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Nesse texto será apresentado a visão crítica sobre o treinamento funcional, as premissas,
características e definições. A simples seleção de exercícios não torna um treinamento
funcional, assim como não existem exercícios que possuam maior ou menor funcionalidade.
Para um treinamento ser funcional, deve-se controlar e manipular as variáveis para que a
prescrição contenha a dose adequada de exercício que o indivíduo deve realizar na unidade de
treinamento. Um treinamento bem planejado e com objetivo não depende de um nome,
método, sistema, programa, exercício ou material.
Conceito segundo o “American College of Sport Medicine”: o trabalho realizado contra uma
resistência de tal forma que a força gerada beneficie diretamente a execução de atividades da
vida diária e movimentos associados ao esporte.
INTRODUÇÃO
O TERMO “FUNCIONAL”
Entendido como função, capaz cumprir com eficiência seus fins, objetivo de particular ou
relativo as funções biológicas ou psíquicas. Todos os treinamentos tem que ter o objetivo de
desenvolvimento em alguma variável de funcionalidade, independente de equipamentos ou
determinação de tipo de exercício.
TREINAMENTO FUNCIONAL
Para um exercício ser considerado funcional ele deve atender variáveis distintas da
funcionalidade, que são:
c) a intensidade adequada;
A escolha do exercício é vital, não pode estabelecer por critério somente o foco em variáveis
das AVD’s (atividades da vida diária), mas é necessário cautela uma vez que algumas ações
articulares ou a combinação destas aumentam a probabilidade de lesões e desvios posturais.
Outro aspecto que pode ser usado de modo superficial é o da naturalidade, pois ela está
associada à ser usada em exercícios sem implementos, o mais natural é aquilo que está ligado
aos aspectos de vida do indivíduo.
Não se deve considerar funcional aquilo que não atende a realidade biopsíquica do indivíduo,
e ao usar equipamentos auxiliares ou ferramentas deve ter avaliação para decidir a utilização
dos mesmos. Vemos muitos programas e exercícios que são desenvolvidos embasados na
premissa da funcionalidade, porém a suposta transferência para as AVD’s (atividades da vida
diária) nem sequer foi analisada, seja em nível geral ou específico. Realizando uma avaliação
individual com base na AVDs de cada um pode-se desenhar um programa de treinamento que
potencialize as demandas do aluno e compense possíveis desajustes ocasionados. A AVD
ocupa aproximadamente 1/3 do tempo diário, e é fundamental que sejam dedicadas de 2 a 3
horas semanais, para que sejam transmitidas modificações positivas e controlados os hábitos
negativos inerentes ao estilo de vida. O planejamento e prescrição do treinamento deve seguir
uma fundamentação.
Vemos as diferenças que pouco é percebido quando se trata de funcional, pois temos o
exercício funcional e o treinamento. Vemos as diferenças:
Vemos então que treinar é um processo que deve ser estruturado antes mesmo de iniciar
a seleção e prescrição de exercícios. A escolha deve pautar-se nos objetivos a alcançar e
nesse sentido afirma-se que não existe exercício funcional e não-funcional, desde que seja
assegurado os pressupostos de segurança e eficácia, todos exercícios poderão ser
enquadrados em alguma fase do treinamento e gerar a adaptação desejada.