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DISCIPLINA: MEDITAÇÃO E NEUROCIÊNCIAS –

UM CAMINHO PARA A SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

Profª Elisa Próspero

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ELISA PRÓSPERO

 Psicóloga, Docente, Consultora, Coach Executivo e Escritora da Literare Books.


 Criadora do “Team Leader Coaching Intensive Program” – Formação em Coaching de Vida e Carreira em abordagem sistêmica, pelo
Instituto Próspero-T&D + Coaching, com a criação e inclusão dos Jogos com base Junguiana: “O Caminho da Consciência”, “O Caminho da
Arte” e “O Caminho do Coração”.

 Pós-graduada em RH e Administração pela FGV, com especializações em Educação Biocêntrica e Psicologia Social – PUC, formação em
programas comportamentais, de relaxamento e meditação, além de abordagens corporais, psicodramáticas, psicoterapêuticas e
constelações familiares e organizacionais. Estudiosa da Neurociências e Filosofia Oriental, voltada para a Cultura de Paz.
 Especialista em educação andragógica e não-formal.
 Membro do LINC – Laboratório de Neurociências Clínicas da Faculdade de Medicina da UNIFESP.
 Membro do Grupo de Excelência em Coaching – CRA/SP (Conselho Regional de Administração).
 Membro da ABRH e integrante do Grupo de Estudos em Neurociências e Resiliência.
 Mestranda na Faculdade de Medicina da UNIFESP – com Foco em Neurociências e Práticas Contemplativas
 Voluntária no Centro de Dharma para Cultura de Paz/SP em Relaxamento e Meditação

 Experiência docente – graduação, pós e MBA - há 30 anos: FAAP, ESPM, UNIP, USCS e Estácio de Sá – RJ, BH, BA, PR e SP.
 Experiência organizacional há mais de 30 anos em grandes empresas e em programas de desenvolvimento abrangendo mais de 35.000
executivos no Brasil. Atuou como Gerente e Diretora de RH, com ampla experiência na criação e realização de eventos, palestras e
programas de desenvolvimento organizacional, gestão de conflitos e mudanças, fusões e aquisições – com foco em Liderança, Gestão e
Equipes, integrando conhecimentos e experiências. Incrementou programas que alavancaram desde certificações de qualidade, junto a
órgãos internacionais, assim como contribuiu para que empresas integrassem o ranking de melhores empresas para se trabalhar.

 Participou nos livros da Ed. Ser Mais e atualmente Literare Books: Ser mais com Coaching e Ser Mais com Criatividade (2011), Manual
Completo de Coaching e Capital Intelectual (2012), Treinamentos Comportamentais (2013), Team Leader & Coaching (2014), Coaching
para Vida (2017) e Gestão das Emoções no Ambiente Corporativo (2020).
 Principais clientes: ALDEIAS INFANTIS SOS, ALMANARA, AVON, BRADESCO e COLIGADAS, BANESPA-SANTANDER, BIOGÊNISIS BAGÓ,
BOSCH, CEF, CPFL, CTIS/DF, COCA-COLA FEMSA, DNDi/RJ, FORD/BA, GM, GERDAU, HITORIN, ITAU-UNIBANCO, KANTAR WORD PANEL,
KLABIN-IGARAS, MAPFRE, MARISOL/SC, PORTO SEGURO, REDE GLOBO E REDE TRIBUNA/ES, UBM, ZF do BRASIL. 2
MEDITAÇÃO E NEUROCIÊNCIAS – SAÚDE E BEM ESTAR
Objetivo da Disciplina

Propiciar a compreensão e a prática inicial


sobre a Meditação como um recurso
terapêutico fundamentado e integrado às
neurociências, a fim de contribuir para a
saúde, bem estar e e qualidade de vida.

Fundamentos principais, do livro Medicina e Meditação,


Roberto Cardoso

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MEDITAÇÃO E NEUROCIÊNCIAS – SAÚDE E BEM ESTAR
1. Introdução e Princípios básicos
Agenda
1.1 O que não é e o que é Meditação
1.2 Definição e Benefícios

2. Os Tipos de Meditação
2.1 Meditações Ativas Catárticas
2.2 Meditações Ativas de Movimento
2.3 Meditações Passivas Concentrativas
2.4 Meditações Passivas Perceptivas
2.5 Técnicas Mistas

3. Compreendendo o Processo
3.1 O Ambiente e a Periodicidade
3.2 Posição e Respiração
3.3 Técnicas e Exercícios

4. Os Efeitos Psicofísicos da Meditação


4.1 Efeitos Fisiológicos e Psicofísicos
4.2 Possíveis usos terapêuticos

4.3 Quando não se deve meditar.


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5. Mindfulness e a Ciência da Compaixão
Onde você vê...

“Onde você vê um obstáculo,


alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.
Onde você vê um motivo pra se irritar,
Alguém vê a tragédia total
E o outro vê uma prova para sua paciência.
Onde você vê a morte,
Alguém vê o fim
E o outro vê o começo de uma nova etapa...
Onde você vê a fortuna,
Alguém vê a riqueza material
E o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.
Onde você vê a teimosia,
Alguém vê a ignorância,
Um outro compreende as limitações do companheiro,
percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo.
E que é inútil querer apressar o passo do outro,
a não ser que ele deseje isso.
Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar.” Anônimo

"Porque eu sou do tamanho do que vejo.


E não do tamanho da minha altura."

Fernando Pessoa
Inspirando o Dia

“Muito recentemente, a ciência da atenção floresceu para


muito além da vigilância. Essa ciência diz que nossa
capacidade de atenção determina o nível de competência
com que realizamos determinada tarefa. Se ela é ruim, nos
saímos mal. Se é poderosa, podemos nos sobressair. A
própria destreza na vida pessoal depende dessa habilidade
sutil. Embora a conexão entre atenção e excelência
permaneça oculta parte do tempo, ela reverbera em quase
tudo que tentamos realizar.”
Daniel Goleman, ph.D.

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Bem Estar e Qualidade de Vida
A Atenção na sua Vida e nos papéis que desempenha na vida, como
um familiar, um amigo, um líder ou profissional...
Reflita como está chegando...

Quando você tem atenção...

Quando falta a atenção...

O que você pode aprimorar...

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OS 03 TIPOS DE FOCO
PARA O ALTO DESEMPENHO E A REALIZAÇÃO

Porque a atenção funciona como um tipo de


músculo: pouco utilizada, ela definha; bem
utilizada, ela melhora e se expande.

Atenção, do latim attendere, entrar em


contato, nos conecta ao mundo, moldando e
definindo experiências.

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OS 03 TIPOS DE FOCO
PARA O ALTO DESEMPENHO E A REALIZAÇÃO

Foco Interno – Põe as pessoas em sintonia com suas intuições, valores e


melhores decisões. As competências relacionadas ao autoconhecimento
e à inteligência emocional promovem o seu aperfeiçoamento.

Foco no Outro – Facilita as ligações com as pessoas. As competências


relacionais e de comunicação auxiliam a garantia de foco no outro.

Foco Externo – Ajuda a navegar pelo mundo que nos rodeia. As


competências que o fortalece: planejamento, visão global e inovação.

VOCE PREPARADO EM CADA UM DESTES FOCOS!


COMO A MEDITAÇÃO PODE CONTRIBUIR!

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O CIENTISTA E MÉDICO JON KABAT-
ZINN PODE SER CONSIDERADO O
ORGANIZADOR DO
DESENVOLVIMENTO DA PRESENÇA
MINDFULNESS PARA O OCIDENTE.

 Realizou o primeiro programa de Consciência Plena em 1979, na Escola de Medicina da Universidade


de Massachussets e obteve muito sucesso em pacientes com dor crônica e quadro de estresse.

 Até então, a própria escola havia reconhecido que tratamentos convencionais não alcançavam os
efeitos esperados nesse grupo de pacientes.

 Na Escola de Medicina da Universidade de Massachussets criou o Programa de Redução de Estresse


de Mindfulness, em inglês Mindfulness Based Stress Reduction(MBSR), em 1979.

 Também fundou o Centro de MIndfulness em Medicina, Saúde e Sociedade em 1995.

 Antes de desenvolver programa de 8 semanas de Mindfulness, Jon Zabat-Zinn já era praticante de


meditação zen budista, a qual foi adaptada para proporcionar o estado de mente presente, centrada no
aqui e agora de maneira que as práticas meditativas não tivessem relação com crenças religiosas.
O CIENTISTA E MÉDICO JON KABAT-ZINN

Durante a carreira, Jon Kabat-Zinn já desenvolveu treinamentos de mindfulness para líderes de empresas, juízes,
advogados e atletas olímpicos.

Segundo informações do site oficial de Jon Kabat Zinn, cerca de 720 centros e clínicas médicas em todo mundo
seguem o modelo de tratamento do Programa de Redução de Estresse com Mindfulness.

Premiações de Jon Kabat-Zinn pelo trabalho com Mindfulness


Além de Mindfulness ter mostrado bons resultados e se espalhado pelo mundo, Jon Zabat-Zinn ganhou vários
prêmios em reconhecimento ao trabalho.
Prêmio Interface Foundation Career Achievement Award(em 1994)
Prêmio de Arte, Ciência e Cura da Alma, honraria do Centro Médico da Califórnia(1998)
No Segundo Prêmio Anual Trailblazer foi agraciado por causa do trabalho pioneiro de medicina integrada
Prêmio Mente e Cérebro da Universidade de Turin, Itália(2007)
Prêmio em reconhecimento ao pioneirismo concedido por Bravewell Philanthropic Collaborative for Integrative
Medicine
A NEUROPLASTICIDADE REFERE –SE ÀS
RESPOSTAS ADAPTATIVAS DO SNC...

Os grandes centros urbanos têm contribuído para os transtornos mentais, na medida em que as pessoas trilham sua
jornada em meio ao caos. E, muitas vezes, sem consciência do seu estado presente no aqui-agora, permitindo-se pouco
espaço para a conexão com as pessoas, a empatia, a compaixão e a solidariedade. O estresse se intensifica...
QUEM VAI SOBREVIVER E EM QUE CONDIÇÕES? Quem se autogerenciar melhor nos pilares do Estilo de Vida

O QUE É POSSÍVEL PARA A SAÚDE DAS PESSOAS? A contribuição da Epigenética e da Medicina do Estilo de Vida, para uma
educação de práticas meditativas e contemplativas: mudando comportamento e autoregulação com impacto na Saúde.

EPIGENÉTICA PLASTICIDADE CEREBRAL PLASTICIDADE INTRÍNSECA ESCALONAMENTO SINÁPTICO

Assim relaciona-se Neuroplasticidade,


Epigenoma e Estilo de Vida
NEUROCIÊNCIA, MEDICINA DO ESTILO DE VIDA E MEDITAÇÃO
N
E ESTILO DE VIDA
E
U N
P E
Fatores Extrínsecos:
R I
Gravidez traumática,
U Traumas infantis
O G R Drogas, Alcool, Estresse
Tabaco
C E O
P E
I N M
L
Ê É A SN O SAÚDE
N Ç
T S C Õ
C T
I I E Fatores Intrínsecos:
I C S Hereditariedade Práticas: Atenção
C Doenças degenerativas Meditação Foco
A A I Doenças crônicas Mindfulness Compaixão
D Contemplação Empatia
LT LT Solidariedade
A
P D
d
COMPORTAMENTO E AUTOREGULAÇÃO
e VIDA LONGA E SAUDÁVEL
SINAPSES
X
EQUILÍBRIO
NEUROCIÊNCIA, MEDICINA DO ESTILO DE VIDA E
MEDITAÇÃO

 A NEUROPLASTICIDADE REFERE –SE ÀS RESPOSTAS ADAPTATIVAS DO SNC.

 A EPIGENÉTICA VEM DEMONSTRANDO AS CARACTERÍSTICA DE PLASTICIDADE


CEREBRAL E CADA VEZ MAIS PROCURANDO COMPREENDER OS MECANISMOS DA
CIRCUITARIA DO CÉREBRO .

 OS ESTUDOS E PESQUISAS DA NEUROCIÊNCIA, DA EPIGENÉTICA E DA MEDICINA DO


ESTILO DE VIDA VÊM CONTRIBUINDO PARA UMA EDUCAÇÃO DE PRÁTICAS MEDITATIVAS E
CONTEMPLATIVAS.

 DEMOSTRAM COMO PODEMOS MUDAR COMPORTAMENTO E CHEGAR A


AUTOREGULAÇÃO DO ORGANISMO, NAS QUAIS MEMÓRIAS EMOCIONAIS SÃO
PRESERVADAS E NOVAS MEMÓRIAS PODEM SER CRIADAS E MANTIDAS, COM IMPACTO
DIRETO NA SAÚDE DO INDIVÍDUO – AO LONGO DE TODA A VIDA.

 AS PRÁTICAS MEDITATIVAS E CONTEMPLATIVAS PODEM AUXILIAR NESSE PROCESSO DE


DESENVOLVIMENTO E MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE SAUDE.

Assim relacionam-se Neuroplasticidade,


Epigenoma e Estilo de Vida
FILME:DIVERTIDAMENTE
Diretor: Pete Docter
Riley é uma garota divertida de 11 anos de idade, que deve
enfrentar mudanças importantes em sua vida quando seus pais
decidem deixar a sua cidade natal, no estado de Minnesota,
para viver em San Francisco. Dentro do cérebro de Riley,
convivem várias emoções diferentes, como a Alegria, o Medo, a
Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A líder deles é Alegria, que se
esforça bastante para fazer com que a vida de Riley seja sempre
feliz. Entretanto, uma confusão na sala de controle faz com que
ela e Tristeza sejam expelidas para fora do local. Agora, elas
precisam percorrer as várias ilhas existentes nos pensamentos
de Riley para que possam retornar à sala de controle - e,
enquanto isto não acontece, a vida da garota muda
radicalmente.

Orientação de Paul Ekman, autor de “A Linguagem das Emoções”


Processos
Regulação dos terciários:
Funções cognitivas
Processos elevadas
Cognitivos Pensamentos
ruminações
Reavaliação Cognitiva
(Cognitive
Reappraisal) Esquemas mentais

Processos
Tomada de secundários:
Perspectiva
Aprendizado e
(Perspective taking)
memória

Processos
Controle do
aprendizado primários:
Emoções

COMPORTAMENTO
AUTOREGULAÇÃO
CIRCUITOS
NEURAIS
SISTEMAS
CELULAR

MACROCIRCUITOS
NEUROCIÊNCIA CONTEMPLATIVA

COMPORTAMENTO

MEIO
SINAPSES
AMBIENTE
MOLECULAR

GENES
EX: Mindfulness meditation

Controle Regulação Auto


atencional emocional consciência

SELF - REGULATION
O QUE NÃO É MEDITAÇÃO

Sisuda e Triste – Ficar assim, parado e sem fazer nada?


# Pode ser alegre, tranquila e prazeiroza!

Religião – As religiões orientais sugerem técnicas meditativas.


# Mas não preciso ter alguma religião para meditar!

Filosofia – Um meditador não precisa ser versado em alguma cultura.


# Precisa desejar vivenciar uma prática agradável

Exige mudanças – Nada é exigido.


# Caso ocorra alguma mudança, será natural!

NADA É EXIGIDO DE QUEM PRETENDE APRENDER A MEDITAR!


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O QUE É MEDITAÇÃO
Compreendendo a Mente

1. Não falamos da mente como sinônimo de cérebro


2. Falamos da mente como o aspecto pensante, analítico e cognitivo.
3. Achamos que somos os nossos pensamentos.
4. Criamos um paradigma de que “parar é perder”. E não crescer!
5. A meditação consiste em perceber o real papel da mente!
6. Não se trata de análise, mas de PERCEPÇÃO.
7. Seu objetivo é apenas OBSERVAR, sem tentar dominar, julgar, comparar ou
analisar – 0 chamado “espaço meditativo”.
8. Trata-se de um caminho para driblar a mente e atingir o estado meditativo.
9. Utilizamos técnicas para “aquietar a mente”.
10. Do ponto de vista médico: técnica que induz a um estado alterado de
consciência.
21
O QUE É MEDITAÇÃO
Compreendendo a Mente

1. Esse estado psicofísico vem sendo estudado pela ciência desde 1970.
2. As pesquisas têm caracterizado um “relaxamento da mente” chamado de
redução do alerta; e mostram uma redução do metabolismo corporal.
3. Exemplo: são necessárias horas de sono para se conseguir o mesmo grau de
redução do metabolismo que um meditador experiente consegue após
quinze ou vinte minutos de prática.
4. Relaxamento da Lógica: Pretender não analisar, não julgar e não criar
expectativas.
5. Alguns estudos de mapeamento cerebral: mostram que há um aumento na
atividade cerebral do córtex pré-frontal (atenção, planos e expectativas) na
primeira fase de um exercício meditativo.
6. Então, como haver um relaxamento da lógica quando parece haver uma
ativação de regiões do cérebro altamente relacionadas com ela?
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O QUE É MEDITAÇÃO
Compreendendo a Mente

1. Manter a âncora – artifício de autofocalização, segundo estudos e


publicações de 2007 do Prof. Roberto Cardoso: exige esforço do aprendiz.
2. E toda atividade lógica é concentrada e dirigida a um único objetivo –
manter a âncora.
3. Estado autoinduzido: método terapêutico ensinado pelo facilitador mas
aplicado pelo próprio indivíduo. Deve ser, por exemplo, reproduzido em
casa, sem a presença do orientador.
4. Nesse caso, não se alimenta nenhuma relação de dependência entre
instrutor e aprendiz.
5. Utiliza-se algum foco de concentração (âncora positiva) ou de
desligamento/silenciosa (âncora negativa) para evitar torpor, sono, estado
de transe etc.
6. “A âncora, junto com o relaxamento da lógica compõe o que chamamos de
dueto primordial da meditação” (Cardoso). 23
O QUE É MEDITAÇÃO
Definição Operacional
Prof. Dr. Roberto Cardoso

1. A definição operacional, reconhecida internacionalmente, foi utilizada pelo


NIH (National Institutes of Health) americano, ao apresentar a meditação
em uma publicação oficial (NCCAM/NIH, 2005); Citada como referência em
monografias de mestrado e doutorado, como Universidade da Flórida
(Kurtzman, 2005) e outras.

2. O ciclo se estabelece focando a âncora, relaxar a lógica, perder a âncora,


voltar à lógica, focar novamente na âncora, relaxar mais uma vez a lógica
etc: é um ciclo típico de um exercício meditativo.

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O QUE É MEDITAÇÃO
Objetivo Final

1. Trata-se apenas de perceber-se – isso e tão somente isso. Um “estado de


autopercepção não sensorial sem a participação da lógica”.

2. Um estado de pura existência.

3. Por isso se diz que a meditação é pura prática.

4. E a percepção verdadeira estaria para cada um, em algum ponto além


desse “estado de pura consciência”

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O QUE É MEDITAÇÃO
Objetivo Final

1. Trata-se apenas de perceber-se – isso e tão somente isso. Um “estado de


autopercepção não sensorial sem a participação da lógica”.

2. Um estado de pura existência.

3. Por isso se diz que a meditação é pura prática.

4. E a percepção verdadeira estaria para cada um, em algum ponto além


desse “estado de pura consciência”

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OS TIPOS DE MEDITAÇÃO

1. Ativas Catárticas: Bases com focos eminentementes físicos, emocionais e


mentais

2. Ativas de Movimento: devocionais (cunho místico-religioso), programadas


(repetitivas e sequenciais) e espontâneas

3. Passivas Concentrativas: devocionais, sons, fixação, visualização,


naturais(a própria respiração, por.exemplo).

4. Passivas Perceptivas: pós-catarse, pós concentração, devocionais,


harmonização. Conhecidas como Mindfulness Meditation.

5. Técnicas Mistas::Combinação das anteriores 27


O QUE É MEDITAÇÃO
Objetivo Final

Mapa tibetano: O Caminho do Despertar 28


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O AMBIENTE E A PERIODICIDADE

1. Um ambiente tranquilo e silencioso


2. Sem interrupções.
3. A periodicidade varia.
4. Para meditadores iniciantes:1 a 2 vezes por dia, de 15 a 20 minutos.
5. Marcar o tempo com uma música ou marcador.
6. Estabelecer a prática diariamente.

“Todos os trabalhos que estudam os efeitos da meditação têm percebido


que tais efeitos são encontrados nos indivíduos que a praticam
regularmente.”.

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POSIÇÃO E RESPIRAÇÃO
Requisitos para Meditar

1. Posição confortável e que favoreça o relaxamento da musculatura.


2. E pode variar de acordo com a técnica e da orientação escolhida.
3. A respiração correta favorece a técnica e o processo meditativo. Deve ser
abdominal, nasal, silenciosa, harmônica e o mais lenta possível.
4. Importante treinar a respiração antes de técnicas meditativas.

“Existe uma relação entre a respiração e o nosso estado emocional.


Quando estamos calmos, ansiosos, excitados ou deprimidos,
apresentamos padrões peculiares a cada um desses estados.”

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TÉCNICAS E EXERCÍCIOS
Exemplos

1. Meditando em três tempos: ideal para o primeiro mês – todos os dias:


Âncoras – respiração abdominal correta, atenção ao movimento do abdome
e a contagem a respiração em 3 tempos. .
Inspira contando 1-2-3; contem o ar fazendo uma pausa mental, com
tempo suficiente para falar mentalmente “uma paradinha”; e expira contando de
três a um.

2. Meditando ao Caminhar: utilizar essa técnica apenas depois de um mínimo


de noventa práticas em técnicas passivas (um exercício de âncora mais
difícil).Não substituem as técnicas passivas.
Âncoras – Inclinação fixa do olhar, em torno de 45º, na direção do chão,
contagem de passos e sensação tátil da planta dos pés ao tocar o chão.
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EFEITOS FISIOLÓGICOS E PSICOFÍSICOS

1. Efeitos fisiológicos: No início da década de 1970 já se publicavam


trabalhos sobre alterações fisiológicas da meditação (Wallace, 1970):
 Ampliação das ondas alfa (cerebrais), relacionadas com o relaxamento;
 Menor consumo de oxigênio pelas células;
 Redução da frequência cardíaca;
 Diminuição da condutância elétrica da pele(estado de relaxamento);
 Diminuição do metabolismo
 Redução dos níveis de cortisol, aldosterona e noradrenalina (estresse)

2. Efeitos psíquicos: Relaxamento psíquico (diminuição do alerta), vivência


positiva, sensação de paz interior e felicidade, satisfação, harmonia com o
mundo, menor perda do controle (mais centrado), sensação de experiência
espiritual, distorção temporal e tátil e mudanças no sono. 34
POSSÍVEIS USOS TERAPÊUTICOS

1. Valor preventivo e terapêutico da meditação vem sendo estudado e


crescendo nas últimas décadas.
2. A meditação alinhada a tratamentos médicos e psicológicos, contribui para
redução de dependência de drogas e queda da pressão entre hipertensos.
3. Pesquisas acompanhando indivíduos por quatro anos com alto risco de vir
a ter problemas coronarianos (por ex. fumantes, obesos e colesterol
elevado), comparados com outro grupo que só recebeu orientação
educativa, foi notada queda de pressão depois de oito semanas, oito meses
e quatro anos.
4. Outros estudos mostram menor uso de alcool e fumo, redução da
ansiedade e do estresse, mudando a história de doenças cardiovasculares.

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QUANDO NÃO SE DEVE MEDITAR

1. Diagnósticos confirmados de esquizofrenia – 80% desses indivíduos


pioram quando meditam. (Cardoso)
2. Tipos graves de depressão (transtorno depressivo maior)
3. Alguns casos de depressivos, às vezes são beneficiados por algumas
técnicas ativas, com o acompanhamento de um instrutor experiente.
4. Casos em que a meditação deve ser introduzida em conjunto com outros
tipos de intervenções: estresse pós traumático e fobias específicas.
Nesses casos, as medidas terapêuticas focais associadas ou não a
medicações, parecem ser a melhor opção. Com a meditação entrando
como coadjuvante cerca de duas a oito semanas depois.
5. Circunstâncias que podem alterar a “química do cérebro”, nas quais a
meditação pode ser dificultada: jejum prolongado, após refeições pesadas
ou consumo de bebidas alcoolicas e doenças que comprometem a
consciência do indivíduo como tumor cerebral. 36
QUANDO NÃO SE DEVE MEDITAR
Efeitos colaterais (raros, mas citados)

1. Os principais efeitos: comportamento depressivo, tendências suicidas e


surtos esquizofrênicos em indivíduos com perfil psicótico.
2. De modo geral e quase na sua totalidade em três situações: quadros
psicóticos, prática excessiva (principalmente em iniciantes) e “busca do
fenômeno” (o praticante medita com a expectativa de obter uma experiência
mirabolante ou milagrosa).

“Meditar deve ser como um exercício constante, leve e sem expectativas,


Medita-se por meditar. Porque é agradável. Porque efeitos benéficos têm
sido comprovados. Contudo, esses resultados podem variar de pessoa
para pessoa.” Roberto Cardoso

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CIRCUITOS
NEURAIS
SISTEMAS
CELULAR

MACROCIRCUITOS
NEUROCIÊNCIA CONTEMPLATIVA

COMPORTAMENTO

MEIO
SINAPSES
AMBIENTE
MOLECULAR

GENES
SÍNTESE DO MAPA: Neuroplastidade, Medicina do Estilo de Vida e Meditação
1. Neuroplasticidade refere-se às respostas adaptativas do SNC, 2. Propriedades da LTP:
demonstrando a relação entre Neuroplasticidade e a Epigenética: Cooperatividade(intensidade do
Plasticidade Sináptica Plasticidade Intrínseca Escalonamento Estímulo), Associação (Eficiência e
Sináptico Força), Ritmicidade e
Daí um conjunto de proteínas promovendo: Aumento da Neurogenese, Sincronicidade (Aumento da
Arborização, Novas Conexôes Sinápticas e a Plasticidade do Genoma. São 2 Frequencia)
processos : LTP e LTD (Potenciação de Longa duração e Depressão de Longa
Duração) 3. LTP e LTD em equilíbrio(um pouco maior de
Podem mudar, então: Volume Cortical, Retenção de Massa cinzenta e LTP, com trocas saudáveis de proteínas e cálcio
Conectividade nos processos sinápticos = SAÙDE
Assim relaciona-se Neuroplasticidade, Epigenoma e Estilo de Vida LTP – Aumenta AMPAR: permite mudanças -
sódio que despolariza a célula e faz com que o
magnésio saia do receptor; o cálcio facilita o
aumento da potenciação da célula e ativa
mecanismos intraceluares. No stress crônico
diminuem as fibras no hipocampo e induz a LTD,
com diminuição do AMPA, a célula diminui
morfologicamente e os dendriros também (a
celula “murcha”).
7. Neurociência+Ciência Contemplativa=Neurociência
Contemplativa: Práticas Meditativas-Reavaliação de perspectiva 4. Nas doenças degenerativas:
– Regulação emocional – autoregulação. diminuem a força das sinapses
(Emoções primárias, secundárias e terciárias – aprendizagem no SNC(involução): Alta voltagem
emocional +cognição = comportamento e insights). LTD(sódio) e Baixa voltagem de
LTP(Cálcio)

6. Depressão e Ansiedade: Prevalência em grandes cidades


devido ao Estilo de Vida e mecanismos semelhantes em 4. Depressão: há caminhos de ansiedade até
desordens mentais. chegar na depressão. Há fatores
Diferenças entre Depressão (Aumento da espinha dendrítica e epigenéticos aversivos: pré natal , traumas
diminuição da densidade da ramificação microglia) infantis, stress, doenças e abusos de
Esquizofrenia(Diminui a espinha dendrítica e aumenta a drogas pela mãe. A s células perdem
densidade microglia ) eficiência sinápticas, há a disfunção. A
circuitaria pode ser revertida com fármacos,
por exemplo.
FATORES FATORES
AMBIENTAIS AMBIENTAIS

FATORES FATORES
INTRINSICOS INTRINSICOS

GENÓTIPO EPIGENÓTIPO EPIGENÓTIPO

DESENVOLVIMENTO MANUTENÇÃO
ESTABELECIMENTO SOMÁTICA DAS
DE MARCAS MARCAS
EPIGENÉTICAS EPIGENÉTICAS

FENÓTIPO FENÓTIPO
PERCEPÇÃO
AO
ESTRESSE

TRAUMA/
ABUSO
AGENTES
ESTRESSORES:
Trabalho, casa,
comunidade etc
COPING
PRO-ATIVO / REATIVO
COPING

RESPOSTA
COMPORTAMENTAL
DIFERENÇAS
Luta ou fuga ação
INDIVIDUAIS
reação, etc.

RESPOSTA FISIOLÓGICA

ALOSTASE ADAPTAÇÃO
RECUPERAÇÃO DE
ALOSTASE
• MANIFESTAÇÕES
FISIOLÓGICAS
• Respostas Viscerais –
Especifico para cada tipo de
emoção
• Condicionamento pessoal
• Respostas Somáticas
(comportamental)
Involuntárias
– Reflexos Incondicionados
– Reflexos Condicionados
ALEGRIA TRISTEZA • Voluntárias
AMOR RAIVA
ESPERANÇA MEDO
AMIZADE ANSIEDADE
IMPACTO DE FATORES AMBIENTAIS

• Fatores ambientais podem introduzir variáveis determinantes para o


desequilíbrio do indivíduo, como stress, pressão por resultados, chefes
opressores, roubos, demissão, assaltos, batidas de carro etc.

• Se houver uma predisposição genética, podemos ter as reações a


esses eventos como um dispositivo que é acionado pela percepção de
ameaça - a reação luta ou fuga, quando o organismo libera adrenalina
provocando respiração ofegante, aceleração dos batimentos cardíacos
e pupilas dilatadas.

• Caso o medo se torne o padrão comportamental, teremos uma


alteração na característica de funcionamento do indivíduo, podendo agir
como fator ansiogênico, antecipação de algo negativo, sem a certeza
de que venha acontecer. E sofre por antecipação.
EX: Mindfulness meditation

Controle Regulação Auto


atencional emocional consciência

SELF - REGULATION
ENTÃO...

• Mecanismos regulatórios podem contribuir para a busca do enfrentamento das


adversidades. E seu desenvolvimento, por sua vez, contribui para manter ou
restabelecer o equilíbrio.

• O que se destaca é a resignificação da experiência, criando um novo aprendizado,


mudando a perspectiva. E essa nova perspectiva contribui para promover a
reavaliação e a elaboração da experiência negativa, permitindo a auto regulação.
E CONCLUINDO COM OS AUTORES...

Cortland J. Dahl, Antoine Lutz e Richard J. Davidson propõem um novo sistema de classificação que categoriza
estilos específicos de meditação nas famílias Atencional, Construtiva e Desconstrutiva, com base em seus
mecanismos cognitivos primários.

Nestes estudos, sugerem que metaconsciência, autoquestionamento e tomada de perspectiva com reavaliação
cognitiva sejam mecanismos cognitivos importantes em famílias específicas de meditação, e que alterações nesses
processos podem ser usados para atingir estados de fusão experiencial, esquemas automáticos desadaptativos e
reificação cognitiva.

Mudanças no bem-estar são mediadas por alterações em diferentes processos cognitivos e na estrutura e
funcionamento das redes cerebrais correspondentes.

Apesar de que os resultados preliminares sugerirem que a meditação e outras formas de treinamento mental podem
produzir mudanças demonstráveis na experiência subjetiva, comportamento, padrões de atividade neural e biologia
periférica, estudos rigorosos ainda são necessários para descobrir os mecanismos precisos que fundamentam essas
mudanças.

Em particular, estudos aleatorizados, grupos de controles ativos e estudos longitudinais que examinem as mudanças
dentro e entre as disciplinas ao longo do tempo, assim como comparações entre práticas, serão especialmente
importantes para determinar a eficácia dos paradigmas do treinamento da meditação.

Fonte:https://contemplativescience.wordpress.com/2018/10/07/reconstruindo-e-desconstruindo-o-eu-mecanismos-
cognitivos-na-pratica-da-meditacao/
EXEMPLIFICANDO AS FAMÍLIAS E AS MEDITAÇÕES / PRÁTICAS ..

1. NA FAMILIA ATENCIONAL – com práticas de Atenção Focada, como Recitação de Mantras e Mindfulness (Treinamento
da Atenção Plena), dentre outras, teremos:
1.1 Como Mecanismos Cognitivos: Regulação da Atenção / Meta-consciência;
1.2 Como Estrutturas Neuroanatômicas impactadas: Amigdala, córtex pré-frontal medial, córtex cingulado posterior, córtex
pré-frontal dorsolateral, córtex cingulado dorsal anterior , córtex pré-frontal medial e córtex insular.

2. NA FAMÍLIA CONSTRUTIVA - com práticas de Orientação das Relações, aos Valores e à Percepção, como Treinamento
da Compaixão e Terapia de Bem Estar, teremos:
2.1 Como Mecanismos Cognitivos: Reavaliação Cognitiva e Retomada de Perspectiva;
2.2 Como Estruturas Neuroanatômicas impactadas: Amigdala, córtex pré-frontal dorsomedial, dorsolateral e ventrolateral;
córtex parietal posterior, ínsula, córtices cingulados anterior e medial, corpo estriado ventral, córtex orbitofrontal medial , córtex pré-
frontal dorsolateral e o córtex cingulado anterior.

3. Na FAMÍLIA DESCONSTRUTIVA - com práticas de Insights Orientados ao Sujeito e ao Objeto, como Terapia Cognitiva
Baseada na Atenção Plena e Terapia de Comportamento Cognitivo, teremos:
3.1 Como Mecanismos Cognitivos: Autoquestionamento e Insight
3.2 Como Estruturas Neuroanatômicas impactadas: Córtex frontal-temporal direito e esquerdo, córtex pré-frontal medial e
córtex cingulado posterior, ínsula anterior, junção temporo-parietal, hipotálamo, tronco encefálico regiões subcorticais associadas
com o funcionamento homeostático.

Fonte:https://contemplativescience.wordpress.com/2018/10/07/reconstruindo-e-desconstruindo-o-eu-mecanismos-cognitivos-
na-pratica-da-meditacao/
ALGUMAS DAS PRINCIPAIS DEFINIÇÕES...

“Consiste simplesmente em observar, contemplar e examinar.


E o papel que assumimos não é o de juiz, mas de cientista;” Walpola Rahula

“Dar-se conta da experiência presente com abertura e aceitação.” Chritopher Germer

“Simplesmente parar e estar presente. Isso é tudo.” Jon Kabat-Zin


48
ESSA DEFINIÇÕES DEVEM SEMPRE INCLUIR OS SEGUINTES ASPECTOS...

 CAPACIDADE DE ESTAR ATENTO


 NO PRESENTE
 INTENCIONAL
 COM ACEITAÇÃO (abertura< curiosidade< sem julgamento)
 A AUTORREGULAÇÃO DA ATENÇÃO (Concentração nos fenômenos corporais,
sensoriais, emocionais e mentais)
 UMA ORIENTAÇÃO ABERTA À PRÓPRIA EXPERIÊNCIA
49
50
A CIÊNCIA DA COMPAIXÃO
“A ternura não é a virtude dos fracos, mas sim o contrário:
denota força de vontade e capacidade de atenção, de compaixão,
de verdadeira abertura ao outro, de amor.” Papa Francisco
Citação do livro “A Ciência da Compaixão”, pag.23

51
OS TRÊS CÉREBROS

52
OS TRÊS CÉREBROS

53
A Realidade da existência do Sofrimento
SOFRIMENTO PRIMÁRIO:
 É inevitável e o vivenciamos por ter a mesma essência da natureza humana.
 Devemos aceitá-lo (aceitar, neste caso, não significa resignação, mas criando um
espaço para respostas mais funcionais).
 Inclui os sofrimentos: envelhecimento, doença e morte ( própria e entes queridos)

SOFRIMENTO SECUNDÁRIO:
 Pode ser evitado.
 Nós o geramos por não aceitarmos a realidade do sofrimento primário.
 Exemplo: após a morte de um ente querido, pensamos que ninguém jamais nos amará
tanto quanto essa pessoa, que nossa vida sem ela não terá mais sentido, e
desenvolvemos um luto patológico que nos levará à depressão crônica.

OBS; O luto normal pela morte de um ente querido é um sofrimento primário


inevitável; o luto patológico, com depressão crônica associada, é um sofrimento
secundário, que pode ser evitado.

MINDFULNESS Y COMPASIÓN. La Nueva Revolución Autores: 54


Javier García Campayo y Marcelo Demarzo, Editora Siglantana,
2015
A Realidade da existência do Sofrimento

 Acredita-se que o sofrimento primário


corresponda a aproximadamente 15% do nosso
sofrimento total, enquanto o secundário seria o
equivalente a 85%.

 Mindfulness e a terapia da compaixão ajudam-


nos a reduzir o sofrimento secundário.

MINDFULNESS Y COMPASIÓN. La Nueva Revolución Autores: 55


Javier García Campayo y Marcelo Demarzo, Editora Siglantana,
2015
A Realidade da existência do Sofrimento
 Compreender a realidade e a universalidade do sofrimento é fundamental ao
desenvolvimento da compaixão, pois A EXPERIÊNCIA DO SOFRIMENTO é o que nos
iguala a todos os seres humanos.
:
 O principal problema é o transtorno de evitação experiencial: não conseguir desenvolver
compaixão nem por si mesmo nem pelos outros.

 Por outro lado, pessoas que sofreram muito costumam ter mais facilidade para
desenvolver a compaixão.

OBS: Compreender a realidade do sofrimento é imprescindível para sentir


compaixão. Contudo, devemos deixar claro que a compaixão (assim como
mindfulness) não nos libertará de todo o sofrimento, já que o sofrimento primário é
inevitável

MINDFULNESS Y COMPASIÓN. La Nueva Revolución Autores:


Javier García Campayo y Marcelo Demarzo, Editora Siglantana, 56
2015
AUTORREGULAÇÃO

57
A CIÊNCIA DA COMPAIXÃO...
... e como tudo começou!

58
A CIÊNCIA DA COMPAIXÃO

59
TREINAMENTO PARA O CULTIVO
DA COMPAIXÃO DA UNIVERSIDADE
DE STANFORD (Do livro A Ciência da Compaixão, pag.145)

Os seis passos do curso de 9 semanas


do Treinamento para o Cultivo da Compaixão:

1. Introduzir o curso, acalmar a mente e focar a atenção.


2. Acalmar a mente e focar a atenção.
3A. Bondade amorosa e compaixão por uma pessoa querida.
3B. Bondade amorosa por si mesmo
4. Acolher a humanidade compartilhada e desenvolver apreço pelos outros.
5. Cultivar a compaixão pelos outros.
6. Prática da compaixão ativa

60
61
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E A
COMPETÊNCIA INTERPESSOAL

O que eu faço e devo preservar?

O que eu faço e posso modificar?

O que eu não faço e posso começar a fazer?

62
MEDITAÇÃO E BEM ESTAR
Ampliando a Visão

Meu propósito na Vida é…

Meus principais Valores são …

E o legado que desejo deixar com minhas realizações é…

63
"Certa vez, estava Michelangelo mais uma vez recolhendo os elogios daqueles que
estavam a observar uma de suas obras mais conhecidas, o David. Ante a perfeição
daquele corpo que parecia necessitar de nada mais que um sopro para chegar à vida,
exclamavam extasiados: -"Mas é perfeito este David que criastes, mestre"! -"Mestre,
construístes uma obra magnífica"! E se seguiam os comentários. Entretanto, em dado
momento, apercebendo-se de que o Mestre permanecia em silêncio,quiseram saber o
que se passara, talvez tivessem dito alguma impropriedade, quem sabe? E
Michelangelo respondeu: -"Eu os escuto, mas quero dizer-vos que eu não criei, eu não
construí, não esculpi o David. Ele já estava ali, dentro do bloco de mármore. Sempre
esteve. Eu apenas retirei o excesso que o encobria, eu apenas o trouxe à luz, o revelei."

O melhor de nossa humanidade está dentro de nós!

64
MEDITAÇÃO E NEUROCIÊNCIAS
Bibliografia
 CARDOSO, ROBERTO. – Medicina e Meditação, São Paulo, MG Editores, 2016.

 CREMA, ROBERTO – Mensagens do Deserto, Box com livro e CD, Unipaz, 2017

 CREMA, ROBERTO – O Poder do Encontro: Origem do Cuidado, Tumiak Produções, 2017

 DEMARZO, MARCELO E OUTROS – Manual Prático Mindfulness, Palas Atenas, 2015

 DEMARZO, MARCELO E OUTROS – A Ciência da Compaixão, Palas Atenas, 2018

 GOLEMAN, DANIEL. – O Cérebro e a Inteligência Emocional – Novas Perspectivas, RJ, Objetiva, 2012

 GOLEMAN, DANIEL E DAVIDSON, RICHARD J., A Ciência da Meditação, Objetiva

 HELLINGER, BERT – No Centro Sentimos Leveza, São Paulo, Cultrix, 2006

 LELOUP, JEA-YVES – Cuidar do Ser, Petrópolis/RJ, Vozes, 2015

 OSHO – Vivendo Perigosamente – A Aventura de Ser Quem Você É, São Paulo, Alaúde Editorial, 2015

 SITA, Maurício – Neoequilibrium para uma vida mais longa, tranquila, produtiva e feliz, SP, Ed. Ser Mais, 2015

 WEISS, BRIAN – Meditando com Brian Weiss, RJ, Sextante, 2010

 Williams, Mark e Penman – Atenção Plena – Mindfulness, RJ, Sextante, 2015 65


MEDITAÇÃO E BEM ESTAR
Filmes

 Comer, Rezar e Amar


 Gandhi
 O Discurso do Rei
 O Pequeno Buda
 Sete Anos do Tibet

66
Mudar o mundo
Roberto Crema, Reitor da Unversidade da Paz, Brasília/DF

Mudar o mundo
é mudar o olhar.
Todos os olhares
Do olhar que estreita e subtrai,
num só Olhar.
para o olhar que amplia e engrandece.
O olhar da inocência
Do olhar que julga e condena,
e o olhar da vigilância.
para o olhar que compreende e perdoa.
O olhar da justiça
Do olhar que teme e se esquiva,
e o olhar de misericórdia.
para o olhar que confia e atreve.
Do olhar que separa e exclui,
Todos os olhares
para o olhar que acolhe e religa.
num só Olhar.
O olhar de quem nasce,
o olhar de quem passa,
o olhar de quem parte.
Olhares da existência no Olhar de Essência.
AVALIAÇÂO FINAL

1. Defina o que é a Meditação, segundo o modelo operacional do


Prof. Dr. Roberto Cardoso.

2. Como você avalia, à luz da neurociência, a possibilidade das


práticas meditativas e contemplativas contribuírem para o bem
estar das pessoas na sociedade atual?

3. Faça uma auto avaliação de como essa disciplina contribuiu


para o seu aprendizado e desenvolvimento.
Obrigada por sua partipação!
Profª Elisa Próspero
Cel/Whats: 11 99622-7157
eprospero@terra.com.br
Facebook e Instagram: Elisa Próspero

69
ARTIGOS

70
ARTIGO SOBRE MINDFULNESS
Journal of Management Vol. 42 No. 1, January 2016 114 –142 DOI: 10.1177/0149206315617003 © The
Author(s) 2015 Reprints and permissions: sagepub.com/journalsPermissions.nav
114
Contemplating Mindfulness at Work: An Integrative Review
Darren J. Good Pepperdine University Christopher J. Lyddy Case Western Reserve University Theresa M. Glomb University
of Minnesota Joyce E. Bono University of Florida Kirk Warren Brown Virginia Commonwealth University Michelle K. Duffy
University of Minnesota Ruth A. Baer University of Kentucky Judson A. Brewer University of Massachusetts Medical School
Sara W. Lazar Harvard Medical School
E-mail: darren.good@pepperdine.edu
Good et al. / Contemplating Mindfulness at Work 115

Mindfulness research activity is surging within organizational science. Emerging evidence across multiple
fields suggests that mindfulness is fundamentally connected to many aspects of workplace functioning, but
this knowledge base has not been systematically integrated to date. This review coalesces the burgeoning body of
mindfulness scholarship into a framework to guide mainstream management research investigating a broad range of
constructs. The framework identifies how mindfulness influences attention, with downstream effects on functional domains of
cognition, emotion, behavior, and physiology. Ultimately, these domains impact key workplace outcomes, including
performance, relationships, and well-being. Consideration of the evidence on mindfulness at work stimulates important
questions and challenges key assumptions within management science, generating an agenda for future research.

Keywords: positive organizational behavior; affect/emotions; decision making; identity

71
ARTIGO SOBRE COMPAIXÃO
Compassion Training Alters Altruism and Neural Responses to Suffering

Psychological Science 24(7) 1171 –1180 © The Author(s) 2013 Reprints and permissions:
sagepub.com/journalsPermissions.nav DOI: 10.1177/0956797612469537 pss.sagepub.com

Helen Y. Weng1,2,3, Andrew S. Fox1,2,3,4, Alexander J. Shackman4,5, Diane E. Stodola2, Jessica Z. K. Caldwell1,2,6,7,
Matthew C. Olson2, Gregory M. Rogers5, and Richard J. Davidson1,2,3,4,5 1Department of Psychology, University of
Wisconsin–Madison; 2Waisman Laboratory for Brain Imaging and Behavior, University of Wisconsin–Madison; 3Center for
Investigating Healthy Minds at the Waisman Center, University of Wisconsin–Madison; 4HealthEmotions Research Institute,
University of Wisconsin–Madison; 5Department of Psychiatry, University of Wisconsin–Madison; 6Department of Psychiatry
and Human Behavior, Brown University; and 7Miriam Hospital, Brown University

Abstract Compassion is a key motivator of altruistic behavior, but little is known about individuals’ capacity to
cultivate compassion through training. We examined whether compassion may be systematically trained by testing
whether
(a) short-term compassion training increases altruistic behavior and (b) individual differences in altruism are associated with
training-induced changes in neural responses to suffering. In healthy adults, we found that compassion training increased
altruistic redistribution of funds to a victim encountered outside of the training context. Furthermore, increased altruistic
behavior after compassion training was associated with altered activation in brain regions implicated in social cognition and
emotion regulation, including the inferior parietal cortex and dorsolateral prefrontal cortex (DLPFC), and in DLPFC
connectivity with the nucleus accumbens. These results suggest that compassion can be cultivated with training and
that greater altruistic behavior may emerge from increased engagement of neural systems implicated in
understanding the suffering of other people, executive and emotional control, and reward processing.

Keywords compassion, meditation, altruism, emotion regulation, fMRI, social behavior, neuroimaging, decision
making, emotional control, individual differences
72
ARTIGO SOBRE EPIGENÈTICA

Epigenetic modification of the oxytocin receptor gene influences the


perception of anger and fear in the human brain
Meghan H. Puglia, Travis S. Lillard, James P. Morris1,2, and Jessica J. Connelly1,2
Department of Psychology, University of Virginia, Charlottesville, VA 22904
Edited by Michael I. Posner, University of Oregon, Eugene, OR, and approved January 5, 2015 (received for review
November 19, 2014)

In humans, the neuropeptide oxytocin plays a critical role in social and emotional behavior. The actions of this molecule are
dependent on a protein that acts as its receptor, which is encoded by the oxytocin receptor gene (OXTR). DNA methylation
of OXTR, an epigenetic modification, directly influences gene transcription and is variable in humans. However, the impact of
this variability on specific social behaviors is unknown. We hypothesized that variability in OXTR methylation impacts social
perceptual processes often linked with oxytocin, such as perception of facial emotions. Using an imaging epigenetic
approach, we established a relationship between OXTR methylation and neural activity in response to emotional face
processing. Specifically, high levels of OXTR methylation were associated with greater amounts of activity in regions
associated with face and emotion processing including amygdala, fusiform, and insula. Importantly, we found that these
higher levels of OXTR methylation were also associated with decreased functional coupling of amygdala with regions
involved in affect appraisal and emotion regulation. These data indicate that the human endogenous oxytocin system is
involved in attenuation of the fear response, corroborating research implicating intranasal oxytocin in the same processes.
Our findings highlight the importance of including epigenetic mechanisms in the description of the endogenous oxytocin
system and further support a central role for oxytocin in social cognition. This approach linking epigenetic variability with
neural endophenotypes may broadly explain individual differences in phenotype including susceptibility or resilience to
disease.

Key words: oxytocin receptor | OXTR | epigenetics | fMRI | social perception 73


ARTIGO SOBRE EPIGENÉTCA

MINI REVIEW ARTICLE


Front. Neurosci., 23 May 2013 | https://doi.org/10.3389/fnins.2013.00083

Epigenetic regulation of the oxytocin receptor gene: implications for


behavioral neuroscience
Robert Kumsta1*, Elisabeth Hummel1, Frances S. Chen1 and Markus Heinrichs1,2
1 Laboratory for Biological and Personality Psychology, Department of Psychology, University of Freiburg, Freiburg, Germany
2 Freiburg Brain Imaging Center, University Medical Center, University of Freiburg, Freiburg, Germany

Genetic approaches have improved our understanding of the neurobiological basis of social behavior and cognition. For
instance, common polymorphisms of genes involved in oxytocin signaling have been associated with sociobehavioral
phenotypes in healthy samples as well as in subjects with mental disorders. More recently, attention has been drawn to
epigenetic mechanisms, which regulate genetic function and expression without changes to the underlying DNA sequence.
We provide an overview of the functional importance of oxytocin receptor gene (OXTR) promoter methylation and
summarize studies that have investigated the role of OXTR methylation in behavioral phenotypes. There is first evidence
that OXTR methylation is associated with autism, high callous-unemotional traits, and differential activation of brain regions
involved in social perception. Furthermore, psychosocial stress exposure might dynamically regulate OXTR. Given evidence
that epigenetic states of genes can be modified by experiences, especially those occurring in sensitive periods early in
development, we conclude with a discussion on the effects of traumatic experience on the developing oxytocin system.
Epigenetic modification of genes involved in oxytocin signaling might be involved in the
mechanisms mediating the long-term influence of early adverse experiences on socio-behavioral
outcomes.

Keywords: oxytocin receptor gene, methylation, epigenetics, autistic disorder, social neuroscience 74

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