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A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (11) que o governo está
trabalhando para garantir crescimento econômico com controle da inflação.
"Nos [temas] macroeconômicos, temos que garantir que o país continue crescendo e
controle a inflação. Temos que garantir que o país faça consolidação fiscal e ao mesmo
tempo controle a inflação. Mas também temos que garantir que que o país cresça para
que essa inflação seja efetivamente controlada, no médio e no longo prazo", afirmou.
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A fala de Dilma sobre inflação e equilíbrio fiscal ocorre no dia em que a Fundação
Getúlio Vargas anunciou novos números indicando alta da inflação no país - o Índice
Geral de Preços - Mercado (IGP-M), chamado de inflação do aluguel e usado para
reajustar a maioria dos contratos imobiliários, acelerou para 0,70% na primeira prévia
de maio, contra 0,55% no mesmo período do mês anterior. No ano, o indicador acumula
alta de 3,61% e, em 12 meses, de 10,06%.
Em seu discurso, Dilma também afirmou que o Brasil precisa se tornar um Estado
"meritocrático", que estimule qualidade do trabalho e a competência dos agentes
públicos. Ela disse ainda que um dos caminhos para o desenvolvimento econômico e
social é a parceria entre o governo e a iniciativa privada.
"O Brasil precisa de um estado meritocrático. [...] E uma relação [entre Estado e
iniciativa privada] que não pode ser de oposição, que não pode ser de conflito ou de
interesses conflitantes, mas uma relação em que Estado e empresas privadas,
trabalhador e sociedade tenham clareza de seus objetivos", disse.
Câmara de gestão
A Câmara de Políticas de Gestão Desempenho e Competitividade terá oito integrantes e
será coordenada pelo empresário do ramo da siderurgia, Jorge Gerdau, presidente do
Conselho Executivo do Grupo Gerdau.
Em seu discurso, Gerdau afirmou que uma das medidas mais importantes para garantir
uma melhora na qualidade da gestão pública é transparência. "A transparência é
mecanismo que aprimora a qualidade da administração", disse.
Também integrarão a câmara outros três empresários: Abílio Diniz, dono da Companhia
Brasileira de Distribuição, que inclui a rede Pão de Açúcar e Extra, Antonio Maciel
Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose e Henri Philippe Reichstul, ex-presidente
da Petrobras.
Eles não receberão remuneração pela participação. O apoio logístico e técnico será
fornecido pela Casa Civil.
Uma das medidas que deverão ser propostas pelos membros da Câmara é a
implementação de um sistema de metas e avaliação de desempenho para acelerar o
andamento dos principais projetos dos ministérios.
Segundo o decreto que cria a Câmara de Políticas de Gestão, as ações do novo órgão
terão quatro objetivos principais: “otimizar o desempenho geral da União na prestação
de serviços públicos à sociedade, reduzir custos, racionalizar processos e tornar mais
eficazes e efetivos os programas e as ações prioritárias.”
Além disso, caberá ao novo órgão consultivo estabelecer mecanismos para estimular a
produção da iniciativa privada. Para atender a essa finalidade, a Câmara de Políticas de
Gestão vai propor medidas para agilizar a abertura e o fechamento de empresas.