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I – Os métodos
“Segundo Calderón, método é um conjunto de regras úteis para a investigação, é um procedimento cuidadosamente
elaborado, visando provocar respostas na natureza e na sociedade, e, paulatinamente, descobrir sua lógica e leis.
O método a abordagem influência no resultado que se terá após a investigação, mas estas concepções já antecipam
as análises e conclusões.
“ Este método consiste em buscar as raízes de um fenômeno social no passado, para descobrir as suas origens e
antecedentes.” [2]
“ O método comparativo foi, por longo tempo, considerado como o método por excelência da sociologia.”[3] Empregado
por Tylor. Estuda as semelhanças e diferenças entre os grupos, sociedade e povos, e destaca que isto pode trazer
naturais, o estabelecimento de ligações causais é facilitado pela experiência, mas como esta é impossível na
Sociologia, somos obrigado, diz Dukheim, a usar o método da experiência indireta, isto é, o método comparativo.”[4]
Um exemplo de eficiência desse método esta no estudo das comunidades rurais e urbanas, destacando suas
semelhanças e contraste. “Criado por Le Play, que o empregou ao estudar famílias operárias na Europa. Partindo do
Princípio de que qualquer caso que se estude em profundidade pode ser considerado representativo de muitos outros
Consiste do estudo do todo para obter generalizações. A sua vantagem é de enxergar o todo sem desassociar as
partes.
Utilizado por Malinowski. É mais um método dedicado a interpretação do que a investigação.[6] Surge como uma
crítica ao método histórico e ao comparativo, influenciou antropólogos a mudarem o rumo de seus estudos para a
Na obra de Malinowski, “ a abordagem funcionalista envolvia, a afirmação dogmática da integração funcional de toda
sociedade, e não a formulação experimental de uma hipótese sobre inter-relação das instituições.”[7]Sofreu
transformação por um de seus seguidores; R.K. Mertron que a apresenta como mais útil. Fazendo distinção entre
função e disfunção.[8]
Quando um grupo de pessoas desenvolve seu trabalho coletivamente, em uma região afetada, sobrevive de uma
alimentação diferenciada possuí idéias de valores diferentes do todo. Este grupo pode ter as partes analisadas,
analisa-se as características que marcam a coletividade do grupo e o porque de sua discrepância com o restante da
sociedade.
Teve sua origem em Quetelet. Trata-se de reduzir todas as datas e estatística. Baseia-se seu estudo em amostragem,
pega-se algo e analisa como isso se faz presente. Pega-se todo um grupo e dentro desse grupo o aspecto a ser
estudar e faz-se através de pesquisa, questionários e outras interrogativas a população, e então se obtem o resultado.
O estudo de temas até hoje é utilizado nos trabalhos de conclusão do curso superior.
O seu expoente maior é Max Weber. Sua estrutura se assemelha a outro método, o comparativo; possuindo alguns
A grande questão a ser buscada pelo tipológico é a diferença entre aquilo que é e aquilo que deve ser.
Uma leitura aconselhada para entender tal método é a obra; A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo de Max
Weber.
Tem como referencial Claude Lévi-Strauss. O que a caracteriza e a “...pretensão de descobrir elementos universais na
sociedade humana.”[9] A capacidade do homem de estruturar o ambiente onde vive e montar para si o ideal parte de
idéias de que todos os homens a têm, a sociedade pode ser diferente enquanto fenômeno, mas é igualitária quanto a
sua origem.
Para estudar o homem e a sociedade onde está inserido é necessário estudar os ramos da sociologia. Têm-se como
ramos clássicos à sociologia sistemática, descritiva, comparada, diferencial, aplicada e a geral ou teórica. A sistemática
se preocupa em organizar as diversas concepções sociais para entender os universais. A descritiva mostra a realidade
temporal do fato que marca a sociedade onde a investigação é feita. A comparada busca o relacionamento entendendo
a evolução histórica e o ambiente em que está inserido o fenômeno da pesquisa. A diferencial procura entender cada
indivíduo dentro do grupo onde está inserido e não lhe entender com base em um tipo de homem. A aplicada “ estuda
a intervenção racional sobre as condições sociais de existência.”[10] A geral ou teórica se preocupa com a elaboração
de princípios.
Para se estudar a história de um ramo da ciência é necessário a maior neutralidade possível nos fatos mencionados,
Ainda em seu estado embrionário a sociologia começa a ter suas concepções formadas no meio filosófico, neste
período três obras marcam a sociologia, seja pelo estudo do homem ou da sociedade, são elas:
Essas obras quando fazem menção do papel do homem na sociedade e do ideal de sociedade e da dependência do
homem do estado, propõem um ideal da sociedade. É evidente que suas contribuições são mais estudadas na cadeira
de filosofia e às vezes lembrada na sociologia como influência sobre todo o desenvolvimento histórico.
Vista comumente como idade das trevas esse período foi de grande valia pela sua manutenção das obras antigas e
pelos conflitos enriquecedores dos bispos, laicatos e governos que formam uma ponte para o posterior conceito da
sociologia.
Quem se destaca como luz neste período é Tomás de Aquino que após Santo Agostinho busca um contraponto entre o
platonismo de Agostinho e a apropriação religiosa pelo Aristotelismo no século XIII e movimentada pelo seu
O sub-julgar a sociedade ao poder Papal tanto em questões religiosas como na política enfurece principalmente os
governos dos estados independentes da Inglaterra, França e Alemanha que não viam nenhuma vantagem nesse
controle e logo proporam progressivamente uma ruptura com a Igreja através de idéias reformadas.
2.3. A renascença
Este período é marcado pelo desenvolvimento das artes e a cultura em torno do homem. Os monges e o poder dos
bispos estão em decadência por suas preocupações temporais no cuidado da terra e pela desenfreada depravação.
A Itália maior parte sobre o domínio Papal está sobre influência da estética e do secular. As famílias que possuem
dinheiro sustentavam artistas para que se desenvolve sua arte. Entre os pensadores se destacam:
Visto como o período anterior ao resplendor da sociologia, as normas da sociologia devem-se a este período.
O mundo passava por mudanças brutais, a independência da América, a revolução Francesa. Com estes movimentos
a sociedade passou por mudanças onde a sociedade foi afetada, a classe média teve papel vital e oportunidade de
desenvolver suas riquezas, a classe baixa via a sua esperança no trabalho braçal prestado a classe média e os
O setor educacional se desenvolveu rapidamente agora as universidades não ficavam restritas a regiões já conhecidas
como; Alemanha, França, Inglaterra, Itália e Suíça. Houve um crescente interesse em se estudar estas transformações
O ápice se deu com: Augusto Conte, Spencer e Karl Marx. Não se deve ignorar outros pensadores importantes desse
período como:
Uma iluminação ainda maior estava por vir com os referenciais de maior expressão dentro da sociologia.
Como marcos do século XIX surgem três expoentes maiores do desenvolvimento da sociologia que influência o mundo
contemporâneo. São eles: Augusto Conte, Hebert Spencer e Karl Marx. Augusto Conte tem suas origens na França
mais precisamente em Montpellier. É conhecido pela doutrina positivista e pela sua obra: Curso de Filosofia Positiva.
Conte (1798 – 1857) colocará a sociologia como a ração de ser das ciências; e ficou marcada pela lei dos três estados
“ Estado teológico ou fictício, em que se explicam os diversos fenômenos através das causas primeiras..., estado
metafísico ou abstrato. As causas primárias são substituídas por causas mais gerais... estado positivo ou científico. O
homem tenta compreender as relações entre as coisas e os acontecimentos através da observação científica e do
raciocínio...”[12]
Entende-se que no primeiro estado ele passa por uma divisão natural do crer; primeiro se atribui poderes e milagres a
objeto e a animais, mais conhecido como “fetichismo”. O segundo período do mesmo estado o homem passa a crer e
dar estas atribuições a deuses. Cada Deus possuí uma personalidade distinta “politeísmo” e a última etapa é o auge do
estado sendo conhecido pela adoração a um único Deus e somente a sua existência como eterno “monoteísmo”.
Além da obra citada anteriormente outra obra de desenvolvimento do positivismo é a “Política Positiva”.
O segundo marco desse período é Hebert Spencer sendo de origem inglesa e influenciado por Darwin faz surgir como
Também como Augusto Conte parte para uma divisão do mundo em três partes: o inogârnico, os orgânicos e os
superôrganicos. Influenciado por Darwin aplica a evolução à sociedade em todos os seus estados. A evolução para ele
Para perpetuar as suas concepções duas obras de Spencer são de vital importância; Princípios de Sociologia e o
Estado da Sociedade.
O último marco, não menos e nem mais importante que os outros é Karl Marx é de origem Alemã, para se entender as
concepções de Marx é necessário olhar para a História e ver que a sua influência é camponesa e os olhos estão
voltados para o sistema de produção. Como demonstração disto é a sua obra; O Capital.
Pra sua concepção ele cria em um modo peculiar de enxergar a sociedade como “infra-estrutura” e “supra-estrutura”
Marx busca através do estado o ideal igualitário sem a discrepância das classes sociais.
Muitos são os nomes da sociologia contemporânea e cada qual com sua contribuição, mas aqui se estudará somente o
divisor de áquas, ou não querendo ser injusto, aqueles que parecem ser os grandes nomes.
Durkheim que assim como Conte é Francês, mas as semelhanças param por aí.
É conhecido por fincar estacas na metodologia do estudo da sociologia dando a está a estrutura que era necessária.
Suas obras de maior destaque foram: A divisão do trabalho social; As regras do método sociológico e o Suicídio.
Durkheim em suas pesquisas faz uso do método monográfico e estatístico. Um de seus marcos narradas em o Suicídio
Weber busca entender a conduta social do individuo e das classes onde esse homem está. Ele desenvolveu o sistema
de análise sociológica, onde se estuda o acontecimento para saber e compreender o tipo ideal.
As suas obras mais difundidas no mundo moderno são: A ética protestante e o espírito do capitalismo e a Economia e
sociedade. A primeira sendo uma crítica ao movimento da reforma por causa de suas conseqüências na Europa de sua
Bibliografia
TORRE, M.B.L. Della. O homem e a sociedade: uma introdução à sociologia. São Paulo: Companhia Editorial Nacional,
[s.d.].
ANDERSON, Walfred A. e PARKER, Frederick B. Uma introdução à sociologia. Rio de Jeneiro: Zahar, 1977.