Resumo 2
Introdução 2
Professor eficaz 8
Conclusão 20
Referências Bibliográficas 21
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Resumo
Introdução
A crescente preocupação com a educação inclusiva constitui, nos dias de hoje um facto
urgente no seio das sociedades e dos sistemas educativos da generalidade dos países,
principalmente depois da realização, no ano de 1994, em Salamanca, da Conferência
Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais. Com este ideal, intensamente
divulgado, questionado e debatido, nos finais do século XX, pretende-se,
essencialmente, que em todos os estabelecimentos de ensino e nas salas de aula -
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enquanto espaços educativos - sejam criados, gerados e geridos, recursos, condições
práticas e estratégias parecíeis de dar uma resposta adequada a todos os alunos, com
especial atenção aos alunos com Necessidades Educativas Especiais.
A utilização das TIC adequa-se na visão atual da Escola, elas possibilitam a organização
e planificação das atividades, podendo também constituir-se como um importante
recurso as aprendizagens e sucesso escolar dos alunos. Para que tal aconteça, considera-
se perentório que os professores como membros de uma sociedade cada vez mais
competitiva e em constante mutação se adaptem. A Adaptação que passa
necessariamente pela alteração do seu perfil profissional e das suas atitudes e pela
atualização de conhecimentos. A formação desempenha aqui um papel crucial ao
permitir a obtenção de conhecimentos para posterior utilização das TIC.
As novas tecnologias permitem a chegada à escola, uma nova ferramenta onde a
aprendizagem acontece pela construção e descoberta e onde a sala de aula se pode
transformar num espaço apropriado a um ensino e aprendizagem colaborativos e ao
atendimento das diferenças individuais.
Longo tem sido o percurso na incursão pela inclusão das crianças com Necessidades
Educativas Especiais (NEE). Desde sempre em toda a História da humanidade,
existiram pessoas diferentes, com deficiência que a sociedade “à época” não aceitava.
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Conferência Mundial sobre Educação para Todos de Jomtien, em 1990. Aqui, ficou
estabelecido que “a educação básica deveria ser proporcionada a todas as crianças e
que as crianças com necessidades especiais deveriam fazer parte integrante do sistema
educativo” (Costa, 1998:77), isto é “Todas as pessoas (...) devem poder beneficiar de
oportunidades educativas, orientadas para responder às suas necessidades educativas
básicas” (Declaração sobre a Educação para Todos, 1990, Artº 1º, ponto 1).
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com Necessidades Educativas Especiais carece de um atendimento direcionado, ou seja,
a escola passa a ser considerada como um local de promotor de uma vivência de plena
participação social e subordinada aos princípios da solidariedade mútua e do respeito
pela diferença. (Santos, 2006)
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e crianças trabalhadoras, as crianças de populações remotas ou nómadas,
crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de áreas ou
grupos desfavorecidos ou marginalizados. (Silva, M.& Carvalho, A, 2013)
Tal como a maior parte das atividades humanas, o ensino tem aspetos que não são
exclusivamente guiados pelo conhecimento científico mas que dependem de um
conjunto de julgamentos individuais, baseados em experiências pessoais; assim, a arte
de ensinar é uma arte instrumental que se afasta de fórmulas e requer espontaneidade,
cadência e ritmo — características importantes das melhores práticas que constituem
parte da sabedoria dos professores competentes e experientes. Assim o ensino, para
além de ter uma base científica, é também uma arte, baseada nas experiências dos
professores e na sabedoria das práticas. (Arends, 2008)
Professor eficaz
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Ao professor eficaz é exigido um conjunto de qualidades pessoais capazes de criar
relações genuínas com os seus alunos e a capacidade de acreditar nas capacidades de
aprendizagem de todas as crianças, de modo a tornar as salas de aula comunidades de
aprendizagem democráticas e socialmente justas. De facto, de acordo com a profecia
autorrealizável, a previsão que um professor faz sobre o comportamento dos alunos
podem fazer com que esse comportamento tenha lugar. Ao professor eficaz é também
exigida uma base de conhecimentos ao nível dos conteúdos, do currículo, da pedagogia,
das características dos alunos e dos seus estilos de aprendizagem, dos contextos
educacionais e dos objetivos e valores da educação. (Arends, 2008)
O ensino eficaz requer uma reflexão profunda e cuidada sobre as ações de um professor
e os efeitos destas na aprendizagem académica e social dos alunos. Dado que muitos
dos problemas com que os professores se deparam nas escolas são únicos, para os quais
não há receitas nos livros, a resolução dos mesmos requerem “artes práticas”. Deste
modo, o professor eficaz aprende a abordar situações únicas com uma atitude de
resolução de problemas e aprende a arte de ensinar através da reflexão sobre a sua
própria prática, numa busca contínua de atualização, admitindo que ainda tem muito que
aprender.
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É necessário educar – e educar-se – para os valores e as atitudes da cidadania, para a defesa
da dignidade humana, da igualdade de direitos e de oportunidades, para a rejeição e
oposição ao racismo, à discriminação com base na etnia, na cultura, no género, nas
características físicas ou nas capacidades intelectuais, em defesa do pluralismo, da
transculturalidade, na busca da paz.
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aprendizagem dos alunos. As estratégias utilizadas nos modelos centrados no aluno
(aprender a aprender, resolução de problemas, trabalho colaborativo, competências
comunicacionais) preparam melhor os alunos para a aprendizagem ao longo da vida,
exigências requeridas pela Sociedade da Informação.
A escola deve facultar a formação integral dos alunos e naturalmente que os professores
devem ser envolvidos, desde cedo, em todo este processo conducente à mudança,
recorrendo a uma multiplicidade de recursos e processos de operacionalização. Numa
sociedade em constante mudança, onde impera o desenvolvimento tecnológico, a
educação terá de corresponder às necessidades daí decorrentes e enfrentar os novos
desafios. A escola deve começar a preocupar-se em acompanhar essa evolução. Vários
autores sugerem ser cada vez mais importante possibilitar o contacto dos alunos com o
mundo das novas tecnologias, mais concretamente com o computador, essa experiência
com tecnologias permite, por um lado proporcionar um desenvolvimento das crianças, o
mais de acordo possível com as exigências do meio onde estão inseridas e, por outro
lado, tirar partido de todas as vantagens desta tecnologia que é um importantíssimo
recurso educativo, com capacidades e potencialidades a diversos níveis.
O processador de texto passa a significar uma relevante fonte de recursos para utilização
dentro da sala de aula. Este constitui um instrumento informático com grandes
potencialidades no desenvolvimento de competências de escrita e leitura, o computador
assume o papel de ferramenta que permite concretizar a natureza abstrata das nossas
operações mentais. Por outro lado, as bases de dados também constituem um auxiliar
precioso em todas as áreas, pois permitem a sistematização e a organização de dados
linguística e textuais, contributos fundamentais ao desenvolvimento do espírito de rigor
científico. Conscientes desta importância crescente, vários programas têm vindo a ser
concebidos para o ensino das línguas e uma série de aplicações encontram-se já
disponíveis para serem empregadas na sala de aula. Hoje, muitas outras disciplinas
aderiram à sua introdução na sala de aula, renderam-se à sua utilização, após
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reconhecerem as quase infinitas potencialidades que o mesmo pode trazer para o
contexto escolar.
As novas tecnologias podem trazer à escola uma nova ferramenta onde a aprendizagem
acontece pela construção e descoberta, e onde a sala de aula se pode transformar num
espaço apropriado a um ensino e aprendizagem colaborativos e ao atendimento das
diferenças individuais. A correta utilização do computador e a consequente exploração
do diversificado software educativo podem ser instrumentos muito eficazes para
melhorar o processo de ensino/aprendizagem em diferentes áreas curriculares.
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enriquecendo o ambiente onde a mesma se desenvolve. Permitem a
exploração de situações, que de outra forma seria muito difícil realizar.
Possibilitam ainda a professores e alunos a utilização de recursos poderosos,
bem como a produção de materiais de qualidade superior aos
convencionais”.
Segundo Ponte (1993), o que está em causa não é uma simples atualização pedagógica
da escola, mas a sua organização em função de novas necessidades e de novos objetivos
sociais. Problemas como o domínio dos programas pelos professores, a reflexão sobre
as metas educacionais visadas, a forma de os concretizar, de avaliar os resultados e os
processos de formação são, sem dúvida, fundamentais.
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criatividade, e adequando-se facilmente aos seus ritmos de aprendizagem e indo ao
encontro dos seus interesses.
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as modalidades de trabalho escolar, as formas de comunicação e a troca de
conhecimentos adquiridos. O desenvolvimento da linguagem e vocabulário matemático
pode ser implementado através da manipulação de bases de dados recorrendo a
conceitos matemáticos como a classificação, relação, sequenciação, ordenação. Os
dados classificados e ordenados podem ser analisados recorrendo a programas
tratamento estatístico, sendo o mais conhecido o Excel (Belchior et al., 1993).
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envoltas num espírito de colaboração/cooperação entre os vários parceiros educativos,
de modo a garantirem um bom nível de educação para todos. Segundo Fonseca (2005),
para que seja conseguido um desenvolvimento pleno das suas capacidades, é
fundamental fornecer às crianças com Necessidades Educativas Especiais uma
intervenção educativa especializada, assim como meios e cuidados especiais, que
variam segundo as necessidades específicas de cada um.
A vivência escolar dos alunos com Necessidades Educativas Especiais pode ser
francamente enriquecida pelo recurso às TIC. Neste sentido, Correia, L.& Martins,A.,
(2002:71) atribui-lhes dois objetivos fundamentais: [a] Aumentar a eficiência e a sua
integração escolar e social; [b] Desenvolver capacidades para aceder e controlar
tecnologias com determinado nível de realização.
As TIC revelar-se-ão, então, um valioso instrumento, uma preciosa ajuda, pois não só
diminuirão as incapacidades e desvantagens reveladas pelos alunos com Necessidades
Educativas Especiais como, simultaneamente, lhes desimpedirão as portas à integração
escolar e social. O computador na sala de aula, devidamente utilizado pelo professor,
pode revelar-se um recurso muito versátil, de modo a poder responder à diversidade e às
características das crianças com Necessidades Educativas Especiais. Deste modo, e
como refere Machado (1992:82), alguns dos programas de computador “serão de
extrema utilidade para a recuperação de alunos com dificuldades de aprendizagem”. O
computador pode favorecer propostas de apresentação lúdica e muito interativa, que
estimula o aluno a evidenciar melhor o seu desempenho. Nesta linha de pensamento,
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Ponte sustenta que a generalidade dos resultados, dos estudos realizados sobre o efeito
do computador no processo de ensino-aprendizagem, apontam para contribuições
positivas
Correia (1999:167), alerta para o facto de que “não se pode esperar que as tecnologias
conduzam a um sucesso automático, por parte do aluno, ou por si só venham a provocar
uma substancial revolução pedagógica”. Na opinião de Amante (1993), para que o
computador proporcione motivação e interesse nas crianças em geral e nas crianças com
Necessidades Educativas Especiais em particular, é necessário desenvolver software
educativo com qualidade e de acordo com as reais necessidades educativas dos alunos.
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também ambientes que favoreçam a expansão da atividade de comunicação e cognição
do utilizador.
Conclusão
Cada vez mais as TIC estão presentes na atividade educativa, assumindo um caráter
transversal no processo ensino/aprendizagem. A possibilidade de utilização em todas as
áreas curriculares e níveis de ensino obriga os professores a um bom domínio das suas
potencialidades. A formação de professores assume um papel fundamental no sucesso
da integração das TIC na escola. Perante o exposto, podemos depreender que o uso e a
prática do computador, na escola, se revelam como algo com bastantes potencialidades
formativas e educativas, pelo que a escola, sendo parte integrante da sociedade, não
deve, de modo algum, ficar alheia a todo o progresso, a todas as mudanças.
Para Papert (1997), a utilização educativa do computador deverá ser orientada para criar
contextos que favoreçam o desenvolvimento de formas específicas do conhecimento.
Este autor julga existir uma forte ligação entre os aspetos cognitivo e afetivo no
desenvolvimento do conhecimento. É essencial que dentro do contexto educativo não se
queimem etapas, isto é, que todo o processo decorra gradual e sistematicamente. Se tal
não ocorrer corre-se o risco de poderem vir a registar-se desajustes futuros. Daqui
resulta a prioridade que a educação/formação atual tem em desenvolver nos alunos o
pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas em diferentes situações.
Torna-se, assim, claro que a escola tem que mudar não podendo continuar a transmitir o
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conhecimento baseado apenas na palavra, principalmente na palavra escrita, situação
referida por Carvalho (2003) como de “crise” da escrita. As principais razões, segundo
o autor, radicam principalmente na massificação do sistema escolar e no
desenvolvimento da tecnologia que permitiu o surgimento de novas formas de lazer que
ocuparam muito do tempo anteriormente destinado à leitura, muito embora, o
computador e o estado atual da Internet tenham recuperado a palavra escrita.
Referências Bibliográficas
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