br
/basnaccomcurhisconpolrefped-gs0001-fev-2022-grad-ead/)
1. Introdução
“O desa�o, então, posto aos cursos de formação inicial é o de colaborar no processo
de passagem dos alunos de seu ver o professor como aluno ao seu ver-se como professor.
Isto é, de construir a sua identidade de professor”. (PIMENTA, 1997, p. 7).
Esta disciplina que você inicia agora faz parte do Projeto Político-Pedagógico e
compõe a matriz curricular de todos os cursos de Formação Pedagógica para
os(as) formados(as) em cursos de Bacharelados ou Superiores de Tecnologia e
Segunda Licenciatura para já licenciados(as).
De acordo com Pimenta (1999), são três os grandes conjuntos de saberes que
compõem o ser professor: saberes do conhecimento; saberes pedagógicos; sa-
beres da experiência.
No Ciclo de Aprendizagem 1, você estudará os aspectos históricos, políticos, legais e referenciais pedagó-
gicos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a partir das primeiras 34 páginas do documento, além
de outras referências obrigatórias.
No Ciclo de Aprendizagem 2, considerando as páginas de 35 a 55 da BNCC, além de outras referências
obrigatórias, os estudos focarão a Base Nacional Comum Curricular e a Educação Infantil, abordando con-
cepções, legislações e a formação para a atuação pro�ssional, direitos de aprendizagem e desenvolvimen-
to, campos de experiência e os respectivos objetivos e progressão da aprendizagem.
No Ciclo de Aprendizagem 3, é o momento de estudar a Base Nacional Comum Curricular e o Ensino
Fundamental (seleção de estudo indicada pelo professor responsável considerando o intervalo entre as
páginas 57 e 459 da BNCC, além de outras referências obrigatórias), considerando as cinco áreas de
Conhecimento da etapa (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino
Religioso), componentes curriculares e as respectivas competências especí�cas, unidades temáticas, ha-
bilidades, e direitos a aprendizagens.
No Ciclo de Aprendizagem 4, a Base Nacional Comum Curricular será estudada no contexto do Ensino
Médio, e trataremos de seus desa�os, �nalidades, da estrutura da etapa, de competências especí�cas e ha-
bilidades, itinerários formativos e Novo Ensino Médio, considerando as páginas de 461 a 579 do documen-
to da BNCC, além de outras referências obrigatórias.
No Ciclo de Aprendizagem 5, a Base Nacional Comum Curricular será articulada com o trabalho da gestão
e docência no contexto da Educação Básica, a partir de menções dos escritos da Base e referências obriga-
tórias.
Aqui vão dois avisos importantes para serem lembrados durante toda a disci-
plina:
2. Informações da Disciplina
Ementa
Considerando a premissa de uma formação docente de excelência, visando ao
desenvolvimento pleno das pessoas/estudantes, à Educação Integral, quanto
aos aspectos intelectual, físico, cultural, social e emocional, a disciplina Base
Nacional Comum Curricular (BNCC): história, concepção, política e referenci-
ais pedagógicos, como apoio ao conhecimento, à prática e ao engajamento
pro�ssional, tem como objetos de estudo: Base Nacional Comum Curricular –
aspectos históricos, políticos, legislação e referenciais pedagógicos; Base
Nacional Comum Curricular e a Educação Infantil – concepções, legislações e
a formação para a atuação pro�ssional, direitos de aprendizagem e desenvol-
vimento, campos de experiência e os objetivos e progressão da aprendizagem;
Base Nacional Comum Curricular e o Ensino Fundamental – cinco áreas de
Conhecimento de (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências
Humanas e Ensino Religioso), componentes curriculares e respectivas compe-
tências especí�cas, unidades temáticas, habilidades e direitos a aprendiza-
gens; Base Nacional Comum Curricular e o Ensino Médio – contexto, desa�os,
�nalidades e a estrutura da etapa, competências especí�cas e habilidades, iti-
nerários formativos e Novo Ensino Médio; e Base Nacional Comum Curricular
– a articulação com a gestão e docência na Educação Básica.
Objetivo Geral
Formar o professor-re�exivo-investigador numa perspectiva humanista, com
sólida formação na área, seus fundamentos e concepções didático-
pedagógicas, sendo capaz de se adaptar à diversidade e à práxis pedagógica
de forma crítica, criativa e autônoma, para que compreenda o que é Base
Nacional Comum Curricular, articulada com a história de sua inserção na edu-
cação brasileira, seus aspectos legais, políticos e pedagógicos, sua estrutura e
os elementos que a compõem, tendo como compromisso sua implementação,
visando à formação humana e integral dos estudantes.
Objetivos Especí�cos
• Compreender o que é Base Nacional Comum Curricular, articulada com a
história de sua inserção na educação brasileira, seus aspectos legais, po-
líticos e pedagógicos, sua estrutura e os elementos que a compõem.
• Entender de forma analítica o que é competência, sua inserção de forma
criteriosa na escola, tendo clareza no tocante à implementação das 10
competências gerais da Educação Básica, considerando a complexidade
da progressão das aprendizagens dos estudantes.
• Entender de forma comprometida e ética os princípios da fundamentação
pedagógica da BNCC: educação integral, igualdade, diversidade e equida-
de.
• Contribuir para a BNCC nos sistemas, escola e sala de aula, considerando
o regime de colaboração entre municípios, estados, Distrito Federal e
União (Ministério da Educação), ação permeada pela formação pro�ssio-
nal docente de excelência.
• Compreender a estrutura da BNCC quanto a Educação Infantil, Ensino
Fundamental (anos iniciais e �nais) e Ensino Médio, distinguindo seus
elementos e aplicando os códigos alfanuméricos direcionados às apren-
dizagens.
• Compreender a BNCC com ênfase na Educação Infantil, enquanto primei-
ra etapa da Educação Básica, essencial para o desenvolvimento infantil e
a integração, continuidade e progressão das aprendizagens nas etapas
posteriores.
• Analisar as áreas de Conhecimento do Ensino Fundamental (Linguagens,
Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso)
e seus respectivos componentes curriculares.
• Compreender os pressupostos apresentados na BNCC para o Ensino
Fundamental no que se refere a: desenvolvimento da autonomia, protago-
nismo e educação integral dos estudantes.
• Identi�car as mudanças que a implementação da BNCC produz nas práti-
cas pedagógicas do Ensino Fundamental, tais como o trabalho com a in-
terdisciplinaridade, a progressão de aprendizagens e metodologias ativas
centradas no estudante em atendimento às demandas dessa etapa da
Educação Básica.
• Contextualizar e compreender as �nalidades do Ensino Médio, sobretudo
a importância da articulação com o Ensino Fundamental, do protagonis-
mo juvenil, do projeto de vida, das tecnologias digitais e da �exibilidade
da organização curricular.
• Compreender a estrutura do Ensino Médio, composta por formação geral
básica (BNCC) articulada aos itinerários formativos, envolvendo diversas
possibilidades de arranjos curriculares.
• Promover, no âmbito da gestão escolar, saberes e práticas necessários pa-
ra a articulação da escola junto à Base Nacional Comum Curricular.
• Pensar a formação continuada dos professores na escola, para reorientar
a sistematização do trabalho docente e práticas na sala de aula, com vis-
tas à Base Nacional Comum Curricular.
• Mobilizar a comunidade escolar para a (re)organização do Projeto
Político-Pedagógico, considerando as orientações da BNCC.
(https://md.claretiano.edu.br
/basnaccomcurhisconpolrefped-gs0001-fev-2022-grad-ead/)
Objetivos
• Formar o professor re�exivo-investigador numa perspectiva humanista,
com sólida formação na área, incluindo seus fundamentos e concepções
didático-pedagógicas, tornando-o capaz de se adaptar à diversidade e à
práxis pedagógica de forma crítica, criativa e autônoma.
• Compreender o que é Base Nacional Comum Curricular (BNCC), articu-
lada com a história de sua inserção na educação brasileira, seus aspec-
tos legais, políticos e pedagógicos, sua estrutura e os elementos que a
compõem.
• Entender, de forma analítica, o que é competência, sua inserção, de for-
ma criteriosa, na escola, tendo clareza sobre a implementação das dez
competências gerais da Educação Básica, considerando a complexidade
da progressão das aprendizagens dos estudantes.
• Entender, de forma comprometida e ética, os princípios da fundamenta-
ção pedagógica da BNCC: educação integral, igualdade, diversidade e
equidade.
• Contribuir para a BNCC em sistemas, escola e sala de aula, considerando
o regime de colaboração entre municípios, estados, Distrito Federal e
União (Ministério da Educação), ação permeada pela formação pro�ssio-
nal docente de excelência.
Conteúdos
• BNCC: aspectos históricos, políticos, legislação e referenciais pedagógi-
cos.
• Fundamentos Pedagógicos da BNCC: desenvolvimento de competências
gerais da Educação Básica, educação integral, igualdade, diversidade,
equidade, educação ambiental, educação das relações étnico-raciais e
cultura afro-brasileira e africana, e educação em direitos humanos.
• BNCC: currículo, regime de colaboração e formação dos professores para
a Educação Básica e continuada (professores em serviço).
• Estrutura da BNCC: competências gerais, Educação Infantil, Ensino
Fundamental (anos iniciais e �nais) e Ensino Médio.
Problematização
O que é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)? O que é a BNCC, conside-
rando seus aspectos históricos, políticos, legais e de referenciais pedagógi-
cos? Quais os fundamentos pedagógicos da BNCC? O que são competências?
Qual o sentido da educação integral, considerando igualdade, diversidade,
equidade, educação ambiental, educação das relações étnico-raciais e cultu-
ra afro-brasileira e africana, e educação em direitos humanos? O que é currí-
culo? Qual a importância de entender o que é currículo para a implementa-
ção correta da BNCC? O que signi�ca o regime de colaboração? É necessária
uma formação inicial e continuada (professores em serviço) mais ética e pro-
�ssional dos professores para a implementação da BNCC na Educação
Básica? A BNCC possui uma estrutura? Como ela está organizada, conside-
rando toda a Educação Básica: competências gerais, Educação Infantil,
Ensino Fundamental (anos iniciais e �nais) e Ensino Médio?
Segundo Claretiano e Menari Pereira (2019, n.p.), o Material do tipo Online é composto de
Guia de Estudos (GEO – Introdução) e Material Dinâmico Online (MDO – Ciclos de
Aprendizagem). Esse tipo de material tem uma abordagem dinâmica do conteúdo, com
maior nível de interatividade.
No Material Online, convergem textos, sons, imagens e movimento. Ele permite a você
acessar conteúdos preexistentes na rede, por meio de links de navegação (CLARETIANO;
MENARI PEREIRA, 2019, n.p.).
5. Toda referência indicada por link é obrigatória e deve ser lida e estudada
no momento da indicação, e, em seguida, você deve retornar sua leitura ao
texto deste material.
6. Caso alguma referência ou link sejam complementares aos estudos, você
será orientado nesse sentido.
10. Ainda, neste Ciclo de Aprendizagem 1, você tem uma tarefa denominada
Interatividade, que deverá ser postada no Fórum de Abertura.
1. Introdução
Estimado aluno dos cursos de Segunda Licenciatura e Formação Pedagógica,
o Ciclo de Aprendizagem 1 da disciplina Base Nacional Comum Curricular
(BNCC): história, concepção, política e referenciais pedagógicos, que compõe
os cursos de Segunda Licenciatura e Formação Pedagógica, cursos estes em-
basados pela Resolução CNE/CP nº 2, de 20 dezembro de 2019 (http://por-
tal.mec.gov.br/docman/dezembro-2019-pdf/135951-rcp002-19/�le), republicada
em 15 de abril de 2020, tem como compromisso ensinar, discutir e analisar,
juntamente com você, todo o contexto histórico, político, legal e pedagógico
da BNCC, tendo como fundamento a educação integral, permeada pelos prin-
cípios de igualdade, diversidade, equidade, educação ambiental, educação das
relações étnico-raciais e cultura afro-brasileira e africana, e educação em di-
reitos humanos, que são a base para o alcance das aprendizagens essenciais
que, por sua vez, direcionam ao desenvolvimento das dez competências gerais
da Educação Básica.
Por isso, você vai estudar o que é competência, sua inserção, de forma criterio-
sa, na escola, não apenas como um rol de metas, tendo clareza sobre a imple-
mentação das dez competências gerais da Educação Básica, considerando a
complexidade da progressão das aprendizagens dos estudantes.
Neste momento, é imprescindível que você assista ao vídeo indicado a seguir e conheça al-
gumas das críticas apontadas pelo professor Dr. Luiz Carlos de Freitas, que citamos anteri-
ormente.
Em conformidade V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos va-
Nacional de blica;
Leitura complementar
Atenção!
É importante ressaltar que, quando é solicitado a você o estudo (ou estudar), isso signi�ca que você deverá
fazer uma leitura (silenciosa, oral) bem atenta, apontando (escrevendo, pensando) os aspectos que com-
preendeu, os que não compreendeu, realizando as articulações com os conhecimentos anteriores e, no
nosso caso, a prática docente. Quanto ao entendimento, cabem mais explicações: você poderá acessar um
dicionário eletrônico, por exemplo: Dicio - Dicionário Online Português (http://www.dicio.com.br/), e tam-
bém referências conectadas ao assunto.
Toda Educação Escolar Formal deve pautar-se pelos princípios éticos, políti-
cos e estéticos que visam à formação humana integral e à construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva (BRASIL, 2018, p. 7), de acordo com as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica.
Veja a síntese das dez Competências Gerais da Educação Básica, que não se re-
sumem ao aspecto cognitivo, o que vai ao encontro da Educação Integral, que
também será estudada a seguir.
Figura 2 Competências gerais da nova BNCC (http://inep80anos.inep.gov.br/inep80anos/futuro/novas-competencias-
da-basenacional-comum-curricular-bncc/79).
Agora, você vai responder a um Quiz, uma questão do tipo “Lacuna para com-
pletar”, com o objetivo de fortalecer a compreensão que você desenvolveu até
o momento sobre o tema.
Leitura obrigatória!
Atenção!
Cabe salientar que você não precisa ler, na íntegra, as legislações citadas, no entanto, os trechos citados
nos quadros apresentados a seguir são de leitura obrigatória.
Política Brasileira
Período: de 15/03/1985 a 15/03/1990 (5 anos)
e Política
Educacional
Ministro da Educação: Hugo Napoleão do Rego Neto
Brasileira
Política Brasileira
Período: de 01/01/1995 a 01/01/1999 (4 anos)
e Política
Educacional
Ministro da Educação: Paulo Renato Souza
Brasileira
Quadro 3 Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e
Ensino Médio.
Política Brasileira e
Período: de 01/01/2007 a 01/01/2011 – 2º Mandato (4
Política Educacional
anos)
Brasileira
Política Brasileira e
Período: de 01/01/2007 a 01/01/2011 – 2º Mandato (4
Política Educacional
anos)
Brasileira
I - pela integração e estruturação, a partir do eixo
Formação Continuada de Professores
Alfabetizadores, de ações, materiais e referências
curriculares e pedagógicas do MEC que contribuam
para a alfabetização e o letramento (BRASIL, 2012c,
p. 22-23).
Portaria nº 826/2017 (http://pacto.mec.gov.br/ima-
ges/pdf/legislacao/portaria_mec_826_alterada.pdf)
[...]
[...]
[...]
Reforça-se que os currículos da Educação Básica devem ter uma base nacio-
nal comum e ser complementados e apoiados pelo que é diverso, ou seja:
[...] "em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte
diversi�cada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cul-
tura, da economia e dos educandos" (BRASIL, 1996 apud BRASIL, [2018], p. 11).
[...] o termo competência (do latim competentia, "proporção", "justa relação", signi�-
ca aptidão, idoneidade, faculdade que a pessoa tem para apreciar ou resolver um
assunto) terá surgido pela primeira vez na língua francesa, no século XV, designan-
do a legitimidade e a autoridade das instituições (por exemplo, o tribunal) para tra-
tar de determinados problemas. No século XVIII amplia-se o seu signi�cado para o
nível individual, designando a capacidade devida ao saber e à experiência.
Leitura obrigatória!
[...] reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos – como os po-
vos indígenas originários e as populações das comunidades remanescentes de qui-
lombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou
completar sua escolaridade na idade própria. Igualmente, requer o compromisso
com os alunos com de�ciência, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógi-
cas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com De�ciência (Lei nº 13.146/2015) (BRASIL,
[2018], p. 15-16).
Este é um compromisso de todo professor, amparado por lei, para tornar trans-
versal todo o conhecimento que apoiará o desenvolvimento das dez compe-
tências da Educação Básica, culminando nas aprendizagens essenciais,
apoiando-se nos seguintes preceitos:
"Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desen-
volvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e quali�cação para
o trabalho, assegurando-se-lhes:
"Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de
1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e
entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação" (BRASIL,
1997a, n.p.). OBS: no artigo 76 do Código não está atualizado quando a nomenclatu-
ra correta das etapas da escolaridade brasileira.
[...]
"Art. 22. Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseri-
dos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização
do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a
matéria" (BRASIL, 2003b, n.p.).
Parecer CNE/CP nº 3/2004: Inclusão de discussão da questão racial como parte in-
tegrante da matriz curricular, tanto dos cursos de licenciatura para Educação
Infantil, os anos iniciais e �nais da Educação Fundamental, Educação Média,
Educação de Jovens e Adultos, como de processos de formação continuada de pro-
fessores, inclusive de docentes no Ensino Superior (BRASIL, 2004a).
Logo após a leitura das dez competências, lembre-se de que um dos objetivos
desta disciplina é: entender, de forma analítica, o que é competência, sua in-
serção de forma criteriosa na escola, levando à clareza da implementação das
dez competências gerais da Educação Básica, considerando a complexidade
da progressão das aprendizagens dos estudantes.
Para que você, professor, saiba ajudar seus alunos a se apropriar das compe-
tências, é preciso ter claro que elas têm uma progressão considerando cada
etapa de ensino, além de estar atento, a todo momento, ao seu desenvolvimen-
to. Cabe salientar que as competências são numeradas de 1 a 10 por questão
didática, mas não por ordem de apropriação. As competências devem ser tra-
balhadas em toda a Educação Básica em regime de complexidade a partir dos
conteúdos ensinados.
Observe o exemplo a seguir: �que atento aos trechos dessa competência, que
estão presentes, de forma indireta, nas capacidades (que eram mencionadas
nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e Médio e no
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil). Cada trecho da
competência está indicado por uma cor, que aparece nas capacidades.
Observação:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e Médio e o Referencial Curricular
Nacional para a Educação Infantil não têm mais função de orientar o currículo da Educação Básica, no en-
tanto é importante você perceber a articulação desses conteúdos com a BNCC. Os próximos ciclos de
aprendizagem tratarão dessa articulação.
Ensino Médio: o jovem pode vivenciar e discutir a valorização do uso das di-
ferentes linguagens, sua pertinência e adequação, porque já tem uma susten-
tação vinda da Educação Infantil até o Ensino Médio.
Será que você compreendeu todo o conteúdo estudado neste tópico? Veri�que
sua aprendizagem realizando a questão a seguir.
1. o ponto de vista sobre sua função social como ponte entre a sociedade e a escola.
3. fala-se do currículo como a expressão formal e material desse projeto que deve
apresentar, sob determinado formato, seus conteúdos, suas orientações e suas
seqüências para abordá-lo.
Bem, agora que você teve contato com algumas conceituações de currículo,
que tal conhecer sua origem? Você lerá três trechos do capítulo “Currículo:
tendências e �loso�a”, de Berticelli (2001, p. 160-168 apud COSTA, 2001):
O termo currículo deriva do verbo latino currere (correr). Há os substantivos cursos
(carreira, corrida) e curriculum que, por ser neutro, tem o plural curricula. Signi�ca
carreira, em forma �gurada. Daí derivam expressões como cursus forensis: carreira
do foro, cursus honorum: carreira das honras, das dignidades funcionais públicas,
sucessiva e progressivamente ocupadas. O termo cursus passa a ser utilizado, com
variedade semântica a partir dos séculos XIV e XV, nas línguas como o português,
o francês, o inglês e outras, como linguagem universitária. A palavra curriculum é
de uso mais tardio, nessas línguas. Não se pode deixar de lembrar a presença do
currículo no Oxford English Dictionary, desde 1633, mais como uma ocorrência ter-
minológica do que como um signi�cante, com o sentido que conhecemos hoje. Em
Platão e Aristóteles, currículo era o termo que utilizavam, quando queriam referir-
se aos temas ensinados. Portanto, num sentido bem próximo daquele que emergiu
na modernidade. Isto não signi�ca que tenha havido um amadurecimento, ainda,
da questão curricular, mesmo em países tido como muitos avançados e de grande
desenvolvimento cultural. Em 1682, em inglês, a palavra curricle aparecia com o
sentido de cursinho. Nesta mesma língua, se utiliza, a partir de 1824, a palavra cur-
riculum com o sentido de um curso de aperfeiçoamento ou estudos universitários,
traduzido, também pela palavra course. Somente no século XX a palavra curricu-
lum migra da Inglaterra para os Estados Unidos sendo empregada no sentido de
curriculum vitae. O aportuguesamento da palavra, no Brasil, se dá por volta de 1940
(BERTICELLI, 2001, p. 160-168 apud COSTA, 2001, p. 160-161).
Ao buscarmos as origens do currículo, tal como se entende hoje, sob a dupla dimen-
são do documento escrito e daquilo que é educativo, colocamo-nos num emaranha-
do de �ligranas semânticas e históricas que só muito lenta e recentemente se mos-
tram como questão de domínio geral (BERTICELLI, 2001, p. 160-168 apud COSTA,
2001, p. 161).
1. O que pode ou não ser considerado de valor educativo para fazer parte dos
conteúdos a serem transmitidos pela escola?
2. Quem faz a seleção dos conteúdos e, portanto, dos elementos das culturas que
fazem parte dos currículos?
3. A quem servem os conteúdos ensinados na escola?
4. Como é tratada a cultura das classes populares nos currículos?
Assim, a proposta de Coll (2000) para o currículo é ser um projeto que orienta
as atividades escolares, esclarece suas intenções e os guias de ação para os
professores, que são os responsáveis pela sua execução, além de informar so-
bre que ensinar, quando ensinar, como ensinar, e o quê, como e quando avaliar.
A partir da contextualização histórica de currículo e sua de�nição, você deverá assistir ao vídeo O
Currículo precisa preparar os alunos para a vida (https://www.youtube.com/watch?v=NW9itH3AgC0), que
contém a fala de Dave Peck (Chief Executive Of�cer – Diretor Executivo da The Curriculum Foundation
(https://www.curriculumfoundation.org/), no Reino Unido), no contexto do Seminário Internacional Base
Nacional Comum: o que podemos aprender com as evidências nacionais e internacionais, de 2015. Neste
vídeo, Peck (2015) ressalta que, ao elaborar um currículo, é preciso considerar o que todos os alunos deve-
riam saber ao deixar a escola, o que vai ao encontro das aprendizagens essenciais mencionadas no docu-
mento da BNCC.
A base teórica apresentada anteriormente é apoio para a leitura da próxima etapa do docu-
mento da BNCC: os tópicos "Base Nacional Comum Curricular e currículos" e " Base
Nacional Comum Curricular regime de colaboração" trecho das páginas de 16 a 20 (BRASIL,
[2018]).
Leitura obrigatória!
Neste momento, você deverá ler a Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano
Nacional de Educação – PNE (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03
/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm), a qual prevê o Regime de
Colaboração. Ao fazer a leitura, vá articulando o regime de colaboração
com a implementação da BNCC, com o apoio dos municípios, estados e
Distrito Federal.
FORMAÇÃO
ESTRUTURA SEGUNDA
PEDAGÓGICA
LICENCIATURA
560 horas de discipli-
CAPÍTULO V – DA
nas (Grupo I)
FORMAÇÃO EM SEGUNDA
200 horas de prática
LICENCIATURA
pedagógica (Grupo
Art. 19. Para estudantes já li-
III)
cenciados, que realizem estu-
dos para uma Segunda
Licenciatura, a formação deve
ser organizada de modo que
corresponda à seguinte carga
horária:
I – Grupo I: 560 (quinhentas e
sessenta) horas para o conhe- *Motivo do Claretiano não ofer-
cimento pedagógico dos con- tar o Grupo II: independente-
teúdos especí�cos da área do mente de ser área diversa da
conhecimento ou componente formação integral ou não, o
curricular, se a segunda licen- Claretiano decidiu ofertar para
–
ciatura corresponder à área a Segunda Licenciatura apenas
diversa da formação original. os Grupos I e III, para compor o
curso com maior carga horária,
Fonte: adaptado de Resolução CNE/CP 2/2019 (BRASIL, 2020) e Projetos Político-Pedagógicos dos Cursos de Segunda Licenciatura e Formação
Após a leitura e estudo do Tópico 2, volte aqui para reforçar as suas aprendizagens a partir
das explicações mais detalhadas. Você pode ler todo o conteúdo do tópico (p. 23-34) e, de-
pois, retomar as leituras da seguinte forma: ler a página 24 e voltar aqui, ler as páginas 25 e
26 e voltar, ler as páginas 27 a 31 e voltar e, �nalmente, ler das páginas 32 a 34 e �nalizar
aqui, pois cada trecho corresponde a uma etapa da Educação Básica.
Vamos nos debruçar na Estrutura Geral da BNCC (p. 24) para nos aproximar
dos elementos essenciais da ação didática. Observe a �gura a seguir
(https://149607072.v2.pressablecdn.com/basnaccomcurhisconpolrefped-
gs0001-fev-2022-grad-ead/wp-content/uploads/sites/35/2020/01/C1-
F5-01.jpg)Figura 5 Competências gerais da Educação Básica (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images
/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_site.pdf)
Vamos ver como a Educação Infantil é composta? Para isso, observe atenta-
mente a �gura a seguir.
Fonte: elaborada pela autora, adaptado de Brasil ([2018], p. 25-26).
Agora, vamos entender cada aspecto apresentado na �gura de forma mais de-
talhada?
Direitos de aprendizagem
São direitos do aprender que devem ser garantidos para bebês, crianças bem
pequenas e crianças pequenas nesse espaço de tempo (de 0 a 5 anos e 11 me-
ses), a partir do conviver, brincar, participar, explorar, expressar-se e conhecer-
se.
Para tal, são propostos cinco campos de experiências, e não mais as lingua-
gens como ditas no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
(1998b), ou disciplinas ou matérias. Vamos ver?
Campos de experiência
Os cinco campos de experiência são espaços, dimensões, áreas que precisam
fazer parte da construção do ser humano, considerando os bebês até as crian-
ças pequenas. Você estudará cada um deles detalhadamente no Ciclo 2 Base
Nacional Comum Curricular e a Educação Infantil: concepções, legislações e
formação para a atuação pro�ssional, direitos de aprendizagem e desenvolvi-
mento, campos de experiência e os objetivos e progressão de aprendizagem.
São eles:
Como você pôde perceber, cada frase que está em um quadrinho é um objetivo
de aprendizagem e desenvolvimento, composto por número e letras. Vejamos
o primeiro código à esquerda do quadro:
Esta frase nos diz que, na Educação Infantil (EI), considerando a etapa de 0 a 1
ano e 6 meses (01), a partir do trabalho pedagógico no campo de experiências
“O eu, o outro e o nós” (EO), progressivamente, o professor deve focar, direcio-
nar o bebê para perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brin-
cadeiras e interações das quais participa (02), sendo que, consequentemente,
esse ensinar está levando ao desenvolvimento das competências gerais da
Educação Básica 4, 8 e 9 (BRASIL, [2018], p. 9-10):
[...]
[...]
[...]
Áreas do conhecimento
Área do conhecimento se refere a parte/campo de um determinado saber, de
uma ciência, ou teoria.
Componente curricular
Componente curricular, por sua vez, signi�ca parte/recorte da área do conhe-
cimento (seria a disciplina).
Competências
De acordo com a BNCC (BRASIL, [2018], p. 8), a “[...] competência é de�nida co-
mo a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades
(práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver de-
mandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho”.
Unidades Temáticas
Unidades Temáticas são objetos de conhecimento, compilação/agrupamento
de conjunto de conteúdos, conceitos e processos (BRASIL, [2018], p. 28).
Objetos de conhecimento
Objetos de conhecimento são conteúdos, conceitos e processos (BRASIL,
[2018], p. 28).
Habilidades
De acordo com o que descreve a BNCC (BRASIL, [2018], p. 8), habilidades são
práticas cognitivas e socioemocionais e expressam as aprendizagens essenci-
ais que devem ser asseguradas aos alunos nos diferentes contextos escolares
(BRASIL, [2018], p. 29).
Anos iniciais: “(EF04CI01) Identi�car misturas na vida diária, com base em su-
as propriedades físicas observáveis, reconhecendo sua composição” (BRASIL,
[2018], p. 339).
[...]
Áreas do conhecimento
Já vimos esta de�nição anteriormente, mas vamos recordá-la?
Componente curricular
Componente curricular é parte/recorte da área do conhecimento (seria a disci-
plina). São dois no Ensino Médio: Língua Portuguesa e Matemática.
Competências
Competências: adota-se a mesma de�nição do Ensino Fundamental, já apre-
sentada anteriormente.
Habilidades
Habilidades são aprendizagens essenciais que devem ser garantidas no âmbi-
to da BNCC a todos os estudantes do Ensino Médio (BRASIL, [2018], p. 33).
Itinerários formativos
São a oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o
contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber:
Projeto de Vida
Em relação ao Projeto de Vida, a BNCC argumenta que:
Na BNCC, o protagonismo e a autoria estimulados no Ensino Fundamental
traduzem-se, no Ensino Médio, como suporte para a construção e viabilização do
projeto de vida dos estudantes, eixo central em torno do qual a escola pode organi-
zar suas práticas.
[...]
[...]
6. Considerações
O Ciclo de Aprendizagem 1 teve como grande objetivo contribuir para a sua
formação de excelência como professor (na área escolhida por você), para que
possa, no exercício da docência humanista, ser capaz de olhar a diversidade e
a práxis pedagógica de forma crítica, criativa e autônoma, contextualizando-a
com a compreensão da Base Nacional Comum Curricular, tendo clareza no to-
cante à implementação das dez competências gerais da Educação Básica,
pautando-se na progressão das aprendizagens dos estudantes, de forma com-
prometida e ética, atendendo aos princípios da educação integral, igualdade,
diversidade e equidade, contribuindo para a implementação da Base junto a
sistemas, escola e sala de aula, considerando o regime de colaboração entre
municípios, estados, Distrito Federal e União (Ministério da Educação) e ga-
rantindo as aprendizagens essenciais dos estudantes.
Assim, para �nalizar o estudo da Introdução (BRASIL, [2018], p. 7-9), vale des-
tacar que a BNCC deve ser vista não como currículo que orienta conteúdos,
mas sim que normatiza as aprendizagens essenciais dos e para os estudan-
tes.
Bons estudos!
(https://md.claretiano.edu.br
/basnaccomcurhisconpolrefped-gs0001-fev-2022-grad-ead/)
Objetivos
• Avançar e aprofundar os estudos a respeito da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), tendo como foco a primeira etapa da Educação
Básica: a Educação Infantil.
• Estudar e compreender concepções, documentos o�ciais, legislações e
formação necessária para atuação pro�ssional na Educação Infantil,
conforme rea�rmado pela BNCC.
• Conhecer e aprofundar os estudos acerca de direitos de aprendizagem e
desenvolvimento; campos de experiência e objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento na Educação Infantil propostos pela BNCC.
• Compreender a importância da progressão e da continuidade dos pro-
cessos de aprendizagem; do acompanhamento e da avaliação das apren-
dizagens; da síntese das aprendizagens; e da transição da Educação
Infantil para o Ensino Fundamental à luz da BNCC.
Conteúdos
• Concepção de Educação Infantil e criança.
• Documentos O�ciais e Legislações Nacionais sobre a Educação Infantil.
• Formação de professores para atuação na Educação Infantil.
• Direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
• Campos de experiência.
• Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
• Progressão e continuidade dos processos de aprendizagem.
• Acompanhamento e avaliação das aprendizagens.
• Síntese das aprendizagens.
• Transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental.
Problematização
Quais as concepções de Educação Infantil e criança consideradas pela
BNCC? Quais documentos o�ciais e/ou legislações nacionais referentes à
Educação Infantil foram considerados na construção da BNCC? Qual a for-
mação necessária para atuação na Educação Infantil? Quais os direitos de
aprendizagem e desenvolvimento são trazidos pela BNCC? Qual a sua impor-
tância? E o que são campos de experiência? Quais são os objetivos de apren-
dizagem e desenvolvimento previstos para cada campo de experiência? Qual
a importância de progressão e continuidade dos processos de aprendizagem
desde a Educação Infantil? Como pode ser feito o acompanhamento e a avali-
ação das aprendizagens na Educação Infantil? Qual a �nalidade da elabora-
ção da síntese das aprendizagens de cada criança na Educação Infantil? Qual
a importância do período de transição da Educação Infantil para o Ensino
Fundamental para o desenvolvimento da criança?
1. Introdução
Prezado(a) aluno(a), durante este 2º Ciclo de Aprendizagem, você terá a opor-
tunidade de conhecer concepções de Educação Infantil e criança, assim como
reconhecer e estudar alguns dos principais documentos o�ciais e legislações
que contribuíram para a construção da BNCC e a formação necessária para
atuação pro�ssional na Educação Infantil.
Leitura obrigatória!
Convidamos você a iniciar os estudos deste segundo Ciclo de
Aprendizagem pela leitura do Tópico 3 – A Etapa da Educação Infantil
(http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images
/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_site.pdf) (p. 35-37), do documento o�ci-
al Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Boa leitura!
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como �nalida-
de o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos fí-
sico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da co-
munidade (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013 a este artigo da Lei 9394/96).
tal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=9769-diretrizescurriculares-2012&category_slug=janeiro-2012-pdf&
Observe que o documento das DCNEIs (BRASIL, 2010b) traz, em sua proposta
pedagógica, as metas de aprendizagem e desenvolvimento, considerando o
cuidar, o educar e o brincar como essenciais e indissociáveis nessa primeira
etapa da Educação Básica, respeitando os princípios éticos, políticos e estéti-
cos, embasados pelos documentos o�ciais e legais, considerados pela BNCC
(BRASIL, [2018]), que você conhecerá a partir de agora.
DOCUMENTO FINALIDADE
Estabelece as Diretrizes
Diretrizes Curriculares Nacionais para Curriculares Nacionais de organiza-
a Educação Infantil – DCNEIs (BRASIL, ção e funcionamento de propostas
2010b) (http://portal.mec.gov.br pedagógicas para Educação Infantil,
/index.php?option=com_docman& visando “orientar as políticas públi-
view=download&alias=9769- cas e a elaboração, planejamento,
diretrizescurriculares-2012& execução e avaliação de propostas
category_slug=janeiro-2012-pdf& pedagógicas e curriculares de
Itemid=30192) Educação Infantil” (BRASIL, 2010b,
p. 11).
Documento em que são de�nidas
aprendizagens essenciais, expres-
Base Nacional Comum Curricular –
sas por competências, ressaltando
BNCC (BRASIL, [2018]) (http://basenaci-
que todos os alunos têm direitos que
onalcomum.mec.gov.br/images
devem ser garantidos para adquiri-
/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_si-
las ao longo da Educação Básica,
te.pdf)
que tem início na Educação Infantil
(BRASIL, [2018]).
Leitura obrigatória!
Como você pôde observar por meio da leitura, a BNCC (BRASIL, [2018]) nos
apresenta seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento na Educação
Infantil: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Esses
direitos assumem como proposição assegurar à Educação Infantil condições
para que as crianças sejam protagonistas de sua aprendizagem e do seu de-
senvolvimento.
Para �xar ainda mais sua aprendizagem, visualize a imagem a seguir. Para re-
ver os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento, basta clicar em cada
um dos ícones.
Vamos entender como contemplar esses direitos na prática? Para isso, convi-
damos você a assistir ao vídeo Os Direitos de Aprendizagem: parte 2, elabora-
do pelo MEC (2019).
Com base nesse vídeo, podemos a�rmar que é essencial iniciar essa prática
pelo diagnóstico, para conhecer melhor as condições institucionais e huma-
nas e, assim, poder planejar e organizar com intencionalidade educativa os
tempos e os espaços, organizando uma rotina estruturada, contendo uma
sequência didática que tenha como eixos estruturantes: as interações e a
brincadeira, a �m de favorecer uma aprendizagem signi�cativa, que busca
respeitar e garantir os direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crian-
ças (BRASIL, 2019d).
Campos de experiência
Dando continuidade a esse assunto, a BNCC (BRASIL, [2018]) propõe, para a
etapa da Educação Infantil, uma nova organização curricular, pautada em
cinco campos de experiência, conforme podemos visualizar na �gura a seguir.
Para visualizar cada um dos cinco campos, clique nos ícones dispostos na
imagem:
Observe que esse arranjo curricular traz uma visão de integralidade do desen-
volvimento na Educação Infantil, rompendo com a lógica de uma organização
curricular que, até então, era fragmentada em áreas do conhecimento ou com-
ponentes curriculares. Essa nova organização curricular visa oportunizar o
protagonismo da criança na construção do conhecimento ao orientar experi-
mentações e experiências, habilidades e competências, para que possa con-
templar os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, que serão descritos
a seguir.
*******************
Antes de prosseguir seus estudos, sugerimos que você faça uma pausa em sua
leitura e re�ita sobre sua aprendizagem, respondendo à questão a seguir.
Figura 2 Exemplo de objetivos de aprendizagem descritos no Campo de Experiências “Escuta, Fala, Pensamento e
Imaginação ”.
Leitura obrigatória!
Observe que, conforme consta na BNCC, a síntese das aprendizagens deve ser
compreendida como “elemento balizador e indicativo de objetivos a serem ex-
plorados em todo segmento da Educação Infantil, e que serão ampliados e
aprofundados no Ensino Fundamental, e não como condição ou pré-requisito
para o acesso ao Ensino Fundamental” (BRASIL, [2018], p. 49).
Figura 3 Sínteses das aprendizagens apresentadas no campo de experiência “Traços, sons, cores e formas”.
Fica claro que a síntese das aprendizagens desse campo de experiência se tra-
ta de um resumo do desenvolvimento da criança durante todo o seu processo
de aprendizagem e desenvolvimento na Educação Infantil (de 0 aos 5 anos e 11
meses), que deverá ser considerado, valorizado e aprimorado no Ensino
Fundamental.
[...] diversos registros, feitos em diferentes momentos tanto pelos professores quan-
to pelas crianças (como relatórios, portfólios, fotogra�as, desenhos e textos), é pos-
sível evidenciar a progressão ocorrida durante o período observado, sem intenção
de seleção, promoção ou classi�cação de crianças em ‘aptas’ e ‘não aptas’, ‘prontas’
ou ‘não prontas’, ‘maduras’ ou ‘imaturas’. (BRASIL, [2018], p. 35).
[...] requer muita atenção, para que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas,
garantindo integração e continuidade dos processos de aprendizagens das crian-
ças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que elas estabelecem
com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa.
Agora que você estudou mais profundamente a respeito das diretrizes e nor-
matizações da BNCC para a Educação Infantil, responda à questão a seguir e
veri�que se realmente entendeu tudo sobre esse assunto.
6. Considerações
Chegamos ao �nal dos seus estudos referentes ao segundo Ciclo de
Aprendizagem, no qual você pôde estudar a concepção atual de Educação
Infantil enquanto primeira etapa da Educação Básica, assim como de criança
enquanto sujeito de direitos, que, pela lógica da BNCC (que não desconsiderou
toda a construção histórica e legal nesse sentido), passa a ser a protagonista
de todo o processo educativo, destacando-se a importância da formação peda-
gógica polivalente, desejada e necessária para atuação pro�ssional junto a es-
sa faixa etária.
/basnaccomcurhisconpolrefped-gs0001-fev-2022-grad-ead/)
Objetivos
• Contextualizar a etapa do Ensino Fundamental na Educação Básica,
considerando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
• Analisar as áreas de conhecimento do Ensino Fundamental:
Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e
Ensino Religioso e seus respectivos componentes curriculares.
• Compreender os pressupostos apresentados na BNCC para o Ensino
Fundamental que se referem ao desenvolvimento de autonomia, prota-
gonismo e Educação Integral dos estudantes.
• Identi�car as mudanças que a implementação da BNCC produz nas prá-
ticas pedagógicas do Ensino Fundamental, tais como o trabalho com a
interdisciplinaridade, a progressão de aprendizagens e metodologias ati-
vas centradas no estudante em atendimento às demandas dessa etapa
da Educação Básica.
Conteúdos
• Contextualização da etapa do Ensino Fundamental na Educação Básica.
• Currículo por competências no Ensino Fundamental, com especi�cida-
des cognitivas, comunicativas e socioemocionais, apresentado na BNCC.
• Implementação da BNCC no contexto do Ensino Fundamental.
• Natureza e princípios da BNCC para organização curricular do Ensino
Fundamental.
• Direitos a aprendizagens essenciais das diferentes áreas de conheci-
mento do Ensino Fundamental: Linguagens, Matemática, Ciências da
Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso, e seus respectivos
componentes curriculares, competências especí�cas, práticas de lin-
guagens/unidades temáticas, objetos de conhecimentos e habilidades.
• Pressupostos apresentados na BNCC para o Ensino Fundamental no to-
cante a desenvolvimento da autonomia, protagonismo e Educação
Integral dos estudantes.
• Mudanças nas práticas pedagógicas do Ensino Fundamental decorren-
tes da implementação da BNCC: trabalho com a interdisciplinaridade,
progressão de aprendizagens e metodologias ativas centradas no estu-
dante, que atendam às demandas dessa etapa da Educação Básica.
Problematização
Como viabilizar a formação de professores para implementação da BNCC no
contexto do Ensino Fundamental? Quais as mudanças decorrentes da homo-
logação da BNCC na etapa do Ensino Fundamental na Educação Básica?
Quais são os princípios fundamentais da BNCC para organização curricular
do Ensino Fundamental? Quais as implicações para a prática pedagógica do
Ensino Fundamental com a implementação da BNCC? Como organizar um
currículo por competências, garantindo as especi�cidades cognitivas, comu-
nicativas e socioemocionais apresentadas na BNCC? Como garantir a pers-
pectiva de um currículo que esteja a serviço do desenvolvimento de compe-
tências? Como estruturar um currículo na área de conhecimento de
Linguagens que garanta articulação e integração de seus componentes curri-
culares? Como organizar um currículo voltado para autonomia e protagonis-
mo dos estudantes do Ensino Fundamental de acordo com a BNCC? Como
garantir Educação Integral no Ensino Fundamental? Como articular compe-
tências especí�cas, unidades temáticas, objetos de conhecimentos e habili-
dades na área de conhecimento de Matemática? De que maneira podemos
relacionar as competências gerais às especí�cas da área de Ciência da
Natureza da BNCC? Como estruturar a área de Ciência da Natureza, visando
garantir articulação e integração curricular? Como organizar um currículo
que garanta a progressão das aprendizagens no Ensino Fundamental? Como
pensar o trabalho com a interdisciplinaridade, atendendo ao que é proposto
na Base? Como articular competências especí�cas, unidades temáticas, obje-
tos de conhecimentos e habilidades na área de Conhecimento de Ciência da
Natureza da BNCC? De que maneira podemos relacionar as competências ge-
rais às competências especí�cas da área de Ciências Humanas da BNCC?
Como estruturar a área de Ciências Humanas por meio de aprendizagens ati-
vas? Como garantir a aprendizagem dos alunos do Ensino Fundamental por
meio de metodologias ativas? Como promover metodologias ativas para po-
tencializar a aprendizagem no Ensino Fundamental? Como articular compe-
tências especí�cas, unidades temáticas, objetos de conhecimentos e habili-
dades na área de conhecimento de Ciências Humanas da BNCC?
1. Introdução
Neste momento, damos início ao terceiro Ciclo de Aprendizagem, em que estu-
daremos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto do Ensino
Fundamental, abordando: áreas de conhecimento, componentes curriculares
e respectivas competências especí�cas, unidades temáticas e habilidades.
Neste ciclo, queremos garantir a você uma formação teórica, analítica, investi-
gativa e re�exiva para pensar a organização da BNCC no contexto do Ensino
Fundamental em todas as esferas educacionais.
Por �m, faremos uma análise dos pressupostos apresentados na BNCC para o
Ensino Fundamental, que se referem a desenvolvimento da autonomia, prota-
gonismo e educação integral dos estudantes e de como tais pressupostos im-
plicam mudanças nas práticas pedagógicas do professor, ressaltando, assim, a
relevância do trabalho com interdisciplinaridade e metodologias ativas cen-
tradas no aluno, que atendam às demandas dessa etapa da Educação Básica.
I - A Educação Infantil, que compreende a creche (crianças de zero até 3 anos e 11 meses); e
a pré-escola (crianças de 4 até 5 anos e 11 meses), e que foi estudada no Ciclo 2.
II - O Ensino Fundamental, organizado e tratado em duas fases: a dos 5 (cinco) anos iniciais
e a dos 4 (quatro) anos �nais.
III - O Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) anos, que será estudado no Ciclo 4.
Nossos estudos serão dedicados ao conhecimento do Ensino Fundamental de
9 anos, que, de acordo com a Resolução CNE/CEB nº 7/2010 (BRASIL, 2010e),
tem duas fases:
Como podemos ver, a ideia de garantir que todos os estudantes brasileiros te-
nham assegurados seus direitos a aprendizagens essenciais e ao desenvolvi-
mento pleno e integral por meio de uma BNCC surgiu há muitos anos, sendo
considerada uma conquista na busca por avanços no âmbito educacional, em
conformidade com o que preceituam todas as determinações legais discutidas
anteriormente e apresentadas a seguir em uma linha do tempo:
Para entender um pouco melhor o que é a BNCC e qual a sua importância, as-
sista ao vídeo elaborado pelo MEC que indicamos a seguir.
Leitura obrigatória
Para que compreenda como a BNCC vai interferir na sua ação docente, você
precisa observar que, para a organização curricular proposta no documento
chegar às salas de aulas, precisamos passar por um processo de implementa-
ção da Base, que demanda a participação de diferentes esferas educacionais,
exigindo o envolvimento de diversos atores e grande mobilização de professo-
res, como podemos ver na �gura a seguir. Observe:
/2018/06/estruturacao_de_documentos_curriculares_2018.pdf).
Esse olhar para a implementação do currículo na sala de aula foi nomeado por
Sacristán (2000) como o currículo em ação. Para esse autor, "o valor de qual-
quer currículo, de toda proposta de mudança para a prática educativa, se com-
prova na realidade na qual se realiza, na forma como se concretiza nas situa-
ções reais" (SACRISTÁN, 2000, p. 201). Ainda de acordo com ele, é na sala de
aula que temos, de fato, a implementação de uma proposta curricular, visto
que é por meio do currículo em ação ou na prática que todo projeto, toda ideia,
toda intenção se torna realidade efetivamente.
[...] o currículo como o projeto que preside as atividades educativas escolares, de�ne
suas intenções e proporciona guias de ação adequadas e úteis para os professores,
que são diretamente responsáveis por sua execução. Para isso, vamos analisar co-
mo serão de�nidos e trabalhados elementos centrais do currículo, tais como: o que
ensinar, quando ensinar, como ensinar e o que, como e quando avaliar.
A partir de agora, conheceremos todas as áreas de conhecimento propostas pela BNCC para
o Ensino Fundamental, e imagino que você possa se perguntar: mas o adequado não seria
que eu conhecesse apenas a área que se refere ao meu curso de Licenciatura? E a resposta
é: não! Sabe por quê?
Além disso, a BNCC (BRASIL, [2018], p. 63, grifo nosso) enfatiza que:
As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas por diferentes
linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e, contemporaneamente, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas inte-
ragem consigo mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais.
Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores culturais,
morais e éticos.
Leitura obrigatória!
Neste primeiro vídeo, você entenderá um pouco mais a respeito das unidades
temáticas de Educação Física e Progressão das Aprendizagens. Não deixe de
assisti-lo!
Agora que você assistiu ao vídeo que apresenta a organização da área de co-
nhecimento da Matemática, �cará mais fácil entender que essa área tem co-
mo objetivo desenvolver o conhecimento matemático "necessário para todos
os alunos da Educação Básica, seja por sua grande aplicação na sociedade
contemporânea, seja pelas suas potencialidades na formação de cidadãos crí-
ticos, cientes de suas responsabilidades sociais" (BRASIL, [2018], p. 265).
Vamos fazer mais uma leitura para compreender um pouco mais a respeito
desse assunto?
Leitura obrigatória!
Leitura obrigatória!
Na �gura a seguir, você verá como está disposta a organização da área de co-
nhecimento de Ciências da Natureza na BNCC, suas competências especí�cas
e suas três unidades temáticas - Matéria e Energia; Vida e Evolução; Terra e
Universo - e seus respectivos objetos de conhecimentos e habilidades.
Observe:
Fonte: elaborada pela autora.
Leitura obrigatória!
Leitura obrigatória!
Vamos lá?
Por meio da indicação clara do que os alunos devem "saber" (considerando a cons-
tituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que de-
vem "saber fazer" (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências
oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendiza-
gens essenciais de�nidas na BNCC.
[...] deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global, o que implica com-
preender a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo
com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou
a dimensão afetiva. Signi�ca, ainda, assumir uma visão plural, singular e integral
da criança, do adolescente, do jovem e do adulto - considerando-os como sujeitos
de aprendizagem - e promover uma educação voltada ao seu acolhimento, reco-
nhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades e diversidades.
Além disso, a escola, como espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, de-
ve se fortalecer na prática coercitiva de não discriminação, não preconceito e res-
peito às diferenças e diversidades (BRASIL, [2018], p. 14).
Leitura obrigatória!
[...] processos cognitivos em jogo, sendo expressa por verbos que indicam proces-
sos cada vez mais ativos ou exigentes - quanto aos objetos de conhecimento, que
podem apresentar crescente so�sticação ou complexidade - ou, ainda, aos modi�-
cadores - que, por exemplo, podem fazer referência a contextos mais familiares aos
alunos e, aos poucos, expandir-se para contextos mais amplos.
Além disso, acaba por atender à ideia de Educação Integral defendida pela
Base, em que se assevera a importância da formação e do desenvolvimento
humano global, o que implica compreender a complexidade desse desenvolvi-
mento, garantindo uma formação voltada para múltiplas dimensões.
Leitura obrigatória!
[...] essa aprendizagem exige uma ousadia para se colocar problemas, buscar solu-
ções e experimentar novos caminhos, de maneira totalmente diferente da aprendi-
zagem mecânica, na qual o aluno limita seu esforço apenas em memorizar ou esta-
belecer relações diretas e super�ciais. A aprendizagem depende de uma motivação
intrínseca, isto é, o aluno precisa tomar para si a necessidade e a vontade de apren-
der (BRASIL, 1997b, p. 99).
Esse termo foi cunhado pelo psicólogo da aprendizagem Ausubel. Ele de�ne a
aprendizagem signi�cativa como o processo em que a nova informação trazi-
da pelo professor "se ancora" nos conhecimentos já existentes dos alunos, que
são os conhecimentos prévios. O que importa é que as aprendizagens novas
sejam vinculadas aos elementos da estrutura cognitiva existente do aluno, a
�m de que ele possa apreender de forma signi�cativa (ANASTASIOU; ALVES,
2005).
Para Weisz (1999, p. 67), "construir situações de aprendizagem que se orientem
por esses pressupostos exige do professor competência para estabelecer os
desa�os adequados para seus alunos, que são os que �cam na intersecção en-
tre o difícil e o possível". Dessa forma, o conhecimento só avança quando o
aprendiz tem problemas sobre os quais pensar.
Para aprender ao longo da vida com autonomia, é preciso saber construir conheci-
mento, individualmente e de forma colaborativa. A construção do conhecimento
está associada ao processo de acesso à informação e à sua signi�cação subjetiva,
ou seja, o aprendiz transforma a informação em algo que faça sentido para ele, a
partir do "diálogo" com seus conhecimentos prévios, suas emoções e sua maturida-
de cognitiva de processamento. O conhecimento é algo pessoal e quanto mais co-
nhecimento crítico, maior a possibilidade de ampliação de conhecimentos
(BRASIL, 2019a, n.p.).
5. Considerações
Este ciclo de aprendizagem teve como objetivo o conhecimento da BNCC no
contexto do Ensino Fundamental. Para tanto, analisou as cinco áreas de co-
nhecimento - Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências
Humanas e Ensino Religioso -, bem como seus respectivos componentes cur-
riculares, competências especí�cas, unidades temáticas, objetos de conheci-
mentos e habilidades.
Um forte abraço!
(https://md.claretiano.edu.br
/basnaccomcurhisconpolrefped-gs0001-fev-2022-grad-ead/)
Objetivos
• Discutir a estrutura geral da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
do Ensino Médio.
• Compreender as principais �nalidades do Ensino Médio de acordo com
a BNCC.
• Analisar as competências especí�cas e habilidades das áreas do conhe-
cimento da BNCC do Ensino Médio.
• Explorar os referenciais curriculares para elaboração dos itinerários for-
mativos.
• Re�etir sobre a �exibilidade da organização curricular no Ensino Médio.
Conteúdos
• Finalidades do Ensino Médio de acordo com seu contexto e com as de-
mandas contemporâneas.
• Áreas do conhecimento: competências especí�cas e habilidades.
• Itinerários formativos e a organização curricular do Novo Ensino
Médio.
Problematização
Como está estruturada a BNCC do Ensino Médio? Qual a realidade atual do
Ensino Médio brasileiro? Quais devem ser as �nalidades do Ensino Médio?
Quais as áreas do conhecimento do Ensino Médio, bem como suas compe-
tências especí�cas e habilidades? O que são itinerários formativos? Como se
dá a organização curricular do Ensino Médio estruturado em formação geral
básica (BNCC) e itinerários formativos?
Alguns dos links darão acesso a materiais em formato "PDF", os quais você
poderá salvar em seus dispositivos eletrônicos (sugerimos que o faça com os
materiais mais importantes, como a BNCC). Ao acessar os links, faça uma
leitura crítica, releia quando necessário, destaque o que é mais importante e
faça resumos, essas ações serão fundamentais para sua aprendizagem.
Bons estudos!
1. Introdução
Neste ciclo, apresentaremos em detalhes a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC) do Ensino Médio, última etapa da Educação Básica. Iniciaremos pela
explicação da estrutura geral da BNCC do Ensino Médio e por discussões acer-
ca dos principais desa�os a serem enfrentados nessa etapa. Em seguida, va-
mos nos aprofundar nas áreas do conhecimento do Ensino Médio, sobretudo
por meio de análises sobre suas competências especí�cas e habilidades. E, por
�m, abordaremos os objetivos e as habilidades referentes aos itinerários for-
mativos, bem como alternativas e possibilidades para sua implementação.
Leitura obrigatória!
A própria BNCC a�rma que o Ensino Médio "[...] representa um gargalo na ga-
rantia do direito à educação" em nosso país (BRASIL, [2018], p. 461). Vários são
os problemas que justi�cam essa a�rmação, tais como evasão escolar, baixo
rendimento dos estudantes, currículo não atrativo para os jovens, dentre ou-
tros. Como exemplo disso, veja o Grá�co 1 e a Tabela 1.
Grá�co1 Motivos dados por jovens de 15 a 17 anos para não estudar no mo-
mento. (https://valor.globo.com/brasil/noticia/2019/11/11/jovens-fora-da-
escola-sao-12-um-terco-sai-por-desinteresse.ghtml)
Fonte: adaptado de Pnad Educação 2018 - IBGE.
Leitura obrigatória!
Leitura obrigatória!
/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_site.pdf).
Cabe ressaltar que, como também pode ser observado na �gura anterior, as
aprendizagens essenciais do Ensino Médio estão pautadas nas dez competên-
cias gerais da Educação Básica. Ademais, embora a formação geral básica
(BNCC) e os itinerários formativos sejam diferentes, eles são articulados entre
si, fazendo parte de um "todo indissociável" (BRASIL, [2018], p. 470).
Se você esqueceu quais são as dez competências gerais da Educação Básica, consulte o do-
cumento da BNCC (http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images
/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_site.pdf)(BRASIL, [2018], p. 9-10).
Leitura obrigatória!
Para concluirmos este primeiro tópico do ciclo, vamos discutir dois temas
apresentados com grande relevância na BNCC do Ensino Médio: o projeto de
vida e as tecnologias digitais e a computação.
Para complementar ainda mais seus estudos a respeito desse importante as-
sunto, sugerimos que ouça ao podcast Projete-se, que debate alternativas para
trabalhar o projeto de vida na escola. Para ouvi-lo, clique no ícone.
Leitura complementar
Portanto, como uma proposta pedagógica pode não envolver essas tecnologi-
as? Não é à toa que uma das competências gerais da Educação Básica envolve
a "cultura digital" (veja a competência 5 (http://basenacionalco-
mum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_site.pdf), descrita
na página 9 da BNCC). No Ensino Médio, deve-se desenvolver o pensamento
computacional para a resolução de problemas reais da sociedade (desenvol-
vendo algoritmos, por exemplo), empregar tecnologias de informação e comu-
nicação para tratar dados e apresentar informações, utilizar ferramentas cola-
borativas para produções diversas, dentre várias outras alternativas.
Aprenda mais sobre o uso de tecnologias digitais e computação na educação com os vídeos
do canal "Tecnologias Digitais na Educação (https://www.youtube.com/c/LDEUFC/featu-
red)", do Laboratório Digital Educacional (LDE) da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Figura 2 Número de competências especí�cas e habilidades por área do conhecimento do Ensino Médio, e habilida-
Como podemos observar na Figura 2, não há uma regra que estabelece uma
quantidade de competências especí�cas e habilidades para cada área do co-
nhecimento. O que importa é que a organização proposta leve ao efetivo de-
senvolvimento das aprendizagens essenciais do Ensino Médio.
Aqui outras dúvidas podem surgir, tais como: quando as habilidades devem
ser desenvolvidas? Cada habilidade está relacionada a uma série especí�ca do
Ensino Médio? As habilidades devem ser trabalhadas em uma sequência obri-
gatória predeterminada? Novamente, a resposta é: não! Todas as habilidades
podem aparecer em qualquer série do Ensino Médio e, inclusive, é interessan-
te que isso ocorra. Ademais, propostas interdisciplinares devem ser motiva-
das, portanto, habilidades de mais de uma área do conhecimento podem ser
mobilizadas em conjunto, em uma mesma proposta.
Considere, por exemplo, uma escola que proponha, em sua organização curri-
cular, não só disciplinas, mas também "laboratórios", "o�cinas", "clubes", "pro-
jetos", dentre outros. Além disso, podemos citar as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL, 2018b (http://portal.mec.gov.br
/docman/novembro-2018-pdf/102481-rceb003-18/�le#:~:text=2%C2%BA
%20As%20Diretrizes%20Curriculares%20Nacionais,Federal%20e%20dos%20Mu
nic%C3%ADpios%20na), p. 6, grifo nosso), pois estipulam, no Artigo 11, 4º pará-
grafo, que "Devem ser contemplados, sem prejuízo da integração e articulação
das diferentes áreas do conhecimento, estudos e práticas de [...]", ou seja, não
se exige uma estrutura curricular baseada em disciplinas. Esses "estudos e
práticas" são, resumidamente, de:
Conforme você deve ter observado na Figura 2, essa área envolve uma particu-
laridade: é a única que elenca direcionamentos, inclusive habilidades, para
um único componente, no caso, Língua Portuguesa.
Por sua vez, a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, que inclui os
componentes Filoso�a, Geogra�a, História e Sociologia, preconiza aprendiza-
gens fundamentadas em ética, justiça, solidariedade, autonomia e liberdade
de pensamento e escolha. Essas aprendizagens são problematizadas por meio
dos temas:
• Tempo e Espaço.
• Territórios e Fronteiras.
• Indivíduo, Natureza, Sociedade, Cultura e Ética.
• Política e Trabalho.
Leitura obrigatória!
Será que você conseguiu entender bem o assunto abordado? Con�ra respon-
dendo à questão a seguir!
Leitura obrigatória!
O "Novo Ensino Médio", como tem sido chamado, propõe uma organização
curricular composta de formação geral básica (BNCC) e itinerários formati-
vos, indissociáveis entre si, conforme já discutimos. Com isso, tem-se uma ca-
racterística relevante, que é uma reorientação de currículos e de práticas pe-
dagógicas. Por exemplo, com os itinerários formativos, o estudante poderá fa-
zer escolha em parte de seu currículo do Ensino Médio, dedicando-se a estu-
dos que mais se identi�cam com seu projeto de vida. Em outras palavras, o
Novo Ensino Médio oferece uma �exibilidade da organização curricular, ca-
racterística fundamental para desenvolvimento do protagonismo juvenil.
Além dessas cinco opções de itinerários formativos, eles podem ser estrutura-
dos para serem trabalhados na forma de itinerários integrados, os quais mobi-
lizam conhecimentos de mais de uma área do conhecimento, ou de uma área
do conhecimento com a Formação Técnica e Pro�ssional. O foco é oferecer
aos estudantes possibilidades de aprendizagens verdadeiramente signi�cati-
vas e contextualizadas com realidade.
Leitura obrigatória!
Leitura complementar
Para responder a essa questão, vamos relembrar que o Novo Ensino Médio estimula a �exi-
bilidade da organização curricular; logo, diversos arranjos podem ser propostos. Acesse o
Guia de Implementação do Novo Ensino Médio (https://anec.org.br/wp-content/uploads
/2021/04/Guia-de-implantacao-do-Novo-Ensino-Medio.pdf) e conheça, na página 13, as
possibilidades para os itinerários formativos. Em seguida, vá até a página 18 e analise as
possibilidades de distribuição de carga horária de formação geral básica e de itinerários
formativos.
Como encerramento deste quarto ciclo, veri�que como está sua aprendizagem,
respondendo à questão a seguir.
5. Considerações
Neste Ciclo de Aprendizagem, estudamos sobre a BNCC do Ensino Médio.
Vimos que, nessa última etapa da Educação Básica, a BNCC é responsável pela
formação geral básica. Contudo, além disso, o currículo deve conter os itinerá-
rios formativos, os quais podem ser escolhidos pelos estudantes de acordo
com seu interesse. Diversos arranjos de organização curricular são possibilita-
dos.
/basnaccomcurhisconpolrefped-gs0001-fev-2022-grad-ead/)
Objetivos
• Promover, no âmbito da gestão escolar, saberes e práticas necessários
para a articulação da escola junto à Base Nacional Comum Curricular
(BNCC).
• Re�etir sobre a importância do envolvimento da equipe de gestão e dos
docentes na (re)organização do Projeto Político-Pedagógico (PPP), diante
das determinações da BNCC.
• Pensar a formação continuada dos professores na escola, para (re)orien-
tar a sistematização do trabalho docente e das práticas na sala de aula,
com vistas à BNCC.
Conteúdos
• Os saberes e práticas da gestão escolar na articulação da escola junto à
BNCC.
• O papel da equipe de gestão e dos docentes na (re)organização do PPP,
considerando as orientações da BNCC.
• A formação continuada de professores na escola: sistematização do tra-
balho docente e práticas na sala de aula, com vistas à BNCC.
Problematização
Quais as implicações no trabalho do gestor diante das determinações da
BNCC? Qual deve ser o seu foco e por quê? Qual é o papel da equipe de gestão
e professores na organização do PPP, à luz da BNCC? Por que a formação con-
tinuada na escola é importante para a sistematização do trabalho docente e a
institucionalização de práticas consistentes na sala de aula, para atender às
demandas da BNCC?
Esses pontos são centrais nos nossos estudos e estão articulados de modo que
estabeleceremos elos entre a gestão e a docência nas questões relacionadas ao
PPP e à formação continuada de professores, dentro de uma perspectiva
teórico-prática, com o propósito de viabilizar a compreensão das mudanças
produzidas pela Base no cenário escolar.
Antes de iniciar o estudo dos conteúdos propostos neste ciclo, assista ao vídeo
indicado a seguir.
Para Nóvoa (1992 apud CRUZ, 2016, p. 81, grifo nosso), o funcionamento de uma
escola "é fruto de um compromisso entre a estrutura formal e as interações
que se produzem em seu seio", e as características organizacionais tendem a
ser construídas com base nas seguintes grandes áreas:
Pautadas pelas competências gerais determinadas no âmbito das escolas, tais ins-
tituições precisarão ajustar/alinhar a sua práxis, a começar pela atualização do
Projeto Político Pedagógico (PPP), implicando, ainda, a formação continuada de
professores, daí porque a gestão escolar deve empreender esforços para essa em-
preitada.
Leitura obrigatória!
[...] visam estabelecer bases comuns nacionais para a Educação Infantil, o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio, bem como para as modalidades com que podem se
apresentar, a partir das quais os sistemas federal, estaduais, distrital e municipais,
por suas competências próprias e complementares, formularão as suas orientações
assegurando a integração curricular das três etapas sequentes desse nível da esco-
larização, essencialmente para compor um todo orgânico (BRASIL, 2013b, p. 8).
Diferentemente do que ocorre com as DCNs para a Educação Básica, o uso dos
PCNs é facultativo nas escolas. Já a articulação da BNCC no currículo escolar
é obrigatória. Isso nos leva a questionar se há diferenças entre os PCNs e a
BNCC. Segundo Cândido e Gentilini (2017, p. 328):
Talvez a maior diferença entre estes dois documentos (PCN e Base Curricular) seja
o ponto em que os parâmetros traziam orientações mais generalizadas, diferente da
base, que mostra o que deve ser ensinado em cada ano escolar, o que pode auxiliar
no trabalho docente e no direcionamento daquilo que se pretende ensinar na esco-
la.
[...] a questão crucial da autonomia escolar está na capacidade de produzir seu pró-
prio projeto, com função pedagógica, ou seja, nas dimensões que envolvem os pro-
cessos de ensino e aprendizagem, mas também, com função política, que abrange
também a comunidade e a pluralidade cultural.
Leitura obrigatória!
Para entender melhor esse assunto, faça a leitura obrigatória indicada a se-
guir.
Leitura obrigatória!
[..] ela [formação continuada] permite mais protagonismo e interação entre os pro-
fessores e entre eles e o formador na escola, por meio de grupos de estudo, compar-
tilhamento de experiências constantes, observação de aula com devolutiva peda-
gógica, entre outras estratégias. [...]
[...] a formação continuada pode apoiar o docente a romper seu isolamento na sala
de aula, propiciando-lhe mais referenciais e aprendizado sobre sua prática e pro-
movendo a busca por soluções compartilhadas para problemas comuns do proces-
so de ensino-aprendizagem na escola (BRASIL, [2019], n. p.).
É certo que diretrizes poderão ser construídas a partir daí, com a colaboração
de um agente formador, da escola, do sistema de ensino ou mesmo de colabo-
radores da academia, quando convidados a contribuir com o desenvolvimento
pro�ssional dos professores.
Diante dessa exposição, vale concluir que é inevitável que a escola promova a
formação continuada dos seus docentes, e que a BNCC estará institucional-
mente representada nesse processo, visando ao desenvolvimento pro�ssional
dos professores da Educação Básica.
Agora que concluímos os estudos deste ciclo, vamos testar nossos conheci-
mentos a respeito dos conteúdos aqui estudados? Para isso, responda à ques-
tão a seguir:
Para �nalizar seus estudos, assista o vídeo de encerramento da disciplina.
5. Considerações
No quinto e último ciclo, apresentamos três importantes temáticas para dis-
cussão: