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CAPITULO 16 1 O Ciclo do Acido Citrico No Capitulo 15 etudamos come as clulasobiém energia ATP) por fermentacao, quebrando a glicose na auséncia de oxigénio. ntretanto, para a maioris das celulas eucaristicas¢ muitas bac- térias, viendo em condigdcs cerobices ¢ oxidando os seus com bustivcis orginicos completamente até didxido de carbono ¢ ‘gua, a glicdlise no é mais que o primeiro estigio da oxidagdo ‘completa da glicose, © piruvato formado na via glcolitica nto mas éreduzido a loetato 9 etanol ot a qualquer outro produto de fermentagao, em ver disso ele € oxidado 2 CO; € HO. Essa fase aerabics da catabolism ¢ chamada de respiragdo. No sen- tido fsioldgico amplo, ou macroscdpico, a palavra respiragao oma as troeas gasosas feitas por um organismo multicel ware cu sea, acaptagao de 0, €eliminagao de COs Entretanto, os bioquimicos¢ os bidlogos ceulares empregam 0 termo em am sentido microsespicoeteferem-se aos processosmoleculares que coher o consumo de Os c@ formario de CO; pels céhulas — processos que deve, com maior preciso, ser denominados res- Piragio celular. A tespiragdo cellar ocorre em trés grandes estagios (Fig 16-1), No primeieo estigio, as molécalas dos combustives or sginicos — glicse, écicos graxos e alguns aminoicidos — st0 ‘oxidadas para liberarfragmentos de dois étomos de carbon na forma de um grupo acetl do acetil-coenzimna A (acetil- CoA}, ‘No segundo estigio, esses grupos aceil so introduzidos no clo do ividocitrico, o qual os oxida enzimaticamente até COs.A cnergie lberada pela oxidacao € conservade nos transportado- tes de cltrons reduzides, NADH e FADH,, No tercero estigio da respiragéo, esses coenzimas reduzidos sio oxidados, desta- zendo-se de prétons (H') ¢ eletrons. Os eletrons s30 conduti- dos ao longo de uma cadeia de moléculas transportadoras de ckrons, conhecida como cadeia respiratdria, até 0 O:, 0 qual les reditzem para formar HO. Durante esse processo de trans- feréncia de eltcons, uma grande quantidace de energi é ibera~ die conservida ma forma de ATP, por meio do processo chame~ do de fosforlaga0 oxidativa. A respcayao € mais complexa que & alcilisee acredita-se er surgido muito mais tarde no processo tvoluciontrio, somente apés o aparecimento das cancbactérias, ‘Aatividade metabslice dessas cianobactérias oi responsivel pelo » aumento da concentraglo do oxignio na atmosfera da Terra, um Fate dramitico ¢ decisive na historia da evolusao biologics. Este capitulo se inicie com a conversio do piravato em gru- pos acti, seguide pela entrada destes no ciclo do dcido citrico, também chamado de cielo dos acidos tricarboxflicos ou ciclo de Krebs (Sir Hans Krebs, depois de sua descoberta). Examina~ remos as reagoes do ciclo e as enzimas que as catalsom. Device 10 fato de 05 intermedirios do ciclo do decide citcico também serem empregados como precursores biossintéticos vamos con Sidecar algumas vias pelas quais ese intermedistis sto repos- tos. O ciclo do écido ittieo & ume regido central do metabolis- ‘mo, com vias degeadativas chegando até ele e com vias anabéli- Figura 16-1 - 0 catabotismo de proteinas, gorduras » carboldratos nas ts estégios da respiraclo celular. siagio "a oxidagio dos do- doe grace. lense @ guns emnnoacees beta aceI-CoA Fxagio 2 a ‘oxidacie dos runce acti por meio do cclo do dodo etre incu quat passos, durante os quas Ceore a retrada dos elétrons,Eségio 3.3 batons Yansperlados por NADH @ FADH, sao invodurdos na cada de ‘tansporiadores de elétons ro inetor dos itocOndrias (as bacteras be transportatores esto ligados& mebare plasnatca. a cadeia res raters, 20 final da qual 6.0; recuzida a H:O. Ese fix0 de elttors forrece energe para sintese de ATF an Hans Krebs 1900-1981) cas principiando nele; ee também & regulado de forma estrita em coordenacio com essas outras vies. O capitulo termina com a descrigie da via do gliosalato, uma seqliéneia de reagdes meta- bolas que alguns organismos realizam para ober a sintese I uida de glicose a partir de triacilglicersis, empregendo vérias das mesmas enzimas e reagoes usadas no ciclo do acido citrico, A Producao de Acetato Nos organismos aerdbicos, a glicose © outros aziicares, éeidos iraxos ¢ a maloria dos aminoicidos s20 oxidados, em ultima instincla, a CO, € HO pot meio do ciclo do acid eitrico, En tretanto, antes que possam entrar no ciclo, os esqueletos catbo- nicos dos aciicarese dcddos graxos precisam ser degradadlos acé 1 grupo acetil do acetil-CoA, a forma na qual a cielo de decide citrico recebe a maior parte de sew combustivel. Tambem et tram no ciclo poressa via mui nientes dos aminofcidos, embora virios deles sejam metaboli eamente degradados em outros intermediirios do ciclo. Aqui ‘vamos estudar como 0 piruvato, derivado da glicose e outros apticares por meio da via glicelltica, €exidado para lierar ace TI-CoA e CO; por um conjunto estruturado de trés enzimas, 0 pantoténica untae a uma porcio modicada do ADP por m Coenciana A 8 Fosfondenosins diosa de uma Tooese do ester fosfarca e 0 sau grupo ceraoula &1ga0 ra f-morcapto-eiamina per meio de ume liga atrida.O grupo hax na posigdo 3" da porcao de ADP tem ur grupo fesfori que nBo esd presente no proprio ADP.O grupo. forms im Hadster com 9 acetal da acet CoA lemiboito & esquerda), onidede reiusida forma scelada asec, ah cH is cf So sito on asi ipso ‘ esto detains ee a L- Carkia pois de Bs {diidroipol uansaceilase) Figura 16-4 ~ © acide lipdico (lipoatc) em ligacéo emida com a ‘cadeia lateral de um resieuo de lisina, porcee Host #6 grupo Frostetco da didrolipal tramiacetiose(, do complexo da piruvato do eragerese) 0 grape Ipoll exsteTento na lorma oxe¢e (dssuleta) ‘quanta na reduzida (So) ¢ pode agir quar como um transporter de Ficgenio quer coro um tansportador de ques ace (cu outros ‘grupas aca. © complexo da piruvato desidrogenase consiste em trés enzimas distintas (© complexo da pituvato desidrogenase contém trés enzimas: a piruvato desidrogenase (E;), a diidrolipoil transacetilase (E,) a diidrolipoil desidrogenase (E,), cada uma delas presente «mn miltiplas c6pias. O numero de copies de cada subunidade esportanta,o tamanho do complexo variam de um organismo para outro, O complexo da piruvato desidrogenase isolado da Echerichia coli (M,> 4,3 « 10°) tem perto de 45nim de dite ‘to, um pouguinho maior que um ribossomo e pode ser visu ‘Ha porgio de mercapto-eiarna 05am Figura 16-5 - icrototagratiaeltrerica do complow aa private ces drogenaseiolado da E cof, mostrando sua estratura em sebunsdedes, lizado em microscépios eleteOnicos (Fig. 16-5). A porgao cen- ‘ral desse agregado, ao qual as outras enzimas esto ligadas, é constituida por copiss de diidrolipoil transacetilase (E,). No complexo da E, cal, 24 cépias dessa cadeia polipeptidica, cada uma delas contende tres moléculas de lipoata ligado covalen- temente, constituer essa regio central. No comaplexo de ma- imiferos existem 60 cépias da By e seis de uma proteina relacio- nada, protefna X, que também contém lipoato ligado covalen= temente. A ligagdo do lipoato as extremidades de cadeiaslaterais de lisina em E; produz bracos longos ¢ flexiveis que podem transporter os grupos acetil de um sitio ativo para outro no interior do complexo da piruvato desidrogenase. Na E.coli sgadas a essa parte central de moléculas E,, existem vinte equa to copias da piruvato desidrogenase (E,) ¢ doze copias da dit- rolipoil desidrogenase (E,). A Ey contém TPP ligaco ea Fs contém FAD ligade, Duas proteinas reguladoras, uma prote! nna quinase e uma fosfoproteina fosfatase, também fazem parte do complexo da pituvato desidrogenase, descritas adiante, las fungdes serio a4 Os intermedidrios permanecem ligados superficie das enzimas A Fignca 19-5 mostra exquematcsmente como 0 complexo da pirate desidrogenase deservolve as cinco reagoes consecutivas na descarhoxiasan e desdtogenagae do pinwvato, © passo@) ¢ cessencialmente identico a reagio catalitada pola piruvato des carboxilase (veja Fig. 15-8): 0 C-1 do piravato € liberado como CO; €.0.C-2, qe a0 piruato tem o estado de oxidacto die um aldeklo, éligado a0 TPP como um grupo hideoxict No passo @ esse grupo € oxida um Acide carbolico (ace- uo). Os dois eléteons removidos mm reagio de oxidagao rede ‘etna ligicio—S—S— de um grupo lipoil em Fa dois grupos tidis (Sit). O acetate produzido nessa reagdo de oxiiacao- reducio € primeiro esterificado a um dos dois grupos —SHT do lipo, eatao transestrificado a CoA pate former acetil-CoA (p2ss0 @). Assim, @energia da oxidagio impulsions a formasao deur tiogster de acctato de alta encrgia. As reagbes restates ca- talsadas pelo complexo da pirurato desiciogenase (passos @ ¢ @ storransferéncias de elétrons nacexsirias paras egeneracao da forma dissulfeto da grupo lipotl de F;, preparando, assim, 0 compleso enzimivico pra outrarodada de oxidagao,Oselétons removidos do. grupo hidroxieti derivado do piruvato passam por meio do PAD para o NADH, Em posigio ceatral esse processo estio os bragos moves lit pels de em que passam os dois elétrons co grupo ace, de- rivados do piravato de E, para Es, Todas esas enzimasecoenzimas «stio agregadas, permitindo que os intermedirios reajam rapida mene sem jamais abendonatem a superficie do complexo enzi imac. A seqiéncin de cinco reegoes mostrada na Figura 16-6 & um outro exemplo de calizacao de substratos (ve ig, 13-8) Como é faiimence previsvel, sao severss as consequéncias cde tages nos genes das subunidades da piruvato desidroge- nase ou de deficéncia de tiara na alimentagao. Animas defi cicntes em tiamine sio incapazes de oxida normalmente 0 pi- runoto, iso € de importincia especial no cérero; normalmente esse Orgio obtém toda a sua energia pele oxidagio aerobica da Figura 16-6 ~ Descarbowilacéo oxidative do piruvato a acatilCoA pelo complex da ple rwvate desidrogenate. 0 destin do pruvato esié martado em rsa. Na passo Q, 0 pruvaco | reage com a tiamina orofosiato (TPP igada na | bitxeto desicragenase (), softenda descarbor ‘lagao pars formar o derivado htoxow. A pi- ver ‘ura desidrogenase também catalse 0 asso Q, a warsterencia de deis eltrons do grupo ceil Go TEP para a forma oxdada do gi lik alii da porgao central da enaima, dicroipol tvansacetlase (|, para fornar o acetl-ioester 0 g'upollpolreduzdo.O pass0@) a transes- terieacBo em que o grupo —SH de CoA susti- 1 ogiupo—sh de E pare lcerar acetl-Coa & {forma totalmente reczida tito) do grup li pol. No passa @) 3 cldialpar oesidrogenase (G) promove a tansferéncia de dois biomes de hisogsnia dex gropo lina rc sidoc def, para ‘© grupo prastitico FAD de Ey resteurendo a for Tre ma oxideda do grupo ipoisi de 2 sorbreado amarcle). No passo @)o grupo reduado FADH, ‘ern tarsfeve un fon idee para © NAD?,for- mando NADH, O complexo enamétcoesté 399° ra pronte pera out clo ctalltco. Nat pina deddegeane 1; doled rarecrae F, dole dedropene glicosee, portanto, a oxidagio do piruvut € vital. O bert tuma doenga gue resulta da deficiencia dietetica de tiamina, caracterizado pela perds parcial de fungoesneurais. Essa doenga carte principalmente ern populagdes que fazer do arro2 bean co (polido} 2 parte principal de sua alimentagos o aro? branca € desprovido de sua casca e nela se encontra a maior parte da tiamina do atrez. As pessoas que habitualmente ingerem gran- des quantidades de bebidas aleolicas também pocem descr volver ceréncia ce tiamina isso porque a maior parte Ge sua in- gestio alimentar passa a ser na forma de “calorias varias” des bebidas destladas(desprevids de vitaminase outros nutrients essencias). Freqientemente, um elevado nivel de piravato no sangue é um indicador de falas em sua exidagao devido 8 una dessas caus. Reacées do Ciclo do Acido Citrico Fatamos prontos para exarinar a forma pela qual acetil-Coa, Sofie ovidagao.Fssatransformayao quimica azorre no cielo do {cid citrico.a primeira via lca que encontrames (Fig. 16-7). Para iniciar una volta do ccho« acetil-CoA transfer o seu gr po acetil para um composto com quatzo stomos de earbono.o oxaloscetato, pare formar octzao, um compesto com ses do~ mos de carbone. 0 citrato € entio transforrado em iscitrato, também uma molécula de ses itomos de carbono,¢ est é desi drogenade, com peréia ce CO. para formar 9 composto com cinco étomos de carbono a-cstoglutarato (também chamado oxoglutarato). Este timo também perde CO. e libera 0 suc ‘ato, um composto com quatto tomes de carbon, O suena: tw convertide enzimaticamente, em uma reagao de tres asso, 1 oxaloacetato com qual toms de carbone, com 0 qual o cielo sim. © exaloacetao esté pronto para Feagit com uma nova molévule de aceti-Coa iniciar uma segunda volta do ciclo, Em cada uma dessas voltas entra um grupo ace (dois carbonos), como scetil-Cod, e saem duas molécule de COs Em caca volta, uma moléeula de oxaloacetato ¢ emprezada Piruvato naa pap. Hota re" TAD Acetl:Co Acel-CoA Condensogf0 oD = coo" ® H,—coo Desidragenagio ‘ eae Onaloacetato| no. Foo I Ho-tH Malate I qe oe cn ‘co ieee @ H ritraagdo J issn KO He wigraucio Goo cn —— Fumarate ne ocitrae Descarbouiagio ‘onidatva| Daido a by boo cosh ~~ ae at LADPY succinil-Con, 0 +2, scomdetnae ceCetoghitarate Const " Descarboxilasao Fostoragi0 no ‘oxidative nivel do subatrto Figura 16.7 — As reagées do cele do Acido citric. Os atomos do carscno sornbeados ern vere a0 aqueles abe tesa do aceato dooce CoA na stimera volta do clo. Exes carbonos no sto aquelesNberados como CO, na primera volta. Note Qe os Fupos de dos atomos de catbono tlevados do acelato ndo podem mais se dstnqudes especfamente ne Fumarato; 50 porque e succinate e o fumarato sdo moléculas smeétca porn, c-1e C-? 20 ndsnquives ce C-4e C-3. © nurrerd a0 lado Ue cada paso da eacao coresponde &rumeragéo dos subituls deserts no foto, Ay setae vormelhas inseam onda a anerga @ conservada pea transferencia de eetrans pata 0 FAD ou © NAD”. formardo 0 FADKs ou NADH + 05 pessos CD, @) eG) sto esvenciakmente areversiveis na cBiula, todos os outros sd reverses. O produto co passo G) pode sa” 0.ATP ovo CTF, ependendo de qual das wozimas da succin-Cod sintatase paricpa da cats para formar citrato, mas — depois de uma série de reagses— Como jd explicamos anteriormente, embore o ciclo do éci se molécula de oxaloacetato € regenerada, Nao ocorre, por do citrico tenha um papel central nos mecanismos metabélicos tamio, qualquer remogdo final de oxaloacetato ¢ ums molécula de obtengio de energia, seu papel nao est limitado a conserva- dale pode, teoricamente, er stficiente para participar da oxids- 30 dessa energia. Intermed drios com quatro e cinco éromosde §i0 de um niimera infinita de grupos aceite, de fat, nas célu- carbon do ciclo sio empregados come precursores biossintti [as o oxaloacetato estd presente em concentragoes muito peque- cos de uma grande variedade de subsstancias. Para substituir as ras. Quatro dos ito passos desse procesto so oxidagSes ea moléculas desses intermediirios removidos com esse propos ‘energianelas iberada ¢ conservada, com alta efieiéncia, na for- as células empreyam as reagdes anaplerdticas(reagoes de reposi- ‘majo dos coenzimas reduzidos (NADH e FADHS). Go}, as quais serdo descritas logo mais, km 1948, Eugene Kennedy e Albert Lehninger demonstra- ram qule 0 conjunto inteiro de reagoes do ciclo do acido ettrico ‘esta localizado no interior da micocondtia, Foi demonstrade que _mitocondrias separadas de todos os demais componente cel ros possufar nao todasas envimas ecoenzimas necessarias para nbem todas as enaimas-e proteinas ‘necessrias para o tikime estagio da respiragao, ou sea. a tr réncia de elfirons ea sintese de ATP por fosforilagao oxidativa Como yeremos em capitulas posteriores, as mitocndries tam bem contém as enzimas que catalisam a oxidaeao dos écidos gra: xosem acetil-CoA ea degradagio oxidativa dos aminoscidos em acetl- CoA ou, para alguns aminoscidos, a-cetoglutarato, sucei nil-CoA ou oxaloacetato. Assim nos eucariotos nao-fotossiniti ‘as, a mitocendria é o lugar onde ocorre a maioria das reagoes coidativas liberadoras de energia e a sintese do ATP acoplada a cesias reagoes, Nos eucariotos focossintéticos, quando em ambi ente escuto,a mitocénidriaéo principal local de produyao de ATR, ‘mas sa luz do dia os clorophasios produzem a maior quantida- de de ATP do organ cavimas do ciclo do dciso cfticn em seu citosol es sua membea- ra plasmética desempenha um papel andlogo iquele da mem- bran mitocondrial interna na sintese de ATP (Capttulo 19) ciclo do decid chico, mast we smo, A-maioria cos procariotos eontérn as ciclo do acido citrico possui oito passos AA seguir exominaremos as cito reagaes sucessivas do ciclo do. Acido citrico e colocaremos enfase especial no estudo das trans- Formagoes quimicas que ocorrem medida que 0 acetil-CoA & ‘oxidado para liberar CO, e & energia oriunda dessa oxidagan & ‘conservada na forma das coenzimas reduzidas NADH € FADH;. @ Formagso do citrato, A primeira reagan do velo € con Sensago do acti to, cataado pola Grato 0A com 0 oxaloacetato para formar eitra ntase: HO CoA + 0=¢—C00) Sod dy, —coo Aeati-Coa, aloacetato Oxsloa ‘0 HO-G—Coo cH, coo. AG" =-32.24i'mol [Nesta reagio o carbono metila do grupo aceti éreunid a0 gru- pocarboaila[C-2} do oxaloacetato. 0 intermediario citroil-CoA, € ransitorios ele ¢formado no sitio ativo da enzima e é rapida- ‘mente idrolisado, iberando o citrato e a CoA live, estes iti mos abandonam o sito: rio daha energia faz com que a teagaa seja vo. A hidralise do ioéster termed mente exergoni- ca nesse sentido, A variacao de energia livre negativa ede grande valor absolute, associada com a reagio da citrato sintase, & es sencial para a aperagio do cielo, isso porque, normalmente, a HO—¢—coo” Ht, —coo" Gitvoi-Cos concentragao de oxaloacetato presente & muito baixa, A CoA deixada livre nesta reagao éreciclada; ela pode vir partcipar de virias reagdes em que atua, inclusive na descarboxilaga0 oxide iva de outra molécula de pirvato pelo complexo da piruvato ddesidrogenase para formar ovtra molécula de acetl-CoA, que, por sua ver, entrard também no ciclo. jase da mitocdndtiajé foi cristalizada ¢ visual- zada por cristalografia de raios X na presenga e na auséncia de seus substratos ¢ inibidores |Fig. 16-8). O oxaloacetato, 0 pr -meito substrate a ligar-se nola, induz 2 uma mudanga confor ‘macional que faz aparece um sitio de ligigao para ¢ sepundo substrato, 0 aceti: CoA. Quando o citroil-CoA se forma na su perficie da enzima, outra mudanga conformacional traz 2 c2~ deja lateral de um residuo de acido asparticn essencial em posi= 20 adequada para clivar 6 ibéster. Fase ajuste induzido da enei- Ima, primeiro em relagio a sew substrato € logo apts a sea iniermedisrio, diminui a possibilidade de uma clivagern prema- tuca e improdutiva da ligacio tingster do acetl-Coa. A citrate si ob) ! = Gitrato sintage.tsta en2ma sole uma mucsrea co. formacional grarde cuardo se liga 20 oxaloacetat: (al forma ete {82 snzmeasozia, (fora ech ada quand ligada com 0 oxalcaceta to amarelo} eum andloge estive! do acet.Cof (carbonimedl: cof ver eho @ Formagéo do isocitrato via cis-aconitato. A encima is formalmente, aconitate hidratase) catalisa 2 transformagao reversivel do citrato em isocitrato, por meio da formago intermediaria do ci-aconitato, um acido tricarbox Tico que, normalmente, nao se dissocia do sitio ative. A aconita- aconitase (n se pode promover a adigao reversivel de agua na dupla ligaco do cis-aconitato ligado no sitio catalitica da enim por dois caminhos diferentes, um levando a citrato co outzo a isocitrator GHi=c00 BBB F gn. coo ye. HEE ;—coo [ — coo i iis L Givato cirAconitato ¢x4,-co0 HeC—co0 HO-C—coo 4 cite AG" = 133ky/mol Embora a mistura em equilibrio em pH 7.4 € 25°C contenha menos que 10% de isocitrato, na celula, a reagio € deslocada para a diteta, porque e isocitrato & rapidamente consumide passo subseqitentedo cicto, diminuindo a concentragao ce equi Librio estacionario, A uconitase contém um centro ferro-enxo- fre (Tig. 16-9), que atua tanto na ligagdo do substreto no sitio ativo quanto na catilise da adigio ou remoso de gue. ? coo Figura 16.9 - 0 centro de ferro-enxotre na aconitase 0 conta de ‘enoensote esti em vermehe # a moked 00 crfato em e2ul T's restos de csteina da eraima igam se a tés aromas de ferro’ 9 quarto stomp de fero esa leedo e umn cos runes cattonla do clvats “8 re Deserta ih esiduo bases da enema que ayuda 3 postconar 9 ctato no sito avo, O conto fer-erwafie ace em ambos process. ligacio do aestto © caldise da raca0, As proprededes goras 03: protenas ‘erio-envoe sip dscunces no Captle 19 (ves Fig. 19-5, @ oxidagao do isocitrato 4 o-cetoglutarato ¢ CO. No Pasto seguinte a isocitrato desidrogenase catalisa a descarboxi- lagi oxidativa do isocitrato para formar 0 @-cetoglutarate NAD(P iB +H SABO} ot€00 cco0 1-6 soo" oy e coo = pe o-Cetoglutarato 8G" = -2091)/mel Imoctato xistem duas formas diferentes da desidrogenase isocitrica |que emprega 0 NAD" como receptor de elétrons ¢ outra que emprega o NADP! A reacao global catlisada peles duas isoenti- mas €idéntica nos demais aspectos. Nas células eucaridticas, a cnvimadepencente de NAD éencontrada na matriz mitocondril ccatua no Gclo dodcido citrico. A ispenima dependentede NADP. € cneontrada tanto nia matriz mitacondrial quanto no citosol ¢ sua fungdo mais importante deve sera geracao de NADPH, que ‘ essencial nas reagdes anzbélicas de redugao. @ Oxidagio do a-cetoglutarato a succinil-CoA @ CO,. © pesso seguinte é outra descarboxilagao oxidativs,nela 0 acce- loglutarato € convertido em suecinil-CoA CO; pel complexo da desidrogenase do a-cetoglutarato: 0 NAD" serve como receptor de elétrons, e 0 CoA, como carreadr de grupo suceinil. energia de oxidagio do a-cetoglutarato é conservada pela formagao de uma ligagie tiosster de succinil-CoA: sit—coo. COMSH NADY NADIE me x APH cut, coo Gi NON te wy 00m ken groves ° meee ° fo-Cetoglutarato Swcsinl Can AG? =-335limal Esta reacao € virtualmente idéntica& reagdo da picuvato dese genase cliscutida amteriormente, ¢ 0 complexo da a-cetoghutara- to desidrogenase asseretha-se muito, em esteutura ¢ em funcio, av complexo da piruvato desidrogenase, Ee inclu ni apenas as trés enzimas andlogas a, F€ Fs do complexo da pirwato desi- sdrogenase, mas também TPP ligado a enzima, lipoata ligado as proteinas, FAD, NAD ¢ cocnzima A. Embora a P, de complexo a a-cetoglutarato desidrogeniase sejaestruturakmente similar 2 5 da piruvato desidrogenase, suas seqiigncias de aminovicidos so diferentes e elas tém especificidades de ligagio diferentes: os ‘componentes E; do complexo do picuvato desidrogenase ligan se especificamente a0 piruvato, enguanto E, de complex da de- sidrogenase do c-cetoglurarate liga-se a0 cc cetoglutarato, Os ‘componentes F; dos dois complexos sao muito similares; ambos incluem partes de lipoil ligadas covalentemente, As subunidades ‘de Es, para os dois complexos, sto vitalmente identicas. € qua. se certo que as proteinas desses dois complexex multienzimsti- «os compartlhem uma origem evalutiva comum. © Conversio do succinil-CoA em succinato. Como o scetil-CoA, o suecinil-CoA tem uma energia livte de hidrolise de sus ligagao tioéster forte e negativa (AG" = ~S6kW/mol). No roximo passo do cielo do dcido citrico, a energia liberada 10 rompimento dessa ligacio ¢ empregada para dirigir a sintese cde uma ligago de anidrido fosfSrica no ATP ou 0 GTP, com uma AG" de apenas -2,9)/mol. No processo forma-s, alinel (0 succinate! RCO Gop +p, GTP Coast FO 1H. oH. ¢ Ss ZG po ‘SechihG oa é eae boo Succinil CoA Succinato 294ml 44g. ‘Acenairma que catlisa esta reagdo reversivel ¢chamada de sucsi- nil-CoA sintetase ou de tioquinase succinica: ambos os nomes indicam a patticipagio de um nudeosiéeo trifosfato na reagio (Sdendo 16-1) sta regto conservadora de energiaenvolve um passo inter mediario ne qual a molécula da enzimia é fstorlada em um re duo ée histidina epecitio, que etd presente no sito etivo (Fig 15-0). Esse grupo fostao, que tem um alto potencial de trans- feréncia de grupo, € tansferide paca o ADP (ou para o GDP) com formagio de ATP (ou GTP). As clus enimais én dues ssozimas, urna espectfica para ADP e a outra para GP. A suc nil-Co8 sinteiase tem das subunidades. 2 denominada (Mf; 32.0), a qual temo tesiduo fosfo-hisidina (His) eo sitio de ligayao para a CoA, ea denominada B (4; 42.000), que confere expecificidade para ATP ou GTP.O sitio ativo esta na interfice das duas subunidades,& estruturacristalogratiea da succinil-Coa sintetase revela duas “helices de forga” (urna para cada subunida= de} orientades de forma que seus dipoloseletricos coloquem car {86 parciais positivas perto do grupo fosfo-histidina carregado negativamente (Fig. 16-10b), estabilizando o intermedirio fos foencime, (Lembre-se do papel similar das “hélices dipolares" «estabilizando 08 tons potissio no canal de K'; veja Fig. 12-38) Asintese de ATP (ou GTP) as expensas da energi liberada pela descarboxilacdo oxidative do a-cetoglutarato é outro ‘exemplo de fosforilacio no nivel do substrato, como a sintese de ATP acoplata as reagbes na gliclise catalisadas peles ena mas gliceraldeido-3-fosfato desidrogenase ¢ piruvato quinase (veja Fig. 15-2), Adendo 16-1 Sintases e sintetases; ligases e liases; quinases, fosfatases ¢ fosforilases: Ufa! Tantos nomes realmente confundem! A cittato sintase & uma das muitas enaimas que ca- lalisany reaybes de condensagic, peoduzinda unm produto quimicamente mais complexo que seus recursores. As sintasescatalisam as reagses de con densagto, nas quais nenhum nucleosideo tifosito (ATO, GTP ete.) & necessrio como fonte de encrgia. Acsintetases catalsam condensagées que emipregan © ATP, ou qutro nucleosides trfosfeto, como fonte ‘de enetpia pata realizar a reagan de sntese. A scei- nil CoA sintetase & urna dessas enzimas, As ligases {60 lai figore, ou seja,“amarrar juntos") catali- sam reagbes de condensagG0, nas quais dois étomos ‘io unidas, empreganda a energia do ATP ou de qualquer outra fonte de energia. (Assim sim, sinte taser sto ligase.) A TINA ligase, par exemple, fecha rupturas nas meléculas do DNA, utlizando a enet- gia fornecida pelo ATP ou pelo NAD" ela é lnga- mente empregada na engenharia genética para ew ni pedacos de DISA, As igases nao cever ser cnn= fundidas com as liases, enzimas que catalisam liszgens (ou na dzecao iaversa adigbes), nas quais ‘ocorter reatranjes cletrinicos, © complea0 da pi ruvato desiimgenase, que civaexidativamente oCO; do piravato, ess nessa grande clase de enzimas Ornome quinase é aplicado aguelas enrimss que transferem um grupo fosfato de am nveleosideo trifosfata, como 0 ATP, para diferentes moléculas roceptoras — um agiiar (como na hexoquinase © licaguinase), us proeina (como na quinase da fosforilase do plicogtnio), outro nucteoticeo (como na nucleosides difosfato quinase), ou om interme ifrio metabélica como o exsloacetato (como na PEP carboxiquinase). Uma reagae catalisada por uma quinase é ume fexforlago, Por outro lado, fos Jfordlise & wma reagio de deslocamento na qual 0 fosfato & a espécie que ataca ¢ a2 torna covalente- mente ligada a0 ponto de quebra da ligaglo. Tais reagies #0 catalisadas pela fosforiases. A foslori- lase do glicogenio, por exemplo, eatalisa a fsfonli= se do glicogenio, produrindo glicate-|-fosfato, De Jfosferagao &a cemogaa de um grupo fostoril de um Aster fosforico e & catalisada por fosfatases, com a pu atuando como a especie atacante, A frutuse Difosfatase-t convertea frutose-16-bifosfato em f= tose-6-losfato na neoglicogénese « a foslorlase a fosfatase retira os grupos fosforl da fosfoserinana fosforilase do glicogénio fosforilada, Ue! Infelizmente, scarrem sobreposcdes nestas de fradado por reacoes quimicas conhecidas, de for- ima a ser possvel estabelecer as posigdes de toro dc carbono isot6pico derivado do acetato marcado na corboxila Fsperava-se que a condensagie de oxaloacetate nio-mareado com 0 aeetato marcado na carboxila produzise citrato mercado em um dos dois grupos Cetborilas primirios. Como o citrato & ura mole- ciila simetrica, sem neabum catbono assimétrico, ‘0 sous dois grupos carboxitermina’s sio quimica- ‘mente indistingutveis. Portanto, esperava-se que metade das moléculas de citrate marcadas iberase ‘ccetoglotarato marcado no grupo o-carboxilaeque ‘sould meiade bberasse 0 d-cetoglotarato marcado no grupo 7-carboxila: ito &, 0 a-ceioglutarato isola CH=! C00" Acetato mareade I i G1,—coo BEOO: aro marcad Oxsloactate clo deveria ser ur mistra de moles marcas eam ambos os gripes carbo Fi). Contariamente sexs expectativa, 0 a-etogh tarato marcals solo da sspensto de tecido con tinha apenas sStopo marcado no grupo 7-crbo: nila (Fig. Iya Dp. Or pesgusadores conearam «qe 0 proprio crate om qualquer outa molcala Simetic,difilmente podria ser ma day subs tints itermediras ne caminno entre o eat € 6 cccetghitarata, Asim, am Acido tical tssimetrica, presamivelnente craconitao cu i Sirato, devri sero primero produto da conden fagao entre aceato © ozaiaeetatn, Tin 1948 entrtanto, Alexander Ogston meston ‘qu, emborao irate no tea centro qual ea Fig. 3-8), ele tan a poroncihidade de regi assim trcamente, desde que a crima que age sobre de terha um sto ative asimetric, Ele opera que 0 Sitio tivo da aconite, + entima que age sobre 0 Citrta recem-formado, pode ter trés ponts 408 Gunis« moléula de citreto deve ligarse © que @ tolled citratn press sfrer uma igaga0 es pecifca por meio dessestrés pontos de ligeszo Camo pode visto na Figur 2, gag do at to.aostspontos pode scontecer de uma uni for- Ina apena eco expliciia forma dum nied tipo de -ctoghtarato marcado, Melécuas org nicas como oct, que no possuem centro qi Fal mas do potencaimentecapazes de ear asi- mmetricamente com ui to avo assimétrio, 30 fora chamads de moléculas proguias. Figura 1 icorporacio no a-catogutarato, pel cto do ace cic, co carbon Kot6- pico C°C) do grupo ace mercada,Estao indcades ew vermelho os dtornos de carbone {80 g7u90 ace que entram no cic na ferma oe aceti-COA Figura 2 — A natuteza proqural da citrata a) Estrutura do citata_ (B) Representacz0 ‘OH, Y= COO; = —CH,COO™ (¢| Austecomplarnen. {ar corrate.do date re sie de igagao da ecoitae, Exste apenas une maneia pele fal os ts grupos de strato expecticados podem ajtarse 205 02s stios de liga esquematica do ctato. cH.coO coo @ ) (G0. ASIN apenas um dos dos grupos —CH;COO™ é laado pela acon‘, Os c-coo Ne. c00 Greco Se co0- Ho—CH= "00 (Noo lecteto pene ae 07 | Sexico0 xy i ae rte ® om dle do deldo ciwieo. cada wots do aelo 0 deido citric produz tres NADH um ADH, be coma GTP (ou umn ATP. os CO, so prasidos ras reagoes Ge deste borlagio oxdatva. Nes ¢ em vires fu: rasa segur mostames todas os reactes do ‘lo ocotrenco em apenas um nico sent o, reslembre-se de que a maiona des re=- (€es naredidade sdorwestels, come OS | Fae 1611 Parte eum vta do Embort0 ciclo do Acido citrico gre diretamenteapenas uma molécula de AT? por volta (na conversao Ge suecinil-Cos em succinato), 0s quaito passos de cxielac20 do cielo formecem um sgranaleflxo de elétrons para a cadeia respiratsria, por meio de NADH e TADH fs. eta leva 8 formagao de um grande niimeso de moléeulas de ATP durante a fosforilacao exidativa No Capitulo 15 vimos que o rendimento de energia da pro- ‘éugao de duas moigcules de pirwvato partir de uma molécala e glcose, curantea glicdise€representado por duss moléculas Ge ATP e duas de NADH. Na fosforlagso oxidativa (Capitulo 19), 2 passagem de dois eétrons do NADH para o oxigénio po- tencia a formagao de mais ou menos 2,5 moléculas de ATP, €a passage de dois elétrons do FADE pata 0 oxighnio potencia a formagio de 1,5 molécula de ATP. Essa estequiomettia nos per= mite calcular 0 rendimento em ATP da oxidagdo complete da icose. Quando ambos os piruvatossio oxidados até 6 COs por Tabela 16-1 - A estoquiometria da redugio das coenzimas © da formacio de ATP na oxidacio aerébica ‘Acctil-CoA, meio da agao do complexo da piruvato desidrogenase ¢ do cielo do dcido citrico e os eletrons correspondentes sio transferides para 0 O,, 32 moléculas de ATP sa0 obtidas pela glicose (Tabela 16-1). Em mimetos redondos, isso representa a conservagae de 32 x 30,8kJimal = 876k{/mol, ou 34% do maximo teotico de 2.840ki/mol disponiveis pela oxidagao completa da glicose. ES tes célculos empregam a energia livre padrio: quande corrigh ddas para a energia livre verdadeira necessitia para sintetizar 0 ATP no interior celular (Adendo 14-2),a eficiéncia caleulada do processo chega perto dos 65%, Por que a oxidagio do acetato & tio complicada? © processo ciclico de oito passos enziméticns para a oxidacio até CO; do grupo ace simples cor apenas dois atomos de car bono pode parecer desnecessariamente complicado e em dest corde com @ prineipio biolégico da economia mia. Entre: uma molécula de glicose por melo da via glcolitica seguida da reacio da piruvato desidrogenase. do ciclo do atido ctrico e da fostorlacao oxidativa ‘Nimero de ATP ou de ‘Wamere de molecular Reacso ‘coonzimas raduridas ‘de ATP formadies dretamente formadas ao final* ‘Glecse —> gheoseS-esfaio Pate = Frutase-fosfato —> futose-6-iosfato -1 ATP 5 2 Gleerakiedo-3-fosteto—+ 2 1,3-ifoslogkerato 2NADH as 2 1.3-ifsfogicerato—> 2 Sostealeraro pare 2 2 Fosicenalpnwaio—+ 2 pruvato rar 2 2 Pnako—> 2 ace-coA, NADH 5 2 sodirato—> 2 ecetoguterato 2NADH 5 2 aCetogitaraio—> 2 sxciikCoA, 2NADH 5 2 SxccnihCok—> 2 sucinato 2 ATP (042 6) 2 2 sxxcinata—+ 2 fumerato 2 ADH: 3 2 Malato—s 2 oxatoacetaro 2NAOH _& Toa 3032 “Be nie € cleulado como 25 ATP per NADH 15 ATP pr FADH, Um valor negatno rice commu tanto, a fangao do ciclo do deido citrico nao esta confinads & oxidayio do acetato, Ess via €, na reaidade, o centra do meta- bolismo intermediario. Produtos finais com 4 mos de carbono de muitos processos metabslicos so ka no cielo para serem utilizados como combustives. 0 oaloace- 1ato € 0 d-cetoglutarato, por exemplo,sio produzidos a partir de aspartato e glutamato, respectivamente, quando ocorze a degra- dagio de proteinas. Em algumas cizcunstincias metabolicas, os intermediirios sto retirados do ciclo para ser empregadas como precursores er una grande variedade de vias biossinteticas, O ciclo do dcido citrien, coma todas as demais vias metabs- licas,é um produto da evolucdo, e muito dessa evaluate ocorreu. antes do advento dos organismos aersbios. Ela nao representa, ‘obrigatoriamente, a via mais curia entre 0 acetato € 0 COs, rs a via que, ao longo do tempo, conferiu a maior vantagern sele~ tiva, Os anaerobicos primitives muito provavelmente emprezn- ram algumas das reagoes do ciclo do deido citrico em processos biossintéticos lineares. De fato, alguns mictorgenizmos enacrs- bicos moderncs usim um cicle de acido eitrico incompleto como fonte, ndo de eneryia, mas de precursores de biossinteses. (Fig. 16-12). Fases organismos empregam as trés primeiras reagoes do ciclo para farer a-cetoglutarato, mas, come nae passer a ‘c-cetoglutarato desidrogenase, ndo podem conduit 0 canjun- tocompleto de reagdes do ciclo do écido citrico, Eles ém as qua tro enzimas que catalisam a conversio reversivel de oxaloaceta- {oem succinil-CoA e podem produzir malate, fumarate, succi- rato € succinil-CoA a partir de oxaloacetato em um sentido inverso daquele “normal” (oxidativo) do ciclo Isso € uma fer- ‘mentaga0, com © NADH produzido pels oxidegao do isocitrato reciclado pela redugao do oxaloncetato em succinate, fest Cok Fosfoentrtuvata inate i co, \ 1 Clay Onaloacte Taro f 4 x Figura 16-12 ~ Precursores blossintéticos produzides pot um ciclo 4d cide citrce incompleto presente em bactérias ancerdbias. E>: tes anaeicbios nao ter eecetagiatata desidrngenate e, po i80, 180 odor realzaro cle do ace ctrco completa. O u-cetogiutaato © 9 uceni-CoA servem cor precusores en algunas was bossNceias, Yejs a Fgua 16-11 para a diegaa "nocnat" desas raagaes no 09 do co cco Com a evolusio das cianobactérias que produsiram Os a ppartir da agua, »atmosfera da Terra tornouse oxidante ¢ 08 of ‘ganismos ficaram sob pressao evolutiva para desenvolver 0 me- tabolisimo acrébicn, © qual, como acabamos de observa, ¢ mui to mais eficiente que a fermentagio anaerdbica Os componentes do ciclo do acide citrico séo itermediarios biossintéticos importantes Nox organismos aerobicos, 0 cielo do dcide eitrica € uma via ‘anfibolica isto é, la serve tanto a processos catabslicos quanto sanabélicos. Ela nio funciona apenas no catabolism oxidative de carboidratos, écidos graxos € aminodcicos, mas, como nos antecessores anaerobicos, também fornece procursores para nuitas vias biossinteticas (Fig, 16-13). «-cetoglutarato coxa loacetato podem servir come precursores dos aminodcidos gl tamato e aspartato por simples transaminacio (Capitulo 22), Por meio do aspartato e do glutamate os carbonos do oxaloace- lato e do a-cetoglutarato s20 entdo empzegados para construir as moléculas de outros aminascices com, tambsmm, moléculas cde nucleotideos de purinas e pirimidinas. © oxaloacetato pode ser convertido em glicose por mein da nevglicagenese (veja Fig 20-2). O succinil-CoA é um componente central na biossintese do anel de porfiina do grupo heme que serve de transportador {do oxigeénio na hemoglebina e na mioglodina e como transpor tador de eletrons nos citocromos. O citrat ¢ sintetizado e ibe ado por certos microrganismos que, por isso, 0 aproveitados comercialmente (Adencio 16-3), ‘As reacoes anapleroticas repdem os intermediarios do ciclo do acide citrico A medida que 0s intermediérios de ciclo do Acido cftrico sio removidos para servir de precursores biossintético, eles so re- postos por meio das reagdes anapleréticas (Fig 16-13 e Tabela 16-2), Em condicdes normais as reacdes pelas quais os interme- diarios do ciclo séo retirados e aquelas por meio das quais eles ‘sto fornecidos esto em equilibrio dinamico, de tal forma quc 4s concentragdes nos intermedirios do ciclo do dcido citrico ermanecem quase constantes. ATabcla 16-2 mosteaas reagies anaplerdtices mais comuns, todas elas, em varios organisms ¢ tecides animais, transfor. mam ou pituvato ou fosfoenolpiruvato em oxaloacetate ou malate. A reagio anaplerdtica mais importante nos tecidos he- pitico e renal de mamiferos éa carboxilagao reversivel do pir alo por COs, para formar oxaloacetaty catalisada pela pi 10 carboxilase. Quando 0 ciclo do dcido eitrico esta deficiente ‘em oxaloacetato ou em qualquer outro dos seus intermedisros, ‘opiruvato édescarboxllade para produzit maisoxaloacetato. Ess adigdo envimitica de um grupo carboxila a molécula do piruvato, requer energia, que ¢ forncvida pelo ATP. A energia livre necessi- ria para ligar enzimaticamente ur grupo catboxila ao piruvato & ‘mais ou menos igual energia livre fornecida pelo ATP. A piruvato carboxilase ¢ uma enaima reguladora e virtual ‘mente inativa na auséncia de acetil-Co, 0 seu modulador alos ‘érico positivo. Sempre que © acetil-CoA, que & « combustivel para o ciclo do écido citrico,esté presente em excess, estinnuka a reagao da piruvato carbonilase para produzir mais oxaloacetate, racitando o ciclo para usar maior quantidade de acetil-CoA nna reagao da citrato sintas, As reagdes anapleréticas mostradias na Tabela 16-2 0 tam- bem regulades para mantero nivel de intermediérias ako o suft- ciente para suportar a atividade do ciclo do écido citrico, Por ‘exemplo, a fostoenolpiruvato carboxilase ¢ ativada pelo inter edisrio glicolitico frutose-1,6-bifosfate, © nivel do qual au rmenta quando o ciclo do acid citrica opera muito vagarosa- mente para processar todo © piruvato gerade pela glicalise 453

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