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As lajes cogumelo foram introduzidas em 1905, nos Estados Unidos da América. Nas primeiras lajes
cogumelo, eram comuns os capitéis fazendo com que os conjuntos constituídos pelas lajes, capitéis e pilares
se assemelhassem aos cogumelos. Dessa semelhança nasceu a denominação laje cogumelo, largamente
utilizada nos idiomas europeus.
DEFINIÇÃO
As lajes cogumelo são aquelas apoiadas diretamente sobre pilares. Podem ser maciças, de concreto armado
ou protêndido, ou incorporadas com material inerte formando lajes nervuradas. Pode dispor de capitel,
quadrado ou circular, cuja laje se apóia sobre o mesmo.
Segundo NBR 6118:2003: Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis, uma vez
que lajes lisas são apoiadas diretamente em pilares sem capitéis. Capitéis, que eram considerados
obrigatórios nas primeiras lajes cogumelo, são acréscimos na espessura das lajes e têm como finalidade,
absorver parte das grandes tensões que ocorrem nessas regiões, principalmente as transversais. Espessura
mínima para uma laje maciça cogumelo 14 cm.
VANTAGENS
São inúmeras as vantagens deste sistema construtivo, e é isso que está despertando a atenção cada vez maior
para uso desse tipo de laje no Brasil. Nos seus aspectos construtivos, e econômicos, arquitetônicos e
funcionais, esse tipo de laje apresenta maior simplicidade na execução das fôrmas, armaduras mais simples,
possibilitando o emprego de telas pré-fabricadas, mais facilidade no lançamento, adensamento e desforma
do concreto, maior rapidez, possibilidade de teto plano, não delimitações de espaços, melhor ventilação,
redução do pé direito.
Exemplo de punção
CAUSAS INTRÍNSECAS
Classificam-se como causas intrínsecas como os processos de deterioração das estruturas de concreto as que
são inerentes ás próprias estruturas, ou seja, todos as que tem sua origem nos materiais e peças estruturais
durante as fases de execução e/ou de utilização das obras, por falha humana, por questões próprias dos
material concreto e por ações externas, acidentes inclusive.
Variação de temperatura
Causas biológicas
CAUSAS EXTRÍNSECAS
As causas extrínsecas de deterioração da estrutura são as que independem do corpo estrutural em si, assim
como da composição interna do concreto, ou de falhas inerentes ao processo de execução, podendo, de outra
forma, ser vistas como fatores que atacam a estrutura “de fora para dentro”, durante as fases de concepção
ou ao longo da vida útil desta.
Ações mecânicas
Choques de veículos
Recalque de fundações
Ações químicas
Ações biológicas
Os efeitos resultantes da atuação dos agentes intrínsecos e extrínsecos da deterioração das estruturas de
concreto. Na maioria dos casos, as suas causas são evidentes e poderiam ter sido facilmente evitadas pela
escolha cuidadosa dos materiais e dos métodos de execução, pela elaboração de um projeto
convenientemente detalhado ou pela concretização de um programa adequado de manutenção. Alguns
efeitos, entretanto, como os devidos a causas mecânicas, como sobre cargas e impactos para os quais a
estrutura não havia sido dimensionada, ou a acidentes, como sismos e incêndios, não são tão facilmente
evitáveis. Pelo contrário, na maioria das vezes estes agentes, que podem causar consideráveis danos ás
estruturas, inclusive levando-as à ruína, são impossíveis de ser considerados nas etapas de concepção e
execução.
FISSURAÇÃO
Deficiência de projeto, contração plástica, assentamento do concreto, movimentação de escoramento,
retração, deficiência de execução, reações expansivas, corrosão das armaduras, recalques
diferenciais, variação de temperatura e ações aplicadas
DESAGREGAÇÃ DO CONCRETO
Fissuração, movimento das fôrmas, corrosão do concreto, calcinação, ataque biológico.
INCÊNDIOS
No Brasil, os arquivos indicam que os acidentes mais graves e comuns são devidos à ação do vento e
incêndios. Neste artigo iremos nos aprofundar somente nos casos de incêndios, nos danos materiais
que um sinistro de incêndio costuma provocar nas edificações, principalmente nas estruturas de
concreto; no entanto para melhor entendimento de todo o processo, abordaremos também aspectos
elementares sobre o início, a propagação do fogo e a prevenção.
1. Combustível: Qualquer substância capaz de produzir calor por meio de reação química
2. Comburente: Elemento às custas do qual se da a combustão; no caso de incêndio, é o
oxigênio do ar.
3. Calor: Forma de energia que se transfere de um sistema para o outro, devido a um processo
de transformação.
4. Reação em cadeia.
Classes de incêndios
Classe A: São materiais de fácil combustão com a propriedade de queimar em suas superfícies e
profundidade, e deixam resíduos
Classe B: São os produtos inflamáveis que queimam em sua superfície e não deixam resíduos (óleo, graxas,
vernizes, tintas, gasolina)
Classe C: Quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados, como motores, transformadores,
quadros de distribuição, etc.
Classe D: Elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio, etc.
O instante em que as chamas dominam todo o local e envolvem todos os materiais é chamado de
“flashover”, ou seja, é o instante de inflamação generalizada, o momento mais crítico de um incêndio
Precisamos ter em mente que , pela análise de materiais derretidos, podemos definir um nível de temperatura
atingido naquele ponto, o que pode não ser a realidade para outros locais; no entanto, já é um parâmetro.
Outra dificuldade encontrada e difícil de ser avaliada é por quanto tempo aquele elemento de concreto dói
submetido a determinada temperatura, uma vez que essa informação é fundamental para se avaliar até que
profundidade o concreto foi afetado pela alta temperatura.
Outro fator que afeta o concreto é a queda rápida da temperatura causada pela água de combate a incêndio,
que produz um choque térmico no elemento estrutural e tem sido em alguns casos o maior responsável pelos
danos no concreto, inchando o concreto por hidratar o Ca(OH)², a ponto de destacar o cobrimento a
armadura.
Nos casos de vigas e lajes que ficam submetidas a elevadas temperaturas na sua face inferior, é muito
comum que ocorram deformações acentuadas e fissuras de tração e flexão. Excessivo calor provocará a
dilatação das vigas, podendo fissurar os pilares por cisalhamento e causar em alguns casos o colapso parcial
ou total da estrutura.
Para se fazer uma avaliação da estrutura, podemos adotar os critérios abaixo especificados, desde que
supervisionados por engenheiro especializado.
Água
Cimento
Agregados
Armaduras
CONDIÇÃO DA ÁGUA NO CONCRETO AQUECIDO
A água presente no concreto se apresenta de três formas distintas:
Ligada quimicamente: que realizou hidratação dos constituintes anidros do cimento.
Ligada fisicamente: absorvida, água zelítica e água de cristalização.,
No estado livre: que ocupa os poros.
Para temperaturas um pouco maiores a 100°C, ocorre a evaporação da água livre e parte da água ligada
fisicamente, o que implica uma retração da PEC, ou seja, uma diminuição de volume que gera microfissuras;
por outro lado, altera muito pouco a resistência mecânica do elemento estrutural
Para temperaturas superiores a 400°C, começa a existir a perda de água ligada quimicamente a concreto;
nessas condições, ocorrerá uma queda considerável na resistência do concreto.
CARACTERÍSTICAS DO CIMENTO NO CONCRETO AQUECIDO
Para concreto que empregam cimento Portland comum e agregados usuais, temperaturas até 300°C alteram
muito pouco as suas qualidades mecânicas; para temperaturas mais elevadas, é preferível a utilização de
cimento aluminoso e posolâmico.
Quando se atinge temperaturas de 900°C, o cimento se encontra em risco de destruição total.Segundo Bauer,
esse fenômeno é menos grave e ocorre mais lentamente do que a tendência dos agregados a se dilatarem,
provocando o aparecimento de fissuras.
CARACTERÍSTICAS DO AGREGADO NO CONCRETO AQUECIDO
Em caso de incêndio, o que ocorre com o concreto depende em grande parte do comportamento do agregado
quando diante de elevadas temperatura. Os agregados se comportam bem até 300°C; acima desse valor eles
começam a ter uma dilatação excessiva, provocando o fissuramento do concreto.
Os calcários são menos afetados pelo fogo devido ao seu coeficiente de dilatação de 0,8 X 10-5 por grau
Celsius, mais baixo que o de granito, 1,0 X 10-5.Além disso, o calcário tem reações endotérmicas quando
aquecidos; no entanto, quando atinge 900°C, eles podemos se decompor liberando CO2, CAO, MgO.
O granito e o gnaisse fissuram-se acima de 500°C por mudança do quartzo com o calor.O bassalto não se
altera com o calor; seu comportamento assemelha-se ao da argila expandida e ao da escória. Concretos com
alto teor agregado/cimento comportam-se muito melhor em casos de incêndio do que s de baixo fator.
CARACTERÍSTICAS DA ARMADURA NO CONCRETO AQUECIDO
Os aços resistem bem ate 350°C, havendo mesmo um incremento de resistência à tração até essa
temperatura, caindo vertiginosamente para temperaturas acima desse valor.
Por outro lado, o seu módulo de elasticidade diminui consideravelmente, permitindo deformações
acentuadas, como mostra a tabela