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Relação das organizações com clientes internos e externos no que concerne a vendas;
distinção entre vendas e marketing; tipos de vendedores e o novo papel de vendas; processo,
técnicas e fases de vendas; força de vendas e as
especificidades da gestão de recursos
humanos.
PROPÓSITO
Apresentar a gestão de vendas e os elementos que a compõem: processos e planejamento,
gestão dos recursos humanos e da força de vendas e o uso correto das técnicas indicadas.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Com a globalização e a crescente integração de mercados, a produção de bens apresenta
características que a distinguem da produção em seus moldes antigos ‒ quando a empresa
tinha uma sede definida e uma unidade produtiva vinculada
a essa sede.
Pelo fato de a área de vendas reunir um conjunto de complexas decisões, faz-se necessário
entender o sistema de vendas de uma empresa por meio da visão sistêmica das funções
básicas da administração, a saber: planejamento,
organização, direção por meio de metas e
estratégias e controle.
Os objetivos da empresa são, normalmente, formulados a partir de sua própria missão e são
influenciados pelo meio ambiente. A avaliação das ameaças externas à empresa permite
estabelecer os objetivos mercadológicos e de vendas.
MÓDULO 1
O PROCESSO DE VENDAS
O processo de vendas é a sequência de etapas em que os vendedores realizam a venda. Essa
sequência foi originalmente proposta na década de 1980 e pode ser aplicada a diferentes
setores, em diferentes cenários. Sete passos são,
geralmente, reconhecidos como formadores
do processo de vendas. São eles:
1. Prospecção
POSSUI NECESSIDADE.
POSSUI HABILIDADE.
POSSUI AUTORIDADE.
Por exemplo, para prospecção de clientes, podem ser utilizados clientes satisfeitos, clientes
visitados, contatos e redes de relacionamento que poderiam indicar possíveis novos
consumidores, além de atividades
de promoções de venda para atingir novos nomes,
anteriormente não explorados.
2. Pré-abordagem
Informações são coletadas a respeito do cliente a ser abordado para que o vendedor se
prepare para a visita. A informação é usada para qualificar o cliente em potencial e, também,
para desenvolver a abordagem e a apresentação
ao cliente. Esse estágio, geralmente, termina
com a marcação de uma visita ao cliente.
Para a pré-abordagem, uma quantidade grande de informações pode ser buscada pelos
vendedores a respeito do cliente potencial, fazendo a diferenciação de clientes industriais ou
corporativos de clientes finais.
Para clientes corporativos
3. Abordagem
Este passo está relacionado aos primeiros minutos de uma visita de venda.
O objetivo do vendedor é garantir uma boa impressão inicial, além de despertar a atenção e o
interesse do cliente.
4. Apresentação de vendas
Durante as apresentações de vendas, ou seja, na hora do cara a cara com o cliente, algumas
abordagens que os vendedores podem desenvolver no momento da venda são:
ESTÍMULO-RESPOSTA
ABORDAGEM MENTAL
ATENDIMENTO DE NECESSIDADE
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
ESTÍMULO-RESPOSTA
Os vendedores são treinados a dar respostas conforme as reações dos clientes. Se, por um
lado, isso é bom porque padroniza a apresentação de vendas, por outro, é ruim, porque não
permite a flexibilidade e a criatividade
necessária ao processo de vendas.
ABORDAGEM MENTAL
Considera que o consumidor passa por essas etapas e, dessa forma, a apresentação de
vendas deve segui-las no seu desenvolvimento. Ou seja, primeiro deve-se despertar a atenção
do cliente, depois, desenvolver o interesse
no cliente, depois, o desejo e, finalmente, a ação de
compra.
ATENDIMENTO DE NECESSIDADE
Deve-se buscar quais são as necessidades não atendidas dos clientes e oferecer o produto da
empresa que atenda a essas necessidades.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
Busca dar uma solução mais completa para o cliente. O objetivo passa a ser gerar
relacionamentos de longo prazo, que, possivelmente, serão muito mais lucrativos do que uma
abordagem imediatista.
Uma apresentação de vendas padronizada, provavelmente, não será mais eficaz ‒ e talvez,
seja muito menos eficiente, por se tratar de um método custoso ‒ do que o envio de mala direta
ou o uso de telemarketing.
O vendedor procura lidar com as objeções, ou seja, recusas, e superar as resistências para
comprar o produto oferecido por meio das respostas a objeções e da ênfase nos benefícios
para promover a decisão de compra.
EXEMPLO
Para lidar com objeções a respeito de formas diferentes de pagamento, é possível conceder
destaque aos atributos do produto.
6. Fechamento
Para o fechamento de vendas, sugerem-se diversas técnicas, como tomar a frente e solicitar o
fechamento da venda, oferecer itens adicionais, considerando que o principal já foi comprado.
Os vendedores iniciam as decisões dos compradores por meio de métodos desenhados para
solicitar pedidos. Da forma mais apropriada e eficaz, os clientes são solicitados a comprar a
oferta.
7. Atendimento pós-venda
INSTALAÇÃO OU TREINAMENTO.
Dentro de cada uma dessas etapas, existe uma grande quantidade de técnicas e ferramentas
para tornar o processo de vendas mais eficiente.
PRÉ-VENDA
Prospecção de mercado
O acompanhamento da proposta
A emissão do pedido
PROSPECÇÃO DE MERCADO
Para entrar em contato com um possível cliente, alguns cuidados devem ser estabelecidos, tais
quais:
Não aparecer “de surpresa” para uma apresentação em uma empresa, sem ter tido
nenhum contato anterior.
Não fazer pressão para ser atendido devido ao fato de conhecer alguém importante.
Não ser insistente demais, persistindo em conseguir uma visita quando o possível cliente,
chamado também de prospect, já não demonstrou interesse.
A análise de potencialidade do cliente envolve algumas etapas, a saber: listar os clientes que
foram levantados na fase de prospecção; avaliar o potencial de cada um deles; efetuar a
classificação; definir quais são os clientes
mais interessantes para a empresa; e decidir o que
vai ser oferecido ao cliente.
Foto: Shutterstock.com
Cuidados:
Documentar a proposta
Foto: Shutterstock.com
Cuidados:
Ser pontual
Vestir-se adequadamente.
Apresentar tanto você como a empresa e o propósito da visita de forma clara e objetiva.
Ouvir o cliente; utilizar recursos audiovisuais como folders, cartilhas, encartes, catálogos
e notebook.
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ACOMPANHAMENTO DA PROPOSTA
Cuidados:
Verificar se há dúvidas.
A atenção à expressão do cliente pode induzir ao vendedor mudar de tática. Nem sempre os
vendedores se preparam de maneira adequada para fazer uma proposta. Muitas vezes,
acabam sendo surpreendidos por questões para as quais
não estão preparados.
O momento de fechamento de uma venda é visto por alguns vendedores como sendo de
extremo sacrifício e desgaste. Entretanto, pode ser o contrário, caso a negociação seja
conduzida com clareza e envolvimento entre as partes.
VENDA
PÓS-VENDA
O pós-venda está interligado com as proposições que o marketing aborda, já que se trata de
uma estratégia do marketing, adotada no momento imediatamente subsequente à venda,
sendo uma ferramenta de estímulo para fidelizar clientes.
Para cada cliente atendido, há diversas informações que podem ser passadas à empresa, no
sentido de gerar inteligência de negócios. O vendedor gera informações por meio desses
contatos com clientes, que são muito valiosos para
a tomada de decisão em marketing.
A Tetra Pak, líder no setor de embalagens, por exemplo, destaca-se pela quantidade de
treinamentos técnicos fornecidos à sua equipe de vendas para a adequação da maquinaria
usada para embalar as bebidas dos clientes industriais.
A pré-venda, ou o momento anterior à realização da venda, leva cerca de 50% do tempo com
um cliente, já que se investe muito tempo na realização de um projeto de investimento e
conquista do cliente para implementá-lo. Por se
tratar de uma compra industrial de alto
envolvimento, a Tetra Pak procura estar sempre presente e apoiar o cliente na viabilização do
investimento feito.
TÉCNICAS E FASES DA VENDA
De acordo com Oliveira (2008), não existe uma fórmula única e mágica para vender bem. O
que existe é planejamento, técnicas e estratégias que fazem o profissional de vendas se sentir
mais motivado e confiante para realizar
a sua atribuição.
A ATENÇÃO
Envolve o vendedor perceber que o cliente possui um interesse por um determinado produto. O
vendedor tem a responsabilidade de iniciar o relacionamento, sair da inércia inicial. Nesta fase,
o vendedor procura
conquistar a confiança do cliente.
O INTERESSE
2
3
AS NECESSIDADES
Busca-se identificar o que o cliente busca satisfazer, quais carências podem ser percebidas.
O DESEJO
O vendedor deve mostrar como o seu produto irá satisfazer o desejo do cliente e quais as
vantagens dele em relação aos produtos concorrentes.
A AÇÃO
Envolve não só evitar que o cliente desista da compra ou venha a devolver o produto, mas
também que ele seja um cliente fiel e constante da empresa.
O PLANEJAMENTO DE VENDAS
O objetivo desta fase é conseguir entender de forma ampla e estratégica a função de vendas e
determinar suas direções gerais. Busca-se evitar erros comuns da área de vendas,
extremamente voltada na maioria das vezes para problemas
imediatos e de extrema
importância na empresa, mas que, a médio e longo prazo, podem trazer ineficiência pela falta
de uma visão mais ampla.
Vendas podem ser entendidas como parte das atividades de marketing, de modo mais amplo e,
talvez, por ser uma das partes mais visíveis do marketing, as vendas, assim como a
propaganda, são comumente confundidas com o significado
de marketing. Vendas e
propaganda fazem parte do que é conhecido como marketing, que, na verdade, inclui diversas
outras atividades.
Marketing foi definido por Kotler (2007), como um processo social e de gestão pelo qual
indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e troca de
produtos e valores uns com os outros, sejam
pessoas ou empresas ou quaisquer instituições.
Trata-se, portanto, de um processo que visa a satisfazer às necessidades das partes por meio
de um processo de trocas. Uma pessoa compra uma roupa porque necessita dela e o
vendedor necessita do recurso financeiro para viabilizar
seu negócio, para citar um processo
de troca simples, isto é, produto por dinheiro.
A American Marketing Association (AMA) traz uma definição gerencial para marketing, na qual
se enfatiza a configuração do composto de produto, que seria o ato de formatar o objeto ‒ o
produto, a embalagem, a marca, os serviços
oferecidos. Trata ainda a precificação de modo a
destacar a valoração, o estabelecimento de termos de troca para o objeto, como os níveis de
preço e a política de descontos, por exemplo.
O PRODUTO
O PREÇO
A COMUNICAÇÃO
A DISTRIBUIÇÃO
Ou seja, vendas pessoais são uma das formas de a empresa levar sua mensagem aos grupos
de consumidores que ela quer atender.
Eles são agentes responsáveis por levar os produtos dos fabricantes aos clientes, tornando-os
disponíveis.
Se o leitor pensar na Avon, suas mais de 800 mil vendedoras são agentes de entrega dos
produtos, nessa taxonomia.
Foto: Adao/Shutterstock.com
Segundo Czinkota (2001), venda pessoal é a comunicação verbal direta concebida para
explicar como bens, serviços ou ideias de uma pessoa ou empresa servem às necessidades de
um ou mais clientes potenciais.
Cliente potencial, nesse caso, seria aquele que tem a necessidade e o desejo de comprar o
produto, possui as características requeridas para tanto e dispõe dos meios para efetivar a
aquisição, como tempo e dinheiro.
Venda pessoal pode ser compreendida também como o lado acentuado do marketing, uma vez
que seria quando os representantes da empresa ficam frente a frente com os compradores em
potencial. A força de vendas funciona como um
elo entre a empresa e os clientes.
O vendedor é a empresa na visão de muitos de seus clientes, pois as imagens são fortemente
associadas. A verdadeira diferença está relacionada com o papel que a força de vendas pode
ter em uma empresa. Ela pode ser um canal
de comunicação ou distribuição, ou ambos, como
na maioria das vezes.
Deve-se notar, no entanto, que mercados industriais compostos por outras empresas ou
instituições são caracterizados por um número menor de compradores e, geralmente, estão
concentrados geograficamente, se comparados a empresas
que vendem a consumidores
finais.
A maior concentração de compradores torna mais viável e eficaz o uso de vendedores para a
realização de vendas, em comparação às vendas por telefone ou mesmo pela internet.
As empresas possuem também processos de compra mais complexos que demandam uma
pessoa que auxilie com informações.
Foto: Shutterstock.com
Além disso, a necessidade de aumentar a fidelização de clientes valiosos tem feito com que
estratégias de vendas pessoais sejam utilizadas em conjunto com programas de
relacionamentos com clientes e automação de vendas, como
os programas de Customer
Relationship Management – CRM, ou Gestão de Relacionamento com o Cliente. Fica assim
explícita a relevância do tema administração de vendas.
Finalmente, uma vez considerada força de vendas uma variável do composto de marketing, é
fundamental que a força de vendas esteja totalmente integrada com os outros elementos do
marketing mix, a saber: produto, preço, comunicação
e distribuição, para produzir o maior
impacto possível.
Sabe-se que compradores desempenham diversas atividades para realizar uma compra. De
fato, não é simplesmente o preço pago pela compra que representa o valor entregue para
aquisição de determinado produto ou serviço. Existe
o desgaste psicológico e físico, o
investimento de tempo, entre outros aspectos.
Entender quais são as atividades realizadas pelos consumidores e como elas variam,
dependendo de ocasiões e do tipo de consumidor, pode dar a dimensão mais precisa do papel
que se espera do vendedor.
Cada empresa pode refletir sobre o papel de um vendedor no tipo de venda que ela pratica.
Uma vez compreendido esse papel, o presente tópico busca uma integração maior entre os
esforços de vendas e marketing.
Isso se dá por meio da coordenação dos esforços dos vendedores com outras iniciativas de
marketing nas áreas de comunicações, canais de distribuição, concepção de produtos e
precificação.
Acredita-se que a tarefa de redução de custos para o cliente (ou de facilitador e promotor da
venda) será muito mais eficiente e eficazmente realizada se a empresa como um todo produzir
estímulos coordenados e coerentes para
realização da venda. Ações como aumentar
conveniência, expandir serviços, melhorar atributos de produtos reduzem custos de transação
para os clientes.
TIPOS DE VENDEDORES E O NOVO PAPEL
DE VENDAS
Em geral, as pessoas têm imagem não muito favorável a respeito do trabalho de um vendedor.
Talvez, isso ocorra porque a maioria das pessoas construa a imagem a respeito dessa
profissão a partir de vendas porta a porta, quando
um vendedor tenta desesperadamente
convencer um cliente potencial a comprar algo em que ele de fato não está interessado.
São fundamentais, ainda, para o sucesso das vendas, diversas habilidades interpessoais,
como aspectos ligados à aptidão para trabalho em grupo, relacionamento com outras áreas e
relacionamento com clientes.
Diversas são as classificações a respeito dos tipos de vendedores. Churchill et al. (2000) fazem
a classificação entre vendedores de varejo ou vendedores industriais.
Vendedores de varejo atendem usuários finais de produtos, como vendas porta a porta ou
vendas em lojas varejistas. Já vendedores industriais podem ser vendedores que vendem para
revendedores, vendedores que vendem para outras
indústrias que vão utilizar o produto e, por
fim, podem vender para instituições diversas, como órgãos públicos.
MISSIONÁRIOS
A função do missionário, geralmente, não é gerar vendas diretas, coletando pedidos, por
exemplo. Geralmente, ele trabalha com influenciadores do processo de compra. Exemplos
clássicos são os vendedores de indústrias
farmacêuticas, que trabalham distribuindo produtos
e levando informações a médicos ou ainda vendedores que atuam sobre canais de distribuição,
como um vendedor de uma indústria de bebidas que visita um restaurante
buscando motivá-lo
a realizar compras no distribuidor local.
VENDA TÉCNICA
Gera vendas por meio do suporte e orientação técnica para seus clientes. É o vendedor muitas
vezes denominado consultor técnico. Como exemplos, as vendas de celulares, de
equipamentos para aquecimento solar em residências,
entre outros.
1
ENTREGADOR
Sua principal tarefa é a entrega. Entregadores de produtos como jornais, pão e leite, por
exemplo, seriam vendedores nesta definição.
REPRESENTANTE DE CONTA
Sua principal função é a captação de pedidos. No Brasil, empresas do setor de alimentos usam
essa estrutura em que o objetivo maior é o de visitar o maior número de clientes possível e
captar os pedidos,
com baixas atividades de vendas propriamente ditas.
MISSIONÁRIO OU PROPAGANDISTA
VENDEDOR DE SOLUÇÕES
Este tipo de vendedor não está relacionado a uma empresa ou linha de produtos específica;
ele se concentra em algumas necessidades dos clientes e trabalha vendendo a melhor solução
para saná-las. Consultores
agrícolas ou profissionais de informática podem ser classificados
como vendedores de soluções.
VENDEDOR DE INTANGÍVEIS
São os vendedores que comercializam serviços como seguros, viagens e cursos. Pelas
características intangíveis dos serviços, essa venda é entendida como extremamente difícil. A
intangibilidade remete ao
fato de um serviço não poder ser estocado. Um serviço é produzido e
consumido simultaneamente, tendo sua existência diretamente correlacionada à produção,
com menos evidências físicas.
ORIENTAÇÃO TÉCNICA
SERVIÇOS
RELACIONAMENTO SOCIAL
ORIENTAÇÃO TÉCNICA
SERVIÇOS
RELACIONAMENTO SOCIAL
Temos, ainda, a expressão “vendas consultivas”, que deve significar essa indicação. O
vendedor, mais do que nunca, deve ter foco em resolver os problemas dos seus clientes e
trazer soluções. Aqui, temos a questão do foco no
problema do consumidor e nas soluções que
podem ser oferecidas pelo vendedor para satisfazer às necessidades do cliente.
Os métodos de vendas devem ser muito mais baseados em métodos soft, leves e simples, do
que hard, complexos e pesados.
Métodos hard são aqueles em que o vendedor tentará vender sem levar em consideração a
real necessidade do cliente. Em outras palavras, o produto será vendido mesmo se o cliente
não estiver certo de que precisa dele.
Essa é uma orientação de curto prazo, porque, após a
venda ser feita, o cliente, certamente, se dará conta de que não precisava daquele produto ou
daquela quantidade e se sentirá enganado.
Acumular um grande número de clientes de forma excessiva para atingir volumes de venda é
um caso clássico de orientação de curto prazo, provavelmente, estimulada por programas de
remuneração baseados em volume.
Métodos soft são aqueles em que os vendedores estão preocupados com a resolução dos
problemas dos clientes e, consequentemente, constroem relacionamentos baseados em
confiança e em um bom nível de serviços.
No entanto, essas são algumas mudanças no nível da atuação do vendedor. Diversas outras
mudanças decorrentes dessas tendências ocorrem na organização de vendas para suportar
uma nova abordagem. Ou seja, o vendedor pode ser
entendido como a parte visível de um
conjunto de decisões e práticas administrativas que caracterizam a administração de vendas
em um nível estratégico.
Isso inclui sistemas de remuneração mais refinados, com o uso de mais variáveis, por exemplo;
melhor definição de administração de clientes, sobretudo clientes especiais; administração de
informações e o uso da tecnologia;
e assim por diante.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) I, apenas
B) II e III, apenas
C) III, apenas
D) I e II, apenas
E) I e III, apenas
A) Dentro de cada uma das etapas de vendas, existe uma quantidade limitada de técnicas e
ferramentas e elas são insuficientes para tornar o processo de vendas mais eficaz.
D) A apresentação de vendas não tem como objetivo aumentar o desejo do cliente em relação
ao produto.
GABARITO
MÓDULO 2
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
TREINAMENTO
MOTIVAÇÃO
REMUNERAÇÃO
Maior detalhamento sobre essas atividades pode ser encontrado na vasta literatura existente
sobre recursos humanos.
O recrutamento e a seleção são atividades relevantes para formação de uma equipe eficiente e
competente, pois nunca se deve esquecer que os vendedores representam, para os clientes, a
porta de entrada da empresa.
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE
VENDEDORES
De acordo com Almeida (2008), geralmente, o processo de recrutamento é iniciado pelo
departamento de recursos humanos, que utiliza os meios usuais de cada área para divulgação,
como revistas, jornais, eventos etc., ou contrata
o serviço de empresas de headhunters.
Existe, ainda, um preconceito em muitos setores com relação às vendas como profissão, o que
pode levar à perda de talentos. Nessa etapa, deve-se dar ênfase aos benefícios oferecidos
pelo cargo, como a remuneração, as possibilidades
de ascensão profissional e
desenvolvimento pessoal.
Almeida (2008), enfatiza que a grande dificuldade é estabelecer o perfil certo a ser
selecionado, o que, normalmente, deve envolver pesquisas junto a clientes para identificar
suas preferências. Vendedores de sucesso, de modo
geral, estão dispostos a assumir riscos,
possuem uma ideia clara de sua missão, estão voltados para a busca de soluções, colocam-se
no lugar do cliente e planejam suas visitas com detalhes.
Para a formação do perfil do vendedor almejado, Castro e Neves (2006), mostram que há a
necessidade de definição das variáveis que deverão ser utilizadas no processo e, a partir disso,
os esforços de recrutamento deverão ser
feitos para conseguir um número adequado de
candidatos com o perfil aproximado ao ideal.
Ainda segundo Castro e Neves (2006), podem ser colocados seis grupos de variáveis que,
normalmente, podem ser levantados a respeito de um candidato a um cargo em vendas:
Aptidões
Habilidades
Personalidade
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TREINAMENTO DE VENDEDORES
Este trabalho, geralmente, é desenvolvido pelo administrador de vendas que, com base no
planejamento estabelecido, treina os vendedores antes que eles tenham qualquer contato com
clientes.
Segundo Almeida (2008), o objetivo é fazer com que os vendedores entendam a cultura e a
missão da empresa, seu papel e responsabilidades e que estejam amplamente preparados
para responder às perguntas de seus clientes, entenderem
e definirem o objetivo de cada
visita, apresentarem soluções frente às necessidades e desejos de seus clientes, saberem
apresentar suas vantagens em relação à concorrência, além de estarem equipados e aptos a
trabalhar
com todo o material de apoio que possam precisar, como tabelas, folhetos, blocos de
nota, notas fiscais, amostras, e o que mais for necessário.
Para Castro e Neves (2012), treinamentos em vendas são feitos com relação a características:
DE PRODUTOS
DOS CLIENTES
DA PRÓPRIA EMPRESA
Quanto maior for a especificidade dos produtos da empresa, maior será a necessidade de
treinamento sobre eles. Da mesma forma, quanto maior a peculiaridade com relação à
empresa e consumidores, maior será a necessidade de períodos
mais longos e mais intensos
de treinamento e aprendizado pelos vendedores das especificidades envolvidas.
O treinamento, como podemos perceber nesta consideração inicial, é de muita validade, tanto
para a empresa, como para o próprio vendedor.
Para a empresa, além de otimizar os investimentos, permite a formação de uma equipe mais
coesa, que desenvolva seu trabalho de acordo com as orientações recebidas pela
administração e que a prática tenha demonstrado ser eficiente.
O treinamento aplicado de
maneira correta aumenta os lucros e o faturamento e diminui a rotatividade.
Além de representar para os vendedores um importante fator motivacional, pois sabe-se que,
recebendo orientação adequada, conseguem melhores resultados, tanto no desempenho do
trabalho, quanto no rendimento.
Apesar de todas essas vantagens, tanto para a empresa, como para os vendedores, o
treinamento de vendas no Brasil não é utilizado de forma adequada. Isso ocorre por várias
razões.
Segundo Las Casas (2006), algumas empresas encaram a treinagem apenas como uma
despesa, procurando evitá-la de qualquer maneira. Esses administradores não acreditam que o
treinamento vá melhorar o desempenho dos seus representantes
e, por isso, preferem que eles
aprendam em campo por conta própria, no exercício de suas atividades. O inconveniente disso
é que a imagem da empresa pode ser prejudicada por práticas indevidas desses
representantes.
RESPOSTA
RESPOSTA
A razão disso é que muitos vendedores acreditam que, para vender, não é necessário
treinamento, pois o vendedor já nasce feito.
As pequenas e médias empresas, segundo Las Casas (2006), têm maior dificuldade para
implantar o treinamento de forma intensiva. Nesses casos, às vezes, há tendência para
contratação de funcionários experientes, treinados pela
concorrência, mesmo que isso exija o
pagamento de salários mais altos.
Vamos analisar, baseado na literatura de Las Casas (2006), esses passos para a elaboração
de um programa efetivo de treinamento.
É necessário tomar conhecimento das reais necessidades dos treinamentos. Para tanto,
podem ser realizadas entrevistas junto aos vendedores e aos supervisores para identificação
dos pontos fracos que orientarão e direcionarão
os tópicos a serem enfatizados no programa.
Certas informações, porém, não partem de consultas aos vendedores, mas são transmitidas
independentemente de entrevistas iniciais. São as diretrizes, políticas, normas ou outra
informação que devem ser passadas e seguidas pelos
funcionários.
Aumentar as vendas.
Aumentar a lucratividade.
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Treinamento inicial
O treinamento inicial tem como objetivo principal fazer com que os vendedores novos se
familiarizem com a empresa e seus produtos comercializados. Um treinamento inicial deve
conter informações sobre:
Histórico da empresa
Benefícios oferecidos
Organograma da empresa
Políticas de vendas
Técnicas de vendas
Produtos
Mercados
Empresas
Território de vendas
Treinamento de reciclagem
Os períodos de duração dos treinamentos de reciclagem são, geralmente, mais curtos que os
treinamentos para vendedores novos.
É fortemente indicado que os treinamentos de reciclagem sejam contínuos, com previsão das
épocas em que serão realizados.
Deve-se direcionar os esforços da força de vendas para o alcance dos objetivos da empresa
como um todo.
De acordo com alguns trabalhos, os aspectos a serem recompensados devem ser fáceis de
serem compreen¬didos, para que o vendedor entenda facilmente o que de fato está
relacionado com o seu bom desempenho.
Segundo Almeida (2008), inicialmente, é necessária uma previsão de vendas para os clientes
atuais e uma estimativa de potencial para os clientes a serem prospectados.
GRUPO A
GRUPO B
GRUPO C
Clientes menores que geralmente não apresentam potencial para justificar a visita de um
vendedor e que devem ser atendidos por outros meios de menor custo, como o telemarketing,
Internet, catálogos, fax, e-mail etc.
A seguir, é apresentada uma síntese de alguns métodos para essa decisão. As organizações
devem avaliar qual é o mais adequado levando em consideração os custos envolvidos e o nível
de precisão exigido na resposta do tamanho
ideal de equipe. Esses métodos são (NEVES,
2004):
MÉTODO INCREMENTAL
O seu princípio é que vendedores devem ser adicionados desde que a receita marginal gerada
seja maior que o custo marginal, gerando lucros.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) I, apenas
B) II e III, apenas
C) III, apenas
D) I e II, apenas
E) I e III, apenas
2. CONSIDERANDO AS ALTERNATIVAS ABAIXO, QUAL DELAS NÃO É VERDADEIRA?
E) Vendedores de sucesso, de modo geral, estão dispostos a assumir riscos, possuem uma
ideia clara de sua missão, estão voltados para a busca de soluções e desenvolvem empatia
com os clientes.
GABARITO
I. Os conceitos de recursos humanos em vendas não têm qualquer relação com adquirir,
desenvolver e manter talentos de vendas na empresa de forma motivada, dizendo
respeito somente aos seus treinamentos.
Os conceitos de recursos humanos em vendas têm relação com adquirir, desenvolver e manter
talentos de vendas na empresa de forma motivada. Esses envolvem recrutamento e seleção,
treinamento, motivação e remuneração. Maior detalhamento sobre essas atividades pode ser
encontrado na vasta literatura existente sobre recursos humanos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados de uma empresa estão ligados à gestão das variáveis controláveis em
marketing, que são produtos, incluindo os serviços agregados, as marcas e as embalagens; as
comunicações, como propaganda, promoção de vendas,
relações públicas e vendas diretas; a
precificação; e o trabalho com canais de distribuição. Vendas é algo que fica esquecido nessas
formulações.
O assunto força de vendas, normalmente, não tem um apelo condizente com sua importância
na atividade de marketing das empresas. Talvez pelo fato de as pessoas não desenvolverem
empatia com os vendedores. Associam a esses os
estereótipos de um vendedor de
automóveis usados, para caracterizar o oportunismo nas transações de marketing.
São poucos os autores que consideram força de vendas como uma das variáveis controláveis
do marketing. São mais valorizados a nobreza de um processo de lançamento de novos
produtos, o desafio de estabelecer uma marca de sucesso,
a atratividade ou praticidade de
uma embalagem, uma política de preços ou um sistema de distribuição imbatível.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, A. R. M. Administração mercadológica. Tocantins: UNIRG, 2008.
CASTRO, L. T.; NEVES, M. F. Administração de vendas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
CHAFFEY, D. Gestão de e-Business e e-Commerce. 5. ed. São Paulo: GEN Atlas, 2013.
CHURCHILL, A. G.; FORD, N. M.; WALKER, O. C.; JOHNSTON, M. W.; TANNER, J. F. Sales
force management. 6. ed. Boston: Irwin McGraw-Hill, 2000. 727 p.
CZINKOTA, M. R. (Org.) Marketing: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2001. 557p.
OLIVEIRA, J. C. V. de. Formação de equipes de vendas. Série Saiba Mais. SEBRAE, 2008.
WEITZ, B. A.; CASTLEBERRY, S. B.; TANNER, J. E. Selling: building partnerships. New York:
McGraw Hill, 2004. 627 p.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos abordados neste conteúdo:
A história da ascensão do McDonald's. Após receber uma demanda sem precedentes e notar
uma movimentação de consumidores fora do normal, o vendedor de Illinois Ray Kroc adquire
uma participação nos negócios da lanchonete dos
irmãos Richard e Maurice McDonald no sul
da Califórnia e, pouco a pouco, eliminando os dois da rede, transforma a marca em um
gigantesco império alimentício e imobiliário.
Jobs (2013)
Em 1976, Steve Jobs abandonou a faculdade e junto com seu amigo, o gênio da tecnologia
Steve Wozniak, iniciou uma revolução nos computadores com a invenção do Apple 1, o
primeiro computador pessoal. Construído na garagem dos
pais de Jobs, o Apple 1 e a
formação da empresa Apple mudaram o mundo para sempre. Steve Jobs não se incomodava
em passar por cima dos outros para atingir suas metas, o que fez com que tivesse dificuldades
em manter relações
amorosas e de amizade. É possível perceber, também, toda a técnica de
Jobs para apresentar e vender produtos e ideias.
Jordan Belfort é um ambicioso corretor da bolsa de valores que cria um verdadeiro império,
enriquecendo de forma rápida, porém ilegal. Ele e seus amigos mergulham em um mundo de
excessos, mas seus métodos ilícitos despertam
a atenção da polícia.
CONTEUDISTA
Ronaldo de Souza Leite Chataignier
CURRÍCULO LATTES