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Reunião Clínica

Caso 1

Feminino, 64 anos

# DM2

#Tabagista

Paciente apresentou IAMCSST no dia 06/04, sendo submetida a trombólise


química com critérios de reperfusão, sendo encaminhada para estratificação
invasiva no dia 10/04/2018.

Exame físico:

PA 90/60 FC 110

ACV: BNF, sopro sistólico em bordo esternal esquerdo

AR: MV+, sem RA

CAT 10/04/2018

ADA: Terço médio do sulco intraventricular posterior com calcificação e lesão


de 30% no 1/3 médio.

ACX: Terço distal do sulco AV esquerdo com lesão localizada e única de 30%
no 1/3 proximal.

ACD: Dominante, irriga parte da parede posterior do VE com lesão segmentar


de 50% no 1/3 médio.

ADP(Ramo CD): sem lesões

VE: hipocinesia inferior +3/+4

Observa-se preenchimento do VD e tronco da artéria pulmonar na fase tardia


da ventriculografia esquerda sugestiva de comunicação interventricular (CIV).

Ecocardiograma 10/04/2018

Aneurisma basal de parede inferior e ínfero septal, com ruptura ventricular e


comunicação interventricular. FE 58%.
Após 4 dias deu entrada no PS Santa Casa de Misericórdia de Marília por
choque cardiogêncio e suspeita de CIV (comunicação intraventricular).

Paciente foi levada a cirurgia em 10/04/2018, em choque cardiogênico.


Realizada indução anestésica em decúbito elevado devido intenso desconforto
respiratório.

Indução anestésica realizada com etomidato, midazolan, fentanil e


succinilcolina.

Realizado IOT em sequência rápida com cânula 7,0 com cabeceira elevada,
sem intercorrência, após mantida em decúbito dorsal.

Realizada punção de pressão arterial invasiva em MSE. Paciente já com


acesso central em subclávia a esquerda. Puncionado acesso periférico
calibroso (Abocath 18) em MSD.

Manutenção da anestesia com Remifentanil em BI e sevoflurano.

Bloqueio neuromuscular com cisatracurio. Manutenção com propofol durante


CEC.

Iniciado droga vasoativa Dobutamina 5mcg/kg/min

Em standby Nipridi e Nora

Paciente evoluiu com fibrilação ventricular na entrada da CEC, estimulado


miocárdio saindo da CEC.

Realizada correção cirúrgica de lesão, ventriculoplastia com Patch bovino no


septo e parede posterior.

Na retirada da CEC houve ruptura da lesão prévia por 2 vezes, retornando a


CEC por 2 vezes.

CEC: 255

Anóxia: 186

Diurese: 700ml

No intraoperatório reposição volêmica CH 707ml, Plasma 607, Plaquetas 917.

Nora 1,83mcg/kg/min

Dobuta 20 mcg/kg/min

BH (+): 4115ml
BS (+): 1019ml

K 3,1 – 4,7, Na 143 – 147, Hb 8,2-6,9, Ht 24,5-20,6

Pós op:

PAM 72mmHg, FC 80, PVC 23

ACV: RCR, 2T com sopro sistólico 2+ audível em todos os focos e atrito


pericárdico.

SC: sem estase jugular.

AR: MV presente, diminuído em base a direita, sem RA

Ao término da cirurgia paciente hemodinamicamente instável, em uso de dose


máxima de droga vasoativa, balão intraaórtico e marcapasso provisório.

Paciente evoluiu com necessidade de uso de dose máxima de Nora, Dobuta,


instável hemodinamicamente, em acidose metabólica evoluindo a óbito 36 h
após a cirurgia.

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