Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE CONTRATO COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO PARCIAL DA TUTELA PRETENDIDA
em face de
BANCO , Instituição Financeira, devidamente inscrita junto ao Banco Central, inscrita no CNPJ sob o nº. .........
com agência na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir
aduzidos.
DOS FATOS
O AUTOR firmou com o banco requerido, há vários anos desde ............, contrato de cheque especial com limite
de crédito - conta-corrente nº ............ - ag. ........, movimentando-a normalmente no decorrer dos anos e sempre
pagando pontualmente os juros e encargos incidentes;
O Autor em grande dificuldade financeira, gerada pela política financeira brasileira sujeito à época, teve que
sujeitar-se as taxas de juros impostas pela Ré de forma unilateral e arbitrária, taxas estas superiores aos
patamares permitidos legalmente, que são de 12% a .a., e passou a utilizar-se dos limites do cheque especial;
É importante ressaltar que durante todo o período, repita-se, o autor pagou pontualmente os juros, taxas e
comissões incidentes impostas pela ré, mesmo, considerando-as excessivas.
Contudo, para surpresa do autor, logo, começou a receber constantes telefonemas de pessoas que se
identificavam como prepostos da ré a fim de lhe informar que o saldo de sua conta-corrente estava negativo,
pois havia ultrapassado o limite do cheque especial.
Para evitar futuros aborrecimentos (que acabaram acontecendo), a autora iniciou sua peregrinação tentando
inteirar-se dos problemas envolvendo sua conta-corrente anteriormente movimentada junta a ré. Iniciou com a
solicitação do autor para que a ré lhe enviasse cópias dos extratos de movimentação das contas para simples
conferência.
Aí d. Julgador, após receber parte da documentação solicitada o autor descobriu que sua conta estava
excessivamente injetadas de juros extorsivos e taxas abusivas e unilaterais.
De imediato, foram expedidas novas solicitações para que fossem fornecidas cópias dos documentos que
originaram as movimentações.Inobstante as irregularidades, a ré iniciou um verdadeiro massacre psicológico
com o autor através de seus prepostos, via telefone, que o importunaram na sua casa em horários noturnos
inclusive solicitando o n.º do telefone da casa de amigos onde o autor se encontrava;
Note-se i. Julgador, a ré lançou unilateralmente mês a mês, juros extorsivos ao patamar mensal de,
aproximadamente, 8,8% (Oito vírgula oito por cento);
Com o lançamento unilateral dos juros mensais no patamar de 8,8% ao mês, incidindo sobre os valores
indevidamente lançados, restou um débito em nome do autor no valor superior a R$ ............. em meados
de .........
Temeroso de ver seu nome incluído no rol dos mal pagadores por dívida que não contraiu e, ainda, ver
cancelado todos seus cheques especiais, bloqueios de contas, o autor foi obrigado a negociar com a ré a dívida
indevidamente lançada em seu nome.
Não se pode perder de vista que o mencionado contrato de renegociação foi efetivado através de contato
telefônico e posteriormente formalizado.
Ao aderir ao contrato e renegociação da dívida (contrato de adesão) que foi obrigado a aceitar, diga-se de
passagem, bem como o contrato de abertura de crédito firmado no início da relação havida entre as partes,
constam cláusulas ilegais e arbitrárias, que elevaram o montante da dívida a valor superior ao existente, na
qual já constavam taxas exorbitantes e pré-fixadas, tornando-se impossível à continuidade do pactuado, haja
vista, repitam-se, as cláusulas leoninas impostas pela ré em total prejuízo da autora, e flagrante infração à
legislação que regula a matéria.
Assim, em apertada síntese, estas são as irregularidades e abusos praticados pela ré contra o autor no presente
caso desde a época do cheque especial e na renegociação quais sejam:- cobrança de juros capitalizados
(período da conta-corrente - cheque especial);- Cobrança de juros flutuantes (cheque especial) e acima da taxa
legal;-
Cobrança de multas e comissão de permanência além do permitido legalmente e cumuladamente com juros e
correção;- Cobrança indevida a título de encargos contratuais, também, flutuantes.- Juro de mora diário;
Após várias tentativas amigáveis no sentido de tentar-se quitar a dívida de forma justa e legal, a Ré manifestou
seu total desinteresse no deslinde da pendenga, contudo, os extratos mensais provam que a ré pratica a
cobrança de juros de forma composta e acima dos patamares legais que atingem ao absurdo de 09% a.m. (e
acima deste patamar em determinados meses) conforme se prova pelos extratos juntos.
Da prova pré-constituída - Pelo Laudo elaborado provisoriamente, pois o definitivo há de ser elaborado por
perito oficial, constata-se que, se forem aplicados aos cálculos extratos da conta corrente, os juros legais com a
correção pelo INPC, de acordo com o resumo abaixo:
Resultados Financeiros
Data Base: ..../..../.....
Extratos que faltam
Início em ........ de ........ até ........., ....... até hoje
Em ......./....../...... o saldo em conta era de R$ ....... (DEVEDOR) - Fornecido pela Instituição FinanceiraO saldo
apurado a INPC + 1% am na mesma data foi de R$ ....... (CREDOR) e corrigido até a data base = R$ .............
(CREDOR)... OMISSIS ...SALDO FINAL PARA O CLIENTE CORRIGIDO ATÉ A DATA BASE; R$ ............... (CREDOR)*
Sem computar os extratos que faltam...
Veja i. Julgador a ré incluiu novos juros sobre os juros indevidamente aplicados, haja vista que a dívida lançada
no extrato é abusiva e ilegal e conforme a prova pré-constituída, o débito do autor para com o réu, já foi
quitado, tendo, na verdade, o réu, que devolver ao autor importância que ultrapassou o devido.Assim, o autor
está sendo obrigado a pagar por dívida que nunca contraiu, criada pelos juros e taxas extorsivas debitados na
conta-corrente e no cheque especial, além de comissões de permanência e outras arbitrariedades que não
podem e não devem ser referendadas pelo Judiciário.
DO DIREITO
Estão sendo exigidos pela ré, atualmente, e foram incluídos no cálculo do saldo devedores anteriores, conforme
surge da verificação dos extratos e prova pré-constituída, juros dos juros (anatocismo).
Esclarecemos que no período da vigência da conta de cheque especial foi notória a cobrança de juros
compostos mensalmente e, diariamente, pro rata die, quando ultrapassado o limite contratado, e, com a
renegociação novos juros incidiram no montante parcelado, o que caracteriza nova cumulação de juros.Como
dito, os referidos JUROS COMPOSTOS, diários ou mensais, têm sua cobrança vedada pelo ordenamento jurídico
pátrio, nos estritos termos do art. 4º, do decreto n.º 22.626, de 07/04/93, que assim dispõe:"Art. 4º.
É proibido contar juros dos juros; esta proibição não compreende a acumulação de juros vencidos aos saldos
líquidos em conta-corrente de ano a ano.
"Este artigo deu ensejo à criação da Súmula 121 do Supremo Tribunal Federal com a seguinte redação:"Súmula
121 do STF :
Compreende-se que durante todo o período do contrato de cheque especial (e com os novos juros incidentes
com a renegociação) foram cobrados juros sobre um saldo acumulado, imediatamente precedente, sobre o qual
já foram incorporados juros de períodos anteriores, porquanto, deverá ser adequado os valores cobrados, em
vista da nulidade da cláusula que prevê tal método de cobrança (tanto do contrato de cheque especial quanto
do contrato de renegociação), a título de juro sobre juro, isto é, capitalização composta, ou seja, aquela onde a
taxa de juros incide sobre o capital inicial, acrescido dos juros acumulados até o período anterior.
Inobstante o disposto no art. 192, § 3º da Constituição Federal, limitando os juros anuais em 12%, princípio
auto-aplicável e violado por imposição da ré, o que justificaria por si só o decotamento do valor que foi obtido a
maior pela utilização dos juros superiores aos constitucionais, restam indiscutivelmente violadas as disposições
da lei de usura.Se a questão da auto-aplicabilidade da norma constitucional apontada é controvertida, norma da
lei de usura é pacífica e indiscutível. Conforme preceitua o Decreto 22.626/33, arts. 1º e 2º, na Lei de Usura, os
juros devem ser limitados a 12% ao ano. Tal decreto foi plenamente recepcionado pela Constituição de
1988.Resta, pois, que a única norma aplicável, em face da INDELEGABILIDADE da competência do Congresso
Nacional estabelecida pela Constituição, É A LEI DE USURA.E mesmo que se entenda que ainda prevalece à
competência do Conselho Monetário Nacional através do inciso IX, do artigo 4º, da Lei 4.595/64 para fixação de
juros, esclarecemos que o legislador conferiu poderes para limitar os juros praticados em operações bancárias e
financeiras, com obediência ao parâmetro máximo previsto na Lei de Usura em seu artigo 1º, que veda a
estipulação em percentuais superiores ao dobro da taxa legal (que é de 6% previsto no Código Civil);
O art. 2º do C.D.C descreve que toda pessoa física que utiliza serviço é consumidor interligando ao final deste
parágrafo com a expressão 'como destinatário final';Por outro lado, a atividade que o banco exerce
efetivamente é de fornecedor de serviços previsto no art. 3º caput do C.D.C. e, também, no § 2º que define que
serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo inclusive de natureza bancária e financeira;O
serviço oferecido pelo banco foi o crédito que é um produto imaterial previsto no contrato estando sempre
sujeito aos preceitos do C.D.C. em conseqüência do caput do art. 3º do C.D.C.;
Evidenciada a aplicação do CDC no presente caso, é imperativa a aplicação do art. 51, que declara serem nulas
de pleno direito às cláusulas contratuais que oneram excessivamente ao consumidor. Daí surge o direito ao
consumidor de pleitear, como ora pleiteia, às modificações das cláusulas contratuais que:? estipularam
unilateralmente os juros absurdamente cobrados acima da taxa constitucional e legal prevista, a fim de
restabelecer o equilíbrio contratual entre as partes (art. 6º, V, CDC); ? a revisão geral de todas as cláusulas
contratuais estabelecidas, em virtude da superveniência de fatos não previstos e prejudiciais ao consumidor,
(art. 6º, V, segunda parte, CDC), inclusive do cheque especial e do contrato encadeado de renegociação; ?
a nulidade das cláusulas que trazem vantagem exagerada ao fornecedor e via de conseqüência, seu
enriquecimento ilícito (art. 51, IV, e § 1º, III, CDC) e, demais artigos aplicáveis à espécie.Além da impossibilidade
de cobrança de 'juros' acima da taxa legal em vista de que o banco não possuí autorização expressa para tanto
e, que prevalece a Lei de Usura, os contratos de Adesão (cheque especial e renegociação) não são claros e
expressos relativo à estipulação de juros e correção monetária;O art. 51 do C.D.C. prevê:São nulas de pleno
direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:...X -
permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira unilateral....XIII - autorizem o
fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
O art. 52 do C.D.C. dispõe:No fornecimento de produtos ou serviços que envolva outorga de crédito ou
concessão de financiamento ao consumidor, o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e
adequadamente sobre:I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;II - montante dos juros de
mora e da taxa efetiva anual de juros;III - acréscimos legalmente previstos;IV - número e periodicidade de
prestações;V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
O art. 54 do C.D.C. tem a seguinte redação:Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas
pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem
que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo....§ 3º Os contratos de adesão
escritos serão redigidos em termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, de modo a facilitar sua
compreensão pelo consumidor.§ 4º As cláusulas que implicarem limitação de direito do consumidor deverão ser
redigidas com destaque, permitindo sua imediata e fácil compreensão.Em conseqüência de tudo o que foi
citado retro e acima, constata-se que várias cláusulas, tanto do contrato de cheque especial quanto da
renegociação, são nulas de pleno direito, especialmente a cláusula flutuante de fixação de juros do cheque
especial e, também, o da renegociação porque não demonstraram, claramente, os juros pré-fixados nas
parcelas, havendo, data venia, o M.M. Juiz adequá-las a legalidade fixando o INPC como fator de correção
monetária mais 0,5% de juros a.m., desde que provado os juros e taxas abusivas, o que se admite por cautela.
4. JUROS MORATÓRIOS - NÃO INCIDÊNCIA
Existem duas espécies de juros: os compensatórios e os moratórios;Os primeiros correspondem aos frutos
(remuneração) do capital mutuado ou empregado, ou seja, a compensação ou paga pelo seu uso, e os
segundos representam a indenização pela demora no cumprimento da obrigação Esclarece De Plácido e Silva,
em seu Vocabulário Jurídico, 5ª Ed., Forense, p. 470, verbis:"Juros moratórios são juros decorrentes da mora,
isto é, os que se devem, por convenções ou legalmente, em virtude do retardamento no cumprimento da
obrigação".São os juros ditos de propter moram, fundados numa demora imputável ao devedor de dívida
exigível;
É necessária a existência de uma dívida exigível e que a demora do não-pagamento seja imputável ao devedor;
Os mencionados juros de mora somente são devidos ou tem iniciada sua contagem, após a constituição em
mora do devedor através de interpelação judicial ou outro ato judicial equivalente e, nas obrigações líquidas e
certas, a partir da exigibilidade;
Dessa forma, no caso vertente, verifica-se que o pagamento do débito exigido pela ré é indevido, pois cobra
juros compostos e acima da taxa legal desde a época do cheque especial, não se podendo em falar em mora
debitoris;Segundo a lição de Carvalho Santos, a mora pressupõe o retardamento injusto, imputável ao devedor.
Não se pode confundir inadimplemento com mora, pois esta pressupõe, além daquele, a culpa do devedor, o
que não ocorre agora (art. 963 c/c os arts. 939 e 955, todos do C.C.);
Pelo exposto acima, há de ser extirpado qualquer juro moratório do débito em discussão, porque o
retardamento no pagamento do valor apresentado pelo banco foi justo, independente de culpa dos autores, por
não se sujeitaram ao arbítrio do réu ao fixar encargos não previstos na fase da conta de cheque especial, e
juros cumulados na fase de renegociação do débito originado da conta corrente de cheque especial.
Data venia, torna-se necessário a declaração da inversão do ônus da prova devendo ser atribuída ao banco a
incumbência de produzir provas contrárias as alegações iniciais do autor, principalmente com relação aos
débitos lançados em sua conta-corrente advindo dos juros e taxas abusivas;Isso porque o autor sempre 'esteve'
em condição de vulnerabilidade como consumidor, tanto anteriormente a 'renegociação' não sendo assistido
por profissional habilitado a orientá-los adequadamente, isto é, analisando se seria necessária a renegociação
do saldo devedor da conta corrente de cheque especial quando já haviam sido cobrados e recebidos juros
exorbitantes e ilegais, como o foram, ou se seria o melhor caminho a discussão em juízo para se apurar da
licitude do saldo existente.
"Durante" a contratação, tanto do cheque especial quanto da renegociação, houve uma imposição de cláusulas
em contratos padronizados, de adesão, redigidas unilateralmente pelo réu, tornando-se, os réus, submissos,
sem poder alterar, ou mesmo opinar sobre as condições impostas, coercitivamente;
"Após" as contratações continuaram vulneráveis considerando-se que com o inadimplemento contratual, sem
culpa dos autores, estarão sujeitos a meios de cobrança que infringem o art. 42 do C.D.C.;
Estando presente a vulnerabilidade (técnica, jurídica ou faticamente - socioeconômica) como demonstrado retro
não foi o autor tutelado pelos preceitos do C.D.C., ficando "expostos" às práticas previstas nos capítulos V e VI
do C.D.C.
Com a inversão do ônus da prova estará o M.M. Juiz garantindo a proteção legal/contratual e o acesso do autor,
parte mais fraca na relação obrigacional, ao Poder Judiciário, facilitando o direito de ação conforme preceito
contido no art. 6º, VIII do C.D.C., que se requer seja declarado ab initio em vista da oportunidade da instrução
processual que objetivará apurar o equilíbrio contratual e a licitude das cobranças ocorridas por parte do banco.
Conforme o mandamento inserido no art. 273 do Código de Processo Civil: ' O juiz poderá, a requerimento da
parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo
prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação (...)';
Pretende, pois, o autor, com a presente ação a revisão dos contratos de adesão 'encadeados' para extirpar de
sua conta-corrente os lançamentos indevidos, bem como as cobranças abusivas ocorridas em todos os períodos
já recebidos pelo banco, quer seja no período do cheque especial e, no referente à renegociação, em vista da
cobrança de juros compostos mensalmente - juros acima do limite legal porque não esta o banco autorizado a
cobrar os juros constantes nos extratos do cheque especial e mais juros com a renegociação, tudo, com multas
exorbitantes e cumulativas, encargos e taxas flutuantes, etc...
Aí, reside a pretensão do autor, cuja conseqüência acessória é de que não é devedor. Portanto, não necessita
continuar pagando os valores renegociados.
A verossimilhança das alegações está comprovada através da farta documentação ora anexada e, ainda, reside
também na notoriedade da cobrança de juros compostos, ilegais e extorsivos; muito acima do patamar
legalmente previsto em lei, além de multas exorbitante na face da conta corrente de cheque especial, utilizada
pelo banco e facilmente comprovada através de uma simples verificação nos extratos mensais anexos a inicial,
do cheque especial e, após, nova cumulação de juros incidentes sobre o montante renegociado;
Requer se digne em determinar o impedimento do banco réu em incluir o 'nome' do autor em cadastros de
restrição ao crédito, uma vez que está em discussão a legalidade das cobranças efetuadas e encargos
debitados, sob pena de ocasionar, ao autor, prejuízo de difícil reparação, restringindo sua vida civil, como por
exemplo:
a) impossibilitar o recebimento de talonários de cheques (art. 2º, letra 'a', da Resolução 1.631 do BACEN);
c) impossibilidade de abrir uma simples conta corrente, mesmo sem concessão de crédito, convertendo-se tais
'condicionantes' em meio de cobrança abusiva infringente ao art. 42 do C.D.C., sendo estas a verossimilhança
das alegações dos autores nos sentido do deferimento liminar e o fundado receio de dano irreparável ou de
difícil reparação;
Não se pode perder de vista que a renegociação imposta pela ré ao autor é um verdadeiro abuso de direito,
propiciando extorsivo método de coação moral, o que é, infelizmente, normalmente utilizado por grandes
instituições como o banco requerido, a forçar o autor/cliente a quitação do suposto débito sem qualquer tipo de
discussão, sujeitando-os a dispor de direitos o que é proibido pela lei brasileira;
Em outro vértice, em nada prejudicará a instituição financeira requerida, portanto, não existe ou se mostra
presente o perigo de irreversibilidade do provimento, visto que poderá ao final da lide, caso prevaleça tal
cobrança indevida, ou seja, apurado o real valor final de débito ou crédito, exercer normalmente seu direito de
ação pleiteando o montante, se devido;
Por tais razões espera o deferimento da antecipação parcial da tutela pretendida pelo autor no sentido de que o
autor fique desobrigado de continuar com o pagamento dos valores advindos da renegociação, ou
alternativamente, autorize V.Exa. o autor em continuar com o pagamento judicial em conta remunerada nos
mesmos valores e a disposição do juízo, sendo certo que em ambos os casos se digne em determinar que a
instituição requerida se abstenha ou exclua seu 'nome', caso já incluído, em cadastros de restrição de crédito
como o SCPC -SPC - SERASA-CDL-REFIN, SISBACEN, mantendo-se seu 'nome' limpo, seu crédito que é condição
de cidadania e elemento indispensável à atividade produtiva e, seu estado de direito;
DOS PEDIDOS
Assim, requer o Autor que se conceda, liminarmente, initio litis e inaudita altera pars:
a)- antecipação parcial da tutela pretendida, que se digne V. Exa. em determinar que a instituição requerida
abstenha-se de enviar às entidades provedoras ou mantenedoras de bancos de dados ou cadastros de crédito e
consumo, como o S.P.C. - REFIN - SISBACEN - SERASA - C.D.L. e similares, para que não registrem quaisquer
restrições de caráter comercial/creditício com relação ao que aqui se discute e, na hipótese de já haver tomado
tal iniciativa, que sejam excluídos ou suspensos até o julgamento final desta lide;
b)- exibição judicial de todas os extratos mensais emitidos contra o Autor (cheque especial - conta nº
000000000 - ag. 0000, desde o início da abertura da conta; dos contratos de renegociação efetivado via
telefone; e respectivos contratos de cheque especial e renegociação), onde demonstrará o Autor não estar em
débito para com a ré e sim créditos a receber, e ainda, que foram cobradas taxas indevidas; juros sobre juros e
de juros acima da taxa legal de 12% ao ano; exibir, também, autorização expressa do BACEN ou CMN para
cobrança dos juros mensais constantes nos extratos de ambos contratos mencionados;
E1c) Declaração "inicial" da inversão do ônus da prova, a teor do disposto no artigo 6º do Código de Defesa do
Consumidor, considerando a "exposição" do autor das práticas contrárias ao C.D.C. e por estarem vulneráveis
durante as contratações, conforme retromencionado, necessária à instrução processual;
a) - a citação da Ré, no endereço fornecido no preâmbulo dessa exordial para se quiser, apresentar sua defesa,
sob pena de serem tomados como verdadeiros os fatos alegados na inicial, prosseguindo na lide até final,
quando julgado procedente o pedido deverá, alternativamente, ser reduzido o montante do débito do Autor ou
quitado o mesmo ou restituídos e/ou em dobro os valores pagos a maior, desde a contratação do cheque
especial, decotando do suposto débito os montantes referentes às ilegalidades apontadas no corpo desta peça
vestibular, principalmente, descontando os valores indevidamente lançados oriundo das taxas e juros abusivos,
tudo de acordo com o que for apurada em perícias a serem realizadas; observada a proibição de se aplicar juros
capitalizados sobre a dívida, mês a mês ou diários, bem assim de cobrar juros superiores a 12% ao ano, em
vista da aplicação da Lei de Usura; com extirpação dos juros moratórios que o banco atribuiu ao débito porque o
retardamento no pagamento não ocorreu por culpa da autora, tudo acrescido da condenação da Ré nos ônus
sucumbenciais, honorários advocatícios, nas custas do processo e em todas as despesas que o Autor tiver;
b) - Requer o Autor o deferimento de prova pericial contábil e financeira, visando trazer ao processo a
comprovação definitiva de suas afirmações, após periciadas todas os extratos mensais do período do cheque
especial e do período encadeado da renegociação, cuja exibição foi pedida anteriormente ou outra prova
pericial; requerendo, ainda, produção de toda e qualquer prova que se faça necessária à apuração da verdade,
como juntada de outros e novos documentos e depoimento pessoal do representante legal do banco Réu;
Uma vez deferida as liminares acima requeridas, no mérito sejam confirmadas para os efeitos legais;
Aplicação do Código de Defesa do Consumidor, e outras leis aplicáveis, no que couberem, para o deslinde da
presente ação, em especial, para modificar cláusulas que estabelecem prestações desproporcionais,
reconheçam a nulidade das cláusulas abusivas, tais como "cláusulas mandato, cláusulas de declaração ficta e
inexistência de cláusula expressa descrevendo os juros e atualização", em ambos os contratos encadeados;
Por não recursos financeiros para arcar com as custas do processo em detrimento de seu sustento e de sua
família, desde já requer, de acordo com a lei 1060/50, o beneplácito da JUSTIÇA GRATUITA.
DOS FATOS
DO DIREITO
II – DA RELAÇÃO CONTRATUAL
a) Da adesão
O contrato firmado pelo Requerente pode ser qualificado como contrato de adesão
pois teve que se submeter em aceitar, em bloco,
as cláusulas estabelecidas pela REQUERIDA, aderindo a uma situação contratual
que se encontrava definida em todos os seus termos. Na relação jurídica existente
entre as partes ora litigantes, há predomínio categórico da vontade da Requerida,
que impôs condições contratuais favoráveis somente a si, em detrimento da
Requerente. Os excessivos encargos prejudicam a comutatividade contratual e
exigem intervenção judicial para coibir a aplicação integral dos encargos a que
está submetida a Requerente perante a Requerida.
DO PEDIDO
Dá-se à causa o valor de R$3.550,26 (três mil quinhentos e cinquenta reais e vinte
seis centavos).
Nestes termos,
Pede Deferimento
OAB/PR 20.901
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO FORO DA COMARCA DE AQUIDAUANA – MS, A QUEM O FEITO COUBER
POR LIVRE DISTRIBUIÇÃO.
...., vem com lhaneza e acatamento à alta presença de V. Excia., propor AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE LEASING
Contra ...., pelas razões legais e factuais e, seus alicerces a seguir explanados:
PRELIMINARMENTE
Primeiramente, requer a concessão das benesses da Assistência Judiciária integral, por ser pobre na acepção jurídica do termo, não tendo
condições de dispor de qualquer importância, para recolher custas, despesas processuais e honorários Advocatícios e demais gastos.
Por segundo, a Preferência Processual, por se tratar de pessoa maior de 60 (sessenta) anos, conforme Art. 1º da Lei n.º 10.173/01 c/c art. 1º
do Estatuto do Idoso, nos termos do estipulado nos artigos 69, 70, 71, e §§, deste último dispositivo legal.
1. A requerente firmou junto a requerida contrato de arredamento mercantil, que tem como objeto um automóvel ...., cor ...., ano de
fabricação ...., placa ...., chassi ...., no valor de .... (....), cujo prazo de arrendamento seria de .... meses, tendo como prestação inicial o valor
de .... (....) que vencia em ....
2. O contrato de arrendamento mercantil, pelas suas peculiaridades, é de natureza atípica resultante de um entrosamento de contratos.
Todavia, nem por isso, pode fugir às especificações e determinações legais que o Ordenamento Jurídico Pátrio baliza às relações contratuais,
ou seja, tudo se pode contratar desde que nos limites da lei (artigo 104 do Código Civil Brasileiro).
03) ....
4. A arrendante impôs à arrendatária a primeira parcela de .... vencível em .... e paga neste dia, no mês subsequente esta mesma parcela era de
.... (....), no mês seguinte era de .... (...), no outro de .... (....), após .... (....), ... em (....), .... em (....), .... em (....) e .... em (....).
5. A arrendatária, dado as dificuldades que vem juntamente com a economia nacional vivendo, não conseguiu pagar as parcelas a partir
de ...., e seus valores passaram a ser devidos nos seguintes montantes, onde deveria pagar ...., está devendo pela somatória de juros e demais
cominações o valor de .... (aproximadamente .... % a mais), pela parcela de .... (aproximadamente .... % a mais), na parcela de .... onde
deveria pagar ...., está devendo .... (.... % a mais), na parcela de ...., cujo valor era de ...., está devendo .... (aproximadamente .... % a mais).
6. Pelo exame dos números, mesmo que perfunctório, se denota uma variação significativa, onde já se pagou uma quantia significativa
representada pelo valor de .... e se continua devendo a quantia de ....
7. Pelos números suso expostos se constata a perversidade do presente contrato, onde uma das partes, a arrendatária, está tendo sua
capacidade de pagamento simplesmente liquidada pela voracidade da evolução dos valores que pretende haver a arrendante.
8. A cláusula .... do contrato de arrendamento, firmado entre as partes, estipula que o mesmo deverá preservar rigorosamente o equilíbrio
econômico e financeiro entre as partes (doc. .... anexo). Tal determinação não vem sendo cumprida, pois inexiste qualquer equilíbrio
econômico-financeiro no presente pactuado, o que sobrenada de forma inequívoca é uma distorção veemente onde uma das partes é
extremamente sacrificada em favor da outra.
9. O presente contrato nada tem de arrendamento visto que suas conseqüências práticas redundariam unicamente numa aquisição super
valorizada do bem, usa-se o verbo no passado pelo simples fato que nem isso a avença em apreço caracteriza. Uma parte (arrendatária) está
sendo massacrada pela outra (arrendante).
10. No contrato, a que se já fez menção, inexiste qualquer cláusula que preveja qualquer índice de variação das parcelas assim a forma como
vem capitalizando mês a mês as parcelas em apreço, além de constituir em fato avesso à lei, foi sequer convencionado pelas partes, e, em não
sendo convencionado, não pode ser exigido.
11. A forma de cobrança de juros praticada pela requerida, em uma economia de moeda estável, como a que vem vivendo a brasileira, é de
conseqüências devastadoras às tíbias empresas brasileiras que além da retração de mercado expõem-se ainda à prática usuária de cobrança de
juros.
12. O anatocismo, ou seja, a cobrança de juros sobre juros encontra vedação na lei e em reiteradas decisões dos nossos Tribunais, como
adiante se verifica:
"Comercial. Capitalização de juros. Instituições financeiras. Prevalece a proibição do artigo 4º da Lei de Usura (Decreto 22.626/33), ainda
em relação às instituições financeiras do sistema financeiro nacional." (AC un da 3ª. T. do STJ - Resp 13.829-PR - Rel. Min. Dias Trindade -
j. 29.10.91 - Recte.: Muraro e Filhos Ltda e outros; Recdo.: Unibanco - União de Bancos Brasileiros S/A - DJU I 02.12.91, p. 17.537 -
emenda oficial).
"Execução. Direito Privado. Juros. Anatocismo. Lei Especial. Semestralidade. Capitalização mensal vedada. Precedentes. Recurso não
conhecido 1 - A capitalização de juros (juros de juros) é vedada pelo nosso direito, mesmo quando expressamente convencionada, não tendo
sido revogada a regra do artigo 4º do Decreto 22.626/33 pela Lei 4.595/64. O anatocismo, repudiado pelo verbete nº 121 da súmula do
Supremo Tribunal Federal, não guarda relação com o anunciado 596 da mesma súmula 11 - Mesmo nas hipóteses contempladas em leis
especiais, vedada é a capitalização mensal." (Ac da 4ª T do STJ - mv do Resp 4724 - MS - Rel. Min. Salvio de Figueiredo - j. 11.06.91 -
Recte.: Banco do Brasil S/A; Recdo.: Engerco - engenharia Construção e Representação Ltda. DJU I 02.12.91, pp 17.530/40 ementa oficial).
13. Preclaro Julgador, o anatocismo (juros de juros) se encontra claramente delineado na forma e evolução das parcelas cobradas pela
requerida, tal maneira de cobrança não foi pactuada pelas partes, e mesmo que o fosse, desrespeitaria a lei sendo nula pleno "iuris".
14. Desta forma, o contrato em apreço vem sendo executado pela requerida em posição distante com determinado em lei. Viola o artigo 104
do Código Civil Brasileiro que impõe à validade dos atos jurídicos, agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e
forma prescrita em lei.
15. Os juros impostos na cobrança da parcelas mês a mês vai de encontro ao prescrito em lei, o que compromete a validade do contrato em
apreço. Viola também o artigo 4º da Lei de Usura Decreto 22.626/33 que diz: "É proibido contar juros dos juros; esta proibição não
compreende a acumulação de juros líquidos em conta corrente ano a ano." (grifamos).
16. Jorge Pereira Andrade em sua elucidativa obra Contratos de Franquia e Leasing, assim caracteriza a arrendatária (requerente):
"Arrendatária é considerada figura principal do contrato, porque dela é a idéia; a iniciativa é sua, resultante da necessidade de um bem móvel
ou imóvel para atender a sua atividade, por não ter ou não querer descapitalizar parte de seu patrimônio na aquisição daquele bem." (IN On
cit. Ed. Atlas, 1993, pág. 55.)
17. A situação posta no presente processo leva a conclusões diversas da definição supra referida. A requerente não só viu-se descapitalizada
como se encontra devendo, inobstante o que já pagou, o dobro do valor do bem, e na eminência de perdê-lo, perder o que já pagou e ficar
devendo muito ainda. É uma situação inconcebível numa sociedade democrática onde os direitos devem ser respeitados e inspirados da
máxima popular de que o direito de um vai até onde termina o direito do outro.
18. Pelo Joeirado, Ínclito Julgador, requer digne-se V. Exa., em receber a presente ação julgando-a procedente em seu pedido para efeitos de:
- seja promovida uma revisão das cláusulas de correção das parcelas pagas dentro dos limites legais, ou, uma vez que tal cláusula não é
detectada no ajuste em apreço, que sejam por este Douto Juízo determinadas;
- seja, nos termos do artigo 273 do Estatuto Processual Civil Pátrio com as modificações introduzidas pelas Leis 8.950, 8.951, 8.952 e 8.953,
seja antecipada a tutela pedida para efeitos de que se conceda à requerida o depósito em 48 horas, ou no prazo que entender cabível este
Douto Juízo, das quantias devidas, à ordem deste Juízo, no montante dos valores sem o acréscimo dos juros de juros, e no valor da parcela
paga em .... e que corresponde a ...., bem como o valor das vincendas até decisão final da presente;
- requer, outrossim, que continue a requerente na posse do bem objeto do contrato em apreço vez que lhe oneram os encargos de depositária e
continuará, se este douto Juízo assim conceder, a saldar as prestações nos moldes inseridos na lei;
- em sendo concedido os pedidos referidos nos dois itens anteriores, que a requerida se abstenha de realizar a busca e apreensão do bem
objeto do contrato em questão, sob pena de se reverenciar um enriquecimento sem causa daquela em detrimento da requerente;
Requer, outrossim, seja a requerida citada de todos os termos da presente para que, querendo, promova defesa, no prazo legal, sob pena de
revelia, por AR como o prevê o Estatuto Processual Pátrio, no endereço retro mencionado.
As Benesses da Assistência Judiciária Gratuita nos termos do art. 4º da Lei n.º 1.060/50, por não possuir meios de custear o processo sem
prejuízo de seu sustento e de sua prole;
Protesta e desde já requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito permitidos, sejam periciais, documentais ou testemunhais,
"máxime" o depoimento pessoal do representante da requerida.
Aquidauana-MS, .....
01) ....
02) ....
3. Pelo que se constata examinando as parcelas pagas e suas respectivas variações mês a mês, chega-se a conclusão que a arrendante, na
cobrança das mesmas, vem capitalizando o juro mês a mês, de forma contrária à determinação legal expressa, qual seja, Decreto 22.626/33 -
Lei de Usura). Tal forma de cobrança de juros tipifica o ilícito de anatocismo.
EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS
DISCUTA E REVISE SEUS CONTRATOS BANCÁRIOS - QUITADOS E EM
ABERTO
Já é público que Bancos, Financeiras e empresas de Leasing fizeram hábito
a prática de juros sobre juros em taxas abusi-vas e ilegais, contrariando a
Constituição Federal, o Código do Consumidor e outras Leis específicas.
Nossos Tribunais, ( TJRS - TARS - TASP - S T F - S T J), vêm decidindo
contrariamente aos interesses dos bancos e em-presas de leasing,
fazendo valer a limitação legal de juros de 12% a.a.
Através de Ações Revisionais , se discute toda execução e juros praticados
em contratos passados, como também relativa-mente a contratos em
aberto. Há casos, inclusive, muito comuns entre nossos clientes, que os
Tribunais têm determinado aos bancos que devolvam em dobro o que foi
cobrado a maior operação a operação.
Nos casos de leasing, têm-se determinado a quitação da dívida, ou a
imediata redução das prestações vincendas.
No recalculo judicial dos contratos passados e presentes, exclui-se os
juros cobrados acima do limite legal de 12% a.a., bem como exclui-se
multas e comissões de- permanência abusivas.
Basta a propositura de uma Ação Declaratória Revisional de todas as
operações realizadas com o banco, inclusive as em aberto, para tornar
ilíquida qualquer dívida atual que o banco pretenda cobrar. O efeito deste
tipo de demanda afeta contra-tos celebrados até vinte anos passados, e
engloba operações em nome da empresa como em nome de seus sócios e
ava-listas. Nas hipóteses de contratos e confissões de dívida ainda em
aberto, o banco fica impedido de levar a protesto e indi-car na SERASA e
SPC o devedor principal, seus sócios e seus avalistas, prejudicando a
possibilidade de propositura de Execução.
Por conseguinte, caso a sua empresa ou pessoa física tenha tido contratos
bancários no passado, ou os tenha atualmente, cumpre insurgir-se contra
as ilegalidades do banco, buscando devolução em dobro do que foi pago
indevidamente, ou re-querendo o recalculo de atual débito.
Tal atitude, face as constantes decisões dos nossos Tribunais, constitui
uma obrigação do empresário.
1. TRIBUNAL - TJRS
Nos acórdãos emerge cristalina a convicção de que o Dano Moral é
Indenizável, e a reparação deve ser tal que permita imprimir a quem
causou o dano uma lição didática e pedagógica - De sorte que a reparação
deve ser de tal vulto que cale fundo nas finanças dos ofensores para que
não falhe seu fim ditático-pedagógico, tornando-se motivo de irrisão por
parte dos Réus.
2. RECURSO EXTRAORDINÁRIO - SP - 2ª TURMA STF –
ADMINISTRATIVO. HABITAÇÃO. Caixa Econômica Federal. Imóvel vinculado
ao SFH. Taxa remuneratória de Serviço. Apli-cação dos Limites Previstos
no art. 2º Letra "d", do Decreto n. 63.182/68 ( ou seja, 10% ªª).
1.A CF, nos contratos de mútuo com garantia Hipotecária para aquisição
de casa própria, está sujeita aos limites do art. 2º Letra "d" , do Decreto n.
63.182/68.
Na espécie há óbice da alçada ( art. 325, VIII, do Regimento Interno), de
vez que não se configura o alegado dissenso com o enunciado da Súmula
596. Recurso Extraordinário da CF não conhecido.
3. RECURSO ESPECIAL - RS – 4ª Turma –
Relator: Rui Rosado de Aguiar – 10.12.97
JUROS. A súmula 596 ainda se aplica a situações como as dos autos ,
estando expressamente permitido as instituições financeiras a prática de
juros acima do limite legal, desde que autorizadas pelo CMN – o que não
acontece in casu. A obs. e o grifo são nossos.
4. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – STF - SP 2ª Turma
Apelante: Caixa Econômica Federal
Rel: Min.iDécio Miranda - 16.11.84
EMENTA: Sistema Financeiro da Habitação. Caixa Econômica Federal. Taxa
Remuneratória de Serviços no empréstimo hipotecário. O limite de 2% ao
ano para as taxas de serviço estabelecido no Decreto n. 63.182, de
27.08.98, é aplicável, pelo menos nos contratos firmados a partir desse
decreto, à Caixa Econômica Federal, integrante do Sistema Financeiro da
Habi-tação. Ausência de divergência com Súmula 596
DEIXA-NOS SER A SOLUÇÃO DE SEUS PROBLEMAS!
CONSULTE-NOS!
PODEMOS AJUDA-LOS!
DÍVIDAS
BANCOS – FINANCEIRAS - OUTROS
BUSCA E APREENSÃO
Busca e Apreensão pode ser tanto de pessoas como de coisas, na esfera
civil e na esfera criminal.
Tem o interesse de reaver a pessoa ou a coisa que encontra-se em poder
de outra pessoa; sua finalidade, que é a de obter a apreensão judicial de
determinada coisa ou pessoa, a fim de que a mesma seja guardada até
que o juiz decida a quem deva ser entregue definitivamente; o objeto, que
pode ser tanto coisas como pessoas; seu histórico, desenvolvimento atra-
vés dos tempos; pressupostos, que são dois: periculum in mora e fumus
boni iuris.
O QUE FAZER?
Torna-se, assim, possível concluir que, após o cumprimento da ordem
liminar de busca e apreensão do bem alienado fiduci-ariamente, pode o
devedor/fiduciante requer a purgação da mora mesmo que não tenha pago
40% do valor financiado, con-forme lhe faculta o Código de Defesa do
Consumidor, bem como lançar mão da mais ampla defesa, no sentido de
discutir eventual abusividade dos encargos cobrados pelo credor, em
detrimento das limitações legais e contratuais, mediante irres-trita
dilação probatória, inclusive perícia técnica financeiro-contábil.
A ação revisional de contrato bancário, como o próprio nome pressupõe,
se constitui em uma ação judicial que tem por obje-tivo principal retirar as
onerosidades excessivas que uma das partes tem por conta de
determinadas cláusulas de um contra-to.
Na compra de um automóvel, cujo todo ou em parte será financiado, há a
assinatura do contrato que prevê como tudo ocor-rerá entre o comprador
do veículo e a financeira durante o pagamento do referido financiamento.
Ocorre que sempre estes contratos apresentam diversas abusividades e
desvantagens para o consumidor.
Ao contrário do contrato, que é um acordo resultante da vontade das
partes, em sua grande maioria, os contratos bancários são contratos de
adesão, pois resultam apenas da vontade de uma das partes, no caso o
banco, restando à outra apenas aceitar o contrato como está.
Em uma compra com contrato de adesão, se o consumidor não concordar
com uma das cláusulas, este simplesmente não efetua a compra, pois não
lhe é oportunizada a alteração de nenhuma cláusula.
E nesta hora você deve estar pensando: mas todas as financeiras que
encontrei são assim, isto quer dizer que não poderei comprar o carro que
tanto quero?
Não é bem assim. Na verdade você poderá comprar o veículo
normalmente. O que tem de ser feito nesta hora é ter plena consciência de
que se está a assinar um contrato de adesão. Partindo daí você já sabe o
que está fazendo e como resolver caso ocorra algo de errado no decorrer
da execução deste contrato.
Saber também que de nada adiantará a tentativa de tentar mudar
cláusulas, pois não lhe será permitido. Leia bem e atente para todas as
cláusulas. Entretanto ao encontrar uma cláusula demasiadamente
desvantajosa, esta só poderá ser questio-nada e talvez invalidada após a
assinatura do contrato, através de uma ação de revisão de contrato
bancário.
Alguns cuidados antes de entrar com a ação:
A precaução principal é encontrar um bom advogado para lhe representar,
um profissional que entenda de revisão de con-tratos bancários. Este
profissional inicialmente pleiteará a redução do valor pago por você
mensalmente através de depósi-tos em juízo, cuidará para que não ocorra
busca e apreensão do seu veículo, e tentará mantê-lo fora dos cadastros
negati-vadores de crédito, como o SPC e SERASA, enquanto perdurar a
ação.
CAPITAL DE GIRO
O capital de giro representa, em média, 30 a 40% do total dos ativos de
uma empresa. O capital permanente tem um peso maior sobre o total dos
ativos, atingindo entre 60 e 70%.
Apesar de sua menor participação sobre o total dos ativos da empresa, o
capital de giro exige um esforço do administrador financeiro maior do que
aquele requerido pelo capital fixo.
O capital de giro precisa de acompanhamento permanente, pois está
continuamente sofrendo o impacto das diversas mu-danças enfrentadas
pela empresa. Já o capital fixo não exige atenção constante, uma vez que
os fatos capazes de afetá-lo acontecem com uma freqüência bem menor.
Boa parte dos esforços do administrador financeiro típico é canalizada
para resolução de problemas de capital de giro – formação e
financiamento de estoques, gerenciamento do contas a receber e
administração de déficits de caixa.
Nesta luta para sobreviver, a empresa acaba sendo arrastada pelos
problemas de gestão do capital de giro e tende a sacrifi-car seus objetivos
de longo prazo. Os empresários conhecem bem este fenômeno. Boa parte
de seu tempo é consumido "apagando incêndios", onde o foco mais
perigoso reside no capital de giro.
MEDIDAS PARA SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE CAPITAL DE GIRO
As dificuldades de capital de giro numa empresa são devidas,
principalmente, à ocorrência dos seguintes fatores:
- Redução de vendas
- Crescimento da inadimplência
- Aumento das despesas financeiras
- Aumento de custos
- Alguma combinação dos quatro fatores anteriores
Na situação mais freqüente, os problemas de capital de giro surgem como
conseqüência de uma redução de vendas. Neste caso, o administrador
financeiro se defronta com as seguintes questões: como manter o capital
de giro sob controle diante de um quadro de redução das vendas ? o que
pode ser feito para evitar uma crise maior de capital de giro ?
Os tópicos seguintes apresentam algumas alternativas de solução para
essas questões.
1. Formação de reserva financeira
Como acontece no trato de muitos outros problemas, a ação preventiva
tem um papel importante para a solução dos pro-blemas de capital de
giro.
A principal ação consiste na formação de reserva financeira para enfrentar
as mudanças inesperadas no quadro financeiro da empresa.
DEIXE-NOS AJUDÁ-LOS!
TEMOS A SOLUÇÃO.
CONSULTE-NOS.
COBRANÇA
Por muito tempo, as carteiras de cobrança foram tratadas como centros
de perda dentro das empresas. Pela existência de provisionamento e
diluição dos riscos nas taxas de juros, muitos concessores de crédito não
atentavam para o ativo ador-mecido que poderiam explorar. Esta
realidade mudou. Hoje as carteiras inadimplentes são consideradas
centros de receitas dentro das instituições e tratadas efetivamente como
um negócio voltado a resultados.
A “ABL” ratifica esta postura e implementa estratégias assertivas, que
procuram não só recuperar os valores em atraso, mas principalmente
converter o devedor novamente em cliente ativo. Calcada em alta
tecnologia, gestores experientes e opera-dores motivados, conquistamos
papel de destaque em todas as carteiras que atuamos.
TELE COBRANÇA
COBRANÇA CONSENSUAL
COBRANÇA JURÍDICA
APOSENTADOS E PENSIONISTAS
Viviane Lopes
Mensagens: 1
Registro: 09 Fev 2007 08:19
Cidade: Jacareí/SP
anúncios Google
Re: Revisão de financiamento de veículos
por amorimssa em 03 Jul 2007 11:00
Olá.
Prezada viviane.
Vc tem que fazer uma revisional de financimeamento, para baixar o valor da parcela e dar continuidade ao pagaento das parcelas, só que
agora em juízo.
Se esiver com o nome negativado pela finasa, vvc poderá tbm requer ao jiiz q seja dado baixa na restição sob pena de multa diaria.
Att. Amorim
amorimssa
Mensagens: 6
Registro: 09 Mai 2007 11:28
sig
(moderador)
Mensagens: 823
Registro: 09 Mar 2005 17:53
Profissão: Advogado
Especialização: Direito_em_geral
Estado: SC
País: Brasil
• Website
Re: Revisão de financiamento de veículos
por Ijolar Eraldo Noceti em 03 Jul 2007 15:38
- 1) acho inviável a devolução do bem í financeira, eles vão cobrar uma série de coisas extras, além do mais caso vc, por alguma razão tenha
financiado 100% do veículo, com a venda ainda restará saldo a pagar e será í vista. Normalmente eles vendem o carro abaixo do preço de
mercado a diferença ficará para vc pagar.
- 2) a melhor opção é vc entrar com uma ação revisional de contrato( se vc tiver condições de continuar pagando), para isso vc deverá ter em
mãos o contrato original e elaborar uma tabela comparativa entre o valor que vc está pagando e o que seria o valor real.
- 3) se vc estiver com parcelas em atraso, cuidado com a busca e apreensão do veículo.
- 4) caso resolva entregar o veículo, pegue uma declaração da financeira de que o bem entregue liquidará todo o saldo devedor do contrato.
NÃO ENTREGUE O VEÍCULO SE NÃO TIVER EM MÃOS, EM PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA FINANCEIRA, A
LIQUIDAÇÃO INTEGRAL DO CONTRATO.
Mensagens: 769
Registro: 14 Dez 2006 17:14
Cidade: Cuiabá - MT
Profissão: Advogado
Especialização: Direito_em_geral
Estado: MT
País: Brasil
Nome Completo: Ijolar Eraldo Noceti
AlexLima
Mensagens: 3
Registro: 17 Mar 2009 15:57
Profissão: Estudante
Especialização: Direito_em_geral
Estado: DF
País: Brasil
Na verdade, o que deve ser feito: entrar com uma ação revisional contra o Banco, alegando a abusividade dos juros e capitalização e
efetuando o depósito judicial de, no mínimo, 70% do valor da parcela, todo mês. Com isso, o juiz lhe concederá liminar para tirar seu nome
da SERASA e impedir a busca e apreensão do veículo. A partir daí, o Banco passará a lhe procurar para oferecer excelentes descontos para
quitação integral do débito, inclusive utilizando os valores depositados no processo.
Não caia na armadilha da "Entrega Amigável", pois SEMPRE resta um saldo remanescente (o resíduo que vc mencionou) e o consumidor
será sim obrigado a quitar. A transferência do financiamento é possível, mas geralmente exige que o contrato esteja em dia e que seja paga
uma taxa de mais ou menos R$ 500,00 para fazer a transferência. Quem paga é você, a não ser que o comprador concorde em pagar.
Na verdade, o que deve ser feito: entrar com uma ação revisional contra o Banco, alegando a abusividade dos juros e capitalização e
efetuando o depósito judicial de, no mínimo, 70% do valor da parcela, todo mês. Com isso, o juiz lhe concederá liminar para tirar seu nome
da SERASA e impedir a busca e apreensão do veículo. A partir daí, o Banco passará a lhe procurar para oferecer excelentes descontos para
quitação integral do débito, inclusive utilizando os valores depositados no processo.
Não caia na armadilha da "Entrega Amigável", pois SEMPRE resta um saldo remanescente (o resíduo que vc mencionou) e o consumidor
será sim obrigado a quitar. A transferência do financiamento é possível, mas geralmente exige que o contrato esteja em dia e que seja paga
uma taxa de mais ou menos R$ 500,00 para fazer a transferência. Quem paga é você, a não ser que o comprador concorde em pagar.
Olá Allan, me desculpe, realmente não dá para fazer os cálculos diretamente pelo site [EDITADO], o qual eu me referi. Porém, a Advogada
Larissa me forneceu algumas informações que acharia interessante citá-las no fórum.
AlexLima
Mensagens: 3
Registro: 17 Mar 2009 15:57
Profissão: Estudante
Especialização: Direito_em_geral
Estado: DF
País: Brasil
anúncios Google
alexandre_bates@hotmail.com
Obrigado
Última vez editado por BATES em 28 Jun 2009 20:00, editado 2 vezes no total
BATES
Mensagens: 2
Registro: 28 Jun 2009 19:32
Profissão: Outra
Estado: SP
País: Brasil
alexandre_bates@hotmail.com
Obrigado
BATES
Mensagens: 2
Registro: 28 Jun 2009 19:32
Profissão: Outra
Estado: SP
País: Brasil
Dica: no google com certeza você encontrará o modelo que está precisando e se quiser posso esclarecer o que lhe faltar.
-----------------------------------------
Att.,
Allan Dalla Soares
allan
(articulista)
Mensagens: 321
Registro: 09 Mar 2006 13:54
Profissão: Advogado
Especialização: Direito_em_geral
Estado: SP
País: Brasil
Mensagens: 1
Registro: 15 Jul 2009 17:25
Profissão: Advogado
Especialização: Direito_em_geral
Estado: SP
País: Brasil
PRELIMINARMENTE:
Mérito:
DOS FATOS
DA COMPETÊNCIA
Desta feita, cumpre explicitar a orientação dada pelo CDC acerca da competência
para ajuizamento da ação, verbis:
Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela
autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de
produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar
substancialmente seu conteúdo.
Nessa perspectiva, o bom intérprete não abdica de pensar e, logo, não teme
reavaliar suas opiniões; prefere os riscos da transformação à cômoda inoperância
que conserva a iniqüidade.
E assim se compreende a intenção do Autor, que nada mais é do que pagar aquilo
que é devido, com os valores corrigidos, seguindo os padrões da função social e
da boa-fé nas relações contratuais.
Ensina Edilson Pereira Nobre Júnior, em sua obra intitulada “A proteção contratual
no Código do Consumidor e o âmbito de sua aplicação”. Revista de Direito do
Consumidor, São Paulo, v. 27, p. 59, jul./set. 1998, verbis:
Art. 51º. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas
ao fornecimento de produtos e serviços que:
E para que não reste dúvida acerca da aplicação do CDC basta a citação da
Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça, que assim dispõe:
NELSON ABRÃO em Direito bancário, 6. ed. rev. atual. ampl.. São Paulo: Saraiva,
2000, p. 339, esclarece:
Desta feita, tem-se que a taxa de juros convencionadas não foi aplicada dentro da
conformidade com o que a Lei prevê;
Apesar desta atitude adotada pelo governo num primeiro momento vir a prejudicar
e muito a sociedade, deve-se levar em consideração os comentários e a
hermenêutica que deve envolver o Código de Defesa do Consumidor;
Ocorre que apesar de a lei ser bastante objetiva, as instituições financeiras não se
dão ao luxo de adequar seus contratos a esta situação;
Neste enfoque, é claro e cristalino que empresas como a Requerida não tentam de
forma alguma esclarecer aos seus clientes as reais situações de seus contratos, o
que garante um enriquecimento ainda maior por parte deste tipo de empresa, que
se aproveita da diferença na relação de consumo para a cada dia obter mais e
mais valores econômicos aos seus cofres;
Razões pelas quais, não pode o Autor ser obrigado a arcar com um valor calculado
de forma ilegal, devendo ser recalculado os valores, mediante a aplicação da taxa
de juros contratada de forma simples.
Com efeito, não se pode reputar urgente uma disposição que trate de matéria há
muito discutida na jurisprudência nacional que, por sua vez, manifesta
entendimento francamente contrário a essa possibilidade.
Não é preciso nem analisar o contrato realizado para saber que ocorreu a
aplicação dos juros de forma capitalizada, prática esta reiterada pelas instituições
financeiras, apesar da constante proibição da legislação e dos Tribunais
brasileiros.
DA PRETENSÃO LIMINAR
Com base nas ilegalidades argüidas e demonstradas no contrato que acompanha,
fica claro que o Autor tem o direito de ver reduzido às parcelas que lhe são
exigidas mensalmente.
Além do mais, o Autor pretende fazer o pagamento dos valores que entende
devido em juízo (mediante a taxa de juros correta e a aplicação de forma simples),
evitando desta forma o enriquecimento ilícito do Requerente, com base nas suas
práticas abusivas (utilizando taxa maior do que a contratada e ainda de forma
capitalizada).
DEMAIS ILEGALIDADES
No presente caso existe ainda a ilegalidade das taxas exigidas para emissão dos
boletos e da análise de crédito, o que continua sendo exigido pelas instituições
financeiras.
Desse modo, nos termos do art. 51, inciso IV, do Diploma Consumerista, tem-se
que a cobrança de tais tarifas caracteriza vantagem exagerada da instituição
financeira e, portanto, nulas as cláusulas que as estabelecem.
Nesse diapasão:
REQUER AINDA:
D) Seja aplicado a inversão do ônus da prova, consoante art. 6º, VIII do CDC,
obrigando o Requerido a apresentar o original do financiamento, assinado pelo
Autor, bem como a provar em juízo que deu ao Autor o direito de conhecer o que é
capitalização de juros, bem como explicações ao Autor referente a outras
cláusulas de caráter adesivo, como antecipação de vencimento, comissão de
permanência, TAC, TEC;
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Escrever comentário
_______________________________________________________
1. COM RELAÇÃO AOS JUROS
_______________________________________________________
A cotação, ao que parece, pode ser obtida no site do BACEN, em informativo da instituição o no seguinte
endereço: http://www.bcb.gov.br/ .
______________________________________________________
I. 1. 1. DOUTRINA
"O Código de Defesa do Consumidor impõe a nulidade da cláusula contratual que se mostre excessivamente
onerosa, considerando-se como tal a natureza do contrato e outras circunstâncias peculiares ao caso.
Frente a tal regra de ordem pública, pergunta-se: até que percentual seria aceitável uma determinada taxa de
juros em um empréstimo bancário, e a partir de que patamar deverá a mesma ser considerada excessivamente
onerosa ou abusiva para o consumidor?
Ora, como não há na legislação uma regra específica sobre o tema, parece-nos que uma coerente regrinha
prática seria tomar-se como padrão “aceitável” a taxa média praticada pelos bancos num certo mês.
Mostra o saite do Banco Central que a taxa média operada pelos bancos para a concessão de empréstimos
pessoais no mês de janeiro de 2006 foi de 68,92% ao ano, ou 5,74 % ao mês. Frente a este fato, é evidente que
uma taxa de juros contratada, por exemplo, a uma taxa 50% superior à média, deve ser rotulada como
excessivamente onerosa. Não há devaneio intelectivo do qual possa decorrer conclusão diversa.
Se a taxa média já mostra juros em percentuais campeões mundiais, 50% a mais é por certo escandalosamente
abusivo, com efeito! Assim sendo, em tais hipóteses deve o julgador anular a cláusula abusivamente estipulada.
Não por haver norma legal cogente que limite o juro bancário a um determinado percentual, mas sim por
verificá-la agressivamente superior ao padrão ora sugerido como aceitável (a média operada no mês).
Sem embargo, há já recentes decisões judiciais neste sentido, e que começam a construir um anteparo que,
espera-se, deverá minorar esta cruel transferência de recursos dos cidadãos em geral para os alforjes de alguns
poucos, numa verdadeira expropriação de riquezas impingida à classe média brasileira ao bel talante do
sistema financeiro" (FERREIRA, Artur Garrastazu Gomes. O lucro dos bancos e uma regra prática para limitação
dos juros. Disponível em: http://www.espacovital.com.br/novo/noti ... ticia=3813 . Acesso em: 10 set.2006).
Dispõem o Código de Proteção ao Consumidor e o Código Civil Brasileiro, que em casos de liquidação
antecipada da obrigação deve existir a redução proporcional dos juros contratuais (Art. 52, V, § 2º, do CDC e art.
1426 c/c art. 1.425, III, do Código Civil Brasileiro).
Contudo, ao contrário do que determina a legislação, em alguns casos, principalmente de alienação fiduciária e
que resultam em ação de busca e apreensão, há, em numerosos contratos, cláusula prevendo vencimento
antecipado. Pela nova redação da legislação que trata da alienação fiduciária, na ação de busca e apreensão
deve ser paga a integralidade do débito. É certo que a matéria é discutível e que já existem precedentes
admitindo a purga de mora. Todavia, o banco ou instituição financeira, quando do ajuizamento da ação,
apresentam planilha, em regra, com a totalidade do débito. Não levam em conta a redução proporcional dos
juros em razão do vencimento antecipado. Afrontam o CDC. Ora, a relação entre cliente e instituição financeira
ou banco é regida pelo CDC. Logo, malferida nesses casos a referida legislação.
Sobre a obrigatoriedade da instrumentação com a inicial de planilha já com a redução dos juros proporcionais
as oportunas considerações de Alex Sandro Ribeiro:
“No prazo de cinco dias do cumprimento da liminar de busca e apreensão, poderá o devedor pagar a
integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, não se
compreendendo aqui os juros correspondentes ao tempo ainda não decorrido, i.e., as prestações vincendas cuja
exigibilidade se antecipa em razão do não pagamento pontual das parcelas vencidas (CC, art. 1.426 c/c art.
1.425, III)” ((RIBEIRO, Alex Sandro. Polêmicas da nova alienação fiduciária de bens móveis.Jus Navigandi,
Teresina, a. 9, n. 607, 7 mar. 2005. Disponível em: http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6406 . Acesso
em: 21.abr. 2005). (Negritou-se).
Por conseguinte, a nosso sentir, o questionamento da redução proporcional dos juros é matéria que pode ser
agitada, quer em ação de busca e apreensão, quer em outra espécie de contrato que preveja vencimento
antecipado, desde que não exista a redução proporcional dos juros.
_________________________________
I.1.2. JURISPRUDÊNCIA
"DIREITO COMERCIAL. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. JUROS REMUNERATÓRIOS. Os negócios bancários estão sujeitos
ao Código de Defesa do Consumidor, inclusive quanto aos juros remuneratórios; a abusividade destes, todavia,
só pode ser declarada, caso a caso, à vista de taxa que comprovadamente discrepe, de modo substancial, da
média do mercado na praça do empréstimo, salvo se justificada pelo risco da operação. Recurso especial
conhecido e provido" (STJ. REsp. 407097/RS. Relator: Min. Antônio de Pádua Ribeiro. Disponível em:
https://ww2.stj.gov.br/revistaeletronic ... 29/09/2003 . Acesso em: 8 set.2006).
"Reconhecida abusividade na taxa de juros aplicada pelo Banco Fininvest - A 1ª Câmara Especial Cível do TJRS
confirmou sentença de primeiro grau que entendeu abusiva a taxa de juros prevista em contrato de cliente com
o Banco Fininvest S/A. Além do cobrado nas parcelas de forma abusiva, o banco terá que devolver também o
que embolsou com a venda casada do Seguro Mais Família. A ação foi ajuizada pelo consumidor Roberto
Mariante Granja.
O colegiado entendeu haver manifesta “desproporção da taxa de juros praticada, de acordo com dados
fornecidos por oportuna perícia contábil, não impugnada pelo réu, em total desacordo com a taxa média do
mercado para operações de mesma natureza, apurada pelo Banco Central”.
A respeito da venda casada, a juíza-convocada Ana Lúcia Carvalho Pinto Vieira, relatora, lembrou que a prática
é vedada pelo art. 39, I, do Código de Defesa do Consumidor. O dispositivo trata do princípio básico que veda o
enriquecimento sem causa.
Os fundamentos da sentença do juiz Luis Antonio Behrensdorf Gomes da Silva foram integradas ao voto da juíza
relatora. O magistrado de primeiro grau destacou que “o STJ definiu que há liberdade de pactuação, limitando-
se o exame judicial apenas aos casos em que comprovada a inserção de taxa que desborde de patamares
praticados pelo mercado financeiro”.
Pela sentença, “conforme informativo do Banco Central (http://www.bcb.gov.br/), a média de juros aplicados a
financiamento para crédito pessoal, praticada por instituições financeiras, no mês do contrato – novembro de
2004 e junho de 2005 – foi de 4,56% ao mês (70,93% ao ano) e 4,44% ao mês (68,56%), enquanto que a taxa
contratada foi de 9,90% e 12,90% ao mês, respectivamente”.
O juiz convocado Luiz Roberto Imperatore de Assis Brasil destacou que “este é um dos raros casos em que o
exame da abusividade dos juros remuneratórios foi efetuado com base na desarrazoada ultrapassagem da taxa
média praticada pelo mercado, para a espécie de operação, na época da contratação”. Segundo seu voto, “as
taxas contratadas alcançaram quase o triplo das apuradas como média pelo Banco Central, não demonstrando-
se qualquer justificativa para tamanha elevação”.
O desembargador Vasco Della Giustina - que presidiu o julgamento - acompanhou os votos precedentes. O
advogado Ricardo Morales Brum atuou em nome do autor da ação. O acórdão ainda não está disponível. (Proc.
nº 70015936255 - com informações do TJRS" (Reconhecida abusividade na taxa de juros aplicada pelo Banco
Fininvest . ESPAÇO VITAL . Disponível em:
< http://www.espacovital.com.br/novo/busca_resultado.php > Acesso em: 10 set.2006).
Há, também, questionamento para a capitalização de juros. A argumentação pode variar de acordo com
aspectos negocial e temporal. Negocial, porque em determinado período a capitalização de juros só era
admitida para operações com cédulas rurais, comerciais e industriais; temporal, porque a partir de 2001 a
capitalização foi estendida para as cédulas bancárias (criada a toda evidência para atender os anseios do
Sistema Financeiro). Temporal, ainda, porque, salvo para algumas operações reguladas por leis especiais, o
Código Civil em vigor só admite a capitalização anual.
Com relação ao polêmico tema de existência ou não de capitalização de juros em operações prefixadas ,
numerosas ações objetivando revisar contratos, ou até mesmo embargos do devedor, estão sendo objeto de
julgamento antecipado. Nas decisões os Julgadores, quase que de forma estereotipada, têm entendido que em
operações prefixadas não existe espaço para maiores debates, principalmente relativos a capitalização de juros.
No entanto, para o cálculo das referidas operações existe tabela a exemplo do que ocorre com a Tabela Price.
Casos há, é certo em discussão sobre financiamento imobiliário, nos quais constatou-se a figura da
capitalização mensal. A matéria é nitidamente técnica e depende do exame de especialista. A resposta que
deles se espera é se nas operações prefixadas pode existir a capitalização. Positiva a resposta, e aí a palavra
fica com os especialistas, abre-se amplo campo de discussão e fecham-se os aros das precipitadas decisões de
Julgadores que vêm julgando antecipadamente as ações com tais questionamentos. Contudo, já se decidiu que
é descabido o julgamento antecipado em tais circunstâncias, ou seja, quando o tema diz respeito a operação
prefixada.
_______________________________________________________
2) COM RELAÇÃO À INDEXADORES CONSIDERADOS POTESTATIVOS
_______________________________________________________
2.1. Taxa Anbid-Cetip
súmula 176 - "É nula a cláusula contratual que sujeita o devedor à taxa de juros divulgada pela ANBID/CETIP"
(Disponível em: http://www.stj.gov.br/SCON/sumulas/doc. ... =&l=10&i=1 . 8.set.2006).
2.2. TBF
Súmula 287 - "A Taxa Básica Financeira (TBF) não pode ser utilizada como indexador de correção monetária
nos contratos bancários" (Disponível em: http://www.stj.gov.br/SCON/sumulas/doc. ... =&l=10&i=1 . Acesso em:
8 set.2006).
2.3. TR/TRD
Súmula 295 - "A Taxa Referencial (TR) é indexador válido para contratos posteriores à Lei n. 8.177/91, desde
que pactuada" (Disponível em: http://www.stj.gov.br/SCON/sumulas/doc. ... =&l=10&i=2 . Acesso em: 8
set.2006).
_______________________________________________________
3) COM RELAÇÃO À CUMULAÇÃO DE COMISSÃO DE PERMANÊNCIA - VEDAÇÃO
_______________________________________________________
Súmula 296 - "Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de permanência, são devidos no
período de inadimplência, à taxa média de mercado estipulada pelo Banco Central do Brasil, limitada ao
percentual contratado" (Disponível em: http://www.stj.gov.br/SCON/sumulas/doc. ... =&l=10&i=1 . Acesso em: 8
set.2006).
______________________________________________________
4) COM RELAÇÃO AO LIMITE DA MULTA MORATÓRIA EM 2% CDC - LEI 9.298/96
----------------------------------------------------------------------------
"AgRg no REsp 795136 (ACÓRDÃO) PROCESSO CIVIL - RECURSO ESPECIAL - AGRAVO REGIMENTAL - CONTRATO
BANCÁRIO - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS - APLICABILIDADE - SÚMULA
297/STJ - MULTA MORATÓRIA - REDUÇÃO PARA 2% - LEI 9.298/96 - REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA - INCIDÊNCIA -
SÚMULAS ... Ministro JORGE SCARTEZZINI - DJ 29.05.2006 p. 263" (Disponível em:
http://www.stj.gov.br/SCON/jurisprudenc ... =&l=10&i=1 . Acesso em: 8 set.2006).
__________________________________________________
Comprovadas algumas das cobranças indevidas (excesso de cobrança) deduzir a mora do credor, que inibe os
efeitos da mora, ou seja, a cobrança de juros moratórios e multa de mora (art. 963 do CCB de 1916 e 396 do
atual).