatísticos de incidências e
prevalências, de morbidade e mortalidade;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 46
A equipe de saúde;
A equipe de saúde é o conjunto de todos os profissionais que mantêm contato com o paciente,
visando sua recuperação. Se todos perseguem o mesmo objetivo, nada mais lógico do que agirem
entrosados. O ideal,seria que a equipe atu asse em grupo na hora de discussão dos casos. Não
sendo possível, resta, como instrumento bastante eficiente de intercomunicação, o prontuário, por
meio do qual os profissionais se intercomunicam, fornecendo informações dentro da própria
especialidade . Assim, o prontuário é o grande fator de integração da equipe de saúde do hospital. Na
medida em que um hospital progride, melhora também o serviço de prontuário.
ROTINAS DE ENFERMAGEM
ALTA HOSPITALAR
Significa a saída do paciente do hospital, que deve ser por escrito, na papeleta do paciente e
assinada pelo médico.
Tipos de alta:
Alta hospitalar ou melhorada – dada pelo médico quando o paciente está em condiç ões de
deixar o hospital;
Alta a pedido – o paciente deseja ir embora sem a permissão médica e assina o termo de
responsabilidade, isentando o médico e o hospital de qualquer responsabilidade que possa
ocasionar complicações pela sua saída;
Alta condicional – concedida ao paciente em ocasiões especiais, com a condição do mesmo
retornar na data estabelecida(ex.: natal);
Alta por indisciplina – quando o comportamento do paciente é incompatível com todos os
princípios de disciplina e ordens médicas e de enferm agem.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 49
A Enfermagem deve:
Avisar ao paciente com antecedência;
Verificar a assinatura do médico na folha de alta;
Avisar a família, a tesouraria e ao serviço de nutrição;
Reunir os objetos pertencentes ao paciente e providenciar sua roupa;
Orientar a paciente e/ou familiares sobre: prescrição médica, exames de laboratório e retorno
ao hospital;
Providenciar os medicamentos necessários;
Anotar no relatório e na folha de evolução as condições do paciente e as anotações feitas no
momento da alta;
Acompanhar o paciente à rouparia;
Devolver a documentação a secretaria.
TRANSFERÊNCIA
ÓBITO
O paciente em estágio final deve receber todos os cuidados necessários de modo a lhe
proporcionar segurança e conforto até o s momentos finais de vida.
Após constatação médica do óbito, o corpo deve ser preparado, conforme técnicas
específicas, observando-se o seguinte:
Anotar no prontuário a hora da morte;
Identificar o corpo;
Prepara os pertences do paciente e entregar aos fa miliares;
Encaminhar o corpo para o necrotério;
Providenciar declaração de óbito e orientar a família quanto ao atestado de óbito, segundo
rotina do hospital;
Verificar a assinatura do médico na folha de alta;
Avisar a família, a tesouraria e ao serviço de nutrição;
Devolver a documentação à secretaria.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 50
Segurança
Conforto
Economia
Posições incômodas;
Ruídos desnecessários;
Úlceras de pressão;
Excesso de calor ou frio;
Outros fatores que incomodam o pac iente (má iluminação, maus odores).
Economia de Energia: a adoção de uma sequencia lógica dos passos, oferece a vantagem
de evitar movimentos supérfluos e dispender excessiva energia do profissiona l e do paciente.
A habilidade psicomotora (destreza manual) também contribui para que isso ocorra. Outra
vantagem é que isto diminui o desconforto físico e mental, do profissional e do paciente,
durante o procedimento.
Economia de Tempo: a adoção de uma sequência lógica dos passos, além de economizar
movimentos e energia, otimiza o precioso e escasso tempo. A habilidade psicomotora neste
caso, também influi. Simplificando as ações, executando com método e organização;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 51
Conclusão:
MÉTODO DE TRABALHO
1. Quando na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária for isolado um germe
diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser
considerado como hospitalar.
CUIDADOS PESSOAIS
Instruções gerais
Cuidar para que as unhas estejam sempre aparadas e limpas. Se necessário, limpá -las com
escova. Quando compridas, podem furar as luvas ou dificultar os movimentos, bem como
acomodar resíduos.
Evitar uso de anéis e pulseiras, possíveis fontes de microrganismos e causas de
traumatismos no paciente.
Os cabelos, quando compridos, mantê -los presos.
Manter o uniforme sempre limpo, evitando seu uso fora do ambiente hospitalar. Não se deve
utilizar o jaleco em áreas não contaminadas. Ex:cantinas, refeitório, biblioteca, via pública.
Utilizar, preferencialmente, calças compridas.
Usar calçados limpos, f echados e laváveis (preferencialmente de couro).
O uso de maquiagem facilita a aderência de agentes infecciosos. A maquiagem pode ser
usada, mas sem excesso.
Fazer o trabalho sempre com a máxima atenção, para evitar acidentes.
Evitar levar as mãos ao rosto e cabelos, durante a execução do trabalho, principalmente nos
olhos.
Lavar as mãos com técnica asséptica correta, antes e após cada procedimento de
enfermagem. Lembrar sempre de utilizar papel toalha para fechar a torneira.
Seguir as precauções gerais e e speciais, quando recomendadas.
Usar luvas, caso a atividade envolva contato potencial com sangue, líquidos corporais, pele
ou mucosas lesadas do paciente. Tirar sempre as luvas quando atarefa estiver concluída.
O profissional que trabalha no ambiente hospi talar, pela exposição freqüente ao agente
infeccioso, necessita manter o calendário vacinal atualizado, principalmente contra a
tuberculose, hepatite B e tétano.
Retirar luvas sempre que for manusear artigos não -contaminados como: abrir portas, atender
telefones, acionar interruptores, bem como superfícies de ambiente, e antes de atender outro
paciente, evitando a transferência de microrganismos para outros pacientes e ambientes.
Agulhas, escalpes, lâminas de bisturi e outros instrumentos cortantes ou ponti agudos
merecem cuidados especiais para prevenir acidentes. Descartar materiais perfurocortantes
em recipientes de paredes rígidas e em quantidade que permita seu fechamento adequado,
para evitar acidentes /infecção com as pessoas que irão manuseá -los.
As agulhas, após serem utilizadas, não devem ser removidas da seringa, entortadas,
quebradas ou reencapadas. Os materiais perfurocortantes reutilizáveis devem ser
transportados em recipientes resistentes à perfuração até a área de reprocessamento de
materiais.
Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realizaç ão de procedimentos que envolvam
materiais pérfuro-cortantes;
As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com
as mãos;
Não utilizar agulhas para fixar papéis;
Todo material pérfuro-cortante (agulhas, scalp, lâminas de bisturi, vidrarias, entre outros),
mesmo que estéril, deve ser desprezado em recipientes resistentes à perfuração e com
tampa;
Os recipientes específicos para descarte de material não devem ser preenchidos acima do
limite de 2/3 de sua capacidade total, e devem ser colocados sempre próximos do local onde
é realizado o procedimento.
PRECAUÇÕES GERAIS
É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das
infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi
substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo
engloba a higienização simples, a higienização anti -séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia
cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante.
Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que
mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulaçã o de medicamentos,
alimentos e material estéril ou contaminado.
As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas
utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e anti -séptico.
A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo:
Indicação:
Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais.
Ao iniciar o turno de trabalho.
Após ir ao banheiro.
Antes e depois das refeições
Antes de preparo de alimentos.
Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.
Indicação:
Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando es tas não estiverem visivelmente sujas,
em todas as situações descritas a seguir:
Antes de contato com o paciente
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do
profissional de saúde.
Exemplos: exames físicos (d eterminação do pulso, da pressão arterial, da temperatura corporal);
contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e gestos de cortesia e
conforto.
Após contato com o paciente
Objetivo: proteção do profissional e das superf ícies e objetos imediatamente próxi mos ao paciente,
evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 59
USO DE ANTI-SÉPTICOS
Estes produtos associam detergentes com anti -sépticos e se destinam à higienização anti -
séptica das mãos e degermação da pele.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 60
Indicação:
Objetivos:
Material
Sabão. Usar, preferencialmente, sabão líquido, pois o sabão em barra facilmente torna -se
meio de contaminação.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 61
Papel-toalha
Nos serviços de saúde, recomenda -se o uso de sabão líquido, tipo refil, devido ao menor
risco de contaminação do produto. Este insumo está regulamentado pela resolução ANVS n. 481, de
23 de setembro de 1999.
Recomenda-se que o sabão seja agradável ao uso, possua fragrância leve e não resseque a
pele. A adição de emolientes à sua formulação pode evitar resseca mentos e dermatites.
Método:
6. movimento circular para frente e para traz com os dedos fechados de uma mão sobre a
palma da outra mão. (UNHAS E EXTREMIDADES DOS DEDOS)
Cinco fricções de cada tipo são suficientes para remover mecanicamente os microrganismos.
lavar os punhos de uma mão com o auxílio da outra; (PUNHOS)
enxaguar as mãos retirando totalmente o resíduo de sabão, com os dedos voltados para
cima para que a água escorra das mãos para os punhos, evitando-se que o sabão e a
água, já sujos, retornem às áreas já limpas.
fechar a torneira usando o papel toalha. Se não houver
papel-toalha, após a retirada do sabão das mãos, jogar
água na torneira, com as mãos em conchas, e fechá -la.
Finalidade
Método
A técnica de higienização anti -séptica é igual àquela utilizada para higienizaçã o simples
das mãos, substituindo-se o sabão por um anti-séptico. Exemplo: anti-séptico degermante.
Finalidade
Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel
alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1 -3% de glicerina pode substituir a higienização
com água e sabão quando as mãos não estiverem visivel mente sujas.
Finalidade
AGENTES ANTI-SÉPTICOS
São substâncias aplicadas à pele p ara reduzir o número de agentes da microbio - ta transitória
e residente.
Entre os principais anti-sépticos utilizados para a higienização das mãos, desta cam-se:
Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan.
Sempre que houver paciente (ac amado ou não), examinado, manipulado, tocado, medicado
ou tratado, é obrigatória a provisão de recursos para a higienização das mãos (por meio de lavatórios
ou pias) para uso da equipe de assistência. Nos locais de manuseio de insu mos, amostras,
medicamentos, alimentos, também é obrigatór ia a instalação de lavatórios/ pias.
Os lavatórios ou pias devem possuir torneiras ou co mandos que dispensem o contato das
mãos quando do fechamento da água. Deve ainda existir provisão de sabão líquido, além de
recursos para secagem das mãos. No lavabo cirú rgico, o acionamento e o fecha mento devem
ocorrer com cotovelo, pé, joelho ou cé lula fotoelétrica.
Luvas de procedimento: São limpas, não-estéreis. Utilizadas para proteger o profissional durante a
manipulação de material e superfícies contaminad as, ou durante a execução de procedimentros com
risco de exposição a sangue, flúidos corpóreos e secreções. Nenhum cuidado para calçá -las, porém
devem ser removidas como a luva estéril para evitar que o profissional se contamine.
Método:
Antes de qualquer coisa é necessário escolher
a numeração adequada ao tamanho das mãos, para
que a luva ajuste-se adequadamente. Abrir o pacote,
voltando os punhos das luvas em sua direção. Tocar
somente a área externa do pacote, mantendo estéreis
as luvas e a parte interna do pacote.
1. segurar a luva esquerda com a mão direita
pela dobra do punho, pois é a parte que irá se
aderir a pele ao calçá-la. Tocar com a mão
não-enluvada apenas na dobra do punho,
desta forma sua parte externa se mantém
estéril. Em todas as manobras deve-se evitar
tocar as partes fora do punho.
2. calçá-la na mão esquerda:
3. com a mão esquerda enluvada, introduzir os 4
dedos, sem o polegar, sobre a dobra do punho da luva direita e calçá -la, ajustando-a pela
parte externa.
4. introduzir os dedos da mão dire ita na dobra do punho da mão esquerda e puxá -la até cobrir o
punho.
5. após ambas as luvas calçadas, ajustá -las nas mãos.
Após o uso as luvas tornam -se contaminadas.
RECOMENDAÇÕES:
A mão nua só deve tocar a parte interna da luva, enquanto a mão enluvada só pode tocar a
parte externa.
Se, ao calçar as luvas, os dedos entrarem trocados, só corrigir após calçar as duas luvas.
Com as mãos enluvadas, afastar -se de mobiliários e superfícies e erguer as mãos acima do
nível da cintura, afim de que não ocorra contaminação da parte externa das luvas.
Isolamento e precauções
PRECAUÇÃO RESPIRATÓRIA
1. Quarto privativo ou coorte de pacientes com o mesmo agente etiológico. A distância mínima
entre dois pacientes deve ser de 1 metro. A porta pode permanecer aberta;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 67
2. Máscara deve ser utilizada se houver aproximação ao paciente, numa distância inferior a um
metro. Por questões operacionais, as máscaras podem ser recomendadas para todas as
vezes que o profissional entrar no quarto. Devem -se incluir os visitantes e acompanhantes;
3. O transporte dos pacientes deve ser limitado ao mínimo indispensável e, quando for
necessário, o paciente deve usar máscara.
São indicadas para pacientes com s uspeita ou infecção comprovada por microrganismos
transmitidos por aerossóis (partículas de tamanho < 5 microns) que ficam suspensos no ar e que
podem ser dispersos a longas distâncias. (Exemplo: varicela, sarampo, tuberculose). Consistem em:
1. Quarto privativo (ou coorte, que deve ser evitada) que possua pressão de ar negativa em
relação às áreas vizinhas; um mínimo de 06 trocas de ar por hora; e, cuidados com o ar que é
retirado do quarto (filtragem com filtros HEPA) antes da recirculação em outras áreas do
hospital. As portas devem ser mantidas fechadas;
2. Proteção respiratória com máscara que possua capacidade adequada de filtração e boa
vedação lateral, máscara nº 95. Indivíduos suscetíveis a sarampo e varicela não devem
entrar no quarto de pacientes com suspeita ou portadores destas infecções;
3. O transporte dos pacientes deve ser limitado, mas se for necessário eles devem usar
máscara (a máscara cirúrgica é suficiente).
PRECAUÇÕES DE CONTATO
Estão são indicadas para pacientes com infecção ou colonizaçã o por microrganismos com
importância epidemiológica e que são transmitidos por contato direto (pele -a-pele) ou indireto (contato
com itens ambientais ou itens de uso do paciente). (Exemplo: infecções gastrintestinais, respiratória,
pele e ferida colonizada, entéricas e grandes abscessos). Consistem em:
1. Quarto privativo ou coorte, quando os pacientes estiverem acometidos pela mesma doença
transmissível. Os recém-nascidos podem ser mantidos em incubadora. Crianças e outros
pacientes, que não deambulam, não requerem quarto privativo, desde que as camas tenham
um afastamento maior do que 1metro entre elas;
2. Uso de luvas quando entrar no quarto do paciente. Após o contato com material que
contenha grande concentração de microrganismos (por exemplo: sangue, fezes e secreções),
as luvas devem ser trocadas e as mãos lavadas. Após a lavagem das mãos, deve -se evitar o
contato com superfícies ambientais potencialmente contaminadas;
3. Uso de avental limpo, não estéril, quando entrar no quarto, se for previsto contato com o
paciente que possa estar significativamente contaminando o ambiente (diarréia,
incontinência, incapacidade de higienização, colostomia, ileostomia, ferida com secreção
abundante ou não contida por curativo). O avental deve ser retirado antes da saída do quarto,
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 68
HIGIENE DO AMBIENTE
ORDEM E LIMPEZA
Uma das funções da Enfermagem consiste na manutenção de um ambiente isento de
patógenos para o paciente.Para tanto, temos a higiene da equipe, através dos cuidados pessoais e
das precauções gerais,; higiene do paciente; e a higiene do ambiente.
Limpeza é a eliminação de todo material estranho (resíduos, material orgânico, poeira), com
água, detergente e ação mecânica. A limpeza antecede os procedimentos de desinfecção e
esterilização. A limpeza é de grande importância no controle das infecções hospitalares.
Organizar e manter organizado, colocando os materiais em seus respectivos lugares é
essencial para eficiência do trabalho.
Embora a limpeza não seja atribuição da enfermagem, pela sua importância na qualidade da
assistência, sua manutenção deve ser controlada e exigida por todos os profissionais, portanto, a
enfermagem deve participar ativamente da ordem e limpeza, quer atuando diretamente ou orientando
o pessoal responsável por este trabalho.
Finalidades:
Oferecer ambiente limpo, em ordem e agradável.
Evitar infecção hospitalar.
Concorrer para a economia do material.
Prevenir doenças e acidentes.
Manter os materiais em ordem.
ACONDICIONAMENTO DE LIXO
Existem várias práticas de assepsia médicas utilizadas nos hospitais que confinam e contém
reservatórios de microorganismos, especialmente aqueles presentes em equipamentos e suprimentos
sujos. Elas incluem o uso de salas especiais e vários recipientes para colocação do material que será
descartado.
Salas para o lixo: Há, em geral, pelo menos 2 salas para a colocação do lixo em cada
unidade de enfermagem; uma delas é considerada limpa e a outra, suja. É f undamental que
os profissionais de Enfermagem evitem colocar materiais sujos nas sala utilitária limpa.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 70
Na sala suja costuma conter recipientes cobertos para o lixo, pelo menos um cesto de roupa
grande coberto e um depósito alimentador que possa ser enxa guado. Nessa sala, também pode ser
alojado o equipamento para teste de fezes e urina. Pode haver uma pia para abrigar itens sujos,
usada para limpar equipamentos bastante contaminados, além de oferecer uma oportunidade para
lavagem das mãos.
Recipientes para o lixo: Deve-se pesquisar uma variedade de medidas utilizadas para conter
temporariamente itens sujos até que eles possam ser permanentemente descartados. Por
exemplo: a maioria dos pacientes possui um cesto para papéis junto à cabeceira da cama
que abriga itens que possam ser queimados. Essas cestas de lixo costumam ter um forro
plástico.
Recipientes de sucção e de drenagem são mantidos cobertos, sendo esvaziados pelo menos
uma vez a cada turno. Além disso, atualmente, a maior parte dos quartos para pa cientes
possui um recipiente preso a parede, resistente a perfurações, no qual são colocadas agulhas
ou outros objetos cortantes que foram utilizados.
O destino dos resíduos merece atenção especial, não só por se constituir fonte de infecção,
mas também pela possibilidade de reciclagem.
► Baseado na ABNT (NT 128058). Os resíduos devem ser divididos em:
Resíduos Infectantes: acondicionar em saco branco leitoso, identificado com símbolo de
lixo infectante (gazes, drenos, sodas, pêlos, esparadrapo ou qualquer material
contaminado com matéria orgânica);
Resíduos Comuns: acondicionar em saco plástico comum, preferencialmente de cor
cinza (restos alimentares, cabelos, frascos plásticos de soro);
Resíduo que não é resíduo hospitalar: acondicionar em saco plástico comum,
preferencialmente de cor v erde (copos descartáveis, fita de máquina, lâmpadas, flores);
Resíduo Tóxico: só poderá ser desprezado seguindo normas específicas (pilhas e
material radioativo).
TERMINOLOGIA
Assepsia: termo que denomina as práticas que reduzem ou eliminamos agentes infe cciosos,
seus reservatórios, e ou veículos transmissores de infecção.
Anti-sepsia: é a destruição de microorganismos existentes nas camadas superficiais ou
profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade,
hipoalergênico, passível de ser aplicado em tecido vivo.
Desinfecção: é o processo de destruição de microorganismos patogênicos em forma
vegetativa, existentes em superfícies inertes, mediante a aplicação de agentes químicos e
físicos.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 71
☻ Esterilizado: Material que passou por um processo químico ou físico de esterilização para
destruição total de todos os microorganismos presentes em sua superfície.
☻ Limpo: Material que sofreu apenas uma simples remoção mecânica da sujidade e dos
microorganismos presentes em sua superfície.
LIMPEZA CONCORRENTE
Material: Bacia com água e solução, 02 panos de limpeza, luvas de borracha o u luvas de
procedimento.
Procedimento:
Obs: Os movimentos devem ser executados num só sentido, da esquerda para direita,
evitando-se passar o pano numa superfície limpa; O uso da mecânica corporal do mais limpo para o
mais contaminado; Trocar a água com a solução sempre que estiver suja; Ensaboar e retirar com
pano úmido;Deixar exposto a luz solar e ao ar; Utilizar a solução para desinfecção da unidade de um
único paciente, ou seja, trocar a solução e lavar panos e bacia antes da desinfecção de outro leito.
LIMPEZA TERMINAL
É a limpeza realizada por ocasião de alta, óbito, Transferência do paciente, antes do preparo
da cama de operado ou quinzenalmente em s ituações de permanência prolongada do paciente na
unidade.
Material: Bandeja contendo: jarra com solução desinfetante + água, 4 compressas ou panos
de limpeza, par de luvas de procedimento, Bacia, balde, jornal. Hamper
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 73
Método:
1. Lavar as mãos;
2. Fazer a assepsia da bandeja;
3. Reunir o material na bandeja;
4. Abrir portas e janelas, colocar o hamper em direção à porta, afastar mesa -de-cabeceira,
Afastar a cama da parede deixando um espaço suficiente para a realização da limpeza;
5. Levar o material para enfermaria e c olocar sobre a mesa-de-cabeceira, o jornal no chão
próximo aos pés da cama e sobre ele o balde;
6. Retirar a fronha do travesseiro e colocá -la sobre o colchão, e o travesseiro sobre os pés da
cama;
7. Soltar os lençóis da cama a partir da lateral distal para o c entro da cama e colocá-los no
hamper, com exceção do impermeável; Encaminhar as roupas sujas para expurgo ou
lavanderia, conforme rotina do hospital;
8. Colocar a cadeira aos pés da cama
9. Calçar luvas
10. Coloca solução na 1ª compressa sobre a bacia (quando esta e ncher, desprezar conteúdo no
balde);
11. Inicia-se a limpeza na cabeceira do colchão, começando pela face lateral distal no sentido
centro-cabeceira e depois a lateral da cabeceira, em seguida proceda à limpeza da parte
superior do colchão no sentido cabeceira -centro, do lado distal para o próximo a você, após
limpa a face lateral próxima no sentido cabeceira -centro;
12. Limpa a face superior do travesseiro com este sobre a cama, depois apóia face limpa em seu
braço não dominante e limpa a outra face, colocando -o na cabeceira da cama, onde já está
limpo; Abra o impermeável sobre o colchão e limpe a parte exposta, depois o dobre e limpe a
outra face, colocando-o em seguida sobre o travesseiro;
13. Faz a limpeza da parte dos pés do colchão, limpando a lateral distal no se ntido centro-pé,
depois a lateral dos pés do lado distal para o próximo, em seguida limpa a face superior do
colchão no sentido pés-centro iniciando da parte distal para a próxima, por último limpa a face
lateral próxima a você no sentido centro -pé da cama.
14. Coloca o travesseiro nos pés da cama, vira o colchão na região da cabeceira e faz a limpeza
da face inferior do colchão no sentido cabeceira -centro, depois retira a sujeira acumulada na
região central do colchão, do lado distal para o próximo a você;
15. Com a 2ª compressa limpa o estrado da cama da região lateral da cabeceira no sentido
centro-espelho da cama e depois da lateral próxima. Limpa o espelho da cama iniciando da
parte distal para a próxima, limpa a sujeira acumulada na cabeceira do estrado (later al) e em
seguida limpa os pés da cama, sempre no sentido da parte distal para a próxima.
16. Abre o colchão e coloca o travesseiro na cabeceira da cama, e vira o colchão na parte dos
pés. Faz a limpeza seguindo a mesma técnica utilizada na região da cabeceira.
17. Com a 3ª compressa inicia -se a limpeza do estrado da cama seguindo a mesma técnica
utilizada no estrado da cabeceira.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 74
18. Levo a cadeira para a região do centro da cama e sobre ela coloco a bandeja. Com a 4ª
compressa inicia a limpeza da mesa -de-cabeceira, começando da região interna para a
externa, obedecendo o sentido da parte distal para a próxima.Limpa os pés.
19. Limpa a metade da bandeja na cadeira, coloca a metade limpa sobre a mesa -de-cabeceira e
limpa a outra metade;
20. Limpa a cadeira iniciando pela face de traz do espaldar, parte da frente, assento obedecendo
o sentido da parte distal para a próxima. Limpa os pés.
21. Limpar o suporte de soro e a escadinha;
22. Retirar as luvas, abrir o colchão, deixar a cadeira e a mesa -de-cabeceira no local adequado,
levar o material para o posto de enfermagem e lavar as mãos;
23. Colocar rótulo de identificação com data e hora da desinfecção; Deixar o leito exposto ao ar e
à luz solar;
24. Aguardar 2 horas para preparar o leito.
Obs:
Caso haja excesso de sujidade, utilizar água e sabão anteriormente; éter para
remover esparadrapos.
Não utilizar sabão e desinfetante simultaneamente;
Evitar molhar ou sujar o colchão;
Utilizar postura correta durante a execução da técnica;
Evitar desperdício de movimento;
Trocar a solução desinfetante da ba cia sempre que necessário;
Comunicar ao setor competente quando houver móveis e equipamentos danificados;
Os movimentos devem ser executados num só sentido, da esquerda para direita,
evitando-se passar o pano numa superfície limpa;
Seguir do local mais limpo para o mais contaminado;
Substituir a água sempre que necessário;
Material:
Método:
1. Lavar as mãos e fazer a ass epsia da bandeja;
2. Colocar os lençóis na bandeja, obedecendo a ordem:
lençol de baixo ou protetor do colchão
impermeável
lençol móvel
lençol de cima ou protetor do paciente
cobertor
colcha
fronha
3. Levar o material para enfermaria e preparar o ambiente: abri r portas e janelas, colocar a
cadeira aos pés da cama, afastar mesa -de-cabeceira;
4. Colocar o travesseiro na cadeira e iniciar as dobras dos lençóis: todos os lençóis e
impermeável do lado avesso, exceto o protetor do paciente que é do lado direito. A dobra é
feita de modo que as pontas laterais do lençol fiquem para fora e a dobra é no sentido do
comprimento.
5. Colocar sobre o espaldar da cadeira as roupas de cama com as extremidades voltadas para
o chão, na ordem em que serão usadas:
fronha
colcha
cobertor
lençol de cima ou protetor do paciente
lençol móvel
impermeável
lençol de baixo ou protetor do colchão
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6. Começar por um dos lados da cama. Pegar o lençol de baixo e colocá -lo no centro do
colchão (fazendo corresponder à dobra do lençol ao centro do colchão). Abra o protetor de
colchão puxando a primeira parte da cabeceira para os pés, e fazer um leque com a
segunda parte, no mesmo sentido. Ajeitar e fazer a dobra dos cantos (diagonal),
prendendo-o no colchão, iniciando pela superior e depois a inferior, poster iormente soca-se
o protetor do centro para a cabeceira e do centro para os pés, por baixo do colchão.
DIAGONAL DO COLCHÃO
PS: Para manter o lençol esticado usa -se também fazer um nó com as pontas do lençol sobre o
colchão, e a maioria dos serviços utiliza lençol com elástico.
7. colocar o impermeável no terço médio da cama, abre a primeira parte da cabeceira para os
pés, e fazer um leque com a segunda parte, no mesmo sentido. Sobre ele coloca o lençol
móvel abrindo sua primeira parte da cabeceira para os pés, e fazer um leque com a
segunda parte, no mesmo sentido. Prendendo os dois do centro para a cabeceira e do
centro para os pés, por baixo do colchão.
8. Coloca o protetor do pacient e até a altura do colchão, abre a primeira parte da cabeceira
para os pés, e fazer um leque com a segunda parte, no mesmo sentido. Sobre ele coloca o
cobertor abrindo a primeira parte e fazendo um leque com a segunda e também a colcha,
ambos até a altura dos ombros. Ajeitar e fazer a dobra dos cantos (diagonal) dos três
juntos, apenas nas diagonais dos pés; As laterais devem ficar soltas.
9. Colocar a fronha no travesseiro e deslocar -se para o lado em que a cama não está feita e
colocar o travesseiro sobre o lado da cama já arrumada;
10. Fazer o outro lado, obedecendo as técnicas já realizadas;
11. Voltar para o lado inicial, arrumar o protetor do paciente (fazer a vira), colocar o travesseiro
em pé (a abertura da fronha deve ficar no sentido oposto à entrada da enfer maria);
12. Colocar a cadeira na lateral da cama do lado oposto a entrada do paciente, posicionar a
mesa-de-cabeceira, pegar a bandeja e levar para o posto de enfermagem;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 77
Finalidades:
Proporcionar conforto ao paciente pela troca de roupa;
Estimular a circulação pela mudança de posição;
Observar o aspecto geral do paciente;
Prevenir escaras;
Manter a unidade com aspecto agradável;
Método
1. Conversar com o paciente sobre o cuidado;
2. Preparar o ambiente, se necessário, colocar biombo;
3. Lavar as mão, Fazer a assepsia da bandeja;
4. Organizar o material e trazer para enfermaria;
5. Calçar as luvas;
6. Colocar sobre o espaldar da cadeira as roupas de c ama com as extremidades voltadas para
o chão, na ordem em que serão usadas:
fronha
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colcha
cobertor
lençol de cima ou protetor do paciente
lençol móvel
impermeável
lençol de baixo ou protetor do colchão
7. Soltar as extremidades dos lençóis e as laterais que e stão presas ao colchão;
8. Retire o excesso de lençol do paciente, deixando -o apenas com o necessário;
9. Vire o paciente para o lado oposto à cadeira com as roupas de cama;
10. Enrrolar o lençol móvel, o impermeável e o lençol de baixo separadamente até o meio da
cama, sob o corpo do paciente;
11. Estender as roupas limpas na metade exposta da cama seguindo a mesma seqüência
realizada na cama fechada; O lençol protetor do paciente, o cobertor e a colcha não são
colocados, somente depois que o outro lado da cama for feit o;
12. Vire o paciente para o lado limpo;
13. Retirar o lençol de cima do paciente enquanto o cobre com o limpo; Colocar o cobertor e a
colcha sobre o protetor do paciente;
14. Retirar as roupas sujas e colocá -las no Hamper;
15. Completar a arrumação da cama do outro lado ;
16. Fazer a prega nos pés do paciente para que ele possa movimentá -los, e finalizar compondo o
canto com os três lençóis: protetor do paciente, cobertor e colcha;
17. Faz a dobra do protetor do paciente na altura dos ombros;
18. Trocar a fronha;
19. Colocar a cadeira na lateral da cama do lado oposto a entrada do paciente, posicionar a
mesa-de-cabeceira, pegar a bandeja e levar para o posto de enfermagem;
20. Organizar o material e lavar as mãos.
Finalidades:
Material: O mesmo utilizado para cama fechada, acrescido de + 1 impermeável (forro de cabeceira).
Método:
1. Lavar as mãos e fazer a assepsia da bandeja;
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4. Colocar o protetor do paciente até a altura do colchão, abre a primeira parte da cabeceira
para os pés, e fazer um leque com a segunda parte, no mesmo sentido. Sobre ele coloca o
cobertor abrindo a primeira parte e fazendo um l eque com a segunda e também a colcha,
ambos até a altura dos ombros. Não é feita a diagonal dos lençóis. Os lençóis são dobrados
nos pés da cama para cima deixando -os
rentes ao colchão;
5. Colocar a fronha no travesseiro e
deslocar-se para o lado em que a cam a
não está feita e colocar o travesseiro
sobre o lado da cama já arrumada;
6. Fazer o outro lado, obedecendo as
técnicas já realizadas, até os lençóis
móveis;
7. Faz-se um envelope com o protetor,
cobertor e colcha do lado de entrada do paciente e enrola os três para a outra lateral;
8. Colocar o travesseiro verticalmente preso as grades da cabeceira da cama, ou sobre a
cadeira;
9. Colocar o suporte de soro do lado oposto à entrada do paciente. Dependendo da cirurgia,
providenciar frascos de drenagem, oxigênio, aspirad or, grades de proteção;
10. Colocar a cadeira na lateral da cama do lado oposto à entrada do paciente, posicionar a
mesa-de-cabeceira, pegar a bandeja e levar para o posto de enfermagem;
11. Organizar o material e lavar as mãos.
Arrumar a cama é uma responsabilid ade importante do profissional de enfermagem. É
essencial para ele manter a cama tão limpa e confortável quanto possível. Isto requer inspeções
freqüentes para garantir que a roupa de cama esteja sempre limpa, seca e sem rugas.
O profissional nunca deve s acudir o lençol, para evitar correntes de ar, o que pode espalhar
microrganismos. A privacidade, o conforto e a segurança do paciente são importantes quando da
arrumação da cama.
Obs.:
Sempre que a roupa de cama apresentar sujidade ou estiver molh ada com fluidos corpóreos,
deve ser trocada para garantir o conforto e evitar a formação de dermatite e escarificação da
pele do paciente;
No preparo do leito deve-se retirar o pó com pano úmido e colocar os objetos do paciente em
ordem.
O profissional deve organizar o trabalho de forma a evitar problemas posturais e desperdício
de energia, portanto deve providenciar todo o material necessário antes de iniciar sua tarefa;
Dobrar a roupa de forma funcional, na ordem de instalação;
Soltar, primeiramente, todo o lençol da cama e, em seguida, preparar todo o lado da cama e
depois o outro;
Evitar o manuseio excessivo da roupa, como esticar o lençol “alisando -o” com as mãos;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 81
Evitar o contato dos lençóis com o seu próprio uniforme profissional ou com o chão;
Ao deslocar o paciente de posição, deve -se atentar para não tracionar as sondas, cateteres e
tubos, que podem desconectar -se com movimentos bruscos ou mesmo lesar o local onde
estão instalados;
HIGIENE DO PACIENTE
Uma das funções mais importantes que a pele de sempenha é funcionar como barreira de
proteção, impedindo a penetração no interior do organismo de substâncias nocivas, contra os
agentes traumatizantes e contra a invasão de micróbios patogênicos. Para que a pele e as mucosas
exerçam suas atividades, são muito úteis os cuidados de higiene, indicados em todos os casos.
O asseio elimina o sujo que se compõe de células epiteliais descamadas e mortas.
Eliminando o sujo, melhor se estimulam a sensibilidade geral e os sentidos, que têm na pele suas
terminações nervosas, removem-se obstáculos à excreção do suor, ativa -se a circulação periférica,
favorece-se a perda de calor do corpo, facilita -se a absorção.
A higiene é fundamental para manutenção da saúde, compreendendo o banho e o cuidado
com a pele e seus anex os (unhas, cabelos) através de depilações, escovação, entre outros. Os
hábitos pessoais de higiene são influenciados pela cultura do indivíduo, sendo a hospitalização uma
boa oportunidade para promover educação em saúde.
Com a finalidade de manter os clie ntes limpos e livres de maus odores, o pessoal da
enfermagem deve realizar e/ou estimular a adoção de práticas higiênicas necessárias à manutenção
da saúde, tendo o devido cuidado para não provocar constrangimentos e incentivando para que o
paciente participe o mais ativamente possível de sua higiene.
HIGIENE ORAL
Um dos fatores essenciais à manutenção da saúde, é prevenir o aparecimento de infecção na
boca, pois esta faz parte do sistema digestório e também do respiratório.
A higiene oral consiste na lim peza dos dentes, gengivas, bochechas, língua, mucosa oral e
lábios. Deve ser realizada pela manhã, à noite antes de deitar e após as refeições. Em pacientes
graves, febris e com SNG instalada, a higiene oral deve ser realizada a cada 2 horas.
Condições patológicas que predispõem a irritação e a lesão da mucosa oral : estado de coma,
hipertermia.
Finalidades
Promover conforto e bem -estar ao paciente, permitindo que ele se sinta socialmente
aceitável;
Higienizar a cavidade oral;
Melhorar a aparência e a a uto-estima;
Evitar halitose;
Prevenir cárie dentária;
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Prevenir infecções;
Estimular a circulação sanguínea da gengiva;
Conservar a boca livre de resíduos alimentares;
Melhorar o apetite e o paladar;
Auxiliar no tratamento de infecções da cavidade oral.
Material
Escova de dentes;
Copo com água;
Creme dental;
Toalha de rosto;
Luvas de procedimento;
Cuba-rim;
Tubo plástico (canudo)
Lubrificante para os lábios quando necessário
Método
1. Lavar as mãos;
2. Fazer assepsia da bandeja e preparar o material;
3. Explicar ao paciente o vai que ser feito;
4. Reunir o material na mesa de cabeceira;
5. Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada (Fowler), se possível;
6. Dispor o material junto ao paciente;
7. Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, protegendo a roupa do
paciente e a cama, com forro plástico, se necessário;
8. calçar as luvas;
9. Umedecer a escova com água e soluçã o dentífica ou creme dental e entregá -la ao paciente;
10. Orientar e auxiliar o cliente sobre a maneira correta de fazer a escovação (da gengiva para
os dentes, língua e palato);
11. Oferecer água para o paciente bochechar várias vezes e colocar a cuba -rim sob o queixo do
paciente para escoar o líquido da boca;
12. Retirar a cuba-rim e enxugar os lábios com toalha;
13. Lavar, secar e guardar a escova;
14. Deixar o paciente confortável;
15. Providenciar limpeza e ordem do material;
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1. Lavar as mãos;
2. Fazer assepsia da bandeja e preparar o material;
3. Explicar ao paciente o vai que ser feito;
4. Reunir o material na mesa de cabeceira;
5. Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada (Fowler), se possível;
6. Dispor o material junto ao paciente;
7. Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, protegendo a roupa do
paciente e a cama, com forro plástico, se necessário;
8. Umedecer a escova com água e solução dentífica ou creme dental e entregá -la ao paciente;
9. Calçar luvas;
10. Virar a cabeça do paciente para o lado;
11. Escovar os dentes do paciente com movimentos circulares;
12. Oferecer água para o paciente bochechar várias vezes, usando tubo plástico, se necessário;
13. Adaptar a cuba-rim sob o queixo do paciente;
14. Limpar a língua, para evitar que fique saburra;
15. Oferecer água para o paciente bochechar;
16. Enxugar os lábios com a toalha;
17. Lavar, secar e guardar a escova;
18. Deixar o paciente confortável;
19. Providenciar limpeza e ordem do material;
20. Lavar as mãos;
21. Anotar o cuidado prestado.
Obs:
Em pacientes neurológicos com lesão cervical, usar a espátula com gaze, para retirar o
excesso de líquido da solução anti -séptica, sem mobilizar a cabeça;
Proceder sempre a higiene oral antes do banho;
Se o paciente não tiver escova de dentes, usar cotonetes, espátula envolta em gaze ou pinça
protegida com algodão ou gaze;
Quando o paciente apresentar gengivas edemaciadas ou sangrando, usar bolas de algodão
para a limpeza dos dentes;
Ensinar o paciente a deixar escorrer a água pelo canto da boca e não cuspi -la;
Usar sempre soluções frescas e fracas para a limpeza da boca: água e sal de cozinha ou
limão, água bicarbonatada a 2%; leite de magnésia, sepacol, malvona, etc;
Como lubrificante recomenda -se usar pomada específica, manteiga de cacau, vaselina ou
batom.
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Material
Solução anti-séptica - solução bicarbonatada (para cada 1 colher de chá, 500 ml de água);
Luvas de procedimento;
Cuba-rim;
Espátulas envoltas em gazes;(pinça ou cotonete)
Lubrificante (vaselina líquida) para os lábios, quando necessário;
Toalha;
Método
1. Lavar as mãos;
2. Fazer assepsia da bandeja e preparar o material;
3. Explicar ao paciente o vai que ser feito;
4. Reunir o material na mesa de cabeceira;
5. Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada (Fowler), se possível;
6. Dispor o material junto ao paciente;
7. Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, protegendo a roupa do
paciente e a cama, com forro plástico, se necessário; Calçar luvas;
8. Virar a cabeça do paciente para o lado;
9. Adaptar a cuba-rim sob o queixo do paciente;
10. Abrir a boca do paciente com auxílio de uma espátula e umedecer outra espátula na
solução;
11. Proceder à limpeza de toda a boca do paciente usando a espátula envolta em gaze,
embebida em solução anti-séptica diluído em água, com movimentos firmes e delicados,
desprezando as gazes sujas sempre que necessário. Proceder limpeza dos dentes,
gengivas, bochechas e palato;
12. Limpar a língua, para evitar que fique saburra;
13. Lavar os lábios e lubrificá -los com vaselina líquida, se estiverem ressecados, para evitar
rachaduras;
14. Retirar a cuba e a toalha;
15. Deixar o paciente confortável;
16. Providenciar limpeza e ordem do material;
17. Retirar luvas e lavar as mãos;
18. Recompor a unidade;
19. Anotar no prontuário o que foi feit o e anormalidades detectadas.
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 85
Material
Solução anti-séptica - solução bicarbonatada;
Espátulas envoltas em gazes;
Lubrificante (vaselina líquida);
Copo para colocar solução anti -séptica;
Seringa de 20 ml;
Aspirador montado;
Cânula de Guedel (estéril), se necessário;
Toalha;
Luvas.
Método
1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que ser feito;
3. Calçar luvas;
4. Reunir o material na mesa de cabeceira;
5. Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada ou em decúbito lateral
se estiver inconsciente. Caso o paciente esteja com sonda nasogástrica, Abrí -la, para evitar
náuseas e refluxo do conteúdo gástrico para a boca;
6. Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro plástico, se
necessário;
7. Verificar se o cuff do tubo endotraqueal está insuflado, para evitar que a solução anti -séptica
ou salivação penetre na traquéia, durante a higienização;
8. Instilar água com auxilio da seringa, pelo orifício da cânula de Guedel, e fazer aspiração ao
mesmo tempo;
9. Retirar a cânula de guedel e lavá -la em água corrente na pia do quarto e recolocá -la, ou
proceder à sua troca por outra estéril, caso, seja necessário ou que, conforme rotina, já tenha
dado 24 horas após a sua colocação;
10. Proceder à limpeza de toda a boca do paciente, usando a espátula envolta em gaze
embebidas em solução anti -séptica. Limpar o palato superior e toda a arcada dentária;
11. Limpar também a língua;
12. Enxugar os lábios com a toalha e lubrificá -los com vaselina;
13. Retirar luvas;
14. Lavar as mãos;
15. Recompor a unidade;
16. Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
Obs:
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 86
A troca do cadarço da cânula endotraqueal, deve ser feita pelo Técnico / Auxiliar a cada 12
horas, ou quando se fizer necessário, acompanhada do reposicion amento da cânula
endotraqueal, que deve ser feita pelo Enfermeiro da unidade;
A higiene oral do paciente entubado deve ser feita 01 vez a cada plantão.
Material
Copo com solução anti-séptica bucal,
Escova de dente,
Pasta dental ou sabão líquido,
Cuba-rim,
01 par de luvas,
Toalhas de papel ou gazes;
Toalhas de Banho,
Biombos,
Método
1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que vai fazer;
3. Reunir o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira do paciente;
4. Proteger o leito com biombo;
5. Colocar toalha sobre o tórax do paciente;
6. Colocar o paciente em Fowler ou sentado quando for permitido;
7. Calçar as luvas;
8. Pedir ao paciente que remova a prótese com o uso da toalha de papel ou gaze. Se o
paciente não puder remover as prótese s, sozinho, a enfermagem deve fazê -lo em seu lugar,
lenta e cuidadosamente, para não machucar as gengivas;
9. Colocar as próteses na cuba -rim, forrada com toalha de papel ou gazes.
10. Colocar a pasta dental ou sabão líquido sobre a escova;
11. Proceder a limpeza das gengivas, língua e lábios;
12. Segurar as próteses na palma da mão e escová -la com movimentos firmes da base dos
dentes para as pontas;
13. Escovar a área de acrílico em toda sua extensão;
14. Lavá-la sob jato de água fria;
15. Colocar a prótese limpa em recipiente com s olução bicarbonatada a 2% ou água e guardá -la
em lugar seguro, caso não for recolocada no paciente.
16. Caso o paciente for colocar a prótese, após a sua limpeza, desprezar o papel toalha da cuba -
rim e colocar outro limpo, colocando a prótese sobre ele;
17. Lavar a escova com água corrente e colocá -los na cuba-rim;
18. Lavar as mãos enluvadas;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 87
19. Oferecer copo com solução anti -séptica bucal, para que o paciente enxágüe a boca;
20. Entregar a prótese ao paciente ou coloque -a por ele, no caso de impossibilidade do mesmo;
21. Colocar o paciente em posição confortável;
22. Desprezar as luvas;
23. Limpar e guardar todo o material;
24. Lavar as mãos;
25. Anotar no prontuário.
Obs:
Quando o paciente retirar a prótese ou recolocá -la, a Enfermagem deve observar se há
alguma anormalidade na cavidade bucal . Se houver, relatá-la no prontuário.
Se o paciente estiver inconsciente ou tiver que ser submetido a uma cirurgia, a prótese
dentária não deverá ser colocada;
A enfermagem tem responsabilidade pela guarda da prótese dentária dos pacientes;
Quando o paciente não puder cuidar de sua prótese, a enfermagem deverá fazê -lo;
BANHO
O banho proporciona bem -estar, estimula a circulação, remove odores, abre os poros, dá
oportunidade para observação do estado da pele e verificação de anormalidades.
O banho representa o principal recurso de manutenção da integridade da pele. A pele íntegra
constitui-se em barreira de proteção contra infecção e lesão dos tecidos. O momento do banho é
importante para observar e avaliar a integridade da pele, dos cabelos, unhas e da hi giene oral. A
análise cuidadosa da pele e a avaliação de aspectos como cor, temperatura, hidratação, inchaço e
vermelhidão podem ser os primeiros sinais indicativos do aparecimento de úlceras por pressão.
Durante o banho deve-se avaliar ainda as funções motoras, estado nutricional, circulatório e
respiratório do paciente.
Tipos de banho:
1. Banho de chuveiro: com ou sem ajuda;
2. De ablução: banho na banheira ou bacia, em que o paciente se lava jogando pequenas
porções de água sobre o corpo;
3. De imersão: banho na banheira em que o paciente fica totalmente imerso, com exceção da
cabeça;
4. De leito: usado para pacientes acamados;
Material
Roupa pessoal (pijama, camisola, shorts - fornecidos pelo Hospital),
Toalha de banho,
Sabonete (individual),
Pente;
Luva de banho (opcional),
Método
1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito;
3. Reunir o material e levar ao banheiro. Dispor toalha, sabonete e roupa de modo
acessível para o paciente;
4. Encaminhar o paciente ao banheiro (portas e janelas fechadas), se necessário,
apoiá-lo ou leva-lo em cadeira de rodas;
5. Abrir o chuveiro e regular a temperatura da água e orientar o paciente sobre o
manuseio da torneira;
6. Sentar o paciente em cadeira ou banquinho, se não tiver condições de permanecer
em pé. Ajudar o paciente a se despir, caso não consiga fazer soz inho;
7. Iniciar o banho. Se a situação permitir, deixar o paciente sozinho; Auxiliar o paciente
no que for necessário, estimulando sua participação;
8. Enxugar ou ajudar o paciente a fazê -lo, observando as condições da pele e a reação
do banho;
9. Vestir e pentear o paciente caso não consiga fazê -lo sozinho;
10. Conduzir o paciente a sua unidade, colocando -o em posição confortável na cadeira;
11. Arrumar o leito e deixar a unidade em ordem;
12. Colocar tudo no lugar e chamar o pessoal da limpeza para proceder à limpeza do
banheiro;
13. Lavar as mãos;
14. Anotar no prontuário.
Cuidados de Enfermagem
Sentar na cadeira embaixo do chuveiro é muito mais seguro para os pacientes idosos ou para
os pacientes que ainda estão muito fracos, facilitando para que lavem as pernas e pés, com
menor probabilidade de escorregarem,
Durante o banho deve-se assegurar a privacidade ao paciente, mas pedir -lhe para não
trancar a porta e chamar se precisar de assistência. Manter -se perto do local.
Instruir o paciente para que tome banho corretamente, mostran do os benefícios para a saúde;
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 89
BANHO NO LEITO
Material
Carro de banho ou mesa de cabeceira;
Luva de banho;
Toalha de banho (lençol protetor);
Material para higiene oral;
Material para higiene intima;
Álcool glicerinado ou óleo hidratante;
Pente;
Sabonete individualizado;
Comadre e/ou papagaio do próprio paciente;
Roupa para o paciente (pijama ou camisola);
Roupa de cama (02 lençóis, 01 cobertor S/N, 01 toalha de banho, 01 toalha de rosto, 01
fronha, 01 forro S/N);
Luvas de procedimento;
Luvas de banho;
Hamper;
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01 bacia;
01 balde;
Fita adesiva;
Biombos;
Método
1. Lavar as mãos;
2. Explicar ao paciente o que vai ser feito;
3. Trazer o carro de banho e o hamper próximo ao leito;
4. Fechar as portas e janelas;
5. Proteger a unidade do paciente com biombos;
6. Oferecer comadre ou papagaio ao pacie nte e procurar saber se tem clister prescrito. Se
houver, faze-lo em primeiro lugar;
7. Calçar as luvas;
8. Desprender a roupa de cama, iniciando do lado oposto onde permanecer;
9. Fazer higiene oral do paciente e lavar a cabeça, se necessário;
10. Trocar a água do banho, obrigatoriamente, após a lavagem da cabeça;
11. Lavar os olhos, limpando o canto interno para o externo, usando gaze;
12. Lavar, enxaguar e enxugar o rosto, orelhas e pescoço;
13. Remover a camisola ou camisa do pijama, descer o lençol em leque até a região pubian a,
mantendo o tórax protegido com a toalha, descansando os braços sobre a mesma;
14. Lavar os braços do lado oposto ao que se esta trabalhando, depois o mais próximo, com
movimentos longos e firmes, do punho a axila; Pedir ao paciente que coloque os braços par a
trás sobre o travesseiro, lavar e enxugar as axilas.
15. Colocar a bacia com água e lavar as mãos do paciente, enxugando -as logo após;
16. Trocar a água;
17. Lavar e enxugar o tórax e abdome, com movimentos circulares, ativando a circulação,
observando as condições da pele e mamas;
18. Massagear com álcool glicerinado os braços e o tórax do paciente.
19. Retirar a toalha e cobrir o tórax com lençol limpo;
20. Colocar a toalha sobre os MMII e retirar o lençol sujo. Lavar as pernas e coxas, do tornozelo
ate a raiz da coxa, do lado oposto ao que se esta trabalhando, depois o mais próximo;
21. Colocar bacia sob os pés e lavá -los, principalmente nos interdigitais, observando as
condições dos mesmos e enxugar bem;
22. Enxugar MMII.
23. Trocar a água da bacia e a luva de banho, obrigatoriamente;
24. Virar o paciente em decúbito lateral, colocando a toalha sob as costas e nádegas, mantendo
esta posição com o auxilio de outra pessoa;
25. Lavar e enxugar as costas, massageando -as, incluindo nádegas e cóccix do paciente; As
costas devem ser secas e massageadas com óleo ou cremes hidratantes para ativar a
circulação.
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26. Deixar o paciente em decúbito lateral, empurrando a roupa úmida para o meio do leito,
enxugando o colchão;
27. Proceder a arrumação do leito, com o paciente em decúbito lateral;
28. Virar o paciente sobre o lado pronto do leito;
29. Retirar a roupa suja e desprezá -la no hamper;
30. Colocar o paciente em decúbito dorsal;
31. Encaixar a comadre no paciente;
32. Fazer higiene íntima(lavagem externa) do paciente, de acordo com a técnica;
33. Retirar a comadre, deixando -a ao lado do leito e a toalha no hamper;
34. Trocar de luvas ou lavar as mãos enluvadas, para não contaminar a roupa limpa;
35. Terminar a arrumação do leito;
36. Fazer os cantos da cama: cabeceira e pés;
37. Vestir o paciente;
38. Pentear os cabelos do paciente, forrando o travesseiro c om a toalha de rosto;
39. Trocar a fronha;
40. Utilizar travesseiros para ajeitar o paciente no decúbito mais adequado;
41. Limpar balde, bacia, comadre com água e sabão;
42. Recompor a unidade do paciente, colocando tudo no lugar;
43. Retirar as luvas e lavar as mãos;
44. Anotar no prontuário o que foi feito e as anormalidades detectadas,se houver.
Obs.: A ordem de execução do banho pode variar, pois não existem justificativas científicas para uma
seqüência única. O importante é seguir um método que atenda os objetivos proposto s.
Método simplificado
Utilizando-se este método, o leito fica bem molhado, portanto o banho deve ser dado
rapidamente.
Obs.:
Finalidades:
Limpeza e conforto do paciente;
Prevenir o aparecimento de infecção;
Combater a infecção quando já instalada;
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Indicações:
Diariamente, pela manhã, na ocasião do banho;
Após micção ou defecação;
Com maior freqüência em caso de corrimento abundante.
Material
01 balde;
01 jarra;
Pacote de gazes;
Comadre;
Toalha de banho;
Sabão líquido o PVPI degermante;
Luvas para procedimento;
Biombo;
Saco plástico;
Impermeável;
Método
1. Lavar as mãos;
2. Explicar o procedimento a paciente;
3. Reunir o material e colocá-los sobre a mesa de cabeceira;
4. Trazer o hamper próximo ao leito;
5. Proteger a unidade com biombos;
6. Colocar a comadre em cima da cadeira, trazendo -a para os pés da cama;
7. Calcar as luvas;
8. Colocar a paciente em posição ginecológica, procurando expô -la o mínimo possível;
9. Colocar o forro sobre o saco plástico, colocando -os sobre a região glútea;
10. Colocar a comadre sob a região glútea da paciente, com ajuda da mesma;
11. Colocar gaze ou pano na região inguinal e irrigar monte pubiano e vulva com água,
despejando-a suavemente com o auxilio da jarra;
12. Despejar pequena porção de sabão líquido ou PVPI dege rmante sobre o monte
pubiano;
13. Ensaboar a região pubiana vulvar e períneo, com luva de banho, de cima para baixo
sem atingir o anus, desprezando a gaze, apos cada movimento vulva - anus;
14. Afastar os grandes lábios e lavá -la internamente, no sentido antero -posterior, primeiro
de um lado, desprezando a gaze e depois do outro lado;
15. Lavar por último a região anal;
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Obs:
Se houver presença de secreção uretral e/ou vaginal, utilizar gazes para retirar o excesso,
antes de iniciar a limpeza com água e sabão líquido ou PVPI degermante.
A higiene nas regiões geniturinário e anal deve acontecer diariamente e ap ós cada
eliminação evitando assim umidade e assaduras.
Por ser a região vulvar muito sensível, fazer a lavagem externa com delicadeza;
Observar a temperatura da água;
Acolchoar bem a comadre ou aquece -la, principalmente tratando -se de paciente magro,
idoso, com úlceras de pressão, em tempo frio.
Se a paciente puder fazer a lavagem externa sozinha, será feita no final do banho;
Em pacientes com aparelho gessado abrangendo a região inguinal, deve -se fazer a lavagem
externa sem irrigação, para não molhar o ge sso;
Material
01 balde,
01 jarra,
Pacote de gazes,
Comadre,
Toalha de banho,
Sabão líquido o PVPI degermante,
Luvas para procedimento,
Hamper,
Biombo,
Forro e saco plástico.
Método
1. Lavar as mãos;
2. Explicar o procedimento a pacie nte;
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Obs:
Se houver presença de secreção purulenta na reg ião uretral, limpá-la com gaze, antes de
proceder à limpeza com água e sabão.
A higiene do cabelo e do couro cabeludo tem a finalidade de: Estimular a circulação, impedir
o aparecimento de caspa e piolho, conforto e bem -estar, aparência agradável. Quando a higiene não
é feita convenientemente, a caspa e o sebo adicionado à poeira acumulada, impedem a eliminação
natural do suor. Cabelos sujos geram, além de mau cheiro, coceiras devido às foliculites e a parasitas
do couro cabeludo.
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Finalidades:
Promover limpeza dos cabelos e couro cabeludo;
Proporcionar conforto ao paciente;
Estimular a circulação do couro cabeludo;
Evitar o aparecimento de caspa, pedículos e infecções;
Material
Shampoo;
Balde;
Jarra;
Toalha de banho;
Luvas para procedimento;
Forro;
Saco plástico grande;
Pente ou escova;
Algodão em bola (02 unidades).
Jornal;
Cobertor;
Secador de cabelo, se possível;
Método
1. Explicar ao paciente o que ser feito;
2. Reunir o material no carro de banho e levá -lo próximo a cama do paciente;
3. Fechar portas e janelas;
4. Forrar o chão com jornais e colocar o balde próximo a cabeceira do leito, em cima do jornal;
5. Lavar as mãos e calçar as luvas;
6. Abaixar a cabeceira do leito do paciente;
7. Retirar o travesseiro;
8. Preparar um rolo com o cobertor (simulando uma bacia) e forra -lo com saco plástico, com
abertura no fundo, em forma d e funil, deixando o lado para escoamento da água dentro do
balde;
9. Forrar a cabeceira da cama com impermeável e colocar toalha de banho sob o forro,
protegendo os ombros da paciente, afrouxando a camisola, no caso de mulher, ou retirando a
camisa no caso de homem, cobrindo-o com o lençol;
10. Colocar sobre o impermeável,o rolo de cobertor;
11. Colocar o paciente em posição diagonal, com a cabeça sobre o rolo de cobertor e o
travesseiro sobre as espáduas;
12. Proteger os ouvidos do paciente com algodão;
13. Pentear os cabelos, inspecionando o couro cabeludo, cabelos e observando condições de
anormalidade;
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14. Umedecer os cabelos com um pouco de água, aplicando o shampoo evitando que o líquido
escorra nos olhos;
15. Massagear o couro cabeludo com as pontas dos dedos e lavar os cabelos ;
16. Enxaguar os cabelos do paciente ate sair toda espuma, com o auxilio de uma jarra;
17. Elevar a cabeça do paciente e espremer os cabelos com cuidado, fazendo escorrer água;
18. Retirar o rolo que esta sob a cabeça do paciente, juntamente com o impermeável;
19. Secar os cabelos e envolver a cabeça do paciente na toalha (se houver secador, usa -lo);
20. Pentear os cabelos do paciente, deixando a cama forrada com a toalha;
21. Recolocar o travesseiro e voltar o paciente a posição inicial;
22. Retirar a toalha, recompor o material no carro de banho, deixando paciente em posição
confortável;
23. Lavar as mãos;
24. Anotar o cuidado, descrevendo as observações no prontuário do paciente.
Obs.:
Pentear os cabelos iniciando pelas pontas onde estão mais embaraçados. Dividir o cabelo em
pequenas mechas, penteando-as separadamente e prendendo com firmeza enquanto
penteia.
Se o cabelo estiver muito embaraçado, molhar com álcool e pentear;
Cabelos compridos devem ser trançados.
Escovar os cabelos para estimular a circulação e remover partículas aderente s ao couro
cabeludo;
Lavar os cabelos ao menos uma vez por semana;
Material
Método
1. Lavar as mãos;
2. Trazer a bandeja com o material e colocá -los na mesa de cabeceira ou carro de banho;
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Obs:
Deixar a solução no cabelo por 03 a 06 horas pela manhã e lavá -la à tarde, passando vinagre
após, penteando;
Repetir o procedimento durante 03 dias ou mais, se necessário.
SINAIS VITAIS
Os sinais vitais ou sinais cardinais são os sinais das funções orgânicas básicas, sinais
clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os
sistemas do organismo a uma determinada doença. As alterações da função corporal geralmente se
refletem na temperatura corporal, no pulso, no nível respiratório e na pressão sanguínea, podendo
indicar enfermidade. Por essa razão são chamados sinais vitais.
Estes sinais permitem diagnosticar doenças como: hipertensão arterial, choque, sepse, febre,
hiperatividade simpática, entre tantas, bem como monitorizar evolutivamente doenças em curso.
Os Sinais Vitais(SSVV) referem -se à: Temperatura(T), ao pulso ou batimentos cardíacos(P ou
bpm), a respiração(R ou rpm) e à Pressão ou Tensão arterial(PA ou TA). Pela importância de cada
um dos sinais vitais, sua verificação e anotação devem ser exatas.
TEMPERATURA
arredondado e proeminente. Deve ser lubrifi cado e colocado no paciente em decúbito lateral,
inserido cerca de 3,5 cm, em indivíduo adulto. A verificação da temperatura retal, é contra -
indicada em pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas do reto e períneo, e/ou que
apresentem processos inflama tórios locais. O termômetro deve permanecer cerca de 2
minutos.
Timpânica – A medição pode ser feita por meio do conduto auditivo, utilizando -se um
termômetro com sensor infravermelho. Fornece a temperatura nos tecidos profundos do
corpo (central), sendo, portanto, a mais fidedigna.
Inguinal – Mais utilizada em recém-nascidos. Neste caso, o termômetro é colocado na região
inguinal. Manter a coxa flexionada sobre o abdômen. O termômetro deve permanecer cerca
de 3 a 5 minutos.
TERMINOLOGIA BÁSICA:
Aumento:
PULSO
A B C D E
F G H I
TERMOS UTILIZADOS:
RESPIRAÇÃO
mais ao processo que ocorre a nível celular. Seria mais adequado usar o termo ventilação para o
processo de entrada e saída de ar dos pulmões.
É importante observar características que indicam normalidad e da respiração, como
intervalos regulares entre a inspiração e a expiração, movimento torácico simétrico, ausência de
esforço e ruído.
A freqüência respiratória normalmente é verificada através da inspeção visual, observando -
se as expansões e contraçõ es do tórax, também, pode ser palpadas pelo tato, colocando -se as mãos
sobre o tórax do paciente.
A avaliação da respiração inclui: freqüência respiratória (movimentos respiratórios por minuto
– Irpm), caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e irregular).
A freqüência respiratória normal no adulto oscila entre 16 – 20 incursões respiratórias por
minuto (irpm). Em geral a proporção entre a frequência respiratória e ritmo de pulso é,
aproximadamente, de 1:4. Ex.: R=20irpm, P=80bpm.
TERMINOLOGIA BÁSICA:
Eupnéia: respiração normal
Dispnéia: dificuldade para respirar, “falta de ar”
Taquipnéia: aumento da freqüência respiratória, respiração rápida , acima de 30 irpm..
Bradipnéia: diminuição dos número de movimentos respiratórios, respiração lenta.
Apnéia: Ausência de movimentos respiratórios.
Ortopnéia: Dispnéia em decúbi to, aliviada pela mudança de posição ao sentar ou ao elevar o
tronco, ou seja, o paciente respira melhor em posição vertical.
Hiperpnéia: respirações profundas, rápidas e anormais.
Hiperventilação: respiração excessiva com ou sem presença de dispnéia, comu m em quadros
de ansiedade.
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PRESSÃO ARTERIAL
A pressão ou tensão arterial reflete a pressão que o sangue exerce contra a parede dos
vasos, quando é lançado na corrente sanguínea.
Ao medir a PA, consideramos a pressão máxima, chamada de sistólica, que resulta da
contração do ventrículo esquerdo para ejetar o sangue (débito cardíaco) através da artéria aorta, e a
pressão mínima, chamada de diastólica, é a pressão presente nas artérias na fase de relaxamento e
enchimento do ventrículo esquerdo.
Os valores da pressão arterial não são fixos, podem variar de acordo com o horário e em
diferentes circunstâncias. Também pode -se encontrar valores diferentes de PA, quando for verificada
nos dois braços. A idade e o sex o são fatores que interferem nos valores da PA, mulheres tem PA
menor que homens da mesma idade.
VARIAÇÕES FISIOLÓGICAS
Mudança de posição - a resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de
decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mmHg e uma leve queda ou aumento da
diastólica de 5 a 10 mmHg. Pode ocorre r hipotensão postural (ortostática), que se acompanha de
tontura ou síncope; as três causas mais comuns da hipotensão ortostática: depleção do volume intra -
vascular, mecanismos vaso -constrictores inadequados e efeito autônomo insuficiente sobre a
constrição vascular.
Em um indivíduo adulto, são considerados normais os parâmetros com p ressão sistólica
variando de 90 -140 mmHg e pressão diastólica de 60 -90 mmHg. O limite normal de diferença entre a
pressão sistólica e diastólica é de 30 a 50mmHg.
PAD PAS
Classificação
(mmHg) (mmHg)
< 85 < 130 Normal
85-89 130-139 Normal limítrofe
90-99 140-159 Hipertensão leve (estágio 1)
100-109 160-179 Hipertensão grave (estágio 2)
> 110 > 180 Hipertensão moderada (estágio 3)
< 90 > 140 Hipertensão sistólica isolada
TERMINOLOGIA UTILIZADA:
FINALIDADES:
Auxiliar o diagnóstico e tratamento de doenças;
Acompanhar a evolução da doença.
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PROCEDIMENTO:
Escrever previamente no papel o nome e o número do leito de cada paciente para organizar
as anotações.
Lavar as mãos
Organizar o material:
Bandeja contendo:
Esfigmomanômetro, Estetoscópio, Termômetro, Saco plástico para resíduos , Recipiente com
algodão seco, Recipiente com álcool a 70%, Papel ou bloco de anotações .
Trazer o material para a mesa de cabeceira do paciente.
Preparar o paciente psicologicamente e explicar ao paciente o que vai ser feito.
Lavar novamente as mãos.
TEMPERATURA
Pedúnculo
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Bulbo Corpo
FINALIDADE:
Identificar sinais de febre
Controle de curva térmica
MÉTODO:
Axilar:
Desinfetar o termômetro com o algodão embebido em álcool a 70% , segurand o-o sempre
pela sua base (pedúnculo) e evitando tocá -lo no bulbo, sempre no sentido pedúnculo -bulbo, e
certificar-se que a coluna de mercúrio está abaixo de 35º C.
Enxugar a axila do paciente com um guardanapo de papel ou com a roupa do paciente(a
umidade abaixa a temperatura da pele, não dando a temperatura real do corpo)
Colocar o termômetro com o reservatório de mercúrio bem no côncavo da axila, de maneira
que o bulbo fique em contato direto com a pele.
Pedir ao paciente para comprimir o braço de encontr o ao corpo, colocando a mão no ombro
oposto.
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Inguinal:
O método é o mesmo, variando apenas o local. O termômetro é colocado na região inguinal.
Neste caso manter a coxa flexionada sobre o abdome.
Bucal:
Desinfetar o termômetro com o algodão embebido em álcool a 70% , segurando -o sempre
pela sua base (pedúnculo) e evitando tocá -lo no bulbo, sempre no sentido pedúnculo -bulbo, e
certificar-se que a coluna de mercúrio está abaixo de 35º C.
Colocar o bulbo do termômetro sob a língua do paciente (região sublingual lateralmente),
recomendando ao paciente que feche os lábios firmemente, sem utilizar os dentes, para que
o conserve na posição, mantendo a boca fechada por 3 minutos. Orientar o paciente a
respirar pelo nariz.
Retirar o termômetro, ler a temperatura e anotá -la, escrevendo letra “B” ou a palavra “bucal”
para indicar o local onde foi verificada.
Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70% no sentido do pedúnculo
ao bulbo.
Fazer o mercúrio descer a 35º C ou abaixo.
Lavar o termômetro com água e sabão antes de guardá -lo.
Obs: Certificar-se se o paciente comeu, bebeu, fumou ou mascou chiclete nos últimos 15 minutos,
caso positivo, deve-se aguardar de 25 a 20 minutos par verificar a temperatura.
Retal:
Acessórios extras: vaselina ou óleo, luva de procedimento.
Desinfetar o termômetro com o algodão embebido em álcool a 70% , segurando -o sempre
pela sua base (pedúnculo) e evitando tocá -lo no bulbo, sempre no sentido pedúnculo -bulbo, e
certificar-se que a coluna de mercúrio está abaixo de 35º C.
Calçar as luvas de procedimento
Colocar o paciente em decúbito lateral (posição de Sims)
Lubrificar o termômetro com vaselina ou óleo.
Abrir a prega interglútea e introduzir o termômetro cuidadosamente 2 a 3,5 cm pelo ânus
Retirar o termômetro depois de pelo menos 2 minutos, e ler a temperat ura. Solicitar ao
paciente para permanecer quieto durante este tempo.
Desinfetar o termômetro com algodão embebido em álcool a 70%
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PULSO
FINALIDADE:
Avaliar freqüência e ritmo cardíaco.
Avaliar perfusão arterial.
MÉTODO:
Não usar o polegar para verificar o pulso, pois a própria pulsação do examinador pode ser
confundida com a pulsação do paciente.
Não verificar o pulso com as mãos frias. Aquecer as mãos, se necessário.
Não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isso pode impedir de sentir os batimentos do
pulso.
Não verificar o pulso após exercícios.
Não se deve controlar o pulso no braço onde se fez cateterismo cardíaco ou em presença de
fístula para hemodiálise.
Se possível, verificar o pulso no tempo de 1 minuto, pois podem ocorrer alterações neste
período que não seriam analisados se a verificação fosse feita em 15 ou 30 segundos, por
exemplo. Mas, se é preciso fazer uma verificação rápida, pode -se verificar em 15 ou 30
segundos, multiplicando, respectivamente, em 4 ou 2 vezes.
Pulso Apical:
Expor o osso esterno e o hemitórax esquerdo do paciente.
Localizar quinto espaço intercostal na linha médioclavicular.
Colocar o diafragma do estetoscópio sobre o ápice cardíaco, 5 a 7,5 cm do externo, logo
abaixo do mamilo esquerdo, e auscultar até ouvir as bulhas cardíacas normais B1 e B2.
Contar a freqüência durante 1 min uto.
RESPIRAÇÃO
FINALIDADE:
MÉTODO:
Deitar o paciente e expor o tórax e abdome para avaliação das excursões respiratórias.
Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax ou abdome, sem que o
paciente perceba. Os dois movimentos(inspiração e expiração) somam um movimento
respiratório.
Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação
Contar os movimentos respiratórios durant e 1 minuto, observando também ritmo,
profundidade e sons respiratórios.
Anotar no prontuário e registrar anormalidades.
Obs:
Não permitir que o paciente fale durante a verificação
Não contar a respiração logo após esforços do paciente. O paciente tem que estar em
repouso por pelo menos 5 a 10 minutos.
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PRESSÃO ARTERIAL
ESTETOSCÓPIO
FINALIDADE:
Oferecer dados para auxiliar no esclarecimento de diagnóstico
Reconhecer alterações do sistema circulatório
Acompanhar a evolução do paciente
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MÉTODO
Explicar ao paciente sobre o procedimento a ser executado
Limpar o diafragma e as olivas do estetoscópio. Se o estetoscópio for de uso indi vidual,
dispensar a desinfecção das olivas.
Manter o paciente sentado ou deitado em decúbito
dorsal, com o braço comodamente apoiado, ao
nível do coração, com a palma da mão voltada para
cima. O paciente deve estar calmo e relaxado.
Deixar o braço descoberto, evitando compressão
Proteger a pele do paciente com toalha de papel
para evitar contaminação.
Colocar o manguito 4 cm(2 dedos) acima da prega
do cotovelo,(região cubital) prendendo -o sem
apertar demasiado, nem deixar muito frouxo.
Centrar o inflador do manguito sobre a artéria.
Não deixar as borrachas se cruzarem devido aos
ruídos que produzem
Colocar o marcador de modo que fique bem visível
Localizar com os dedos a artéria braquial, na dobra do cotovelo, ou a
radial, no punho.
Colocar o estetoscópio na orelha (com as olivas auriculares voltadas
para a frente), e o diafragma do estetoscópio sobre a artéria braquial
ou na artéria umeral
Fechar a válvula de ar da pêra e insuflar rapidamente o manguito até o
desaparecimento do pulso radial (pressão sistó lica) ou até que o
ponteiro atinja 200 mmHg ou mais. Deve ser inflado 20 -30 mmHg
acima do ponto de desaparecimento do pulso radial.
Abrir a válvula da pêra vagarosamente
Sentir no pulso radial os primeiros batimentos ou registrar o primeiro som de
Korotkoff(pressão sistólica). Gravar mentalmente esse ponto.
Continuar liberando o ar do manguito e observar o ponto em que o som foi ouvido por último
ou sofreu uma mudança nítida(pressão diastólica). Desaparecimento dos sons de Korotkoff.
Gravar mentalmente esse ponto.
Retirar todo o ar do manguito, removê -lo e deixar o paciente confortável
Anotar os valores
Fundamentos de Enfermagem / Gerusa Lígia D. M. Cruz 112
Obs:
Sendo necessário verificar a P.A. muito seguidamente, o mangu ito pode ficar no braço, sem
compressão.
Em caso de dúvida, ou sendo necessário repetir a verificação, esvaziar completamente o
manguito antes de fazer a nova medida
Deve-se palpar o pulso radial antes de inflar o manguito para detectar a sistólica pelo
desaparecimento do pulso, a fim de evitar leitura errônea motivada pela presença do hiato
auscutatório.
Anotar os valores da pressão sistólica e diastólica. Às vezes é importante anotar a posição do
paciente(sentado ou deitado) e o braço em que foi realizada a medida.
Ter o cuidado de observar se o aparelho está calibrado.
Os equipamentos com mostrador digital não devem ser utilizados, pois é de precisão
duvidosa, o que poderia ocasionar, com maior freqüência, erros na mensuração da P.A.
Não se recomenda verificar a P.A. no braço que foi realizado cateterismo cardíaco, fistula
arterio-venosa ou instalado venóclise, para evitar estase sanguíneo e risco de obstrução da
fístula ou cateteres.
Se o paciente apresenta algum tipo de multilação ou ferimento nos MMSS, impossibilitando a
verificação da P.A, proceder a verificação na coxa. Neste caso, o pulso a ser localizado para
ausculta é o poplíteo.
Método
1. Lavar as mãos;
2. Preparar o material;
3. Promover a limpeza das olivas e diafragma do estetoscópio com álcool a 70%;
4. Explicar ao paciente o que ser feito;
5. Colocar o paciente em posição confortável com os MMII estendidos;
6. Expor o membro inferior do paciente;
7. Colocar o manguito (esfigmomanômetro) 5 cm acim a da prega do joelho, prendendo -o de
modo a não comprimir nem soltar -se;
8. Localizar com os dedos a artéria poplítea na dobra do joelho;
9. Colocar o estetoscópio no ouvido e segurar o diafragma do estetoscópio sobre a artéria,
evitando uma pressão muito forte ;
10. Fechar a válvula da pêra de borracha e insuflar ate o desaparecimento de todos os sons
(cerca de 200 mmHg);
11. Abrir a válvula vagarosamente;
12. Observar o manômetro. O ponto em que ouvir o primeiro batimento e a P.A. sistólica máxima;
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13. Soltar o ar do manguito gradativamente ate ouvir claramente o ultimo batimento lendo o
manômetro (P.A. diastólica mínima);
14. Retirar todo o ar do manguito. Repetir a operação se for necessário;
15. Remover o manguito e deixar o paciente confortável;
16. Promover a limpeza das olivas e do diafragma do estetoscópio com álcool a 70%;
17. Anotar na ficha de controle;
18. Lavar as mãos;
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
FINALIDADES:
Acompanhar o crescimento pondero -estatural
Detectar variações patológicas do equilíbrio entre peso e altura
Avaliar massa corporal, para avaliar ganho/ perda ponderal, e retenção de líquidos; para
auxiliar no cálculo da dosagem do medicamento.
MATERIAL UTILIZADO:
Balança.
Fita métrica, caso a balança utilizada não tenha escala métrica.
Papel toalha.
VERIFICAÇÃO DE PESO
O peso precisa ser verificado e anotado, com a finalidade de controlar qualquer a lteração
ocorrida durante a permanência no hospital, pois, certas doenças ou tratamentos podem provocar
oscilações rápidas e freqüentes de peso, por retenção ou perda de líquidos do organismo. A
informação exata sobre peso também é essencial como um guia n a prescrição de certos
medicamentos.
Método:
Após medidas gerais, estabelecidas no método de trabalho,
anteriormente esplanados:
1. Colocar a balança num piso plano, seco e não escorregadio.
2. Forrar a balança com papel toalha. Para pesar os bebês, usar
fraldas.
3. Regular ou tarar a balança:
o colocar os mostradores em zero;
o lev-antar o pino da trava;
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OBS.:
O peso deve ser verificado, preferencialmente, pela manhã, em jejum, com a bexiga vazia.
Para uma medição exata, é necessário pesar a roupa do paciente à parte e descontar o valor
equivalente do valor encontrado do peso total.
Peso ideal: nº em centímetros que excede o metro de altura do paciente. Ex: altura = 1,60 m
Homem – 60 Kg Mulher – peso ideal – 5% =57Kg
Peso máximo normal : Homem: peso ideal + 10% = 60 Kg + 6Kg = 66Kg
Mulher: peso ideal + 10% = 57Kg + 5,7Kg = 62,7Kg
Ou seja, para um homem de 1,60 m de altura o peso normal está entre 60 e 66 Kg e para a
mulher na mesma altura, o peso normal vai de 57 a 62,7Kg.
Variações do Peso: Magro(abaixo do peso ideal), obeso (acima do peso ideal), caquético(muito
abaixo do peso ideal).
VERIFICAÇÃO DA ESTATURA