Contexto histórico..........................................................................1
Caracterização no movimento artístico.........................................2
O que trazem de novo, o que criticam, qual a Mensagem............2
Principais artistas do movimento..................................................4
Bibliografia.....................................................................................5
Contexto histórico
Dotremont é contra toda unidade teórica artificial, contra todos os ismos que implicam
em sistematização. O crítico Jean Clarence Lambert, Historiador do movimento, lembra
que cobra significa mobilidade, inteligência, instinto e agressividade, sendo também
um signo polivalente. Vale dizer, é um trocadilho e um jogo, duas características da
produção do grupo.
As exposições foram realizadas entre 1949 e 1951, em Bruxelas, Amsterdão e Liège,
sempre acompanhadas de uma revista da qual se editaram 10 números. Em novembro
de 1949, o grupo passou a se chamar IAE – Internacional e Artistas Experimentais
Cobra.
Uma proposta que cabiam as influências das pinturas rupestres de Lascaux,
descobertas em 1940 e abertas ao público depois da guerra ou as esquecidas formas
arcaicas da arte escandinava.
A pintura do grupo CoBrA parte de uma espontaneidade baseada na desfiguração
colorida das figuras, com frequência intencional e grotesca e carregada de ironia e
provocação.
Seu interesse por um gabarito infantil o aproxima das propostas da ArtBrüt que se
desenvolvia na França, mas encontra sua raiz mais direta na pintura de Joan Miró,
declarado como referência fundamental do grupo junto com Paul Klee.
Sua origem em diversas cidades setentrionais da Europa mostra o deslocamento da
capital da arte de Paris para vários centros e, consequentemente, uma fragmentação
da arte continental.
Eles concentraram sua pintura nos arquétipos visuais do inconsciente coletivo, em
busca de um primitivismo multifacetado. Combinado ao automatismo surrealista com
a materialidade da tomada de marca gestual.
A proposta do grupo CoBrA representou uma nova estética radical, mas também uma
fuga da realidade social da guerra e de um envolvimento político mais direto.
Um fim que foi anunciado oficialmente no último dos dez números da revista Cobra
Revue (1948-1951), editado por ocasião da exposição de Liége.
Apesar da sua vocação internacionalista e do carácter vanguardista de sua produção
criativa, os pintores do movimento Cobra só obtiveram reconhecimento internacional
a partir dos anos 60, altura em que o interesse em torno da sua obra se alarga a toda
aEuropae aosEstados Unidos da América.
Principais artistas do movimento
Asger Jorn (1914-1973),
pintor, escultor,
ceramista dinamarquês.
Sua obra é caracterizada
pelo uso de cores vivas e
formas distorcidas. Sua
carreira começou em
1936, quando se
aventurou de Copenhagem para Paris com
objetivo sde ser aprendiz do pintor Vasily
Kandinsky, no entanto, foi estudar na Academia
Contemporânea de Fernand Léger e trabalhou
com LeCorbusier na Exposição Mundial de
1937, experimentando em primeira mão a
contenção formal e equilíbrio de Purism – um
movimento de LeCorbusier dedicado às formas
geométricas altamente racionalizadas. Muitas
das suas primeiras pinturas estão na fronteira
entre a figuração e abstração, alinhando a sua prática com a de contemporâneos
americanos Willem de Kooning e Jackson Pollock. A maior coleção das suas obras pode
ser vista no Museu Jorn, em Silkeborg, na Dinarmarca.
Karel Appel (1921-2006),
pintor, designer, artista gráfico,
escultor e escritor holandês.
Criador de uma obra vigorosa e
colorida, caracterizada pela
figuração rude e simplificada,
infantil e de animais amistosos.
Realizou também esculturas em
madeira e metal.
Pierre Alechinsky (1927), pintor e gravador belga. Um dos mais jovens integrantes do
grupo CoBrA, marcou sua obra pelo tachismo. Sua obra é marcada pela
espontaneidade e pelo estilo violento de criação, caminha pela abstração e pelas
múltiplas formas de explorar a criatividade. Com a dissolução do grupo, em 1951, vai
para Paris, onde explora o surrealismo de Max Ernst. Apesar de não se identificar como
integrante deste movimento, sua obra passa por um processo criativo semelhante, o
que faz com que participe da última exposição internacional surrealista, organizada
por André Breton, em 1963. Viaja aos Estados Unidos e ao expressionismo abstrato
realizado pelos artistas norte-americanos, adotando sempre o caráter da
experimentação.
Bibliografia
IMBROISI, Margaret; MARTINS, Simone. Cobra. História das Artes, 2022. Disponível
em: <https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/cobra/>. Acesso em 16
Jan 2022.
Ampliando Horizontes | Um pouco sobre o grupo Cobra. Disponível em:
<https://www.uniepre.com.br/blog/ampliando-horizontes-um-pouco-sobre-o-grupo-
cobra/>. Acesso em 16 Jan 2022.