Você está na página 1de 46

Aula 10

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo


Estratégico de Direito Constitucional -
2021 (Pós-Edital)

Autor:
Tulio Lages
Aula 10

17 de Junho de 2021
Tulio Lages
Aula 10

DIREITOS POLÍTICOS E PARTIDOS POLÍTICOS


Sumário

ANÁLISE ESTATÍSTICA........................................................................................................................................................................... 1

ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE MERECEM DESTAQUE ........................................................................................... 2

QUESTÕES ESTRATÉGICAS .................................................................................................................................................................... 5

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO ........................................................................................................................... 28

Perguntas ................................................................................................................................................................................. 28

Perguntas com respostas .................................................................................................................................................... 29

LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS .................................................................................................................................................. 36

Gabarito ................................................................................................................................................................................... 43

Referências Bibliográficas ........................................................................................................................................................ 44

ANÁLISE ESTATÍSTICA
Inicialmente, convém destacar os percentuais de incidência de todos os assuntos previstos no nosso
curso – quanto maior o percentual de cobrança de um dado assunto, maior sua importância:

Grau de incidência em
concursos similares
Assunto
IDECAN
Direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º da CF) 19,67%
Ordem Social (arts. 193 a 232 da CF) 19,67%
Administração Pública (arts. 37 a 43 da CF) 12,30%
Princípios Fundamentais da República Federativa do Brasil (arts. 1º a
9,02%
4º da CF)
Organização do Estado (arts. 18 a 36 da CF) 9,02%
Defesa do Estado e das Instituições Democráticas (arts. 136 a 144 da
7,38%
CF)*
Funções Essenciais à Justiça (arts. 127 a 135 da CF) 5,73%
Do Poder Legislativo (arts. 44 a 58) 3,28%
Direitos Sociais (arts. 6º a 11 da CF) 2,46%

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Nacionalidade (arts. 12 e 13 da CF) 2,46%


Direitos políticos (arts. 14 a 16 da CF) 2,46%
Processo legislativo e modificação da Constituição (arts. 59 a 69) 2,46%
Partidos políticos (art. 17 da CF) 1,64%
Poder Executivo (arts. 76 a 91 da CF) <1,00%
Ordem Econômica e Financeira (arts. 170 a 192 da CF) <1,00%
Controle de Constitucionalidade <1,00%
Constituição: conceito, objeto, estrutura, sentidos, classificação.
<1,00%
Supremacia e classificação
Aplicabilidade das normas constitucionais <1,00%
Poder Constituinte <1,00%
Poder Judiciário (arts. 92 a 126 da CF) <1,00%

ROTEIRO DE REVISÃO E PONTOS DO ASSUNTO QUE MERECEM DESTAQUE


Para revisar e ficar bem preparado no assunto, você precisa, basicamente, seguir os passos a seguir:

Direitos Políticos

• Diferença entre democracia direta, indireta e semidireta.

• Diferença entre direitos políticos positivos e negativos.

• Conceito de sufrágio e sua diferença para o voto.

• Diferença entre capacidade eleitoral ativa e passiva.

• CF, art. 14: atentar

- para a diferença ente plebiscito e referendo;

- que o voto obrigatório (§ 1º, I) não é cláusula pétrea (art. 60, § 4º);

- para não confundir o “domicílio eleitoral” previsto no § 3º, IV, com “domicílio civil”;

- que não é permitida a candidatura avulsa – o candidato é obrigado a filiar-se a partido político (§
3º, V);

- que outros casos de inelegibilidade, além dos elencados nos §§4º a 7º, podem ser previstos em lei
complementar (§ 9º);

- que os analfabetos podem votar, mas não podem ser votados (§ 4º);

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

- que é possível o exercício de três ou mais mandatos como Chefe do Poder Executivo, desde que não
sejam consecutivos. Mesmo a renúncia antes do término do segundo mandato eletivo por reeleição
não o torna apto à candidatura para um terceiro mandato consecutivo (§ 5º);

- que os Vices (Vice-Presidente da República, Vice-Governador e Vice-Prefeito) só poderão se


reeleger, para o mesmo cargo, por um único período subsequente (§ 5º);

- que os Vices, reeleitos ou não, poderão se candidatar ao cargo do titular na eleição seguinte, mesmo
que o tenham substituído no curso do mandato (§ 5º);

- que também não pode se candidatar a Vice, na eleição seguinte, aquele que já foi Chefe do Poder
Executivo por dois mandatos consecutivos (§ 5º);

- a vedação ao terceiro mandato consecutivo prevista no § 5º abrange também a eleição prevista no


art. 81 da CF;

- que a desincompatibilização prevista no § 6º não é necessária para concorrer à reeleição (o


dispositivo fala em “outros cargos”);

- que o Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão concorrer normalmente a


outros cargos, preservando seus mandatos, desde que nos seis meses anteriores ao pleito não tenham
sucedido ou substituído o titular (§ 6º);

- que a inelegibilidade prevista no § 7º não se aplica caso o cônjuge, parente ou afim já possua
mandato eletivo;

- que a lista constitucional de inelegibilidades pode ser ampliada por meio de Lei Complementar (§
9º);

- para a divisão das inexigibilidades em absoluta e relativa (por motivos funcionais, por motivos de
casamento, parentesco ou afinidade, bem como por condição de militar).

• CF, art. 15: atentar

- que a CF não explicita quais são os casos de perda e quais são os casos de suspensão dos direitos
políticos, mas a doutrina faz a distinção;

- que a cassação de direitos políticos é absolutamente vedada;

- que a incapacidade civil relativa não importa perda ou suspensão dos direitos políticos (a
incapacidade precisa ser absoluta – inciso II);

- que as decisões judiciais apontadas nos incisos I e III devem ter transitado em julgado.

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

• CF, art. 16 – princípio da anterioridade eleitoral: atentar que o STF considera tal princípio cláusula
pétrea1.

Partidos Políticos

• CF, art. 17 – observar:

- que é plena a liberdade de criação de partidos políticos, resguardados os valores mencionados no


caput (soberania nacional, regime democrático, pluripartidarismo, direitos fundamentais da pessoa
humana) e os preceitos contidos nos incisos I a IV.

- que só poderá ser reconhecido como partido político aquele que tiver repercussão em todo país –
“caráter nacional” (inciso I).

- que se coaduna com o princípio da soberania nacional a proibição prevista no inciso II.

- que a Justiça Eleitoral realiza a fiscalização das contas dos partidos políticos, devendo estes lhe
prestar contas (inciso III).

- que a autonomia partidária (§ 1º) visa impedir a ingerência do Poder Público sobre os partidos
políticos. Apesar da autonomia concedida, a CF obriga os partidos a estabelecer normas de disciplina
e fidelidade partidária.

- que os partidos devem registrar seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

- os instrumentos conferidos pela CF para que os partidos políticos desempenhem suas atividades:
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão (§ 3º).

- que a vedação do § 4º guarda coerência com a regra prevista no art. 5º, XVII.

1 STF – ADI 3.685.

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

QUESTÕES ESTRATÉGICAS

1. (IDECAN/2018/IPC/Procurador Previdenciário) A idade mínima para concorrer aos cargos


de Prefeito, Deputado estadual e Senador é de:
a) 30, 21 e 30, respectivamente.
b) 21, 21 e 35, respectivamente.
c) 30, 18 e 30, respectivamente.
d) 35, 21 e 35, respectivamente.

Comentários

GABARITO: LETRA B

Vejamos o que diz a Constituição Federal sobre o tema:

Art. 14. (...)

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Agora ficou fácil. Nos moldes do inciso “c” acima mencionado, a idade mínima de 21 anos se aplica não
só ao Prefeito, mas também ao Deputado Estadual, entre outro cargos. Perceba que, bastava o candidato
saber essa informação para gabaritar a questão. Contudo, deve-se observar ainda que a idade mínima
para que o indivíduo seja eleito Senador é de 35 anos.

2. (IDECAN/2014/BANDES/Técnico Bancário de Nível Superior) A noção de inelegibilidade


relativa em razão do parentesco, segundo o STF, deve ser interpretada “... de maneira a dar
eficácia e efetividade aos postulados republicanos e democráticos da Constituição, evitando-
se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder”.
(RE 543.117-AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 24/06/2008, DJE de 22/08/2008.)
Acerca do tema, analise.
I. Helena é governadora do Estado W, fato que não impede seu neto de se candidatar e ser eleito prefeito
de um município pertencente ao mencionado Estado.
II. Vívian é governadora do Estado K, fato que não impede seu sobrinho de se candidatar e ser eleito
deputado estadual deste mesmo Estado.
III. Artur é vereador do Município L, fato que impede a sua esposa de concorrer também, às eleições
para o mesmo cargo.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

Comentários

GABARITO: LETRA B

Vejamos o que diz o texto constitucional sobre o tema:

Art. 14 (...)

§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos


ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Vamos analisar situação por situação:

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Item I – Incorreto. Neto é um parente de segundo grau, o que o impediria de ser eleito no estado W, no
qual Helena é governadora.

Item II – Correto. De fato, sobrinho é um grau de parentesco de terceiro grau. Dessa forma, não há
qualquer impedimento que impossibilite o sobrinho de Vivian a se eleger.

Item III – Incorreto. Perceba que a inelegibilidade trazida pelo trecho constitucional se aplica apenas a
parentes de membros do Poder Executivo. Vale dizer, o texto constitucional acima não traz
inelegibilidade para parentes de membros do poder legislativo ou judiciário.

Instrumentos de soberania popular (art. 14, caput e I a III da CF/88)

3. (FCC/2015/TRT 9ª) Considere:

I. Voto direto e secreto.

II. Plebiscito.

III. Referendo.

IV. Audiência pública.

V. Iniciativa popular.

A soberania popular, segundo a Constituição Federal, será exercida nos casos dos itens

(A) I, II, III, IV e V.

(B) I, II, III e V, apenas.

(C) I, II, IV e V, apenas.

(D) III, IV e V, apenas.

(E) II, III e IV, apenas.

Comentários

Gabarito: letra “B”.

De acordo com a CF, art. 14, caput e incisos I a III:

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

II - referendo;

III - iniciativa popular

Assim, o item IV – “Audiência Pública” é o único não previsto como instrumento de exercício da
soberania popular segundo a CF.

Critérios de alistamento, elegibilidade e inelegibilidade (art. 14, §§ 1º a 9º da CF/88)

4. (FCC/2015/TRE-AP/ Analista Judiciário/Área Administrativa) Paulo, brasileiro


naturalizado, 33 anos, Prefeito de uma cidade do Estado do Amapá, deseja se candidatar ao
cargo de Governador desse Estado. Preenchidas as demais condições de elegibilidade, Paulo

(A) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não ser
exigido que seja brasileiro nato, não havendo a necessidade da renúncia do cargo de Prefeito, já que a
circunscrição do governo do estado engloba a circunscrição do município.

(B) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não ser
exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até um ano antes do pleito.

(C) não pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 35 anos, além de ser
exigido que seja brasileiro nato.

(D) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não ser
exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até seis meses antes do pleito.

(E) não pode ser eleito Governador, pois apesar de atender à condição exigida a esse cargo referente à
idade mínima de 30 anos, não cumpre o requisito da obrigatoriedade de ser brasileiro nato.

Comentários

Gabarito: letra “D”.

Em primeiro lugar, o fato de ser brasileiro naturalizado não impede a candidatura de Paulo para o cargo
de Governador, porque tal cargo não está contemplado no rol de cargos privativos de brasileiros natos
previsto no § 3º do art. 12 da CF.

Com 33 anos de idade, é possível a candidatura para o cargo de Governador (que exigem idade mínima
de 30 anos), em razão do previsto no inciso VI do § 3º do art. 14 da CF.

Por fim, Paulo precisaria renunciar ao respectivo mandato até seis meses antes do pleito, conforme § 6º
do art. 14 da CF.

5. (FCC/2012/TCE-AP/Técnico de Controle Externo) O alistamento eleitoral é facultativo para


os

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

a) estrangeiros.

b) maiores de sessenta e cinco anos.

c) conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório.

d) analfabetos.

e) maiores de dezesseis anos e menores de vinte e um anos.

Comentários

GABARITO: LETRA D

Vejamos o que o texto constitucional diz sobre o tema:

Art. 14

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

(...)

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

Quanto aos estrangeiros e aos conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório, não há que
se falar em facultatividade, mas proibição constitucional de realizarem o alistamento eleitoral. Portanto,
alternativas A e C incorretas.

Quanto as assertivas B e E, perceba que elas apenas trocam as idades previstas no texto constitucional.
Vale dizer, quanto à assertiva B, maiores de 70 anos e, quanto à assertiva E, maiores de dezesseis e
menores de 18 anos.

Portanto, fica demonstrado que o nosso gabarito é a letra D.

6. (FCC/2006/Sefaz-PB/Auditor) O brasileiro naturalizado, com idade de trinta e cinco anos,


domicílio eleitoral no Estado, filiado a partido político e que esteja no exercício pleno de seus
direitos políticos poderá candidatar-se a

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

a) Vice-Presidente da República, Governador do Estado ou Senador.

b) Presidente da República, Senador ou Governador do Estado.

c) Deputado Federal, Governador do Estado ou Deputado Estadual.

d) Ministro do Supremo Tribunal Federal, Deputado Federal ou Senador.

e) Ministro de Estado da Defesa, Vice-Governador do Estado ou Deputado Estadual.

Comentários

Gabarito: “C”

O art. 12, § 3º, da CF/88 determina os cargos que somente brasileiros natos poderão ocupar:

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa

Além disso, o art. 14, § 3º da Carta Magna disciplina a idade para que seja possível assumir um mandato
eletivo.

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária; Regulamento

10

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

O enunciado diz que se trata de brasileiro naturalizado, assim sendo, não poderá ocupar os cargos de
Presidente, Vice-Presidente, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Ministro do STF, oficial das
Forças Armadas, carreira diplomática e Ministro de Estado da Defesa, o que torna a alternativa “c” a
única possível.

Algumas observações. O naturalizado poderá ser Senador e Deputado Federal, mas não poderá ser
presidente das respectivas casas.

Em relação ao STF, os 11 Ministros deverão ser brasileiros natos e não somente o seu Presidente. Além
disso, a regra vale só para o Supremo Tribunal Federal, não se aplicando aos outros Tribunais do país.

Sobre o Ministro de Estado da Defesa, é somente ele que a CF/88 exige que seja brasileiro nato. A regra
não se aplica ao Ministro da Fazenda, da Cultura, da Educação. É só para o Ministro de Estado da Defesa!

A regra também não é aplicada ao Ministro das Relações Internacionais.

- Mas, professor, os cargos de carreira diplomática devem ser preenchidos por brasileiros natos...

Sim! Contudo, o chanceler não precisa ser diplomata, ele é livremente escolhido pelo Presidente da
República.

Ah, cuidado com a situação dos estrangeiros. Eles não poderão ocupar cargos eletivos, ao contrário dos
brasileiros naturalizados.

a) Vice-Presidente – brasileiro nato; Governador e Senador – nato ou naturalizado.

b) Presidente – brasileiro nato; Governador e Senador – nato ou naturalizado.

c) Gabarito

d) Ministro do STF – brasileiro nato; Deputado e Senador – nato ou naturalizado.

e) Ministro da Defesa – brasileiro nato; Vice-Governador e Deputado Estadual – nato ou naturalizado.

7. (FCC/2015/MP-PB) Considere:

11

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

I. A nacionalidade brasileira.

II. O domicílio eleitoral na circunscrição.

III. A idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente.

IV. A idade mínima de trinta anos para Prefeito.

De acordo com a Constituição Federal, são condições de elegibilidade, na forma da lei, as indicadas
APENAS em

a) II e IV.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I e III.

Comentários

GABARITO: LETRA D

Vejamos o que diz o texto constitucional sobre o tema:

Art. 14 (...)

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária; Regulamento

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

12

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

Vamos analisar item por item:

Item I – Correto. Conforme art. 14, § 3º, I, da Constituição Federal.

Item II – Correto. Nos termos do art. 14, § 3º, IV, da Constituição Federal.

Item III – Correto. Na forma do art. 14, §3º, VI, “a”, da Constituição Federal.

Item IV – Incorreta. Nos moldes do art. 14, §3º, VI, “c”, da Constituição Federal, a idade mínima para ser
eleito prefeito é de 21 anos de idade.

Portanto, a única assertiva em consonância com o exposto acima é a letra D.

8. (FCC/2014/TRF 3ª/Analista Judiciário/Área Judiciária) Sobre o alistamento eleitoral e o


direito do voto, a Constituição Federal estabelece que

(A) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores de 16 e
menores de 18 anos.

(B) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos.

(C) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos.

(D) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos.

(E) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil

Comentários

Gabarito: letra “a”

De acordo com a CF, art. 14, § 1º:

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

13

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Assim,

A assertiva “a” está correta, correspondendo ao previsto nas alíneas “a” a “c” do inciso II do § 1º do art.
14 da CF.

A assertiva “b” está incorreta: a facultatividade aplica-se também aos maiores de setenta anos e aos
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

As assertivas “c” e “d” estão incorretas: o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios somente aos
maiores de dezoito anos (CF, art. 14, § 1º, I), sem prejuízo das hipóteses em que são facultativos (CF, art.
14, § 1º, II).

A assertiva “e” está incorreta: os estrangeiros sequer podem alistar-se como eleitores, em razão do
previsto na CF, art. 14, § 2º:

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

Caso o estrangeiro venha a adquirir a naturalização, aí sim poderá alistar-se e votar.

9. (FCC/2018/ALESE) À luz da Constituição Federal, consideradas exclusivamente as condições


de elegibilidade relativas à nacionalidade e idade, um brasileiro naturalizado de 25 anos
poderia, em tese, candidatar-se a
a) Senador, mas não poderia assumir a Presidência do Senado Federal.
b) Presidente da República.
c) Governador de Estado.
d) Vereador, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara Municipal.
e) Deputado Federal, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara dos Deputados.

Comentários

GABARITO: LETRA E

Perceba que o indivíduo é brasileiro naturalizado. Portanto, não poderá assumir nenhum dos cargos do
art. 12, § 3º, da Constituição Federal:

Art. 12 (...)

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

14

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

Vejamos ainda o rol de idades mínimas para ser eleito em cada um dos cargos presentes nas
alternativas, conforme a Constituição Federal:

Art. 14 (...)

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

Vamos às alternativas:

Alternativa A – Incorreta. A idade mínima para ser eleito Senador é de 35 anos e nosso personagem
possui apenas 25 anos de idade.

Alternativa B – Incorreta. Para que seja eleito Presidente da República, é necessário que se tenha a
idade mínima de 35 anos.

Alternativa C – Incorreta. A idade mínima para ser eleito Governador de Estado é de 30 anos.

Alternativa D – Incorreta. Pois o nosso personagem não só poderia ser eleito vereador, mas também
ser presidente da Câmara Municipal, tendo em vista que não se trata de cargo privativo de brasileiro
nato.

Alternativa E – Correta. Muito embora possa ser eleito deputado federal, nosso personagem, por ser
brasileiro naturalizado, não pode ocupar o cargo de Presidente da Câmara dos Deputados, tendo em
vista que se trata de cargo privativo de brasileiro nato.

15

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

10. (FCC/2017/TRE-SP) Considere as seguintes situações:

I. Deputado Estadual em exercício de segundo mandato que pretende candidatar-se à reeleição, em


Estado cuja Governadora, em exercício de primeiro mandato e igualmente candidata à reeleição, é sua
irmã.

II. Ocupante de cargo público efetivo na Administração direta federal que, investido no mandato de
Vereador, pretende continuar no exercício do cargo, percebendo as vantagens deste, sem prejuízo da
remuneração do mandato eletivo, diante da compatibilidade de horários.

III. Ocupante de cargo de professor em Universidade pública estadual que, investido no mandato de
Prefeito, pretende continuar no exercício do cargo, optando pela remuneração deste, diante da
compatibilidade de horários.

IV. Vereador que tem sua naturalização cancelada, por sentença judicial transitada em julgado, durante
o segundo ano de exercício do mandato.

O exercício de mandato eletivo será compatível com a disciplina da matéria na Constituição Federal de
1988 APENAS nas situações referidas em

a) I e II.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

Comentários

Gabarito: “A”

I – O item não apresenta qualquer problema, já que as hipóteses de incompatibilidades por parentesco
e por conta da reeleição são para os cargos do Poder Executivo e não do Poder Legislativo, conforme a
CF/88.

Art. 14. (...)

§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado


e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses
antes do pleito.

§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos


ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de

16

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

II - É plenamente possível que você seja servidor e ocupe um cargo eletivo. Somente é necessário
observar as regras do art. 38, da CF/88.

Servidor + Presidente, Governador, Deputado, Senador: o servidor deve se afastar de seu cargo e
assumir o mandato eletivo, não podendo optar por sua remuneração. Ele perceberá o subsídio do cargo
político.

Servidor + Prefeito: o servidor deve se afastar de seu cargo e assumir o mandato eletivo, podendo optar
por sua remuneração.

Servidor + Vereador: é necessário verificar se existe compatibilidade de horário. Havendo, é possível


acumular tudo, inclusive a remuneração com o subsídio. Não havendo, a regra é igual a regra do
Prefeito.

III – Servidor que seja eleito Prefeito é obrigado a se afastar do cargo, assumir a Prefeitura, podendo
optar pela remuneração.

IV – A pessoa que tiver a naturalização cancelada por decisão transitada em julgado, perderá seus
direitos políticos, não podendo continuar a exercer seu cargo eletivo.

11. (FCC/2016/SEGESP-MA/Receita Estadual) Segundo a disciplina constitucional dos direitos


políticos,

a) os conscritos não podem exercer a cidadania ativa.

b) os militares da ativa não podem exercer a cidadania passiva.

c) os analfabetos não podem exercer a cidadania ativa.

d) aos jovens entre 16 e 18 anos é facultado o exercício da cidadania passiva.

e) somente aos 30 anos o brasileiro atinge a cidadania plena.

Comentários

Gabarito: “A”

a) Cidadania ativa, que melhor seria ter chamado de direito político ativo, já que cidadania compreende
muito mais do que o exercício de votar, é possibilidade que a pessoa tem de votar. Os conscritos não
podem nem mesmo alistar-se eleitores, assim sendo, não podem votar, isso é, não podem exercer a
cidadania ativa.

CF/88

17

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Art. 14. (...)

§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

b) O militar não conscrito pode votar e ser eleito.

CF/88

Art. 14. (...)

§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

c) Os analfabetos podem votar, mas não podem ser eleitos.

CF/88

Art. 14. (...)

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

(...)

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

(...)

§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

d) Aos que tenham entre 16 e 18 anos, é facultado o alistamento e o voto. O fato de alguém com 16 anos
tirar o título de eleitor, não faz com ele seja obrigado a votar.

CF/88

Art. 14. (...)

18

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

(...)

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

e) A cidadania plena é alcançada aos 35 anos, idade em que a pessoa poderá ser eleita para qualquer
cargo político no país.

CF/88 1

Art. 14. (...)

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária; Regulamento

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

12. (FCC/2017/TRE SP) Brasileiro naturalizado, com 25 anos de idade, pela segunda vez
consecutiva no exercício do mandato de Vereador, filho do Governador do Estado em que
possui domicílio eleitoral, poderá, à luz da Constituição Federal, candidatar-se, na esfera

19

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

(A) municipal, à reeleição para Vereador, apenas, sem precisar para tanto renunciar ao respectivo
mandato.

(B) municipal, a Prefeito, apenas, desde que renuncie ao respectivo mandato até seis meses antes do
pleito.

(C) municipal, à reeleição para Vereador ou a Prefeito, devendo, neste último caso, renunciar ao
respectivo mandato até seis meses antes do pleito.

(D) estadual, a Deputado Estadual, mas não a Governador do Estado, estando ainda impossibilitado de
concorrer a mandatos na esfera municipal.

(E) estadual, a Governador do Estado, mas não a Deputado Estadual, estando ainda impossibilitado de
concorrer a mandatos na esfera municipal.

Comentários 4

Gabarito: letra “A”.

Em primeiro lugar, o fato de ser brasileiro naturalizado não impede a candidatura para os cargos
apontados em nenhuma das assertivas, porque não estão contemplados no rol de cargos privativos de
brasileiros natos previsto no § 3º do art. 12 da CF.

Com 25 anos de idade, só é possível a candidatura para cargos de Vereador (que exige a idade mínima
de 18 anos), Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito (que exigem
idade mínima de 21 anos), em razão do previsto no inciso VI do § 3º do art. 14 da CF.

Além disso, o § 7º do art. 14 da CF estipula que

§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos


ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Logo, por ser filho do Governador do Estado em que possui domicílio eleitoral, não poderá se candidatar
a cargo inserido no território de jurisdição do cargo de seu pais, qual seja, do Estado, a não ser que já
seja titular de mandato eletivo e se candidate à reeleição.

Assim, o único caso possível seria a candidatura na esfera municipal para reeleição ao cargo de
Vereador. Também não é necessário renunciar ao respectivo mandato, porque tal regra só abrange os
chefes do Poder Executivo de qualquer esfera de governo, para concorrerem a outros cargos (§ 6º do
art. 14 da CF).

Perda e suspensão dos direitos políticos (art. 15 da CF/88)

13. (FCC/2013/TRT 9ª/ Analista Judiciário/Área Administrativa) Considere as assertivas:

20

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

I. Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.

II. Improbidade administrativa.

III. Incapacidade civil relativa.

IV. Cancelamento de naturalização por sentença judicial, ainda que não transitada em julgado.

Nos termos da Constituição Federal, dentre outras hipóteses, a perda ou suspensão dos direitos
políticos se dará nos casos descritos em

(A) I, II e III, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) II, III e IV, apenas. b

(D) I e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

Comentários

Gabarito: letra “B”.

O art. 15 da CF dispõe o seguinte:

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Assim, apenas os itens I e II refletem hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos.

Perceba que o item III está incorreto porque o inciso II do art. 15 impõe que a incapacidade civil deve
ser absoluta (e não relativa como asseverado na questão).

21

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Além disso, observe que o item IV está incorreto porque o inciso I do art. 15 impõe que a sentença de
cancelamento da naturalização deve estar necessariamente transitada em julgado.

14. (FCC/2017/TRE-SP/Analista de Sistemas) Considere as seguintes situações:

I. Recusa à prestação de serviço do júri, por motivo de convicção religiosa, e à prestação de serviço
alternativo previsto em lei, por motivo de convicção política.

II. Condenação criminal, por sentença de primeira instância, transitada em julgado, enquanto durarem
seus efeitos.

III. Acumulação remunerada de cargo de professor em Universidade pública com emprego técnico em
sociedade de economia mista.

IV. Cancelamento de naturalização, por sentença de primeira instância, não transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos. 9

À luz da Constituição da República, ensejam a perda ou suspensão dos direitos políticos as situações
referidas APENAS em

a) I e II.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

Comentários

Gabarito: “A”

A resposta se dá pelo conhecimento do art.15, da CF/88.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção

22

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º - Os atos de improbidade


administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a
indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível.

Perceba que os direitos políticos serão suspensos ou perdidos, mas nunca cassados.

A CF/88 não estabelece, com exceção da improbidade, quais as causas de suspensão e quais as causas
de suspensão.

Contudo, a doutrina constitucionalista diz que há 3 hipóteses de suspensão e 2 de perda.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos,


5 cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado - perda

II - incapacidade civil absoluta - suspensão

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos - suspensão

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII - perda

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º - suspensão

I – Os direitos políticos da pessoa serão perdidos caso ela alegue escusa de consciência para não fazer
alguma coisa que todos estão obrigados e, além disso, não realizar a prestação alternativa fixada em lei.

II – Sentença transitada em julgado pode se dar em qualquer instância. Não é necessário que se esgotem
os recursos para que uma decisão transite em julgado. Se eu ingressar com uma ação na justiça de
primeiro grau contra a Samsung e o juiz der ganho de causa à empresa e eu não quiser recorrer, após
algum tempo, a sentença transita em julgado.

Assim, é plenamente possível uma sentença transitar em julgado na primeira instância. E, em se


tratando de sentença criminal, enquanto durarem os efeitos da condenação, os direitos políticos da
pessoa estarão suspensos.

III - Nada a ver! A possibilidade de acumulação de cargos ou não, não é hipótese para perda ou suspensão
de direitos políticos.

IV- Para o cancelamento da naturalização, o que importa é o trânsito em julgado.

23

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Liberdade de criação, fusão, incorporação e extinção (art. 17, caput e incisos I a IV da


CF)

15. (FCC/2013/PGE-BA/Analista de Procuradoria – Calculista) Ao enunciar a liberdade de


criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, a Constituição Federal
determina expressamente que o exercício desse direito deve resguardar determinados bens
ou valores constitucionais. Encontram-se, entre eles,

a) o pluripartidarismo, a soberania nacional e a separação dos poderes.

b) a forma federativa de Estado, os direitos fundamentais da pessoa humana e os valores sociais do


trabalho e da livre iniciativa.

c) o pluralismo político, a forma federativa de Estado


d e a redução das desigualdades regionais e sociais.
d) a soberania nacional, os direitos fundamentais da pessoa humana e a forma federativa de Estado.

e) o pluripartidarismo, a soberania nacional e o regime democrático.

Comentários

GABARITO: LETRA E

Vejamos o teor do art. 17, caput, da Constituição Federal:

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos: (...)

Assim:

Alternativa A – Incorreta. O erro está no item “separação de poderes”, o qual não consta
expressamente no texto constitucional acima.

Alternativa B – Incorreta. Não consta no texto constitucional supra “forma federativa de estado” e,
novamente, “separação de poderes”.

Alternativa C – Incorreta. Não consta no texto constitucional supra “redução das desigualdades
regionais e sociais” e, novamente, “forma federativa de Estado”.

Alternativa D – Incorreta. Novamente, o examinador insiste na “forma federativa de Estado”, a qual


não consta ao teor do art. 17 da Constituição Federal.

Alternativa E – Correta. Verifica-se que se trada da única assertiva que apresenta apenas itens em
consonância com o texto constitucional apresentado.

24

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Autonomia (art. 17, § 1º da CF)

16. (FCC/2017/TRT24). A Constituição Federal assegura aos Partidos Políticos

a) recursos do fundo partidário limitado a cinco vezes a participação do partido político no Congresso
Nacional, bem como o acesso oneroso ao rádio e à televisão.

b) autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios
de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, com obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

c) autonomia para criação de partidos políticos, sendo que após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Supremo Tribunal Federal.

d) autonomia para criação de partidos políticos, sendo que após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Congresso Nacional.

e) a livre criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania


nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana,
observados preceitos constitucionais, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária.

Comentários

GABARITO: E

Vejamos o teor do art. 17 da CF:

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento

I - caráter nacional;

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou


de subordinação a estes;

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
disciplina e fidelidade partidária.

25

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,


registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio
e à televisão, na forma da lei.

§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.

Assim:

A assertiva “a” está errada: o § 3º não estabelece a limitação mencionada, além de garantir acesso
gratuito (e não oneroso) ao rádio e à televisão.

A assertiva “b” está errada: o § 1º não obriga a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal.

As assertivas “c” e “d” estão erradas: registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral (e não
STF), conforme § 2º.

A assertiva “e” está correta, conforme caput e § 1º.

17. (FCC/2014/TCE-PI/Auditor Fiscal de Controle Externo) O regime constitucional dos partidos


políticos

a) permite a criação de cláusula de desempenho, relacionada com a gradação dos votos obtidos pela
agremiação, que repercuta em seu funcionamento parlamentar.

b) assegura a participação nas eleições após a aquisição de sua personalidade jurídica, o que se dá
mediante registro no Tribunal Superior Eleitoral.

c) possibilita a formação de agremiações com caráter regional, voltadas à defesa de interesses dos
cidadãos de um conjunto definido de estados da federação.

d) incentiva a internacionalização das agremiações, que podem buscar financiamento para suas
campanhas junto a entidades internacionais.

e) autoriza as coligações partidárias, que não precisam guardar vinculação entre as candidaturas em
nível nacional, estadual, distrital ou municipal.

Comentários

GABARITO: LETRA E

Alternativa A – Incorreta. O STF possui precedentes antigos no sentido de que uma cláusula como essa
seria inconstitucional:

26

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Partido político. Funcionamento parlamentar. Propaganda partidária gratuita. Fundo


partidário. Surge conflitante com a CF lei que, em face da gradação de votos obtidos por partido
político, afasta o funcionamento parlamentar e reduz, substancialmente, o tempo de
propaganda partidária gratuita e a participação no rateio do Fundo Partidário. Normatização.
Inconstitucionalidade. Vácuo. Ante a declaração de inconstitucionalidade de leis, incumbe
atentar para a inconveniência do vácuo normativo, projetando-se, no tempo, a vigência de
preceito transitório, isso visando a aguardar nova atuação das Casas do Congresso Nacional.

[ADI 1.354 e ADI 1.351, rel. min. Marco Aurélio, j. 7-12-2006, P, DJ de 30-3-2007.]

Cumpre destacar, por outro lado, que a recente EC 97/2017 (promulgada, portanto, após a prova em
que a presente questão foi cobrada) acrescentou cláusula de barreira restringindo o acesso a recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão em função da quantidade de votos obtidos
pelos partidos, conforme nova redação do § 3º do art. 17 da CF:

Art. 17. (...)

§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à


televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo
de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

Assim, embora aparentemente conflite com aquela jurisprudência, a EC 97/2017 (promulgada após a
prova em que esta questão foi cobrada) está em pleno vigor e deve ser considerada constitucional até
decisão em sentido contrário do STF, ok? Se essa assertiva fosse cobrada em uma prova atual, seria
passível de anulação ou de, pelo menos, muita discussão.

Alternativa B – Incorreta. A aquisição da personalidade jurídica do partido político se dá com o


registro no cartório de pessoas jurídicas e não no TSE. Vale mencionar que o estatuto do partido deve
ser registrado no TSE.

Alternativa C – Incorreta. Pois o partido político, nos termos do Art. 17, I, da Constituição Federal, deve
observar o caráter nacional:

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

I - caráter nacional;

27

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Alternativa D – Incorreta. Pois, nos termos do art. 17, II, da Constituição Federal, há vedação expressa
nesse sentido:

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a
soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da
pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

(...)

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou


de subordinação a estes;

Alternativa E – Correta. A alternativa está em consonância com o exposto ao teor do art. 17, § 1º, da
Constituição Federal:

Art. 17 (...)

§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária.

QUESTIONÁRIO DE REVISÃO E APERFEIÇOAMENTO

Perguntas

Direitos Políticos

1. Qual a diferença entre democracia direta, indireta e semidireta?


2. O que são direitos políticos positivos? E direitos políticos negativos?
3. O que são as capacidades eleitorais ativa e passiva?
4. Qual a diferença entre o plebiscito e o referendo?
5. É possível o alistamento eleitoral dos portugueses equiparados?
6. Os estrangeiros e os conscritos são elegíveis?
7. É possível a candidatura avulsa no Brasil?
8. Os analfabetos podem votar? E serem votados?

28

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

9. Cláudia, esposa de Eduardo, deputado federal, deseja se candidatar ao cargo de


vereadora de município integrante do território de jurisdição do cargo do marido.
Nesse caso, o casal avaliou que, para ser possível a candidatura de Cláudia, basta que
Eduardo se desincompatibilize, nos termos previstos constitucionalmente. A
avaliação está correta?
10. Quais instrumentos normativos podem estabelecer outras hipóteses de
inelegibilidade relativa?
11. De acordo com a doutrina, quais casos previstos no art. 15 da CF importam a perda
dos direitos políticos? E a suspensão?
12. Uma lei que altere o processo eleitoral das eleições presidenciais e seja publicada em
5 de dezembro de 2016 produzirá efeitos nas eleições de 2018?

Partidos Políticos

1. Suponha que um grupo de pessoas de diversos estados da região nordeste, com o


intuito de defender sua ideologia, tenha planos de criar um partido político com
abrangência apenas naquela região. Como não dispõe de capital para bancar suas
atividades, o grupo conseguiu com uma empresa canadense, sediada em Montreal,
sem qualquer representação no Brasil, o custeamento de todas as despesas mensais,
por apoiar as ideias a serem defendidas pelo futuro partido.
De acordo com o previsto na CF, o plano desse grupo seria possível?

Perguntas com respostas

Direitos Políticos

1. Qual a diferença entre democracia direta, indireta e semidireta?

Democracia direta: o povo exerce o poder diretamente, sem intermediários ou representantes;

Democracia indireta (ou representativa): o povo elege representantes que, em seu nome, governam o
país;

Democracia semidireta (ou participativa): é a forma adotada no Brasil, em que o povo exerce o poder
tanto diretamente, quanto por meio de representantes (sistema híbrido). Utiliza como instrumentos,
tipicamente, o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular de leis.

2. O que são direitos políticos positivos? E direitos políticos negativos?

Os direitos políticos positivos dizem respeito à participação ativa dos indivíduos na vida política do
Estado, estando relacionados ao exercício do sufrágio.

29

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Por sua vez, os direitos políticos negativos são as normas que impedem a participação dos indivíduos
na política estatal, limitando o exercício da cidadania, como as inelegibilidades e hipóteses de perda e
suspensão dos direitos políticos.

3. O que são as capacidades eleitorais ativa e passiva?

A capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-se como eleitor (alistabilidade) e o direito de
votar; por sua vez, a capacidade eleitoral passiva representa o direito de ser votado e de se eleger para
um cargo público (elegibilidade).

4. Qual a diferença entre o plebiscito e o referendo?

Tanto o plebiscito quanto o referendo são formas de consulta ao povo sobre matéria de grande
relevância, porém, no plebiscito, a consulta se dá previamente à edição do ato legislativo ou
administrativo, enquanto que no referendo, a consulta popular ocorre posteriormente à edição do ato
legislativo ou administrativo, cabendo ao povo ratifica-lo ou rejeitá-lo.

5. É possível o alistamento eleitoral dos portugueses equiparados?

Sim, já que recebem tratamento equivalente ao de brasileiro naturalizado.

6. Os estrangeiros e os conscritos são elegíveis?

Não, porque são inalistáveis (art. 14, § 2º), sendo que o alistamento eleitoral é condição de elegibilidade
(art. 14, § 3º, III).

7. É possível a candidatura avulsa no Brasil?

Não, a filiação partidária é condição de elegibilidade (art. 14, § 3º, V).

8. Os analfabetos podem votar? E serem votados?

Os analfabetos podem votar, de modo facultativo (art. 14, § 1º, II, “a”), mas não podem ser votados (art.
14, § 4º).

9. Cláudia, esposa de Eduardo, deputado federal, deseja se candidatar ao cargo de


vereadora de município integrante do território de jurisdição do cargo do marido.
Nesse caso, o casal avaliou que, para ser possível a candidatura de Cláudia, basta que
Eduardo se desincompatibilize, nos termos previstos constitucionalmente. A
avaliação está correta?

Não, Cláudia poderia se candidatar sem qualquer impedimento ou necessidade de


desincompatibilização, uma vez que a inelegibilidade reflexa só atinge cargos de Chefe do Poder
Executivo, conforme § 7º do art. 14 da CF:

§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos


ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de

30

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos
seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

10. Quais instrumentos normativos podem estabelecer outras hipóteses de


inelegibilidade relativa?

Lei complementar nacional (art. 14, § 9º) e emenda constitucional.

11. De acordo com a doutrina, quais casos previstos no art. 15 da CF importam a perda
dos direitos políticos? E a suspensão?

Primeiramente, vejamos todos os casos previstos no art. 15:

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art.
5º, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º

A doutrina entende que os casos dos incisos I e IV importam a perda dos direitos políticos, sendo, os
demais, casos que resultam na suspensão dos direitos políticos.

12. Uma lei que altere o processo eleitoral das eleições presidenciais e seja publicada em
5 de dezembro de 2016 produzirá efeitos nas eleições de 2018?

Sim, já que, nos termos do art. 16 da CF, tal lei é aplicável às eleições que ocorram após um ano de sua
vigência:

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Partidos Políticos

1. Suponha que um grupo de pessoas de diversos estados da região nordeste, com o


intuito de defender sua ideologia, tenha planos de criar um partido político com
abrangência apenas naquela região. Como não dispõe de capital para bancar suas

31

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

atividades, o grupo conseguiu com uma empresa canadense, sediada em Montreal,


sem qualquer representação no Brasil, o custeamento de todas as despesas mensais,
por apoiar as ideias a serem defendidas pelo futuro partido.
De acordo com o previsto na CF, o plano desse grupo seria possível?

Não, o plano para criar o partido político, nos moldes do enunciado, não seria constitucional, uma vez
que a CF estabelece que os partidos políticos:

A) devem possuir caráter nacional (art. 17, I) e, assim, o partido não poderia ter repercussão apenas na
região nordeste.

B) não podem receber recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a


estes (art. 17, II), ou seja, o partido a ser criado não poderia ser custeado pela empresa canadense.

32

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA

Critérios de alistamento, elegibilidade e inelegibilidade (art. 14, §§ 1º a 9º da CF/88)

Torna-se inelegível para um terceiro mandato, ainda que seja em município diferente, aquele
já exerceu dois mandatos consecutivos de prefeito – proibição ao chamado “prefeito itinerante”
ou “prefeito profissional”2.

É lícita a candidatura de ex-prefeito de “município mãe” que, renunciando seis meses antes da
eleição, candidata-se a prefeito do “município-filho”, desmembrado do município-mãe3.

A inelegibilidade prevista na CF, art. 14, § 7º não é aplicável à viúva do Chefe do Poder
Executivo, que não mais poderá ser considerada “cônjuge”, em virtude da dissolução da
sociedade conjugal com a morte do marido4.

“A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a


inelegibilidade prevista no § 7º, do artigo 14 da Constituição Federal”5.

O enunciado da Súmula Vinculante 18 não é aplicável no caso de extinção do vínculo conjugal


pela morte de um dos cônjuges6.

A inelegibilidade prevista na CF, art. 14, § 7º alcança as uniões estáveis homoafetivas7.

A inelegibilidade prevista na CF, art. 14, § 7º alcança o casamento religioso8.

São elegíveis a qualquer cargo eletivo da circunscrição o cônjuge, parentes e afins até o segundo
grau do Chefe do Executivo, caso este renuncie até seis meses antes da eleição. Tais pessoas

2 STF – RE 637.485/RJ.
3 STF – RTJ 112/791.
4 TSE – Rec 10.245.
5 STF – Súmula Vinculante 18.
6 STF – RE 758.461/PB.
7 STF – AC 2891 MC.
8 STF – RE 106.043/BA.

33

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

podem, inclusive, candidatar-se ao cargo do titular, se este tiver direito à reeleição e efetuar a
aludida renúncia9.

A ausência de prévia filiação partidária (uma das condições de elegibilidade) será suprida pelo
registro da candidatura apresentada pelo partido político e autorizada pelo candidato, caso
este seja militar10.

A Lei Complementar 135/2010 (“Lei da Ficha Limpa”) é constitucional e pode ser aplicada a
atos e fatos ocorridos anteriormente à sua vigência11.

São inconstitucionais as disposições legais que permitem contribuições de pessoas jurídicas a


campanhas eleitorais e partidos políticos12.

A expressão “sem individualização dos doadores”, constante do parágrafo 12 do artigo 28 da


Lei Eleitoral, acrescentado pelo artigo 2º da Lei Federal 13.165/2015 (que instituiu as
chamadas “doações ocultas”, aquelas em que não é possível identificar o vínculo entre doadores
e candidatos) retira transparência do processo eleitoral, frustra o exercício adequado das
funções da Justiça Eleitoral e impede que o eleitor exerça com pleno esclarecimento seus
direitos políticos13.

...

Grande abraço e bons estudos!

“A satisfação reside no esforço, não no resultado obtido. O esforço total é a plena


vitória.”

(Mahatma Gandhi)

9 STF – RE 344.882/BA.
10 Res.-TSE 20.993/2002.
11 STF – ADC 29/DF.
12 STF – ADI 4.650/DF.
13 STF – ADI 5394.

34

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Túlio Lages

Face: www.facebook.com/proftuliolages

Insta: www.instagram.com/proftuliolages

YouTube: youtube.com/proftuliolages

35

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

LISTA DE QUESTÕES ESTRATÉGICAS

1. (IDECAN/2018/IPC/Procurador Previdenciário) A idade mínima para concorrer aos cargos


de Prefeito, Deputado estadual e Senador é de:
a) 30, 21 e 30, respectivamente.
b) 21, 21 e 35, respectivamente.
c) 30, 18 e 30, respectivamente.
d) 35, 21 e 35, respectivamente.

2. (IDECAN/2014/BANDES/Técnico Bancário de Nível Superior) A noção de inelegibilidade


relativa em razão do parentesco, segundo o STF, deve ser interpretada “... de maneira a dar
eficácia e efetividade aos postulados republicanos e democráticos da Constituição, evitando-
se a perpetuidade ou alongada presença de familiares no poder”.
(RE 543.117-AgR, Rel. Min. Eros Grau, j. 24/06/2008, DJE de 22/08/2008.)
Acerca do tema, analise.
I. Helena é governadora do Estado W, fato que não impede seu neto de se candidatar e ser eleito prefeito
de um município pertencente ao mencionado Estado.
II. Vívian é governadora do Estado K, fato que não impede seu sobrinho de se candidatar e ser eleito
deputado estadual deste mesmo Estado.
III. Artur é vereador do Município L, fato que impede a sua esposa de concorrer também, às eleições
para o mesmo cargo.
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

3. (FCC/2015/TRT 9ª) Considere:

I. Voto direto e secreto.

II. Plebiscito.

III. Referendo.

IV. Audiência pública.

36

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

V. Iniciativa popular.

A soberania popular, segundo a Constituição Federal, será exercida nos casos dos itens

(A) I, II, III, IV e V.

(B) I, II, III e V, apenas.

(C) I, II, IV e V, apenas.

(D) III, IV e V, apenas.

(E) II, III e IV, apenas.

4. (FCC/2015/TRE-AP/ Analista Judiciário/Área Administrativa) Paulo, brasileiro


naturalizado, 33 anos, Prefeito de uma cidade do Estado do Amapá, deseja se candidatar ao
cargo de Governador desse Estado. Preenchidas as demais condições de elegibilidade, Paulo

(A) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não ser
exigido que seja brasileiro nato, não havendo a necessidade da renúncia do cargo de Prefeito, já que a
circunscrição do governo do estado engloba a circunscrição do município.

(B) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não ser
exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até um ano antes do pleito.

(C) não pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 35 anos, além de ser
exigido que seja brasileiro nato.

(D) pode ser eleito Governador, pois a idade mínima para esse cargo é de 30 anos, além de não ser
exigido que seja brasileiro nato, desde que renuncie ao cargo de Prefeito até seis meses antes do pleito.

(E) não pode ser eleito Governador, pois apesar de atender à condição exigida a esse cargo referente à
idade mínima de 30 anos, não cumpre o requisito da obrigatoriedade de ser brasileiro nato.

5. (FCC/2012/TCE-AP/Técnico de Controle Externo) O alistamento eleitoral é facultativo para


os

a) estrangeiros.

b) maiores de sessenta e cinco anos.

c) conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório.

d) analfabetos.

e) maiores de dezesseis anos e menores de vinte e um anos.

37

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

6. (FCC/2006/Sefaz-PB/Auditor) O brasileiro naturalizado, com idade de trinta e cinco anos,


domicílio eleitoral no Estado, filiado a partido político e que esteja no exercício pleno de seus
direitos políticos poderá candidatar-se a

a) Vice-Presidente da República, Governador do Estado ou Senador.

b) Presidente da República, Senador ou Governador do Estado.

c) Deputado Federal, Governador do Estado ou Deputado Estadual.

d) Ministro do Supremo Tribunal Federal, Deputado Federal ou Senador.

e) Ministro de Estado da Defesa, Vice-Governador do Estado ou Deputado Estadual.

7. (FCC/2015/MP-PB) Considere:
==14b95d==

I. A nacionalidade brasileira.

II. O domicílio eleitoral na circunscrição.

III. A idade mínima de trinta e cinco anos para Presidente.

IV. A idade mínima de trinta anos para Prefeito.

De acordo com a Constituição Federal, são condições de elegibilidade, na forma da lei, as indicadas
APENAS em

a) II e IV.

b) I, II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I e III.

8. (FCC/2014/TRF 3ª/Analista Judiciário/Área Judiciária) Sobre o alistamento eleitoral e o


direito do voto, a Constituição Federal estabelece que

(A) a facultatividade aplica-se apenas aos analfabetos, aos maiores de 70 anos e aos maiores de 16 e
menores de 18 anos.

(B) a facultatividade aplica-se somente aos analfabetos.

(C) o voto no sistema eleitoral brasileiro é obrigatório a todos.

38

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

(D) o alistamento eleitoral no sistema brasileiro é obrigatório a todos.

(E) o alistamento é obrigatório, mas o voto é facultativo aos estrangeiros residentes no Brasil

9. (FCC/2018/ALESE) À luz da Constituição Federal, consideradas exclusivamente as condições


de elegibilidade relativas à nacionalidade e idade, um brasileiro naturalizado de 25 anos
poderia, em tese, candidatar-se a
a) Senador, mas não poderia assumir a Presidência do Senado Federal.
b) Presidente da República.
c) Governador de Estado.
d) Vereador, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara Municipal.
e) Deputado Federal, mas não poderia assumir a Presidência da Câmara dos Deputados.

10. (FCC/2017/TRE-SP) Considere as seguintes situações:

I. Deputado Estadual em exercício de segundo mandato que pretende candidatar-se à reeleição, em


Estado cuja Governadora, em exercício de primeiro mandato e igualmente candidata à reeleição, é sua
irmã.

II. Ocupante de cargo público efetivo na Administração direta federal que, investido no mandato de
Vereador, pretende continuar no exercício do cargo, percebendo as vantagens deste, sem prejuízo da
remuneração do mandato eletivo, diante da compatibilidade de horários.

III. Ocupante de cargo de professor em Universidade pública estadual que, investido no mandato de
Prefeito, pretende continuar no exercício do cargo, optando pela remuneração deste, diante da
compatibilidade de horários.

IV. Vereador que tem sua naturalização cancelada, por sentença judicial transitada em julgado, durante
o segundo ano de exercício do mandato.

O exercício de mandato eletivo será compatível com a disciplina da matéria na Constituição Federal de
1988 APENAS nas situações referidas em

a) I e II.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

39

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

11. (FCC/2016/SEGESP-MA/Receita Estadual) Segundo a disciplina constitucional dos direitos


políticos,

a) os conscritos não podem exercer a cidadania ativa.

b) os militares da ativa não podem exercer a cidadania passiva.

c) os analfabetos não podem exercer a cidadania ativa.

d) aos jovens entre 16 e 18 anos é facultado o exercício da cidadania passiva.

e) somente aos 30 anos o brasileiro atinge a cidadania plena.

12. (FCC/2017/TRE SP) Brasileiro naturalizado, com 25 anos de idade, pela segunda vez
consecutiva no exercício do mandato de Vereador, filho do Governador do Estado em que
possui domicílio eleitoral, poderá, à luz da Constituição Federal, candidatar-se, na esfera

(A) municipal, à reeleição para Vereador, apenas, sem precisar para tanto renunciar ao respectivo
mandato.

(B) municipal, a Prefeito, apenas, desde que renuncie ao respectivo mandato até seis meses antes do
pleito.

(C) municipal, à reeleição para Vereador ou a Prefeito, devendo, neste último caso, renunciar ao
respectivo mandato até seis meses antes do pleito.

(D) estadual, a Deputado Estadual, mas não a Governador do Estado, estando ainda impossibilitado de
concorrer a mandatos na esfera municipal.

(E) estadual, a Governador do Estado, mas não a Deputado Estadual, estando ainda impossibilitado de
concorrer a mandatos na esfera municipal.

13. (FCC/2013/TRT 9ª/ Analista Judiciário/Área Administrativa) Considere as assertivas:

I. Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos.

II. Improbidade administrativa.

III. Incapacidade civil relativa.

IV. Cancelamento de naturalização por sentença judicial, ainda que não transitada em julgado.

Nos termos da Constituição Federal, dentre outras hipóteses, a perda ou suspensão dos direitos
políticos se dará nos casos descritos em

40

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

(A) I, II e III, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) II, III e IV, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

14. (FCC/2017/TRE-SP/Analista de Sistemas) Considere as seguintes situações:

I. Recusa à prestação de serviço do júri, por motivo de convicção religiosa, e à prestação de serviço
alternativo previsto em lei, por motivo de convicção política.

II. Condenação criminal, por sentença de primeira instância, transitada em julgado, enquanto durarem
seus efeitos.

III. Acumulação remunerada de cargo de professor em Universidade pública com emprego técnico em
sociedade de economia mista.

IV. Cancelamento de naturalização, por sentença de primeira instância, não transitada em julgado,
enquanto durarem seus efeitos.

À luz da Constituição da República, ensejam a perda ou suspensão dos direitos políticos as situações
referidas APENAS em

a) I e II.

b) III e IV.

c) I, II e III.

d) II, III e IV.

e) I e IV.

15. (FCC/2013/PGE-BA/Analista de Procuradoria – Calculista) Ao enunciar a liberdade de


criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, a Constituição Federal
determina expressamente que o exercício desse direito deve resguardar determinados bens
ou valores constitucionais. Encontram-se, entre eles,

a) o pluripartidarismo, a soberania nacional e a separação dos poderes.

b) a forma federativa de Estado, os direitos fundamentais da pessoa humana e os valores sociais do


trabalho e da livre iniciativa.

41

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

c) o pluralismo político, a forma federativa de Estado e a redução das desigualdades regionais e sociais.

d) a soberania nacional, os direitos fundamentais da pessoa humana e a forma federativa de Estado.

e) o pluripartidarismo, a soberania nacional e o regime democrático.

16. (FCC/2017/TRT24). A Constituição Federal assegura aos Partidos Políticos

a) recursos do fundo partidário limitado a cinco vezes a participação do partido político no Congresso
Nacional, bem como o acesso oneroso ao rádio e à televisão.

b) autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios
de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, com obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.

c) autonomia para criação de partidos políticos, sendo que após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Supremo Tribunal Federal.

d) autonomia para criação de partidos políticos, sendo que após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Congresso Nacional.

e) a livre criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania


nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana,
observados preceitos constitucionais, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária.

17. (FCC/2014/TCE-PI/Auditor Fiscal de Controle Externo) O regime constitucional dos partidos


políticos

a) permite a criação de cláusula de desempenho, relacionada com a gradação dos votos obtidos pela
agremiação, que repercuta em seu funcionamento parlamentar.

b) assegura a participação nas eleições após a aquisição de sua personalidade jurídica, o que se dá
mediante registro no Tribunal Superior Eleitoral.

c) possibilita a formação de agremiações com caráter regional, voltadas à defesa de interesses dos
cidadãos de um conjunto definido de estados da federação.

d) incentiva a internacionalização das agremiações, que podem buscar financiamento para suas
campanhas junto a entidades internacionais.

e) autoriza as coligações partidárias, que não precisam guardar vinculação entre as candidaturas em
nível nacional, estadual, distrital ou municipal.

42

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

Gabarito

1. Letra B 7. Letra D 13. Letra B


2. Letra B 8. Letra A 14. Letra A
3. Letra B 9. Letra E 15. Letra E
4. Letra D 10. Letra A 16. Letra E
5. Letra D 11. Letra A 17. LetraE
6. Letra C 12. Letra A

43

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br
Tulio Lages
Aula 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALEXANDRINO, Marcelo. DIAS, Frederico. PAULO, Vicente. Aulas de direito constitucional para
concursos. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2013.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição e o Supremo. 5. ed. Brasília: STF, Secretaria de
Documentação, 2016.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 29. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.

FURTADO, Lucas Rocha. Curso de direito administrativo. 5. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2016.

JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

LIMA, Gustavo Augusto F. de. Agências reguladoras e o poder normativo. 1. ed. São Paulo: Baraúna, 2013.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 40. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.

44

PC-CE (Inspetor da Polícia) Passo Estratégico de Direito Constitucional - 2021 (Pós-Edital)


www.estrategiaconcursos.com.br

Você também pode gostar