Índice:
1. Quem é Jesus
2. O Pecado
3. A Salvação
4. Santificação
5. As Escrituras Sagradas – Palavra de Deus.
6. A Oração
7. A Igreja
8. O Batismo
9. A Ceia do Senhor
10. Mordomia
11. A Trindade
12. Os Acontecimentos Finais
13. Bibliograficas
1 Estudo
QUEM É JESUS
De fato, Jesus é o tema central da própria história da humanidade.
Observe que o próprio calendário divide-se entre duas grandes
épocas: Antes de Cristo (A.C) e Depois de Cristo (D.C).Mesmo
entre alguns povos que ainda não aceitam Jesus como Deus, o
calendário cristão é usado por normas internacionais e motivos
político-econômicos.
A demonstração mais evidente da importância de Jesus na história,
é que toda pessoa, um dia, terá que responder ao convite de Cristo.
Todos nós passamos pela experiência de - em dado momento da
vida - termos que responder sim ou não à proposta de seguir a
Jesus. Ninguém consegue escapar à responsabilidade desta
decisão: aceitar ou rejeitar a fé em Jesus. Aos que respondem
afirmativamente, Jesus os presenteia com a alegria da descoberta
do caminho para casa. A paz e um sentimento de felicidade
indescritível invadem o coração de todos aqueles que, disseram sim
para um relacionamento espiritual e vivo com Deus. Este é o
momento mais solene e importante na vida de qualquer um de nós.
Quando a pessoa de Jesus vem residir no espírito humano, na
forma do Espírito Santo. Neste preciso instante, deixamos de ser
criaturas humanas e passamos a ser filhos de Deus. Selados
eternamente com o Espírito de Cristo. Herdeiros do Reino de Deus
e embaixadores do Senhor na Terra, com a missão de
comunicarmos a mensagem salvadora de Jesus a todos os povos.
c) (Rm 4.25)
d) (Rm 6.23)
e) (Rm 8.34)
11. Eu sempre pensei que fosse filho de Deus. O que devo fazer
para ter certeza de que fui aceito por Deus como um verdadeiro
filho e passar a usufruir um relacionamento familiar com o Pai?
(Jo1.12)
b) (At 20.21)
13. Leia agora João 3.16-19, pense bem e responda:
a) Qual é o grande benefício, recebido pela pessoa que crê
sinceramente em Jesus?
b) Por outro lado, o que acontece com aquelas pessoas que tendo
ouvido a Palavra da Verdade e da vida eterna acha que: "não é bem
por aí, todos os caminhos levam a Deus, de uma forma ou outra..."
e rejeitam um compromisso sério de fé em Jesus?
14. Diante de tudo o que você estudou até aqui, qual das frases
abaixo mais se aproxima do seu entendimento em relação à
salvação em Cristo?
a) Entendo que Jesus é o Salvador de minha alma, mas tenho
dificuldade de aceitar que preciso mudar de religião.
b) Tenho plena certeza de que minha vida está nas mãos de Deus.
Estou salvo por Jesus. Vou herdar vida eterna. Tenho meus
pecados perdoados pelo sangue de Cristo e minha religião é aquela
que procura vivenciar os ensinamentos de Jesus Cristo.
e) Acho que o ser humano tem que elevar seu espírito e neste
sentido o Cristianismo é uma religião que me faz bem. Não sou
fanático. Creio que não podemos criticar nenhuma religião, pois
todas levam a Deus.
15. Para entender a verdadeira importância da vida espiritual
precisamos ser iluminados por Deus. O quenacontece quando
permitimos que Jesus fale conosco através da Bíblia? (Jo 8.12)
O PECADO
“Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a
multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões”. Salmos
51:1 Introdução
Este assunto tem sido motivo de muita indiferença e ignorância. Satanás tem
feito o máximo para que as pessoas não o levem a sério. Exatamente porque
é o mal principal da humanidade, atingindo todos os seres humanos, e a
causa de todos os demais males e do sofrimento. Por causa do pecado, as
pessoas vivem longe de Deus, não encontram a paz interior e ao morrerem
partem para um destino de sofrimento eterno, sem possibilidade de retorno.
As pessoas consideram pecado apenas um ato publicamente condenável,
como matar, violentar, oprimir e desconhecem a causa, o seu verdadeiro
significado. Vejamos o ensino da Sua Palavra.
2.1 – O seu aparecimento
A Palavra de Deus ensina que, a princípio, não havia pecado e que o ser
humano vivia em comunhão com Deus (Gn 1.27-31). Deus colocou o primeiro
casal como o ponto alto da sua criação, para administra-la e dela obter o seu
sustento, alegrando-se com o que Deus fizera. Satanás, não se conformo
com tantas paz e felicidade. Tentou os seres humanos para a desobediência
a Deus e eles cederam à tentação. Desobedecendo a Deus, perderam a
comunhão e, intimamente, já estavam separados e distantes de Deus (Gn
1.1-10).
2.2 – Sua Herança
Da mesma formo como herdamos características de nossos pais e avós,
infelizmente ao nascermos, já recebemos, como herança de nossos pais e
avós, o pecado, o mal da raça humana, que transmite de uma para outra e
que nós legamos, desgraçadamente, aos nossos filhos e netos (Rm 5.12). É
uma doença hereditária. Somos pecadores por natureza e inclinados para o
mal.
2.3 – Sua manifestação e extensão
Qual epidemia hereditária e contagiosa, o pecado expandiu-se rapidamente,
alcançando todas as criaturas. As crianças, ainda pequenas, sem que alguém
tenha-lhes ensinado, já demonstram tendências para os mal e atitudes más.
Resultando o pecado de uma atitude de desobediência e rebeldia diante de
Deus, separa as suas criaturas dele, assim como aconteceu no Jardim do
Éden (Is 59.1-9). E para deturpar cada vez mais a imagem e semelhança de
Deus, à qual o homem foi criado, Satanás nos leva aos atos pecaminosos
mais terríveis, tais, como: depravação moral, violência, falsidade,
maledicência, inveja, blasfêmia, etc. (Rm 1.18-32). O ser humano vai de mal a
pior e fica cada vez mais longe de Deus.
2.4 – Suas Conseqüências
O pecado está em todos os seres humanos e os afasta de Deus (Rm 3.23);
pelo pecado veio a morte (separação) que passou para todos os seres
humanos (Rm 5.12); a sua recompensa, o seu resultado para todos, é a morte
eterna (Rm 6.23). Podemos dizer que a morte existe sob três aspectos: morte
física – separa o espírito do corpo; morte espiritual – separa o ser humano de
Deus, já aqui na terra; morte eterna – aqueles que morrem separados de
Deus assim permanecem na eternidade. O primeiro aspecto é inevitável, o
segundo é passível de ser mudado e o terceiro é irreversível.
Todo o pecado é uma afronta a Deus e à sua vontade e atinge também o
próximo (1Co 8.12)
2.5 – Seu Reconhecimento
Mesmo assim, pessoas há que dizem não ser pecadoras. Em 1João 1.8-10,
temos a declaração de que tais pessoas estão enganadas e de que nelas não
há verdade. São mentirosas e, afirmando não ser verdade o que a Palavra de
Deus declara, fazem Deus mentiroso! Ao pecador que não reconhece o seu
pecado nem o próprio Deus pode ajudar, pois qual o doente que não
reconhecendo estar enfermo estar enfermo não procura o médico e não tomo
a meditação (Lc 5.31,32). Mas ao pecador reconhecido, ao doente desejoso
de curado de sua enfermidade espiritual, Deus concede a graça de, na sua
fidelidade e justiça, perdoar os pecados e purificá-lo de toda injustiça. O
pecador somente pode ser perdoado quando aceita a declaração da Palavra
de Deus de que precisa da cura espiritual e confessa os seus pecados a
Deus.
2.6 – Seu castigo
Já vimos que a pena do pecado é a morte, sob três aspectos: um inevitável e
dois passíveis de mudança. E a tristeza da morte, nos três aspectos, está na
separação. O Senhor Jesus, ao morrer na cruz,exclamou: “Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). A Palavra de Deus declara
que: “A alma que pecar, essa morrerá” (Ez 18.20). João Batista disse a
respeito de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo
1.29). Se Jesus veio ao mundo sofrer o castigo do nosso pecado esse o
castigo do pecado é a separação de Deus, as suas palavras na cruz têm um
significado real e muito profundo. Na cruz, Ele carregou em seu corpo os
nossos pecados (1Pe 2.24). Sofreu o castigo do pecado – a morte – a
separação para poder livrar-nos do mesmo.
Conclusão
Cada ser humano, cada criatura de Deus, pode e deve meditar, à luz da
Palavra de Deus, na sua condição natural e hereditária de pecador e pensar
nas tristes consequências. Pode e deve ir a Deus, por meio de Cristo Jesus, e
pedir que o castigo sofrido por Cristo na cruz o liberte do pecado confessado
a Deus.
Questionário
01 – Em que consistiu o pecado do primeiro casal?
“O pecado é o vírus da doença que leva a morte eterna todo aquele que não
busca a sua cura enquanto é tempo”.
Estudo 3
A SALVAÇÃO
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16)
Introdução
Tendo Cristo Jesus sofrido na cruz do Calvário o castigo do pecado, pode
agora dar a salvação ao pecador.
3.1 – Mediante a graça de Deus
A Palavra de Deus declara que somos salvos pela graça (Ef. 2.8,9). Não se
pode comprar o que é dado graciosamente. Tentar comprar a salvação é
ofender a Deus, pois o preço mais alto já foi pago: a encarnação, a morte e a
ressurreição de Jesus Cristo, como expiação do pecado. È uma dádiva de
Deus.
Não se compra: ou se aceita ou se rejeita, pois já está paga. Ninguém pode
alcança-la praticando boas obras. As boas obras devem ser o resultado de
uma pessoa salva. As boas obras não podem produzir a salvação, pois então
seria merecimento humano e tornaria desnecessário o mérito de Cristo Jesus.
A salvação é que produz as boas obras (Ef 2.10).
3.2 – Mediante o arrependimento
Jesus, ao iniciar a sua tarefa na terra, declarou que o tempo estava cumprido,
o reino de Deus havia chegado e ordenou: “Arrependei-vos e crede no
evangelho” (Mc 1.15).
Arrependimento é a profunda consciência do pecado, é a tristeza pelos
próprios pecados, é, pela graça de Deus, dar as costas ao pecado e começar
a caminhar na direção de Deus. Há um aspecto constante de arrependimento
na vida do crente. Mesmo já estando salvo, no processo da santificação,
precisa renovar a sua mente (Rm 12.1,2). O arrependimento é mudança de
mente. Neste sentido, o crente já salvo tem o caminho da vida cristã toda,
para continuar a mudar a sua mente.
3.3 – Mediante a fé
Fé na graça de Deus; na morte vicária de Jesus Cristo; na capacidade de
Deus aceitar o pecador arrependido e de perdoá-lo. Em Hebreus 11.1,2,
lemos que a fé é qual “firme fundamento” das coisas esperadas de Deus e
qual “prova das coisas espirituais que não podem ser provadas em
laboratório”. Fé é a união íntima e espiritual da criatura humana com Deus. Fé
é a muito mais do que mera emoção. As emoções são passageiras e
enganosas, sujeitas a contingências de estado de espírito e a manipulações.
A fé salvadora ocorre na ocasião da conversão; a fé que faz crescer na
comunhão com Deus é constante. A de hoje conduz à de amanhã – “de fé em
fé”.
3.4 – Mediante a regeneração
Muitas pessoas enganam-se ao pensar que, afinal de contas, todos somos
filhos de Deus. Em João 1.12,13, lemos que somente aqueles que recebem a
Cristo e crêem no seu nome são feitos de filhos de Deus. É uma nova
geração – a regeneração. Antes não eram filhos de Deus; eram criaturas de
Deus. Agora, tornam-se filhos de Deus. Em João capítulo 3, Jesus enfatiza
repetida e profundamente a verdade de que “necessário vos é nascer de
novo”.
A pessoa não regenerada é nascida apenas naturalmente, portadora do
pecado e está condenada à perdição eterna. A pessoa regenerada é “nascida
de novo”, espiritualmente.
A regeneração é um ato de Deus, mediante o sacrifício de Cristo e mediante o
arrependimento e a fé. Para tanto, é o Espírito Santo de Deus quem convence
o pecador e o induz à experiência da regeneração (Jo 16.7-11). O Espírito
Santo é o representante de Cristo Jesus, que aponta na sua direção e a ele
conduz o pecador.
3.5 – Mediante a justificação
Ocorre no processo da salvação (Rm 3.23,24; 5.1). Não temos justiça própria,
pois por natureza injusta, pecadores condenados (Is 64. 6,7). Os nossos
pecados, as nossas injustiças, caíram sobre Cristo Jesus (Is 53.4-6). Ele
sofreu o castigo da nossa injustiça. Sendo justo, não precisava pagar injustiça
própria. E a justiça de Cristo agora é transferida a nós (Rm 5.18,19). Mediante
o sacrifício de Jesus Cristo, Deus pode declarar justificado ao homem injusto,
sem que ele – Deus – se torne injusto. O crente justificado é revestido, é
portador da justiça de Cristo (2Co 5.21)
3.6 – Certeza da salvação
Podemos ter a certeza da nossa salvação? Não apenas supor, sentir,
esperar, mas ter a certeza, de fato.
Em João 5.24, temos a declaração muito clara de Jesus, afirmando que todo
aquele que houve a palavra de Jesus e crê naquele que o enviou tem a vida
eterna, não entrará em juízo, mas já passou da morte para a vida. É, mais
uma vez, questão de crer no que afirma a Palavra de Deus. Em 1João 5.9-13,
está reafirmada a certeza da salvação, pelo testemunho do próprio Deus. Tais
palavras foram escritas aos que crêem no nome do Filho de Deus, para que
saibam que têm a vida eterna. E o testemunho de Deus é maior do que o
testemunho dos homens. A certeza da salvação é testemunhada pelo próprio
Deus!
Conclusão
Somos salvos pela graça de Deus, mediante o arrependimento e a fé em
Cristo Jesus. Somos regenerados e tornamo-nos filhos de Deus. A justiça de
Cristo passa a cada pecador crente e salvo. Não há palavra ou insinuação
que possa invalidar o testemunho de Deus sobre a certeza da salvação, a
partir da nossa conversão.
Questionário
1 – Pode alguém comprar ou merecer a sua salvação? Por quê?
2 – Que é arrependimento?
3 – Que é crer – ter fé?
A SANTIFICAÇÃO
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos
corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto
racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa perfeita e
agradável, e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.1,2)
Introdução
Vimos que o arrependimento é mudança de mente, de atitude. É um passo
decisivo na salvação. Mas esta também tem um aspecto progressivo, de
transformação constante, para experimentar, cada vez mais, a boa, agradável
e perfeita vontade de Deus. É a renovação da mente do salvo, para torná-la
cada vez mais chegada à vontade de Deus.
4.1 – Conceito
A idéia de santo, na Palavra de Deus, inclui dois aspectos: o de retidão e o de
separação. O conceito de retidão está implícito na pessoa do próprio DEUS
(Is 6.1-13; Tg 1.17,18). Deus é reconhecido e proclamado santo, com muita
reverência e humildade, e nele não há sequer sombra de variação. O conceito
de separação acentua o contraste entre anátema, separado para a
destruição, e santo, separado para DEUS (Dt 7.1-6; Js 7.7-12). Ser santo é
ser separado para Deus. Ao ser salvo, o crente foi separado para ser na sua
primeira carta, o apóstolo João escreve a crentes, pois os chama de “meus
filhinhos” e afirma que os seus “pecados são perdoados por amor do seu
nome” (1Jo 2.1-12). Mas também afirma que está escrevendo aos filhinhos
“para que não pequeis; mas, se alguém pecar, tem um advogado para com o
Pai, Jesus Cristo, o justo”.
E “ele é a propiciação pelos nossos, mas também pelo de todo mundo” (1Jo
2.1,2). A triste verdade, como já ensinada pelo apóstolo Paulo, é a de que,
mesmo salvos, mesmo ansiando a santificação, ainda pecamos. João
encoraja-nos a não pecarmos. Mas admite que tal pode acontecer. Ao
examinarmos o texto com atenção, podemos traduzi-lo assim: “...para que
não vivais no pecado; mas se alguém pecar ocasionalmente...”. Esta é a
diferença: o crente, ainda que possa pecar, não tem prazer em pecar e não
deseja viver no pecado. Pela ação do Espírito Santo e pela propiciação de
Jesus Cristo, foge de uma vida de pecado.
Conclusão
Em Romanos 12.1,2, o apóstolo Paulo roga, suplica, pela compaixão de
Deus, que o cristão não siga os padrões do mundo, não se amolde a eles,
mas vá se transformando constantemente, pela renovação da sua mente,
para que experimente a sublimidade da vontade de Deus.
Questionario
1 – Como se chama o aspecto progressivo da salvação?
3 – Como se dá a santificação?
8 – O crente peca?
“Salvo por Cristo Jesus, busco a atuação do Espírito Santo, que habita em
mim, para ser cada dia mais parecido com Cristo e estar mais próximo de
Deus”.
Estudo 5
Escrituras Sagradas – Palavra de Deus
“Porque: toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva.
Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para
sempre” (1Pe 1.24,25)
Introdução
Na salvação e no processo de santificação, a Palavra de Deus é agente por
excelência, pois tudo quanto Deus quer que o ser humano conheça da sua
revelação está registrado na Bíblia. Nem mais, nem menos. Ao estudar a
Bíblia, toma-se conhecimento da revelação de Deus, pela própria Palavra de
Deus.
O salvo, para conhecer a vontade de Deus, necessita ler, estudar e amar as
Escrituras Sagradas.
Quanto mais conhecer, tanto mais segura há de se sentir na vida cristã. E
quando houver conflito com palavras humanas e emoções, o que deve
prevalecer, sempre, é a Palavra de Deus, pois através dela, Deus se revela a
nós, em linguagem humana.
5.1 – É Inspirada
Em 2 Pedro 1.20,21, lemos que a profecia de Deus “nunca foi produzida por
vontade de homens”. É uma declaração muito importante. Não há profecia
humana confiável. “Mas os homens santos da parte de Deus falaram movidos
pelo Espírito Santo”.
Através de milhares de anos, Deus foi se revelando às suas criaturas, que
dele haviam de afastado, através dos grandes homens do Antigo Testamento,
tais como Noé e Moisés, dos patriarcas e dos profetas.
Nos primórdios da revelação, esta passou através de gerações, por tradição
oral. É o caso da narrativa da criação e do dilúvio. Com a invenção da escrita,
a revelação de Deus foi sendo registrada, culminando na pessoa e nos
ensinos de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que é o centro da revelação de
Deus (Hb 1.1-4). Podemos afirmar que Deus inspirou homens fiéis a que
escrevessem a sua revelação. Assim surgiram as
Escrituras Sagradas. Deus não anulou a personalidade dos escritores, mas
lhes imprimiu a inspiração divina. É o caso do apóstolo Pedro, um discípulo
pescador, o qual, ao escrever a sua carta, fala da destruição do mundo pelo
fogo (2Pe 3.5-7). Séculos atrás, tal afirmação poderia ter parecido absurda.
Hoje, com a desintegração do átomo, é perfeitamente viável. Somente a
inspiração de Deus poderia produzir tal declaração nos escritos de Pedro. Isto
acontece com todos os escritores da Bíblia.
5.2 – É Verdadeira
Sem medo de errar, podemos confiar na veracidade e na finalidade da Bíblia.
Alguém já afirmou que ela é mais atual do que o jornal de amanhã cedo!
Inspirada por Deus para revelar a sua vontade, ela é verdadeira (2Tm 3.14-
17).
Os homens podem falhar até mesmo nas suas pesquisas e descobertas.
Deus nunca falha. Sua Palavra é a segurança de cada crente. Considerando-
se o número de escritores da Bíblia, as diferentes épocas em que viveram o
muito que levou para ser escrita, só mesmo sendo a verdade revelada de
Deus. É tão autêntica que nem mesmo esconde as falhas dos homens que
Deus usou para se revelar. As falhas humanas aparecem em toda a sua
inteireza. E a integridade de Deus sobre todas as coisas (2Co 12.7-10).
5.3 – Faz Distinção
No Salmo 1, encontramos a distinção entre o justo e o ímpio. Este é como a
palha ao vento. Não pode prevalecer no juízo de Deus, nem no meio dos
justos. Seu caminho perece, leva à destruição. O justo não busca companhias
ímpias, é constantemente produtivo na sua vida e o seu trabalho prospera.
Qual a causa da diferença?
No versículo 2, lemos: “antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei
medita de dia e de noite”. As Escrituras Sagradas fazem a distinção das duas
classes de homens: os que nelas não meditam – os ímpios – e os que têm
prazer em nelas meditar constantemente – os justos. Alguém já afirmou que a
Bíblia é o livro das diferenças – livro que faz distinção.
5.4 – Sua Autoridade
Em Atos 17.10,11, encontramos atitude digna de ser imitada: a dos bereanos.
Ouviam o ensino dos apóstolos, “examinando as Escrituras para ver se estas
coisas eram assim”. Em matéria de crença, de religião e de prática, as
Escrituras Sagradas são a autoridade única. Não há manual ou ensino que
possa invalidar a autoridade da Palavra de Deus.
Quando o cristão fiel, em humildade de oração, examina a Bíblia, o Espírito
Santo, que inspirou os escritores, ilumina o leitor e o ouvinte, para que
compreendam a revelação de Deus.
5.5 – Sua Penetração
Além de viva e eficaz, a Palavra de Deus é comparada à espada de dois
gumes, que penetra fundo na mente e no coração do crente, meditando e
avaliando seus pensamentos e suas intenções. Atinge a pessoa humana no
seu todo. Nada lhe fica oculto (Hb 4.12,13).
Em Isaías 55.10,11, encontramos a afirmação de que a Palavra de Deus
nunca voltará vazia, nunca deixará de produzir resultados, ainda que de
imediato não pareça assim. É só esperar a semente brotar, crescer e frutificar.
5.6 – Sua Prática
Figura muito expressiva é nos apresentada em Tiago 1.22-25. É a figura de
quem se olha no espelho. Pode ir logo embora e se esquecer do que viu.
Assim é o que ouve a Palavra de Deus e logo dela se esquece. Mas o que
atenta bem, não sendo ouvinte esquecido, mas praticante, é como quem se
olha no espelho, vê bem a sua imagem refletida e vai melhorar a sua
aparência cristã. O espelho foi feito para refletir aspectos físicos; a Palavra de
Deus foi revelada para refletir aspetos espirituais. “E sede cumpridores da
Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”.
Conclusão
O texto de 1Pe 1.24,25 declara que a nossa vida terrestre e toda a sua glória
são passageiras, como a flor do campo. Mas a Palavra de Deus é eterna,
porque é a revelação de um Deus eterno, não somente para o presente, mas
também para a eternidade. Em meio ao transitório e ao inseguro,
encontramos a segurança do que é eterno na Palavra de Deus.
Questionário
1 – Que contém a Palavra de Deus?
“Ao ler as Escrituras Sagradas, posso ouvir a voz de Deus falando ao meu
coração e à
minha vida, pela ação do Espírito Santo”.
Estudo 6
Oração
“Orai sem cessar. Em tudo daí graças; porque esta é a vontade de Deus em
Cristo Jesus para convosco” (1Ts 5.17,18).
Introdução
Pela leitura da Palavra de Deus, Ele fala conosco; pela oração nós falamos
com Deus. Buscamos a sua presença, derramamos a nossa alma diante dele
e, na comunhão com Deus, contamos nossas alegrias e nossas
necessidades, agradecemos e pedimos, louvamos e choramos e recebemos
a orientação para a nossa vida, a resposta para as nossas indagações, o
consolo e o conforto para as nossas almas. É através da oração que batemos
às portas do céu e somos ouvidos e atendidos, segundo a sabedoria e a
vontade de Deus.
6.1 – Como Orar
Certa feita, os discípulos de Jesus procuraram-no e lhe pediram que os
ensinasse a orar (Lc 11.1). E Jesus ensinou. Também o novo crente precisa
aprender a orar. Em Mateus 6.5-8, encontramos conselhos dados por Jesus,
antes de ensinar como orar. Ele ensinou que a oração deve ser feita para ser
ouvida por Deus e não com a finalidade de ser vista e apreciada pelos
homens. Não é uma exibição pública ou pessoal; é a busca de Deus, por uma
alma ansiosa dEle. A melhor oração é aquela feita apenas entre quem ora e
Deus, sem outras testemunhas. Dirigida a Deus, basta a sua presença. Não
exclui a oração em público; condena a oração feita para exibição.
Não precisa ser longa nem repetitiva, pois não é pela extensão da oração que
alguém há de ser atendido. Antes mesmo de orarmos, Deus já sabe qual é a
nossa necessidade. Não se trata de uma informação passada a Deus; trata-
se de um ato de busca e de dependência de Deus.
6.2 – Seus Elementos
Jesus ensinou a oração modelo, o Pai Nosso, que contém os elementos
principais de uma oração (Mt 6.9-15). Pode ser usada, desde que não seja
mera repetição formal. Ensina-nos o que pedir. Dirigimonos a Deus como Pai
nosso, pois todos nós, os salvos por Jesus, somos filhos de Deus.
Expressamos o desejo de que o nome de Deus seja tido como venha o reino
de Deus, o domínio da sua vontade, já completo no céu, também aqui na
terra.
Após reconhecermos a santidade de Deus e de expressarmos o desejo da
vinda do seu reino, passamos a orar pelas nossas necessidades – o nosso
sustento. Rogamos o perdão das nossas faltas, na proporção de como
perdoamos àqueles que estão em falta para conosco! Do modo como Jesus
colocou esta parte da oração, quem não perdoar ao seu semelhante
dificilmente poderá esperar o perdão de Deus para as faltas próprias! Vem, a
seguir, um ensinamento muito precioso: o de suplicar a Deus para que não
nos deixe entrar numa situação em que possamos ser tentados.
E que nos livre do mal ou do Maligno. Vale a pena iniciar cada dia da vida
cristã com este pedido, pois o Maligno somente pode tentar-nos ou assediar-
nos até onde Deus permite. Buscada a proteção de Deus, fica livre o cristão
da insistência de Satanás. Rendemos glória a Deus e terminamos a oração.
Quem deseja aprender a orar, pode examinar a oração ensinada por Jesus,
ver os seus elementos e orar com as suas próprias palavras.
6.3 – Seu Estímulo
Pedir, buscar e bater à porta. Eis como Jesus caracterizava a persistência na
oração (Mt 7.7-11).Pedir, para receber, buscar, para achar e bater à porta,
para que seja aberta. Se nós, que por naturezasomos maus, não damos aos
nossos filhos coisas más, em lugar de boas, quanto mais Deus há de
darcoisas boas aos seus filhos!
6.4 – Orações Não Atendidas
Nem sempre recebemos o que desejamos. Teria falhado o que Jesus
prometeu? Em Tiago 4.13, temos a explicação. O apóstolo deixa claro que, às
vezes, não obtemos o que desejamos, porque não. Outras vezes, não somos
atendidos porque pedimos mal, egoisticamente, apenas para a nossa própria
satisfação.
Tais orações Deus não atende. Não que Ele não as responda. Responde
com um “não”, pois sabe que, se atendidas, não fariam bem a nós, ainda que,
no presente, não dá à nós, ainda que, no presente, não pareça assim. É qual
pai que não dá à criança pequena uma brasa, pois sabe que se queimaria.
Mais tarde compreendemos que quando Deus não atendeu à oração, fez-nos
um grande benefício. No Getsêmane, Jesus ao orar em muita angústia, soube
incluir na sua oração: “todavia não se faça minha vontade, mas a tua” (Lc
22.40-44).
6.5 – Suas Modalidades
O apóstolo Paulo aponta várias modalidades de oração (1Tm 2.1 e 2). Pode
ser de súplicas (pedidos feitos a Deus de modo especial), de oração
propriamente dita (com os elementos contidos no Pai Nosso), de intercessão
(intercedendo por alguém), de ações de graças (expressando gratidão a Deus
pelos benefícios recebidos). Deve-se orar por todos os seres humanos; pelos
governos constituídos, para que propiciem “uma vida tranqüila e sossegada,
em toda a piedade e honestidade”. Não há autoridade constituída que não
venha de Deus (Rm 13.1-7). Devemos orar por elas e obedecê-las, a menos
que contrariem os princípios de Deus (At 4.18 e 19; 5.27-29).
6.6 – O Poder da Oração
O apóstolo Tiago (Tg 5.13-18) cita o exemplo do profeta Elias onde menciona
que o profeta, sendo semelhante a nós, orou com fervor para que não
chovesse, e por três anos e seis meses não choveu sobre a Terra. E orou
outra vez e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto (1Rs 17 e 18). A
palavra de Deus afirma que “a súplica de um justo pode muito na sua
atuação.” Somos animados a orar na aflição, a louvar na alegria e a orar pelos
doentes. A unção com óleo não é meramente carismática, pois, de acordo
com a parábola do bom samaritano (Lc 10.25-37), também era medicação na
época.
Conclusão
Em 1Ts 5.17 e 18, somos incentivados a orar “sem cessar”. Não é mais um
ato isolado; é um estado de espírito, em constante sintonia com Deus. Um
estado de comunhão que permite falar com Deus, andando, viajando,
trabalhando, a qualquer tempo e em qualquer lugar. E em tudo devemos dar
graças! “Porque esta é vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
Deus não olha para frases bem construídas, correção gramatical ou formas
literárias da oração. Esta pode ser mesmo sem palavras, apenas um suspiro
da alma a Deus. Ele olha para a sinceridade do coração. Se muita realização
não pode fazer no reino de Deus, há uma que está ao alcance de todos: orar
a Deus sempre.
Questionário
1 – Como podemos falar com Deus?
“A oração é como uma ponte ou uma grande avenida através da qual a terra
se liga ao céu”.
Estudo 7
A Igreja
“... e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não
prevalecerão contra ela” (Mt 16.18)
Introdução
Sendo a pessoa salva independente do batismo, qual a necessidade de ser
membro de uma igreja? Tornando-se pela conversão um membro da Igreja de
Cristo, no sentido global, envolvendo todos os salvos, por que ainda ser
membro de uma igreja local? Não estaria correta a afirmação de que: “Cristo,
sim; igreja, não!”? Jesus falou pouco, mas o suficiente, tanto sobre a igreja no
seu sentido amplo e global, como também no sentido de uma igreja local. O
seu ensino e o que o Novo Testamento declara são suficientes para
compreender o assunto e aceitar a orientação neotestamentária.
7.1 – Seu Fundador
A igreja de Cristo não foi criada por homens; o próprio Cristo foi o seu
fundador (Mt 16.13-19). Com a pública profissão de fé de Simão Pedro: “Tu
és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, estava iniciada a edificação da igreja.
Sobre a pedra, a rocha, Jesus Cristo, aceito e professo como o Filho de Deus
Vivo, Simão Pedro foi o primeiro tijolo da construção. Sempre sobre a rocha.
Ele deixa bem claro, em 1Pedro 2.1-10. Cristo é a “pedra viva”, “a principal da
esquina”, “a principal pedra angular”, para os crentes. “Pedra de tropeça e
rocha de escândalo”, para os desobedientes, os não-crentes, que não fazem
parte do edifício da igreja de Cristo. Os crentes professos, assim como Simão
Pedro, são “pedras vivas”, “edificado como casa espiritual”. Cristo
Fundou a sua igreja sobre si mesmo. Cada vez que alguém professa a sua fé
nele, como “o Cristo, o Filho do Deus Vivo”, mais uma pedra é acrescentada
ao edifício da casa espiritual. Sobre Cristo, a pedra angular, os crentes,
incluindo Simão Pedro, as pedras vivas.
7.2 – Sua Missão e Responsabilidade
“As portas do hades não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). O hades era o
reino dos mortos, sem especificar a diferença entre o céu e o inferno. Poderia
ser considerado como o além. Não deixa de ter o seu significado, de ser o
lugar dos mortos. Jesus afirma que as suas porta não prevalecerão contra a
sua igreja. Como?
A morte nunca há de vencer a igreja de Cristo. O próprio Cristo triunfou sobre
ela. Seus seguidores também triunfarão. Os mortos espirituais – separados
de Deus – serão convidados a pertencerem à igreja de Cristo, passando da
morta para a vida. Os crentes, mesmo morrendo fisicamente, triunfarão sobre
a morte (Jo 11.25,26).
É missão da igreja triunfar sobre a morte, em todos os seus aspectos,
proclamando a Cristo, como o “O Filho do Deus Vivo”. Em Mateus 18.15-22,
Jesus falou sobre a autoridade de sua igreja em ligar e desligar. Neste
contexto levamos à expressão da igreja de cristo, no seu aspecto local. Ela
liga e desliga as pessoas, na proclamação do evangelho. Quem o aceita, está
ligado; quem o rejeita, está desligado. A igreja, ao evangelizar, apenas
confirma a decisão dos céus. Grande é, pois a missão e a responsabilidade
da igreja.
7.3 – Sua Expressão Local
No Novo Testamento, a palavra igreja é aplicada em rês sentidos: a igreja
como conjunto de todos os salvos sobre face da terra – mais de 10 vezes; a
igreja triunfante, ou seja, a reunião dos salvos na presença de Deus – apenas
algumas vezes; a igreja como instituição local, com seus membros, seus
oficiais, a sua disciplina – quase 100 vezes.
A igreja triunfante ou glorificada, nós a teremos somente na eternidade,
reunida com Cristo; a igreja militante, no todo dos salvos por Cristo Jesus, em
ação na face global da Terra, é impossível de ser reunida num só lugar ou de
ser sistematizada. Mas a Igreja, como instituição local, nós a temos nos mais
diversospontos da terra (At 16.5; Rm 16.4-16; 1Co 7.17; 14.34; 16.1-19; 2Co
8.1; 11.8; Ap 1.4-20; etc). Da igreja triunfante ou glorificada faremos parte na
eternidade; da igreja militante, já fazemos parte agora, ainda que não
possamos conhecê-la em toda a sua amplitude; da igreja local, é privilégio de
cada discípulo de Cristo fazer parte.
7.4 – Seus Oficiais
Ainda que o nome não apareça como tal, a implicação de suas atividades no
encargo deste serviço leva-nos a crer que o primeiro oficial a surgir na igreja
local foi o diácono (At 6.1-7). Crescendo o número de convertidos – vários
milhares – a igreja de Jerusalém enfrentou um problema administrativo: ou os
apóstolos cuidariam da oração e do ministério da palavra, ou seriam
absorvidos pelo cuidado das necessidades materiais dos membros da igreja.
Esta estava prestes a se dividir.
Veio a solução: a escolha de sete homens de boa reputação; boa fama;
espirituais, cheios do Espírito Santo, e competentes administrativamente,
cheios de sabedoria para o cuidado do serviço material da igreja. Os
apóstolos continuariam no ministério da oração e da palavra. Em lugar da
divisão iminente, o resultado foi o do crescimento da igreja. Em 1Timóteo 3.8-
13, Paulo apresenta as qualidades para o diaconato e sugere uma prática
saudável: uma prova experimental, antes da efetivação. A palavra diácono, no
original, sem o significado de alguém que presta serviço a outro – de servo.
Nunca de senhor da igreja; é um servo a serviço da igreja, cuja recompensa é
“um lugar honroso e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus”. O oficial
a surgir no Novo Testamento, a seguir, é o pastor, nome que aparece poucas
vezes. Os apóstolos, testemunhas oculares de Jesus e de seus
contemporâneos, ao passar do tempo, foram desaparecendo e dando lugar à
nova denominação, também designada como bispo e ancião. Três
designações para três aspectos da função pastoral: bispo – aquele que
superintende, administra as atividades; ancião ou presbítero – aquele que
goza de respeito e credibilidade para aconselhar; pastor – aquele que
apascenta o rebanho dos fiéis, cuidando de suas necessidades espirituais.
Em Atos 20.17-38, notamos os três termos e as três funções, para as
mesmas pessoas. Paulo manda chamar os “anciãos” (v. 17); pede que
“cuidem de todo o rebanho” – função pastoral; afirma que foram constituídos
“bispos” (v. 28) e que devem “apascentar a igreja de Deus”. Em 1Timóteo 3.1-
7 e em Tito 1.5-9, estão mencionadas as qualificações e os pré-requisitos da
função do pastor. Em Apocalipse 1.9-20, Jesus aparece andando no meio de
suas igrejas e segurando os pastores na sua mão direita.
7.5 – Seu Governo e Sua Disciplina
O governo da igreja local é, primeiramente, cristocêntrico, pois Cristo é
autoridade máxima. Onde os seus discípulos se reúnem, promete estar entre
eles (Mt 18.19-20). Tendo a autoridade suprema de Cristo e reunida em seu
nome, a própria igreja é soberana nas suas decisões, pela participação
democrática e consciente de todos os membros presentes. Não pode haver
autoridade maior, nem ingerência. Nem interferência de outra igreja. O que
pode haver são bases de cooperação, por identidade de propósitos e soma
de esforços.
Em Mateus 18.15-17 estão delineados os passos para a disciplina na igreja
local: primeiro a exortação individual, pessoa a pessoa; em caso de
insucesso, a exortação de uma pequena comissão; falhando esta, leva-se à
igreja no seu todo; não se alcançando êxito, nem mesmo assim, então, e
somente então, considere-se como “gentio e publicano”, uma pessoa não
salva a ser ganha para Deus. Em caso de sucesso, “terás ganho teu irmão”.
7.6 – Sua Relação com o Estado e a Liberdade Religiosa
Cremos numa igreja livre, num Estado livre (Mt 12.15-22). A história do
cristianismo ensina que, sempre que houve ingerência de um em outro, houve
prejuízo e ambos se deturparam. Não se confundem.
Um exerce a sua autoridade na esfera civil, o outro, na esfera espiritual. São
dois reinos: o deste mundo e o de Deus. Coexistem, entre as criaturas de
Deus. Ambos são ordenados por Deus e são responsáveis diante dele. Não
há governo que não seja da permissão de Deus (Rm 13.1-7). Em caso de
conflito, porém, quando o poder civil tenta coibir a esfera espiritual, a primazia
será sempre de Deus (At 5.25-29). É dever do Estado assegurar a plena
liberdade religiosa; é dever dos crentes orar pelas autoridades e obedecer
lhes, a menos que contrariem as leis de Deus.
Não se deve exercer coação religiosa sobre qualquer indivíduo, sob qualquer
pretexto. O próprio Deus respeita e responsabiliza o livre arbítrio, com o qual
criou cada ser humano. Cada pessoa é livre para professar a sua crença, de
acordo com a sua consciência, desde que não fira a liberdade e os direitos
dos outros.
Conclusão
Ao que já foi dito, convém acrescentar um aspecto importante: o da atitude da
igreja para com os necessitados, os desfavorecidos da vida. A compaixão
cristã foi ensinada por Jesus e, de modo especial, na parábola do Bom
Samaritano (Lc 10.25-37). Este amor ao próximo tem como alvo primeiro “os
domésticos da fé”, os irmãos em Cristo (Gl 6.10). Em Tiago 1.27, temos
definida “a religião pura e imaculada”, como sendo a atitude positiva para com
os necessitados. Em Mateus 25, Jesus, ao ilustrar o juízo final, enfatiza a
atitude para com os necessitados (31-46)
Questionário
1 – Quem foi o fundador da Igreja?
8 – Qual deve ser a sua relação com o Estado e com a liberdade religiosa?
O Batismo
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19)
Introdução
O Senhor Jesus, antes de ascender aos céus, deixou a sua carta-testamento
(Mt 28.16-20). Nela está expressa a sua vontade. Ordena a seus seguidores
que façam novos discípulos e que os mesmos sejam batizados “em nome do
Pai, e do filho, e do Espírito Santo”, e integrados nos ensinamentos de Jesus.
Sempre contando com a sua presença. O batismo é uma ordenança de
Jesus, para cada discípulo seu. Por vezes tem sido mal compreendido. O
ensino bíblico, porém, parece-nos muito claro.
8.1 – De João Batista
O precursor de Jesus é o primeiro personagem do Novo Testamento a
praticar o batismo (Jo 1.19- 23). E o faz na base da mudança de vida –
arrependimento (Mt 3.1-12). O reino dos céus havia chegado na pessoa de
Jesus. Cabia aos homens o arrependimento. Os que foram a João Batista,
sem o arrependimento (mudança de mente), foram por ele duramente
repreendidos e lhes foi negado o batismo. Não se batiza uma pessoa não-
arrependida conscientemente. Os arrependidos, aqueles que ouviram e
aceitaram a pregação de João Batista e confessaram os seus pecados, ele os
batizava. No seu batismo estava simbolizado o arrependimento dos pecados
– uma nova maneira de viver.
8.2 – Ministrando a Jesus
Durante o ministério de João Batista, entre os candidatos ao batismo, surgiu o
próprio Jesus. Foi uma grande surpresa para João Batista. Não quis batizar
Jesus, pois este não tinha de se arrepender, enquanto que João Batista tinha
(Jo 3.13-17). Porém Jesus insistiu: convinha “cumprir toda a justiça”. Sendo o
batismo de João Batista para os arrependidos e não tendo Jesus do que se
arrepender, por que teria feito questão de ser batizado? Estava cumprindo
“toda a justiça”. Levando sobre si os pecados dos arrependidos salvos, estes
haveriam de segui-lo. Passou pelo batismo não devido ao seu
arrependimento próprio, mas apontando o caminho a seguir aos arrependidos
crentes. Foi a frente cumprindo “toda a justiça” e para que todo o crente o
imitasse.
O próprio Deus se manifestou, aprovando o batismo de Jesus (Mt 3.16,17).
Buscado por Jesus e aprovado por Deus, é o exemplo a ser seguido por
todos os discípulos de Jesus – os crentes.
8.3 – A Mando de Deus
No trecho bíblico de João 3.22,23 e 4.1,2, encontramos aparente contradição,
pois em 3.22 lemos que Jesus batizava, e em 4.2, que ele próprio não o fazia,
e sim os seus discípulos. A ordem era de Jesus; os executores eram os seus
discípulos. Podemos deduzir que Jesus ordenava e orientava os batismos
que seus discípulos ministravam.
João Batista continuava batizando (3.23). Batizava em Enom, “porque havia
ali muitas águas; e o povo ia e se batizava”. Percebe-se a sua preferência por
muita água, para a realização dos batismos.
Submetendo-se ao batismo, Jesus deu o exemplo aos crentes. Orientou os
seus discípulos na administração do mesmo e não se opôs a João Batista,
que batizava em local de grande quantidade de água.
8.4 – Sua Ordenança
Em Mateus 28.19,20, temos a seqüência prevista por Jesus: primeiro faz-se o
seu discípulo – aquele que segue o Mestre; a seguir, este discípulo é batizado
“em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. Segue-se a tarefa da igreja
de ensinar o discípulo batizado a guardar todas as coisas que Jesus ordenou.
Discipulado, batismo e aprendizado cristão. Não se trata, pois de uma criação
ou de uma opção humana; é uma ordenança de Jesus. Ao seu discípulo,
cabe obedecer.
8.5 – Num Exemplo Bíblico
No livro de Atos, que narra os primórdios do cristianismo, encontramos um
exemplo bíblico de alguém que buscou a verdade e, ao se declarar discípulo
de Jesus, procura ser batizado e é atendido (At 8.26-40). Um dos seguidores
de Jesus, Filipe, que guiado pelo Espírito Santo, encontra um viajante etíope,
que ocupava alto cargo no governo da rainha do seu país. Era religioso e,
regressando de Jerusalém, lia parte do Antigo Testamento. O Espírito Santo
dirige Filipe para que, iniciando um diálogo, possa explicar o texto bíblico que
fala de Jesus. A explicação, ainda que narrada em poucas palavras do texto
bíblico, provavelmente levou bastante tempo, pois demonstrou ser bastante
completa. Completa ao ponto de o etíope, ao chegarem a um lugar onde
havia água, indagar se há impedimento de ser batizado. A condição que Filipe
impõe é a da crença em Jesus Cristo. Diante da afirmação positiva, realiza-se
o batismo. Parado o carro, “desceram ambos à água” e o etíope foi batizado
por Filipe. Realizado o batismo, ambos “saíram da água”. Convém notar que a
água que um viajante de longo percurso provavelmente levava no carro não
era suficiente. Suficientes foram a profissão de fé e a quantidade de água em
que ambos entraram para o batismo.
8.6 – Na Sua Forma e no Seu Significado
Recordando o que vimos nas passagens estudadas, percebemos que João
Batista batizava no rio Jordão; que Jesus, após seu batismo, “saiu logo da
água”. Logo fora nela batizado. João batizava em Enom, “porque havia ali
muitas águas”. Filipe e o etíope utilizaram maior volume de água, à beira da
estrada, “desceram ambos à água” e após o batismo, “saíram da água”.
O apóstolo Paulo, ao escrever aos romanos (Rm 6.1-11), interpreta o
significado do batismo usando as expressões: batizados, sepultados, unidos a
Ele na semelhança da Sua morte. O sepultamento daquela época, e mesmo
hoje, consiste em cobrir o morto completamente. A palavra batizar,
transliterada do original baptizo, geralmente significa mergulhar. Logo,
batizados, sepultados, unidos a Ele na semelhança da Sua morte e
mergulhar, mais as narrativas bíblicas estudadas, indicam inequivocadamente
a forma do batismo como imersão completa do novo discípulo de Jesus. O
próprio Jesus a ele se submeteu.
Pela leitura do capítulo 6 de Romanos, podemos afirmar que, pelo batismo, o
discípulo de Jesus testemunha visivelmente que:
a) Cristo morreu, foi sepultado, ressuscitou e vive. Temos um Salvador vivo.
b) Pela conversão, o crente morreu para o domínio do pecado, para
ressuscitar em novidade de vida, para Cristo.
c) O corpo físico passará pela morte, assim como Cristo ressuscitou, também
o crente ressuscitará num corpo transformado.
O batismo do novo discípulo é uma pregação sem palavras.
Conclusão
O batismo a ninguém salva, tampouco a salvação dele depende. O salteador
na cruz não teve tempo de ser batizado, mas foi salvo (Lc 23.39-43). Se
algum não salvo for mergulhado, continuará sendo pecador perdido. O
batismo é o testemunho do salvo. É o primeiro ato de obediência que Jesus
pede ao seu discípulo, após o seu arrependimento (At 2.38). Cabe ao
discípulo seguir a ordem e o exemplo do Mestre.
Questionário
1 – Que disse Jesus sobre o batismo, antes de ascender aos céus?
Estudo 10
Mordomia
"Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás" (2Rs 20.1).
Introdução
Podemos conceituar a mordomia como um modo sábio de administrar a vida
e o cuidado prudente dos bens O mesmo se aplica à mordomia, quando
encarada à luz da Palavra de Deus. Quanto mais se aproximar do padrão de
Deus, tanto mais sábia e prudente será.
10.1 – Deus é criador e Dono de todas as Coisas
Nos primeiros dois capítulos do livro de Gênesis, encontramos a narrativa da
criação. Todas as coisas, móveis e imóveis, vivas ou sem vida, sólidas,
líquidas ou gasosas, na Terra, acima da terra ou abaixo da superfície, foram
criadas por Deus. Podemos afirmar que Deus usou os seus próprios recursos,
para tudo criar.
Se alguém, usando os seus próprios recursos, material, tempo e energia,
produz algo, ele será o proprietário do que foi produzido. Assim acontece com
Deus. Como o criador do universo todo, é ele o legítimo dono de todas as
coisas (SI 19.1-6; 24.1,2).
10.2 – O Homem é Administrador ou Mordomo da Criação de Deus
Já no primeiro capítulo da Bíblia lemos que o Senhor Deus, ao completar a
obra da criação, confiou ao homem o domínio de toda a criação (Gn 1.26-30).
Cabia a ele povoar a Terra e administrá-la sabiamente. Ao observar o que se
passa no mundo, temos a impressão de que os homens, que não dão o
devido valor às ordens de Deus, não têm sido administradores fiéis. Muitas
espécies de animais, de aves, de peixes etc, criadas por Deus, têm sido
extintas impiedosamente. As águas estão poluídas pelas substâncias e
resíduos químicos, pelo lixo e pelo esgoto. A atmosfera está poluída pelas
indústrias e pêlos resíduos nucleares. As matas são cortadas e queimadas. O
globo terrestre está rodeado de sucata espacial.
Na abóbada atmosférica estão os rombos na camada de ozônio, proteção
natural da vida, e a Terra sofre o efeito estufa do aquecimento, correndo o
perigo do derretimento das geleiras e de serem inundadas mas populações
litorâneas. A qualidade do ar, nas grandes cidades, torna-se cada vez mais
insalubre e surgem novas doenças e pestes. Em lugar de águas cristalinas,
as correntes dos rios estão escuras, opacas e poluídas. Tudo devido à
ganância do homem e sua má administração da criação de Deus. Cresce a
impressão de que o homem é seu próprio inimigo, levando a si mesmo à
morte e à destruição. O administrador não é o dono. Deve prestar contas ao
proprietário. Em Lucas 16.1,2, Jesus fala de um administrador de má fama.
Ele havia desperdiçado os bens do proprietário. Este o chamou à prestação
de contas. Como ficará o homem, quando Deus o chamar a prestar contas da
administração da criação de Deus? Chegamos a pensar que, se o homem
continuar a destruir e a dissipar o que Deus lhe confiou para administrar, o
Criador pode vir a permitir um final tenebroso, quando tudo se acaba, para
depois recomeçar com um punhado dos que lhe são fiéis. Nos dias de Noé,
tal aconteceu pela água (Gn 6-8). Agora poderá ser pelo fogo. Isto, se a volta
do Senhor Jesus não acontecer antes.
.3 – Mordomia do Tempo Como usamos e como gastamos o tempo que
Deus nos dá?
Em Eclesiastes 3.1-11, lemos que "tudo tem a sua ocasião própria, e há
tempo para todo propósito debaixo do céu". No texto, especifica-se
detalhadamente o uso apropriado do tempo, chegando mesmo a afirmar:
"tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente do homem a idéia da
eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde
o princípio até o fim". Deus criou um tempo para tudo; até para se pensar na
eternidade! Pena que o administrador do tempo — o homem — não o possa
descobrir! Temos tempo para o trabalho, para o estudo, para o repouso, para
o lazer, para a reflexão, para as coisas espirituais, para Deus. Em Tiago 4.13-
17, é narrado um planejamento imprudente do tempo. O resultado é
desastroso. A advertência é para se planejar o uso do tempo, conforme a
vontade de Deus. Daí a humilde súplica do salmista: "Ensina-nos a contar os
nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios" (SI 90.12).
10.4 – Mordomia dos Talentos
Em Mateus 25.14-30, fala-se da distribuição dos bens — talentos — pelo
proprietário a seus servos: um recebe cinco, outro dois e o terceiro um, “cada
um segundo a sua capacidade". Ninguém fica sem! Cada qual tem a
capacidade de, usando sabiamente os seus talentos – seus dons fazer com
que produzam e se multipliquem. E possível usá-los e aumenta-los, ou
enterrá-los. Mas virá o dia da prestação de contas. Com elogio ou com
repreensão; com recompensa ou com castigo. Tudo depende de como são
administrados. Alguns têm capacidade de administrar bem um número maior
de dons. Outros, um número menor. Ao observar o servo que recebeu um
único talento, concluímos que não há cristão que não tenha, confiado em
Deus, ao menos um talento. Sugerem alguns que este único talento seria a
capacidade de orar, ainda que a sós.
O importante é não se esquecer de que os talentos são dados segundo a
capacidade de cada um e que, na prestação de contas, cada qual responderá
pelo uso dos seus talentos, não dos outros.
10.5 – Mordomia do Corpo e do Sustento
Quando Deus criou o homem, fez o seu corpo da composição da terra "e
soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida" (Gn 2.7). Enquanto o ser humano
vive aqui na Terra, o seu espírito habita no corpo. Ao vir a morte, o espírito
liberta-se do corpo regressa a eternidade, enquanto que o corpo volta ao pó
da terra (Ec 12.7).
Na carta de Paulo aos Romanos 12.1.2, está o desafio à entrega do próprio
corpo "como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus", como "culto
racional" ou inteligente. E para não amoldá-lo aos padrões do mundo. Em
1Coríntios 6.18-20, há forte advertência contra a impureza moral do corpo. O
corpo do cristão é santuário do Espírito Santo, que nele habita. Pertence a
Deus. Ao remido, cabe glorificá-lo, também no seu corpo. A devassidão, a
embriaguez, os vícios, os tóxicos, as drogas e os hábitos prejudiciais ao corpo
são faltas contra o templo do Espírito Santo. Somos responsáveis pela
mordomia deste templo. O corpo do cristão, dentro do possível, deve ser
saudável, limpo, bem cuidado e de boa aparência. Digno de ser habitado pelo
Espírito Santo. Na oração Pai Nosso, já estudada anteriormente, Jesus
ensinou a orar também pelo sustento diário: "o pão nosso de cada dia nos dá
hoje" (Mt 6.11). O nosso sustento vem de Deus. Ele nos dá forças e
condições para ganharmos o pão de cada dia. Também é ele quem abençoa
as plantações e o seu cultivo, para que haja boa colheita e alimentação. É
justo, pois que não somente oremos pedindo, mas que também, à mesa,
agradeçamos o alimento.
A Palavra de Deus recomenda o trabalho honesto, em prol do sustento (1Ts
4.11-12). E adverte que "se alguém não quer trabalhar, também não coma"
(2Ts 3.10-12). Quem, sendo crente, trabalha sossegada e dignamente, não
precisa ficar ansioso acerca de sua vida e do seu corpo (Mt 6.25-34). Deus ha
cuidar dele, mais do que das belas flores do campo ou das aves do céu.
10.6 – Mordomia dos Bens e dos Dízimos
Deus também concede os bens materiais, ainda que não igualmente. Nos
ensinos de Jesus fala-se de ricos e de pobres. Em Provérbios 30.7-9,
encontra-se um pedido admirável: nem a riqueza excessiva, nem a pobreza.
Todavia, há pessoas que em sua riqueza são uma bênção para o reino de
Deus. Assim como há pessoas que na sua escassez vivem satisfeitas e
agradecidas a Deus.
A Bíblia narra a parábola de Jesus sobre o apego à riqueza (Lc 12.15-21). Um
homem insensato tornara-se rico e o seu coração se apegou à riqueza. Todos
os seus planos eram avarentos e egoístas. Mas não era "rico para com
Deus". Muitos cristãos adotam o princípio de dar a décima parte de todos os
seus rendimentos para a obra de Deus. Deve ser uma decisão espontânea e
voluntária. No Antigo Testamento, era lei severa. O profeta Malaquias (3.7-12)
fala de pessoas amaldiçoadas que roubam a Deus, não lhe dando o dízimo.
Também fala das bênçãos de Deus para os que são fiéis. Em Deuteronômio
26.12-15, encontra-se a única oração que só pode ser feita por quem não
reteve para si mesmo o que é de Deus. No Novo Testamento o dízimo não é
muito mencionado. Jesus o mencionou apenas uma vez (Mt 23.23).
Repreendeu os escribas e os fariseus, chamando-os de hipócritas, mesmo
sendo dizimistas fiéis, até das menores hortaliças. Mas não praticavam a
justiça, a misericórdia e a fé. Com o dízimo a pessoa não pode compensar a
falta de justiça, de misericórdia e de fé. Mas Jesus não renega o dízimo. Ele
afirma: “estas coisas, porém, devíeis fazer” – a justiça, a misericórdia e a fé,
“sem omitir aquelas” – dar o dízimo, mesmo dos menores rendimentos.
Em Marcos 12.41-44, encontramos narrado um acontecimento fascinante da
vida de Jesus aqui na Terra: ele se assenta no templo, defronte do cofre das
ofertas, e observa como as pessoas lançavam o dinheiro no cofre, como as
pessoas davam as ofertas. Chega mesmo a avaliar as quantias! “A sua
atenção não é absorvida pelas grandes ofertas dos ricos, pois eles davam
“daquilo que lhes sobrava” e sim pela pequena oferta de uma viúva pobre,
pois ela deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento”! Deus sabe o
quanto e de quanto nós dedicamos à sua obra. O segredo encontra-se em
2Coríntios 8.1-5. As igreja da Macedônia contavam com um povo duramente
provado e pobre. Todavia deram voluntariamente, acima de sua posses,
participando do privilégio cristão. Por quê? Porque “primeiramente a si
mesmos se deram ao Senhor...”Aqui está o segredo da mordomia cristã dos
bens: antes de mais nada, dar-se a si mesmo a Deus. “Porque onde estiver o
teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.21)
Conclusão
A mordomia cristã inclui ainda a dívida do conhecimento do evangelho (Rm
1.14-17). Assim como alguém nos pregou, temos a responsabilidade de
pregá-lo a outros. Somos mordomos cristãos devedores. A recomendação do
texto inicial deste capítulo é clara. O rei Ezequias está doente, à morte. O
profeta é enviado para adverti-lo a pôr a sua casa em ordem, antes de morrer.
Diante de sua fervorosa oração, Deus aumenta o tempo de sua vida em
quinze anos. Infelizmente, não mais foram anos abençoados (2Rs 20).
Tornou-se vaidoso com os seus tesouros e ouviu o profeta anunciar o castigo
de Deus. Não teria sido mais abençoado pôr a casa em ordem, no tempo
próprio, sem o acréscimo dos quinze anos? De qualquer modo, a advertência
divina é para pôr a casa em ordem. Que sejamos bons mordomos!
Questionário
1 - Quem é o criador c o dono de todas as coisas?
Estudo 11
A Trindade
"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do
Espírito Santo sejam com todos vós" (2Co 13.13).
Introdução
Não é fácil o assunto deste capítulo, pois diz respeito ao próprio Deus — o
Ser infinito e espiritual que as mentes humanas finitas não podem aprender
completamente. Mas sendo ele o nosso Criador, tendonos criado à sua
imagem e semelhança e tendo-se revelado em Jesus Cristo e na Palavra de
Deus, buscamos conhecê-lo melhor, à luz da Bíblia. Entendemos a Trindade
como as três pessoas nas quais Deus se revela a nós que são unidas num só
propósito e na essência.
11.1 – DEUS PAI – O Criador e Sustentador
Ao lermos os primeiros capítulos da Bíblia, que narram o começo das coisas
criadas, notamos que Deus já existe no princípio, e mesmo antes do princípio.
Ele é eterno (Sl 90.2), não tem princípio nem fim. Como tal, é o Criador do
céu e da terra, do universo, dos seres vivos e do próprio tempo (Gn 1 e 2).
Não somente é o criador de tudo, como também o sustentador das coisas
criadas. É o Senhor e o juiz da História. A História começou a partir do seu
ato criativo e terminará no juízo final.
A Bíblia ainda nos ensina que é um Deus onipresente — está em todos os
lugares, no tempo e no espaço; onisciente — conhece todas as coisas; e
onipotente — pode todas as coisas (SI 139).
11.2 - DEUS FILHO — O Salvador e Senhor
Eterno como o Pai, profetizado pelos profetas do Antigo Testamento, revelou-
se como o Verbo encarnado, ao vir a este mundo na forma de Deus--Homem
(Jo 1.1-18). Sua missão foi a de vir "buscar e salvar o que se havia perdido"
(Lc 19.10). Como já anteriormente estudado, morreu vicariamente, para
expiar os nossos pecados. Ressurreto, ascendeu aos céus, onde está, à
direita de Deus (At 7.56;Hb 10.11- 13),preparando-nos um lugar (Jo 14.1-6).
Voltará como Juiz e Senhor, confessado por todas as línguas (Fp 2.5-11). "E,
quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho
se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo
em todos" (1Co 15.28).
11.3 – DEUS ESPÍRITO SANTO — O Ajudador e Guia
Ainda que presente em todo o Antigo Testamento, especialmente nas
profecias e inspirando a revelação de Deus, o Espírito Santo manifesta-se
poderosamente no ministério de Jesus e após a sua ascensão. É o substituto
de Jesus na proclamação do evangelho, em habitar no crente e em guiar a
obra do reino de Deus (Jo 14.15-18,25,26; 16.5-15; At 13.1-4, 16.6-10). No
dia de Pentecostes, cumprindo a profecia, manifestou-se de maneira singular,
com sinais exteriores, os quais não foram o evento principal. O evento
principal foi a descida do Espírito Santo, a pregação do evangelho, a
conversão e agregação de milhares de pessoas. Assim corno no nascimento
de Jesus, os eventos principais não foram os anjos nas campinas de Belém,
nem a estrela no Oriente, e, sim, a encarnação de Jesus, para a nossa
salvação (At 2). Os eventos principais são permanentes; os secundários
foram ocasionais. Estes serviram para apontar aqueles.
Quando o pecador se arrepende e crê, o Espírito Santo nele toma habitacão
(Jo 14.16,17: 1Co 6.19, 2Co 1.21,22). Pode ser entristecido (Ef 4.30) e
abafado (1Ts 5.19), assim como pode encher o crente (Ef 5.18). É o selo — o
penhor da nossa salvação (Ef 1.13,14; 4.30). É o nosso ajudador e
intercessor (Rm 8.26,27). Produz "o fruto do Espírito" — no singular, com os
seus diferentes gomos, suas manifestações (Gl 5.22-25). Na igreja, produz os
dons espirituais (1Co 12.1-11,31).
11.4 – Manifestação Tríplice
No evento bíblico de Mateus 3.13-17, Deus se manifestou nas três pessoas:
Jesus (Deus Filho), saindo da água; o Espírito de Deus (Espírito Santo),
descendo como pomba sobre Jesus; e uma voz dos céus (Deus Pai),
testificando de seu amado Filho.
Ainda que as três pessoas da Trindade sejam inseparáveis, percebemos que,
na economia divina, Deus, através dos tempos, se revela particularmente
numa delas. Assim, a atuação de Deus Pai é ressaltada no Antigo
Testamento, desde a criação; a atuação de Deus Filho, nos Evangelhos,
desde o nascimento até a ascensão de Jesus; a atuação do Espírito Santo,
desde o Pentecostes até a volta de Cristo, isto é, a era presente. E como já
vimos em 1Coríntios 15.24-28, tudo ficará sujeito ao Filho, que, por sua vez,
se sujeitará ao Pai.
11.5 – Uma Unidade
Jesus ensinou claramente a sua unidade com o Pai (Jo 10.30; 14.8-11) e, ao
falar do Espírito Santo, o chamou de “outro ajudador” (Jo 14.16,17), ou seja,
outro da mesma espécie, outro da mesma essência. O Pai é Deus; o Filho é
Deus; o Espírito Santo é Deus. E Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. A
Trindade, sem qualquer um dos três, estaria incompleta. Não há Deus sem a
Trindade e não há Trindade sem Deus. O Pai está ligado ao Filho e ao
Espírito Santo; o Filho está ligado ao Pai e ao Espírito Santo; o Espírito Santo
está ligado ao Filho e ao Pai. Não há superioridade hierárquica: eles se
equivalem. A Trindade é composta dos três: eles se completam.
11.6 – Na Experiência Cristã
Ao nascermos, tal já acontece pela atuação de Deus: seu ato criativo no Éden
e sua seleção no ato da geração. Ao sermos salvos, o somos por Jesus
Cristo, pela persuasão do Espírito Santo, que passa a habitar em nós. O
cristão tem o privilégio de experimentar a ação completa da Trindade divina
em sua vida — a ação de Deus.
Conclusão
A bênção denominada apostólica, em sua simplicidade bíblica e sem
acréscimos humanos, deseja que “a graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor
de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2Co 13.13).
E nós somente podemos acrescentar: amém! "A Trindade só se conhece pela
experiência pessoal do crente com Deus”.
Questionário
1. Por que não é fácil compreender a Trindade?
Estudo 12
Os Acontecimentos Finais
“Declarou-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim,
ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais
morrerá. Crês isto?” (Jo.11.25,26)
Introdução
E após esta vida, o que será? Eis a preocupação geral das pessoas. E com
razão. Cada um de nós deve estar preocupado com o que sucederá após a
morte.
Dizemos que são acontecimentos finais, para nós. Dentro do plano da
eternidade, são apenas uma introdução, pois a eternidade sempre existiu. A
História presente é apenas um pequeno ponto dentro do todo da eternidade.
Mas para nós, que vivemos o presente, são aqueles que finalizam a nossa
existência aqui na terra e nos introduzem na eternidade. Mais uma vez,
vamos buscar a orientação da Palavra de Deus. Não pretendemos abordar
aspectos controvertidos e polêmicos; vamos nos ater tão-somente aos fatos
principais.
12.1 – A Morte
O Novo Testamento fala de três aspectos da morte: o físico (Hb 9.27, 28), que
separa a alma do corpo; o espiritual (Rm 6.23; Ef 2.1,4-7), que separa a
criatura de Deus; e o eterno, também denominado de segunda morte (Ap
20.14,15; 21.8). que separa o homem de Deus na eternidade. Nos seus três
aspectos, a morte é consequência do pecado (Rm 5,12). Preocupar-nos-emos
com o aspecto físico, pois é experiência comum a todos os seres humanos
(Hb 9.27,28). O sacrifício único e suficiente de Cristo é comparado à
experiência única da morte física humana: "como aos homens está ordenado
morrerem uma só vez...". Após o que vem o juízo, o juízo de Deus. A morte
física é uma experiência única na existência humana. Não se repete. No
Antigo Testamento, somente Enoque e o profeta Elias não a experimentaram.
No Novo Testamento, Lázaro e os que foram ressuscitados por Jesus, e por
ocasião da sua morte na cruz, a experimentaram duas vezes (Jo 11.37-44; Mt
28.50-53). E tal aconteceu como resultado de uma intervenção divina
excepcional. Além do que, para todos nós, é uma experiência única.
Na morte física, o espírito, que é a parte principal do ser humano, deixa a sua
habitação temporária aqui na terra — o corpo — e vai para a eternidade. O
corpo físico é necessário e útil enquanto vivemos na terra; após-mor te, torna-
se desnecessário.
12.2 – O Estado Imediato
Parece ser esta uma das preocupações principais do ser humano: o que
acontece imediatamente após a morte0 Haverá um período de sono da alma.
qual hibernação espiritual? Acontecera um completo aniquilamento, cessando
a existência? Ou haverá um purga tono para purgar o que ainda não satisfaz
as exigências eternas0 Quanto a uma possível reencarnação, já vimos no
parágrafo anterior, referente à morte, que tal teoria é frontalmente antibíblica.
Dentre muitas passagens bíblicas, consideraremos duas: Lucas 16.19-31:
23.39-43. A primeira é a parábola de Jesus acerca do rico e de Lázaro,
indicando o estado consciente, imediato e imutável após a morte. O pobre
Lázaro, não somente por ser pobre, imediatamente após a morte, é levado
pêlos anjos ao seio de Abraão. Para os hebreus, Abraão é servo de Deus e
está com Deus. Estar no seu seio, no seu aconchego, significa estar com
Deus. O rico. não somente por ser rico, vai ao hades, onde, pêlos sofrimentos
descritos, está no inferno. Não há condição de troca de situações: são
eternas. Também não há possibilidade de retornar à terra, mesmo que seja
para alertar os vivos: "Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos". Era a Bíblia
daquele tempo — a Palavra de Deus, única advertência necessária. A Palavra
de Deus proíbe a invocação dos mortos e afirma que ela própria é suficiente
no que concerne ao pós-morte. Na segunda passagem, um dos
companheiros da crucificação de Jesus pede-lhe, com fé: "Lembrate de mim.
quando entrares no teu reino." E a resposta pronta e categórica de Jesus é:
"Hoje estarás comigo no paraíso".
Pelas passagens mencionadas e pelo ensino bíblico, concluímos que,
imediatamente após a morte, em estado consciente e de identidade pessoal,
o ser humano vai ou para o céu, ou para o inferno, conforme a sua atitude
ainda em vida na terra para com Deus, para com Jesus Cristo e para com a
Palavra de Deus. Tal estado é eterno e imutável.
12.3 – A Segunda Vinda de Cristo
Ao ascender aos céus. Jesus, por meio de seus mensageiros, deixou a
promessa de que voltaria, assim como fora visto ascender aos céus (At l .9-
11). Esta volta de Jesus à terra é também denominada de sua segunda
vinda, pois a primeira se deu por ocasião de sua encarnação.
As Escrituras Sagradas — a Bíblia — ensinam-nos que esta segunda vinda
dar-se-á nas nuvens, com poder e glória (Mt 24.30; Lc 21 27). Muitas têm sido
as conjecturas sobre a segunda vinda de Jesus. Pessoas chegam mesmo a
incorrer no erro de marcar datas, esquecendo-se de que permanece
desconhecida aos seres humanos (Mt 24.36).
Não cabe aos seres humanos especular sobre a ocasião precisa da segunda
vinda de Cristo. EmMateus 24 e Lucas 21 Jesus predisse os sinais de sua
volta à terra. Alguns já se cumpriram, outros estão se cumprindo e ainda
outros estão por se cumprir. A recomendação bíblica, do próprio Jesus, é a
mais prudente (Mt 24.42-44), a da vigilância constante, sem especulações,
para que quando acontecer, inesperadamente, estejamos preparados para
recebê-lo.
12.4 – A Ressurreição dos Mortos
Juntamente com a segunda vinda de Jesus acontecerá a ressurreição de
todos os mortos. Que espetáculo impressionante! O apóstolo Paulo aborda o
tema em 1Coríntios 15, com clareza e profundidade A sucessão dos eventos
é clara. Jesus volta nas nuvens e os mortos ressuscitam primeiro (1Co 15.50-
52; 1Ts 4.16), num corpo transformado, semelhante ao de Jesus após a
ressurreição (1Co 15.35-49). Então, os que estiverem vivos também terão o
seu corpo transformado (1Co 15.52-54: 1Ts 4.17). O corpo da ressurreição
não será físico, mas espiritual, como o de Cristo, após a sua ressurreição:
livre das limitações físicas e materiais.
Com a ressurreição dos mortos, num corpo transformado, e a transformação
dos vivos, estarão vencidos a morte e o pecado (1Co 15.53-57). Será a vitória
final dos salvos, por meio de Jesus Cristo (1Co 15.20-22). Também os que
morreram sem Cristo serão ressuscitados (Jo 5.28,29; At 24.15).
12.5 – O Juízo Final
Mesmo os crentes, já justificados pela fé, comparecerão diante do tribunal de
Cristo, para serem julgados segundo as suas obras (2Co 5.10). E serão
separados, conforme as suas obras, evidência da sua fé, como ovelhas dos
bodes (Mt 25.31-46). A memória e a onisciência de Deus são comparadas a
"livros" (Ap 20. 11-15). Todos os mortos, "grandes e pequenos", estarão "em
pé, diante do trono". Abrem-se "os livros" a memória divina, qual computador
dos mais aperfeiçoados, onde estão registradas as obras de cada um.
Momento tremendo! Não fora o "outro livro, que é o da vida", e estaríamos
todos condenados.
O "livro da vida" se sobrepõe aos "livros" das obras de cada um. O registro
dos "livros", certamente a todos condenaria; "o livro da vida", para aqueles
que nele estão inscritos, pela fé salvadora no sacrifício remidor de Jesus
Cristo, absolve os acusados (Rm 8.33,34). Triste a sorte daquele cujo nome
"não foi achado no livro da vida" — será "lançado no lago de fogo".
12.6 – Redenção Cósmica e Recompensa Final
Pela crença em Cristo Jesus, acontece uma renovação interior, uma
renovação espiritual. Pela ressurreição dos mortos, acontecerá uma
renovação do corpo. Mas há necessidade também de uma renovação da
criação (Rm 8.19-23). O pecado contaminou a parte espiritual do homem, o
seu corpo e toda a criação. Há necessidade de uma renovação cósmica. Há
necessidade de "um novo céu e uma nova terra" (Ap 21.1-5). Tudo será feito
novo. Desaparecerão as marcas do pecado. Não se alterará o estado de
salvação ou de condenação de ninguém. Serão proclamadas as obras de
cada um e, para os salvos, inscritos no livro da vida, a graça salvadora de
Cristo Jesus prevalecerá. Será a consumação da vida eterna. O céu e as
suas belezas são descritas na Bíblia, com grande ênfase (Ap 21 e 22).
Usando ilustrações humanas, o inferno e suas tribulações são pintados em
cores horripilantes, mas reais, nos ensinos de Jesus (Mt 13. 36 431. O joio —
os pecadores não arrependidos e condenados — será lançado "na fornalha
de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes". Em Mc 9.43 48, Jesus fala do
inferno como lugar de eterno suplício. Lá, em contraste com o céu, haverá
tristeza, escuridão e sofrimento eterno, ausência de Deus, estado consciente
de tormento e a companhia do Diabo e dos seus anjos. É a morte eterna, a
separação eterna de Deus (Mt 8.12; 25.41-46; Ap 21.8; Lc 16.23-31; 2Ts 1.6-
10). É a segunda morte — a separação eterna de Deus.
Conclusão
Em Apocalipse 22.12-21, o Senhor Jesus Cristo, por meio da revelação,
promete: "Eis que cedo venha" E o coração crente do salvo, aguardando
ansiosamente a renovação plena da criação de Deus, exclama: "Amém. Vem,
Senhor Jesus!" "Estar com Jesus Cristo aqui na terra é a garantia de estar
com ele na eternidade."
Questionário
1. Qual a origem da morte?
“Estar com Jesus Cristo aqui na terra é a garantia de estar com ele na
eternidade."
CONFIÇÃO DE FÉ DA IGREJA PRESBITERIANA RENOVADA DO BRASIL
Tendo sido levados pelo Espírito de Deus a aceitar o Senhor Jesus Cristo
como nosso único e suficiente Salvador, e tendo sido batizados, sobre
profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimos
unânimes, como um corpo em Cristo, firmar solene e alegremente, na
presença de Deus e desta congregação, o seguinte Pacto:
Comprometendo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sempre unidos
no amor cristão; trabalhar para que esta igreja cresça no conhecimento da
Palavra, na santidade, no conforto mutuo e na espiritualidade; manter os seus
cultos, suas doutrinas, suas ordenanças e sua disciplina; contribuir
liberalmente para o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para o
auxílio aos pobres e para a propagação do evangelho em todas as nações.
Comprometendo-nos também a manter uma devoção particular, a evitar e
condenar todos os vícios, a educar religiosamente os nossos filhos, a procurar
a salvação de todo o mundo, a começar de nossos parentes, amigos e
conhecidos; a ser corretos em nossas transações, fiéis em nossos
compromissos e exemplares em nossa conduta; a ser diligente nos trabalhos
seculares, evitar a detração, a difamação e a ira, sempre e em tudo visando à
expansão do reino do nosso Salvador.
Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns dos outros; a lembrar-nos
uns dos outros nas orações; ajudar-nos mutuamente nas enfermidades e
necessidades; cultivar relações francas e a delicadeza no trato; estar prontos
a perdoar as ofensas, buscando, quanto possível, a paz com todos os
homens.
Finalmente comprometemo-nos a, quando sairmos desta localidade para
outra, unir-nos a outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos
observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto. O Senhor
nos abençoe e proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.
REFERENCIA BIBLIOGAFICAS
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