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CÓD: SL-109DZ-21

7908433215141

PETROBRAS
PETRÓLEO BRASILEIRO S.A.

Ênfase - Administração
EDITAL Nº 1 - PETROBRAS/PSP RH, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2021
DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Domínio da ortografia oficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de
outros elementos de sequenciação textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4. Emprego de tempos e modos verbais. Domínio da estrutura morfossintática do período. Emprego das classes de palavras . . . . . 15
5. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos da
oração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
6. Emprego dos sinais de pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7. Concordância verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
8. Regência verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9. Emprego do sinal indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
10. Colocação dos pronomes átonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
11. Reescrita de frases e parágrafos do texto. Significação das palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
12. Substituição de palavras ou de trechos de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
13. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
14. Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

Língua Inglesa
1. Compreensão de textos escritos em língua inglesa. Itens gramaticais relevantes para o entendimento dos sentidos dos textos . . 01

Conhecimentos Específicos
Ênfase - Administração
1. Estratégia Empresarial: Estruturas Organizacionais, Estratégia Organizacional, Planejamento Estratégico Empresarial . . . . . . . . . . 01
2. Administração da Produção e Compras: Estratégia de Suprimento (Strategic Sourcing); Administração de Compras; Gestão de Es-
toques: MRP, Ponto de Ressuprimento, Lote Econômico de Compra, Just in Time, Sistema de Rastreamento de Materiais (RFI D, Código
de Barras e Unique Identification Device); Planejamento e Controle da Produção; Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain
Management) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
3. Administração Mercadológica: Marketing, Marketing B2B, Marketing de Serviços, Pesquisa de Mercado, Planejamento de Market-
ing, Estratégias de Marketing, Relacionamento com Clientes, Gestão Comercial, Comércio Exterior, Marca, Mídias digitais, Comércio
Eletrônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4. Administração de Recursos Humanos: Estratégias de RH, Relacionamento com Públicos de Interesse, Remuneração e Benefícios, De-
sempenho, Cultura Organizacional, Desenvolvimento de RH, Gestão do Conhecimento, Carreira e Sucessão, Liderança e Equipe . 23
5. Administração Financeira e Orçamentária: Matemática Financeira, Valor do Dinheiro no Tempo, Risco x Retorno, Análise de Investi-
mentos, Alavancagem e Endividamento, Planejamento Financeiro e Orçamentário, Administração do Capital de Giro, Fontes de Finan-
ciamento à Longo Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6. Administração de Sistemas de Informação: sistemas operacionais e sistemas de apoio à decisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
7. Contabilidade: Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
8. Processo Decisório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
9. Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
10. Lógica: Funções, Análise Combinatória, Progressões, Raciocínio Lógico Quantitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
11. Estatística: Probabilidade, Estatística Descritiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
12. Gerenciamento de Projetos: Ciclo de Vida; Estrutura analítica de projeto; Estudo de viabilidade técnica e econômica, Gerenciamento
das Aquisições do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
13. Conflitos e Negociação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. Reconhecimento de tipos e gêneros textuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Domínio da ortografia oficial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3. Domínio dos mecanismos de coesão textual. Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de
outros elementos de sequenciação textual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4. Emprego de tempos e modos verbais. Domínio da estrutura morfossintática do período. Emprego das classes de palavras . . . . . 15
5. Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. Relações de subordinação entre orações e entre termos da ora-
ção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
6. Emprego dos sinais de pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
7. Concordância verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
8. Regência verbal e nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
9. Emprego do sinal indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
10. Colocação dos pronomes átonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
11. Reescrita de frases e parágrafos do texto. Significação das palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
12. Substituição de palavras ou de trechos de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
13. Reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
14. Reescrita de textos de diferentes gêneros e níveis de formalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
LÍNGUA PORTUGUESA

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE


GÊNEROS VARIADOS. RECONHECIMENTO DE TIPOS E
GÊNEROS TEXTUAIS

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito, Além de saber desses conceitos, é importante sabermos
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto identificar quando um texto é baseado em outro. O nome que
ou que faça com que você realize inferências. damos a este processo é intertextualidade.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas Interpretação de Texto
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar
Percebeu a diferença? a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao
subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
Tipos de Linguagem de um texto.
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos
facilite a interpretação de textos. prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
pode ser escrita ou oral. uma relação com a informação já possuída, o que leva ao
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma
apreciação pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido,
afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analítica
e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade,
estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações
ortográficas, gramaticais e interpretativas;
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, polêmicos;
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. - Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

– Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.
– Separe fatos de opiniões.
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e
verbal com a não-verbal. mutável).

1
LÍNGUA PORTUGUESA
– Retorne ao texto sempre que necessário. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
enunciados das questões. se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
– Reescreva o conteúdo lido. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
tópicos ou esquemas. outro e a parceria deu certo.

Além dessas dicas importantes, você também pode grifar Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
palavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
vocabulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
são uma distração, mas também um aprendizado. falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além As informações que se relacionam com o tema chamamos de
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
do texto. conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se capaz de identificar o tema do texto!
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações,
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-
apresentadas na prova. -secundarias/
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um
significado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com TEXTOS VARIADOS
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e
nunca extrapole a visão dele. Ironia
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, novo sentido, gerando um efeito de humor.
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo Exemplo:
significativo, que é o texto.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atraí-
do pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS

Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma


espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-

2
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três modos:


ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).
ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
Ironia verbal NERO EM QUE SE INSCREVE
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig- Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
intenção são diferentes. pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
Ironia de situação Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. principal. Compreender relações semânticas é uma competência
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces-
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Busca de sentidos
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
morte. os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
apreensão do conteúdo exposto.
Ironia dramática (ou satírica) Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
A ironia dramática é um dos efeitos de sentido que ocorre nos relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
textos literários quando a personagem tem a consciência de que citadas ou apresentando novos conceitos.
suas ações não serão bem-sucedidas ou que está entrando por um Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
caminho ruim, mas o leitor já tem essa consciência. tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a Importância da interpretação
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Humor pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- específicos, aprimora a escrita.
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa-
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi-
rer algo fora do esperado numa situação. ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais
acessadas como forma de gerar o riso. presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es-
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários,
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido,
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. berdade para quem recebe a informação.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, Fato
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
Diferença entre compreensão e interpretação uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- Exemplo de fato:
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O A mãe foi viajar.
leitor tira conclusões subjetivas do texto.
Interpretação
Gêneros Discursivos É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou sas, previmos suas consequências.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
dárias. ças sejam detectáveis.

Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente Exemplos de interpretação:
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única tro país.
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
encaminham-se diretamente para um desfecho. do que com a filha.

Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- Opinião


A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
que fazemos do fato.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
curto.
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para anteriores:
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
como horas ou mesmo minutos. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
imagens. cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a mos expressando nosso julgamento.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
vencer o leitor a concordar com ele. analisamos um texto dissertativo.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Exemplo:


entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas com o sofrimento da filha.
de destaque sobre algum assunto de interesse.
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali- Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
os professores a identificar o nível de alfabetização delas. ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
e o do leitor.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são  os conecto- se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe- escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
ríodo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér- Gíria
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
sem coerência. a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta- gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
mais direto.
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário
de pequenos grupos ou cair em desuso.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
“mina”, “tipo assim”.
Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias Linguagem vulgar
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos, Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti- há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa comida”.
linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com Linguagem regional
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala-
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
e caem em desuso. nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos e genêros textuais Tipo textual expositivo
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma pode ser expositiva ou argumentativa.
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais características de cada um deles.
Características principais:
Tipo textual descritivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
Características principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estática. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- terminado tema.
ção. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.

Exemplo: Tipo textual dissertativo-argumentativo


Era uma casa muito engraçada Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Não tinha teto, não tinha nada sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia entrar nela, não apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Porque na casa não tinha chão clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia dormir na rede tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque na casa não tinha parede (leitor ou ouvinte).
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali Características principais:
Mas era feita com muito esmero • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
Na rua dos bobos, número zero e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté-
(Vinícius de Moraes) gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su-
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, gestão/solução).
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o • Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente
comportamentos, nas leis jurídicas. nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
Características principais: • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver- zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados.
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). • Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de-
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios.
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
Exemplo:
Exemplo: A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito- vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se administração política (tese), porque a força governamental certa-
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi- mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência
nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os
suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su- traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo
perior para formação de oficiais. dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula-
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar

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LÍNGUA PORTUGUESA
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Carta de opinião
cobrança efetiva (conclusão). Resenha
Artigo
Tipo textual narrativo Ensaio
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta Monografia, dissertação de
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu- mestrado e tese de doutorado
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo,
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Narrativo Romance
Novela
Características principais: Crônica
• O tempo verbal predominante é o passado. Contos de Fada
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- Fábula
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história – Lendas
onisciente).
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
prosa, não em verso. ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
nitos e mudam de acordo com a demanda social.
Exemplo:
Solidão INTERTEXTUALIDADE
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era A  intertextualidade  é um recurso realizado entre textos, ou
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
rem, um tirou do outro a essência da felicidade. existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
Nelson S. Oliveira ambos: forma e conteúdo.
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossur- Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
reais/4835684 forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri-
GÊNEROS TEXTUAIS ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música,
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um provérbios, charges, dentre outros.
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem Tipos de Intertextualidade
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são • Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preser- te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego (paro-
vando características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela dès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante)
que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante a outro”. Esse
textuais que neles predominam. recurso é muito utilizado pelos programas humorísticos.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização
Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis),
Descritivo Diário significa a “repetição de uma sentença”.
Relatos (viagens, históricos, etc.) • Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí-
Biografia e autobiografia ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
Notícia alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter-
Currículo mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
Lista de compras e “graphé” (escrita).
Cardápio • Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção
Anúncios de classificados textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
Injuntivo Receita culinária entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor.
Bula de remédio Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re-
Manual de instruções lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo
Regulamento “citação” (citare) significa convocar.
Textos prescritivos • Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
Expositivo Seminários termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Palestras • Outras formas de intertextualidade menos discutidas são
Conferências o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem.
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos ARGUMENTAÇÃO
Enciclopédia O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa-
Verbetes de dicionários ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,

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LÍNGUA PORTUGUESA
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- Tipos de Argumento
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- mento.
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna Argumento de Autoridade
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur-
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto
enunciador está propondo. um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver-
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. dadeira.
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende Exemplo:
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre- “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea- ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
mento de premissas e conclusões. cimento. Nunca o inverso.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: Alex José Periscinoto.
A é igual a B. In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
A é igual a C.
Então: C é igual a A. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor-
tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela,
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se
que C é igual a A. um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
Outro exemplo: acreditar que é verdade.
Todo ruminante é um mamífero.
A vaca é um ruminante. Argumento de Quantidade
Logo, a vaca é um mamífero. É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú-
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
também será verdadeira. desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, largo uso do argumento de quantidade.
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau- Argumento do Consenso
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con- objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de
fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu-

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LÍNGUA PORTUGUESA
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que por bem determinar o internamento do governador pelo período
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
carentes de qualquer base científica. tal por três dias.

Argumento de Existência Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão texto tem sempre uma orientação argumentativa.
do que dois voando”. A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela outras, etc. Veja:
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
vios, etc., ganhava credibilidade. vam abraços afetuosos.”

Argumento quase lógico O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí- tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en- - Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am-
tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica. plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá-
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser
não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável. usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con- de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente,
correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do injustiça, corrupção).
tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
indevidas. o argumento.
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con-
Argumento do Atributo texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e
É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi- atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por
cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
que é mais grosseiro, etc. uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce- outros à sua dependência política e econômica”.
lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida- ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi-
de. dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação,
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da o assunto, etc).
competência linguística. A utilização da variante culta e formal da Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani-
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social- festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men-
mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas
em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de (como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente,
dizer dá confiabilidade ao que se diz. afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto,
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve
de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei- construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali-
ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade- dades não se prometem, manifestam-se na ação.
quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer
estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico: verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar- regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che- série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo da verdade:
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se - evidência;
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu - divisão ou análise;
comportamento. - ordem ou dedução;
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - enumeração.
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro-
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
mica e até o choro. mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma caracteriza a universalidade.
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu- o efeito. Exemplo:
mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, Fulano é homem (premissa menor = particular)
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e Logo, Fulano é mortal (conclusão)
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
ver as seguintes habilidades: te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- O calor dilata o ferro (particular)
mente contrária; O calor dilata o bronze (particular)
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O calor dilata o cobre (particular)
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta- O ferro, o bronze, o cobre são metais
ria contra a argumentação proposta; Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
ta. Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar- também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos,
gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu-
válidas, como se procede no método dialético. O método dialético são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata,
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção
sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques- deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem
tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé- argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de
todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do sofisma no seguinte diálogo:
simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes- - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões - Lógico, concordo.
verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co- - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio - Claro que não!
de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana, - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos
e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos de sofismas: A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
Dedução partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
Todo professor tem um diploma (geral, universal) confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
Fulano tem um diploma (particular) análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-
nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
Indução classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
cular) empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
– conclusão falsa) integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.

Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são profes- canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
sores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor. sabiá, torradeira.
Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou infun- Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
dadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise su- Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
perficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, basea- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
dos nos sentimentos não ditados pela razão. Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen-
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par-
uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio
importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a
o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por-
indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a
do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
pesquisa.
seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
(Garcia, 1973, p. 302304.)
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de- trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria de vista sobre ele.
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina- A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua-
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma
o relógio estaria reconstruído. ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen-
meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con- cia dos outros elementos dessa mesma espécie.
junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise, Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo- é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A
sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa-
operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou
relacionadas: metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos:
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. - o termo a ser definido;
- o gênero ou espécie;
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias - a diferença específica.
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco- O que distingue o termo definido de outros elementos da mes-
lha dos elementos que farão parte do texto. ma espécie. Exemplo:
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca- Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:
racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. Elemento especie diferença
a ser definido específica

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LÍNGUA PORTUGUESA
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par- car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan- quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está assim, desse ponto de vista.
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
ou instalação”; elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
dida;d forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) +
belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as
que, melhor que, pior que.
diferenças).
Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir-
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala-
mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
vra e seus significados.
bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem-
pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer
necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li-
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou
mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda- justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais
mentação coerente e adequada. caráter confirmatório que comprobatório.
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás- Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli-
sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por
da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco- consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse
nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes, caso, incluem-se
as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu- - A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a mortal, aspira à imortalidade);
reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis- - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula-
sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos dos e axiomas);
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature-
expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro- desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que
raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe- parece absurdo).
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação: um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con-
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação. cretos, estatísticos ou documentais.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes- realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa- Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opi-
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de niões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprova-
causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por- da, e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que
que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na
virtude de, em vista de, por motivo de. evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade

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LÍNGUA PORTUGUESA
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- - a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
-argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar- mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
gumentação: desenvolvidos;
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran- - enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; sado; apontar semelhanças e diferenças;
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- banos;
dadeira; - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- mais a sociedade.
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
dade da afirmação; Conclusão
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse-
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- quências maléficas;
ridade que contrariam a afirmação apresentada; - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- apresentados.
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados ção: é um dos possíveis.
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para con-
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
traargumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento
é que gera o controle demográfico”.
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para ORTOGRAFIA OFICIAL
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao • Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui- troduzidas as letras k, w e y.
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
elaboração de um Plano de Redação. PQRSTUVWXYZ
• Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
tecnológica gui, que, qui.
- Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos- Regras de acentuação
ta, justificar, criando um argumento básico; – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação sílaba)
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
(rever tipos de argumentação); Como era Como fica
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po- alcatéia alcateia
dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e conse- apóia apoia
quência);
apóio apoio
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
argumento básico;
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
mento básico; – Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se- u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou Como era Como fica
menos a seguinte:
baiúca baiuca
Introdução bocaiúva bocaiuva
- função social da ciência e da tecnologia;
- definições de ciência e tecnologia; Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos:
tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Desenvolvimento
- apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol- – Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem
vimento tecnológico; e ôo(s).
- como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
condições de vida no mundo atual;

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LÍNGUA PORTUGUESA
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
Como era Como fica
aberto.
abençôo abençoo Já cursei a Faculdade de História.
crêem creem Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
fechado.
Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este
para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
caso afundo mais à frente).
Sou leal à mulher da minha vida.
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. As palavras podem ser:
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural -já, ra-paz, u-ru-bu...)
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
reter, conter, convir, intervir, advir etc.). sa-bo-ne-te, ré-gua...)
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
palavras forma/fôrma. (sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)

Uso de hífen As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos:


Regra básica: • São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico,
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho- íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
mem. • São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter,
Outros casos fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
1. Prefixo terminado em vogal: • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, dói, coronéis...)
semicírculo. • São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis- (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
mo, antissocial, ultrassom.
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
nar e fixar as regras.
2. Prefixo terminado em consoante:
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
-bibliotecário.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su- DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL.
persônico. EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO,
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE
OUTROS ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL
Observações:
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a com-
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala- preensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano. mobilizar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coeren-
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, te, além de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada.
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope-
rar, cooperação, cooptar, coocupante. Coerência
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al- É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. Con-
mirante. junto de unidades sistematizadas numa adequada relação semântica,
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na linguagem po-
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com outra”).
pontapé, paraquedas, paraquedista. Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen-
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu. das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos
elementos formativos de um texto.
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos
vamos passar para mais um ponto importante. elementos textuais.
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
Acentuação gráfica de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo-
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,
com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. imediato a coerência de um discurso.
Vejamos um por um:

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LÍNGUA PORTUGUESA
A coerência: Verbais
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto; Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei- Exemplos
tual; vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número)
o aspecto global do texto;
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem.
Exemplos
Coesão 1ª conjugação: – A – cantAr
É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto, 2ª conjugação: – E – fazEr
numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo 3ª conjugação: – I – sumIr
ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, Observação
tem-se a coesão lexical. Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica
A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala- oposição masculino/feminino.
vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
Exemplos
gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
livrO, dentE, paletó.
nentes do texto.
Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
Tema: União do radical e a vogal temática.
que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
Exemplos
néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
CANTAr, CORREr, CONSUMIr.
do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
A coesão: Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; interpõem aos vocábulos por necessidade de eufonia.
- situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial; Exemplos
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes chaLeira, cafeZal.
componentes do texto;
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases. Afixos
Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois do
radical de uma palavra para a formação de outra palavra. Dividem-
se em:
EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. DOMÍNIO Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical.
DA ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. Exemplos
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS DISpor, EMpobrecer, DESorganizar.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Sufixo


As palavras são formadas por estruturas menores, com Afixo que se coloca depois do radical.
significados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem Exemplos
para a formação das palavras. contentaMENTO, reallDADE, enaltECER.

Estrutura das palavras Processos de formação das palavras


As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas Composição: Formação de uma palavra nova por meio da
menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos:  junção de dois ou mais vocábulos primitivos. Temos:
– radical e raiz;
– vogal temática; Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na
– tema; estrutura fonética das primitivas.
– desinências; Exemplos
– afixos; passa + tempo = passatempo
– vogais e consoantes de ligação. gira + sol = girassol

Radical: Elemento que contém a base de significação do Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da
vocábulo. estrutura fonética das primitivas.
Exemplos Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR. em + boa + hora = embora
vossa + merce = você
Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos.
Derivação:
Dividem-se em: Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva.
Temos:
Nominais
Indicam flexões de gênero e número nos substantivos. Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de
Exemplos um prefixo ao radical da primitiva.
pequenO, pequenA, alunO, aluna. Exemplos
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas. CONter, INapto, DESleal.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um per – movimento através de, acabamento de ação; ideia
sufixo ao radical da primitiva. pejorativa: percorrer.
Exemplos post, pos – posteridade: postergar, pospor.
cafezAL, meninINHa, loucaMENTE. pre – anterioridade: predizer, preclaro.
preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural.
Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir,
um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva ao mesmo tempo. procurador, pronome.
Exemplos re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repetição:
EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR. regressar, revirar.
retro – movimento para trás: retroceder.
Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra satis – bastante: satisdar.
primitiva. sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé.
Exemplo subter – por baixo: subterfúgio.
Todos ficaram encantados com seu  andar: verbo usado com super, supra – posição superior, excesso: super-homem,
valor de substantivo. superpovoado.
trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor.
Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro.
de uma palavra primitiva para a formação de uma derivada. Em ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo.
geral de um verbo para substantivo ou vice-versa. uni – um: unânime, unicelular.
Exemplos
combater – o combate Grego: Os principais prefixos de origem grega são:
chorar – o choro a, an – privação, negação: ápode, anarquia.
ana – inversão, parecença: anagrama, analogia.
Prefixos anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro.
Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em: anti – oposição: antipatia, antagonista.
vernáculos, latinos e gregos. apo – afastamento: apólogo, apogeu.
arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo.
Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modificações ou caco – mau: cacofonia.
foram aportuguesados: a, além, ante, aquém, bem, des, em, entre, cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia.
mal, menos, sem, sob, sobre, soto. deca – dez: decâmetro.
Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como:  dia – através de, divisão: diáfano, diálogo.
abordar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar, maldição, dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia.
menosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc. en – sobre, dentro: encéfalo, energia.
endo – para dentro: endocarpo.
Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina epi – por cima: epiderme, epígrafe.
original: eu – bom: eufonia, eugênia, eupepsia.
a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar. hecto – cem: hectômetro.
a, ad – aproximação, direção: amontoar. hemi – metade: hemistíquio, hemisfério.
ambi – dualidade: ambidestro. hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole.
bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário. hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia.
centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado. homo – semelhança, identidade: homônimo.
circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante. meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase.
cis – aquem de: cisalpino, cisgangético. míria – dez mil: miriâmetro.
com, con, co – companhia, concomitância: combater, mono – um: monóculo, monoculista.
contemporâneo. neo – novo, moderno: neologismo, neolatino.
contra – oposição, posição inferior: contradizer. para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo.
de – movimento de cima para baixo, origem, afastamento: penta – cinco: pentágono.
decrescer, deportar. peri – em volta de: perímetro.
des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar. poli – muitos: polígono, polimorfo.
dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária: pro – antes de: prótese, prólogo, profeta.
distrair, dimanar.
entre – situação intermediaria, reciprocidade: entrelinha, Sufixos
entrevista. Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial.
ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade,
privação, situação cessante: exportar, espalmar, ex-professor. Nominais
extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordinário. Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro, -alha, -ama.
im, in, i – movimento para dentro; ideia contraria: importar, Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão, -arrão, -aço, -astro, -az.
ingrato. Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista.
inter – no meio de: intervocálico, intercalado. Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório.
intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer. Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato.
justa – perto de: justapor. Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno, -enho, -aico.
multi – pluralidade: multiforme. Origem, procedência: -estre, -este, -esco.
ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo. Verbais
pene – quase: penúltimo, península. Comuns: -ar, -er, -ir.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Frequentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar. Flexão dos Substantivos
Incoativos: -escer, -ejar, -itar. • Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi-
Diminutivos: -inhar, -itar, -icar, -iscar. no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou
uniformes
Adverbial = há apenas um – Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta
MENTE: mecanicamente, felizmente etc. uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
CLASSES DE PALAVRAS – Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
Substantivo epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi- a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá-
nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen- veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira
timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.  macho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto
Classificação dos substantivos que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a
testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/ c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/ para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente,
sua estrutura. macaco/João/sabão o/a estudante, o/a colega.
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: Macacos-prego/ – Singular: anzol, tórax, próton, casa.
são formados por mais de um porta-voz/ – Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
radical em sua estrutura. pé-de-moleque
SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/ • Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau
são os que dão origem a mundo/ diminutivo.
outras palavras, ou seja, ela é população – Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
a primeira. /formiga – Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/ – Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula. 
são formados por outros populacional/formigueiro
radicais da língua. Adjetivo
SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substanti-
designa determinado ser /Brasil vo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão
entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo
espécie. São sempre iniciados Liberdade por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um ad-
por letra maiúscula. jetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal
vespertino).
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
Flexão do Adjetivos
uma mesma espécie.
• Gênero:
SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente – Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
nomeiam seres com existência /estrelas/fadas no: homem feliz, mulher feliz.
própria. Esses seres podem /lobisomem – Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra
ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria
reais ou imaginários. japonesa, aluno chorão/ aluna chorona. 
SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
nomeiam ações, estados, bondade/ • Número:
qualidades e sentimentos que confiança/ – Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de
não tem existência própria, ou lembrança/ número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
seja, só existem em função de amor/ res, japonês/ japoneses.
um ser. alegria – Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas
branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
referem-se a um conjunto acervo (de obras artísticas)/ • Grau:
de seres da mesma espécie, buquê (de flores) – Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
mesmo quando empregado rioso (do) que o seu.
no singular e constituem um – Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
substantivo comum. rioso (do) que o seu.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS – Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso
QUE NÃO ESTÃO AQUI! quanto o seu.
– Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssi-
mo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito fa-
moso.

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o mais famoso de todos.
– Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é menos famoso de todos.

Artigo
É uma palavra variável em gênero e número que antecede o substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
• Classificação e Flexão do Artigos
– Artigos Definidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
– Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela,  Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Vossa Senhoria Empregado nas correspondências e textos escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pouco,
pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário, vária,
Variáveis
vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, um,
uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.

• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser va-
riáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.

• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente,
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infinitivo
(terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/DO).

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Voz verbal Conjunção
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma
com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva. oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que li-
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é
sujeito. Veja: determinante e o outro é determinado).
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas • Conjunções Coordenativas
recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz
passiva analítica é formada por: Tipos Conjunções Coordenativas
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros)
+  verbo principal da ação conjugado no particípio  + preposição Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
por/pelo/de + agente da passiva. contudo, entretanto, mas, não obstante, no
A casa foi aspirada pelos rapazes Adversativas
entanto, porém, todavia...

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva prono- já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…,
Alternativas
minal (devido ao uso do pronome se) é formada por: quer…
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu- assim, então, logo, pois (depois do verbo), por
ral) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente. Conclusivas
conseguinte, por isso, portanto...
Aluga-se apartamento.
pois (antes do verbo), porquanto, porque,
Explicativas
que...
Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro ad-
vérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circuns- • Conjunções Subordinativas
tância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, ama- Tipos Conjunções Subordinativas
nhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
brevemente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-
-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez Embora, conquanto, ainda que, mes-
Concessivas
em quando, em nenhum momento, etc. mo que, posto que, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, Se, caso, quando, conquanto que,
perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em Condicionais
salvo se, sem que, etc.
cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapi- Conforme, como (no sentido de con-
Conformativas
damente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às forme), segundo, consoante, etc.
ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc. Para que, a fim de que, porque (no
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, Finais
sentido de que), que, etc.
efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc. 
À medida que, ao passo que, à
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo al- Proporcionais
proporção que, etc.
gum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, as- Quando, antes que, depois que, até
Temporais
saz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, que, logo que, etc.
de todo, etc. Que, do que (usado depois de mais,
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, por- Comparativas
menos, maior, menor, melhor, etc.
ventura, etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de
Consecutivas
Preposição modo que, De maneira que, etc.
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo com- Integrantes Que, se.
plete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções,
apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações
das pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!

Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas


é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a
função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para enten-
der o estudo da Sintaxe.

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LÍNGUA PORTUGUESA

RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO


ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo da
sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar algumas
questões importantes:

• Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sentido completo. 


Os jornais publicaram a notícia.
Silêncio! 

• Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma locução verbal.
Este filme causou grande impacto entre o público.
A inflação deve continuar sob controle.

• Período Simples: formado por uma única oração.


O clima se alterou muito nos últimos dias.

• Período Composto: formado por mais de uma oração.


O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período. Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
• Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
O problema da violência preocupa os cidadãos.
• Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
• Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da prepo-
sição.
A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.
• Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transitivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de preposi-
ção. 
Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
João gosta de beterraba.
• Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica um
verbo, adjetivo ou advérbio.
O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
Vamos sair do mar.
• Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
• Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um substantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação de
um verbo.
Um casal de médicos eram os novos moradores do meu prédio.
• Complemento Nominal: Termo da oração que completa nomes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicionado.
A realização do torneio teve a aprovação de todos.
• Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao sujeito da oração.
A especulação imobiliária me parece um problema.
• Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao objeto direto ou indireto da oração.
O médico considerou o paciente hipertenso.
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equivalen-
tes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas


Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito, porém não passa •
no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alternativas Manuela  ora  quer comer hambúrguer,  ora  quer
comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante,  portanto não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicativas Marina não queria falar,  ou seja, ela estava de João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
mau humor.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do jantar.
Exercem a função de sujeito
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a refeição
Exercem a função de predicativo no lugar.
Orações Subordinadas Substantivas
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se aborrecesse
Exercem a função de aposto com ela.
Objetivas Direta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto indireto
Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de quinta,
Explicam um termo dito anteriormente. terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sentido de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Causais Estou vestida assim porque vou sair.
Assumem a função de advérbio de causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do dia.
Assumem a função de advérbio de
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar na
Assumem a função de advérbio de condição reunião.
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Assumem a função de advérbio de previsto.
Orações Subordinadas Adverbiais
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais tarde.
Assumem a função de advérbio de
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que todos
Assumem a função de advérbio de tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono tinha.
Assumem a função de advérbio de
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos saem de
Assumem a função de advérbio de tempo suas casas.

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassificações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO

Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a organi-
zar as relações e a proporção das partes do discurso e das pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as funções da
sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BECHARA, 2009, p. 514)
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns sinais
gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], ponto e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reticências [ ...
]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], travessão duplo
[ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).

Ponto ( . )
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pausa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de
oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as reticências.
Estaremos presentes na festa.

Ponto de interrogação ( ? )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica.
Você vai à festa?

Ponto de exclamação ( ! )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclamativa.
Ex: Que bela festa!

Reticências ( ... )
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com breve
espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo.
Ex: Essa festa... não sei não, viu.

23
LÍNGUA PORTUGUESA
Dois-pontos ( : ) Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. re por alguns motivos:
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação 1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. verbo e o adjunto.

Ponto e vírgula ( ; ) Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem


Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, é necessária:
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume- Ontem, Maria foi à padaria.
ração (frequente em leis), etc. Maria, ontem, foi à padaria.
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- À padaria, Maria foi ontem.
bém uma linda decoração e bebidas caras.
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
Travessão ( — ) sário:
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com • Separa termos de mesma função sintática, numa enumera-
o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta- ção.
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter- serem observadas na redação oficial.
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de
um diálogo, com ou sem aspas. • Separa aposto.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão. Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
• Separa vocativo.
Parênteses e colchetes ( ) – [ ] Brasileiros, é chegada a hora de votar.
Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico • Separa termos repetidos.
mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in- Aquele aluno era esforçado, esforçado.
timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados • Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-
aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza- ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi- ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com
rem uma nova inserção. efeito, digo.
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go- O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
vernador) ou seja, de fácil compreensão.

Aspas ( “ ” ) • Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-


As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido tos).
particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula-
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain-
da, para marcar o discurso direto e a citação breve. • Separa orações coordenadas assindéticas.
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo. Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as
ideias na cabeça...
Vírgula
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden- • Isola o nome do lugar nas datas.
ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.
disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à
vírgula: • Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa
1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti- forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
mos” o momento certo de fazer uso dela. conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em mações comprovam, etc.
alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-
leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal, nizar o problema.
cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex- A vírgula realmente tem uma quantidade maior de regras, mas
tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é nada impossível de saber, não é?!?! Bom, já vimos muita coisa até
menos importante e que pode ser colocada depois. aqui e não vamos parar agora.

Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-


dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
Maria foi à padaria ontem.
Sujeito Verbo Objeto Adjunto

24
LÍNGUA PORTUGUESA
• Regência Verbal
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o
verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido). 
Concordância Nominal Isto pertence a todos.
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos
concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se Regência de algumas palavras
referem.
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto- Esta palavra combina com Esta preposição
sa.
Acessível a
Casos Especiais de Concordância Nominal Apto a, para
• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio:
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam Atencioso com, para com
alerta. Coerente com

• Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma- Conforme a, com


ção de palavras compostas: Dúvida acerca de, de, em, sobre
Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso.
Empenho de, em, por
• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de Fácil a, de, para,
acordo com o substantivo a que se referem: Junto a, de
Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.
Pendente de
• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando Preferível a
pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan-
do advérbios: Próximo a, de
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Usou Respeito a, com, de, para com, por
meia dúzia de ovos.
Situado a, em, entre
• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio: Ajudar (a fazer algo) a
Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem.
Aludir (referir-se) a
• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o Aspirar (desejar, pretender) a
substantivo estiver determinado por artigo: Assistir (dar assistência) Não usa preposição
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
Deparar (encontrar) com
Concordância Verbal Implicar (consequência) Não usa preposição
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor- Lembrar Não usa preposição
mes. Pagar (pagar a alguém) a
Concordância ideológica ou silepse
• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne- Precisar (necessitar) de
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no Proceder (realizar) a
contexto.
Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas. Responder a
Blumenau estava repleta de turistas. Visar ( ter como objetivo a
• Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú- pretender)
mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con-
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
texto.
QUE NÃO ESTÃO AQUI!
O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau-
sos.
• Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes-
soa gramatical que está subentendida no contexto. EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
O povo temos memória curta em relação às promessas dos po-
líticos.
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome
demonstrativo.
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s)

• Regência Nominal  • Devemos usar crase:


A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan- – Antes palavras femininas:
tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar- Iremos à festa amanhã
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple- Mediante à situação.
mento é estabelecida por uma preposição. O Governo visa à resolução do problema.

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de” Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero pa-
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a: cientemente.
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial. Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti- Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
Mas... há crase, sim! Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir- Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-
posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
– Expressões fixas Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não se-
crase: jam reduzidas: Percebia que o observavam.
à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von- Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantando,
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às tudo dá.
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus in-
direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon- tentos são para nos prejudicarem.
didas, à medida que, à proporção que.
• NUNCA devemos usar crase: Ênclise
– Antes de substantivos masculinos: Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a
pé. Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
indicativo: Trago-te flores.
– Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verdade!
plural) usado em sentido generalizador: Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
Depois do trauma, nunca mais foi a festas. posição em: Saí, deixando-a aflita.
Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho- Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com
mem. outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Apressei-me a convidá-los.
– Antes de artigo indefinido “uma”
Iremos a uma reunião muito importante no domingo. Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.
– Antes de pronomes
Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa. É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no
futuro do pretérito que iniciam a oração.
Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela. Dir-lhe-ei toda a verdade.
A quem vocês se reportaram no Plenário? Far-me-ias um favor?
Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico.
Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de
– Antes de verbos no infinitivo qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar. Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?

Colocação do pronome átono nas locuções verbais


COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal
não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono deve-
A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia da rá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do prono- Exemplos:
me antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que a norma Devo-lhe dizer a verdade.
culta prescreve o emprego do pronome no meio – mesóclise – ou Devo dizer-lhe a verdade.
após o verbo – ênclise.
De acordo com a norma culta, no português escrito não se ini- Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes
cia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lingua- do auxiliar ou depois do principal.
gem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem escrita, Exemplos:
formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele. Não lhe devo dizer a verdade.
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem bem Não devo dizer-lhe a verdade.
as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que estas
não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos que preju- Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise,
dique a eufonia da frase. o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.
Próclise
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do
auxiliar.
Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.

26
LÍNGUA PORTUGUESA
Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de for-
do infinitivo. malismo existente na situação de comunicação; com o modo de
Exemplos: expressão, isto é, se trata de um registro formal ou escrito; com a
Hei de dizer-lhe a verdade. sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus de
Tenho de dizer-lhe a verdade. cortesia, deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário espe-
cífico de algum campo científico, por exemplo).
Observação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções: Expressões que demandam atenção
Devo-lhe dizer tudo. – acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
Estava-lhe dizendo tudo. – aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar,
Havia-lhe dito tudo. aceito
– acendido, aceso (formas similares) – idem
– à custa de – e não às custas de
REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO. – à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con-
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS forme
– na medida em que – tendo em vista que, uma vez que
– a meu ver – e não ao meu ver
A reescrita é tão importante quanto a escrita, visto que, difi- – a ponto de – e não ao ponto de
cilmente, sobretudo para os escritores mais cuidadosos, chegamos – a posteriori, a priori – não tem valor temporal
ao resultado que julgamos ideal na primeira tentativa. Aquele que – em termos de – modismo; evitar
observa um resultado ruim na primeira versão que escreveu terá, – enquanto que – o que é redundância
na reescrita, a possibilidade de alcançar um resultado satisfatório. – entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a
A reescrita é um processo mais trabalhoso do que a revisão, pois, – implicar em – a regência é direta (sem em)
nesta, atemo-nos apenas aos pequenos detalhes, cuja ausência não – ir de encontro a – chocar-se com
implicaria em uma dificuldade do leitor para compreender o texto. – ir ao encontro de – concordar com
Quando reescrevemos,  refazemos  nosso texto, é um proces- – se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se-
so bem mais complexo, que parte do pressuposto de que o autor parado; quando não se pode, junto
tenha observado aquilo que está ruim para que, posteriormente, – todo mundo – todos
possa melhorar seu texto até chegar a uma versão final, livre dos er- – todo o mundo – o mundo inteiro
ros iniciais. Além de aprimorar a leitura, a reescrita auxilia a desen- – não pagamento = hífen somente quando o segundo termo
volver e melhorar a escrita, ajudando o aluno-escritor a esclarecer for substantivo
melhor seus objetivos e razões para a produção de textos. – este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo
Nessa perspectiva, esse autor considera que reescrever seja presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando)
um processo de descoberta da escrita pelo próprio autor, que passa – esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte
a enfocá-la como forma de trabalho, auxiliando o desenvolvimento (tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre-
do processo de escrever do aluno. sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase).

Expressões não recomendadas


Operações linguísticas de reescrita:
– a partir de (a não ser com valor temporal).
A literatura sobre reescrita aponta para uma tipologia de ope-
Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se de...
rações linguísticas encontradas neste momento específico da cons-
trução do texto escrito.
– através de (para exprimir “meio” ou instrumento).
- Adição, ou acréscimo: pode tratar-se do acréscimo de um ele-
Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, se-
mento gráfico, acento, sinal de pontuação, grafema (...) mas tam-
gundo...
bém do acréscimo de uma palavra, de um sintagma, de uma ou de
várias frases. – devido a.
- Supressão: supressão sem substituição do segmento suprimi- Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa de.
do. Ela pode ser aplicada sobre unidades diversas, acento, grafe-
mas, sílabas, palavras sintagmáticas, uma ou diversas frases. – dito.
- Substituição: supressão, seguida de substituição por um ter- Opção: citado, mencionado.
mo novo. Ela se aplica sobre um grafema, uma palavra, um sintag-
ma, ou sobre conjuntos generalizados. – enquanto.
- Deslocamento: permutação de elementos, que acaba por mo- Opção: ao passo que.
dificar sua ordem no processo de encadeamento.
– inclusive (a não ser quando significa incluindo-se).
Graus de Formalismo Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também.
São muitos os tipos de registros quanto ao formalismo, tais
como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o colo- – no sentido de, com vistas a.
quial, que não tem um planejamento prévio, caracterizando-se por Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista.
construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, frases
curtas e conectores simples; o informal, que se caracteriza pelo uso – pois (no início da oração).
de ortografia simplificada e construções simples ( geralmente usado Opção: já que, porque, uma vez que, visto que.
entre membros de uma mesma família ou entre amigos).
– principalmente.
Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em particular

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LÍNGUA PORTUGUESA

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS. SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO

Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado de
uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.
As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.
Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma palavra,
frase ou textos inteiros.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de linguagem Exemplos
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para O filósofo de Genebra (= Calvino).
valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re- O águia de Haia (= Rui Barbosa).
curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências
comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor- Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que
nando-o poético. a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.

As figuras de linguagem classificam-se em Exemplos


– figuras de palavra; Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
– figuras de pensamento; Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
– figuras de construção ou sintaxe. Tomei um Danone. (iogurte)

Figuras de palavra Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-


Emprego de um termo com sentido diferente daquele conven- doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
cionalmente empregado, a fim de se conseguir um efeito mais ex-
pressivo na comunicação. Exemplo
A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co- sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente plural)
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase. (José Cândido de Carvalho)

Exemplos Figuras Sonoras


...a vida é cigana Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
É caravana mente em posição inicial da palavra.
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença) Exemplo
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
Encarnado e azul são as cores do meu desejo. ladas.
(Carlos Drummond de Andrade) (Cruz e Sousa)

Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal verso ou poesia.
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-
paração: parecer, assemelhar-se e outros. Exemplo
Sou Ana, da cama,
Exemplo da cana, fulana, bacana
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando Sou Ana de Amsterdam.
você entrou em mim como um sol no quintal. (Chico Buarque)
(Belchior)
Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o na prosódia, mas diferentes no sentido.
qual não existe uma designação apropriada.
Exemplo
Exemplos Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
– folha de papel [erro
– braço de poltrona quero que você ganhe que
– céu da boca [você me apanhe
– pé da montanha sou o seu bezerro gritando
[mamãe.
Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen- (Caetano Veloso)
tidos físicos.
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro-
Exemplo duzido por seres animados e inanimados.
Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)
mecânica. Exemplo
(Carlos Drummond de Andrade) Vai o ouvido apurado
A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste- na trama do rumor suas nervuras
sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen- inseto múltiplo reunido
ça gelada”. para compor o zanzineio surdo
circular opressivo
Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade, zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o. da noite em branco
(Carlos Drummond de Andrade)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: verbos que exprimem os sons são considerados Rolar escadas abaixo.
onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc. Colaborar juntos.
Hemorragia de sangue.
Figuras de sintaxe ou de construção Repetir de novo.
Dizem respeito a desvios em relação à concordância entre os
termos da oração, sua ordem, possíveis repetições ou omissões. Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
Podem ser formadas por: junções, preposições e verbos.
omissão: assíndeto, elipse e zeugma;
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; Exemplos
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage; Compareci ao Congresso. (eu)
ruptura: anacoluto; Espero venhas logo. (eu, que, tu)
concordância ideológica: silepse. Ele dormiu duas horas. (durante)
No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, (Camões)
frase ou verso.
Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
Exemplo mente.
Dentro do tempo o universo
[na imensidão. Exemplos
Dentro do sol o calor peculiar Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
[do verão. (Camilo Castelo Branco)
Dentro da vida uma vida me
[conta uma estória que fala Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
[de mim. (Machado de Assis)
Dentro de nós os mistérios
[do espaço sem fim! Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
(Toquinho/Mutinho) tos na frase.

Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam Exemplos


vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
vírgulas. (Carlos Drummond de Andrade)

Exemplo Paciência tenho eu tido...


Não nos movemos, as mãos é (Antônio Nobre)
que se estenderam pouco a
pouco, todas quatro, pegando-se, Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a
apertando-se, fundindo-se. frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do
(Machado de Assis) período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde- função sintática definida.
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical.
Exemplos
Exemplo E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem (Manuel Bandeira)
tuge, nem muge.
(Rubem Braga) Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas bo-
tassem as mãos.
Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter- (José Lins do Rego)
mo já expresso.
Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres- pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).
são, dando ênfase à mensagem.
Exemplo
Exemplos ...em cada olho um grito castanho de ódio.
Não os venci. Venceram-me (Dalton Trevisan)
eles a mim. ...em cada olho castanho um grito de ódio)
(Rui Barbosa)
Morrerás morte vil na mão de um forte. Silepse
(Gonçalves Dias) Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo
Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia- ou pronome com a pessoa a que se refere.
na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.
Exemplos
Exemplos Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
Ouvir com os ouvidos. (Rachel de Queiroz)

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LÍNGUA PORTUGUESA
V. Ex.a parece magoado... 3. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-
(Carlos Drummond de Andrade) TIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo ex-
clusivo de distingui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse
Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com objetivo é a seguinte:
o sujeito da oração. (A) pôr.
(B) ilhéu.
Exemplos (C) sábio.
Os dois ora estais reunidos... (D) também.
(Carlos Drummond de Andrade) (E) lâmpada.

Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas. 4. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a série
(Machado de Assis) em que o hífen está corretamente empregado nas cinco palavras:
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, anti-Cristo, ultra-violeta, infra-
Silepse de número: Não há concordância do número verbal -vermelho.
com o sujeito da oração. (B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extrafino, in-
fra-assinado.
Exemplo (C) anti-alérgico, anti-rábico, ab-rupto, sub-rogar, antihigiênico.
Corria gente de todos os lados, e gritavam. (D) extraoficial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con-
(Mário Barreto) trarregra.
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra-
-mencionado.
REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE
PERÍODOS DO TEXTO 5. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2003)
Indique o item em que todas as palavras estão corretamente em-
pregadas e grafadas.
Prezado candidato, o tópico acima foi abordado no decorrer (A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po-
da matéria. der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de
qualquer excesso e violência.
(B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata-
REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem
NÍVEIS DE FORMALIDADE suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo
isso, num modo de intervenção específico.
(C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o
Prezado candidato, o tópico acima foi abordado no decorrer poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento
da matéria. em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol-
ta que ambos possam suscitar.
(D) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo po-
der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o
EXERCÍCIOS corpo dos supliciados.
(E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um
1. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade é campo de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer con-
a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
se fundamenta em intertextualidade é: organização em delinqüência.
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido
há muito tempo.” 6. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR –
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se 2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES quanto à ortografia é:
mete onde não é chamada.” (A) Quando jovem, o compositor demonstrava uma capacidade
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a gente extraordinária de imitar vários estilos musicais.
mesmo!” (B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar senti-
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, mentos pessoais por meio de sua música.
tudo bem.” (C) Poucos estudiosos se despõem a discutir o empacto das
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.” composições do músico na cultura ocidental.
(D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo-
2. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alterna- sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona-
tiva em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão. gens.
(A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”. (E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se
(B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”. deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração.
(C) “sérios”, “potência”, “após”.
(D) “Goiás”, “já”, “vários”. 7. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser
(E) “solidária”, “área”, “após”. retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma pa-
drão na seguinte sentença:
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
(C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. (E) derivação prefixal (en + trist + ecer); derivação parassintéti-
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. ca (des + entristecer).

8. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM 12. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de 2010) A palavra “Olhar” em (meu olhar) é um exemplo de palavra
pontuação em: formada por derivação:
(A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi- (A) parassintética;
dados e retirou-se da sala: era o final da reunião. (B) prefixal;
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra- (C) sufixal;
teiramente pela porta? (D) imprópria;
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se (E) regressiva.
tímida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
(D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem mui- 13. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do
to branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com os artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos. (A) pronome;
(E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre- (B) adjetivo;
penderia. Prometia a si própria que da próxima vez, tomaria (C) advérbio;
cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia. (D) substantivo;
(E) preposição.
9. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
mente correta a pontuação do seguinte período: 14. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis morfológica do pronome “alguém” (l. 44).
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de peque- (A) Pronome demonstrativo.
nas providências que, tomadas por figurantes aparentemente (B) Pronome relativo.
sem importância, ditam o rumo de toda a história. (C) Pronome possessivo.
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis (D) Pronome pessoal.
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas (E) Pronome indefinido.
providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem
importância, ditam o rumo de toda a história. 15. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na
(C) Os personagens principais de uma história, responsáveis oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba-
pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli-
providências, que, tomadas por figurantes aparentemente, nhados classificam-se, respectivamente, em
sem importância, ditam o rumo de toda a história. (A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
(D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis (B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas (C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
providências, que tomadas por figurantes aparentemente sem (D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
importância, ditam o rumo de toda a história. (E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.
(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis,
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de peque- 16. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
nas providências, que tomadas por figurantes, aparentemente, 2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está cor-
sem importância, ditam o rumo de toda a história. reta.
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo.
10. (CONSULPLAN – ANALISTA DE INFORMÁTICA (SDS-SC) – (B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.
2008) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo (C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que
mesmo processo de formação é: 35% deles fosse despejado em aterros.
(A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso; (D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo.
(B) cativeiro, incorruptíveis, desfazer; (E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
(C) deslealdade, colunista, incrível; de lixo.
(D) anoitecer, festeiro, infeliz;
(E) reeducação, dignidade, enriquecer. 17. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012)
Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações
11. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL – de concordância no texto abaixo.
2010) No verso “Para desentristecer, leãozinho”, Caetano Veloso O bom desempenho do lado real da economia proporcionou
cria um neologismo. A opção que contém o processo de formação um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra-
utilizado para formar a palavra nova e o tipo de derivação que a tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo-
palavra primitiva foi formada respectivamente é: ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de-
(A) derivação prefixal (des + entristecer); derivação parassinté- flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
tica (en + trist + ecer); receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição
(B) derivação sufixal (desentriste + cer); derivação imprópria Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan-
(en + triste + cer); ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de
(C) derivação regressiva (des + entristecer); derivação parassin- salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa
tética (en + trist + ecer); Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência
(D) derivação parassintética (en + trist + ecer); derivação prefi- social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital,
xal (des + entristecer); responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de (D) Oração principal e oração subordinada adverbial consecu-
plural em “deflacionados”. tiva.
(B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de plural (E) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
em “Elevaram-se”. bial consecutiva.
(C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as
regras de concordância com “economia”. 23. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) Ana-
(D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão de lise sintaticamente a oração em destaque:
singular em “fez aumentar”. “Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompen-
(E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordância sados” (Machado de Assis).
com “relevantes”. (A) oração subordinada substantiva completiva nominal.
(B) oração subordinada adverbial causal.
18. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDERAL (C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida.
– 2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamen- (D) oração coordenada sindética conclusiva.
te por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase. (E) oração coordenada sindética explicativa.
(A) Vou à Brasília dos meus sonhos.
(B) Nosso expediente é de segunda à sexta. 24. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI-
(C) Pretendo viajar a Paraíba. NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser
(D) Ele gosta de bife à cavalo. um processo de observação cristalina para assumir um discurso de
políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase
19. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração nada retratam as necessidades de populações distintas.”.
“Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata- A oração grifada no trecho acima classifica-se como:
que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se (A) subordinada substantiva predicativa;
a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas (B) subordinada adjetiva restritiva;
locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser (C) subordinada substantiva subjetiva;
marcada com o acento, EXCETO em: (D) subordinada substantiva objetiva direta;
(A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema. (E) subordinada adjetiva explicativa.
(B) À proporção que o tempo passava, maior era a angústia do
eleitorado pelo resultado final. 25. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No
(C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema. trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são
(D) Os técnicos estavam face à face com um problema insolú- classificadas, em relação às imediatamente anteriores, como:
vel. “Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia,
(E) O Tribunal ficou à mercê dos hackers que invadiram o sis- mas nunca à custa de nossos filhos...”
tema. (A) subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada sin-
dética adversativa;
20. Levando-se em consideração os conceitos de frase, oração (B) subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética ex-
e período, é correto afirmar que o trecho abaixo é considerado um plicativa;
(a): (C) subordinada adverbial conformativa e subordinada adver-
“A expectativa é que o México, pressionado pelas mudanças bial concessiva;
americanas, entre na fila.” (D) subordinada substantiva completiva nominal e coordenada
(A) Frase, uma vez que é composta por orações coordenadas e sindética adversativa;
subordinadas. (E) subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial con-
(B) Período, composto por três orações. cessiva.
(C) Oração, pois possui sentido completo.
(D) Período, pois é composto por frases e orações. 26. (ACEP – PREF. QUIXADÁ/CE – PSICÓLOGO – 2010) No pe-
ríodo “O essencial é o seguinte: //nunca antes neste país houve um
21. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – MECÂNICO DE VEÍCULOS – governo tão imbuído da ideia // de que veio // para recomeçar a
2007) Leia a seguinte sentença: Joana tomou um sonífero e não dor- história.”, a oração sublinhada é classificada como:
miu. Assinale a alternativa que classifica corretamente a segunda (A) coordenada assindética;
oração. (B) subordinada substantiva completiva nominal;
(A) Oração coordenada assindética aditiva. (C) subordinada substantiva objetiva indireta;
(B) Oração coordenada sindética aditiva. (D) subordinada substantiva apositiva.
(C) Oração coordenada sindética adversativa.
(D) Oração coordenada sindética explicativa. Leia o texto abaixo para responder a questão.
(E) Oração coordenada sindética alternativa. A lama que ainda suja o Brasil
Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br)
22. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia
a seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um
exames. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
orações. ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de
(A) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver- um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio
sativa. Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
(B) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva. peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam-
(C) Oração coordenada assindética e oração coordenada adi- pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela
tiva. anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica-

33
LÍNGUA PORTUGUESA
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de — Deixe-me, senhora.
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro- — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro, com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica, der na cabeça.
sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos — Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
se tornou uma bomba relógio na região.” Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem
Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos
de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Segun- outros.
do o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16 — Mas você é orgulhosa.
barragens de mineração em todo o País apresentam condições de — Decerto que sou.
insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar ór- — Mas por quê?
gãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta — É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do ama, quem é que os cose, senão eu?
senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo mar- que quem os cose sou eu, e muito eu?
co regulatório da mineração, por sua vez, também concede priori- — Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
dade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos daço ao outro, dou feição aos babados…
judiciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz — Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer. mando…
FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+- — Também os batedores vão adiante do imperador.
QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL — Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su-
27. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido: balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
fato. Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.
II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
gênero textual editorial. tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a
III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en-
que se trata de uma reportagem. fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando
IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre
se trata de um editorial. os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a
isto uma cor poética. E dizia a agulha:
Analise as assertivas e responda: — Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
(A) Somente a I é correta. Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é
(B) Somente a II é incorreta. que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo
(C) Somente a III é correta e acima…
(D) A III e IV são corretas. A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe
28. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que
ainda suja o Brasil”: ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era
I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli-
no desenvolvimento do assunto. c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a
II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro- costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até
blemas no uso de conjunções e preposições. que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que
de palavras e da ordem sintática. a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para
IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da
temática e bom uso dos recursos coesivos. bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali,
alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha,
Analise as assertivas e responda: perguntou-lhe:
(A) Somente a I é correta. — Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da
(B) Somente a II é incorreta. baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que
(C) Somente a III é correta. vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para
(D) Somente a IV é correta. a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?
Vamos, diga lá.
Leia o texto abaixo para responder as questões. Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca-
beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: —
UM APÓLOGO Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que
Machado de Assis. vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como
eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis-
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola- se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a
da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? muita linha ordinária!

34
LÍNGUA PORTUGUESA
29. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis 32. De acordo com a temática geral tratada no texto e, de modo
e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona- metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente
gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre-
a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os sente no texto:
elementos dos textos: (A) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes coletivos de trabalho;
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes coletivos de trabalho;
(C) O texto indica que, em um ambiente coletivo de trabalho,
cada sujeito possui atribuições próprias.
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole-
tivo de trabalho parte efetivamente das próprias atitudes do
sujeito.
(E) O texto revela que, em um ambiente coletivo de trabalho,
frequentemente é difícil lidar com as vaidades individuais.

33. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda-


des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a
nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase
acima, na ordem dada, as expressões:
(A) a que – de que;
(A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en- (B) de que – com que;
rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02) (C) a cujas – de cujos;
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. (D) à que – em que;
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06) (E) em que – aos quais.
(C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço 34. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008)
e mando...” (L.14-15) Assinale o trecho que apresenta erro de regência.
(D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? (A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe-
eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a
abaixo e acima.” (L.25-26) maior taxa registrada na última década.
(E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para
ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha (B) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere que
de costura. Faze como eu, que não abro caminho para nin- serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo foi a
guém. Onde me espetam, fico.” (L.40-41) conhecida Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL).
(C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento
30. O diminutivo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, em
valores semânticos além da noção de dimensão, como afetividade, que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am-
pejoratividade e intensidade. Nesse sentido, pode-se afirmar que pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de
os valores semânticos utilizados nas formas diminutivas “unidi- novas fontes de petróleo.
nha”(L.26) e “corpinho”(L.32), são, respectivamente, de: (D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continente,
(A) dimensão e pejoratividade; percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí-
(B) afetividade e intensidade; da a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com participação
(C) afetividade e dimensão; menor no conjunto dos bens produzidos pela América Latina.
(D) intensidade e dimensão; (E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia,
(E) pejoratividade e afetividade. com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro
da América Latina, o organismo internacional está atribuindo
31. Em um texto narrativo como “Um Apólogo”, é muito co- um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do
mum uso de linguagem denotativa e conotativa. Assinale a alterna- que o do Brasil.
tiva cujo trecho retirado do texto é uma demonstração da expressi-
vidade dos termos “linha” e “agulha” em sentido figurado. 35. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS –
(A) “- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa 2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,
ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11) o seguinte par de palavras:
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. (A) estrondo – ruído;
Agulha não tem cabeça.” (L.06) (B) pescador – trabalhador;
(C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um (C) pista – aeroporto;
pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13) (D) piloto – comissário;
(D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi- (E) aeronave – jatinho.
nária!” (L.43)
(E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”
(L.25)

35
LÍNGUA PORTUGUESA
36. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró-
PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, fica uma -ativo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria-
questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é -Executiva, tenente-coronel.
sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque
tem como antônimo: Assinale a alternativa CORRETA:
(A) fortuna; (A) As afirmações I, II, III e V estão corretas.
(B) opulência; (B) As afirmações II, III, IV e V estão corretas.
(C) riqueza; (C) As afirmações II, III e IV estão corretas.
(D) escassez; (D) As afirmações I, II e IV estão corretas.
(E) abundância. (E) As afirmações III, IV e V estão corretas.

37. (IF BAIANO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – IF-BA – 41. ( PC-MG - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018)
2019) Na Redação Oficial, exige-se o uso do padrão formal da língua.
Acerca de seus conhecimentos em redação oficial, é correto Portanto, são necessários conhecimentos linguísticos que funda-
afirmar que o vocativo adequado a um texto no padrão ofício desti- mentem esses usos.
nado ao presidente do Congresso Nacional é Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3:
(A) Senhor Presidente. 1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de
(B) Excelentíssimo Senhor Presidente. Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem.
(C) Presidente. 2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª
(D) Excelentíssimo Presidente. Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime.
(E) Excelentíssimo Senhor. 3. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relaciona-
mento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos antes
38. (CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - AUXILIAR de desferir os golpes.
ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP - 2019 )
Referente à aplicação de elementos de gramática à redação ofi- INDIQUE entre os parênteses a justificativa adequada para uso
cial, os sinais de pontuação estão ligados à estrutura sintática e têm da vírgula em cada frase.
várias finalidades. Assinale a alternativa que apresenta a pontuação ( ) Para destacar deslocamento de termos.
que pode ser utilizada em lugar da vírgula para dar ênfase ao que ( ) Para separar adjuntos adverbiais.
se quer dizer. ( ) Para indicar um aposto.
(A) Dois-pontos.
(B) Ponto-e-vírgula. A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
(C) Ponto-de-interrogação. (A) 1 – 2 – 3.
(D) Ponto-de-exclamação. (B) 2 – 1 – 3.
(C) 3 – 1 – 2.
39. (UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓRIO - ANÁLISES CLÍNICAS- (D) 3 – 2 – 1.
AOCP – 2018) 
Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Pú-
blico redige atos normativos e comunicações. Em relação à redação de do-
cumentos oficiais, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, os itens a seguir. GABARITO
A língua tem por objetivo a comunicação. Alguns elementos
são necessários para a comunicação: a) emissor, b) receptor, c) con- 1 E
teúdo, d) código, e) meio de circulação, f) situação comunicativa.
Com relação à redação oficial, o emissor é o Serviço Público (Minis- 2 A
tério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção). O assunto 3 A
é sempre referente às atribuições do órgão que comunica. O desti-
natário ou receptor dessa comunicação ou é o público, o conjunto 4 D
dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros 5 B
Poderes da União.
6 C
( ) Certo
( ) Errado 7 B
8 E
40. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 )
Determinadas palavras são frequentes na redação oficial. Con- 9 A
forme as regras do Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 10 A
2009, assinale a opção CORRETA que contém apenas palavras gra-
fadas conforme o Acordo. 11 A
I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral da União, antihigiênico, ca- 12 D
pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.
13 A
II. contra-almirante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di-
retor-adjunto, diretor-executivo, diretor-geral, sócio-gerente. 14 E
III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire- 15 B
tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário.
IV. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação, pós- 16 E
-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular; Secretaria-Geral.

36
LÍNGUA PORTUGUESA
17 A Quem informa, informa algo (os atos ilegítimos) a alguém (ao
Tribunal de Contas), portanto não há presença de preposição antes
18 A do objeto direto (os atos).
19 D RESPOSTA: ERRADO.
20 B 2-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) A substitui-
21 C ção da última vírgula do primeiro parágrafo do texto pela conjunção
e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo à sua in-
22 C
terpretação original.
23 E ( ) CERTO
24 A ( ) ERRADO

25 D Analisemos o trecho sugerido: Exercer a cidadania é muito


26 B mais que um direito, é um dever, uma obrigação. Se acrescentarmos
a conjunção “e” teremos “é um dever e uma obrigação” = haveria
27 C mudança no sentido, pois da maneira como foi escrito entende-se
28 D que o termo “obrigação” foi enfatizado, por isso não se conectou ao
termo anterior.
29 E
RESPOSTA: ERRADO.
30 D
31 D 3-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa 2014
32 D (CAFCOPA) constatou indícios de superfaturamento em contratos
33 A relativos a consultorias técnicas para modelagem do projeto de
parceria público-privada usada para construir uma das arenas da
34 D
Copa 2014.
35 E Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que
36 D os consultores apresentaram regime de trabalho incompatível com
a realidade. Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam
37 B 77,2 horas por dia no período entre 16 de setembro e sete de ou-
38 B tubro de 2010. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6
horas por dia. Tendo em vista que um dia só tem 24 horas, identifi-
39 A cou-se a ocorrência de superfaturamento no valor de R$ 2.383.248.
40 E “É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas jamais existiram.
Diante de tal situação, sabendo-se que o dia possui somente 24 ho-
41 C
ras, resta inconteste o superfaturamento praticado nesta primeira
fatura de serviços”, aponta o relatório da CAFCOPA.
Existem outros indícios fortes que apontam para essa irregu-
EXERCÍCIOS COMENTADOS laridade, pois não há nos autos qualquer folha de ponto ou docu-
mento comprobatório da efetiva prestação dos serviços por parte
dos consultores.
1-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
Internet: <www.jornaldehoje.com.br> (com adaptações).
Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever,
uma obrigação.
O termo “com a realidade” e a oração ‘que tais volumes de ho-
Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei,
ras trabalhadas jamais existiram’ desempenham a função de com-
informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte
plemento dos adjetivos “incompatível” e ‘óbvio’, respectivamente.
(TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos eventualmen-
( ) CERTO
te praticados pelos agentes públicos.
( ) ERRADO
A garantia desse preceito advém da própria Constituição do
estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 55, § 3.º, que estabe-
Voltemos ao texto: regime de trabalho incompatível com a rea-
lece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organizada
lidade = complemento nominal de “incompatível” (afirmação do
da sociedade pode apresentar ao TCE/RN denúncia sobre irregula-
enunciado correta); É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas
ridades ou ilegalidades praticadas no âmbito das administrações
jamais existiram = podemos substituir a oração destacada por “Isso
estadual e municipal.
é óbvio”, o que nos indica que se trata de uma oração com função
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com adapta-
substantiva - no caso, oração subordinada substantiva subjetiva –
ções).
função de sujeito da oração principal (É óbvio), ou seja, afirmação
do enunciado incorreta.
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “infor-
RESPOSTA: ERRADO.
mar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/
RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar
ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN)
sobre os atos ilegítimos.
( ) CERTO
( ) ERRADO

37
LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) O uso dos do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em 23 de outubro de
advérbios “alegadamente” e “supostamente” concorre para a argu- 1906, na presença de inúmeras testemunhas, constituiu um marco
mentação apresentada no texto de que houve irregularidades em na história da aviação, embora a primazia do voo em avião seja
um dos contratos, especificamente no que se refere à descrição do disputada por vários países.
volume de horas trabalhadas pelos consultores. <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso em:
( ) CERTO 13/12/2015 (com adaptações).
( ) ERRADO
A) O emprego de vírgula após “Vinci” justifica-se para isolar
Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam 77,2 horas oração subordinada de natureza restritiva.
por dia no período entre 16 de setembro e sete de outubro de 2010. B) Em “Pode-se” o pronome “se” indica a noção de condição.
Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6 horas por dia. C) A substituição de “então” por “naquela época” prejudica as
Sete funcionários alegaram ter trabalhado horas a mais e há a informações originais do texto.
suposição de que quatro também ultrapassaram o limite estabele- D) Em “se sustentavam” e “se elevassem” o pronome “se” in-
cido. dica voz reflexiva.
RESPOSTA: CERTO. E) O núcleo do sujeito de “constituiu” é 14-Bis.

5-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) A oração A = incorreta (oração de natureza explicativa)
“que os consultores apresentaram regime de trabalho incompatí- B = incorreta (pronome apassivador)
vel com a realidade” funciona como complemento da forma verbal C = incorreta
“constatou-se”. E = incorreta (voo)
( ) CERTO RESPOSTA: D
( ) ERRADO
8-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assina-
- constatou-se que os consultores apresentaram regime de tra- le a opção correspondente a erro gramatical inserido no texto.
balho incompatível com a realidade A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e
A oração destacada pode ser substituída pelo termo “isso” (Isso passou a produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de
foi constatado), o que nos indica ser uma oração substantiva = ela pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil,
funciona como sujeito da oração principal, portanto não a comple- Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espa-
menta. Temos uma oração subordinada substantiva subjetiva. ço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e
RESPOSTA: ERRADO. Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a terceira maior indústria
aeronáutica do mundo, com filiais em vários países, inclusive na (5)
6-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) As formas China.
verbais “apresentaram”, “trabalharam” e “Existem” aparecem fle- <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
xionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância com sujeito em:13/12/2015. (com adaptações).
composto plural. A) é destaque
( ) CERTO B) densidades
( ) ERRADO C) bastante
- os consultores apresentaram = verbo concorda com o sujeito D) ocupou
simples E) inclusive na
- Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam = verbo
concorda com o sujeito simples Os modelos 190 e 195 ocupou = os modelos ocuparam
- Existem outros indícios fortes = verbo concorda com o sujeito RESPOSTA: D
simples
Trata-se de sujeito simples, não composto (não há dois elemen- 9-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- ESAF/2015) Assinale
tos em sua composição) a opção correta quanto à justificativa em relação ao emprego de
RESPOSTA: ERRADO. vírgulas.
O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e
7-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015 - adap- os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá,
tada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a op- Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento a
ção correta. Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mercado
Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho dos com outras indústrias poderosas, principalmente a canadense Bom-
antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus deu- bardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma aerona-
ses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do proble- ve militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules
ma, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu um modelo C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a Embraer S.A.
de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o início da aviação já soma algumas centenas de pedidos e reservas.
nas experiências de alguns pioneiros que, desde os últimos anos do <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso em:
século XIX, tentaram o voo de aparelhos então denominados mais 13/12/2015 (com adaptações).
pesados do que o ar, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases,
mais leves do que o ar. As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados Uni-
Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera por dos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México.”
causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões preci- separam
savam de um meio mecânico de sustentação para que se elevassem A) aposto explicativo que complementa oração principal.
por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont foi o primei- B) palavras de natureza retificativa e explicativa.
ro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo do mais pesado C) oração subordinada adjetiva explicativa.

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LÍNGUA PORTUGUESA
D) complemento verbal composto por objeto direto. 12-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
E) termos de mesma função sintática em uma enumeração. CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Assinale a opção em que a pontua-
ção permanece correta, apesar de ter sido modificada.
RESPOSTA: E A) Há quase dois anos, fui empossado técnico administrativo
10-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi- (...)
nale a opção que apresenta substituição correta para a forma verbal B) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito satisfeito de tra-
contribuiu. balhar lá.
No início da década de 60, trinta anos depois de sua funda- C) (...) na administração pública, porém; preferi, ficar onde es-
ção, a Panair já era totalmente nacional. Era uma época de crise tou (…)
na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias apresen- D) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe, em time que
tavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a moder- está ganhando”.
nização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu E) Trabalho na área administrativa, junto com outros técnicos e
para apertar ainda mais a situação financeira dessas empresas - a analistas, além de ser, gestor substituto (…)
inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, comuns às con- Fiz as correções:
correntes, que causaram a extinção da Panair. B) na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar
<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Panair.htm>. lá.
Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações). C) na administração pública, porém preferi ficar onde estou (…)
D) Sinceramente, sou partidário do “não se mexe em time que
A) contribuísse está ganhando”.
B) contribua E) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
C) contribuíra analistas, além de ser gestor substituto (…)
D) contribuindo RESPOSTA: A
E) contribuído
(ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL
A substituição pode ser feita utilizando-se um verbo que in- - ESAF/2015 - adaptada) Leia o texto a seguir para responder às
dique uma ação que acontecera há muito tempo (década de 60!), questões
portanto no pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (contribuíra). Se você é um passageiro frequente, certamente já passou por
RESPOSTA: C uma turbulência. A pior da minha vida foi no meio do nada, sobre-
voando o Atlântico, e durou uma boa hora. Já que estou aqui escre-
(ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - vendo esse artigo, sobrevivi.
ESAF/2015 - adaptada) Leia o depoimento a seguir para responder A turbulência significa que o avião vai cair? Ok, sabemos que
às questões não. Apesar de também sabermos que o avião é a forma mais se-
Há quase dois anos fui empossado técnico administrativo na gura de viagem, não é tão fácil lembrar disso em meio a uma tur-
ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar lá. Nesse bulência. Então, não custa lembrar que, mesmo quando o ar está
tempo já fui nomeado para outros dois cargos na administração “violento”, é impossível que ele «arremesse» o avião para o chão.
pública, porém preferi ficar onde estou por diversos motivos, pro- <http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2015/07/tur-
fissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário do “não se mexe bulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso em:15/12/2015(com
em time que está ganhando”. adaptações).
Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
analistas, além de ser gestor substituto do setor de transportes da 13-) Assinale a opção em que o primeiro período do texto foi
ANAC/SP. Tenho de analisar documentação, preparar processos reescrito com correção gramatical.
solicitando pagamentos mensais para empresas por serviços pres- A) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já tinha
tados, verificar se os termos do contrato estão sendo cumpridos, passado por uma turbulência, com certeza.
resolver alguns “pepinos” que sempre aparecem ao longo do mês, B) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência, se
além, é claro, de efetuar trabalhos eventuais que surgem conforme você fosse um passageiro frequente.
a demanda. C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
<http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-cotidianode-um-ser- teceu de passar por uma turbulência.
vidor-publico/> Acesso em: 17/12/2015> (comadaptações). D) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já tivesse
passado por uma turbulência.
11-) Assinale a substituição proposta que causa erro de morfos- E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
sintaxe no texto. substituir:por: za, ter passado por uma turbulência.
A) HáA
B) Nesse tempoDurante esse tempo Correções:
C) junto juntamente A) Na hipótese de você for (SER) um passageiro frequente, já
D) Tenho deTenho que tinha passado (PASSOU) por uma turbulência, com certeza.
E) ao longo do mês no decorrer do mês B) Certamente, já deverá (DEVE) ter passado por uma turbulên-
cia, se você fosse (FOR) um passageiro frequente.
A única substituição que causaria erro é a de “há” por “a”, já C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
que, quando empregado com o sentido de tempo passado, deve ser teceu de passar (PASSOU) por uma turbulência.
escrito com “h” (há). D) Com certeza, se você foi (É) um passageiro frequente, já ti-
RESPOSTA: A vesse passado (PASSOU) por uma turbulência.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
za, ter passado por uma turbulência.
RESPOSTA: E

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LÍNGUA PORTUGUESA
14-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO 17-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
CIVIL - ESAF/2015) A expressão sublinhada em “Já que estou escre- CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Em relação às regras de acentuação,
vendo esse artigo, sobrevivi” tem sentido de assinale a opção correta.
A) conformidade.
B) conclusão. Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X?
C) causa. São normas internacionais de segurança. É proibido portar ob-
D) dedução. jetos cortantes ou perfurantes. Se você se esqueceu de despachá-
E) condição. -los, esses itens terão de ser descartados no momento da inspeção.
Como devo proceder na hora de passar pelo equipamento de-
Subordinadas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada tector de metais?
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a A inspeção dos passageiros por detector de metais é obriga-
circunstância que expressam, classificam-se em: tória. O passageiro que, por motivo justificado, não puder ser ins-
- Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da pecionado por meio de equipamento detector de metal deverá sub-
oração principal. As conjunções são: porque, que, como (= porque, meter-se à busca pessoal. As mulheres grávidas podem solicitar a
no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já inspeção por meio de detector manual de metais ou por meio de
que, desde que, etc. busca pessoal.
RESPOSTA: C <http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/
guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016 (com
15-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO adaptações).
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Sobre as vírgulas e as aspas empre- A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
gadas no texto é correto afirmar que conjunção “e”.
A) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas. B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
B) a vírgula antes do “e” ocorre porque o verbo da oração “e vogal “e” fechada.
durou uma boa hora” é diferente do verbo da oração anterior. C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deverá”.
C) a vírgula antes de “sobrevivi” marca a diferença entre os D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
tempos verbais de “estou escrevendo” e “sobrevivi”. prego de locução com substantivo no feminino.
D) a vírgula que ocorre depois do “que” e a que ocorre depois E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
de “violento” estão isolando oração intercalada. vra paroxítona terminada em ditongo.
E) as aspas nas palavras “violento” e “arremesse” se justificam
porque tais palavras pertencem ao vocabulário técnico da aviação. Comentários:
A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
A = Se você é um passageiro frequente, certamente já passou conjunção “e” = não é acento diferencial
por uma turbulência – incorreta (subordinada adverbial condicio- B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
nal) vogal “e” fechada = acentua-se por ser oxítona terminada em “e”
B = incorreta (vem depois de uma oração explicativa) C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deve-
C = incorreta (separando oração principal da causal) rá” = correta (oxítona terminada em “a”). Lembre-se de que, em
E = incorreta (empregadas em sentido figurado, facilitando a verbos com pronome oblíquo, este é desconsiderado ao analisar a
compreensão da descrição) acentuação
RESPOSTA: D D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
prego de locução com substantivo no feminino = o acento grave se
16-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO deve à regência do verbo “submeter” que pede preposição (sub-
CIVIL - ESAF/2015) A frase sublinhada em “Apesar de também sa- meter-se a)
bermos que o avião é a forma mais segura de viagem, não é tão E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
fácil lembrar disso em meio a uma turbulência” mantém tanto seu vra paroxítona terminada em ditongo = acentua-se por ser propa-
sentido original quanto sua correção gramatical na opção: roxítona
A) Embora também sabemos … RESPOSTA: C
B) Dado também saibamos …
C) Pelo motivo o qual também sabemos … 18-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
D) Em virtude de também sabermos … 01 – FCC/2014 - adaptada)
E) Conquanto saibamos … ... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, começava
em Araritaguaba...
Correções: O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se en-
A) Embora também sabemos= saibamos contra o grifado acima está em:
B) Dado também saibamos = sabermos (A) ... o Tietê é um regato.
C) Pelo motivo o qual também sabemos = essa deixa o período (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas...
confuso... (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
D) Em virtude de também sabermos= sentido diferente do ori- ao rio.
ginal… (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude...
E) Conquanto saibamos = conjunção que mantém o sentido (E) ... e traziam ouro.
original (concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia
contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. “Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo (A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo
que, por mais que, posto que, conquanto, etc.) (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = presen-
RESPOSTA: E te do Indicativo

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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro 21-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo COLAR - EXATUS/2015 ) Os termos destacados abaixo estão corre-
(D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = pre- tamente analisados quanto à função sintática em:
sente do Indicativo I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito.
(E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto.
RESPOSTA: “E” III - O Boldo resolve – predicado verbal.
A) Apenas I e II.
19-) (TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - B) Apenas I e III.
ESAF/2015) Assinale o trecho sem problemas de ortografia. C) Apenas II e III.
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des- D) I, II e III.
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se primeiro à empre-
sa aérea contratada, para reinvindicar seus direitos como consumi- I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito = correta
dor. II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto = correta
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa III - O Boldo resolve – predicado verbal = correta
aérea na ANAC, que analizará o fato. RESPOSTA: D
C) Se a ANAC constatar descomprimento de normas da aviação 22-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
civil, poderá aplicar sanção administrativa à empresa.
D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir- A essência da infância
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é Como a convivência íntima com os filhos é capaz de transfor-
possível buscar indenização na Agência. mar a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo
E) Para exijir indenização por danos morais e/ou materiais, con- Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o ta-
sulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe antecipada- blet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não
mente se está de posse dos comprovantes necessários. conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos de lazer que
ficaram restritos ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar
Trechos adaptados de <http://www.infraero.gov.br/images/ livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e comporta-
stories/guia/2014/guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso mentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm
em:17/12/2015. sido verdadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as
Por itens: crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des- que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se (DIRIGIR-SE) pri- pleno e o bem-estar da criança e da família, Daniel defende que
meiro à empresa aérea contratada, para reinvindicar (REIVINDICAR) devemos estar próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor pre-
seus direitos como consumidor. sente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças,
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença.
aérea na ANAC, que analizará (ANALISARÁ) o fato. Para o bem-estar delas e para toda a família.
C) Se a ANAC constatar descomprimento (DESCUMPRIMENTO) (Revista Vida Simples. Dezembro de 2015).
de normas da aviação civil, poderá aplicar sanção administrativa à
empresa. O tema central do texto a essência da infância refere-se:
D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir- (A) Às tecnologias disponíveis.
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é (B) À importância do convívio familiar.
possível buscar indenização na Agência. (C) Às preocupações do pediatra Daniel Becker.
E) Para exijir (EXIGIR) indenização por danos morais e/ou ma- (D) À importância de impor limites.
teriais, consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe (E) Ao exagerado consumo.
(AVERIGUE) antecipadamente se está de posse dos comprovantes
necessários. Fica clara a intenção do autor: mostrar a importância do con-
RESPOSTA: D vívio familiar (E que desenvolver intimidade com as crianças, além
de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Para o
20-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES- bem-estar delas e para toda a família).
COLAR - EXATUS/2015 ) Assinale a alternativa em que a palavra é RESPOSTA: B
acentuada pela mesma razão que “cerimônia”:
A) tendência – crônica. 23-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No excerto:
B) descartáveis – uísque. “... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infância...”. O
C) búzios – vestuário. pronome em destaque refere-se a:
D) ótimo – cipó. (A) Celular e tablet.
(B) Agenda.
Cerimônia = paroxítona terminada em ditongo (C) Aulas depois da escola.
A) tendência = paroxítona terminada em ditongo / crônica = (D) Visitas ao shopping Center.
proparoxítona (E) Conjunto de hábitos.
B) descartáveis = paroxítona terminada em ditongo / uísque =
regra do hiato Voltemos ao texto: “Quais as implicações desse conjunto de há-
C) búzios = paroxítona terminada em ditongo / vestuário = pa- bitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel
roxítona terminada em ditongo Becker, esses têm sido (..)”
D) ótimo = proparoxítona / cipó = oxítona terminada em “o” RESPOSTA: E
RESPOSTA: C

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LÍNGUA PORTUGUESA
24-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No frag- (D) Verbo.
mento: “... além de um tempo reservado ao lazer com elas...”. A pa- (E) Pronome.
lavra destacada expressa ideia de:
(A) Ressalva. Quando conseguimos substituir o “que” por “o qual” temos um
(B) Conclusão. caso de pronome relativo – como na questão.
(C) Adição. RESPOSTA: E
(D) Advertência.
(E) Explicação. 29-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016 - adaptada)
No período: “ANS reforça campanha contra o mosquito transmissor
Dá-nos a ideia de adição. da dengue e zika”. O verbo em destaque apresenta-se:
RESPOSTA: C (A) Na voz passiva.
(B) Na voz ativa.
25-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No período: (C) Na voz reflexiva.
“Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados (D) Na voz passiva analítica.
cometidos à infância, que prejudicarão as crianças até a vida adul- (E) Na voz passiva sintética.
ta”. O verbo destacado está respectivamente no modo e tempo do:
(A) Indicativo – presente. Temos sujeito (ANS) praticando a ação (reforça), portanto voz
(B) Subjuntivo – pretérito. ativa.
(C) Subjuntivo – futuro. RESPOSTA: B
(D) Indicativo – futuro.
(E) Indicativo – pretérito. 30-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:
Ao terminar a prova, todos os candidatos deverão aguardar a verifi-
Quando o verbo termina em “ão”: indica uma ação que aconte- cação dos aplicadores. A oração destacada faz referência a
cerá – futuro do presente do Indicativo. (A) Condição.
RESPOSTA: D (B) Finalidade.
(C) Tempo.
26-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: Se (D) Comparação.
não chover hoje à tarde faremos um belíssimo passeio. Há indicação (E) Conformidade.
de:
(A) Comparação. A frase nos dá a ideia do momento (tempo) em que deveremos
(B) Condição. aguardar a verificação por parte dos aplicadores.
(C) Tempo. RESPOSTA: C
(D) Concessão.
(E) Finalidade. 31-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em
O trecho apresenta uma condição para que façamos um belís- outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, trans-
simo passeio: não chover. formado em minha própria estrela.
RESPOSTA: B Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, os verbos
sublinhados devem assumir a seguinte forma:
27-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 (A) iria − iria ser − teria enchido
– FCC/2014) Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê (B) ia − tinha sido − encheria
...... pela população, ...... das enchentes e do risco de doenças que (C) viria − iria ser − encheria
...... depois delas. (D) iria − teria sido − encheria
Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchidos, (E) viria − teria sido − teria enchido
na ordem dada, por:
(A) eram evitadas − temerosa − apareciam O modo verbal que trabalha com hipótese é o Subjuntivo. Fa-
(B) era evitadas − temerosa − aparecia çamos as transformações: Mas não iria pegá--lo − o poema já teria
(C) era evitado − temerosas − apareciam sido reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no asfalto
(D) era evitada − temeroso − aparecia ainda me encheria de luz, transformado em minha própria estrela.
(E) eram evitadas − temeroso – aparecia RESPOSTA: D

Destaquei os termos que se relacionam: 32-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL –
Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram evi- FCC/2014 - adaptada)
tadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de DOEN- ...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no
ÇAS que APARECIAM depois delas. interior do país...
Eram evitadas/temerosa/apareciam. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
RESPOSTA: A resultante será:
(A) vinham indicadas.
28-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: (B) era indicado.
“O livro que estou lendo é muito interessante”. A palavra destacada (C) eram indicadas.
é um: (D) tinha indicado.
(A) Artigo. (E) foi indicada.
(B) Substantivo.
(C) Adjetivo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no Recorramos ao texto: “assumindo a direção dos programas de
interior do país. pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP na
As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo, Amazônia −, que reduziram o percentual”. O termo entre “traços”
indistintamente. é um aposto, uma informação a mais. O verbo se relaciona com o
termo anteriormente citado (programas).
RESPOSTA: C RESPOSTA: D
33-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015) As
normas de concordância estão respeitadas em: 35-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 -
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari- adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão.
siense onde se confinava criminosos e dissidentes políticos − a Re-
volução Francesa levou milhares de condenados à guilhotina. Sobre a vinda ao Brasil, Luiz Hildebrando Pereira da Silva afir-
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- mou: “Quando me aposentei na França, considerando-me ainda vá-
dos Unidos chegariam com algum atraso ao Brasil, mas com efeito lido, hesitei antes de tomar a decisão de me reintegrar às atividades
igualmente devastador. de pesquisa na Amazônia. Acabei decidindo. (...) Eu me ...... um ve-
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- lho ranzinza se ....... ficado na França plantando rosas”.
to do país, viajava na bagagem da pequena elite brasileira que tive- (Adaptado de: cremesp.org.br)
ra oportunidade de estudar em Portugal.
(D) No final do século 18, haviam mudanças profundas na tec- Considerado o contexto, preenchem corretamente as lacunas
nologia, com a invenção das máquinas a vapor protagonizadas pe- da frase acima, na ordem dada:
los ingleses. (A) tornarei − tinha
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia (B) tornara − tivesse
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che- (C) tornarei − tiver
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. (D) tornaria − tivesse
(E) tornasse – tivera
Correções:
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari- Pelo contexto, é possível identificar que se trata de uma hipó-
siense onde se confinava (CONFINAVAM) criminosos e dissidentes tese (se tivesse ficado na França, ele se tornaria um velho ranzinza).
políticos − a Revolução Francesa levou milhares de condenados à RESPOSTA: D
guilhotina.
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- 36-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
dos Unidos chegariam (CHEGARIA) com algum atraso ao Brasil, mas FCC/2016 - adaptada) O acréscimo de uma vírgula após o termo
com efeito igualmente devastador. sublinhado não altera o sentido nem a correção do trecho:
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à
to do país, viajava (VIAJAVMA) na bagagem da pequena elite brasi- abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
leira que tivera oportunidade de estudar em Portugal. (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras tam-
(D) No final do século 18, haviam (HAVIA) mudanças profundas bém.
na tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor protagoniza- (C) ... uma parte prioriza a transparência como meio de pres-
das pelos ingleses. tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia como a ideia de governo aberto...
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che- (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
RESPOSTA: E dos abertos por entidades e empresas.
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me-
34-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 - ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma
adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão. pessoa na cidade.
O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Pereira da
Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997, assumin- Vejamos:
do a direção dos programas de pesquisa em Rondônia − numa das (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece, relacionada
frentes avançadas da USP na Amazônia −, que reduziram o percen- à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. = in-
tual de registros de malária em Rondônia de 40% para 7% do total correta
de casos da doença na região amazônica em uma década. (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras,tam-
(Adaptado de: revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o-cientista-das- bém. = correta
-doencas-tropicais) (C) ... uma parte,prioriza a transparência como meio de pres-
tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
... que reduziram o percentual de registros de malária em Ron- como a ideia de governo aberto... = incorreta
dônia... (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
O elemento que justifica a flexão do verbo acima é: teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
(A) casos da doença. dos, abertos por entidades e empresas. = incorreta
(B) frentes avançadas da USP na Amazônia. (E) Contudo, existem estudos, que apontam que bastariam me-
(C) registros de malária. ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma
(D) programas de pesquisa em Rondônia. pessoa na cidade. = incorreta
(E) investigações sobre a malária em Rondônia. RESPOSTA: B

43
LÍNGUA PORTUGUESA
37-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - (D) São necessários (É NECESSÁRIO) viabilizar projetos de ci-
FCC/2016) A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser dades inteligentes, amparados em políticas públicas que salvaguar-
substituída pelo que se apresenta entre colchetes, respeitando-se a dam os dados abertos dos cidadãos.
concordância, e sem quaisquer outras alterações no enunciado, é: (E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inte- permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como
ligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável] espaço de fluxos.
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada RESPOSTA: E
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [rela- 39-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES
cionado] - FCC/2016) Foram dois segundos de desespero durante os quais
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- mendicância...
na... [são possíveis] Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por resultante será:
exemplo, até os dados pessoais... [pública] (A) contemplavam-se.
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- (B) foram contemplados.
ros quatro pontos de dados... [bastaria] (C) contemplam-se.
(D) eram contemplados.
Analisando: (E) tinham sido contemplados.
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteli-
gentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável]= O distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendi-
já é viável cância foram contemplados por mim.
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à RESPOSTA: B
abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [relacio-
nado] = teríamos que alterar a palavra “ideia” por um substantivo 40-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
masculino FCC/2016) O sinal indicativo de crase está empregado corretamen-
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- te em:
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma
na... [são possíveis] = são possíveis armazenamentos (inclusão des- brisa de contentamento.
se termo) (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por abraçar uma árvore gigante.
exemplo, até os dados pessoais... [pública]= ok (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- me propusera para o dia.
ros quatro pontos de dados... [bastaria] = bastaria um ponto (D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas
RESPOSTA: D que hoje vivem em São Paulo.
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradi-
38-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - ção de se abraçar árvore.
FCC/2016) A frase cuja redação está inteiramente correta é:
(A) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados das Por item:
placas de veículos são passíveis em oferecer informações valiosas (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à (A)
acerca dos motoristas. uma brisa de contentamento. = antes de artigo indefinido
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
urbanos são facilitadores de serviços imprecindíveis, como saúde, abraçar uma árvore gigante.
educação e segurança. (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à (A) escrever tudo o
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- que me propusera para o dia. = antes de verbo no infinitivo
taca-se em termos de inteligência, com avançados centros de ope- (D) A paineira sobreviverá a todas às (AS) 18 milhões de pes-
ração de dados. soas que hoje vivem em São Paulo. = função de artigo
(D) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligentes, (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à (A) essa
amparados em políticas públicas que salvaguardam os dados aber- tradição de se abraçar árvore. = antes de pronome demonstrativo
tos dos cidadãos. RESPOSTA: B
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como 41-) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO AD-
espaço de fluxos. MINISTRATIVO – FCC/2014)
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era
Analisando: também cantor-compositor.
(A) Obtido (OBTIDOS) pela identificação por radiofrequência, O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o des-
os dados das placas de veículos são passíveis em (DE) oferecer in- tacado acima está empregado em:
formações valiosas acerca dos motoristas. (A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor...
urbanos são facilitadores (É FACILITADORA) de serviços imprescin- (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
díveis (IMPRESCINDÍVEIS), como saúde, educação e segurança. (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- (E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
taca-se (SE DESTACAM) em termos de inteligência, com avançados
centros de operação de dados. Descobrir = exige objeto direto
(A) E Adoniran estava = verbo de ligação

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LÍNGUA PORTUGUESA
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo Metáfora - consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude
ligação da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe entre
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sen-
ligação tido normal.
(E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto RESPOSTA: A
RESPOSTA: E
46-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
42-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- “Bobagem imaginar que a vida é um mar de rosas só por causa de
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) um enredo açucarado.”
Atribuindo-se sentido hipotético para o segmento E é curioso Um “enredo açucarado” significa um enredo
que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham..., os verbos (A) engraçado.
devem assumir as seguintes formas: (B) crítico.
(A) teria sido − soubesse − viriam (C) psicológico.
(B) será − saiba − virão (D) aventureiro.
(C) era − tivesse sabido − viriam (E) sentimental.
(D) fora − tivera sabido − vieram
(E) seria − tivesse sabido – viriam Questão de interpretação dentro de um contexto. Açucarado
geralmente se refere a um texto doce, sentimental.
Hipótese é com o modo subjuntivo: E seria curioso que nunca RESPOSTA: E
tivesse sabido ao certo de onde eles viriam...
RESPOSTA: E 47-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
Assinale a opção cujo par não é formado por substantivo + adjetivo.
43-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- (A) Enredo açucarado.
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) (B) Dias atuais.
Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mu- (C) Produto cultural.
lungus... (D) Tremendo preconceito.
Na frase acima, alterando-se de voz passiva sintética para ana- (E) Telenovela brasileira.
lítica, a forma verbal resultante é:
(A) tinha sido medida Analisemos:
(B) tinham sido medidos (A) Enredo açucarado. = substantivo + adjetivo
(C) era medida (B) Dias atuais. = substantivo + adjetivo
(D) eram medidas (C) Produto cultural. = substantivo + adjetivo
(E) seria medida (D) Tremendo preconceito. Adjetivo + substantivo (no contex-
to, “tremendo” tem sentido de adjetivo – grande; pode-se classifi-
A grandeza da manhã era medida pela quantidade de mulun- car como verbo + substantivo, mas o enunciado cita “par”, portanto
gus (na analítica basta retirar o pronome apassivador e fazer as al- a classificação deve considerar tal formação)
terações adequadas). (E) Telenovela brasileira. = substantivo + adjetivo
RESPOSTA: C RESPOSTA: D

44-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) 48-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015) “Seja
“15 segundos de novela bastam para me matar de tédio.” A expres- você a mudança no trânsito”; a forma de reescrever-se essa mesma
são “me matar de tédio” expressa frase que mostra uma incorreção da forma verbal no imperativo é:
(A) uma comparação. (A) sê tu a mudança no trânsito;
(B) uma ironia. (B) sejamos nós a mudança no trânsito;
(C) um exagero. (C) sejam vocês a mudança no trânsito;
(D) uma brincadeira. (D) seja ele a mudança no trânsito;
(E) uma ameaça. (E) sejai vós a mudança no trânsito.

Hipérbole = exagero Correções:


RESPOSTA: C (A) sê tu a mudança no trânsito - OK
(B) sejamos nós a mudança no trânsito - OK
45-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) (C) sejam vocês a mudança no trânsito - OK
Dizer que “a vida é um mar de rosas” é uma comparação que é (D) seja ele a mudança no trânsito - OK
denominada, em termos de linguagem figurada, de (E) sejai vós a mudança no trânsito – SEDE VÓS
(A) metáfora.
(B) pleonasmo. RESPOSTA: E
(C) metonímia.
(D) hipérbole.
(E) eufemismo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
49-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - 51-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) O
adaptada) termo em função adjetiva sublinhado que está substituído por um
“Vivemos numa sociedade que tem o hábito de responsabilizar adjetivo inadequado é:
o Estado, autoridades e governos pelas mazelas do país. Em muitos (A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon-
casos são críticas absolutamente procedentes, mas, quando o tema tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divi-
é segurança no trânsito, não nos podemos esquecer que quem faz o natória;
trânsito são seres humanos, ou seja, somos nós”. (B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
O desvio de norma culta presente nesse segmento é: termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais;
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse- (C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
rir a preposição “em” antes do “que”; (Leo Buscaglia) / universal;
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce- (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
dentes” deveria ser substituído por “precedentes”; interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino;
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de- (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
veria ser substituída por “vive-se”; pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- Mencken) / dominical.
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que”;
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos Vejamos:
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz”. (A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá aconte-
cer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divina-
Por item: tória = ok
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse- (B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
rir a preposição “em” antes do “que” = incorreta termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais = flu-
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce- viais (pluvial é da chuva)
dentes” deveria ser substituído por “precedentes” = mudaria o sen- (C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
tido do período (Leo Buscaglia) / universal = ok
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de- (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
veria ser substituída por “vive-se” = incorreta interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino = ok
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que” = nos esquecer pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
de que Mencken) / dominical = ok
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos RESPOSTA: B
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz” = incorreta
RESPOSTA: D 52-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) A
frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
50-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - (A) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater até
adaptada) abrir”. (Guy Falks);
“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para re- (B) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar toda
fletir sobre nosso comportamento como pedestres, passageiros, vez que caímos”. (Oliver Goldsmith);
motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas (C) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”.
ações tem reflexo na nossa segurança, assim como dos demais”. (Abraham Lincoln);
O comentário correto sobre os componentes desse segmento (D) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos
é: fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge);
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os (E) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía para
motoristas; seu progresso”. (Nouailles).
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois
seu sujeito está no plural; A alternativa que apresenta adição de ideias é: “ele estudava e
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”; isso contribuía para seu progresso”.
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em RESPOSTA: E
fim”;
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de- 53-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) Em
mais”, por referir-se ao feminino “ações”. todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no lugar de outros
com significado mais específico. A frase em que a substituição por
Análise: esses verbos mais específicos foi feita de forma adequada é:
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os (A) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom Robbins)
motoristas = incorreta (sujeito elíptico = nós) / desfrutar de;
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois (B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência
seu sujeito está no plural = exatamente você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / você oferece;
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob” = (C) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter são
de maneira alguma suas crianças”. (Danny Kaye) / usar;
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em (D) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo
fim” = incorreta quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músico”.
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de- (Mansour Challita) / originar;
mais”, por referir-se ao feminino “ações” = dos demais (cidadãos) (E) “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e
RESPOSTA: B fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Façamos as alterações propostas para facilitar a análise: (A) representa uma saudade... (todas as toadas) = representam
(A) “Nunca é tarde para desfrutar de uma infância feliz”. (Tom (B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam
Robbins) / desfrutar de; (C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções popula-
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência res) = conservam
você oferece, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / oferece; (D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os ho-
(C) “O maior recurso natural que qualquer país pode usar são mens) = cantavam
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar; (E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do
(D) “Acreditar que basta originar filhos para ser pai é tão absur- Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando um
do quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músi- apelido)
co”. (Mansour Challita) / originar; RESPOSTA: E
(E) “A família é como a varíola: a gente sofre quando criança e 57-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Considere
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre. as seguintes afirmações sobre aspectos da construção linguística:
RESPOSTA: A I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
54-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Sobre os música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado.
era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas. II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera- dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
ção de sentido por COM EFEITO. das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração. III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses
III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa. com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função
anafórica, exprimindo relação coesiva referencial.
Está correto apenas o que se afirma em: Está correto apenas o que se afirma em:
A) I. A) I.
B) II e III. B) II.
C) I e II. C) III.
D) III. D) I e III.
E) I e III. E) II e III.

Na alternativa II – “era o Sol” formam o predicado nominal. Analisemos:


RESPOSTA: E I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
55-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Do ponto música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
de vista da norma culta, a única substituição pronominal realizada não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado = errado (o úni-
que feriu a regra de colocação foi: co que deve receber acento grave é “aquela”, neste caso)
A) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o passa- II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
rinheiro. dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
B) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabulava- das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
-se. Remédio – paroxítona terminada em ditongo/existência - paro-
C) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles xítona terminada em ditongo
igualam-se aos bichos silvestres, concluíam. III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses com
D) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” = as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafó-
Os brancos inquietavam-se com aquela desobediência. rica, exprimindo relação coesiva referencial. = função anafórica é a
E) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, en- relação de um termo com outro que será citado (esses pássaros)
fim, haver-se-ia de pensar. RESPOSTA: E

Não se inicia um período com pronome oblíquo. 58-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
RESPOSTA: A IBFC/2015) Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia”, o
termo em destaque classifica-se, morfologicamente, como:
56-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – A) adjetivo
FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entre B) advérbio
parênteses, o verbo que se mantém corretamente no singular, sem C) substantivo
que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está em: D) verbo
(A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toadas) E) conjunção
(B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os an-
tropólogos)... Palavras terminadas em “-mente”, geralmente (!), são advér-
(C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As bios de modo.
canções populares) RESPOSTA: B
(D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz
grave... (quase todos os homens) 59-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
(E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os IBFC/2015) Considerando a estrutura do período “Quero engordar
caipiras do Centro-Sul) no lugar certo.”, pode-se afirmar, sobre o verbo em destaque que:
A) não apresenta complemento
B) está flexionado no futuro do presente

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LÍNGUA PORTUGUESA
C) seu sujeito é inexistente B) “Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devasta-
D) constitui uma oração dores”
E) expressa a ideia de possibilidade C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
bém colabora para este processo”
A - Quero é verbo transitivo direto – precisa de complemento D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po-
(objeto) – representado aqui por uma oração (engordar no lugar luentes no mundo, não aceitou o acordo”
certo).
B – está flexionado no presente Analisemos
C – sujeito elíptico (eu) A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci-
E – queria indicaria possibilidade mento global está ocorrendo em função”
RESPOSTA: D B) “Nunca se viu (viram) mudanças tão rápidas e com efeitos
devastadores”
60-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
CAN/2016 - adaptada) A palavra “se” possui inúmeras classificações bém colabora (colaboram) para este processo”
e funções. Acerca das ocorrências do termo “se” em “Exatamente D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po-
por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonis- luentes no mundo, não aceitou (aceitaram) o acordo”
tas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e RESPOSTA: A
põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os
bebês que chegam nos botes.” pode-se afirmar que 64-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
A) possuem o mesmo referente. -CIDADES/2016) A voz verbal ativa correspondente à voz passiva
B) ligam orações sintaticamente dependentes. destacada em “A Europa tem sido castigada por ondas de calor” é:
C) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador. A) Castigaram.
D) apenas o último “se” é uma conjunção integrante. B) Têm castigado.
C) Castigam.
Possuem o mesmo referente (o fotojornalista). D) Tinha castigado.
RESPOSTA: A
As ondas de calor têm castigado a Europa.
61-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- RESPOSTA: B
CAN/2016 - adaptada) Ao substituir “perigos da travessia” por “tra-
vessia”, mantendo-se a norma padrão da língua, em “Obviamente, 65-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
são os mais vulneráveis aos perigos da travessia.” ocorreria: -CIDADES/2016) Marque a opção em que a regência verbal foi DE-
A) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de SOBEDECIDA:
crase. A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
B) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria do equilíbrio ambiental é coletiva.
sido modificado. B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
C) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de equilíbrio ambiental é coletiva.
crase, substituindo-se “aos” por “à”. C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
D) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente pas- bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
saria a não exigir o emprego da preposição. D) Todos os países não devem esquecer de que a responsabili-
dade do equilíbrio ambiental é coletiva.
Teríamos: Obviamente, são os mais vulneráveis à travessia –
“vulnerável” exige preposição. Vejamos:
RESPOSTA: C A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
62-) (UFPB-PB – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO - IDE- B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
CAN/2016 - adaptada) De acordo com a classe de palavras, assinale equilíbrio ambiental é coletiva - ok
a alternativa em que o termo destacado está associado INCORRE- C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
TAMENTE. bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
A) “E não só isso.” – pronome. D) Todos os países não devem esquecer de que (esquecer que)
B) “Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis.” – substantivo. a responsabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
C) “Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?” – conjun- RESPOSTA: D
ção.
D) “O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de liber- 66-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU-
tação das opiniões familiares.” – verbo. TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que as duas palavras são
acentuadas por obedecerem a regras distintas:
“Nunca” é advérbio (de negação). A) Catástrofes – climáticas.
RESPOSTA: C B) Combustíveis – fósseis.
C) Está – país.
63-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- D) Difícil – nível.
-CIDADES/2016) Marque a opção em que há total observância às
regras de concordância verbal: Por item:
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci- A) Catástrofes = proparoxítona / climáticas = proparoxítona
mento global está ocorrendo em função” B) Combustíveis = paroxítona terminada em ditongo / fósseis =
paroxítona terminada em ditongo

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LÍNGUA PORTUGUESA
C) Está = oxítona terminada em “a” / país = regra do hiato Correções:
D) Difícil = paroxítona terminada em “l” / nível = paroxítona (A) A mudança de direção da economia fazem (FAZ) com que se
terminada em “l” altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
RESPOSTA: C (B) Existe (EXISTEM) indivíduos que, sem carteira de trabalho
assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
67-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- (C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram
-CIDADES/2016) Assim como “redução” e “emissão”, grafam-se, com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários.
correta e respectivamente, com Ç e SS, as palavras: (D) São as dívidas que faz (FAZEM) com que grande número dos
A) Aparição e omissão. consumidores não estejam (ESTEJA) em dia com suas obrigações.
B) Retenção e excessão. (E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
C) Opreção e permissão. to mostra (MOSTRAM) que 59 milhões de consumidores não pode
D) Pretenção e impressão. (PODEM) obter novos créditos.
RESPOSTA: C
A) Aparição = OK / omissão = OK
B) Retenção = OK / excessão = EXCEÇÃO 70-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA
C) Opreção = OPRESSÃO / permissão = OK PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada)
D) Pretensão = PRETENSÃO / impressão= OK Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que
RESPOSTA: a eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente,
Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
68-) (SEAP-GO -AUXILIAR DE SAÚDE - SEGPLAN/2016) Leia o regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma--pa-
texto publicitário abaixo. drão, deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto (com


preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto.
RESPOSTA: “E”.

71-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RE-


SERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014
- adaptada) Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram
iniciadas em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte ma-
neira:
Pasta. São Paulo, n. 10, p.86 set-out. 2007 (A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992.
* Com a doação de órgãos, a vida continua. (B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992.
(C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992.
A finalidade desse anúncio é (D) Teve início as obras em janeiro de 1992.
A) Simbolizar o fim da vida. (E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992.
B) Proibir a doação de órgãos.
C) Estimular a doação de órgãos. Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “iniciaram-
D) Questionar a doação de órgãos. -se”; em “B”, não podemos iniciar um período com pronome (ini-
E) Demonstrar os sinais de pontuação ciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”: tiveram
início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos à resposta
Campanha a favor da doação de órgãos, já que com tal atitude correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais curto é trans-
a vida continua. formar a voz passiva analítica (a do enunciado) em sintética: Inicia-
RESPOSTA: C ram-se as obras.
*Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador).
69-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As- Sintética = Se (memorize!)
sinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. RESPOSTA: C
(A) A mudança de direção da economia fazem com que se alte-
re o tamanho das jornadas de trabalho, porexemplo. 72-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016)
(B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada, O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietá-
enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos. rio e principal apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015] coloca-
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram rá no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem a Silvio
com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários. Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos.
(D) São as dívidas que faz com que grande número dos consu- (http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
midores não estejam em dia com suas obrigações.
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi- As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015,
to mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos Sílvio Santos completou seu
créditos. (A) octogenário quinquagésimo aniversário.
(B) octogésimo quinto aniversário.

49
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) octingentésimo quinto aniversário. (C) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é su-
(D) otogésimo quinto aniversário. perada e os danos ambientais e sociais recuperados.
(E) oitavo quinto aniversário. (D) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana po-
derá ser superada e os danos ambientais e sociais recuperados.
RESPOSTA: B (E) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, poderá
73-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016 - superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
adaptada) Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e Analisemos:
aos sentidos do texto. (A) Caso Minas Gerais usa (USE) a experiência do Japão, pode
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação (PODERÁ) superar Mariana e recuperar (RECUPARERÁ) os danos
para contornar as tragédias. ambientais e sociais.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parcerias (B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão,
nipo-brasileiras renderão bons frutos. poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar (C) Se o Japão se dispor (DISPUSER) a auxiliar Minas Gerais,
com as parcerias nipo-brasileira. Mariana é (SERÁ) superada e os danos ambientais e sociais recu-
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são importan- perados.
tes as parcerias nipos-brasileiras. (D) Se o Japão manter (MANTIVER) seu auxílio a Minas Gerais,
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- Mariana poderá ser superada e os danos ambientais e sociais recu-
gédia e das parcerias nipo-brasileira. perados.
(E) Caso Minas Gerais faz (FAÇA) uso da experiência do Japão,
Acertos: poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação RESPOSTA: B
para contornar as tragédias.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos (DE) que as par- 76-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE
cerias nipo-brasileiras renderão bons frutos. – LABORATÓRIO – VUNESP/2014)
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a
com as parcerias nipo-brasileira (BRASILEIRAS). enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que (REVELA QUE) indicativo da crase, tem-se:
são importantes as parcerias nipos(NIPO)-brasileiras. (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto,
gédia e das parcerias nipo-brasileira(BRASILEIRAS). (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto,
RESPOSTA: A (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto,
(E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto,
74-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Ob-
serve: incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À rea-
Acostumados___________ tragédias naturais, os japoneses ção e AO enfrentamento.
geralmente se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. RESPOSTA: A
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já
voltava________ viver a sua rotina. 77-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A
Um tsunami chegou ______costa nordeste do Japão em 2011, assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
deixando milhares de mortos e desaparecidos. A) Houveram eleições em outros países este ano.
De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem B) Se eu vir você por aí, acabou.
ser preenchidas, respectivamente, com: C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
(A) a … à … à D) Fazem três anos que não tiro férias.
(B) à … a … a E) Esse homem possue muitos bens.
(C) às … a … à
(D) as … a … à Correções à frente:
(E) às … à … a A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
Acostumados ÀS tragédias naturais, os japoneses geralmente D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. E) Esse homem possue muitos bens = possui
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já RESPOSTA: “B”.
voltava A viver a sua rotina.
Um tsunami chegou À costa nordeste do Japão em 2011, dei- 78-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO/2014) Assinale a as-
xando milhares de mortos e desaparecidos. sertiva cuja regência verbal está correta:
RESPOSTA: C A) Ela queria namorar com ele.
B) Já assisti a esse filme.
75-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As- C) O caminhoneiro dormiu no volante.
sinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em con- D) Quando eles chegam em Campo Grande?
formidade com a norma-padrão. E) A moça que ele gosta é aquela ali.
(A) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode superar
Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. Correções:
(B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão, A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo).
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais. B) Já assisti a esse filme = correta

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LÍNGUA PORTUGUESA
C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante (“no” dá a entender “sobre” o volante!)
D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a Campo Grande

E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele gosta
RESPOSTA: “B”.

79-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A acentuação correta está na alternativa:
A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
B) platéia – tuiuiu – instrui-los.
C) ponei – geléia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói.
E) lingüiça – feiúra – idéia.

Palavras corrigidas:
A) eu abençoo – eles creem – ele argui.
B) plateia – tuiuiú – instruí-los.
C) pônei – geleia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas
E) linguiça – feiura – ideia.
RESPOSTA: D

80-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)


A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste _______grave ameaça ____ saúde huma-
na. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa renda, mais
vulnerável devido _______condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada.
(http://www.tratabrasil.org.br Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma--padrão da língua portuguesa.
A) em ... A ... À ... A.
B) em ... À ... A ... A.
C) de ... À ... A ... As.
D) em ... À ... À ... Às.
E) de ... A ... A ... Às.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana. Apesar
de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais vulnerável devido
A condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. Temos: em, à, a, a.
RESPOSTA: B

81-) (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014)

De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do emprego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a alter-
nativa que apresenta outra redação possível para o período “A economia brasileira já faz isso há séculos.”
A) A economia brasileira já faz isso tem séculos.
B) A economia brasileira já faz isso têm séculos.

51
LÍNGUA PORTUGUESA
C) A economia brasileira já faz isso existe séculos. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Membros
D) A economia brasileira já faz isso faz séculos. da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...).
E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos. RESPOSTA: D

O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto 84-) (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA –
pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”. UPENET/2014) Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja to-
RESPOSTA: “D”. nicidade de ambos os termos sublinhados recai na antepenúltima
sílaba.
82-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Feitas A) “Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” -
as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O Marco Civil “infalível de aprovação para o candidato...”
garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. – permanece B) “...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – “que
correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em: pretende enfrentar uma seleção pública.”
A inviolabilidade e o sigilo das comunicações... C) “...quando o conteúdo não é lembrado justamente...» - «Ele
A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil. pode acontecer por influência de fatores diversos...”
B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil. D) “Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso...” - “preten-
C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil. de enfrentar uma seleção pública.»
D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil. E) “...quando o conteúdo não é lembrado...” – “pode acontecer
E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil. por influência de fatores diversos...”

O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comuni- O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas
cações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordan- A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível =
do com “inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se. paroxítona terminada em L
Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gê- B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona
neros diferentes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona termina-
com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então: da em ditongo
garantidos (plural, pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigi- D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona
lo). Assim, chegamos à resposta: mantêm-se / garantidos. E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em di-
RESPOSTA: A tongo
RESPOSTA: B
83-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o
seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de Redação da 85-) (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AM-
Presidência da República, no qual expressões foram substituídas BULÂNCIA – FGV/2014) “existe um protocolo para identificar os
por lacunas. focos”. Se colocássemos o termo “um protocolo” no plural, uma
forma verbal adequada para a substituição da forma verbal “existe”
Senhor Deputado seria:
Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama A) hão.
n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas B) haviam.
mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presi- C) há.
dente da República, estão amparadas pelo procedimento adminis- D) houveram.
trativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto E) houve.
n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado) O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” –
como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o plu-
A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacu- ral. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”.
nas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa RESPOSTA: C
e atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas de
tratamento em correspondências públicas, é: 86-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
A) Vossa Senhoria … tua. FE/2014) Na frase “Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e
B) Vossa Magnificência … sua. eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da
C) Vossa Eminência … vossa. lua cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologicamen-
D) Vossa Excelência … sua. te, pela ordem, a:
E) Sua Senhoria … vossa. A-) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, substan-
tivo.
Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo utili- B-) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo, verbo.
zando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes confundido C-) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo.
com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que os acom- D-) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
panham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do plural ou do E-) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio,
singular, de acordo com o número do pronome de tratamento). En- verbo.
tão, em quaisquer dos pronomes de tratamento apresentados nas
alternativas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, “Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma
então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome adequado a (pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela janela,
ser utilizado para deputados. Segundo o Manual de Redação Oficial, presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos, então:
temos: verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substantivo.
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: RESPOSTA: C

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LÍNGUA PORTUGUESA
87-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA- Quais estão corretas?
FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos in- A) Apenas I e III.
dicados entre parênteses, fazendo a devida concordância. B) Apenas II e IV.
• O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque sur- C) Apenas I, II e IV.
giram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito perfeito D) Apenas II, III e IV.
do indicativo) E) I, II, III e IV.
• Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos pos-
tados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indicativo) I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti-
• Representantes do PCRT somente serão aceitos na composi- rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = tere-
ção da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria do mos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta)
clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’
não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é
A sequência correta, de cima para baixo, é: a regra do hiato (correta)
A-) interveio - entretinham - abstiverem III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato,
B-) interviu - entretiveram - absterem por isso a acentuação (da-í) = incorreta.
C-) intervém - entreteram - abstêm IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
D-) interviera - entretêm - abstiverem de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a tercei-
E-) intervirá - entretenham - abstiveram ra pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: C
O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este,
no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” 90-) (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CON-
(não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo “ver”). Des- TÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A frase em que a flexão do verbo au-
cartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma xiliar destacado obedece aos princípios da norma-padrão é
opção, chegamos à resposta rapidamente! (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão
RESPOSTA: A inteligentes quanto o homem.
(B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras ta-
88-) (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE refas destinadas aos robôs.
ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) A forma verbal em destaque (C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos
está no tempo futuro, indicando uma ação hipotética, em: para garantir a evolução da robótica.
(A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Paulo... (D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de su-
(B) Meus voos todos saíram na hora. perar, como a locomoção e o diálogo.
(C) Era um berimbau, meu Deus. (E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento mu- espacial.
sical.
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, Os verbos auxiliares devem obedecer à regra do verbo prin-
bonita... cipal que acompanham. Se este sofre flexão de número, aqueles
também sofrerão. Exemplo: o verbo “haver”, no sentido de “existir”,
Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das alter- é invariável. Então, na frase: “Podem haver mais fatos” temos um
nativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifados. erro. O correto é “Pode haver”. Vamos às análises:
Farei a classificação por questão pedagógica! (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs =
(A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito do pode haver
Indicativo (B) Devem existir formas = o “existir” sofre flexão (correta)
(B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-per- (C) No futuro, devem haver = deve haver
feito do Indicativo (D) Pode existir obstáculos = podem existir
(C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do In- (E) Pode surgir novas tecnologias = podem surgir
dicativo RESPOSTA: B
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musi-
cal. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese) 91-) (ANTAQ –ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014 - adaptada) Es-
bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo taria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem po-
RESPOSTA: D tencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se
empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.
89-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – ( ) CERTO
FUNDATEC/2014 - adaptada) ( ) ERRADO
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti- Após o pronome relativo “cujo” não deve existir artigo.
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa. RESPOSTA: ERRADO
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’
não é a mesma.
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente.
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação
de uso, quanto à flexão de número.

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LÍNGUA PORTUGUESA
92-) (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – 95-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada)
FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos supermer- ... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Cen-
cados com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às tral até o mar Cáspio e além.
dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e prepa- O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado
rados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. O segmento acima está em:
“para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequada- (A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
mente desenvolvida em (B) ... era a capital da China.
(A) para se encaixarem. (C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(B) para seu encaixotamento. (D) ... dispararam na última década.
(C) para que se encaixassem. (E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...
(D) para que se encaixem.
(E) para que se encaixariam. Percorriam =Pretérito Imperfeito do Indicativo
A = contornam – presente do Indicativo
As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apre- B = era = pretérito imperfeito do Indicativo
sentam conjunção. Para torná-las desenvolvidas, basta acrescentar- C = foi = pretérito perfeito do Indicativo
mos a conjunção: “para que se encaixem”. D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo
RESPOSTA: D E = acompanham = presente do Indicativo
RESPOSTA: B
93-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO
– FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo instituto En- 96-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do ele-
deavor” equivale, na voz ativa, a: mento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo
(A) que o instituto Endeavor traz; INCORRETO em:
(B) que o instituto Endeavor trouxe; (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu
(C) trazida pelo instituto Endeavor; (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os
(D) que é trazida pelo instituto Endeavor; (C) para fazer a dragagem = para fazê-la
(E) que traz o instituto Endeavor. (D) que desviava a água = que lhe desviava
(E) supriam a necessidade = supriam-na
Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que
o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito – (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta
assim como na passiva). (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta
RESPOSTA: B (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava
94-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta
VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir. RESPOSTA: D
Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização
abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especia- 97-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-
listas acreditam _________ motivos para associar alguns compor- NESP/2014) Assinale a alternativa em que a reescrita da frase – Os
tamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, bons mecânicos sabiam lidar com máquinas e construir toda espé-
e _________ alertado os pais para que avaliem a necessidade de cie de engenhoca. – está correta quanto à concordância, de acordo
estabelecer limites aos seus filhos. com a norma-padrão da língua.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la- (A) Toda espécie de engenhoca eram construídas por bons me-
cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, cânicos, os quais sabia lidar com máquinas.
com: (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
(A) faz … haver … têm nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(B) fazem … haver … tem (C) Toda espécie de engenhoca eram construída por bons me-
(C) faz … haverem … têm cânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(D) fazem … haverem … têm (D) Toda espécie de engenhoca era construídas por bons mecâ-
(E) faz … haverem … tem nicos, os quais sabia lidar com máquinas.
(E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão
sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam HAVER (sentido Fiz as correções entre parênteses:
de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamen- (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (cons-
tos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com má-
(concorda com o termo “os especialistas”) alertado os pais para que quinas.
avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
Temos: faz, haver, têm. nicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
RESPOSTA: A (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída por bons
mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
(D) Toda espécie de engenhoca era construídas (construída)
por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
(E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
RESPOSTA: E

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LÍNGUA PORTUGUESA
98-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 101-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABA-
01 – FCC/2014 - adaptada) O segmento grifado está corretamente LHO – CESPE/2014) O emprego do acento gráfico em “incluíram”
substituído pelo pronome correspondente em: e “número” justifica-se com base na mesma regra de acentuação.
(A) Sem precisar atravessar a cidade = atravessar-lhe () CERTO
(B) Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo = () ERRADO
recebê-lo
(C) Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto = tem- Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona
-los RESPOSTA: ERRADO
(D) O primeiro envolve a construção de uma série de portos =
envolve-lhe 102-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
(E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema UFAL/2014 - adaptada) Dado o trecho abaixo,
em São Paulo = resolvê-lo “Passai, passai, desfeitas em tormentos,
Em lágrimas, em prantos, em lamentos”
(A) atravessar a cidade = atravessar-lhe (atravessá-la) SOUZA, Cruz e. Broqueis. São Paulo: L&PM Pochet, 2002.
(B) receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (recebê-la)
(C) tem um projeto = tem-los (tem-no) O verbo do primeiro verso, se utilizado na 2ª pessoa do singu-
(D) envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe lar, resulta na seguinte forma:
(envolve-a) A) Passe, passe, desfeitas em tormentos.
(E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema B) Passem, passem, desfeitas em tormentos.
em São Paulo = resolvê-lo C) Passa, passa, desfeitas em tormentos.
RESPOSTA: E D) Passas, passas, desfeitas em tormentos.
E) Passam, passam, desfeitas em tormentos.
99-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CI-
VIL – FCC/2014) “Passai, passai, desfeitas em tormentos.” Os verbos estão no
... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do plural (vós). Para
pesquisador e zoólogo famoso. descobrirmos como ficarão na segunda do singular (tu), conjugue-
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado mos o verbo “passar” no Presente do Indicativo (que é de onde co-
acima se encontra em: piamos o Afirmativo, sem o “s” final): Eu passo, tu passas, ele passa,
(A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho No- nós passamos, vós passais, eles passam. Percebeu como o “passai”
gueira. pertence a “vós”? Bastou retirar o “s” = passai (como no verso).
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. Agora, retiremos o “s” do verbo conjugado com o “tu”: “passa”. Te-
(C) Por mais incrível que possa parecer... remos, então, a construção: “Passa, passa...”.
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. RESPOSTA: C
(E) ... porque não espalha...
103-) (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em
Conciliava = pretérito imperfeito do Indicativo “Todos sabem como termina a história, tragicamente.”, a expressão
(A) Tem músicas = presente do Indicativo destacada indica
(B) As músicas eram todas de Vanzolini. = pretérito imperfeito A) meio
do Indicativo B) tempo.
(C) Por mais incrível que possa parecer... = presente do Sub- C) fim.
juntivo D) modo.
(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. = presente do E) condição.
Indicativo
(E) ... porque não espalha... = presente do Indicativo Geralmente, os advérbios terminados em “-mente” indicam
RESPOSTA: B “modo”. No caso, de maneira trágica, tragicamente.
RESPOSTA: D
100-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E
COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO 104-) (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA –
– CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os FCC/2014) Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco metros
resultados das negociações”, o adjetivo estará corretamente em- do professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tar-
pregado se dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois des passava perambulando de uma praça ...... outra, lendo algum
o termo “satisfeita” deve concordar com a locução pronominal de livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, en-
tratamento “Vossa Excelência”. tregue somente ...... discrição de si mesmo.
( ) CERTO Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
( ) ERRADO dada:
A) a - às - à - a
Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (ministra), B) à - as - a - à
o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adjetivo C) a - as - à - a
sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento é D) à - às - a - à
apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando E) a - às - a - a
com o gênero (o pronome de tratamento, apenas).
RESPOSTA: ERRADO Sentava-se mais ou menos À distância de cinco metros (palavra
“distância” especificada) do professor, sem grande interesse. Estu-
dava de manhã, e AS tardes (artigo + substantivo; lemos “e durante

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LÍNGUA PORTUGUESA
as tardes”) passava perambulando de uma praça A outra, lendo al- Correções:
gum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, (A) Certamente delineou-se = certamente se delineou (advér-
entregue somente À (regência verbal de “entregue”: entregue algo bio)
a alguém) discrição de si mesmo. (B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame
Temos: à/as/a/à. = correta.
RESPOSTA: B (C) Se completam = completam-se (início de período)
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se = não se
105-) (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014) livraram (advérbio de negação)
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de (E) Com Kagame como presidente, têm feito-se = têm-se feito
palavra inserido na transcrição do texto.
No desenho constitucional, os tributos são fonte importantís- RESPOSTA: B
sima dos recursos financeiros de cada ente político, recursos esses
indispensáveis para que façam frente ao (1) seu dever social. Con- 108-) (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VU-
sequentemente, o princípio federativo é indissociável das compe- NESP/2014) Considerando as regras de concordância verbal, o ter-
tências tributárias constitucionalmente estabelecidas. Isso porque mo em destaque na frase – Segundo alguns historiadores, houve
tal princípio prevê (2) a autonomia dos diversos entes integrantes dois sacolejões maiores na história da humanidade. – pode ser cor-
da federação (União, Estados, DF e Municípios). A exigência da au- retamente substituído por:
tonomia econômico financeira determina que seja outorgado (3) A) ocorreram.
a cada ente político vários tributos de sua específica competência, B) sucedeu-se.
para, por si próprios, instituírem (4) o tributo e, assim, terem (5) sua C) existiu.
própria receita tributária. D) houveram.
(Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/site>. Acesso em: E) aconteceu
17mar. 2014.)
A) (1) Podemos resolver por eliminação: dos verbos apresentados
B) (2) nas alternativas, o único que não sofre flexão é o “haver”, deven-
C) (3) do, portanto, permanecer no singular. Eliminemos a D. Os demais,
D) (4) que deveriam estar flexionados (sucederam-se, existiram, aconte-
E) (5) ceram), não estão. Restou-nos a alternativa com a opção coreta:
ocorreram.
No item 3, a forma correta do trecho é: “A exigência da autono- RESPOSTA: A
mia econômico financeira determina que sejam outorgados a cada
ente político vários tributos de sua específica competência”. 109-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
RESPOSTA: C TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Consi-
dere os numerais sublinhados a seguir:
106-) (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA I (...) Copa do Mundo de 2014 (...)
CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) Transpondo-se II (...) primeiro jogo (...)
para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os III (...) três unidades (...)
tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do IV (...) mais de 10 anos.
jeitinho, a forma obtida deverá ser:
A) tenha começado a ser desfavorecida. Tais numerais são classificados, CORRETA e respectivamente,
B) comecem a desfavorecer. de cima para baixo, como:
C) terá começado a ser desfavorecida. A) Cardinal, ordinal, cardinal e cardinal.
D) comecem a ser desfavorecidos. B) Cardinal, cardinal, ordinal e cardinal.
E) estão começando a se desfavorecer. C) Cardinal, cardinal, ordinal e multiplicativo.
D) Cardinal, fracionário, ordinal e cardinal.
“É possível que os tempos modernos tenham começado a des- E) Cardinal, fracionário, multiplicativo e cardinal.
favorecer a solução do jeitinho” – se na voz ativa temos três verbos,
na passiva teremos quatro (lembrando que o verbo “ter” é auxiliar): Podemos responder por eliminação, o que nos ajudaria a che-
“É possível que a solução do jeitinho tenha começado a ser desfavo- gar à resposta correta rapidamente. Veja: ORdinal lembra ORdem =
recida pelos tempos modernos”. a alternativa que representa um numeral ordinal é a II – o que nos
RESPOSTA: A leva a procurar o item que tenha “ordinal” como segundo elemento
da classificação. Chegamos à letra A – única resposta correta!
107-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- RESPOSTA: A
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à colo-
cação pronominal. 110-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
(A) Certamente delineou-se um cenário infernal com assassi- TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Nas al-
natos brutais. ternativas abaixo, apenas UM vocábulo DEVE, NECESSARIAMENTE,
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame. ser acentuado. Assim, assinale a opção CORRETA.
(C) Se completam, em 2014, 20 anos do genocídio em Ruanda. A) Intimo.
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se do vírus B) Ate.
do ódio. C) Miseria.
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se mudanças em D) Policia.
Ruanda. E) Amem.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A) Intimo – eu a intimo a comparecer... (verbo) / amigo íntimo Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indi-
(adjetivo) reto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade. Pergunta e res-
B) Ate – quer que eu ate o nó? (verbo) / Ele veio até mim (pre- posta sem preposição, então: objeto direto. Não utilizaremos “lhe”
posição) – que é para objeto indireto. Como temos a presença do “que” – in-
C) Miseria.– deve ser acentuada (miséria – substantivo) dependente de sua função no período (pronome relativo, no caso!)
D) Policia – ela não se policia (verbo – igual “vigiar”, “contro- – a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a
lar”) / Quero trabalhar na polícia! (substantivo) reconhecem.
E) Amem – (verbo) / amém (interjeição) RESPOSTA: A
Que Deus o abençoe! Amém! Que vocês se amem! Amém!
RESPOSTA: C 114-) (UNESP - CAMPUS DE ARARAQUARA/FCL - ASSISTEN-
TE OPERACIONAL II – JARDINAGEM – VUNESP/2014)As discus-
111-) (CGE-MA - AUDITOR - CONHECIMENTOS BÁSICOS - sões na internet _____ o consumidor ______ buscar preços mais
FGV/2014) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um futu- ______.
ro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjuga- (A) leva ... à ... vantajoso.
do de forma correta no pretérito perfeito do indicativo. (B) levam ... à ... vantajosos.
Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está con- (C) leva ... a ... vantajoso.
jugada de forma errada. (D) leva ... à ... vantajosos.
A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. (E) levam ... a ... vantajosos.
B) Elas preveem coisas impossíveis
C) Espero que elas prevejam boas coisas.
D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar. As discussões na internet levam o consumidor a buscar (verbo
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente. no infinitivo = sem acento grave) preços mais vantajosos.
RESPOSTA: E
Cuidado com a pegadinha! O enunciado quer a alternativa In-
correta. Teremos 4 corretas! 115-) (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA
A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. = quan- TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014
do ele previr - adaptada) No trecho “Um mundo habitado por seres com habi-
B) Elas preveem coisas impossíveis = correta lidades sobre-humanas parece ficção científica”, a palavra destaca-
C) Espero que elas prevejam boas coisas= correta da apresenta hífen porque a natureza das partes que a compõem
D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar= cor- assim o exige. O grupo em que todas as palavras estão grafadas de
reta acordo com a ortografia oficial é
E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente= correta (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural
RESPOSTA: A (B) girassol, bem-humorado, batepapo
(C) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé
112-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- (D) pan-americano, inter-estadual, vagalume
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto ao uso (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal
do acento indicativo da crase.
(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair. (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural = corretas
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa. (B) girassol, bem-humorado, batepapo (bate-papo)
(C) As borboletas vão de um jardim à outro. (C) hiper-glicemia – (hiperglicemia), vice-presidente, pontapé
(D) Mas a chuva não chega à ninguém. (D) pan-americano, inter-estadual (interestadual) , vagalume
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva. (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal (intermunicipal)
RESPOSTA: A
(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair = a cair
(verbo no infinitivo) 116-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa = correta TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assinale a
(dica: dá para substituir por “esperando”) alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mes-
(C) As borboletas vão de um jardim à outro = a outro (palavra
ma regra.
masculina)
(A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
(D) Mas a chuva não chega à ninguém = a ninguém (pronome
(B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
indefinido)
(C) “Índice” e “dólares”.
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva = a leva
(D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
(objeto direto, sem preposição)
(E) “Atribuídos” e “índice”.
RESPOSTA: B

113-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRA- (A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona
ÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reconhecem a in- (B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona
formalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona
acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formula- (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato
ção apresentada em: (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona
A) Há políticas que a reconhecem. RESPOSTA: B
B) Há políticas que reconhecem-a.
C) Há políticas que reconhecem-na.
D) Há políticas que reconhecem ela.
E) Há políticas que lhe reconhecem.

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LÍNGUA PORTUGUESA
117-) (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – HÁ (tempo passado) um mês, uma turma de operários se pos-
FGV/2014 - adaptada) “Ainda assim, por força da longa estiagem ta À (“na”) entrada da fábrica pela manhã e só sai À uma hora da
que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sis- tarde. Espera-se que a greve termine daqui A (tempo futuro) uma
tema Elétrico (NOS)trabalha com uma estimativa de que no atual semana.
período úmido ovolumedechuvasnãoultrapasse67%damédiahistó- Ficou: há / à / à / a.
ricanasáreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétri- RESPOSTA: B
cas”.Nesse segmento, é correto colocar uma vírgula
(A)apósaformaverbal“abrigam”. 120-) (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CON-
(B) apósosubstantivo“áreas”. TABILIDADE – IDECAN/2014) Os vocábulos “cinquentenário” e
(C) apósosubstantivo“estimativa”. “império” são acentuados devido à mesma justificativa. O mesmo
(D)após“deque”eantesde“ovolume”. ocorre com o par de palavras apresentado em
(E) após“chuvas”eantesde“nasáreas”. A) prêmio e órbita.
B) rápida e tráfego
“Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste C) satélite e ministério.
e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) D) pública e experiência.
trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido ovolu- E) sexagenário e próximo.
medechuvasnãoultrapasse67%damédiahistóricanasáreas que abri-
gam os principais reservatórios das hidrelétricas”. Cinquentenário e império = ambas são paroxítonas. Cuidado! O
(A)apósaformaverbal“abrigam” – incorreta (não posso separar exercício quer que encontremos o par que tem a mesma justificati-
o verbo de seu complemento - objeto). va de acentuação entre as palavras que o compõem, não necessa-
riamente igual às do enunciado.
(B) apósosubstantivo“áreas” – incorreta (mudaríamos o senti- A) prêmio = paroxítona / órbita = proparoxítona
do do período, já que passaríamos uma oração adjetiva restritiva B) rápida = proparoxítona / tráfego = proparoxítona
para uma explicativa – fato que generalizaria o termo “áreas”, dan- C) satélite = proparoxítona / ministério = paroxítona
do a entender que todas abrigam reservatórios). D) pública = proparoxítona / experiência = paroxítona
(C) apósosubstantivo“estimativa” – incorreta (separaria subs- E) sexagenário = paroxítona / próximo = proparoxítona
tantivo de seu complemento).
(D)após“deque”eantesde“ovolume” – correta (não haveria mu- Cuidado! O exercício quer que encontremos o par que tem a
dança no período, dando ao termo uma função de aposto explica- mesma justificativa de acentuação entre as palavras que o com-
tivo, por exemplo). põem, não necessariamente igual às do enunciado.
(E) após“chuvas”eantesde“nasáreas” – incorreta – separaria RESPOSTA: B
sujeito de predicado
RESPOSTA: D 121-) (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINIS-
TRADOR – IADES/2014) Observe o emprego das palavras destaca-
118-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adap- das nas frases a seguir.
tada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por muitos o maior • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
maratonista de todos os tempos” para a voz ativa, encontramos a • As crianças estavam sós no carro.
seguinte forma verbal: • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
A) consideravam. • Os carros custam caro.
B) consideram.
C) considerem. Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
D) considerarão. dos termos anteriores, analise.
E) considerariam. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
xionou.
É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
tempos = dois verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: jeito.
muitos o consideram o maior maratonista de todos os tempos. III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
RESPOSTA: B pronome a que se refere.
IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
119-) (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC- xionou.
NOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Leia:
Estão corretas as afirmativas
____ um mês, uma turma de operários se posta ___ entrada da A) I, II, III e IV.
fábrica pela manhã e só sai ___ uma hora da tarde. Espera-se que a B) I, II e IV, apenas.
greve termine daqui ___ uma semana. C) I, II e III, apenas.
D) I, III e IV, apenas.
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacu- E) II, III e IV, apenas.
nas da frase acima, na respectivamente ordem.
A) Há – à – a – a. • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
B) Há – à – à – a. • As crianças estavam sós no carro.
C) A – a – a – há. • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
D) Há – a – à – há. • Os carros custam caro.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Acerca das regras de concordância que justificam o emprego 125-) (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – ICMBIO – CES-
dos termos anteriores, analise. PE/2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocá-
I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle- bulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”.
xionou = correta. ( ) CERTO
II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su- ( ) ERRADO
jeito = correta.
III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o Brasília = paroxítona terminada em ditongo / cenário = paro-
pronome a que se refere = correta. xítona terminada em ditongo / próprio = paroxítona terminada em
(Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite: Estas pa- ditongo
lavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo RESPOSTA: CERTO
ou pronome a que se referem)
IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
xionou. = correta
RESPOSTA: A

122-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-


VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) A linguagem por meio da
qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as
mais diversas: pode apresentar-se em sentido literal, figurado, me-
tafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem metafórica é
a) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar.
b) Temos medo de sair às ruas.
c) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos sho-
ppings.
d) Somos esse novelo de dons.
e) As notícias da imprensa nos dão medo em geral.

A alternativa que apresenta uma linguagem metafórica (figura-


da) é a que emprega o termo “novelo” fora de seu contexto habitual
(novelo de lã, por exemplo), representando, aqui, um emaranhado,
um monte, vários dons.
RESPOSTA: D

123-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-


VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 - adaptada) Identificamos as
seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva:
A) arma e formação.
B) combate e guerreiros.
C) combate e ataque.
D) lanças e armas.
E) ataque e situação.

Palavra formada pela derivação regressiva é aquela que resulta


de um verbo transformado em substantivo, geralmente. Por exem-
plo: caça deriva de caçar; pesca, de pescar. Dentre as apresenta-
das nas alternativas, as que derivam de tal processo são: combate
(combater) e ataque (atacar).
RESPOSTA: C

124-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA


SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é formada pelo
seguinte processo:
A) sufixação
B) prefixação
C) parassíntese
D) justaposição
E) aglutinação

Temos apenas a junção do prefixo “infra” ao radical “estrutura”,


portanto: prefixação.
RESPOSTA: B

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LÍNGUA PORTUGUESA
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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LÍNGUA INGLESA
1. Compreensão de textos escritos em língua inglesa. Itens gramaticais relevantes para o entendimento dos sentidos dos textos . . 01
LÍNGUA INGLESA
• Conhecimento prévio: para compreender um texto, o leitor
COMPREENSÃO DE TEXTOS ESCRITOS EM LÍNGUA depende do conhecimento que ele já tem e está armazenado em
INGLESA. ITENS GRAMATICAIS RELEVANTES PARA O sua memória. É a partir desse conhecimento que o leitor terá o
ENTENDIMENTO DOS SENTIDOS DOS TEXTOS entendimento do assunto tratado no texto e assimilará novas in-
formações. Trata-se de um recurso essencial para o leitor formular
Reading Comprehension hipóteses e inferências a respeito do significado do texto.
Interpretar textos pode ser algo trabalhoso, dependendo do
assunto, ou da forma como é abordado. Tem as questões sobre o O leitor tem, portanto, um papel ativo no processo de leitura
texto. Mas, quando o texto é em outra língua? Tudo pode ser mais e compreensão de textos, pois é ele que estabelecerá as relações
assustador. entre aquele conteúdo do texto e os conhecimentos de mundo que
Se o leitor manter a calma, e se embasar nas estratégias do ele carrega consigo. Ou mesmo, será ele que poderá agregar mais
Inglês Instrumental e ter certeza que ninguém é cem por cento leigo profundidade ao conteúdo do texto a partir de sua capacidade de
em nada, tudo pode ficar mais claro. buscar mais conhecimentos acerca dos assuntos que o texto traz e
Vejamos o que é e quais são suas estratégias de leitura: sugere.
Não se esqueça que saber interpretar textos em inglês é muito
Inglês Instrumental importante para ter melhor acesso aos conteúdos escritos fora do
país, ou para fazer provas de vestibular ou concursos.
Também conhecido como Inglês para Fins Específicos - ESP, o
Inglês Instrumental fundamenta-se no treinamento instrumental
Regular and irregular plural of nouns: To form the plural of the
dessa língua. Tem como objetivo essencial proporcionar ao aluno,
nouns is very easy, but you must practice and observe some rules.
em curto prazo, a capacidade de ler e compreender aquilo que for
de extrema importância e fundamental para que este possa desem- Regular plural of nouns
penhar a atividade de leitura em uma área específica. • Regra Geral: forma-se o plural dos substantivos geralmente
acrescentando-se “s” ao singular.
Estratégias de leitura Ex.: Motherboard – motherboards
• Skimming: trata-se de uma estratégia onde o leitor vai buscar Printer – printers
a ideia geral do texto através de uma leitura rápida, sem apegar-se Keyboard – keyboards
a ideias mínimas ou específicas, para dizer sobre o que o texto trata.
• Scanning: através do scanning, o leitor busca ideias especí- • Os substantivos terminados em y precedido de vogal seguem
ficas no texto. Isso ocorre pela leitura do texto à procura de um a regra geral: acrescentam s ao singular.
detalhe específico. Praticamos o scanning diariamente para encon- Ex.: Boy – boys Toy – toys
trarmos um número na lista telefônica, selecionar um e-mail para Key – keys
ler, etc.
• Cognatos: são palavras idênticas ou parecidas entre duas • Substantivos terminados em s, x, z, o, ch e sh, acrescenta-se
línguas e que possuem o mesmo significado, como a palavra “ví- es.
rus” é escrita igualmente em português e inglês, a única diferença Ex.: boss – bosses tax – taxes bush – bushes
é que em português a palavra recebe acentuação. Porém, é preciso
atentar para os chamados falsos cognatos, ou seja, palavras que são • Substantivos terminados em y, precedidos de consoante, tro-
escritas igual ou parecidas, mas com o significado diferente, como cam o y pelo i e acrescenta-se es. Consoante + y = ies
“evaluation”, que pode ser confundida com “evolução” onde na ver- Ex.: fly – flies try – tries curry – curries
dade, significa “avaliação”.
• Inferência contextual: o leitor lança mão da inferência, ou Irregular plurals of nouns
seja, ele tenta adivinhar ou sugerir o assunto tratado pelo texto, e There are many types of irregular plural, but these are the most
durante a leitura ele pode confirmar ou descartar suas hipóteses. common:
• Reconhecimento de gêneros textuais: são tipo de textos que
se caracterizam por organização, estrutura gramatical, vocabulário • Substantivos terminados em f e trocam o f pelo v e acrescen-
específico e contexto social em que ocorrem. Dependendo das mar- ta-se es.
cas textuais, podemos distinguir uma poesia de uma receita culiná- Ex.: knife – knives
ria, por exemplo. life – lives
• Informação não-verbal: é toda informação dada através de wife – wives
figuras, gráficos, tabelas, mapas, etc. A informação não-verbal deve
ser considerada como parte da informação ou ideia que o texto de- • Substantivos terminados em f trocam o f pelo v; então, acres-
seja transmitir. centa-se es.
• Palavras-chave: são fundamentais para a compreensão do Ex.: half – halves wolf – wolves loaf – loaves
texto, pois se trata de palavras relacionadas à área e ao assunto • Substantivos terminados em o, acrescenta-se es.
abordado pelo texto. São de fácil compreensão, pois, geralmente, Ex.: potato – potatoes tomato – tomatoes volcano – volcanoes
aparecem repetidamente no texto e é possível obter sua ideia atra-
vés do contexto. • Substantivos que mudam a vogal e a palavra.
• Grupos nominais: formados por um núcleo (substantivo) e Ex.: foot – feet child – children person – people tooth – teeth
um ou mais modificadores (adjetivos ou substantivos). Na língua mouse – mice
inglesa o modificador aparece antes do núcleo, diferente da língua
portuguesa. Countable and Uncountable nouns
• Afixos: são prefixos e/ou sufixos adicionados a uma raiz, que • Contáveis são os substantivos que podemos enumerar e con-
modifica o significado da palavra. Assim, conhecendo o significado tar, ou seja, que podem possuir tanta forma singular quanto plural.
de cada afixo pode-se compreender mais facilmente uma palavra Eles são chamados de countable nouns em inglês.
composta por um prefixo ou sufixo.

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LÍNGUA INGLESA
Por exemplo, podemos contar orange. Podemos dizer one orange, two oranges, three oranges, etc.

• Incontáveis são os substantivos que não possuem forma no plural. Eles são chamados de uncountable nouns, de non-countable
nouns em inglês. Podem ser precedidos por alguma unidade de medida ou quantificador. Em geral, eles indicam substâncias, líquidos, pós,
conceitos, etc., que não podemos dividir em elementos separados. Por exemplo, não podemos contar “water”. Podemos contar “bottles
of water” ou “liters of water”, mas não podemos contar “water” em sua forma líquida.
Alguns exemplos de substantivos incontáveis são: music, art, love, happiness, advice, information, news, furniture, luggage, rice, sugar,
butter, water, milk, coffee, electricity, gas, power, money, etc.

Veja outros de countable e uncountable nouns:

Definite Article

THE = o, a, os, as

• Usos
– Antes de substantivos tomados em sentido restrito.
THE coffee produced in Brazil is of very high quality.
I hate THE music they’re playing.

– Antes de nomes de países no plural ou que contenham as palavras Kingdom, Republic, Union, Emirates.
THE United States
THE Netherlands
THE United Kingdom
THE Dominican Republic

– Antes de adjetivos ou advérbios no grau superlativo.


John is THE tallest boy in the family.

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LÍNGUA INGLESA
– Antes de acidentes geográficos (rios, mares, oceanos, cadeias – Antes de palavras iniciadas por vogais, com som consonantal.
de montanhas, desertos e ilhas no plural), mesmo que o elemento A uniform, A university, A European
geográfico tenha sido omitido.
THE Nile (River) • AN
THE Sahara (Desert)
– Antes de palavras iniciadas por vogais.
– Antes de nomes de famílias no plural. AN egg, AN orange, AN umbrella
THE Smiths have just moved here.
– Antes de palavras iniciadas por H mudo (não pronunciado).
– Antes de adjetivos substantivados. AN hour, AN honor, AN heir
You should respect THE old.
• Usos
– Antes de numerais ordinais.
He is THE eleventh on the list. – Para se dar ideia de representação de um grupo, antes de
substantivos.
– Antes de nomes de hotéis, restaurantes, teatros, cinemas, A chicken lays eggs. (Todas as galinhas põem ovos.)
museus.
THE Hilton (Hotel) – Antes de nomes próprios no singular, significando “um tal de”.
A Mr. Smith phoned yesterday.
– Antes de nacionalidades.
THE Dutch – No modelo:
WHAT + A / AN = adj. + subst.
– Antes de nomes de instrumentos musicais.
She plays THE piano very well. What A nice woman!

– Antes de substantivos seguidos de preposição. – Em algumas expressões de medida e frequência.


THE Battle of Trafalgar A dozen
A hundred
• Omissões Twice A year
– Antes de substantivos tomados em sentido genérico.
Roses are my favorite flowers. - Em certas expressões.
It’s A pity, It’s A shame, It’s AN honor...
–Antes de nomes próprios no singular.
She lives in South America. – Antes de profissão ou atividades.
James is A lawyer.
–Antes de possessivos. Her sister is A physician.
My house is more comfortable than theirs.
• Omissão
– Antes de nomes de idiomas, não seguidos da palavra langua- – Antes de substantivos contáveis no plural.
ge. Lions are wild animals.
She speaks French and English. (Mas: She speaks THE French
language.) – Antes de substantivos incontáveis.
– Antes de nomes de estações do ano. Water is good for our health.
Summer is hot, but winter is cold. * Em alguns casos, podemos usar SOME antes dos substanti-
• Casos especiais vos.
– Não se usa o artigo THE antes das palavras church, school,
prison, market, bed, hospital, home, university, college, market, Em Inglês utilizamos adjetivos para comparar duas coisas ou
quando esses elementos forem usados para seu primeiro propósito. mais. Eles podem ser classificados em dois graus: comparativo e
She went to church. (para rezar) superlativo.
She went to THE church. (talvez para falar com alguém) O grau comparativo é usado para comparar duas coisas. Já o
superlativo, usamos para dizer que uma coisa se destaca num grupo
– Sempre se usa o artigo THE antes de office, cathedral, cine- de três ou mais.
ma, movies e theater.
Let’s go to THE theater.
They went to THE movies last night.

Indefinite Article
A / AN = um, uma

•A

– Antes de palavras iniciadas por consoantes.


A boy, A girl, A woman

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LÍNGUA INGLESA
The most comfortable = o mais confortável
The most careful = o mais cuidadoso

4. Usamos os prefixos more e most com advérbios de duas sí-


labas.
Exemplos:
More afraid than = mais amedrontado que
More asleep than = mais adormecido que
The most afraid = o mais amedrontado
The most asleep = o mais adormecido

5. Usamos os prefixos more e most com qualquer adjetivo ter-


minado em –ed, –ing, –ful, –re, –ous.
Exemplos:
tired – more tired than – the most tired (cansado)
charming – more charming than – the most charming (char-
moso)
Exemplos: hopeful – more hopeful than – the most hopeful (esperançoso)
As cold as = tão frio quanto sincere – more sincere than – the most sincere (sincero)
Not so (as) cold as = não tão frio quanto famous – more famous than – the most famous (famoso)
Less cold than = menos frio que
The least cold = o menos frio Variações ortográficas
As expensive as = tão caro quanto – Adjetivos monossilábicos terminados em uma só consoante,
Not so (as) expensive as = não tão caro quanto precedida de uma só vogal dobram a consoante final antes de rece-
berem –er ou –est.
Less expensive than = menos caro que
Exemplos:
The least expensive = o menos caro
fat – fatter than – the fattest (gordo)
thin – thinner than – the thinnest (magro)

– Adjetivos terminados em Y, precedido de vogal, trocam o Y


por I antes do acréscimo de –er ou –est:
Exemplos:
angry – angrier than – the angriest (zangado)
happy – happier than – the happiest (feliz)
Exceção
shy - shyer than - the shyest (tímido)

– Adjetivos terminados em E recebem apenas –r ou –st.


Exemplos:
nice – nicer than – the nicest (bonito, simpático)
brave – braver than – the bravest (corajoso)

Formas irregulares
Alguns adjetivos e advérbios têm formas irregulares no compa-
rativo e superlativo de superioridade.

Observações:
good (bom / boa)
1. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos / advérbios de better than - the best
uma só sílaba. well (bem)
Exemplos: bad (ruim / mau)
- the worst
taller than = mais alto que / the tallest = o mais alto badly (mal)
bigger than = maior que / the biggest = o maior little (pouco) less than - the least

2. Usamos os sufixos –er ou –est com adjetivos de duas sílabas. Alguns adjetivos e advérbios têm mais de uma forma no com-
Exemplos: parativo e superlativo de superioridade.
happier than = mais feliz que
cleverer than = mais esperto que far (longe)
the happiest = o mais feliz farther than – the farthest (distância)
the cleverest = o mais esperto further (than) – the furthest (distância / adicional)
old (velho)
3. Usamos os prefixos more e most com adjetivos de mais de older than – the oldest
duas sílabas. elder – the eldest (só para elementos da mesma família)
Exemplos: late (tarde)
More comfortable than = mais confortável que the latest (o mais recente)
More careful than = mais cuidadoso que the last (o último da série)

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LÍNGUA INGLESA
O estudo dos pronomes é algo simples e comum. Em inglês existe apenas uma especificidade, que pode causar um pouco de estra-
nheza, que é o pronome “it”, o qual não utilizamos na língua portuguesa; mas, com a prática, você vai conseguir entender e aprender bem
rápido.

Subject Pronouns

I (eu) I am a singer.
YOU (você, tu, vocês) You are a student.
HE (ele) He is a teacher.
SHE (ela) She is a nurse.
IT (ele, ela) It is a dog/ It is a table.
WE (nós) We are friends.
THEY (eles) They are good dancers.

O pronome pessoal (subject pronoun) é usado apenas no lugar do sujeito (subject), como mostra o exemplo abaixo:
Mary is intelligent = She is intelligent.

Uso do pronome “it”

– To refer an object, thing, animal, natural phenomenon.


Example: The dress is ugly. It is ugly.
The pen is red. It is red.
The dog is strong. It is strong.

– Attention
a) If you talk about a pet use HE or SHE
Dick is the name of my little dog. He’s very intelligent!
b) If you talk about a baby/children that you don’t know if is a girl or a boy.
The baby is in tears. It is in tears. The child is happy. It is happy.

Object Pronous
São usados como objeto da frase. Aparecem sempre depois do verbo.

ME
YOU
HIM
HER
IT
US
YOU
THEM
Exemplos:
They told me the news.
She loves him so much.

Demonstrative Pronouns
Os pronomes demonstrativos são utilizados para demonstrar alguém ou alguma coisa que está perto ou longe da pessoa que fala ou
de quem se fala, ou seja, indica posição em relação às pessoas do discurso.
Veja quais são em inglês:

SINGULAR PLURAL SINGULAR PLURAL


THIS THESE THAT THOSE
Este/esta/isto Estes/estas Aquele/aquela/aquilo Aqueles/aquelas

Usa-se o demonstrativo THIS/THESE para indicar seres que estão perto de quem fala. Observe o emprego dos pronomes demonstra-
tivos nas frases abaixo:

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LÍNGUA INGLESA
This method will work. He began to clean the house. / He began cleaning the house.
These methods will work.
O verbo STOP admite tanto o gerund quanto o infinitive com
O pronome demonstrativo THAT/THOSE é usado para indicar alteração de sentido.
seres que estão distantes da pessoa que fala. Observe:
That computer technology is one of the most fundamental dis- He stopped smoking.
ciplines of engineering. (= Ele parou de fumar.)
Those computers technology are the most fundamental disci-
plines of engineering. He stopped to smoke.
(= Ele parou para fumar.)
Possessive Adjectives and Possessive Pronouns
Em inglês há, também, dois tipos de pronomes possessivos, os Imperative
Possessive Adjectives e os Possessive Pronouns. O imperativo, é usado para dar ordens, instruções, fazer pedi-
dos e até mesmo aconselhar alguém. É uma forma verbal utilizada
POSSESSIVE ADJECTIVES POSSESSIVE PRONOUNS diariamente e que muita gente acaba não conhecendo.

My Mine A forma afirmativa sempre inicia com o verbo.


Your Yours Exemplos:
Eat the salad. – Coma a salada.
His His
Sit down! – Sente-se
Her Hers Help me! – Me ajude!
Its Its Tell me what you want. – Me diga o que você quer.
Be careful! – Tome cuidado!
Our Ours Turn the TV down. – Desligue a televisão.
Your Yours Complete all the sentences. – Complete todas as sentenças.
Their Theirs Be quiet, please! – Fique quieto, por favor!

Frases na forma negativa sempre acrescentamos o Don’t antes


• Possessive Adjectives são usados antes de substantivos, pre-
do verbo.
cedidos ou não de adjetivos.
Exemplos:
Exemplos:
Don’t be late! – Não se atrase!
Our house is close.
Don’t yell in the church! – Não grite na igreja!
I want to know your name.
Don’t be scared. – Não se assuste.
Don’t worry! – Não se preocupe!
• Possessive Pronouns são usados para substituir a construção
Don’t drink and drive. – Não beba e dirija.
possessive adjective + substantivo, evitando assim a repetição.
Exemplo:
Simple Present
My house is yellow and hers is white.
O Simple Present é a forma verbal simples do presente. O você
Theirs is the most beautiful car in the town.
precisa fazer para usar o Simple Present é saber os verbos na sua
Infinitive
forma mais simples. Por exemplo “to go” que significa ir, é usado em
“I go” para dizer eu corro.
A forma infinitiva do inglês é to + verbo
Exemplos de Simple Present:
I run – Eu corro
Usos:
You run – Você corre/Vocês correm
- após numerais ordinais
We run – Nós corremos
He was the first to answer the prohne.
They run – Eles correm
- com too e enough
Regras do Simple Present
This house is too expensive for me to buy.
As únicas alterações que acontecem nos verbos se limitam aos
He had bought food enough to feed a city!
pronomes he, she e it. De modo geral, quando vamos usar o Simple
Present para nos referirmos a ele, ela e indefinido, a maioria dos
- após o verbo want
verbos recebe um “s” no final:
I want you to translate the message.
He runs – Ele corre
She runs – Ela corre
- após os verbos make, let e have (sem to)
It runs – Ele/ela corre
This makes me feel happy.
Let me know if you need any information.
Para verbos que têm algumas terminações específicas com “o”,
“s”, “ss”, “sh”, “ch” “x” ou “z”, deve-se acrescentar “es” no final:
- após o verbo help (com ou sem to)
He goes – Ele vai
She helped him (to) choose a new car.
She does – Ela faz
It watches – Ele/ela assiste
Observações:
Certos verbos admitem o gerund ou infinitive sem alteração
de sentido.
It started raining. / It started to rain.

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LÍNGUA INGLESA
Quando o verbo termina com consoantes e “y” no final. Por exemplo, os verbos study, try e cry e têm consoantes antes do “y”. Nesses
casos, você deve tirar o “y” e acrescentar “ies” no lugar. Veja o exemplo:
He studies – Ele estuda
She tries – Ela tenta
It cries – Ele/ela chora

Com verbos que também terminam com “y” e têm uma vogal antes, permanece a regra geral da maioria dos verbos: acrescentar
apenas o “s” ao final da palavra.
He enjoys – Ele gosta
She stays – Ela fica
It plays – Ele/ela brinca

Formas afirmativa, negativa e interrogativa

Present Continuous
- Usamos o Present Continuous para ações ou acontecimentos ocorrendo no momento da fala com as expressões now, at present, at
this moment, right now e outras.
Exemplo:
She is running at the park now.

- Usamos também para ações temporárias.


Exemplos:
He is sleeping on a sofá these days because his bed is broken.

- Futuro próximo.
Exemplo:
The train leaves at 9 pm.

Observações:
- Alguns verbos não são normalmente usados nos tempos contínuos. Devemos usá-los, preferencialmente, nas formas simples: see,
hear, smell, notice, realize, want, wish, recognize, refuse, understand, know, like, love, hate, forget, belong, seem, suppose, appear,
have (= ter, possuir), think (= acreditar).

- Verbos monossilábicos terminados em uma só consoante, precedida de uma só vogal, dobram a consoante final antes do acréscimo
de –ing.
Exemplos:
Run → running
swim → swimming

- Verbos dissilábicos terminados em uma só consoante, precedida de uma só vogal, dobram a consoante final somente se o acento
tônico incidir na segunda sílaba.
Exemplos:
prefer → preferring
admit → admitting
listen → listening
enter → entering

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LÍNGUA INGLESA
- Verbos terminados em –e perdem o –e antes do acréscimo de –ing, mas os terminados em –ee apenas acrescentam –ing.
Exemplos:
make → making
dance → dancing
agree → agreeing
flee → fleeing

- Verbos terminados em –y recebem –ing, sem perder o –y.


Exemplos:
study → studying
say → saying

- Verbos terminados em –ie, quando do acréscimo de –ing, perdem o –ie e recebem –ying.
Exemplos:
lie → lying
die → dying
Porém, os terminados em –ye não sofrem alterações.
dye → dyeing

Formas afirmativa, negativa e interrogativa

Immediate Future
O simple future é um das formas usadas para expressar ações futuras. Em geral vem acompanhado de palavras que indicam futuro,
como: tomorrow, next. Geralmente, usamos a palavra “will”. Posteriormente, você verá que também podemos utilizar “be going to” para
formar o futuro e a diferença de utilização entre eles.
Example:

Affirmative: What will you study?


Negative: I will study English.
Interrogative: I won’t study English.

Note: we use the auxiliary verb WILL + verbs in infinitive (without “to” ).
Forma contraída
I will study - I’ll study
You will travel - You’ll travel
He will / She will eat - He’ll / She’ll eat
It will happen - It’ll happen
We will work - We’ll work
You will dance - You’ll dance
They will do - They’ll do

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LÍNGUA INGLESA

Simple Past
With most verbs, the simple past is created simply by adding “ED”. That form belongs for all to the people, not varying in the 3rd
person.
Simple past is used to indicate an accomplished action and totally finished in the past, corresponding in Portuguese, the perfect pre-
terite as imperfect preterite.
Ex.: Santos Dumont lived in France. He created the 14 Bis.

Regra geral Acrescenta-se “ed” Play – played


Verbos terminados em “e” Acrescenta-se “d” Like – liked
Verbos terminados em y precedido de consoante Mudam o y para i e acrescentam “ed” Study – studied

Example:
To work
I worked
You worked
He worked
She worked
It worked
We worked
They worked

Simple past – negative and interrogative form

Usos:
– ações definidas no passa do com yesterday, ...ago, last night (week,month etc) e expressõesque indiquem ações completamente
terminadas no passado.
Exemplos:
Peter flew to London last night.
Cabral discovered Brazil in 1500.

– ações habituais no passado com as mesmas expressões e advérbios que indicam ações habituais no presente.
Exemplos:
They visited rarely visited their grandparents.
She often got up at 6.

– após as if e as though (= como se) e após o verbo wish.


Exemplos:
She behaves as if she knew him.
I wish I had more time to study.

– No caso do verbo BE, todas as pessoas terão a mesma forma (were).


Exemplos:
She acts as though she were a queen.
I wish I were younger.

– após if only (= se ao menos)


Exemplos:
If only I knew the truth.
If only he understood me.

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LÍNGUA INGLESA
OBSERVAÇÕES
1. As regras de “dobra” de consoantes existentes para o acréscimo de -ing aplicam-se quando acrescentarmos -ed.
stop → stopped
prefer → preferred

2. Verbos terminados em -y perdem o -y e recebem o acréscimo de -ed quando o -y aparecer depois de umaconsoante. Caso contrário,
o -y permanece.
rely → relied
play → played

Past Continuous

Usos:
– ação que estava ocorrendo no passado quando outra ação passada começou.
Exemplos:
They were having a bath when the phone rang.
She was watching TV when Stanley arrived.

– ação ou acontecimento que continuou por algum tempo no passado.


Exemplos:
This time last year I was living in London.
I saw you last night. You were waiting for a bus.

Present Perfect

Usos:
– ação indefinida no passado, sem marca de tempo. Isso o diferencia do Simple Past.
We have finished our homework.
Jane has traveled to London.
They have accepted the job offer.

– com os advérbios EVER, NEVER, ALREADY, YET, JUST, SO FAR, LATELY, RECENTLY e expressões como ONCE, TWICE, MANY TIMES, FEW
TIMES etc.
Have you EVER seen a camel?
She has NEVER been to Greece.
The students have ALREADY written their compositions.

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LÍNGUA INGLESA
The bell hasn’t rung YET.
Our cousins have JUST arrived.
We have read five chapters SO FAR.
She has traveled a lot LATELY.
Have you seen any good films RECENTLY?
I have flown on an airplane MANY TIMES.

– com SINCE (= desde) e FOR (= há, faz)


She has lived in New York SINCE 2013.
She has lived in New York FOR 7 years.

O verbo can geralmente significa poder e/ou conseguir e é usado para indicar várias situações:
– Possibilidade
– Capacidade/habilidade
– Permissão
– Pedido

Capacidade, habilidade
She can speak five languages. (present)
She could play tennis when she was younger. (past)
She will be able to translate the text. (future)

Permissão
You can use my car.
She can sit anywhere.

O verbo can é sempre acompanhado do verbo principal no infinitivo sem o to. Ele pode ser usado para construir frases afirmativas,
negativas e interrogativas.

AFFIRMATIVE NEGATIVE INTERROGATIVE


I can dance I can’t/cannot dance Can I dance?
You can dance You can’t/cannot dance Can you dance?
He/she/it can dance He/she/it can’t/cannot dance Can he/she/it dance?
We can dance We can’t/cannot dance Can we dance?
You can dance You can’t/cannot dance Can you dance?
They can dance They can’t/cannot dance Can they dance?

Advérbios de frequência (OFTEN, GENERALLY, SOMETIMES, NEVER, SELDOM, ALWAYS...) são colocados, de preferência, ANTES do
verbo principal ou APÓS o verbo auxiliar ou o verbo to be.

They USUALLY watch TV in the evenings.


She is ALWAYS late.
These curtains have NEVER been cleaned.

Expressões adverbiais de freqüência são colocadas no final ou no início de uma oração.


They watch TV EVERY EVENING.
ONCE A WEEK they go swimming.

Advérbios de probabilidade (POSSIBLY, PROBABLY, CERTAINLY...) são colocados antes do verbo principal mas após be ou um verbo
auxiliar.

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LÍNGUA INGLESA
He PROBABLY knows her phone number.
He is CERTAINLY at home now.

PERHAPS e MAYBE aparecem normalmente no começo de uma oração.


PERHAPS I’ll see her later.
MAYBE you’re right.
Advérbios de tempo (TODAY, TOMORROW, NOW, SOON, LATELY...) são colocados no final ou no início de uma oração.
He bought a new camera YESTERDAY.
ON MONDAY I’m going to London.

Advérbios de modo (SLOWLY, QUICKLY, GENTLY, SOFTLY, WELL...) aparecem normalmente no final da oração. Alguns advérbios podem
também aparecer no início de uma oração se quisermos enfatizá-los.
She entered the room SLOWLY.
SLOWLY she entered the room.

Grande parte dos advérbios de modo é formada pelo acréscimo de LY ao adjetivo.

serious – seriousLY
careful – carefulLY
quiet – quietLY
heavy – heaviLY
bad – badLY

Porém, nem todas as palavras terminadas em LY são advérbios.

lonely = solitário (adjetivo)


lovely = encantador (adjetivo)
silly = tolo (adjetivo)
elderly = idoso (adjetivo)

Advérbios de lugar (HERE, THERE, EVERYWHERE...) são usados no início ou no final de orações.
You’ll find what you want HERE.
THERE comes the bus.
Modo, lugar, tempo
A posição normal dos advérbios em uma oração é:

He did his job CAREFULLYAT HOMEYESTERDAY.

MODO LUGAR TEMPO

Lugar, modo, tempo


Com verbos de movimento, a posição normal é:

She traveled TO LONDONBY PLANELAST WEEK.

LUGAR MODO TEMPO

As preposições são muito utilizadas na estrutura das frases. Em inglês não poderia ser diferente. As preposições expressam lugar ou
posição, direção, tempo, maneira (modo), e agente (ou instrumento).

The keyboard is on the desk - (lugar ou posição).


Raphaelran toward the hotel - (direção).
The plane arrived at eleveno’clock - (tempo).
David travels by train - (maneira ou modo).
The computer was broken by him - (agente).

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LÍNGUA INGLESA
PREPOSIÇÕES
Horas The airplane will arrive at five o’clock.
Datas We have a big party at Christmas.
Lugares He is at the drugstore.
AT
Cidades pequenas She lives at Barcelos.
Períodos do dia She works at night.(noon,night, midnight, dawn)
Endereços completosFabrizio lives at 107 Boulevard Street.
Períodos do diaMarcus works in the morning. (exceto noon, night, midnight e dawn)
Meses The case will arrive in March.
IN
Estações do ano It’s very hot in summer.
Anos David graduaded in 2008.
Séculos Manaus was created in 18th century.
Expressões do tempo The computer will be working in few days.
Expressões de lugar (dentro) The memory is in the CPU.
August lives in São Paulo.
Estados, Cidades grandes, Países, Continentes
There are many developed countries in Europe.
“sobre” Our bags are on the reception desk.
Dias da semana He has class on Friday.

Datas He has class on Friday.


ON
Transportes coletivos There are a lot of people on that plane.
Nomes de ruas ou avenidas The CETAM is on Djalma Street.
“floor” Gabriel lives on the 8th floor.

Prepositions of Place

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LÍNGUA INGLESA
Vestimentas Bra = sutiã
Nightgown = camisola
Pajamas = pijama
Robe = roupão
Scarf = cachecol
Uniform = uniforme
Singlet = regata
Swimming Trunks = sunga
Swimsuit = maiô
Bikini = biquíni

Cotidiano

U.S. Money
US$ 1 Dollar = 100 cents
bills - $1, $5, $10, $20, $50, $100
Coins – 1c, 5c, 10c, 25c, $1
Penny = 1 cent
Nickel = 5 cents
Dime = 10 cents
Quarter = 25 cents

Ways to pay
Check = cheque
Cash = em dinheiro
Note/bill = nota
Coin = moeda
Credit card = cartão de crédito

Materials
Acrylic = acrílico
Cotton = algodão
Denim = brim
Fleece/wool = lã
Gold = ouro
Leather = couro
Linen = linho
Plastic= plástico
Rubber = borracha
Silk = seda
Silver = prata

Educação
Nursery School = pré-escola
Elementary school ou Primary School = Ensino fundamental I
Secondary school = Ensino fundamental II
High school = Ensino médio
College/University = Faculdade/universidade

Subjects
T-shirt = camiseta Inglês: English
Sweatshirt = Blusa de moletom Matemática: Mathematics (Math)
Shirt = camisa História: History
Suit = terno Geografia: Geography
Pants:calça Química: Chemistry
Tie = gravata Física: Physics
Wedding dress = vestido de noiva Ciência: Science
Jacket = jaqueta Biologia: Biology
Skirt = saia Educação Física: Physical Education (P.E.)
Coat = casaco Artes: Arts
Shorts = Bermuda Música: Music
Dress = vestido Literatura: Literature
Underpants = cueca Redação: Writing
Panties = calcinha Português: Portuguese

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LÍNGUA INGLESA
Espanhol: Spanish Popsicle — Picolé
Potato chips — Batata-frita
Diversão e mídia Rice — Arroz
Movies/cinema = cnema Salt — Sal
Theater = teatro Sandwich — Sanduíche
Bar/Pub = bar Sliced bread — Pão fatiado
Restaurant = restaurante Soup — Sopa
Café = lanchonete Sugar — Açúcar
Park = parque Toast — Torrada
Concert = show Water cracker — Bolacha de água e sal
Play = peça de teatro
Meat (carne)
Tecnologia Bacon — Bacon
Cellphone/mobile phone = celular Barbecue — Churrasco
Laptop = notebook Beef — Carne de vaca
Personal computer(PC) = Computador Beef Jerky — Carne seca
Printer = impressora Blood sausage —Chouriço
Keyboard = teclado Carp — Carpa
Mouse = mouse Chicken — Frango
Television = televisão Chicken legs — Pernas de Frango
Chicken wings — Asas de Frango
Meio ambiente Cod — Bacalhau
Environment = meio ambiente Crab — Caranguejo
Ozone layer = camada de ozônio Duck — Pato
Water = água Fish — Peixe
Tree = árvore Grilled fish — Peixe grelhado
Weather = clima Ground beef — Carne moída
Animals = animais Hamburger — Hambúrguer
Air = ar Lobster — Lagosta
Wind = vento Meatball — Almôndega
Rain = chuva Mortadella — Mortadela
Snow = neve Pork chops — Costeletas de porco
Fog = neblina Pork legs — Pernas de porco
Hurricane = furacão Pork loin — Lombo de porco
Storm = tempestade Rib cuts — Costela
Lightning = relâmpago Roast chicken — Frango assado
Thunder = trovão Salami — Salame
Salmon — Salmão
Comida e bebida Sausage — Linguiça
Bread — Pão Shrimp — Camarão
Butter — Manteiga Sirloin — Lombo
Cake — Bolo Smoked sausage — salsicha defumada
Cheese — Queijo Squid — Lula
Chicken — Frango Steak — Bife
Chips — Salgadinhos Stew meat — Guisado de carne
Chocolate — Chocolate T-bone steak — Bife t-bone
Corn flakes — Cereal Tenderloin — Filé mignon
Egg — Ovo Tuna — Atum
Fish — Peixe Turkey — Peru
French fries — Batata-frita Veal — Vitela
Ham — Presunto
Ice cream — Sorvete Vegetables (vegetais)
Jam — Geleia Anise — Anis
Jello — Gelatina Asparagus — Espargos
Margarine — Margarina Beans — Feijão
Mashed potatoes — Purê de batatas Beet — Beterraba
Meat — Carne Broccoli — Brócolis
Pancacke — Panqueca Cabbage — Repolho
Pasta — Macarrão Carrot — Cenoura
Peanut — Amendoim Cauliflower — Couve-flor
Peanut butter — pasta de amendoim Celery — Aipo/Salsão
Pepper — Pimenta Corn — Milho
Pie — Torta Cucumbers — Pepinos
Pizza — Pizza Eggplant — Berinjela

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LÍNGUA INGLESA
Garlic — Alho Coffee-and-milk — Café-com-leite
Ginger — Gengibre Draft beer — Chope
Green onion — Cebolinha verde Gin — Gim
Heart of Palms — Palmito Hot chocolate — Chocolate quente
Leeks — Alho-poró Juice — Suco
Lettuce — Alface Lime juice — Limonada
Manioc — Mandioca Liqueur — Licor
Mushroom — Cogumelo Milk — Leite
Okra — Quiabo Mineral water — Água mineral
Olives — Azeitonas Red wine — Vinho tinto
Onion — Cebola Rum — Rum
Pepper — Pimenta Soda — Refrigerante
Pickles — Picles Sparkling mineral water — Água mineral com gás
Potato — Batata Still mineral water — Água mineral sem gás
Pumpkin — Abóbora Tonic water — Água tônica
Radish — Rabanete Vodka — Vodca
Rucola — Rúcula Water — Água
Snow pea — Ervilha Whiskey —Uísque
Spinach — Espinafre White wine —Vinho branco
Sweet potato — Batata doce Yogurt — Iogurte
Tomato — Tomate
Turnip — Nabo Tempo livre, “hobbies” e lazer
Watercress — Agrião Bowling = boliche
Yams — Inhame Camping = acampar
Canoeing = canoagem
Fruits (frutas) Card games = jogos de baralho
Apple — Maçã Chess = xadrez
Apricots — Damascos Cooking = cozinhar
Avocado — Abacate Crossword puzzl = palavras cruzadas
Banana — Banana Dancing = dançar
Blackberry — Amora Drawing = desenhar
Blueberry — Mirtilo Embroidery = bordado
Cashew nut — Castanha de Cajú Fishing = pesca
Cherry — Cereja Gardening = jardinagem
Coconut — Coco Hiking = caminhar
Figs — Figos Hunting = caçar
Grapes — Uvas Jogging = corrida
Guava — Goiaba Knitting = tricotar
Honeydew melon — Melão Mountaineering = escalar montanhas
Jackfruit — Jaca Painting = pintar
Kiwi — Kiwi Photography = fotografia
Lemon — Limão Playing video games = jogar vídeo games
Mango — Manga Reading = leitura
Orange — Laranja Riding a bike = andar de bicicleta
Papaya — Mamão Sculpting = esculpir
Passion fruit — Maracujá Sewing = costurar
Peach — Pêssego Singing = cantar
Pear — Pera Skating = andar de patins ou skate
Pineapple — Abacaxi Skiing = esquiar
Plum — Ameixa Stamp collecting = colecionar selos
Prune — Ameixa-seca Surfing = surfar
Start fruit — Carambola Working out = malhar
Strawberry — Morango
Tamarind — Tamarindo
Tangerine — Tangerina
Watermelon — Melancia

Drinks (bebidas)
Beer — Cerveja
Brandy — Aguardente
Champagne — Champanhe
Chocolate — Chocolate
Cocktail — Coquetel
Coffee — Café

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LÍNGUA INGLESA
Saúde e exercícios

Health Problems and Diseases (problemas de saúde e doenças)

Skin occurrences (Ocorrências na pele)


Blemish – mancha
Bruise - contusão
Dandruff - caspa
Freckle – sarda
Itching – coceira
Pimple – espinha
Rasch – erupção da pele
Scar - cicatriz
Spot – sinal, marca
Wart – verruga
Wound - ferida
Wrinkle – ruga

Aches (Dores)
Backache – dor nas costas
Earache – dor de ouvido
Headache – dor de cabeça
Heartache – dor no peito
stomachache – dor de estômago
Toothache – dor de dente

Cold and Flu (Resfriado e Gripe)


Cough – tosse
Fever – febre
Running nose – nariz entupido
Sneeze – espirro
Sore throat – garganta inflamada
Tonsilitis – amigdalitis

Other Diseases (Outras doenças)


Aneurism - aneurisma
Appendicitis - apendicite
Asthma – asma
Bronchitis – bronquite
Cancer – câncer
Cirrhosis - cirrose
Diabetes – diabetes
Hepatitis – hepatite

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LÍNGUA INGLESA
High Blood Pressure – hipertensão (pressão alta)
Pneumonia – pneumonia
Rheumatism – reumatismo
Tuberculosis – tuberculose
Moradia;

Povos e línguas

Sentimentos, opiniões e experiências


Happy = feliz
Afraid = com medo
Sad = triste
Hot = com calor
Amused = divertido
Bored = entediado
Anxious = ansioso
Confident = confiante
Cold = com frio
Suspicious = suspeito
Surprised = surpreso
Loving= amoroso
Curious = curioso
Envious = invejoso
Jealous = ciumento
Miserable = miserável
Confused = confuso
Stupid = burro

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LÍNGUA INGLESA
Angry = com raiva Beach – Praia
Sick = enjoado/doente Beauty salon/parlor/shop – Salão de beleza
Ashamed = envergonhado Block – Quarteirão
Indifferent = indiferente Bookstore ou Bookshop – Livraria
Determined = determinado Bridge – Ponte
Crazy = louco Building – Edifício ou Prédio
Depressed = depressivo Bus station – Rodoviária
Frightened = assustado Bus stop – Ponto de ônibus
Interested = interessado Butcher shop – Açougue
Shy = tímido Cabstand ou Taxi stand – Ponto de taxi
Hopeful = esperançoso Capital – Capital
Regretful = arrependido Cathedral – Catedral
Scared = assustado Cemetery – Cemitério
Stubborn = teimoso Chapel – Capela
Thirsty = com sede Church – Igreja
Guilty = culpado Circus – Circo
Nervous = nervoso City – Cidade
Embarrassed = envergonhado Clothing store – Loja de roupas
Disgusted = enojado Club – Clube
Proud = orgulhoso Coffee shop – Cafeteria
Lonely = solitário College – Faculdade
Frustrated = frustrado Computer store – Loja de informática
Hurt= magoado Concert hall – Casa de espetáculos ou Sala de concertos
Hungry = com fome Convenience store – Loja de conveniência
Tired= cansado Corner – Esquina
Thoughtful = pensativo Costume store – Loja de Fantasia
Optimistic = otimista Court – Quadra de esportes ou pode ser Tribunal ou comumen-
Relieved = aliviado te chamado de Fórum, depende do contexto.
Shocked = chocado Crosswalk/Pedestrian crossing/Zebra crossing – Faixa de pe-
Sleepy = com sono destres
Excited = animado Cul-de-sac ou Dead end street – Beco ou Rua sem saída
Bad = mal City hall – Prefeitura
Worried = preocupado Dental clinic – Clinica dentária ou Consultório Odontológico
Downtown – Centro da cidade
Identificação pessoal Driving school – Auto escola
First name = Primeiro nome Drugstore – Farmácia ou Drogaria
Middle name = Nome do meio Factory – Fábrica
Last name = Último nome Field – Campo
Full name = Nome completo Fire station – Posto ou Quartel de bombeiros
Date of Birth = Data de nascimento Fishmonger’s – Peixaria
Age = Idade Flower show – Floricultura
Sex = Sexo Food Truck – Food Truck ou Caminhão que vende comida
Place of Birth = Local de nascimento Gas station – Posto de gasolina
Nationality = Nacionalidade Glasses store ou Optical store – Loja de Ótica
Occupation = Ocupação/profissão Greengrocer – Quitanda
Address = Endereço Grocery store – Mercearia
City = Cidade Gym – Academia de ginástica
Country = País Hair salon – Cabeleireiro
Zip code/Post code = Código postal (CEP) Hardware store – Loja de ferramentas
Phone number = Número de telefone Health Clinic/Center – Clinica ou Posto de saúde
E-mail address = Endereço de e-mail Hospital – Hospital
Hotel – Hotel
Lugares e edificações House – Casa
Airport – Aeroporto Ice Cream Shop/Parlor – Sorveteria
Amusement park – Parque de diversões Intersection ou Crossroad – Cruzamento
Aquarium – Aquário Jail ou Prison – Cadeia ou Prisão
Art gallery – Galeria de arte Jewelry store – Joalheria
ATM (Automatic Teller Machine) – Caixa eletrônico Kiosk – Quiosque
Auto repair shop ou Garage – Oficina mecânica Lake – Lago
Avenue – Avenida Laundromat ou Laundry – Lavanderia
Baby store – Loja infantil ou bebê Library – Biblioteca
Barber shop – Barbearia Lottery retailer ou Lottery kiosk – Casa lotérica
Bakery – Padaria Mall – Shopping center
Bank – Banco Metropolis – metrópole

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LÍNGUA INGLESA
Monument – Monumento Bride – noiva
Mosque – Mesquita Uncle – tio
Movie theater – Cinema Aunt – tia
Museum – Museu Cousin – primo e prima
Neighborhood – Bairro Nephew – sobrinho
Newsstand – Banca de jornal Niece – sobrinha
Office – Escritório Grandparents – avós
One-way street – Rua de mão única ou sentido único Grandfather – avô
Outskirts ou Suburb – Periferia ou Subúrbio Grandmother – avó
Park – Parque Grandson – neto
Parking lot – Estacionamento Granddaughter – neta
Penitentiary – Presídio ou Penitenciária Great grandfather – bisavô
Perfume shop – Perfumaria Great grandmother – bisavó
Pet Shop – Pet Shop Great grandson – bisneto
Pizzeria – Pizzaria Great granddaughter – bisneta
Place – Lugar Father-in-law – sogro
Playground – Parque infantil Mother-in-law – sogra
Police station – Delegacia de polícia Brother-in-law – cunhado
Port – Porto Sister-in-law – cunhada
Post office – Agência de correios Stepfather – padrasto
Pub – Bar Stepmother – madrasta
Real estate agency – Imobiliária Stepson – enteado
Reference point ou Landmark – Ponto de referência Stepdaughter – enteada
Restaurant – Restaurante Foster parents – pais adotivos
River – Rio Foster father – pai adotivo
Road – Estrada Foster mother – mãe adotiva
Rotary ou Roundabout – Rotatória
School – Escola Transporte e serviços
Shoe store – Sapataria Airliner: Avião comercial (Aviões maiores geralmente chama-
Sidewalk – Calçada dos de boeing)
Snack bar – Lanchonete Airplane ou apenas plane: Avião
Square – Praça Bike: Bicicleta
Stadium – Estádio Boat: Barco ou bote
Station – Estação Bus: Ônibus
Stationery store – Papelaria Canoe: Canoa
Steak House – Churrascaria Car: Carro
Store – Loja Carriage: Carruagem
Street – Rua Cruiser: Cruzeiro
Subway station – Estação de metrô Ferry: Balsa
Supermarket – Supermercado Glider: Planador
Synagogue – Sinagoga Helicopter ou chopper (informal): Helicóptero
Temple – Templo Jet: Jato ou como falamos às vezes, jatinho
Town – Cidade pequena ou Município Moped ou scooter: Motocicleta ou mobilete (Patinete também
Toy store ou Toy shop – Loja de brinquedos pode ser chamado de scooter)
Train station – Estação de trem Motorbike: Motocicleta ou simplesmente moto
Travel agency – Agência de viagens Motorboat: Lancha
University – Universidade Ocean liner: Transatlântico
Zoo – Zoológico On foot: A pé
Pickup truck: Caminhonete
Relacionamento com outras pessoas Raft: Jangada
Parents – pais Roller skates: Patins
Father – pai Sailboat: Veleiro ou barco à vela
Mother – mãe School bus: Ônibus escolar
Son – filho Ship: Navio
Daughter – filha Skateboard: Skate
Siblings – irmãos Streetcar ou trolley: Bonde
Brother – irmão Subway ou metro (inglês americano) ou The underground ou
Sister – irmã informalmente the tube (inglês britânico): Metrô
Halfbrother – meio-irmão Taxi ou cab: Táxi
Halfsister – meia-irmã Train: Trem
Only child – filho único Truck: Caminhão
Wife – esposa Van: Furgão ou van
Husband – esposo
Fiancé – noivo

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LÍNGUA INGLESA
Compras Rugby - Rúgbi
Algumas placas com informações importantes: Soccer - Futebol
Out to lunch – Horário de almoço Synchronized Swimming - Nado Sincronizado
Buy one get one free – Pague um, leve dois. Outras formas de Volleyball - Vôlei
passar essa mesma ideia são: BOGOF (sigla para a mesma expres- Water Polo - Polo Aquático
são) e two for one (dois por um).
Clearance sale/Reduced to clear/Closing down sale – Liquida- Mundo natural
ção
Animais em inglês: principais animais domésticos (pets)
Conversando com atendentes Bird: Pássaro;
Excuse me, I’m looking for… – Licença, eu estou procurando Bunny: Coelhinho;
por… Cat: Gato;
I’m just looking/browsing, thanks. – Estou só olhando, obri- Dog: Cachorro;
gado(a). GuineaPig: Porquinho da Índia;
Do you have this in… – Você tem isso em…Complete com o que Mouse: Rato/Camundongo;
você precisa que mude na peça: A bigger size (um tamanho maior)? Parrot: Papagaio;
/ Yellow (amarelo)? / Pink (rosa)? Rabbit: Coelho;
Could I return this? – Eu poderia devolver isso? Turtle: Tartaruga.
Could I try this on? – Posso provar?
What are the store’s opening hours? – Qual o horário em que Animais em inglês: principais nomes de aves
a loja abre? Chicken: Galinha;
Rooster: Galo;
Esporte Pigeon: Pomba;
Peacock: Pavão;
Individual Sports - Esportes Individuais Hawk: Falcão;
Athletics - Atletismo Swan: Cisne;
Automobilism - Automobilismo Sparrow: Pardal;
Artistic Gymnastics - Ginástica Artística Duck: Pato.
Boxing - Boxe
Bowling - Boliche Animais em inglês: principais animais selvagens
Canoeing - Canoagem Alligator: Jacaré;
Cycling - Ciclismo Bat: Morcego;
Equestrianism - Hipismo Bear: Urso;
Fencing - Esgrima Crocodile: Crocodilo;
Golf - Golfe Deer: Viado;
Jiujitsu - Jiu-Jítsu Elephant: Elefante;
Judo - Judô Eagle: Águia;
Karate - Caratê Giraffe: Girafa;
Motorcycling - Motociclismo Hippo: Hipopótamo;
Mountaineering - Alpinismo Kangaroo: Canguru;
Olympic Diving - Salto Ornamental Lion: Leão;
Skiing - Esqui Monkey: Macaco;
Sumo - Sumô Owl: curuja;
Surfing - Surfe Pig: Porco;
Swimming - Natação Snake: Cobra;
Table tennis - Tênis de mesa/Pingue-pongue Squirrel: Esquilo;
Taekwon-Do - Taekwon-Do Stag: Cervo;
Tennis - Tênis Tiger: Tigre;
Triathlon - Triatlo Zebra: Zebra;
Weightlifting - Halterofilismo Wolf: Lobo.

Team Sports - Esportes Coletivos Animais em inglês: principais insetos


Badminton – Badminton Ant: Formiga;
Baseball - Beisebol Mite: Ácaro;
Basketball - Basquete Bee: Abelha;
Beach Soccer - Futebol de Areia Beetle: Besouro;
Beach Volleyball - Vôlei de Praia Butterfly: Borboleta;
Football – Futebol Americano Caterpillar: Lagarta;
Footvolley - Futevôlei Cockroach: Barata;
Futsal - Futsal Cricket: Grilo;
Handball - Handebol Fly: Mosca;
Hockey - Hóquei Flea: Pulga;
Polo - Polo Firefly: Vagalume;
Rhythmic Gymnastics - Ginástica Rítmica Grasshoper: Grilo;

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LÍNGUA INGLESA
Ladybug: Joaninha; cebola onion
Louseorlice: Piolho;
Mosquito: Pernilongo/Mosquito; cebolinha green onion
Snail: Caracol; cedro cedar
Spider: Aranha;
Tick: Carrapato; cerejeira cherry tree
Termite: Cupim. coentro cilantro
colorau red spice mix
Animais em inglês: principais animais marítimos
Crab: Caranguejo; cominho cumin
Dolphin: Golfinho; coqueiro coconut tree
Fish: Peixe;
Octopus: Polvo; cravo clove
Penguin: Pinguim; erva herb
Seal: Foca;
Shark: Tubarão; ervas finas fine herbs
Whale: Baleia. figueira fig tree
folha de louro bay leaves
Animais em inglês: principais tipos de peixes
Carp: Carpa; gengibre ginger
Dogfish: Cação; girassol sunflower
Dried Salted Cod: Bacalhau;
Flounder: Linguado; grama grass
Hake: Pescada; lírio lily
Scabbardfish: PeixeEspada;
macieira apple tree
Tuna: Atum;
Tilapia: Tilápia; manjericão basil
Trout: Truta. margarida daisy
Animais brasileiros em inglês melissa melissa
Capivara: Capybara; musgo moss
Boto Cor-de-rosa: Pink Dolphin;
Lobo guará: Maned Wolf; noz moscada nutmeg
Mico Leão Dourado: Golden Lion Tamarin; oliveira olive tree
Onça Pintada: Jaguar;
orquídea orchid
Tamanduá Bandira: Giantanteater;
Tatu: Armadilo; orégano oregano
Tucano: Toucan; papoula poppy
Quati: Coati.
pereira pear tree
Plantas em inglês pinheiro pine tree
planta plant
PORTUGUÊS INGLÊS
páprica paprika
árvore tree
rosa rose
alecrim rosemary
salgueiro willow
ameixieira plum tree
salsa parsley
arbusto bush / shrub
samambaia fern
azaleia azalea
tulipa tulip
azevinho holly
violeta violet
açafrão turmeric
vitória-régia waterlily
bordo maple
bromélia bromeliads Viagens e férias
bétula birch Vocabulário
canela cinnamon Time off. — Tempo fora do trabalho.
Day off. — Dia de folga.
carvalho oak
Vacation. — Férias.
castanheiro horse chestnut tree Go away. — Ir viajar.
caule stem Travel. — Viajar.
Take a trip. — Fazer uma viagem.

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LÍNGUA INGLESA
Take time off. — Tirar um tempo fora do trabalho. Searched for historic sites. — Procurou por lugares históricos.
Go to the beach. — Ir para a praia. Get a tan. — Pegar um bronzeado.
Go to the country. — Ir para o interior. Got a tan. — Pegou um bronzeado.
Go sunbathing ou go tanning. — Ir tomar banho de sol, se bron-
Como foram suas férias zear.
How was your vacation? — Como foram as suas férias? Went sunbathing. — Foi se bronzear.
It was good. — Foram boas. Get a sunburn. — Pegar uma queimadura do sol.
It was amazing. — Foram demais. Got a sunburn. — Pegou uma queimadura do sol.
It was very relaxing. — Foi muito relaxante. Get sunburn. — Se queimar, ser queimado pelo sol.
Got sunburn. — Se queimou do sol.
Para onde você foi Wear sunscreen ou wear sunblock. — Usar protetor solar.
Where did you go? — Onde você foi? Wore sunscreen. — Usou protetor solar.
We went to the beach. — Nós fomos para a praia. Use tanning lotion. — Usar bronzeador.
I went to the country with my family. — Eu fui para o interior Used tanning lotion. — Usou bronzeador.
com minha família.
We took a trip to Hawaii. — Nós fizemos uma viagem para o Tempo
Hawaii. As horas em inglês podem vir acompanhadas de algumas ex-
We went to visit our family in France. — Nós fomos visitar a pressões de tempo como:
nossa família na França. Day: dia
Who did you go with? — Com quem você foi? Today: hoje
I went with my sister and brother. — Eu fui com a minha irmã Yesterday: ontem
e meu irmão. The day before yesterday: anteontem
I went with my husband and kids. — Eu fui com meu marido, Tomorrow: amanhã
esposo e crianças. The day after tomorrow: depois de amanhã
I went with my wife and kids. — Eu fui com a minha esposa e Morning: manhã
crianças. Afternoon: tarde
I went with my classmates. — Eu fui com os meus colegas de Evening: noite
aula. Night: noite
Tonight: esta noite
Como você viajou Midday: meio-dia
How did you go? — Como que você foi? At noon: ao meio-dia
We went by plane. — Nós fomos de avião. Midnight: meia noite
We went by car. — Nós fomos de carro. At midnight: à meia-noite

Coisas para fazer nas férias


Read. — Ler.
Read. — Leu. (Só muda a pronúncia)
Go swimming. — Ir nadar ou nadar.
Went swimming. — Fui ou foi nadar.
Play beach soccer. — Jogar futebol de areia ou de praia.
Played beach soccer. — Jogou futebol de areia.
Make a bonfire. — Fazer uma fogueira.
Made a bonfire. — Fez uma fogueira
Play the guitar. — Tocar violão.
Played the guitar. — Tocou violão.
Throw a bonfire party. — Dar uma festa com fogueira.
Threw a bonfire party. — Deu uma festa com fogueira.
Write messages in the sand. — Escrever mensagens na areia.
Wrote messages in the sand. — Escreveu mensagens na areia.
Walk on the boardwalk. — Caminhar no calçadão de madeira.
Walked on the boardwalk. — Caminhou no calçadão de ma-
deira. Para informar as horas em inglês usa-se o “it is” ou “it’s” e os
atch free summer concerts. — Assistir shows de verão gratuito. números correspondentes (da hora e dos minutos):
Watched free summer concerts. — Assistiu shows de verão gra- Exemplo: 4:35 – It is four thirty-five.
tuito.
Have a picnic. — Ter um piquenique. A expressão “o’clock” é utilizada para indicar as horas exatas:
Had a picnic. — Teve um piquenique. Exemplo: 3:00 – It is three o’clock.
Play frisbee. — Jogar frisbee.
Played frisbee. — Jogou frisbee. A expressão “past” é usada para indicar os minutos antes do
Look for seashells. — Procurar por conchas do mar. 30:
Looked for seashells. — Procurou por conchas do mar. Exemplo: 6:20 – It is six twenty ou It is twenty past six.
Watch the sunset. — Assistir o pôr-do-sol.
Watched the sunset. — Assistiu o pôr-do-sol. A expressão “a quarter” é usada para indicar um quarto de
Search for historic sites. — Procurar por lugares históricos. hora (15 minutos):

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LÍNGUA INGLESA
Exemplo: 3:15 – It is three fifteen ou It is a quarter past three. Contractor = empreiteiro
Consultant = consultor
A expressão “half past” é usada para indicar meia hora (30 mi- Cook = cozinheiro
nutos): Dancer = dançarino
Exemplo: 8:30 – It is eight thirty ou It is half past eight. Dentist = dentista
Designer = designer, projetista, desenhista
Note que depois dos 30 minutos, em vez da expressão “past”, Diplomat = diplomata
utilizamos o “to”: Doctor, medical doctor, physician = médico
Exemplo: 8.45 – It is eight forty-five ou It is a quarter to nine. Doorman = porteiro
Driver = motorista, piloto de automóvel
Utilizamos as expressões a.m. e p.m. para indicar quando o ho- Economist = economista
rário em inglês ocorre antes ou depois de meio-dia. Editor = editor; revisor
a.m. – antes do meio-dia Electrician = eletricista
p.m. – depois do meio-dia Engineer = engenheiro, maquinista
Farmer = fazendeiro; produtor rural; agricultor
Trabalho e empregos Filmmaker = cineasta, produtor de cinema, diretor de cinema
Accountant = contador Firefighter, fireman = bombeiro
Actor = ator Fisherman = pescador
Actress = atriz Flight attendant = comissário de bordo
Administrator = administrador Foreman = capataz; encarregado
Agronomist = agrônomo Garbageman (ame); dustman (bre) = lixeiro
Anthropologist = antropólogo Gardener = jardineiro
Archaeologist / archeologist = arqueólogo Geographer = geógrafo
Architect = arquiteto Geologist = geólogo Geographer Geógrafo(a)
Astronaut = astronauta Glazer = vidraceiro
Astronomer = astrônomo Graphic designer = designer gráfico
Athlete = atleta Gravedigger = coveiro
Babysitter, baby-sitter, sitter, nanny (ame) = babá Guide = guia
Baker = padeiro Hairdresser, hairstylist = cabeleireiro
Bank clerk = bancário Headmaster, principal (ame) = diretor (de escola)
Banker = banqueiro; bancário Historian = historiador
Bank teller = caixa de banco Housewife = dona de casa
Barber = barbeiro Illustrator = ilustrador
Barista = barista (quem tira café em casas especializadas) Interior designer = designer de interiores, decorador
Bartender = barman Interpreter = intérprete
Bellhop, bellboy = mensageiro (em hotel) Jailer = carcereiro
Biologist = biólogo Janitor, superintendent, custodian = zelador
Biomedical scientist = biomédico Journalist = jornalista
Blacksmith = ferreiro Jeweller (bre), Jeweler (ame) = joalheiro
Bricklayer, mason = pedreiro Judge = juiz (de direito)
Broker = corretor (de seguros, de investimentos etc., menos de Lawyer = advogado
imóveis) Librarian = bibliotecário
Butcher = açougueiro Lifeguard = salva-vidas, guarda-vidas
Butler, major-domo = mordomo Locksmith = serralheiro; chaveiro
Buyer = comprador Maid = empregada doméstica
Cabdriver, cab driver, taxi driver, cabby, cabbie = taxista Male nurse = enfermeiro
Cabinet-maker = marceneiro Manager = gerente
Carpenter = carpinteiro Mathematician = matemático
Cartoonist = cartunista Mechanic = mecânico
Cattle breeder, cattle raiser, cattle farmer, cattle rancher = pe- Medic = militar do Serviço de Saúde; médico
cuarista Meteorologist = meteorologista
Cashier = caixa Midwife = parteira
Chef = chef Miner = mineiro
Chemist (bre) = farmacêutico Milkman = leiteiro
Chemist (ame) = químico model = modelo
Civil Servant = servidor público, funcionário público Musician = músico
Clerk = auxiliar de escritório Nanny (ame) = babá
Coach = treinador, técnico esportivo Nurse = enfermeiro, enfermeira
Cobbler = sapateiro Occupational therapist = terapeuta ocupacional
Comedian = comediante Optician, optometrist = oculista
Commentator = comentarista (rádio e TV) Painter = pintor
Composer = compositor Paleontologist = paleontólogo
Computer programmer = programador Paramedic = paramédico
Conference interpreter = intérprete de conferência Personal TRAINER = personal

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LÍNGUA INGLESA
Pharmacist = farmacêutico (ame) Cf. CHEMIST Linha d aqua = water line
Philosopher = filósofo Castelo de Proa = forecastle
Photographer = fotógrafo Boca = beans
Physicist = físico Comprimento (LOA) = length overall
Physiotherapist = fisioterapeuta Obras Vivas = botton
Pilot = piloto (menos de automóvel), prático Obras Mortas = topsides
Playwright = dramaturgo Pontal = depth
Plumber = encanador, bombeiro (RJ) Calado de Vante = Draught forward
Poet = poeta Tombadilho = Fanny
Police officer, officer, constable = policial Calado a ré = draught forward
Politician = político Costado = ribcage
Porter = porteiro Plano diametral = diametral plane
Postman, mailman = carteiro Bochecha = tack
Producer = produtor (em geral artístico) Alheta = wing \ quarter
Professor = professor (universitário) Passadisso = gangway \ bridge
Proofreader = revisor Casco = hull
Psychiatrist = psiquiatra Borda livre = free board
Psychologist = psicólogo Displacement = tonelagem
Publisher = editor Notice to marine = aviso aos navegantes
Real estate agent, realtor = corretor de imóveis List of Lights = lista de faróis
Receptionist = recepcionista Full Load = plena carga
Referee = árbitro, juiz (esportes), perito (responsável por análi- Fuel = combustível
se de artigos científicos) Cruising speed = velocidade de cruzeiro
Reporter = repórter Draft = projeto
Researcher = pesquisador Length = comprimento
Sailor, seaman = marinheiro Inland Waters = águas interiores
Salesman* = vendedor Bússula = compass
Sales representative, sales rep = vendedor Ship = navio
Saleswoman* = vendedora Ocean liner = navio transatlântico
Scientist = cientista Tug = rebocador
Screenwriter = roteirista Gross Tonnage = arqueação bruta
Sculptor = escultor Tanker Ship = Navio Petroleiro
Seamstress = costureira Plataform Ship = navio plataforma
Secretary = secretária Vessel = navio embarcação
Shopkeeper (ame), storekeeper (bre), shop owner, merchant = Broken = quebrado
lojista, comerciante Rope = cabo
Singer, vocalist = cantor Boom = pau de carga
Social worker = assistente social Starboard = boreste
Speech therapist = fonoaudiólogo Port = bombordo
Statistician = estatístico Speed = velocidade
Systems analyst = analista de sistemas Ahead = a frente
Tailor = alfaiate Crew = tripulação
Teacher = professor Stern = popa
Operator = operador Fire = fogo
Operator, telephone operator = telefonista Fireman = bombeiro
Teller = caixa (geralmente de banco) Hose = mangueira
Trader = trader, operador (em bolsa de valores) Fire Hose = mangueira de incêndio
Translator = tradutor Tonnage Length = comprimento tonelagem
Travel agent = agente de viagens Scend = Caturro
Treasurer = tesoureiro Heel = adernar (mesmo que banda)
Valet = manobrista Bulkhead = Antepara
Vet, veterinarian = veterinário Flush Deck = convés corrido
Waiter* = garçom Hold = porão
Waitress* = garçonete Bollard = cabeço no cais
Welder = soldador Bitt = cabeço no navio
Writer = escritor
Zoologist = zoólogo Profissões a bordo no navio
Captain of Long Haul = capitão de longo curso
A Marinha Auxiliary Health = auxiliar de saúde
Proa = Bow Steward = taifeiro
Popa = Stern \ astern Cook = cozinheiro
Bombordo = port Pumpman = bombeiro (trabalha com bombas)
Boreste = starboard Nurse = enfermeiro
Convés = deck Officer = oficial

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LÍNGUA INGLESA
Skipper = patrão Alagado = flooding
Helmsman = timoneiro Collision = colisão
Bo’sun = mestre ou contra mestre Grounding = encalhando
Seaman = homem do mar Adernado = listing
Sailor = marinheiro Capsizing = emborcando
Engineer = chefe de máquinas Sin King = naufragando
Mid Ship = meio navio Disabled = sem governo
Ship’s Articles = rol de equipagem Adrift = a deriva
Ship’s Log = diário de bordo Abandonar o navio = abandoning ship
Insurance Certificate = certificado de seguro Piracy = pirataria
Customs Clearance = aduaneiro Ataque armado = armed attack
Charter Party = Fretamento Grande = big
Bill of Health = certificado de saúde
Charts = cartas hidrográficas Os Interrogativos (Question Words) são usados para se obter
International Convention for the Safety of Live at Sea = conven- informações específicas. As perguntas elaboradas com eles são
ção internacional de salvaguarda da vida humana no mar. (Solas) chamadas wh-questions, pois todos os interrogativos, com exceção
STCW = Standards of training certification and watchkeeping = apenas de how (como), começam com as letras wh.
convenção internacional sobre normas de formação certificação e Há perguntas em inglês iniciadas por pronomes interrogativos
service de quarto para marinheiro. para se obter informações do tipo: “quem, o que, como, quando,
EPP = personal projective equipament = EPI equipamento de onde”.
proteção individual.
Fire Extinguisher = extintor de incêndio WHAT = (o) que, qual
Rudder = leme
Helm = timão Funciona como sujeito ou objeto da oração.
Bosun’s Locker = paiol do mestre
Oars = remos What makes you happy? (sujeito)
Buoy = boia
Fire Alarm = alarme de incêndio verbo objeto
Rope Ladder = escada de quebra peito principal
Gangway = passadiço
Ports = portos
What did you say? (objeto)
Port Captaincy = capitania dos portos
Yacht Harbours = docas de recreio auxiliar sujeito verbo
Coast Guard = guarda costeira principal
Watch Tower = posto de vigia
Life Boat Station = Estação de Salva Vidas WHO = quem

Dependências a bordo Funciona como sujeito ou objeto da oração.


Galley = cozinha
Crew Mess = refeitório da tripulação
Stateroom = cabine de dormir Who arrived late yesterday? (sujeito)
verbo principal
Amarração de cabos
Rope = cabo \ corda Who does she love? (objeto)
Dock line = cabo de amarração
Warp = lais de guia auxiliar sujeito verbo
Reef Knot = nó direito principal
Volta do Fiel = clove hitch
Fisherman’s Bend = volta do Anete WHOM = quem
Kink = coca (nó na mangueira)
Yarn = fibra Funciona só como objeto de oração ou é usado após preposi-
Order = ordem ções.
Anchor = ancora
Whom did you talk to yesterday? (objeto)
Estivagem de carga
Rope Sling = linga de cabo verbo sujeito verbo
Bags Balles = bolsas de fardos auxiliar principal
Steel plates = chapas de aço
Homem ao mar = man over board To whom did you talk?
Merchant Ship = Navio mercante
WHICH = que, qual, quais - Indica escolha ou opção.
Chamadas e comunicações Which shirt do you prefer: the blue one or the red one?
Não especificado = unspecified Which of those ladies is your mother?
Explosion = explosão

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LÍNGUA INGLESA
WHERE = onde Fica fácil não cometer mais este erro se você lembrar que as
Where are you going tonight? frases em Inglês sempre precisam ter um sujeito (considerando so-
mente a frase central). As únicas que começam direto do verbo são
WHY = por que as imperativas como tell me, stand up e ask her.
Why don’t you come to the movies with us? Entender a estrutura de um idioma é muito mais importante do
que tentar traduzir tudo ao pé-da-letra.
WHEN = quando
“When were you born?” “In 1970.” Sujeito
O sujeito, que sempre ocupa a primeira posição na frase, con-
HOW = como trário ao que ocorre na língua portuguesa, nunca é omitido. O su-
“How is his sister?” “Fine.” jeito pode ser representado por um ou vários substantivos ou por
pronomes pessoais.
WHOSE = de quem
“Whose dictionary is this?” “John’s.” Verbo
Como se pode observar nos exemplos anteriores, o verbo ou a
Formas compostas de WHAT e HOW locução verbal (sublinhados) ocupa a segunda posição na estrutura
frasal inglesa.
- WHAT Na poesia, na música ou no inglês falado coloquial, pode-se en-
WHAT + to be + like? = como é...? contrar exemplos em que esta regra não é observada.
“What is your boyfriend like?” Entretanto, em linguagem técnico-científica, como no inglês
“He’s tall and slim.” computacional, o formato S+V+C é usado rigorosamente.

WHAT about...? = Que tal, o que você acha de...? Complementos


What about having lunch now? Os complementos são palavras ou frases inteiras que detalham
ou completam as informações estabelecidas pelo sujeito e o verbo,
WHAT do you call...? = como se chama...? qual é o nome...? que são os únicos termos essenciais da oração.
What do you call this device? Analisemos estas frases: “A secretária chegou”, “O ônibus saiu”,
“O avião caiu”. Sintaticamente, já temos os dois elementos indis-
- WHAT ... FOR? = por que, para que? pensáveis: O sujeito que determina quem está envolvido na exe-
What are you doing this for? cução de uma determinada ação e o verbo que responde pelo ato
executado
- HOW
HOW FAR = Qual é a distância?
HOW DEEP = Qual é a profundidade? EXERCÍCIOS
HOW LONG = Qual é o comprimento? Quanto tempo?
HOW WIDE = Qual é a largura?
HOW TALL = Qual é a altura? (pessoas) 1. (COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR – INGLÊS - COLÉGIO PE-
HOW HIGH = Qual é a altura? (coisas) DRO II – 2019)
HOW OLD = Qual é a idade?
HOW MUCH = Quanto(a)? TEXT 6
HOW MANY = Quantos(as)?
HOW OFTEN = Com que frequência? “Probably the best-known and most often cited dimension of
HOW FAST = A que velocidade? the WE (World Englishes) paradigm is the model of concentric cir-
cles: the ‘norm-providing’ inner circle, where English is spoken as
A estrutura básica das frases em inglês é semelhante à nossa, a native language (ENL), the ‘norm-developing’ outer circle, where
no português. Ela segue um esquema que chamamos SVO, ou seja it is a second language (ESL), and the ‘norm-dependent’ expanding
Sujeito-Verbo-Objeto. O mesmo vale para frases negativas, em que circle, where it is a foreign language (EFL). Although only ‘tentati-
simplesmente se adiciona ao verbo auxiliar a forma negativa not a vely labelled’ (Kachru, 1985, p.12) in earlier versions, it has been
essa estrutura afirmativa. Do mesmo jeito que, no português, usa- claimed more recently that ‘the circles model is valid in the senses
mos um advérbio de negação, como “não”. of earlier historical and political contexts, the dynamic diachronic
Formar uma frase interrogativa em inglês também não é com- advance of English around the world, and the functions and stan-
plicado, embora os componentes da frase mudem um pouco de dards to which its users relate English in its many current global
posição em relação ao português. O mesmo vale para frases excla- incarnations’ (Kachru and Nelson, 1996, p. 78).”
mativas. PENNYCOOK, A. Global Englishes and Transcultural Flows. New York:
Para formar frases afirmativas, o inglês usa o mesmo esquema Routledge, 2007, p. 21.
Sujeito-Verbo-Objeto que usamos no português. Já para frases ne-
gativas devemos apenas adicionar o not a essa estrutura afirmati- According to the text, it is possible to say that the “circles mo-
va — exatamente como fazemos em nosso idioma — mas também del” established by Kachru
inserir um verbo auxiliar em inglês. (A) represents a standardization of the English language.
Já para interrogações e exclamações, os componentes das fra- (B) helps to explain the historicity of the English language.
ses em inglês mudam um pouco, em relação aos do português. (C) establishes the current standards of the English language.
Tradução literal não tem como funcionar porque cada língua é (D) contributes to the expansion of English as a foreign langua-
parte de uma cultura e as culturas são completamente diferentes. ge.

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LÍNGUA INGLESA
2. (COLÉGIO PEDRO II - PROFESSOR – INGLÊS - COLÉGIO PEDRO II – 2019)

TEXT 5

“In other words, there are those among us who argue that the future of English is dependent on the likelihood or otherwise of the U.S.
continuing to play its hegemonic role in world affairs. Since that possibility seems uncertain to many, especially in view of the much-talked-
-of ascendancy of emergent economies, many are of the opinion that English will soon lose much of its current glitter and cease to be what
it is today, namely a world language. And there are those amongst us who further speculate that, in fifty or a hundred years’ time, we will
all have acquired fluency in, say, Mandarin, or, if we haven’t, will be longing to learn it. […] Consider the following argument: a language
such as English can only be claimed to have attained an international status to the very extent it has ceased to be national, i.e., the exclusive
property of this or that nation in particular (Widdowson). In other words, the U.K. or the U.S.A. or whosoever cannot have it both ways. If
they do concede that English is today a world language, then it only behooves them to also recognize that it is not their exclusive property,
as painful as this might indeed turn out to be. In other words, it is part of the price they have to pay for seeing their language elevated to
the status of a world language. Now, the key word here is “elevated”. It is precisely in the process of getting elevated to a world status that
English or what I insist on referring to as the “World English” goes through a process of metamorphosis.”
RAJAGOPALAN, K. The identity of “World English”. New Challenges in Language and Literature. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2009, p. 99-100.

The author’s main purpose in this paragraph is to


(A) talk about the growing role of some countries in the spread of English in world affairs.
(B) explain the process of changing which occurs when a language becomes international.
(C) raise questions about the consequences posed to a language when it becomes international.
(D) alert to the imminent rise of emergent countries and the replacement of English as a world language.

3. (PREFEITURA DE CUIABÁ - MT - PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL - LETRAS/ INGLÊS - SELECON – 2019)

Texto III

Warnock (2009) stated that the first reason to teach writing online is that the environment can be purely textual. Students are in a
rich, guided learning environment in which they express themselves to a varied audience with their written words. The electronic commu-
nication tools allow students to write to the teacher and to each other in ways that will open up teaching and learning opportunities for
everyone involved. Besides, writing teachers have a unique opportunity because writing-centered online courses allow instructors and
students to interact in ways beyond content delivery. They allow students to build a community through electronic means. For students
whose options are limited, these electronic communities can build the social and professional connections that constitute some of educa-
tion’s real value (Warnock, 2009).
Moreover, Melor (2007) pointed out that social interaction technologies have great benefits for lifelong education environments. The
social interaction can help enhancing the skills such as the ability to search, to evaluate, to interact meaningfully with tools, and so on.
Education activities can usually take place in the classroom which teacher and students will face to face, but now, it can be carried out
through the social network technologies including discussion and assessment. According to Kamarul Kabilan, Norlida Ahmad and Zainol
Abidin (2010), using Facebook affects learner motivation and strengthens students’ social networking practices. What is more, according
to Munoz and Towner (2009), Facebook also increases the level of web-based interaction among both teacher-student and student-stu-
dent. Facebook assists the teachers to connect with their students outside of the classroom and discuss about the assignments, classroom
events and useful links.
Hence, social networking services like Facebook can be chosen as the platform to teach ESL writing. Social networking services can
contribute to strengthen relationships among teachers as well as between teachers and students. Besides, they can be used for teachers
and students to share the ideas, to find the solutions and to hold an online forum when necessary. Using social networking services have
more options than when using communication tools which only have single function, such as instant messaging or e-mail. The people can
share interests, post, upload variety kinds of media to social networking services so that their friends could find useful information (Wiki-
pedia, 2010).
(Adapted from: YUNUS, M. D.; SALEHI, H.; CHENZI, C. English Language Teaching; Vol. 5, No. 8; 2012.)

Das opções a seguir, aquela que se configura como o melhor título para o Texto III é:
(A) Advantages of Integrating SNSs into ESL Writing Classroom
(B) Using Communication Tools Which Only Have Single Function
(C) Facebook Assists the Teachers to Connect with Their Students
(D) Using Social Networking Services to Communicate with Colleagues

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LÍNGUA INGLESA
4. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - PROFESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019)

Leia a tira em quadrinhos e analise as afirmativas abaixo.

I. No primeiro quadrinho Hagar consultou o velho sábio para saber sobre o segredo da felicidade.
II. No segundo quadrinho as palavras that e me se referem, respectivamente, ao “velho sábio” e a “Hagar”.
III. As palavras do velho sábio no último quadrinho são de que é melhor dar que receber.

Assinale a alternativa correta.


(A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas
(B) Apenas as afirmativas II e III estão corretas
(C) As afirmativas I, II e III estão corretas
(D) Apenas a afirmativa I está correta

5. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - PROFESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019)

THE ARAL: A DYING SEA

The Aral Sea was once the fourth biggest landlocked sea in the world – 66,100 square kilometers of surface. With abundant fishing
resources, the Sea provided a healthy life for thousands of people.
The Aral receives its waters from two rivers – the Amu Dar’ya and the Syr Dar’ya. In 1918, the Soviet government decided to divert the
two rivers and use their water to irrigate cotton plantations. These diversions dramatically reduced the volume of the Aral.
As a result, the concentration of salt has doubled and important changes have taken place: fishing industry and other enterprises have
ceased: salt concentration in the soil has reduced the area available for agriculture and pastures; unemployment has risen dramatically;
quality of drinking water has been declining because of increasing salinity, and bacteriological contamination; the health of the people,
animal and plant life have suffered as well.
In the past few decades, the Aral Sea volume has decreased by 75 percent. This is a drastic change and it is human induced. During
natural cycles, changes occur slowly, over hundreds of years.
The United Nations Environment Program has recently created the International Fund for Saving the Aral Sea. Even if all steps are
taken, a substantial recovery might be achieved only with 20 years.
(From: https://www.unenvironment.org/)

De acordo com o texto: The diversion of the rivers has reduced the volume of the Aral..., assinale a alternativa correta.
(A) by 60 percent
(B) by 70 percent
(C) by 75 percent
(D) by 66,100 kilometers

6. (PREF. DE TERESINA - PI - PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA - LÍNGUA INGLESA - NUCEPE – 2019)

The plural form of brother-in-law, foot and candy is


(A) brothers-in-laws, feet ,candys.
(B) brothers-in-law, feet, candies.
(C) brother-in-laws, feet, candies.
(D) brothers-in-law, foots, candies.
(E) brother-ins-law, foots, candys.

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LÍNGUA INGLESA
7. (SEDF - PROFESSOR SUBSTITUTO – INGLÊS - QUADRIX – 11. (PREFEITURA DE BLUMENAU - SC - PROFESSOR - INGLÊS –
2018) MATUTINO - FURB – 2019)

What is the sequence that presents the correct example asses-


sment items with their grammatical focus listed below?

Grammatical focus:
A superlative
B past simple
C gerunds and infinitives
D relative pronouns
E present simple passive
F second conditional

Example assessment items:


1) Complete the sentences with the correct word(s). I ..........
there for six years before moving to Budapest.
2) Complete the descriptions with who or which. This is a kind
of cheese .......... is made from goat’s milk not cow’s milk.
3) Rewrite the sentences using the correct form of the verbs in
brackets. Where (you/fly) if (you/be) a bird?
4) Complete the sentences with the correct form of the verbs
in brackets. Coffee (grow) in Brazil. It (export) to many countries in
the world.
5) Complete the sentences with ... +ing or to + ... . I decided
(send) a letter to my friend.
6) Complete the sentences with an appropriate adjective.
Shanghai is the .......... city in the world.

Mark the alternative that presents the correct sequence:


(A) B – D – F – E – C – A.
(B) F – E – C – A – D – B.
(C) A – C – B – E – D – F.
(D) A – F – B – D – E.
Based on the text, judge the following items. (E) B – E – D –C – F – A.
The final “s” in “ideas” (line 2) and “brains” (line 8) is pronoun-
ced in the same way. 12. (PREFEITURA DE SÃO MIGUEL DO OESTE - SC - PROFESSOR
( ) Certo - LÍNGUA INGLESA - AMEOSC – 2019)
( ) Errado
Analyze the sentences below:
8. I normally have two long ________ a year. I. She can read music much more quickly then I can;
(A) holiday II. Until 2005, the film had made the most money that any Bri-
(B) holidays tish film had ever made;
(C) holidaies III. A lot of people behaved badly at the party, but she behaved
(D) holidayes worst of all.

9. They have four ________, all girls. Indicate the correct alternative according to the comparative
(A) childs form.
(B) childes (A) The items I and II, only.
(C) childen (B) The items II and III, only.
(D) children (C) The item III, only.
(D) The items I, II, and III.
10. You must remember to brush your _____ after eating.
(A) tooths
(B) toothes
(C) teeth
(D) teeths

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LÍNGUA INGLESA
13. (PREFEITURA DE SALVADOR - BA - PROFESSOR LÍNGUA ES- In the sentence “to get uglier every day” (#3), “uglier” is to
TRANGEIRA – INGLÊS - FGV - 2019) “more beautiful” as
(A) faster is to quicker.
TEXT III (B) lighter is to darker.
(C) tougher is to harder.
(D) sadder is to more unhappy.
(E) freer is to more independent.

14. (PREFEITURA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - PRO-


FESSOR II – INGLÊS - IBFC – 2019)

O tempo verbal utilizado para descrever fatos que aconteceram


em tempo não determinado chama-se _____. Assinale a alternativa
que preencha corretamente a lacuna.
(A) Past continuous
(B) Past simple
(C) Present simple
(D) Present perfect

15. (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO CEDRO - SC - PROFESSOR


–INGLÊS - AMEOSC – 2019)
Did you _____________ that Pilates was born in prison and ins-
pired by cats?

Identify the best alternative that completes the context.


(A) Knew.
(B) Know.
(C) Told them.
(D) Brought.

GABARITO

(Source: https://pt.wikipedia.org/wiki/Green_Book)
1 B
Here are six reviews on Green Book:
1. The screenplay essentially turns Shirley into a black man who 2 C
thematically shapeshifts into whoever will make the story appealing 3 A
to white audiences - and that’s inexcusable.
Lawrence Ware New York Times 4 A
2. Green Book is effective and affecting while being careful to 5 C
avoid overdosing its audience on material that some might deem
6 B
too shocking or upsetting.
James Berardinelli ReelViews 7 CERTO
3. In a world that seems to get uglier every day, this movie’s 8 B
gentle heart and mere humanity feel like a salve.
Leah Greenblatt Entertainment Weekly 9 D
4. A bizarre fish-out-of-water comedy masquerading as a se- 10 C
rious awards-season contender by pretending to address the deep
wound of racial inequality while demonstrating its profound inabi- 11 A
lity, intellectually and dramatically, to do that. 12 B
Kevin Maher Times (UK)
13 B
5. Sometimes life is stranger than art, sometimes art imitates
life, and sometimes life imitates art. If life starts imitating hopeful 14 D
art - that’s uplifting. That’s the goal of art, as I see it. “Green Book” 15 B
uplifts.
Mark Jackson Epoch Times
6. There’s not much here you haven’t seen before, and very
little that can’t be described as crude, obvious and borderline offen-
sive, even as it tries to be uplifting and affirmative.
A.O. Scott New York Times
(Source: https://www.rottentomatoes.com/m/green_book/reviews/)

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LÍNGUA INGLESA

ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
1. Estratégia Empresarial: Estruturas Organizacionais, Estratégia Organizacional, Planejamento Estratégico Empresarial . . . . . . . . . . 01
2. Administração da Produção e Compras: Estratégia de Suprimento (Strategic Sourcing); Administração de Compras; Gestão de Esto-
ques: MRP, Ponto de Ressuprimento, Lote Econômico de Compra, Just in Time, Sistema de Rastreamento de Materiais (RFI D, Código
de Barras e Unique Identification Device); Planejamento e Controle da Produção; Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain
Management) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
3. Administração Mercadológica: Marketing, Marketing B2B, Marketing de Serviços, Pesquisa de Mercado, Planejamento de Marketing,
Estratégias de Marketing, Relacionamento com Clientes, Gestão Comercial, Comércio Exterior, Marca, Mídias digitais, Comércio Ele-
trônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4. Administração de Recursos Humanos: Estratégias de RH, Relacionamento com Públicos de Interesse, Remuneração e Benefícios, De-
sempenho, Cultura Organizacional, Desenvolvimento de RH, Gestão do Conhecimento, Carreira e Sucessão, Liderança e Equipe . 23
5. Administração Financeira e Orçamentária: Matemática Financeira, Valor do Dinheiro no Tempo, Risco x Retorno, Análise de Investi-
mentos, Alavancagem e Endividamento, Planejamento Financeiro e Orçamentário, Administração do Capital de Giro, Fontes de Finan-
ciamento à Longo Prazo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6. Administração de Sistemas de Informação: sistemas operacionais e sistemas de apoio à decisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
7. Contabilidade: Contabilidade Geral, Contabilidade de Custos, Contabilidade Gerencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
8. Processo Decisório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
9. Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
10. Lógica: Funções, Análise Combinatória, Progressões, Raciocínio Lógico Quantitativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
11. Estatística: Probabilidade, Estatística Descritiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138
12. Gerenciamento de Projetos: Ciclo de Vida; Estrutura analítica de projeto; Estudo de viabilidade técnica e econômica, Gerenciamento
das Aquisições do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
13. Conflitos e Negociação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL: ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS, ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL, PLANEJAMENTO ES-
TRATÉGICO EMPRESARIAL

A estratégia empresarial
Quatro dimensões definem uma estratégia empresarial: a estratégia de investimento no produto-mercado, a proposição de valor ao
cliente, os ativos e competências e as estratégias e programas funcionais. A primeira dimensão especifica onde competir e as três restantes
indicam como competir para ter êxito, conforme sugerido na figura abaixo1.

Uma estratégia empresarial

https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/111164438.pdf

A estratégia de investimento no produto-mercado – onde competir


O escopo da empresa e as dinâmicas dentro desse escopo representam uma dimensão estratégica muito básica. Quais setores deve-
riam receber recursos e atenção de gestão? Quais deveriam ter seus recursos retirados ou mantidos?
Mesmo em uma organização pequena, a decisão da distribuição de recursos é uma parte fundamental da estratégia. O escopo de uma
empresa é definido pelos produtos que ela oferece e escolhe não oferecer, pelos mercados que ela pretende ou não pretende atuar, pelos
concorrentes com quem ela escolhe competir ou evitar e pelo nível de integração vertical.
Às vezes, a decisão mais importante no escopo de uma empresa é a que define quais produtos ou segmentos evitar. Essa decisão,
quando seguida rigorosamente, pode conservar recursos necessários para competir de forma bem-sucedida em outros lugares.
Peter Drucker, um guru da administração, desafiou executivos a especificar “O que é o nosso negócio e o que ele deveria ser? O que
não é o nosso negócio e o que ele não deveria ser?”. Tal julgamento pode, algumas vezes, envolver tomadas de decisão difíceis, como o
abandono ou liquidação de um negócio, ou evitar uma oportunidade aparentemente atraente.
Muitas organizações têm demonstrado as vantagens de ter um escopo de negócios bem definido. Como exemplos pode-se citar a
Williams-Sonoma oferece produtos para o lar e para a cozinha; a IBM mudou sua posição sob a direção de Lou Gerstner, em parte, mar-
cando seus componentes de serviço e, mais recentemente, expandindo a marca de seus softwares.
Também a P&G se concentra no amplo espectro de bens de consumo não alimentares. O Walmart e a Amazon têm um escopo abran-
gente que gera economias de escala e uma única proposta de valor comercial.
Mais importante do que o escopo é a dinâmica do escopo. Quais produtos serão lançados ou retirados do mercado nos próximos anos?
Conforme sugerido na figura a seguir, o crescimento pode ser gerado ao trazer produtos já existentes a novos mercados (expansão do mercado),
ao trazer novos produtos a mercados existentes (expansão do produto) ou por ingressar em novos produtos e mercados (diversificação).

Direções do crescimento de produto-mercado

https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/111164438.pdf
1 https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/111164438.pdf

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Expandir o escopo do negócio pode ajudar a organização a atin- • A melhor qualidade (Lexus);
gir um crescimento e uma vitalidade e pode ser uma alavanca para • Amplitude da linha de produtos (Amazon);
lidar com as mudanças no mercado, aproveitando as oportunidades • Ofertas inovadoras (3M);
conforme elas vão aparecendo. Durante os primeiros cinco anos da • Uma paixão compartilhada por uma atividade ou um produto
era Jeff Immelt, a GE mudou o seu foco e características investindo (Harley-Davidson);
em saúde, energia, tratamento de água, hipotecas de casas e en- • Conexões globais e prestígio (CitiGroup).
tretenimento (comprando a Universal), saindo do mercado de se-
guros, diamantes industriais, negócios terceirizados na Índia e uma A Home Depot e a Lowe’s são varejistas que focam em melho-
divisão de motores. Além disso, a porcentagem de fontes de ganhos rias do lar com proposições de valor muito diferentes. A Home De-
fora dos Estados Unidos cresceu de 40% para quase 50%. pot tem lojas muito sóbrias e funcionais que são planejadas para
Entretanto, expandir o escopo dos negócios também pode atrair o contratante ou os proprietários da casa com base na função
trazer riscos. Como a expansão do escopo ultrapassa o âmbito do e no preço. Desde 1994, a estratégia da Lowe’s é mostrar um lado
negócio principal, poderá haver aumento de riscos já que a oferta mais suave, um olhar mais confortável para as mulheres.
da empresa não será distintiva, e poderá haver problemas operacio- Assim, suas lojas são bem iluminadas, com sinais coloridos e
nais ou as marcas da empresa não suportarão a expansão. Apesar claros, pisos impecáveis e atendentes amigáveis e prestativos. Anos
das semelhanças de fabricação e distribuição, a Bausch & Lomb’s mais tarde, a estratégia da Lowe’s ganhou força, e a Home Depot,
tentou migrar do segmento de cuidado com os olhos para o seg- por causa de um programa de redução de custos, está tentando
mento de enxaguantes bucais, o que foi um fracasso para a marca ajustar sua própria proposição de valor.
e para o produto.
O esforço de uma empresa de fabricação de equipamentos no Ativos e competências
ramo dos robôs fracassou quando não foi capaz de criar ou de ad- Os ativos ou competências que sustentam a estratégia frequen-
quirir a tecnologia necessária. A atenção e os recursos não podem temente garantem uma vantagem competitiva sustentável (VCS).
ser desviados do negócio principal, o que pode causar seu enfra- Uma competência estratégica é o que uma unidade de negócios faz
quecimento. excepcionalmente bem, como o programa de relacionamento com
O padrão de investimento determinará os rumos da empresa. o cliente, as tecnologias sociais, a fabricação ou a promoção, que
Embora haja variações óbvias e refinamentos, é útil conceituar as tem importância estratégica para a empresa. Geralmente, ela é ba-
seguintes alternativas: seada no conhecimento ou em um processo.
• Investir para crescer (ou ingressar no produto-mercado); Já um ativo estratégico é um recurso, tal como o nome de uma
• Investir para manter a posição existente; marca ou uma base existente de clientes, que é forte em relação
• Explorar o negócio minimizando investimentos; aos concorrentes. A formulação da estratégia deve considerar o
• Recuperar o maior número de ativos possível liquidando ou custo e a viabilidade de gerar ou manter ativos ou competências
abandonando o negócio. que garantam a base para uma vantagem competitiva sustentável.
Ativos e competências podem envolver um amplo espectro,
A P&G perdeu metade do seu valor de mercado em seis meses desde sites à experiência em P&D, ou um símbolo, como o boneco
antes que A.G. Lafley assumisse como CEO em 2000. Isso ocorreu, da Michelin. Para a P&G isso representa compreender o cliente,
em parte, porque a empresa investiu recursos consideráveis em no- construir a marca, inovar, ter capacidade de levar o produto ao mer-
vas iniciativas de negócios (como a Olay Cosmetics e a Fit Wash) que cado e ter uma escala global.
decepcionaram ou foram um fracasso. Embora um ativo ou competência forte seja frequentemente
Dois anos depois, a empresa recuperou a maior parte das per- difícil de construir, eles podem resultar em uma vantagem signifi-
das, mesmo que o valor total das ações de mercado tenha caído 1/3 cativa e duradoura. As sinergias obtidas da operação de uma em-
durante esse tempo. Um ponto chave para a reviravolta foi a estra- presa que amplia seus mercados pode ser um ativo importante e
tégia que focou marcas maiores, cada uma contribuindo com mais uma fonte de VCS. As sinergias, que são significativas porque são
de um bilhão de dólares em vendas – Tide/Arial, Always/Whisper, baseadas em características organizacionais que não são facilmente
Crest, Folgers, Iams, Pampers, Charmin, Bounty, Pantene, Downy/ copiadas, pode se dar em diversas formas.
Lenor e Pringles – e reduzindo investimentos em outras 80 ou mais Dois negócios podem reduzir custos compartilhando o sistema
marcas. de distribuição, a força de vendas ou o sistema logístico, conforme
Por exemplo, sem o desvio de recursos, o grupo de cuidados ocorreu quando a Gillette adquiriu a Duracell (e, mais tarde, quan-
do cabelo pôde focar a revitalização da Pantene. Marcas menores do a mesma foi adquirida pela P&G). As sinergias também podem
receberam menor atenção, e aquelas como a Jif e a Crisco, que não basear-se no compartilhamento de um mesmo ativo, como com a
possuíam estratégia adequada, foram descartadas. marca HP que compartilhou dezenas de unidades de negócios, ou
O crescimento tem sido obtido desde então pela expansão da a competência como a da Toyota de gerir fábricas em diferentes
lista de marcas de um bilhão de dólares, a partir do crescimento marcas e países.
interno e da aquisição da Gillette. Outra fonte de sinergia é o compartilhamento de estratégias da
área funcional entre unidades de negócios. A Ford foi capaz de pa-
A proposição de valor para o cliente trocinar a Copa do Mundo, por exemplo, enquanto a Ford utilitários
No final, a oferta precisa atrair clientes novos e os já existentes. no Reino Unido não o fez. Outra fonte de sinergia é o compartilha-
É preciso haver uma proposição de valor que seja relevante e sig- mento da pesquisa e desenvolvimento (P&D).
nificativa para o cliente e que reflita o posicionamento do produto A P&G agrega marcas como Head & Shoulders, Aussie, infusion
ou do serviço. Para adotar uma estratégia de sucesso, a proposi- e Pantene na categoria de cuidados com o cabelo, não apenas para
ção deve ser sustentável com o passar do tempo e se diferenciar da oferecer orientação de espaço de prateleiras para varejistas e para
concorrência. A proposição de valor para o cliente pode envolver criar promoções com mais facilidade, mas também para gerenciar o
elementos, tais como garantir: uso de inovações do produto. Finalmente, uma combinação de pro-
• Um bom valor (Walmart); dutos pode resultar em uma proposição de valor. Algumas empre-
• Excelência em um atributo importante do produto ou do ser- sas de software têm agregado produtos para oferecer um sistema
viço, como garantir roupas limpas (Tide); de solução aos consumidores; Microsoft Office é um exemplo disso.

2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
A capacidade de ativos e competências para apoiar a estratégia Essa formação de equipes integrando diversas áreas é uma es-
irá depender, parcialmente, do seu poder com relação aos concor- tratégia que propicia a melhoria da comunicação dentro da empre-
rentes. Até que ponto os ativos e competências são fortes e estão sa, possibilitando maior fluxo de informações interdepartamentais
no lugar certo? Até que ponto eles existem por causa do símbolo de e consequente agilidade na tomada de decisão por consenso. Outro
uma marca ou de um investimento de longo prazo em uma compe- benefício observado é a aprendizagem gerada nas discussões entre
tência? Até que ponto eles são baseados em uma sinergia organiza- os indivíduos, resultando em troca de conhecimentos enriquecedo-
cional que não pode ser copiada? res para todos os envolvidos.
Ativos e competências podem ser, também, pontos de parida- Rotondaro (1997) afirma que, para a sobrevivência das empre-
de. Em dimensões como qualidade percebida, força de distribuição sas, é necessário que as atividades empresariais sejam vistas não
ou custos de fabricação, o objetivo pode não ser o de criar uma em termos de funções, departamentos ou produtos, mas em ter-
vantagem, mas sim o de evitar uma desvantagem. mos de processos-chave. Essa teoria é conhecida como gerencia-
Quando um ativo ou competência está próximo o suficiente ao mento de processos.
de um concorrente para neutralizar este último, então, um ponto Através desse modelo, a geração de um produto ou serviço é
de paridade foi alcançado. Tal paridade pode ser a chave para o su- realizada por meio de uma cadeia de processos interligados, que
cesso; se a qualidade percebida em uma oferta do Walmart é con- atravessa os departamentos, promovendo uma relação de clientes
siderada adequada, então a percepção de preço irá ganhar o dia. e fornecedores internos, embora a orientação seja sempre para o
cliente final.
Estratégias e programas funcionais
O objetivo da proposição de valor ou de um conjunto de ativos — Estratégia Organizacional
e competências é elencar alguns imperativos estratégicos por meio Define-se Estratégia como a forma como a empresa entende
de um conjunto de estratégias funcionais ou programas de apoio. o mercado e se posiciona frente a ele. A estratégia corresponde à
Tais estratégias e programas, por outro lado, serão implementados determinação de metas básicas de longo prazo e objetivos de uma
com um conjunto de táticas de curto prazo. organização e à adoção de um conjunto de ações e alocação de re-
Estratégias funcionais ou programas que poderiam orientar a cursos necessários para levar adiante essas metas (ROBBINS, 1990).
estratégia empresarial podem incluir: Dessa forma, a eficácia da adaptação organizacional depende
• Programa de relacionamento com o cliente; das percepções da coalizão dominante em relação às condições
• Estratégia de construção da marca; ambientais e das decisões tomada pela organização em relação a
• Estratégia de tecnologia social; como lidará com tais condições (MILES; SNOW, 1978). Na verdade,
• Estratégia de comunicação; a primeira fase da formulação estratégica é a percepção ambiental.
• Estratégia de tecnologia de informação; Na sociedade atual, as organizações devem analisar continua-
• Estratégia de distribuição; mente o ambiente, originando movimentos internos de mudança.
• Estratégia global; O ponto central é a passagem de uma postura passiva ou meramen-
• Programa de qualidade; te reativa para uma postura proativa.
• Estratégia de terceirização;
• Estratégia logística; Desenvolvimento, implantação e avaliação da estrutura orga-
• Estratégia de manufatura. nizacional
No desenvolvimento de uma estrutura organizacional, devem-
A necessidade de estratégias e programas funcionais pode ser -se considerar seus componentes, condicionantes, níveis de in-
determinada por meio de poucas perguntas. O que precisa aconte- fluência e níveis de abrangência, conforme demonstrados a seguir.
cer para que a empresa consiga cumprir sua proposição de valor?
Existem ativos e competências necessários? Eles precisam ser cria- a. Componentes da estrutura organizacional
dos, fortalecidos ou apoiados? Como? A estrutura organizacional é formada por três sistemas, quais
sejam:
— Estruturas Organizacionais
Define-se Estrutura como a distribuição de tempos e recursos → Sistema de responsabilidade - resultado da alocação de ati-
entre os vários indivíduos da empresa. A estrutura organizacional vidades, é constituído por departamentalização, linha, assessoria e
define como as tarefas serão alocadas, quem se reporta a quem e especialização do trabalho;
quais mecanismos formais de coordenação e padrões de interação → Sistema de autoridade - resultado da distribuição das uni-
devem ser seguidos (ROBBINS, 1990)2. dades organizacionais, é constituído por amplitude administrativa
Tushman e Nadler (1997) sugerem que a integração pode ser ou de controle, níveis hierárquicos, delegação, centralização e des-
feita por meio de: centralização;
→ equipes, comitês ou forças-tarefa, aglutinando indivíduos de → Sistema de comunicações - resultado da integração das uni-
diversas áreas para trabalharem em oportunidades ou problemas dades organizacionais, é constituído por “o que”, “como”, “quando”,
comuns; “de quem” e “para quem” comunicar.
→ gerentes de projeto, desempenhando um papel interligador
Pode-se considerar mais um componente da estrutura organi-
formal, buscando a integração e a coordenação no desenvolvimen-
zacional o sistema de decisão (resultado da ação sobre as infor-
to de um novo produto e/ou processo;
mações). Esse aspecto está relacionado a Drucker (1962), primeiro
→ reuniões formais, propiciando um ambiente regularmente
autor a acrescentar o sistema de decisão, passando para quatro os
programado para que indivíduos de diferentes áreas compartilhem
componentes da estrutura organizacional.
informações e troquem ideias.
b. Etapas do processo decisório
O processo de tomada de decisão se divide em cinco etapas:
2 Soares, Thiago Coelho. Estrutura e processos organizacionais: livro didático / reconhecimento, estudo das alternativas, planejamento, imple-
Thiago Coelho Soares; design instrucional João Marcos de Souza Alves, Marina
mentação e controle.
Melhado Gomes da Silva. – Palhoça: Unisul Virtual, 2013.

3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
A etapa de reconhecimento consiste em reconhecer o proble- Tipos de planejamento nas empresas
ma ou a oportunidade sobre a qual a decisão vai ser tomada. Essa
etapa é crucial, pois, se não for bem feita, todo o trabalho de uma
equipe será desperdiçado. Pode ser considerada a mais difícil das
cinco, pois é o pontapé inicial e todas as demais serão consequência
dela.
O estudo das alternativas é a elaboração de alternativas de
ação e consiste em elencar possibilidades para resolver o problema
ou aproveitar a oportunidade. É necessário elaborar alternativas,
pois se elas não existem, não há decisão a ser tomada.
Para facilitar essa segunda etapa, existe um instrumento gráfi-
co chamado árvore de decisão. Esse instrumento avalia as alterna-
tivas disponíveis e normalmente é utilizado quando existem várias
alternativas a serem analisadas. https://www.researchgate.net/profile/Thiago-Soares-3/publica-
A etapa de planejamento é a avaliação das vantagens e des- tion/320024475_Estrutura_e_Processos_Organizacionais/links/59c-
vantagens de cada alternativa. É necessário ter senso crítico para 95f04a6fdcc451d545e13/Estrutura-e-Processos-Organizacionais.pdf
poder analisar as alternativas, para que realmente se escolha a me-
lhor delas. e. Níveis de abrangência da estrutura organizacional
A etapa de implementação corresponde a selecionar a alterna- Podem ser considerados três níveis de abrangência quando do
tiva que melhor se apresentou na etapa anterior. Após a alternativa desenvolvimento e da implementação da estrutura organizacional
ser escolhida, aconselha-se anunciá-la com confiança e de forma nas empresas:
decisiva, para que a mudança decorrente dessa escolha não gere in-
segurança nos outros. Um erro comum é implementar a alternativa → Nível de abrangência da empresa - quando se analisa a em-
escolhida na época errada. presa toda, independentemente da quantidade de negócios que ela
Na etapa de controle, avaliam-se os resultados da decisão. tenha;
Assim, é necessário humildade, pois se os resultados não são os → Nível de abrangência da unidade estratégica de negócio -
esperados, muitas vezes sai mais barato admitir o erro do que man- trata-se de transformar departamentos e divisões em “pequenas
ter a decisão. empresas” internas da organização, com autonomia operacional e
mercadológica (a gestão financeira continua centralizada para oti-
c. Condicionantes da estrutura organizacional mizar os recursos das várias unidades autônomas);
São condicionantes da estrutura organizacional: → Nível de abrangência da corporação - considera-se a admi-
nistração corporativa, que congrega mais de uma unidade estraté-
→ Objetivos e estratégias da empresa, estabelecidos no plane- gica de negócio.
jamento estratégico;
→ Ambientes da empresa (internos e externos): os internos são — Planejamento Estratégico Empresarial
rotinas administrativas, máquinas etc.; os externos são consumido- A administração é formada pelo processo de planejamento,
res, fornecedores, governo, mídia, sindicatos, instituições financei- organização, direção e controle do trabalho dos membros da orga-
ras, concorrentes, acionistas, variáveis sociais, variáveis econômi- nização e do emprego de todos os outros recursos organizacionais
cas, variáveis políticas e variáveis tecnológicas; para atender aos objetivos estabelecidos.
→ Evolução tecnológica e tecnologia aplicada na empresa: O Planejamento Estratégico Empresarial determina a finali-
novos desenvolvimentos em produtos e processos, além de novos dade e os objetivos da organização e prevê atividades, recursos e
avanços na ciência, que podem interferir nas atividades organiza- meios que permitirão atingi-los ao longo de um período de tempo
cionais; determinado.
→ Recursos humanos, considerando habilidades, capacitações A etapa de planejamento é a avaliação das vantagens e desvan-
e níveis de motivação e de comprometimento para com os resulta- tagens de cada alternativa. É necessário ter senso crítico para poder
dos da empresa (funcionários capacitados e motivados são formas analisar as alternativas, para que realmente se escolha a melhor
de aumentar a produtividade das empresas). delas.
A estrutura formal é planejada e definida pela organização.
d. Níveis de influência da estrutura organizacional Também é bastante dinâmica. Assim, a estrutura organizacional
Os três níveis de influência da estrutura organizacional são: varia de acordo com o planejamento estratégico da organização,
para se adequar aos objetivos desta.
→ Nível estratégico - substituição de produtos para se adequar Os objetivos e estratégias da empresa, estabelecidos no plane-
ao mercado, nova filial; jamento estratégico são condicionantes da estrutura organizacio-
→ Nível tático - divisão de uma área em duas (produção e téc- nal.
nica) para melhor administrar os recursos da empresa; Com a Prevalência do planejamento estratégico a empresa
→ Nível operacional - alteração da estrutura organizacional. ganha flexibilidade, utilizando seus pontos fortes para atender às
necessidades de seus clientes e conquistar os clientes da concor-
rência.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Strategic Sourcing é uma metodologia aplicada às áreas de Su-
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E COMPRAS: ESTRA- primentos em que se analisa profundamente o custo total da aqui-
TÉGIA DE SUPRIMENTO (STRATEGIC SOURCING); AD- sição de cada família de produtos ou serviços através do mapea-
MINISTRAÇÃO DE COMPRAS; GESTÃO DE ESTOQUES: mento, entendimento e avaliação das especificações dos materiais,
MRP, PONTO DE RESSUPRIMENTO, LOTE ECONÔMICO níveis de serviço e do mercado fornecedor. Deve-se lembrar que as
DE COMPRA, JUST IN TIME, SISTEMA DE RASTREA- organizações não se limitam apenas a vender, elas também com-
MENTO DE MATERIAIS (RFI D, CÓDIGO DE BARRAS E pram vastas quantidades de matérias-primas, componentes manu-
UNIQUE IDENTIFICATION DEVICE); PLANEJAMENTO faturados, instalação, equipamentos, suprimentos e serviços.
E CONTROLE DA PRODUÇÃO; GESTÃO DA CADEIA DE Strategic Sourcing não inclui atividades diárias do cotidiano
SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN MANAGEMENT) empresarial do processo de aquisição. Não inclui cotações indivi-
duais de fornecedores, avaliação de qualidade, análises de desem-
Administração da produção penho e de pagamento. Strategic sourcing (estratégia de origem) e
O tema administração da produção compreende uma vasta Procurement (aquisição) se separam para caminhos diferentes após
gama de assuntos, que não devem ser vistos de forma isolada sob a formação de um contrato ou a qualificação formal de um forne-
pena de perderem seu significa do conjunto. As atividades de admi- cedor selecionado.
nistração da produção acontecem a todo o instante, em número e
frequência muito maiores do que possam parecer. — Administração de Compras
O cotidiano atual nos mantém imersos, de tal forma, nas ati- Quando se fala em compras deve-se verificar uma série de fato-
res como escolha dos fornecedores, qualidade dos serviços, prazos
vidades de produção que julgamos ser necessário emergir deste
de entrega, preços, entre vários outros elementos. A administração
contexto para visualizar e compreender o funcionamento destas
de contas, trata-se de uma atividade fundamental para o bom funcio-
atividades, a fim de poder administrá-las com maior propriedade3.
namento das empresas, influenciando diretamente nos seus estoques,
Considerando a definição de administração como sendo o pro-
relacionamento com seus clientes, competitividade e seu sucesso. A
cesso de planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho das pes-
compra de material representa um fator decisivo na atividade de uma
soas da organização e de usar da melhor forma possível os recur-
empresa, pois dependendo de como ela é gerenciada pode reduzir os
sos disponíveis para conseguir realizar os objetivos estabelecidos, custos e consequentemente aumentar os lucros5.
é possível dizer que administrar a produção consiste em utilizar, Com um cadastro atualizado e completo de fornecedores e
da melhor forma, os recursos destinados à produção de bens ou com cotações de preços feitos semestralmente, muitos problemas
serviços. serão evitados. A função compra não é mais apenas uma atividade
São várias as definições de administração da produção ou de rotineira, ela faz parte do processo de logística das empresas. Não
administração de operações apresentados na literatura. A seguir se trata apenas em adquirir material.
são transcritas algumas: O setor de compras se inter-relaciona com todos os outros se-
Slack et al. (2002) definem administração da produção como tores da empresa, influenciando e sendo influenciado. Portanto,
sendo as atividades, decisões e responsabilidades dos gerentes de a função compra vem ganhando espaço nas empresas, onde não
produção; basta apenas comprar, e sim, obter o maior número de vantagens
Davis et al. (2001) defendem que, a partir de uma estratégia possíveis.
corporativa, a administração da produção pode ser definida como Pode-se definir compras como sendo operações que envolvem
o gerenciamento dos recursos diretos que são necessários para a valores, muito essencial entre as que compõem o processo de su-
obtenção dos produtos e serviços de uma organização; primento.
Stevenson (2001) considera que a função de operações englo- Os objetivos da função compra são:
ba todas as atividades diretamente ligadas à produção de bens ou
ao fornecimento de serviços e ressalta a ampliação do escopo da • Obter mercadorias e serviços na quantidade certa, com qua-
função para outros tipos de organização além de fábricas. lidade e um custo menor;
• Garantir que a entrega seja feita de maneira correta;
— Estratégia de Suprimento (Strategic Sourcing) • Desenvolver e manter boas relações com os fornecedores.
Estratégia é um modelo fixo de decisões e ações que situam e
limitam a organização no meio em que está inserida e tem como Assim, a função compra busca, incansavelmente, evitar dupli-
objetivo alcançar suas metas. O termo Strategic Sourcing foi criado cações, estoques elevados, aquisições com urgência, onde poderá
há mais de uma década pela empresa A.T. Kearney, empresa norte criar conflitos e custos altos de planejamento, estoques e transpor-
americana de consultoria. tes. Essa preocupação tem tornado a função compra extremamente
Bullen, LeFave e Selig (2010) citam que Strategic Sourcing é dinâmica, utilizando-se de tecnologias cada vez mais sofisticadas e
parte integrante de uma estratégia geral da organização, mas a atuais como o EDI - Electronic Data Interchange, a internet e cartões
eficácia do todo depende de torná-la eficaz e inovadora4. de crédito.
Segundo Sollish e Semanik (2011), Strategic Sourcing é uma Deste modo, pode-se perceber que uma administração de
aquisição organizacional e processo de gestão de suprimentos usa- compras eficaz contribui significativamente para o alcance dos obje-
da para localizar, desenvolver, qualificar e empregar fornecedores tivos estratégicos e das metas das empresas, proporcionando maior
que agregam valor máximo a produtos e serviços adquiridos. Ou agilidade nas operações efetuadas pelas empresas e na qualidade
seja, engloba e envolve os fornecedores que se alinham com o ne- das aquisições, onde para a empresa é um diferencial altamente
gócio estratégico e as metas operacionais da organização, ainda que competitivo e positivo.
seja um plano de ação interna, de readequação da equipe, como Nunca é demais insistir na informação de quantidades, qualida-
terceirização da atividade. des e dos prazos necessários para a fábrica operar. Através dessas
informações é possível prever o tempo necessário para negociar,
fabricar e entregar os produtos nos prazos solicitados.
3 Administração da produção: operações industriais e de serviços / Jurandir Pei-
nado e Alexandre Reis Graeml Curitiba: UnicenP, 2007. 5 http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1499/Gestao_Materiais_
4 http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_226_324_30819.pdf ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
— Gestão de Estoques
A função da administração de estoques é controlar as disponibilidades e necessidades de produção de matérias-primas, a fim de não
faltar material ao processo de fabricação. Para a gerência financeira, a redução dos estoques é uma das metas prioritárias.
Controlar o estoque é de extrema importância, pois evita o desperdício, desvios e altos investimentos. Isso significa fornecer o material
e o local de produção no momento certo e em condição utilizável, com custo mínimo para a plena satisfação do cliente e dos acionistas.
Veja agora um resumo dos objetivos da administração e controle de estoques:

• Garantir o suprimento adequado de matéria-prima, material auxiliar e peças ao processo de fabricação;


• Manter o estoque mais baixo possível para atendimento compatível às necessidades vendidas;
• Identificar e eliminar os itens antigos e defeituosos em estoque;
• Não deixar faltar e nem ultrapassar a procura dos produtos;
• Prevenir contra perdas, danos, desvios ou mau uso;
• Manter a quantidade necessária quanto às necessidades;
• Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em conta o volume de vendas e prazos.

Pode-se concluir, então, que toda empresa deverá ter um almoxarifado que controlará tudo que entra e sai, pois controlar o estoque é
muito importante para qualquer empresa. É necessário verificar o tempo que um determinado produto permanece dentro dos depósitos,
a quantidade de cada material e quando pedir determinado produto.

• MRP
O MRP (material requirements planning) é um programa de computador que foi desenvolvido para auxiliar na determinação das ne-
cessidades de materiais nas organizações. Com o vertiginoso aumento da capacidade de processamento dos atuais computadores, hoje
em dia, o MRP normalmente faz parte de um programa ainda maior, chamado de ERP (enterprise resource planning), que controla todas
as funções da organização6.
O MRP necessita de uma estrutura de produtos, que detalha os componentes e as quantidades necessárias para formar um produto.
Isto é chamado de estrutura do produto, conhecida no meio industrial por bill of materials (BOM). Esta estrutura mostra que alguns itens
formam sub-montagens, que, por sua vez, formam outras sub-montagens maiores, de acordo com o nível em que se encontram na estru-
tura da estrutura.
O MRP gera ordens de compra para os itens que devem ser adquiridos de fornecedores externos e ordens de fabricação para as sub-
-montagens que devem ser produzidas internamente, nos diversos setores da organização. Para o MRP executar os cálculos da quantidade
e das datas de compras e de fabricação dos produtos e de suas partes, a organização precisa manter um rigoroso controle de informações
dos estoques.
As definições de MRP, apresentadas por diversos autores, são análogas e convergem em direção a um mesmo ponto: o M RP auxilia as
empresas a planejar suas necessidades de recursos, com o a poio de sistemas de informação computadorizados.
Martins e Campos (2000) definem MRP como sendo uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais
que serão utilizados na fabricação de um certo produto.
Slack et al (2002) comentam que o MRP permite que as empresas calculem quanto material de determinado tipo é necessário e em
que momento. Para fazer isso, ele utiliza os pedidos em carteira, assim como uma previsão dos pedidos que a empresa acha que irá re-
ceber. O MRP verifica, então, todos os ingredientes ou componentes que são necessários para completar estes pedidos, garantindo que
sejam providenciados a tempo.
Tubino (1997) afirma que o modelo de controle de estoques pelo MRP considera a dependência da demanda de itens componentes da
demanda por produtos acabados. Ou seja, partindo-se das quantidades de produtos acabados a serem produzidas de período a período,
determinadas no plano mestre de produção, pode-se calcular as necessidades brutas dos itens dependentes, de acordo com a estrutura
do produto. Começa-se pelos componentes de nível superior e vai-se descendo de nível, até se chegar às matérias-primas.
Moreira (1998) define MRP como uma técnica para converter a previsão de demanda de um item de demanda independente em uma
programação das necessidades das partes componentes do item.

6 Administração da produção: operações industriais e de serviços / Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml Curitiba: UnicenP, 2007.

6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Visão geral do MRP
Para executar os cálculos de quantidade e tempo descritos nas definições, os sistemas MRP requerem que a empresa mantenha certos
dados em arquivos de computador, os quais, quando o programa M RP é rodado, podem ser verificados e atualiza dos. A figura abaixo
demonstra uma visão geral do M RP.

Visão geral do programa MRP

http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/livro2folhas.pdf

Para esclarecer o funcionamento do MRP e o algoritmo utilizado pelo sistema, será utilizado o exemplo de uma simples caneta esfe-
rográfica, composta de 14 itens, em uma estrutura de cinco níveis, conforme mostrado na figura a seguir.

Estrutura analítica da caneta esferográfica

http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/livro2folhas.pdf

• Ponto de Ressuprimento
Corresponde ao nível de estoque que ao ser atingido indica a necessidade de ressuprimento do material. O ponto de suprimento pode
ser calculado em função da demanda média durante o tempo de ressuprimento adicionado o estoque de segurança a este valor, conforme
fórmula abaixo. Convém ressaltar o sistema de ressuprimento do estoque precisa ser contínuo para se saber o momento em que o ponto
de ressuprimento foi alcançado7.

7 Administração da produção: operações industriais e de serviços / Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml Curitiba: UnicenP, 2007.

7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Fórmula – Ponto de ressuprimento

http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/livro2folhas.pdf

Convém ressaltar que a unidade de tempo utilizada para definir a demanda deve ser igual à unidade de tempo que define o tempo de
ressuprimento. A multiplicação da demanda pelo tempo de ressuprimento traduz a demanda esperada durante o tempo de ressuprimento
médio.
O ponto de ressuprimento também indica o estoque de segurança, ou seja, quanto maior o ponto de ressuprimento, maior será o
estoque de segurança. Exemplo: Um fabricante de eletrodomésticos tem uma produção média diária de 300 liquidificadores domésticos.
Os motores elétricos que compõem o produto são adquiridos de um fornecedor que demora cinco dias para entregar o lote de com-
pra. O fabricante deseja ter como estoque de segurança uma quantidade de motores suficiente para dois dias de produção em função de
possíveis atrasos na emprega ou aumento de produção em função de horas extras.
Qual deverá ser o ponto de ressuprimento do estoque desses motores?

http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/livro2folhas.pdf

• Lote Econômico de Compra


A determinação do lote mínimo de compra ou lote econômico de compra é a quantidade que deve ser comprada para que o custo
total de aquisição e de manutenção de estoques seja mínimo. O lote econômico de compras ou fabricação acontece quando os custos com
pedidos e o custo com estocagem são iguais, já que, nesta situação, o custo logístico total é menor.
Quando se agregam vários itens de compra em um único lote de compra, é possível obter menores custos totais, se comparado à
prática de aquisição de lotes de materiais isolados. Em algumas situações, a produção de determinado item acontece ao mesmo tempo
em que a demanda.
Nesses casos, é necessário considerar o ritmo de produção e compará-lo com o ritmo da demanda. Em algumas situações, pode ha-
ver algum tipo de desconto (representado por uma redução no custo unitário) baseado na quantidade de material adquirido por lote de
compra. Quando isto acontece, é necessário calcular o custo total para cada uma das faixas de desconto, decidindo-se pelo lote de menor
custo, naturalmente.
O lote econômico de compra pode ser calculado matematicamente e corresponde à quantidade de material para a qual o custo de
estocagem é igual ao custo com pedidos. Ele pode ser obtido, encontrando-se o ponto de mínimo da curva do custo total, ou seja, igua-
lando-se a sua primeira derivada a zero.

http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/livro2folhas.pdf

Isolando-se o lote de compra (L C), obtém-se a fórmula do lote econômico de compra, ou seja, do lote que representa a opção mais
econômica para a aquisição do material em questão.

Fórmula – Lote econômico de compra

http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/livro2folhas.pdf

Onde: D = demanda no período;


Cp = custo unitário de um pedido;

8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
t = taxa de juros ou custo de oportunidade; O sistema de maior utilização é o de cartão simples, iniciado
Cu = custo unitário do material. nos EUA pela fábrica de motocicletas da Kawasaki. A diferença bá-
sica é que no cartão simples não há cartão de produção, apenas o
• Just in Time de retirada. O próprio cartão de retirada serve como sinal para a
A filosofia JIT - Just in Time, quando aplicada de forma adequada, produção de um novo lote.
reduz ou elimina a maior parte do desperdício que ocorre na compra, O potencial do sistema Kanban pode ser medido pela sua capa-
na produção, distribuição e atividades de apoio à produção e de qual- cidade de identificar, entender e promover ajustes com velocidade
quer atividade produtiva. Isso é realizado utilizando três componen- para não produzir interrupções no fluxo de trabalho.
tes básicos: fluxo, qualidade e envolvimento dos funcionários8. Não pode-se perder de vista que o Kanban apenas complemen-
O JIT não apenas proporciona às empresas uma substancial ta o sistema de fabricação no ambiente Just In Time, do qual fazem
melhoria na qualidade dos produtos que fabricam, mas também per- parte também, o PCP, o Programa-Mestre, uma lista de material,
mite reduzir o tempo de resposta do mercado em mais de 90%. Pro- mudanças no projeto do produto, etc.
dutos novos ou modificados por sugestão do consumidor podem ser
colocados no mercado na metade do tempo considerado normal. • Sistema de Rastreamento de Materiais (RFID, Código de Bar-
Ao mesmo tempo, o equipamento requerido para tais proce- ras e Unique Identification Device)
dimentos podem ser reduzidos e os estoques diminuídos ou até
mesmo eliminados. A Toyota Motor Company, sentindo a necessi- Sistema de Rastreamento de Materiais
dade de coordenação da produção com as diferentes solicitações Em concordância com as exigências dos clientes no decorrer
da demanda por veículos (modelos, cores, etc.), foi quem primeiro dos anos, as empresas buscam organizar-se para que possam gerar
aplicou a teoria do JIT em suas linhas de montagem. informações confiáveis sobre os materiais que utilizam nos proces-
São objetivos do JIT: sos de fabricação, assim como dos produtos que armazenam para o
• Eliminação de defeitos, evitando o retrabalho; atendimento do mercado, tornando a gestão de estoques um dife-
• Aproveitamento máximo nos processos produtivos; rencial competitivo9.
• Redução do tamanho do lote fabricado; Para o desenvolvimento de uma gestão eficiente de controle de
• Redução dos tempos de preparação das máquinas; estoques, a execução do inventário físico é imprescindível, em di-
• Manutenção preventiva; versos segmentos verifica-se que os inventários são parte estratégi-
• Envolvimento de operários: atividades de pequenos grupos. ca das empresas, pois eles representam importante investimento e
garantir a integridade dos estoques é fundamental neste processo.
Esses objetivos podem ser entendidos através da expressão: Este processo garante que os produtos estejam disponíveis e
“eliminação de desperdícios”, onde são considerados sete tipos: ainda proporciona seguridade de que as informações contidas no
desperdício de superprodução, de espera, de transporte, de pro- sistema estejam de acordo com a realidade dos estoques físicos.
cessamento, de movimento, de produção defeituosa e de estoques.
Rastreabilidade
Vantagens do JIT Rastreabilidade é habilidade de rastrear o histórico, aplicação
• Custo; ou localização de um objeto, conforme descreve a Associação Brasi-
• Qualidade; leira de Normas Técnicas – NBR ISO 9000 (2015).
• Flexibilidade; Juran e Gryna (1991) mencionam que a rastreabilidade pode
• Velocidade; ser aplicada sobre itens individuais de ferramenta ou sobre lotes de
• Confiabilidade. peças, ou podem ser códigos de datas para materiais de produção
contínua ou uma combinação disto. A informação é o fator mais va-
Para haver tais vantagens com a implantação do sistema JIT é lioso em um sistema de rastreabilidade, seja no lote ou em alguma
necessária uma grande flexibilidade na programação da linha de unidade específica, esta deverá ser agregada aos materiais.
produção e, acima de tudo, uma ótima sincronia de trabalho entre A arquitetura do sistema de rastreabilidade está diretamen-
clientes e fornecedores. te relacionada com a estrutura do sistema de produção, armaze-
namento, distribuição e comercialização; visto que é demandado
Aplicação do JIT – Kanban maior nível de controle e monitoramento de informações durante
Kanban é uma das técnicas mais usadas para atingir a meta do diferentes etapas da cadeia produtiva.
JIT. A palavra Kanban, de origem japonesa, e significa cartão. Tem
como objetivo reduzir os tempos de preparação de máquina e os RFID
tamanhos dos lotes e produzir, apenas, as quantidades necessárias, RFID é a abreviatura de Radio Frequency Identification – Iden-
de acordo com a demanda. tificação por Radiofrequência. Esta tecnologia teve suas origens na
Vamos falar agora sobre os tipos de sistema Kanban: o sistema segunda guerra mundial, onde era utilizada para identificação de
Toyota de duplo cartão e o sistema de cartão simples. O sistema de aviões amigos ou inimigos10.
duplo cartão é menos usado, funciona da seguinte forma: há dois A partir da década de 80 a tecnologia começou a ser utilizada
tipos de cartão, o de retirada e o de produção. como um sistema para realizar o rastreamento e controle, origi-
Enquanto o cartão de retirada sinaliza a necessidade de re- nando muitas pesquisas e estudos para criar uma arquitetura que
tirada para o processo seguinte, o cartão de produção informa a pudesse utilizar os recursos dessa tecnologia baseada em radiofre-
quantidade que aquele processo deve produzir. O sistema Toyota quência para ser um modelo de desenvolvimento de outras novas
de duplo cartão obedece rigorosamente a esse conceito, ou seja, aplicações e sistemas de rastreamento.
nenhum produto é feito sem que haja o cartão de ordem de produ-
ção e a quantidade de peças é, exatamente, o que foi determinada 9 https://fateclog.com.br/anais/2019/GEST%C3%83O%20DE%20ESTO-
no cartão. QUES%20COM%20RASTREABILIDADE%20DE%20MATERIAIS.pdf
10 https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/333/2018/11/ModelodeAplicabili-
8 http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1499/Gestao_Materiais_ dadedeSistemaRFIDparaRastreabilidadena_Ind%C3%BAstriaAliment%C3%AD-
ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&isAllowed=y cia.pdf

9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Desses estudos, nasceu o Código Eletrônico de Produtos - EPC (Electronic Product Code) definindo-se uma arquitetura de identificação
de produtos que utilizava os recursos proporcionados pelos sinais de radiofrequência, chamada posteriormente de RFID.
O RFID é um sistema sem fio que utiliza ondas de rádio para atribuir identidade (sob forma de um código denominado EPC) a uma eti-
queta eletrônica (Tag). As etiquetas eletrônicas (Tags) conseguem armazenar muito mais informações que os códigos de barras, e os dados
transmitidos pela etiqueta podem fornecer identificação ou localização de informações, ou informações específicas sobre um determinado
produto, como o preço, cor, data de compra, entre outras.
A leitura das informações contidas no dispositivo portátil é realizada por meio da utilização de um leitor (reader), e a comunicação en-
tre os dispositivos acontece através de ondas de radiofrequência. Essa comunicação pode ocorrer em um ambiente onde não é necessário
o contato visual nem físico entre os dispositivos.

Funcionamento da tecnologia RFID


Segundo Glover & Bhatt (2007 citados por MALTA, 2009) o sistema de identificação por frequência de rádio utiliza basicamente os
seguintes componentes: tag, que é anexada ao item a ser rastreado; leitor, que reconhece os identificadores e lê as informações armaze-
nadas; antena e sistema de comunicação, os quais se comunica com o leitor através de um software chamado middleware.
A figura abaixo apresenta os elementos que constituem um sistema RFID.

Componentes de um sistema RFID

https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/333/2018/11/ModelodeAplicabilidadedeSistemaRFIDparaRastreabilidadena_Ind%C3%BAstriaAlimen-
t%C3%ADcia.pdf

Código de Barras
O código de barras é uma forma de representar a numeração do código do material, que viabiliza a captura automática dos dados por
meio de uma leitura óptica nas operações automatizadas, proporcionando que o material seja identificado de forma rápida, sem necessi-
dade de digitação dos números de seu código.
O Processo com Leitor de Código de Barras é estabelecido através da geração do documento de inventário (sistêmico), em seguida
é realizada a contagem considerando lote e localização, assim como no Processo com Papel e Caneta, porém com a realização de leitura
conforme a tecnologia disponível, finalizadas as contagens os dados são analisados, nesta etapa é realizada a avaliação do aceite dos ajus-
tes ou recontagem dos materiais.
A tecnologia de código de barras é a tecnologia mais difundida para identificação de materiais em um almoxarifado, mas a tecnologia
RFID possui algumas vantagens frente ao código de barras:

Capacidade de leitura em várias distâncias;


Leitura de centenas de itens ao mesmo tempo;
Reutilização, visto que novos IDs podem ser gravados no mesmo Tag;
Utilização em ambientes extremamente desfavoráveis tais como neblina, pintura e gelo.

A falta de informação entre os processos da parada de manutenção pode causar atrasos em seus cronogramas e prejuízos a compa-
nhia. Principalmente, devido à perda de tempo para localizar materiais nos locais de armazenamento da unidade marítima.

Unique Identification Device


O Unique Identification Device UDI (Identificação Única de Dispositivos) é uma série de caracteres numéricos ou alfanuméricos que é
criado por meio de uma identificação de dispositivo aceita globalmente e padrão de codificação. Ele permite a identificação inequívoca de
um dispositivo médico específico no mercado11.
O UDI é composto pelo UDI-DI e UDI-PI. O identificador único pode incluir informações no lote ou número de série e pode ser aplicado
em qualquer lugar no mundo.
A produção de um UDI compreende o seguinte:
• Um identificador de dispositivo UDI (‘UDI-DI’) específico para um dispositivo, fornecendo acesso à informações estabelecidas;
• Um identificador de produção UDI (‘UDI-PI’) que identifica a unidade da produção do dispositivo e, se aplicável, os dispositivos
embalados.

— Planejamento e Controle da Produção


Criar soluções para reduzir estoques sem afetar o processo de produção e sem aumentar os custos é, na verdade, um dos maiores
desafios que os empresários estão encontrando, afinal, tudo que está envolvido na produção e na comercialização requer a utilização de
recursos financeiros.
11 https://ec.europa.eu/health/sites/default/files/md_topics-interest/docs/md_faq_udi_en.pdf

10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
O Planejamento e Controle da Produção (PCP) é um conjunto de ações que procura conciliar o processo produtivo da empresa com
os objetivos do cliente.12
Para atingir seus objetivos, o PCP administra as informações vindas de diversas áreas do sistema produtivo, como engenharia, marke-
ting, fabricação, manutenção, compras/suprimentos, recursos humanos e finanças.
Como sua função é coordenação de apoio ao sistema produtivo, o PCP relaciona-se, de forma direta ou indireta, com todas as funções
deste sistema.
As decisões do PCP influenciam no desempenho operacional, econômico e financeiro da empresa, sendo visível ao cliente através do
preço, velocidade de entrega, serviços de pós-vendas, entre outros; e para a empresa através dos lucros.
Outro fator importante envolvido no processo do PCP é a programação, fase intermediária entre o setor de planejamento e o setor de
controle. Quando é feito um planejamento para os próximos dias ou semanas, passa a existir uma obrigatoriedade para que os setores de
produção executem os trabalhos programados dentro do período previsto.
Para ser competitivo é fundamental reduzir continuamente o “lead time” (tempo decorrido) de todos os processos da organização.
Lead Time ou tempo decorrido é o tempo gasto pelo sistema de produção para converter matérias-primas em produtos acabados. O Su-
pply Chain define-se como o tempo entre a entrada do material até a sua saída do inventário.
Trata-se de um conceito muito importante da logística, e deve ser levado em consideração em todas as atividades, pois influência
diretamente no custo de operação.

PCP – Planejamento e Controle da Produção

http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1499/Gestao_Materiais_ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Algumas empresas buscam, dentro dos princípios de melhoramento contínuo, a meta de lead-time “zero”, ou seja, entrega imediata
sem formação de estoques. Claro que isso é impossível, pois sempre existirá um prazo de entrega para os pedidos dos clientes.

Lead Time

http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1499/Gestao_Materiais_ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Ao acompanhar o fluxo produtivo de um item, você poderá identificar quatro grupos diferentes de tempos que compõem o lead time
desse item: esperas, processamento, inspeção e transporte, sendo as esperas subdivididas em espera para programação da produção,
espera na fila e espera no lote, conforme a figura abaixo.

12 http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1499/Gestao_Materiais_ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&isAllowed=y

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Composição do Lead Time Produtivo

http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/1499/Gestao_Materiais_ADMINISTRACAO-IFSP.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Na realidade, muito dos tempos que compõe o lead time estão relacionados com as chamadas perdas. São elas:
• Superprodução: produzir mais do que o necessário;
• Espera: espera dos trabalhadores e pouco uso das máquinas;
• Transporte: elevação do custo de desempenho da fábrica;
• Processamento: atividades desnecessárias para a conclusão do produto;
• Estoque: estoques desnecessários; compra ou produção de grandes lotes;
• Desperdício no movimento: estão relacionadas com a operação principal realizada pelos trabalhadores;
• Produtos defeituosos: desperdício na produção de peças e produtos.

Em resumo, todas essas perdas relacionam-se diretamente com a estrutura de produção e, portanto, quanto maior o lead time, maior
serão as perdas. É importante que não se confunda lead time com tempo de ciclo.
Lead time é o tempo necessário para transformar matéria-prima em produtos acabados, enquanto que ciclo é o intervalo de tempo
entre a saída de produtos acabados.

— Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management)

Abordagem de coordenação da cadeia de suprimentos


Sempre em busca da excelência e eliminação de desperdícios, conforme proposto pela filosofia just-in-time, e cada vez mais pres-
sionadas pelo aumento da competição, agora em escala global, as organizações têm buscado, mais recentemente, melhorar a eficácia da
interação na cadeia de suprimentos como um todo13.

Cadeia de Suprimentos
Uma cadeia de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, de forma direta ou indireta, no atendimento do consumidor. Ela
envolve clientes, varejistas, atacadistas, distribuidores, fabricantes, fornecedores de matéria-prima ou componentes, fornecedores dos
fornecedores e transportadores.
A gestão da atuação conjunta de tantos players tem sido chamada de Supply Chain Management, que se apresenta como um novo
modelo competitivo e gerencial para as organizações. O movimento nesse sentido é recente e ainda não há na literatura um consenso
sobre os marcos históricos mais relevantes a ele relacionados.
Ainda assim, algumas práticas e iniciativas alinhadas a este novo direcionamento merecem destaque e são apresentadas no quadro
a seguir.

Práticas associadas à gestão da cadeia de suprimentos

13 Administração da produção: operações industriais e de serviços / Jurandir Peinado e Alexandre Reis Graeml Curitiba: UnicenP, 2007.

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

http://www.paulorodrigues.pro.br/arquivos/livro2folhas.pdf

ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA: MARKETING, MARKETING B2B, MARKETING DE SERVIÇOS, PESQUISA DE MER-


CADO, PLANEJAMENTO DE MARKETING, ESTRATÉGIAS DE MARKETING, RELACIONAMENTO COM CLIENTES, GESTÃO
COMERCIAL, COMÉRCIO EXTERIOR, MARCA, MÍDIAS DIGITAIS, COMÉRCIO ELETRÔNICO

Para que possamos compreender a natureza dos problemas de hoje relacionados com a função do administrador mercadológico, é
necessário que façamos um retrospecto histórico das atividades comerciais ao longo dos tempos e dos fatores que sobre ela incidiram,
transformando-as e enobrecendo-as. De acordo com Arantes (1978), sem dúvida, o comércio é uma das mais antigas atividades do ho-
mem, antecedendo, em suas formas rudimentares, quando se exercia por intermédio de trocas, o desenvolvimento da própria história14.
Durante o Império Romano, o comércio adquiriu enorme importância, não só em extensão, pela influência das ligações entre pontos
distantes da Europa, da Ásia e da África, feitas por intermédio de Roma, mas também pelo desenvolvimento de sua técnica e da fixação de
seus institutos pelos jurisconsultos romanos. Após a queda do Império Romano, a não ser em alguns centros mais populosos, o comércio
reverteu a situação de estagnação, que foi uma das características da Idade Média. Para essa estagnação do comércio, concorreram a in-
vasão da Europa pelos islamitas e a decadência da navegação marítima.
Mas, no século X, começa a surgir, na Europa, uma nova classe de comerciantes profissionais, classe esta, a princípio constituída, em
sua maioria, de aventureiros marginais e dos assim chamados cavalheiros ladrões.
É a partir do século XII que os habitantes dos burgos, que se dedicavam ao artesanato, começam a constituir o embrião de uma nova
classe social: a classe média.
Do século XII até o século XVI, verifica-se a existência das características dadas a seguir que determinam a natureza das atividades
comerciais de então:
• As cidades são praticamente autossuficientes, acarretando a restrição do mercado ao próprio âmbito do burgo.
• A produção é realizada sob encomenda, em virtude da baixa produtividade do processo de produção por artesanato e do baixo
poder aquisitivo desses mercados.
• A baixa produção, realizada sob encomenda em um mercado restrito, é colocada pelo próprio produtor, estabelecendo-se, assim,
a identidade do produtor comerciante.

Mas, já no século XVI, grandes modificações haviam ocorrido na Europa, com a formação dos estados modernos, as grandes descober-
tas que abriram os mercados do Oriente e das Américas pela abundância dos novos suprimentos de matéria-prima, novos desenvolvimen-
tos tecnológicos, como o novo processo de produção em alto forno, o desenvolvimento da técnica contábil, o desenvolvimento das bolsas
como centros de operações de compra e venda e a organização dos serviços postais internacionais.
Mas é a partir da segunda metade do século XVIII, segundo Arantes (1978), com o advento da época em que surge a Revolução Indus-
trial, que entram em ação os fatores que modificaram totalmente a relação produção-comércio até então prevalecente.
a) O princípio da divisão do trabalho: considerado por vários autores como o fator mais importante de renovação no processo indus-
trial. O fundamento do princípio da divisão do trabalho, comentado e analisado por Adam Smith, é a divisão dos estágios da produção em
operações executadas separadamente, de forma a serem repetidas continuamente.
b) Novas invenções: que permitem o aproveitamento das forças naturais (água, vapor e carvão) como energia motriz e a sua adapta-
ção aos processos de produção, especialmente como decorrência do novo conceito de produção mencionado anteriormente.

Mercadologia e mercadização
Arantes (1978) afirma que a preocupação pelo estudo sistemático do problema de venda manifestou-se mais nitidamente nos EUA,
onde as associações de classe e as universidades passaram a oferecer cursos e ciclos de conferências sobre o assunto, valendo-se da
experiência dos homens de negócios e do trabalho de pesquisa sistemática realizado por intelectuais. Data de 1904 o primeiro curso de
Mercadologia (Marketing) oferecido em uma universidade americana, e de 1910 o primeiro livro escrito sobre a matéria.
A palavra mercadologia é neologismo surgido no Brasil em 1947, no livro Ciência da Administração, do professor Álvaro Porto Moi-
tinho, com a seguinte conceituação: mercadologia é o estudo do mercado e compreende o exame e o conhecimento das condições e
tendências do mercado para que, em consequência, se possa orientar com acerto a política comercial.
14 ALMEIDA, Roberto Teixeira. Comércio, Administração Mercadológica. e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil. Montes Claros – MG/2011.

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Como a palavra marketing, em inglês, engloba dois sentidos, jurídica, havendo uma troca de produtos ou serviços. Já Para Ching
o de dominar uma área de estudos, e o sentido de ação, de mo- (2001), o B2B conecta milhares de organizações em todo o mundo
vimento, a palavra mercadologia, juntamente com a palavra mer- na internet, através do Wolrd Wide Web (www), possibilitando o
cadização, foi adotada em 1957, pela Escola de Administração de comércio entre elas, de forma simultânea e prática15.
Empresas de São Paulo, para a tradução de marketing. E nessa mesma linha de raciocínio, tem-se a percepção de Ber-
taglia (2003), que acredita que o B2B é uma ferramenta que possi-
Mercadização segundo Arantes (1978), é a execução das ativi- bilita estreitar os laços entre as organizações, melhorando a comu-
dades de negócios que encaminham o fluxo de mercadorias e ser- nicação realizada entre elas. Para ele, as organizações acabam se
viços do produtor aos consumidores finais, comerciais e industriais. integrando os seus processos com os seus fornecedores, clientes,
Já Mercadologia, refere-se ao estudo sistemático da mercadização, parceiros e distribuidores.
quer sob os aspectos descritivos, quer sob os analíticos, conforme Ainda de acordo com Banzato (2005), é necessário que a tec-
Arantes (1978). nologia participe ativamente do processo B2B, fazendo com que os
compradores e vendedores possam ter informações a curto prazo
— Marketing do acordo que está sendo proposto, com a finalidade de assegurar
Segundo Kotler (1998), marketing são atividades humanas que a entrega e/ou efetivação do bem ou serviço.
encaminham o fluxo de mercadorias e serviços, desde o seu desen- As transações realizadas no mercado B2B também podem
volvimento até aos consumidores, num processo de trocas, visando acontecer através das redes privadas e públicas, que utilizem as re-
atender os seus desejos e as suas necessidades. des virtuais como ferramenta de realização.
Satisfazer e antecipar desejos e necessidades, bem como en- Algumas pesquisas mostram que o B2B está tendo um constan-
cantar clientes, é papel fundamental do marketing em todos os seg- te crescimento no Brasil. De acordo com os resultados da pesquisa
mentos organizacionais. publicados pela e-Consulting, transações que foram contempladas
no B2B representaram um faturamento de R$267,6 bilhões em
Necessidades e desejos dos consumidores 2005, 37% maior em relação a 2004. Ainda de acordo com os resul-
De acordo com Kotler (1998), as necessidades de consumido- tados, foi constatado que, do valor faturado em 2005, cerca de 80%
res ou compradores organizacionais são as coisas necessárias para (R$212 bilhões) foram oriundos de negócios realizados em redes
a sua sobrevivência. Por exemplo: os consumidores precisam de co- privadas, ou seja, organizações que possuem suas ferramentas de
mida para sobreviver, enquanto as organizações precisam de com- vendas dentro do comércio eletrônico.
putadores, sistemas gerenciais e recursos tecnológicos para conti- Os demais 20% foram realizados através de plataformas que
nuar funcionando. terceirizam o serviço do comércio eletrônico como, por exemplo,
Os desejos incluem bens e serviços específicos para satisfa- o site do Mercado Livre, Submarino, Magazine Luiza e etc., que são
zer vontades pessoais, egos e caprichos. Por exemplo: embora os empresas que oferecem dentro da sua plataforma todo o aparato
consumidores precisem de alimento, o tipo específico de alimento necessário para que as negociações aconteçam, desde a estrutura
pode ser um desejo, como um rodízio de churrasco. de hardware, mão-de-obra especializada e softwares.
Os consumidores não precisam de um relógio para sobreviver, De acordo com a pesquisa realizada em 2006 pela empresa
mas um Timex ironman é um produto que 500 mil consumidores e-Business Brasil, que é a Associação Brasileira de e-Business, foi
por ano compram e, aparentemente, desejam. identificado que 66,2% das empresas já utilizavam das práticas de
compra e vendas eletrônicas em suas atividades, número que é
Demandas 3,8% em relação a 2005. A mesma pesquisa ainda revela que o fa-
Kotler (1998) afirma que as pessoas têm desejos quase ilimita- tor decisório para a constante crescente de empresas que utilizam o
dos e recursos financeiros limitados. Elas desejam escolher produ- B2B foi, na maioria dos casos, foi a agilidade de realizar as cotações
tos que lhes proporcionem o máximo de satisfação em troca do seu e obter os melhores custos e benefícios.
dinheiro. Quando podem ser viabilizados dentro da capacidade de A utilização do comércio eletrônico para a realização de tran-
compra de cada consumidor, desejos transformam-se em demanda sações comerciais se tornou tendência entre as organizações que
positiva. trabalham com o processo de distribuição logística. Isso acontece
No Brasil, antes do Plano Real, havia uma grande quantidade devido as facilidades e benefícios que são encontrados para todas
de trabalhadores que almejavam a posse e o uso de eletrodomésti- as partes envolvidas no B2B, tanto para os vendedores, quanto tam-
cos, móveis, roupas, lazer, reforma de imóveis, enfim, de uma gama bém para os compradores.
de artigos de consumo, sem contar com o sonho de ter um carro ou Agilidade nos procedimentos de compras, agilidade nos orça-
de adquirir a casa própria, e não tinham acesso a esses produtos, mentos, melhores custos, aumento da competitividade e da quali-
em virtude de um processo inflacionário que corroía o poder de dade são alguns deles, tornando um grande diferencial no gerencia-
compra. mento da cadeia de distribuição logística.
O que se deseja mostrar aqui é tão somente o problema da
demanda que, de uma situação de contenção, passou para uma si- — Marketing de Serviços
tuação positiva, em função da viabilização do poder de compra da Marketing de Serviços é o sistema de ações organizando os
população. esforços de pesquisa, desenvolvimento, treinamento, qualificação
A desvalorização do Real frente ao Dólar introduziu mudanças de serviços prestados aos seus consumidores contratantes. As or-
profundas nos padrões de demanda. Produtos importados, que an- ganizações sem fins lucrativos, são principalmente, prestadoras de
tes eram as vedetes, estão, aos poucos, desaparecendo das gôndo- serviços. Torna-se importante, pois, conceituar “serviços” e suas
las dos supermercados e de outros pontos de vendas. implicações para o marketing.
O marketing de serviços assemelha-se ao marketing de produ-
— Marketing B2B tos ou bens tangíveis, pois tanto um quanto o outro são “produtos”
Para Novaes (2001), business to business ou, simplesmente, destinados a oferecer valor aos clientes. Ambos buscam satisfazer
B2B como também é conhecido, é caracterizado pelo comércio
eletrônico estabelecido entre as organizações em forma de pessoa 15 https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/2024/1/
RCBS08092017.pdf

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
determinadas necessidades e/ou desejos destes, contudo, a natu- Outra providência a ser tomada para lidar com esta variabi-
reza diferente dos serviços exige uma atenção diferenciada por par- lidade, afirma kotler (1998, p. 415-416), é padronizar o processo
te dos profissionais de marketing16. de prestação de serviços, utilizando de ferramentas como o fluxo-
Kotler (1998, p. 412) define serviços como qualquer ato ou de- grama para conhecer pontos fortes e fracos do serviço envolvido.
sempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essen- Monitorar a satisfação do consumidor através de sistemas de suges-
cialmente intangível e não resulte na propriedade de nada. Segun- tões, reclamação etc., é também relevante para conhecer como os
do Semenik & Bamossy (1995, p. 735) um bem tangível pode até ser serviços estão sendo percebidos pelo consumidor.
usado na prestação de um determinado serviço, como por exemplo Kotler (1998, p.419) chama a atenção para a dificuldade que o
o aluguel de um carro ou uma viagem de avião. Mas isto não signi- próprio cliente tem de avaliar a qualidade de um serviço, mesmo após
fica que o comprador tenha adquirido a propriedade dos mesmos. tê-lo recebido. Para ele as empresas de serviços enfrentam três gran-
Estas considerações revelam, assim, uma das características des desafios, aumentar sua diferenciação competitiva, sua qualidade
essenciais dos serviços, a intangibilidade. Sobre tal característica, e produtividade. São estratégias necessárias para criar mais valor ao
Fitzsimmons & Fitzsimmons (2000, p. 51) ressaltam que diferente- cliente, criando lealdade do mesmo em relação à empresa.
mente dos produtos, que são objetos, os serviços são idéias e con- Mckenna (1999, p. 16-17) alerta para o fato de que as frontei-
ceitos, sua natureza intangível não permite que o consumidor possa ras entre produtos e serviços estão desaparecendo rapidamente na
vê-lo, tocá-lo e testá-lo antes da compra. atualidade. Ocorre, segundo ele, uma “servilização” dos produtos e
Assim, ao comprar um pacote de viagem não há como expe- a “produtilização” dos serviços. Tal fato é de suma importância para
a aplicação de estratégias de marketing, tanto para empresas de
rimentá-lo antecipadamente, ver e sentir como será a comida, a
produtos quanto para as de serviços.
hospedagem etc. Kotler (1998, p. 414) afirma que, devido a esta
incerteza, o comprador irá buscar sinais que evidenciam qualidade
— Pesquisa de Mercado
naquele produto que irá adquirir.
A pesquisa de mercado é entendida, por Cobra (1990), como
Seja buscando recomendações de terceiros para saber sobre
sendo qualquer esforço planejado e organizado para obter fatos e
a idoneidade da empresa de turismo, seja analisando fotos do ho-
conhecimentos novos que facilitem o processo de decisão de mer-
tel etc. É neste sentido que Kotler alerta para a necessidade de as cado. No caso específico da área comercial, a sua finalidade princi-
empresas de serviços acrescentar evidências físicas e imaginárias pal é coletar informações para determinar, com menor margem de
a suas ofertas abstratas de forma a reduzir esta incerteza sentida erro, a política de compra e venda da empresa, bem como conhe-
pelo cliente. cer o grau de satisfação do cliente em relação aos produtos e aos
Fitzsimmons & Fitzsimmons (2000, p. 51) salientam também serviços da mesma, além de proporcionar informações para o seu
que a participação do cliente no processo dos serviços é outra ca- processo decisório17.
racterística exclusiva destes. Determinados serviços demandam
mais a presença e participação do cliente que outros. Aplicações da pesquisa de mercado
Pode-se afirmar que em uma psicoterapia a participação ativa A seguir, apresentam-se as diferentes áreas nas quais pode ser
do cliente é essencial, sem o qual torna-se impossível a prestação realizada uma pesquisa mercadológica:
do serviço, assim como em um processo educacional, onde a qua-
lidade do serviço prestado será também determinado pelo esforço → Produtos e serviços
do cliente (aluno). • Lançamento de novos produtos e serviços: para saber as pri-
Com o exemplo acima, já pode-se perceber outra característica meiras impressões dos clientes após a colocação de novos produtos
dos serviços, a inseparabilidade. Assim, a produção e o consumo e serviços no mercado.
dos serviços ocorrem simultaneamente. • Melhoria de produtos e serviços existentes: quando se intro-
Churchill & Peter (2000, p. 293) salientam que esta proximida- duz alguma modificação nos produtos ou serviços e se deseja saber
de dos profissionais com os seus clientes demanda dos mesmos, ca- seu impacto junto ao consumidor.
pacidade de manter um bom relacionamento e a prestação de um • Novos empregos de produtos e serviços: quando se quer des-
serviço de qualidade. Sendo capaz de, não só atrair, mas de manter cobrir novos apelos para sensibilizar os clientes quanto ao uso de
o cliente. Esta afirmação é extremamente importante, pois o con- produtos ou serviços.
tato direto entre empregado e cliente exige daquele, qualificação, • Posição dos produtos e serviços frente à concorrência: para
empenho e comprometimento com os objetivos da empresa para a conhecer o posicionamento de produtos e serviços no mercado,
qual trabalha. comparado ao dos concorrentes.
Outra característica importante dos serviços, é a perecibilida- • Teste de novos produtos e serviços: para se ter maior segu-
de. Os serviços são perecíveis, não podem ser estocados e, se não rança ao lançar novos produtos e serviços no mercado.
forem usados, estarão perdidos. Kotler (1998, p.416) afirma que • Preferência do consumidor: para conhecer exatamente o que
esta característica não representa um problema quando a deman- o cliente deseja e aprimorar os produtos e serviços de acordo com
da é estável, mas torna-se mais difícil de ser administrada quando as suas preferências.
a demanda é cíclica. • Denominação de produtos e serviços: quando se quer saber
Estratégias especiais de marketing devem ser implementadas com segurança que nome deve ser dado aos produtos ou aos ser-
para lidar com essas flutuações de oferta e procura. A variabilidade viços, de modo a sensibilizar a mente dos clientes potenciais que
(outra caraterística dos serviços), diz Kotler (1998, p. 415), implica compõem o público alvo.
numa dificuldade de uniformização, na medida em que os serviços
são altamente variáveis e dependem de quem os executa e de onde → Mercados
são prestados. • Análise do mercado referente ao consumidor: quando se
Desta maneira, Kotler, assim como Churchill & Peter, alerta deseja conhecer hábitos e características de consumo e obter in-
para a importância do marketing interno visando o treinamento e a formações que permitam segmentar, de forma eficiente e eficaz, o
qualificação daqueles que lidam diretamente com o cliente (funcio- mercado.
nários), bem como, a satisfação e motivação destes.
17 ALMEIDA, Roberto Teixeira. Comércio, Administração Mercadológica. e-Tec
16 https://www.researchgate.net/publication/50854469_O_Marketing_de_ Brasil/CEMF/Unimontes Escola Técnica Aberta do Brasil. Montes Claros –
Servicos_e_suas_Implicacoes_para_uma_Organizacao_sem_Fins_Lucrativos MG/2011.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Rentabilidade relativa a cada mercado: quando se quer saber • Pesquisa experimental: tem uma abordagem analítica com
que mercados são mais ou menos rentáveis, de modo a elaborar base em variáveis consideradas como pertencentes à estrutura de
estratégias de marketing mais adequadas a cada um. um modelo de decisão.
• Análise e interpretação de dados de mercado: quando se ne- • Pesquisa quantitativa: não se procuram aprofundamentos
cessita analisar mais profundamente as informações obtidas super- psicológicos. Os fenômenos de mercado são descritos e medidos,
ficialmente no mercado. utilizando-se muito da técnica de amostragem.
• Estimação de mercado potencial: para saber quantificar e
qualificar exatamente os limites onde se pode atuar. Tipos de Amostragem
• Estimação de possível demanda por produtos e serviços: para De acordo com Arantes (1978), existem diversos tipos de pes-
embasar as decisões de aquisição de equipamentos e de capacida- quisa por amostragem, como veremos a seguir.
de de oferta de produtos e serviços, bem como das expectativas de • Amostragem probabilística: todos os elementos do univer-
retorno físico e financeiro. so têm a mesma probabilidade de serem sorteados para compor a
• Análise do mercado consumidor per capta: para saber como amostra a ser pesquisada. Subdivide-se em: aleatória simples – es-
se comportam, individualmente, os clientes em relação ao produto tratificada – sistemática – por conglomerado.
ou serviço. • Amostragem não probabilística: os elementos não têm a
• Análise do mercado por zonas territoriais: quando se deseja mesma probabilidade de constituírem a amostra. Subdivide-se em:
conhecer como está o desempenho dos produtos por territórios, ou por julgamento – por conveniência – por quotas.
quando se quer ter uma ideia melhor da área de atuação.
Determinação do tamanho da amostragem
→ Política comercial A determinação do tamanho da amostragem exige o trabalho
• Estrutura de preços: quando se necessita de informações de especialistas, senão poderá levar a conclusões erradas quanto
para definir a estrutura de preços de produtos e serviços. aos resultados
• Métodos de vendas: quando se quer obter informações junto obtidos ou, ainda, a inferências equivocadas em relação ao
ao mercado acerca de suas preferências quanto ao tipo de vendas universo pesquisado. Variáveis importantes a serem consideradas:
que lhe é mais adequado. • margem de erro;
• Política promocional: quando se deseja saber que política • grau de confiança;
deve ser adotada para conseguir e manter clientes. • variáveis P (expectativa de sucesso) e Q (expectativa de fra-
• Créditos aos clientes: quando se quer saber do mercado quais casso);
as formas mais adequadas de oferecer crédito aos clientes. • variável Z (representativa do universo).
• Relação com o público: quando se deseja saber se as estra-
tégias de relações públicas foram bem formuladas e estão sendo Questionário para pesquisa quantitativa
eficientes. • Definir claramente o problema de pesquisa: por que fazer a
• Capacidade de atendimento: quando se quer saber se os pesquisa?
clientes estão satisfeitos com o atendimento recebido, se é preciso • Determinar o tipo de questionário a ser utilizado: entrevista
melhorá-lo e/ou redimensioná-lo, em que ponto e de que forma. pessoal, mala direta ou telefone? Vai se utilizar questionário estru-
turado não disfarçado, estruturado disfarçado ou não estruturado?
→ Métodos comerciais • Determinar o conteúdo das questões: a pergunta é realmente
• Custos comerciais: quando se deseja obter informações para necessária? Serão várias perguntas com interpretações dúbias?
poder levantar os custos envolvidos na comercialização de produtos • Determinar o tipo de pergunta a ser utilizada: serão utilizadas
e serviços, que auxiliarão na composição de preços. perguntas abertas, de múltipla escolha, mistas ou dicotômicas?
• Escolha do sistema publicitário: quando se quer buscar infor- • Determinar se será usado escalograma: serão oferecidas, aos
mações quanto ao tipo de veículo mais adequado à comunicação entrevistados, escalas para que eles atribuam valores (notas)?
mercadológica que permita atingir com eficiência o público correto. • Determinar a sequência das questões: questões de aqueci-
• Pesquisa de mídia: quando se deseja saber se a estratégia mento, perguntas de informação básica, perguntas de perfil – será
de comunicação foi realmente eficiente, se a mensagem foi bem essa a melhor sequência para as questões?
entendida e se foi utilizada, realmente, a mídia mais adequada para • Realizar pré-testes: quantos serão realizados? Que amostra
comercializar os produtos e os serviços. simbólica será usada?
• Testes de vendas: quando se deseja testar a estratégia de ven- • Corrigir e elaborar o questionário definitivo: usar o resultado
das antes de partir definitivamente para o mercado como um todo. dos pré-testes como base para a elaboração do questionário defi-
nitivo.
Tipos de pesquisa
• Pesquisa exploratória: busca identificar e definir problemas, Pesquisa qualitativa
identificar variáveis importantes e definir hipóteses. Para realizá-la, Procura explicar e interpretar os fenômenos observados com
procuram-se pontos de informação secundária, como: bibliotecas, base em conceitos como os expostos a seguir.
museus, universidades e material impresso. Tem uma carga qualita- • Atitude: função dos conhecimentos, dos sentimentos e das
tiva muito grande, uma vez que é a base para uma investigação mais crenças em relação a uma parcela da realidade e que se predis-
detalhada de fenômenos diversos. põem a um tipo de comportamento com relação a esta parcela da
• Pesquisa descritiva: tem por objetivo a descrição das carac- realidade.
terísticas de determinadas situações. É geralmente utilizada para • Personalidade: maneira sistemática de reagir ao ambiente.
definir o mercado de um produto ou serviço, sua localização e o • Valores: condições partilhadas por pessoas, numa dada cul-
perfil do consumidor. Permite, ainda, a inferência de relações en- tura ou subcultura, sobre coisas que elas consideram boas, impor-
tre variáveis, servindo para estabelecer a previsão de fenômenos tantes ou necessárias. Definem objetivos de vida e meios aprovados
como, por exemplo, a previsão de vendas. de obtê-los.

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Opiniões: são conhecimentos particularizados sobre aspectos surados e estabelecidos todos os objetivos mercadológicos, para
de pessoas e de objetos que são facilmente modificados sem que que a organização saiba os caminhos e decisões que auxiliará tomar
isso venha a alterar suas atitudes e valores. para o alcance desses objetivos.
Kotler (2000, p.110) acentua que cada nível de produto (linha
Métodos para pesquisa qualitativa de produtos, marca) deve desenvolver um plano de marketing para
• Discussão em grupo: É utilizada quando o pesquisador não atingir suas metas. O plano de marketing é um dos produtos mais
dispõe de dados que permitam levantar hipóteses sobre as atitu- importantes do processo de marketing. O plano de marketing dá
des, as motivações e os significados do consumidor. mais clareza e segurança nas atividades mercadológicas contribuin-
• Entrevistas em profundidade: também são utilizadas quando do assim de forma decisória.
o pesquisador não dispõe de dados que possibilitem levantar hipó- O plano de marketing não deve atuar sozinho dentro de uma
teses razoáveis sobre as atitudes, as motivações e os significados organização. Embora ele seja de extrema importância ele deve
do consumidor. ser estabelecido juntamente com o planejamento organizacional.
• Entrevistas intensivas: são utilizadas quando o objetivo é Segundo Westwood (1997, p.01), o processo de planejamento de
explicar e entender o comportamento do consumidor e quando o marketing, por conseguinte, precisa ser executado como uma parte
pesquisador já dispõe de dados que possibilitem levantar hipóte- do planejamento global da companhia e do processo de elaboração
ses razoáveis sobre as atitudes, as motivações e os significados do do orçamento.
mesmo.
— Estratégias de Marketing
Estabelecimento de objetivos O marketing se insere nessa seara de conceitos ao desempe-
É fundamental que o gerente e a sua equipe identifiquem nhar seu papel na organização, formulando e implementando es-
claramente a sua necessidade. É necessário que sejam identificados tratégias. Day (1992) define estratégia de marketing como o desen-
o objetivo geral e os específicos. O objetivo geral trata-se do que volvimento de atividades e tomadas de decisão a fim de construir
queremos atingir com a pesquisa. Os objetivos específicos são os e manter uma vantagem competitiva sustentável. Isso ocorre pela
detalhamentos do objetivo geral. sua contínua interação com o meio externo, relacionando-se com
vários públicos, em especial, com os consumidores, buscando infor-
— Planejamento de Marketing mações e respondendo às demandas existentes19.
É importante lembrar que qualquer plano de marketing deve Assim, o marketing contribui com a realização de estratégias
ser realizado por profissionais da área de marketing que possuem que configurem entrega de valor aos mercados. É necessário ter
amplo conhecimento para estar desenvolvendo o mesmo. consciência de que o indivíduo compõe sua opção de compra com-
Para Westwood (1997, p. 04), o plano de marketing estabelece parando os benefícios oferecidos com os custos de aquisição da
os objetivos de marketing da companhia e sugere estratégias para oferta e, em seguida, confrontando o valor dessa oferta com o valor
se alcançar tais objetivos. Não inclui todos os objetivos e estratégias das outras, fazendo pôr fim a sua escolha.
corporativas da companhia. Também haverá objetivos de produção, A questão do valor para o cliente, então, configura-se na preo-
objetivos financeiros e objetivos de recursos humanos. Nenhum cupação da formulação e implementação de estratégias de marke-
desses objetivos pode ser estabelecido isoladamente18. ting. A fim de se obter vantagem competitiva, o maior empenho é
Qualquer empresa independente do seu porte pode obter um direcionado para a realização de atividades e aspectos específicos
plano de marketing para poder realizar projeções corretas e con- do negócio voltados para a entrega de valor superior aos clientes
fiáveis de todo o processo mercadológico dentro de uma empresa, em relação às ofertas concorrentes.
para facilitar e assegurar as tomadas de decisões. Duas dimensões da estratégia de marketing podem ser ressal-
Las Casas (2001, p.18) afirma que o plano de marketing estabe- tadas: a primeira, funcional, relativa ao desenvolvimento da lealda-
lece objetivos, metas e estratégias do comporto de marketing em de do consumidor por meio da marca, dos serviços prestados ou do
sintonia com o plano estratégico geral da empresa. É toda relação controle do acesso aos canais de distribuição.
produto/mercado, que em conjunto com os outros planos táticos, A segunda, filosófica, que aborda a questão da busca pela per-
forma o plano estratégico. formance organizacional a longo prazo por meio da proliferação de
Já para Richers (2000, p.61) um plano de marketing juntamente uma cultura organizacional orientada para o mercado. Essa aborda-
com suas estratégias já formuladas, passa a ser um ótimo instru- gem caracteriza a responsabilidade de marketing em definir estra-
mento de ação da organização. O desenvolvimento de um plano de tégia tanto no nível operacional, como as estratégias do compos-
marketing deve ser coerente com as informações obtidas no mer- to de marketing, quanto no nível estratégico, em que influencia o
cado. pensar e agir dos indivíduos da organização, disseminando a crença
Com a frequente mudança do mercado, o plano deve sempre de que os objetivos organizacionais serão atingidos se as ações con-
estar aberto para que essas mudanças possam ser trabalhadas e templarem a satisfação dos clientes.
previstas pela organização, facilitando assim a tomada de decisão. A literatura de estratégia, ao longo dos anos, abordou vários
De acordo com Westwood (1997, p.5) um plano de marketing desses aspectos. Varadarajan e Jayachandran (1999) e Shoham e
é como um mapa, ele mostra à empresa onde ela está indo e como Fiegenbaum (1999) afirmam que a bibliografia sobre estratégia
vai chegar lá. Ele é tanto um plano de ação como um documento apresenta mais estudos a respeito do conteúdo do que do processo
escrito. da estratégia. Isso significa que o enfoque das pesquisas está con-
Um plano de marketing deve identificar as oportunidades de centrado mais no que a estratégia é e menos em como se chega à
manter negócios mais promissores para a empresa e esboçar como escolha de uma estratégia específica, bem como às ações necessá-
penetrar, conquistar e manter posições em mercados identificados. rias para realizá-la.
É uma ferramenta de comunicação que combina todos os elemen- O processo da estratégia é fonte de vantagem competitiva du-
tos do composto mercadológico em um plano de ação coordenado. radoura, uma vez que é mais difícil de ser imitado do que o próprio
Ele estabelece quem fará o que, quando, onde e como para conteúdo das estratégias do composto de marketing. Isso ocorre
atingir suas finalidades. Dentro do plano de marketing o profissio- quando se considera que um processo é constituído por um conjun-
nal de marketing estabelecerá um plano de ação onde serão men- 19 https://www.scielo.br/j/rae/a/N5nn6ndVZfTk6sNjY6kMhrf/?lang=pt&for-
18 http://siaibib01.univali.br/pdf/joice%20de%20melo.pdf mat=pdf

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
to de ações de formulação e implementação, influenciado pela estrutura e cultura organizacionais, crenças e competências de indivíduos,
enfim, construído a partir das capacidades organizacionais. As últimas são os elementos particulares de cada organização, sendo compli-
cado o concorrente conhecer esses elementos e saber de que forma foram relacionados para gerar a estratégia avaliada.
Ademais, a visão da estratégia como processo é importante porque o valor que se quer oferecer ao mercado não está somente no
objeto da transação, mas nas atividades e nas pessoas envolvidas antes, durante e depois da sua efetivação. Por isso as capacidades or-
ganizacionais se configuram como elementos essenciais para a construção do processo da estratégia, cuja formulação e implementação
devem acontecer simultaneamente em um sistema com um contínuo feedback das ações pensadas e realizadas.
O processo de formação da estratégia de marketing é fundamentado teoricamente a seguir, apresentando dois modelos, testados e
validados, que discorrem sobre a estrutura e os elementos necessários à formulação e implementação da estratégia de marketing.

— Relacionamento com Clientes


Marketing de relacionamento refere-se ao conjunto de iniciativas para manter os clientes satisfeitos após a compra, estimulando-os a
comprar de novo, inclusive outros produtos, além de gerar informações para o Database marketing.
O marketing de relacionamento pode ser o principal elo entre fornecedores, clientes e colaboradores. Uma organização que possui
um marketing de relacionamento bem definido e com objetivos bem claros pode facilitar as negociações com todos os participantes de
uma empresa20.
Gordon (2002, p.31) conceitua que: Marketing de relacionamento é o processo contínuo de identificação e criação de novos valores
com clientes individuais e ou compartilhamento de seus benefícios durante uma vida toda de parceria. Isso envolve a compreensão de
uma contínua colaboração entre fornecedores e clientes selecionados para a criação e o compartilhamento de valores mútuos por meio
de interdependência e alinhamento organizacional.
Segundo Kotler (2000, p.72), tornar um número maior de clientes fiéis aumenta a receita. Entretanto, a empresa tem que investir mais
para construir maior fidelidade.
O bom relacionamento entre empresa e clientes torna-se algo satisfatório para ambas a partes. Uma organização deve obter o maior
número possível de clientes fiéis, mas é importante lembrar que para uma organização conseguir fidelizar clientes é necessário o desen-
volvimento de ações de marketing que envolvem em sua grande maioria custos para empresa, que devem ser trabalhados como investi-
mentos para a empresa. Portanto esses custos devem ser muito bem planejados para virem a tornar-se lucro a longo prazo.
Gronroos (1993, p.165) salienta que os relacionamentos com clientes não são coisas que estão ali garantidas, eles devem ser conquis-
tados, e o mesmo se aplica ao relacionamento com os distribuidores, fornecedores e outros públicos.
A figura a seguir mostra o ciclo de vida do relacionamento com o cliente.

Ciclo de vida do relacionamento com o cliente

http://siaibib01.univali.br/pdf/joice%20de%20melo.pdf

— Gestão Comercial
O que é uma gestão empreendedora? Sabe-se que uma empresa é qualquer organização formal ou informal que interage com o seu
meio ambiente visando a satisfação de uma demanda desejada com o fim de criar clientes e, como consequência natural, o lucro. Essa
organização possui elementos básicos que interagem entre si21.
É a otimização desses elementos que levará a bom termo a vida e o crescimento da empresa, quais sejam:
20 http://siaibib01.univali.br/pdf/joice%20de%20melo.pdf
21 Queiroz, Marcos Antônio. Gestão Comercial / Marcos Antônio Queiroz. - 1.ed., rev. - Curitiba, PR: IESDE Brasil, 2012.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Pessoas – com suas características individuais, culturas, cren- Disponibilizar o produto e/ou serviço certo, na hora certa, no
ças, modos de agir. lugar certo, às pessoas certas quando elas desejarem não é um luxo.
Estrutura – desenho organizacional da empresa. Exige mais transpiração do que inspiração. É somente por meio de
Tarefas – trabalho desempenhado. uma boa pesquisa observacional, com simulação de vendas que se
Tecnologia – equipamentos e processos. pode dar um amparo ao empresário, para descobrir se efetivamen-
Ambiente – o lugar onde está inserido. te este é o caminho a ser percorrido.
Já anuncia Chiavenato (1987) que toda estratégia de uma em-
Para planejar um novo negócio, é preciso ter informações di- presa de venda passa pelo eficaz conhecimento do potencial de seu
versas sobre oportunidades de mercado, futuros clientes, custos, produto e do mercado em que atua, como também sua cultura,
preços, tributos, taxas, custos de abertura e legalização, concorren- suas mudanças sociais e principalmente econômicas. Essa visão é
tes, fornecedores, linhas de financiamentos etc. É na fase inicial que defendida por Drucker (1954, p. 37), que enfatiza em seu livro A
o potencial criador de empresa mais necessita de informações para Prática da Administração de Empresas:
direcionar seu empreendimento e se adequar à realidade percebi- Se desejarmos saber o que é um negócio, devemos começar
da. pela sua finalidade. E a finalidade deve situar-se fora do negócio.
As estratégias criadas para o desenvolvimento de uma orga- Na verdade, deve ficar na sociedade, visto que uma empresa de
nização podem ser diversas, mas não devem ser complicadas ou negócio é um órgão da sociedade. Só há uma definição válida para
demoradas. O planejamento estratégico deve ser simples e rápido, a finalidade de uma organização: criar um cliente.
aliando todos os processos envolvidos, visando sempre à integra- Portanto, a razão da existência de uma organização, seja mer-
ção dos sistemas, valorizando as pequenas ideias e buscando a cadista, prestadora de serviço ou uma lojista, é criar clientes e
adaptação dos produtos aos clientes. transformá-los em consumidores. Se o empresário desvia-se desse
Degen (1989, p. 140) enumera alguns pré-requisitos necessá- conceito, perde a noção de seu principal horizonte ou do seu maior
rios para iniciar um empreendimento: objetivo.
Como uma pequena empresa cria um cliente? Os professores
1º – Conceito de negócio – consiste na descrição da necessida- Guiltinan e Paul (1994, p. 5-6), explicam deste modo: Essencialmen-
de do grupo de clientes que pretenda atender com seu produto ou te, criar um cliente significa identificar necessidades no mercado,
serviço, que ele sabe fazer, a um custo que estes clientes estejam descobrindo quais delas a organização pode satisfazer com lucro e
dispostos a pagar. O empreendimento só deve iniciar quando tiver desenvolvendo ofertas externamente para converter compradores
total clareza sobre o conceito do seu negócio, sob pena de transfor- potenciais em fiéis clientes.
mar-se em empreendimento medíocre ou até fracassado. Os gerentes de marketing desenvolvem atividades para criação
É muito comum vermos pequenos empreendedores abrirem dos clientes. Tais atividades incluem:
seus negócios com uma visão errada de mercado, ou seja, julgando
que aquilo que ele acha fácil de vender é o que o consumidor quer Identificar as necessidades do cliente;
comprar, sem uma clareza do negócio que pretende fazer, tão so- Projetar mercadorias e serviços que satisfaçam essas necessi-
mente partindo do que lhe é mais propício. dades;
Informar a perspectiva sobre mercadorias e serviços aos com-
2º – Conhecimento – é necessário ter conhecimento para gerar pradores;
seus produtos ou serviços, ou ter noções básicas para desenvolver Fazer com que as mercadorias e serviços estejam disponíveis
o negócio complementando com as experiências dos colaborado- onde e quando os clientes desejarem adquiri-los;
res. É comum fazer-se alianças entre sócios, sendo que um domina Atribuir preços às mercadorias e serviços que reflitam os cus-
a área técnica e outro a comercial. tos, sejam competitivos e estejam de acordo com o poder aquisitivo
Boas ideias são comuns a muitas pessoas. A diferença está na- dos clientes;
quelas que conseguem implementar essas ideias, transformá-las Proporcionar o serviço e o acompanhamento necessários para
em realidade, em ação. Para isso, o conhecimento efetivo daquilo assegurar ao cliente satisfação após a compra.
que vai trabalhar, o know-how faz a diferença.
— Comércio Exterior
3º – Contatos – todo negócio existe em função de clientes, O comércio de mercadorias é uma atividade milenar, cujos pri-
fornecedores, empregados, sócios e ainda convive com advogados, meiros registros encontram-se na civilização dos Fenícios, cerca do
contadores, banqueiros, consultores e, sobretudo, concorrentes. É ano de 2000 a.C. Os antigos mercadores das companhias de comér-
fundamental que se mantenha contato com todos os possíveis co- cio apenas ampliaram o fenômeno do comércio global, criando um
laboradores antes de iniciar um negócio. ambiente favorável ao desenvolvimento conjunto dos diferentes
O sucesso de um empreendimento depende muito do bom re- países, cada qual segundo sua vocação principal22.
lacionamento com todas as vias de contato que a empresa possui Os benefícios do comércio internacional podem ser percebidos
ao iniciar sua jornada. Uma boa escolha de empregados e fornece- nas empresas pela ampliação de mercados consumidores, possibi-
dores pode significar a própria vida da empresa. litando aos produtores: ganhos de escala e aumento de produtivi-
dade; acesso a novos fornecedores de insumos e matérias-primas,
4º – Recursos – são os recursos que viabilizam o negócio, e além da possibilidade de obtenção de novas tecnologias e novos
envolvem o capital, créditos. Os recursos se referem à gestão de padrões de produção; criação de novas alternativas de produção,
“caixa” da empresa com capital de giro necessário para suportar os concentrando atividades em determinados lugares, ou seja, frag-
custos iniciais. mentando o processo de produção e aproveitando-se de vantagens
É indispensável ao negócio o uso eficiente e eficaz desse capital comparativas.
nos gastos operacionais, na compra de matéria-prima, divulgação No âmbito das nações, podem ser percebidos os seguintes be-
do produto e manutenção do seu nicho de mercado que lhe dará o nefícios:
crédito na “praça” onde atua e o direito oposto a sua marca e ponto
comercial. 22 https://www.uaberta.unisul.br/repositorio/recurso/14690/pdf/intro_com_
ext_livro.pdf

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• aumento do fluxo monetário entre os países;
• ampliação do mercado de consumo;
• acesso a uma maior diversidade de mercadorias pela oferta de
produtos importados;
• capacitação tecnológica do parque fabril;
• geração de empregos etc.

O período mercantilista promoveu o surgimento e o desenvolvimento de teorias econômicas voltadas para a intensificação das tro-
cas comerciais livres entre os países, isto é, o liberalismo econômico. A premissa básica do liberalismo é de que o comércio internacional
decorre, primariamente, das diferenças existentes entre os diversos países, que buscam complementar suas necessidades internas com
produtos e serviços de outras regiões do planeta, onde eles ocorrem em abundância.
Diferentes condições de clima e de solo fazem com que a produção agrícola de um país seja diferente da de outro. Também, a diversi-
dade do subsolo de diferentes regiões determinaria que alguns países fossem mais ricos na exploração de alguns tipos de minérios.
Esses fatores - clima, solo e subsolo - determinam condições diferentes de produção. Com isso, inicia-se o comércio internacional, o
país que produz em maior quantidade certos produtos, poderá exportar, e o país que não tem condições de produzir, importará. Ou seja,
o comércio exterior está contido no comércio internacional de um país, no contexto das transações comerciais.
De acordo com Werneck (2011, p. 22), Comércio internacional é o conjunto das atividades de compra e venda de mercadorias e pres-
tação de serviços entre nações, isto é, em que vendedor e comprador estão em países distintos.
Comércio Exterior é o conjunto das atividades de compra e venda de mercadorias e prestação de serviços entre países e as demais
nações.
Soares (2004, p. 13) define comércio exterior como: Uma operação de compra e venda internacional como aquela em que dois ou mais
agentes econômicos sediados e/ou residentes em países diferentes negociam uma mercadoria que sofrerá um transporte internacional e
cujo resultado financeiro sofrerá uma operação de câmbio.
De acordo com Souza (2003, p. 37), a prática do comércio exterior pode ser conceituada como o intercâmbio de mercadorias e serviços
entre agentes econômicos que operam sob a égide da legislação nacional.
Na prática do comércio exterior, ocorre o envolvimento das transações comerciais de cunho totalmente capitalista, sem a participação
direta do governo nas operações comerciais, funcionando tão somente como normatizador e controlador das operações comerciais entre
as empresas de diferentes países.
Estas atividades e relações comerciais desenvolvidas pelas empresas comerciais constituem-se objeto de regulamentação pelo Direito
Internacional Privado. Portanto, comércio exterior é a forma pela qual um país se organiza em termos de políticas, leis, normas e regula-
mentos que disciplinam a execução de operações de importação e exportação de mercadorias e serviços com o exterior.
O comércio exterior contempla as operações comerciais de exportação e importação. Exportação é a saída de mercadoria. Essa saída
está baseada em especialização do país na produção de bens para os quais tenha maior disponibilidade de fatores produtivos, garantindo
excedentes exportáveis. A exportação implica entrada de divisas.
Segundo Werneck (2011, p. 25), o conceito de exportação pode ser visto sob os seguintes aspectos: negocial, logístico, cambial e fiscal.
A exportação de mercadorias, sob o aspecto negocial, inclui a negociação de preço e condições de pagamentos, elaboração da fatura
comercial (commercial invoice). Na definição do preço e condições de pagamentos são utilizados os Incoterms (internacional commercial
terms), termos padronizados internacionalmente.
Sob o aspecto logístico compreende o que deve ser feito para que a mercadoria seja entregue em boas condições ao comprador. En-
volve embalagem, transporte interno, embarque, transporte internacional e o desembarque até o destino final.
O aspecto cambial abrange a definição das moedas a serem utilizadas, as operações de câmbio envolvidas e a transferência do dinhei-
ro do comprador para o vendedor.
O aspecto fiscal envolve a emissão dos documentos necessários aos despachos de exportação e de importação, pagamentos dos im-
postos e taxas aplicáveis, e os desembaraços aduaneiros de exportação e importação.

https://www.uaberta.unisul.br/repositorio/recurso/14690/pdf/intro_com_ext_livro.pdf

Já a Importação é a entrada de mercadorias em um país procedentes do exterior, as quais se configuram, perante a legislação brasilei-
ra, no momento do desembaraço aduaneiro.
Para Werneck (2011, p. 22), sob o aspecto comercial, no entendimento de transferência de propriedade, a importação se realiza com
o recebimento da mercadoria pelo comprador no local designado no exterior, de acordo com as cláusulas do contrato de compra e venda.
Para fins cambiais, a importação representa uma saída de divisas.
Souza (2010, p. 6) comenta que o Comércio Exterior é uma estrada de duas mãos – exportação e importação. Em países em desen-
volvimento, embora as exportações reflitam um bom indicador do desempenho dos fatores produtivos, cabe às importações o ônus de
contribuir para aquele desempenho.
Não é por acaso que os Estados Unidos é o maior importador do mundo. Agora que já sabemos quando um país vende para outro,
está exportando e quando compra está importando, estudaremos sobre essas transações que incluem, além das trocas comerciais, as
movimentações de capitais entre as nações e seus residentes.

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
— Marca É interessante ver que com o passar do tempo às coisas foram
Marca, nome, termo, signo ou símbolo, ou uma combinação melhorando, e se aprimorando de forma a se tornarem o que são
destes, tem a função de identificar os bens ou serviços de um ven- hoje, dentro da tecnologia podemos citar um entre vários existen-
dedor ou grupo de vendedores e de diferenciá-los dos concorren- tes, o marketing digital.
tes23. A utilização das redes sociais na internet, antes mais comum
Um projeto de marca é muito mais aprofundado e abrangente em empresas de tecnologia e comércio eletrônico, tornou-se hoje
do que simplesmente a reunião de desenhos e efeitos de computa- um importante meio para se aproximar dos clientes e aumentar as
dor. Ele envolve muita pesquisa, experiência em design e estratégia, vendas. Elas podem ser usadas tanto por multinacionais para infor-
formulação e diretrizes de aplicação. Portanto, o simples fato de mar o lançamento de produtos e serviços, quanto pela padaria do
possuir um logotipo não significa que se possua uma marca, pois é bairro para avisar o horário do pão quente.
preciso compreendê-la como algo muito mais amplo que os aspec- As empresas que desejam acompanhar as mudanças tecnoló-
tos de comunicação. gicas e principalmente as mudanças no comportamento dos con-
É nesse ponto que entra o conceito de branding. “Branding” é sumidores devem se adequar rapidamente a essas mudanças. Um
o conjunto de ações ligadas à administração de marcas. São ações exemplo claro e simples para que essas mudanças ocorram é o fato
que, tomadas com conhecimento e competência, levam as marcas do relacionamento do consumidor com seu cliente.
além da sua natureza meramente financeira, passando a fazer parte Segundo Kotler (2006, p.18) um dos objetivos do marketing
da cultura e influenciando a vida das pessoas. De forma sintetiza- é estabelecer relacionamentos profundos e multifacetados com
da, pode-se conceituar o branding como o conjunto de ferramentas clientes, membros de canal e outros parceiros de marketing.
voltado ao gerenciamento do principal ativo intangível da empresa: Com as ferramentas certas, se pode enviar a sua mensagem
a marca. para um público específico, com base na localização, idade e sexo.
Gerenciar bem as marcas deve ser o principal desafio da gestão Este conhecimento pode ajudá-lo a elaborar as campanhas e ofer-
empresarial, já que o acesso à informação está cada vez mais fácil e tas de produtos, trazendo maior retorno sobre o investimento.
a disseminação da tecnologia e a igualdade de recursos nas empre- Ovaska e Leino (2008, n.p.; apud Lima et al 2013, p. 9) salien-
sas são um fato consolidado. Ou seja, tudo que diz respeito à admi- tam que os sites de redes sociais apresentam como um aspecto em
nistração das empresas não é um mais um segredo ou diferencial comum, o fato de os usuários terem disposição para produzir um
agressivo que possa ser adotado pelas corporações com o objetivo conteúdo e compartilhá-lo com os outros.
de obter vantagens frente aos seus concorrentes. A mídia social, por sua vez é o meio que uma rede social espe-
Nesse contexto, a marca passa a ser uma estratégia de diferen- cifica utiliza para se comunicar. Existem diversos tipos, com finalida-
ciação entre empresas. A estratégia irá depender de como a empre- des distintas com um público alvo específico, e ainda possuem foco
sa irá se posicionar, encontrar um caminho ainda não explorado e em contatos profissionais, amizades, relacionamentos amorosos
atuar de forma criativa e eficaz sobre o mercado. Quanto maior a dentre vários outros.
força da marca e sua presença no mercado, menos recursos serão Segundo Torres (2009, p. 241), a mídia é o meio pelo qual a
necessários e maiores e mais rápidos retornos poderão ser espe- publicidade é veiculada. Na Internet, atualmente, ela se apresenta
rados. de várias formas, sendo possível divulgar uma marca através de um
grande número de mídias digitais como: publicidade online, e-mail
— Mídias digitais marketing, sites, blogs, redes sociais entre outros.
O ambiente de marketing sofreu algumas transformações com O avanço tecnológico permitiu que novas ferramentas fossem
o passar dos anos, esta ferramenta possibilitou ao consumidor des- criadas permitindo maior interatividade entre as pessoas. Com o
cobrir o poder de escolher sobre as coisas que lhe interessavam e passar do tempo, observou-se que tais ferramentas poderiam ser
isso causou grande impacto na vida social, pessoal e profissional utilizadas também pelas organizações e que, se usadas de manei-
das pessoas enquanto consumidores. ra assertiva, poderiam contribuir com a manutenção do relaciona-
O marketing digital tem como paralelo as inovações tecnológi- mento com os clientes e divulgação da marca e/ou produto, propor-
cas e a rápida absorção da internet nas habitações, com redes rá- cionando vantagem competitiva.
pidas, permitindo o desenvolvimento de plataformas sociais. Estas A estratégia serve de base para os empresários conseguirem
plataformas, conhecidas como redes sociais, baseiam-se na partilha meios de atingirem seus objetivos, buscando alavancar seus pro-
de conteúdo entre uma vasta comunidade com interesses seme- cessos de vendas a fim de melhorar o bom desenvolvimento de seu
lhantes24. negócio.
Os conteúdos podem variar entre texto e multimídia, que po- Apesar de termos a televisão, o rádio, as revistas e os jornais,
dem ser comentados e partilhados por toda a comunidade. Além como fontes de anúncios, hoje existe uma forma mais rápida de
disso, muitas são as que englobam chats, promovendo uma comu- comunicação e interação que ganhou espaço muito rápido em cur-
nicação mais fluida entre os membros. to espaço de tempo, que é o uso da internet por meio das redes
A Internet é essencialmente um meio de comunicação mul- sociais, como Instagram, WhatsApp, Facebook, Twitter entre vários
tidirecional, ou interativa. Desde que a Web se tornou pública no outros, que estão de forma gratuitas disponíveis para seus usuários.
início dos anos 90 o mundo virtual viu nascer ferramentas e orga- As redes sociais são valiosas para sua marca, uma vez que a
nizações que mudaram a forma como as pessoas e as empresas se torna mais acessível para novos clientes, com a consequente fideli-
comunicam. As empresas “ponto com” mais conhecidas e valiosas zação dos clientes já existentes.
adotam o modelo de negócios de venda de espaços e mensagens O Facebook, a maior rede social do mundo, busca cada vez
publicitárias, algo muito parecido com os meios de comunicação mais espaço no Brasil. Para isso, além de fazer adaptações à cultura
tradicionais. do País, teve que definir novos critérios para assegurar a privacida-
de dos usuários e mantê-los conectados.
23 https://efivest.com.br/wp-content/uploads/2021/03/administracao-merca-
dolcgica.pdf
24 http://www.unirg.edu.br/wp-content/uploads/2020/04/O-USO-DAS-M%-
C3%8DDIAS-DIGITAIS-COMO-ESTRAT%C3%89GIA-DE-MARKETING-UM-ESTUDO-
-NA-EMPRESA-M%C3%83O-NA-RODA..pdf

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Com as ferramentas acima é possível criar boas estratégicas de marketing digital, mas é preciso entender que todos os objetivos a serem
traçados serão baseados diretamente, no público alvo em que a empresa procura atingir. Com a transformação digital, as empresas devem estar
sempre atentas em seus consumidores, desta forma, todas as táticas e conteúdo criados devem esta ao interesse de seus clientes.

— Comércio Eletrônico
Comércio eletrônico é o processo de comprar, vender ou trocar produtos, serviços e informações através da rede mundial de com-
putadores. Caracteriza-se pelo uso de meios digitais para a realização de transações comerciais on-line, com computadores, celulares,
smartphones, tablets. Trata-se de um meio moderno e eficiente de se realizar compras, vendas, serviços, troca de produtos e informações
através da internet, o que possibilita a expansão do setor comercial25.
O comércio eletrônico surgiu como um novo conceito de mercado, oferecendo uma oportunidade de negócios na forma de comércio
virtual. Proporciona maior comodidade, segurança e credibilidade no momento de efetuar uma compra, seja de um produto/serviço real
(físico) ou virtual.
Com a grande evolução e expansão da rede mundial de computadores, o comércio eletrônico ou e-commerce tem se tornando uma
das aplicações mais promissoras da internet, o que possibilita que continue se expandindo de forma diferenciada, proporcionando nego-
ciação de bens e serviços entre empresas, governo e público em geral. Aliás, comprar faz parte das principais atividades diárias humanas.
Nota-se que, com a disseminação do uso da internet por um número cada vez maior de usuários, surgiu o interesse pela compra e venda on-line
em diversas áreas, como: serviços de Tecnologia da Informação (TI), calçados, vestuário, eletrônicos além do interesse por filmes e livros.
Além do comércio eletrônico, também chamado e-commerce, existe o e-business que possui uma definição mais ampla de comércio
eletrônico, incluindo os seguintes serviços:
• Prestação de serviços a clientes.
• Realização de negócios eletrônicos nas organizações.
• Colaboração com parceiros de negócios.

O e-business é considerado um empreendimento variável e dinâmico, pois está diariamente sofrendo alterações, ou seja, mudando de
sites isolados e criando parcerias com portais, extranets e mercados digitais. Estas mudanças são consequência da pressão pela redução de
custos, aumento na produtividade e o constante aperfeiçoamento do relacionamento com parceiros e usuários finais.
Connell (2004), faz uma definição mais detalhada do termo e-business, definindo-o como negócios do mundo real que estão conecta-
dos on-line. Através dessas conexões on-line é possível que computadores possam despachar automaticamente produtos e fazer a locali-
zação de estoques. Já os clientes, podem verificar os processos de compra nos bancos de dados.
Para entendermos melhor a diferença de comércio eletrônico e e-business, a seguir faremos um comparativo sobre estes dois termos.

Comparativo de e-business e comércio eletrônico

https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/comercio_eletronico.pdf

Com a utilização deste arrojado meio de compra e venda de produtos e serviços, o mercado nacional e internacional mudou seu con-
ceito sobre marketing, voltando seus clientes para as compras virtuais, alternando com o modelo tradicional de efetuar suas vendas, como
por exemplo: quando o cliente necessita se deslocar de sua casa até o estabelecimento comercial para adquirir um calçado, uma roupa,
um eletrodoméstico ou locar um DVD.
No comércio eletrônico, é necessário realizar algumas transações para que a compra e venda de itens seja efetivada. Atualmente, as
principais transações que os servidores de comércio eletrônico realizam são: a disponibilidade de produtos ou serviços, elaboração de
pedidos de compra, comprovação de pagamento e suporte pós-venda ao consumidor.
Um aspecto importante a ser considerado nos sistemas de comércio eletrônico é a qualidade do serviço no período em que o cliente
está com uma transação em curso. Caso essa operação seja interrompida, vários prejuízos poderão ser causados a esse cliente.
Um dos principais fatores ligados à interrupção de uma transação é o servidor sobrecarregado quando vários usuários estão realizan-
do acessos à mesma página. Consequentemente, o servidor não consegue atender a todas essas requisições. Assim, automaticamente
alguns ou todos os serviços que estão sendo solicitados serão perdidos.
25 Vissotto, Elisa Maria. Comércio eletrônico / Elisa Maria Vissotto, Bruno Batista Boniati. – Frederico Westphalen: Universidade Federal de Santa Maria, Colégio
Agrícola de Frederico Westphalen, 2013.

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Caso isso ocorra, o cliente perde a confiança nos serviços prestados e provavelmente irá evitar novo acesso ao mesmo site de comércio
eletrônico. Esse seria um dos fatores negativos da qualidade do serviço.
Outra preocupação importante que o consumidor precisa observar no momento em que realiza uma transação eletrônica de compra
de produtos ou serviços é relativa à segurança das informações trafegadas. É muito importante que o protocolo utilizado para realizar a
conexão entre o navegador do cliente e o servidor de comércio eletrônico seja um protocolo seguro, com algum nível de criptografia.
Uma forma de verificar a existência de criptografia nas requisições de um site é observar se existe um cadeado localizado no canto
superior esquerdo da janela (navegador). Se o cadeado for visualizado, conforme mostra a figura abaixo, temos um site seguro.
Isto é, quando este cadeado estiver aparecendo, significa que se trata de uma página de comércio eletrônico confiável e não uma
página falsa, pois as informações são protegidas por um certificado digital, o que garante que a transação será efetivada com segurança e
os dados fornecidos terão total integridade.
Ainda na figura abaixo observe que há uma imagem no corpo da página (no canto inferior direito). Neste caso, a figura foi adicionada
pelos desenvolvedores da mesma e não significa necessariamente que a página é segura.
O importante para validar a existência de uma conexão segura é a visualização do cadeado na barra de endereços do navegador ou
então a utilização do protocolo “https” antes do endereço fornecido, conforme pode-se visualizar na figura a seguir.

Exemplo de página segura com o cadeado de segurança

https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/413/2018/12/comercio_eletronico.pdf

No comércio eletrônico existe uma diversidade enorme de produtos e serviços que podem ser comercializados. No entanto, podemos
dividir os produtos em duas grandes categorias: reais ou virtuais.
Produtos de tipo real são aqueles que também são vendidos na forma tradicional, ou seja, são caracterizados por produtos físicos,
como: notebooks, celulares, calçados, livros, DVD’s.
Já os produtos de natureza virtual são aqueles que só existem no modo digital e não são comercializados de forma tradicional, ou seja,
são encontrados somente na internet, como por exemplo e-books (livros digitais), softwares e jogos.

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS: ESTRATÉGIAS DE RH, RELACIONAMENTO COM PÚBLICOS DE INTERESSE, RE-
MUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS, DESEMPENHO, CULTURA ORGANIZACIONAL, DESENVOLVIMENTO DE RH, GESTÃO DO CONHE-
CIMENTO, CARREIRA E SUCESSÃO, LIDERANÇA E EQUIPE

Administração de recursos humanos

Finalidades da gestão de pessoas


Gestão de Pessoas ou Administração de Recursos Humanos (ARH) é o conjunto de políticas e práticas necessárias para conduzir
os aspectos da posição gerencial relacionados com as “pessoas” ou recursos humanos, incluindo recrutamento, seleção, treinamento,
recompensa e avaliação de desempenho. É o conjunto de decisões integradas sobre as relações de emprego que influencia a eficácia dos
funcionários e das organizações (CHIAVENATO, 1999, p.8). Seus objetivos são:
• Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão;
• Proporcionar competitividade à organização;
• Proporcionar à organização, empregados bem treinados e bem motivados;
• Aumentar a auto-realização e a satisfação dos empregados no trabalho;
• Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho;
• Administrar a mudança;
• Manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável.

Durante muito tempo as organizações consideraram o capital financeiro como a principal fonte de desenvolvimento. Todavia atual-
mente percebe-se que a força para o desenvolvimento das organizações está nas pessoas. Empresas tiveram seu desenvolvimento com-
prometido pela inabilidade na seleção de pessoas; por falta de boas ideias; por falta de potencial criativo; falta de entusiasmo e motivação
da equipe; falta de conhecimentos e competências e não pela falta de recursos financeiros (Chiavenato, 2005).

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
No trabalho de César et. al. (2006), destaca-se que a estratégia I – Foco na estratégia do negócio, baseada na compreensão do
e o planejamento de RH têm mudado e crescido significativamente negócio em si;
nos últimos vinte e cinco anos (GUBMAN, 2004), fato revelado pelas II – medidas de desempenho dos objetivos que sejam alinhadas
mudanças da área de RH no período. Viu-se uma evolução desde aos objetivos do negócio;
o pensamento pouco estratégico (anterior aos anos da década de III – alta competência na análise de causa e efeito, priorização
1980 e que resumia a área de RH ao DP – Departamento Pessoal), o e execução de programas da área, o que envolve habilidades ana-
aparecimento de estratégias funcionais (década de 80), a proposta líticas;
de desenvolvimento de capacidades estratégicas (nos anos iniciais IV – excelência em serviços de relacionamento e competências
da década de 90) até a visão atual, de busca de alinhamento da para desenvolver o nível de tecnologia da informação;
área aos resultados estratégicos. Essas mudanças na área de RH es- V – atuação na estrutura da organização e no desenvolvimento
pelharam-se nas mudanças do mercado de trabalho e das rupturas de capacidades que estejam alinhadas a ambientes que exigem alto
verificadas no pensamento relacionado às estratégias de negócios, desempenho;
notadamente na discussão que se fez relacionada à competitividade VI – oferta de gestão de relacionamentos de modo a equilibrar
e ao desenvolvimento de competências essenciais para o negócio. oferta, demanda e expectativas de clientes internos, escolhendo
prioridades e alterando alvos, sempre que necessário. Em outras
palavras, é preciso que gestores da área de RH pensem como ges-
ANTES AGORA
tores do negócio o que, segundo os autores, tradicionalmente não
• operacional • estratégica ocorre, vez que gestores de RH não adotam as crenças dos outros
• foco no curto prazo • foco no longo prazo altos gestores e não atuam como tal.
• papel administrativo • papel consultivo
• ênfase na função • ênfase no “negócio” Percebe-se que os gestores e áreas de RH precisam migrar de um
• foco no público interno • foco públicos interno e modelo mais transacional para atuarem como parceiros estratégicos
• reativa/solucionadora de externo do negócio. Esta visão estratégica da área de Recursos Humanos é es-
problemas • proativa e preventiva sencial para que uma empresa se expanda globalmente. Globalização,
• foco no processo e • foco nos resultados tecnologia e mudanças sociais têm contribuído para a emergência de
atividades mercados e competidores, crescentes pressões de acionistas e desafios
Figura – Síntese das mudanças na função de RH crescentes em relação a custos, tempo de desenvolvimento de produ-
Fonte: Helena Tonet tos e serviços, e qualidade. As organizações precisam que as funções
de RH estejam alinhadas ao propósito da organização, de modo que as
Enquanto as estratégias funcionais prendiam-se às funções mesmas dêem suporte à estratégia do negócio (ASHTON et al., 2004).
clássicas da área de RH, voltadas para atender a alguma demanda, A questão é ser estratégico quando se tem tempo e recursos
as capacidades estratégicas tinham como foco o estudo da cultura, apenas para o operacional, desafiando a área de RH a estruturar-se
das competências e do desenvolvimento do comprometimento dos para criar maior valor às organizações. David Ulrich (1988) sugere
empregados para que a empresa alcançasse seus objetivos. cinco ações para que RH crie valor para a organização:
A visão atual pressupõe que a área de RH dê conta: da atração, I. Entender o mundo externo;
provimento e retenção de pessoas; do alinhamento, mensuração e II. Definir e atender os stakeholders (funcionários, clientes,
remuneração alinhada à performance da empresa e dos empregados; investidores e gerentes de linha);
do controle de investimento em pessoas, de acordo com as demandas III. Atualizar e inovar as práticas de RH (pessoas, performance,
da empresa (GUBMAN, 2004). Dentro desta nova visão, estratégica, o informação e trabalho);
foco da área de RH é móvel, conforme as mudanças no cenário no qual IV. Reger a organização de RH e definir uma estratégia de
recursos humanos;
a organização está imersa, mudanças estas que podem interferir no
V. Assegurar o profissionalismo dos funcionários de RH por
mercado de trabalho ou no resultado da empresa. Assim, dá-se impor-
meio de suas atuações e competências.
tância a ações diferentes dentro da área, dependendo das exigências
da organização para um determinado momento.26
Estas ações nada mais são do que parte das competências
Ashton et al. (2004) apontam que a área de RH tem três
de qualquer gestor de área de uma organização Assim, Wessling
capacidades-chave que devem atuar de maneira simultânea para
(2008) defende que a área de RH deve olhar o negócio com lente
ajudar as empresas a serem competitivas: em primeiro lugar, dis-
estratégica e realizar mudanças profundas e significativas no modo
tribuir os serviços relacionados a processos de RH, de modo que de operar, alinhando seu novo papel junto aos clientes internos; de-
todos os empregados possam ter acesso aos canais internos ou finir, remanejar e treinar suas competências, e adequar os sistemas
externos a eles relacionados. Em segundo lugar, estabelecer serviços de RH com foco nos resultados, uma vez que a Gestão de Pessoas
de consultoria de gestão de RH que funcionem como parceiros para contribui com o dinamismo, a agilidade e a competitividade pró-
executivos, unidades de negócio e gestores de linha; esse tipo de prias das organizações de sucesso.
consultoria deve estar ligado às necessidades específicas de cada área, A área de RH deve estar totalmente alinhada à cultura da empresa,
oferecendo serviços ligados às competências essenciais da área e aos pois a compreensão dos vínculos construídos dentro do ambiente de
aspectos de diferenciação que sejam chave para o negócio. Em terceiro trabalho é a etapa inicial para o desafio de gerir as pessoas. Para Sole-
lugar, a área deve oferecer mais apoio e serviços estratégicos para a dade (2007), é através do entendimento dos elementos constituintes
direção da organização. Esta terceira opção é vista pelos autores como da cultura que é possível compreender os mecanismos de interação
o futuro da área e envolve significativas mudanças, que devem ser entre os colaboradores e as tarefas que executam, sendo possível
feitas na mesma velocidade e às mesmas condições de custo exigidos destacar ainda os seguintes fatores críticos de sucesso:
para o negócio em si. Além disto, Ashton et al. (2004) propõem seis I – Desenvolvimento de lideranças capazes de alinhar as expec-
características para que a área de RH seja estratégica: tativas do grupo com os objetivos da empresa, criando as condições
de reciprocidade essenciais para atingir um desempenho que aten-
26. Ana Maria Roux Valentini Coelho CÉSAR; Roberto CODA; Mauro Neves GARCIA. da às pressões internas e externas da organização. As lideranças
Um novo RH? – avaliando a atuação e o papel da área de RH em organizações
devem ser legitimadas tanto pelo enfoque do empregado quanto
brasileiras. FACEF PESQUISA – v.9 – n.2 – 2006.

24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
pelo da empresa, para que possam efetivamente atuar como elos Das mudanças organizacionais em curso, destacam-se:
entre estes dois polos, buscando atuar de maneira conciliatória na • Horizontalização das estruturas, redução de níveis hierárqui-
resolução dos conflitos surgidos. cos, estruturas em rede;
II – Busca da melhoria da eficiência dos grupos, calcada nos atribu- • Equipes multifuncionais com bastante autonomia e com o
tos pessoais, cooperação intra e interequipes, capacidade de adaptação compromisso de agregar valor;
e desenvolvimento de compromisso entre colaboradores e empresa. • Visão e ação estratégica fazendo parte do cotidiano das
III – Livre fluxo de informações, tendo cada componente do pessoas e orientando resultados;
grupo plena consciência da relação de causa e efeito existente nas • Necessidade da organização aprender continuamente (lear-
tarefas executadas. ning organization).
IV – Treinamento e reciclagem constantes, permitindo que os
colaboradores incorporem novos conhecimentos que permitam As tendências relacionadas à estrutura de RH são:
analisar criticamente o seu trabalho e seu ambiente, permitindo • formações diversas – predomínio administração e psicologia
que busquem a melhoria contínua como indivíduo. – também pedagogia e engenharias consoantes com o negócio.
V – Cenário propício para o desenvolvimento de estruturas • ênfase no papel consultivo/parceria com as áreas da empresa
auto-reguladoras a partir de indivíduos autônomos e participantes. – maior exigência de competências conceituais e interpessoais
Desta forma, as equipes possuem a capacitação necessária para • por projetos – redução de funções
gerir seus próprios recursos de forma otimizada. • com poucas pessoas
Nesta escala, a gestão de RH está plenamente disseminada • atuação em comissões internas
pela empresa, sendo cada líder um gestor das pessoas sob a sua • comitês suprassistema
responsabilidade. A área de recursos humanos atua então como
órgão consultivo, constantemente sintonizado com as tendências Já a síntese das principais tendências nas ações de gestão de
do mercado e introduzindo novas ideias à estrutura vigente. Assim, pessoas identifica:
os profissionais de Recursos Humanos devem evitar os vícios inter- • foco nas lideranças
nos, buscando sempre novos patamares de desempenho através da • ênfase no trabalho em equipe
aplicação de “benchmarkings” (SOLEDADE, 2007). • exigência de multiqualificação
• rodízio na execução de tarefas
A moderna Gestão de Pessoas, segundo Chiavenato (2005), • interesse relaçãopessoal/profissional
baseia-se em três aspectos: • ênfase em pesquisa
I – tratar as pessoas como seres humanos que possuem conheci- • aprendizagem de ferramentas
mentos, competências, com uma história pessoal que os torna únicos, • treinamento à distância
diferentes entre si e não como recursos necessitando que alguém as • formação in company
administre pois são sujeitos passivos das ações das organizações; • gestão do conhecimento
II – tratar como talentos que impulsionam a organização, dotan- • compartilhamento de conhecimento
do-a de dinamismo, de conhecimento para continuar competitiva; • T&D estratégico: programas mais voltados para estratégia de
III – tratar as pessoas como parceiros que investem na orga- negócio
nização através de seus esforços, dedicação, comprometimento, • aprendizado × performance: maior foco no aumento de
responsabilidade tendo como expectativa o retorno deste investi- performance
mento traduzidos em autonomia, desenvolvimento, remuneração, • e-learning × presencial: o crescimento dos programas blended
reconhecimento, dentre outros. • liderança e coaching: transformação dos modelos de liderança
• diversidade: inserção e valorização das diferenças
Os programas de RH devem ser desenhados de modo a ofere- • saberes mais demandados:
cer benefícios e oportunidades de crescimento profissional aos em- • técnico – saber fazer – domínio processos de trabalho, nor-
mas, tecnologia, know-how
pregados. A função de administrar Recursos Humanos é das lideranças
• conceitual- saber o porquê – entender as razões, estabelecer
(supervisores/gerentes) das organizações. A função dos profissionais
relações, know-why
de Recursos Humanos é de buscar ferramentas e práticas modernas de
• interpessoal – saber ser – entender as pessoas, estabelecer
gestão de pessoas para facilitar, dar suporte e apoiar as lideranças na
relacionamentos convergentes, estimular motivações, decodificar
fixação das estratégias, na implementação dos processos de mudança
emoções, perceber perfis
organizacional, e nos processos de aprendizagem e desenvolvimento
• sobre o negócio – saber realizar – agir consoante demandas
das pessoas; estimular o autodesenvolvimento das pessoas; manter os
organizacionais – competências distintivas, essenciais, básicas
referenciais da organização transparente.
As organizações necessitam de profissionais de RH que tenham Soledade (2007) diz que tradicionalmente são atribuídos 4
perfil generalista e não mais de especialistas, dando maior abran- objetivos à área de RH:
gência às atividades e responsabilidades, devendo possuir maior a) recrutamento e seleção de indivíduos capazes de atender
qualificação e capacitação profissional (Resende e Takeshima, aos desejos e expectativas da empresa;
2000). Deve-se atentar para: b) manutenção dos colaboradores na empresa;
a) GESTÃO ESTRATÉGICA DE RH: Integrar-se com os objetivos c) desenvolvimento das pessoas;
maiores da organização e como suporte mais efetivo às áreas pro- d) folha de pagamento, admissão, demissão.27
dutivas e de negócios, favorecendo o cumprimento de suas metas
(Resende e Takeshima, 2000) Entretanto, o passar das últimas décadas mostra uma mudança
b) GESTÃO INTEGRADA DE RH: Entrosar as atividades, os pro- neste cenário, com a gestão de RH sendo exercida não mais por uma
jetos, planos e sistemas para garantir que a missão e objetivo da área específica, por haver se tornado um atributo de qualquer líder
área sejam cumpridos, obtendo sinergia nas funções principais de
recursos humano(Resende e Takeshima, 2000). 27. Adilson Silva Soledade. O Novo Papel da Área de Recursos Humanos (2007).
Obtido em http://www.ogerente.com.br/novo/artigos_sug_ler.php?canal=16&-
canallocal=48&canalsub2=154&id=453

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
de equipe. Esta mudança de perspectiva levou à descentralização • Paradigma burocrático- • Enriquecimento do cargo,
dos objetivos acima citados, que passaram a ser absorvidos pelas mecanicista - ênfase nas substituindo a especialização
diversas áreas da empresa, sendo responsabilidade de cada líder, a tarefas e na estrutura e visão estrita pela ampliação de
gestão dos colaboradores sob a sua responsabilidade. Cabe então da organização percebida tarefas e responsabilidades.
à nova área de RH, atuar como um agente facilitador do processo como “máquina”. • O ser humano não tem
de gestão de pessoas, propiciando as áreas da empresa os recursos • Estilo de administração desprazer inerente em
e instrumentos necessários a este novo desafio (SOLEDADE, 2007). rígido e autocrático, baseado trabalhar, nem uma natureza
Menezes acrescenta que a Gestão de Pessoas é contingencial em padrões inflexíveis. intrínseca de passividade e
e situacional por ser dependente da cultura da organização, da • As pessoas são preguiçosas resistência.
estrutura organizacional adotada, das características do contexto por natureza e só são • As pessoas têm
ambiental, do negócio da organização, da tecnologia adotada, entre motivadas por recompensas motivação, potencial
outros fatores. Seus objetivos são: materiais. de desenvolvimento e
• Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua • As pessoas não querem capacidade de assumir
missão; responsabilidades e responsabilidades.
• Proporcionar competitividade à organização; preferem ser dirigidas e Falta de ambição, fuga
• Proporcionar à organização, empregados bem treinados e dependentes. à responsabilidade e
bem motivados; • Por sua natureza intrínseca, preocupação excessiva
• Aumentar a auto-realização e a satisfação dos empregados o ser humano é resistente à com segurança são, muitas
no trabalho; mudança. vezes, conseqüências de
• Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho; As atividades devem ser experiências negativas.
• Administrar a mudança; padronizadas e as pessoas • Para que as potencialidades
•Manter políticas éticas e comportamento socialmente res- devem ser persuadidas, intelectuais não fiquem
ponsável. controladas, recompensadas subutilizadas, deve ser
e coagidas para cumprir seu estimulada a criatividade
As novas ideias de gestão de pessoas no serviço público come- papel. para a solução de problemas
çam a se consolidar a partir do movimento de Reforma do Estado e • A remuneração é vista organizacionais.
surgimento do movimento da Nova Gestão Pública ou Gerencialismo. A como meio de recompensa, • As pessoas podem atingir
reforma é gerencial porque busca inspiração na administração de em- uma vez que o homem é objetivos pessoais ao mesmo
presas privadas, e porque visa dar ao administrador público profissional motivado por incentivos tempo que perseguem os
condições efetivas de gerenciar (BRESSER-PEREIRA, 1998). As mudanças econômicos objetivos organizacionais.
na Administração pública se refletem na Administração de Recursos
Humanos (ARH), especialmente no estilo de lidar com as pessoas.
Fonte: Marcilio de Medeiros Brito, 2008.
Diferenças de Administração de Recursos Humanos
Outra distinção é tratar as pessoas como recursos ou como
parceiros.
Estilo Tradicional Estilo Flexível
• Paradigma burocrático- • Preocupação desloca-se da Tratar pessoas Tratar pessoas
mecanicista – ênfase nas estrutura organizacional para como recursos como parceiros
tarefas e na estrutura e visão os processos e a dinâmica
– As pessoas são – As pessoas são fornecedoras
da organização percebida organizacional.
vistas como recursos de de conhecimentos, competên-
como “máquina”. • Estilo aberto, flexível
produção, ao lado dos cias, habilidades e inteligência.
• Estilo de administração e participativo, que
recursos financeiros e Constituem o capital intelectual
rígido e autocrático, baseado dá oportunidades de
materiais. da organização.
em padrões inflexíveis. crescimento individual.
– Como recursos, – Nesta concepção, as pessoas
• As pessoas são preguiçosas • Descentralização
elas precisam ser são vistas como seres humanos,
por natureza e só são e participação nas
administradas, o que dotadas de personalidade,
motivadas por recompensas decisões e delegação de
envolve planejamento, possuem uma história de vida
materiais. responsabilidades
organização, direção particular, são diferentes e singu-
e controle de suas lares e possuem necessidades que
atividades, já que são motivam seu comportamento.
sujeitos passivos da ação – São elementos impulsion-
organizacional. adores e dinamizadores da
organização e capazes de
dotá-la de inteligência, talento
e aprendizados indispensáveis
à sua constante renovação e
adequação a um mundo em
mudanças.
– Deve haver reciprocidade
entre expectativas pessoais e
organizacionais

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Assim sendo, o órgão de gestão de pessoas deve apresentar 3 Flexibilidade: pensa por diferentes estratégias e por diferentes
momentos de atuação: padrões de raciocínio. Considera diferentes pontos de vista. Aceita
1º Momento: departamentos de pessoal, destinados a fazer mudança com naturalidade.
cumprir as exigências legais com relação ao emprego – admissão, Pensamento Estratégico: Habilidade em analisar a posição
anotações cadastrais, controle de frequência, aplicação de penali- competitiva, tendências de mercado, clientes potenciais, novas
dades, férias etc. tecnologias, visão a médio/longo prazo, análise da concorrência.
2º Momento: departamento de recursos humanos, responsá- Foco no Cliente: Identifica o que os clientes precisame valori-
vel pelas funções clássicas de RH. zam. Prevê e antecipa-se a atender as necessidades com agilidade e
3º Momento: gestão de pessoas, responsável por um conjunto com qualidade visando lucro econômico.
mais complexo de funções, assumindo papel estratégico. • SER FLEXÍVEL E NÃO ESPECIALISTA DEMAIS
• TER MAIS INOVAÇÃO DO QUE INFORMAÇÃO
Segundo Brito (2008), há uma tendência para entender que a • ESTUDAR DURANTE TODA A VIDA
gestão de pessoas deve ser compartilhada com os gerentes que li- • ADQUIRIR HABILIDADES SOCIAIS E CAPACIDADE DE EX-
dam cotidianamente com os próprios subordinados. Neste sentido, PRESSÃO
o RH passa a funcionar como prestador de serviços especializados • ASSUMIR RESPONSABILIDADES
de gestão de pessoas, no âmbito interno, fornecendo assessoria e • SER EMPREENDEDOR
consultoria às demais áreas: • ENTENDER E LIDAR COM DIVERSIDADE CULTURAL
• Recrutamento e seleção: previsão constitucional para, de • ADQUIRIR INTIMIDADE COM NOVAS TECNOLOGIAS
um lado, concurso público e, de outro, livre nomeação para cargos
comissionados. Fonte: UNESCO
• Desenho de cargos e avaliação de desempenho: algumas
vezes a criação de cargos não atende a critérios técnicos. Dificul- O foco nas competências busca destacar e desenvolver os dife-
dade de implementar programa de avaliação e mensuração de renciais de capacitação, desempenho, resultado e competitividade
desempenho. das pessoas, funções, áreas e organizações. O sistema de gestão
• Remuneração e benefícios: dificuldade de recompensar os por competência leva inevitavelmente à necessidade de valorizar
bons funcionários. o conhecimento e habilidades humanas e destacar as qualificações
• Treinamento e desenvolvimento de carreiras: ausência de e os atributos pessoais que fazem a diferença nos resultados dos
planejamento, principalmente de médio e longo prazos, e desconti- processos, as áreas e da organização como um todo (Fleury, 2002).
nuidade administrativa prejudicam desenvolvimento consistente e
contínuo das pessoas, com foco em competências. Este sistema de gestão conduz a importante mudança de para-
• Banco de dados e Sistema de Informações Gerenciais (SIG): digma relacionado a seleção – treinamento – desempenho – remu-
ausência de bases de dados e falta de compreensão da importância neração – carreira, pois passam a ser mais objetivamente centrados
de informações que subsidiem o planejamento e a tomada de nas pessoas. Favorece o aperfeiçoamento das áreas de RH (Gestão
decisão. de Pessoas), no sentido de atuar maior integração.
As competências da organização são as estratégias formuladas
Gestão por competências pelas organizações que determinarão as competências necessárias
O Conceito de competência vai além do conceito de qualifi- para alcançar suas metas e objetivos (FAISSAL et al, 2006). Segundo
cação como um saber acumulado, classificado e certificado pelo Resende (2000), envolvem:
sistema educacional. Implica saber como mobilizar, integrar e • Processos – ter excelência nos processos de produção, vendas
transferir conhecimentos, recursos e habilidades, agregando valor e serviços, estratégias de marketing, excelência e investimento na
à organização e aos indivíduos. Segundo Dutra (2004), as pessoas gestão de pessoas, logística, etc.
concretizaram as competências organizacionais, ao colocarem em • Foco na Inovação e Qualidade: desenvolver novos produtos,
pratica o “patrimônio de conhecimentos da organização validando investindo em tecnologia e garantindo a qualidade.
ou implementando modificações para aprimorá-lo”. • Orientação para Clientes: gerar impacto positivo, estabele-
“COMPETÊNCIA É UM SABER AGIR RESPONSÁVEL E RECO- cendo parcerias e conhecendo a satisfação dos seus clientes.
NHECIDO, QUE IMPLICA EM MOBILIZAR, INTEGRAR, TRANSFERIR • Social: garantir uma imagem positiva perante a sociedade e
CONHECIMENTOS, RECURSOS, HABILIDADES E ATITUDES QUE
clientes, saber ser, incluindo autonomia, flexibilidade, responsabili-
AGREGUEM VALOR ECONÔMICO À ORGANIZAÇÃO E VALOR SOCIAL
dade e comunicação.
AO INDIVÍDUO.”(Fleury, 2002)
“COMPETÊNCIAS HUMANAS SÃO ENTENDIDAS COMO COM-
A descrição de cargo tradicionalmente utilizada prevê a
BINAÇÕES SINÉRGICAS DE CONHECIMENTOS, HABILIDADES E
descrição as funções e atividades que compõem o cargo, indepen-
ATITUDES, EXPRESSAS PELO DESEMPENHO PROFISSIONAL, DENTRO
dentemente das estratégias da organização (Faissal et al, 2006). A
DE DETERMINADO CONTEXTO OU ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL.”
identificação do perfil de competências prevê o mapeamento das
(CARBONE E COLABORADORES, 2005).
competências que estão alinhadas com as estratégias e conheci-
Exemplos de algumas Competências: mentos definidos pela organização.
Orientação para resultados: age para melhorar a performance, As pessoas deverão alcançar resultados através destas compe-
com maior agilidade e qualidade. Compete contra padrões de de- tências, de forma a contribuir com a competitividade da organiza-
sempenho, buscando sempre mais. Busca Inovações. ção.
Iniciativa: assume fazer mais do que é esperado ou solicitado; O levantamento do perfil de competências deverá ser realizado
age antes de ser solicitado (antecipa-se aos problemas); cria novas com o gestor da área e de gestores de áreas afins da organização;
oportunidades. através de entrevista e observação de profissionais considerados
Construção de relacionamentos: constrói e mantém contatos com melhor desempenho, indicado pelo requisitante da vaga.
dentro e fora da organização, trazendo conhecimentos. Articula Exemplos de perguntas para identificar as competências (Rabaglio,
relacionamentos voltados para o alcance de objetivos. 2005):

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Defina os conhecimentos, atitudes e habilidades para realização do trabalho;
• O que torna um candidato perfeito para este cargo?
• O que torna um candidato inadequado para este cargo?
• Desafios que este cargo apresenta e as habilidades que o candidato deverá demonstrar para enfrentar e superar estes desafios.
• Resultados esperados para o desenvolvimento desta posição na organização.

Após o levantamento das competências, há necessidade de agrupar e definir as competências; de uma análise alinhando com as
estratégias da organização e definindo os indicadores e por fim, validar com o gestor solicitante da posição. Exemplos de perguntas para
identificar as competências na entrevista de seleção (Bruno, 2000):

PENSAMENTO ESTRATÉGICO
• O que sua área está fazendo (ou fez) para garantir o sucesso do plano estratégico da empresa atual?
• O que você faz para conseguir analisar informações estratégicas?
• Como você avaliaria nossos produtos em relação aos produtos do concorrente?

INOVAÇÃO
• O que fez de inovador na última empresa (ou atual)?
• Quais os recursos que utilizou para elaborar essa proposta?
• Dê exemplos de pessoas bem-sucedidas. Qual foi sua contribuição?
FLEXIBILIDADE
• O que você faz quando tem de enfrentar obstáculos em momentos de mudança?
• O que faz quando discorda de alguém com relação a uma política, projeto etc?
• Fale sobre uma situação que teve que abrir mão de suas ideias a favor da equipe

FOCO NO CLIENTE
• Como você identifica tarefas que estejam prejudicando um bom atendimento ao cliente?
• Dê exemplo de uma situação onde antecipou possíveis problemas para seu cliente e qual foi a solução recomendada
• Fale sobre o feedback recebido de seus clientes no último ano

ORIENTAÇÃO PARA RESULTADOS


• O que você fez para atingir um ou dois resultados notáveis?
• Como você organiza seu dia-a-dia?
• Qual sua avaliação de seu comportamento numa situação de pressão e prazos

Nos modelos de competência, há necessidade de identificar os conhecimentos e experiências para o desenvolvimento das atividades.
Após o levantamento das competências, há necessidade de agrupar e definir as competências; de uma análise alinhando com as estraté-
gias da organização e definindo os indicadores e por fim, validar com o gestor solicitante da posição.

Gestão por Competências


Missão, Estratégias,
Objetivos e Metas

Análise das Valorização Identificação


Competências das Pessoas dos Gaps
Identificação e
definição de Gestão por
competências Competências
essenciais, grupais e
individuais
Adequação Envolvimento Coerência com
de Perfil Gerencial o negócio
Formulação do Perfil
de Competências Ideal
individual e grupal, Plano de Ação
segmentados por Área
Hierárquica ou por
Sistemas Operacionais Formais Não-Formais
Maria Cecilia Araujo – 06.05.2004

Figura – Gestão por Competências


Fonte: Maria Cecilia Araújo, 2004

28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
O conceito de competência emerge na década de 90, com o desenvolvimento de capacidades que podem ser mobilizadas em situa-
ções pouco previsíveis, relacionadas a novos usos e novos processos que fazem parte da organização. Segundo Dutra (2002), as premissas
para a gestão por competências são:
• Passagem do foco no controle para o foco no desenvolvimento.
• Passagem do foco nos instrumentos para o foco no processo.
• Foco no interesse conciliado em vez do foco no interesse da organização, esse foco caracteriza-se pela busca de desenvolvimento
mútuo de forma dinâmica, na qual e a negociação torna-se imprescindível.
• Foco no modelo integrado e estratégico em vez de foco no modelo construído por partes desarticuladas entre si.

Gestão por Competências

Outputs
Integração com demais sistemas de RH

Alinhamento Estratégico
Recrutamento e Seleção

Remuneração Sucessão e
e Incentivo Seleção Interna
GESTÃO POR
COMPETÊNCIA

Educação Corporativa

Gestão do Desempenho
Carreira e Sucessão
Figura – Gestão por Competências – integração com demais sistemas de RH
Maria Cecilia Araujo – 06.05.2004
Fonte: Maria Cecilia Araújo, 2004

O sistema de gestão por competência leva inevitavelmente à necessidade de valorizar o conhecimento e habilidades humanas e
destacar as qualificações e os atributos pessoais que fazem a diferença nos resultados dos processos, as áreas e da organização como um
todo (Fleury, 2002). Este sistema de gestão conduz a importante mudança de paradigma relacionado a seleção – treinamento – desempe-
nho – remuneração – carreira, pois passam a ser mais objetivamente centrados nas pessoas. Favorece o aperfeiçoamento das áreas de RH
(Gestão de Pessoas), no sentido de atuar maior integração.
Mudanças no mundo do trabalho que geraram a necessidade de adotar o modelo de gestão por competência
• Eventos: ocorrem de forma imprevista, afetando o equilíbrio ou a normalidade da organização, ultrapassando as habilidades roti-
neiras para solução dos problemas. A competência não está contida nas precondições das tarefas, o profissional precisa mobilizar recursos
para dar respostas a estas situações;
• Noção de serviço: as pessoas produzem algo destinado aos outros, portanto o conceito de cliente externo e interno deve estar
sempre presente nos processos de trabalho;
• Comunicação: as organizações devem ter fronteiras flexíveis, com comunicação fácil em todos os níveis, partilhando conhecimentos
sobre a organização vinculados as estratégias, procedimentos e outros.

Fonte: Fleury (2002)

Na gestão de pessoas, a abordagem de competências tem se mostrado uma forma avançada e inovadora: na identificação dos conheci-
mentos requeridos pela organização; na flexibilização do conceito de posto de trabalho; no envolvimento e responsabilização permanente
do indivíduo em seu desenvolvimento.
Esse modelo tem por objetivos planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização pública, as competências
necessárias à consecução dos objetivos organizacionais. O conceito se baseia em três dimensões: conhecimento (saber o quê, saber o
porquê); habilidade (saber como fazer); atitude (querer fazer).
Vale salientar a importância do mapeamento das competências visando identificar e gerenciar as lacunas (gaps) de competências
eventualmente existentes na organização. Essa lacuna diz respeito à discrepância entre as competências necessárias à consecução dos
objetivos organizacionais e àquelas de que a organização dispõe.

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Brandão (2008 apud Mauger et al) relaciona a avaliação de Nesse sentido, diversos foram os modelos desenvolvidos, e o
desempenho com a gestão por competências, afirmando que os re- que parece melhor responder às novas necessidades organizacio-
sultados alcançados na avaliação são comparados com os que eram nais parece ser o modelo de gestão de pessoas por competências,
esperados, gerando informações para retroalimentar o processo que define quais são os conhecimentos, habilidades e atitudes
de gestão por competências. E completa, afirmando que qualquer necessários aos indivíduos.
que seja o modelo de avaliação de desempenho adotado em uma O grande apelo à adoção da gestão de competências pelas
organização, é imprescindível a descrição do perfil de competências organizações pode ser entendido quando se compreende o ciclo
básicas que sirvam de paradigma para uma comparação com as virtuoso que a mesma tende a gerar principalmente no que diz
existentes.28 respeito ao processo de inovação e aprendizagem organizacional. O
A gestão de pessoas por competências tem sido empregada nas pressuposto é o de que as pessoas, vendo suas diferentes entregas
organizações como importante ferramenta por incentivar a criação reconhecidas pela empresa, passem a produzir cada vez mais,
de soluções que agreguem valor aos seus produtos e/ou serviços gerando maiores benefícios para a organização, que reconhecerá
por parte de seus colaboradores. as novas tecnologias e processos de produção propiciados pela
Sua premissa é a de que, se os funcionários realizarem suas iniciativa de cada indivíduo ou equipe, passando a valorizá-las ainda
atividades de forma crítica e inovadora, alinhados ao planejamento mais (OLIVEIRA, DIAS, ROQUETTE).
estratégico da organização em que atuam, haverá benefícios a serem
desfrutados por ambas as partes. Por um lado, a instituição terá sua Recrutamento e seleção
marca solidificada no mercado através de vantagens competitivas O contexto de Gestão de Pessoas, mais conhecido como
criadas pela atuação de sua força de trabalho, que por sua vez pas- Recursos Humanos, é formado, por pessoas e organização, esta-
sará a ser mais valorizada pelo seu desempenho. Condições estas belecendo uma relação de dependência mútua para o alcance das
altamente desejadas em um contexto de grande competitividade metas e objetivos (CHIAVENATO 2005). Para que exista esta relação
e instabilidade no qual as organizações estão inseridas atualmente. entre pessoas e organização, há necessidade de que as organiza-
Para o correto entendimento do modelo de gestão por ções escolham as pessoas que desejam como empregados e que
competências, faz-se necessário melhor delimitar o conceito de as pessoas escolham onde pretendem trabalhar. Este processo de
“competência” empregado no presente trabalho/artigo. Apesar escolha mútua ocorre quando as organizações divulgam suas vagas
de ter sido estudado ao longo das últimas três décadas, o conceito no mercado de trabalho e as pessoas interessadas, candidatam-se
de competência tem sido utilizado em diferentes formatos e ainda
as vagas disponíveis (TEDESCO, 2009).
permanece em evolução. A corrente mais difundida tem origens
Em termos tradicionais, a seleção busca entre os candidatos
nos trabalhos de Le Boterf (1994) e Zarifian (2001) e caracteriza
recrutados aqueles mais adequados aos cargos existentes na em-
a competência dos indivíduos como decorrente da articulação de
presa, visando manter ou aumentar a eficiência e o desempenho do
seus conhecimentos, habilidades e atitudes nas situações enfren-
pessoal, bem como a eficácia da organização (CHIAVENATO, 2009,
tadas no trabalho.
p.172).
O conhecimento é o conjunto de saberes acumulados por uma
A seleção é um processo de comparação entre duas variáveis:
pessoa durante sua trajetória pessoal e profissional, seja através de
ações formais ou informais de aprendizagem, é o domínio técnico de um lado, os critérios da organização (como requisitos do cargo a
sobre determinados conteúdos. A habilidade está relacionada ser preenchido ou as competências individuais necessárias à orga-
com a execução de alguma atividade que envolva instauração dos nização) e, de outro lado, o perfil das características dos candidatos
conhecimentos armazenados durante a vida por parte de um in- que se apresentam. A primeira variável é fornecida pela descrição
divíduo. Ter esse recurso indica que o indivíduo sabe como fazer e análise do cargo ou das competências requeridas, enquanto a
uma determinada tarefa, trabalho, etc., dentro de um determinado seguida é obtida por meio de aplicação das técnicas de seleção
processo. Por fim, a atitude diz respeito à conduta das pessoas no (CHIAVENATO, 2009, p.173).
interior de uma organização. Trata-se do comportamento assumido Existem dois tipos de mercado: o Mercado de Trabalho onde
diante dos aspectos sociais e afetivos presentes no contexto da são divulgadas as oportunidades de emprego e o Mercado de
organização. Recursos Humanos, caracterizado pelo conjunto de candidatos que
Destarte, a presença de indivíduos extremamente qualificados estão em busca das oportunidades oferecidas pelas organizações.
no âmbito de uma empresa não é garantia de rendimento superior Tanto no mercado de trabalho quanto no mercado de recursos
frente aos concorrentes. humanos, existem constantes alterações, que influenciam nas
Paralelamente, é fundamental que cada integrante de uma práticas das organizações no que se refere as gestão de pessoas e
organização tenha uma atitude favorável à aplicação destes conhe- no comportamento das pessoas que estão disponíveis no mercado
cimentos em situações concretas de trabalho para gerar resultados ou que pretendem buscar outro emprego.
cada vez melhores. Quando o mercado tem mais ofertas do que procura, os
Dessa forma, não se pode confundir potencial com competên- candidatos podem escolher as organizações que oferecem me-
cia. A competência é a “forma como a pessoa mobiliza seu estoque lhores condições e oportunidades, aumentando assim seu poder
e repertório de conhecimentos e habilidades em um determinado de negociação. As organizações por outro lado, investem mais
contexto, de modo a agregar valor para a organização no qual está em benefícios sociais e salariais, em treinamento e programas de
inserida (competência em ação). Esta agregação de valor implica desenvolvimento, dentre outras, para atrair e reter os candidatos.
em uma contribuição efetiva da pessoa ao patrimônio de conheci- Geralmente os critérios de seleção são mais flexíveis e as pessoas
mento da organização”. (DUTRA, 2004). sentem-se mais propensas a lançar-se no mercado.
Um dos mecanismos mais eficazes para conseguir que o indiví- Quando a situação é inversa, existe mais procura por emprego
duo contribua para a consolidação da visão de futuro de sua insti- do que ofertas de vagas diminui o poder de negociação por parte
tuição é incentivar e valorizar suas competências, direcionando-as dos candidatos, sentem-se inseguros em deixar seu emprego,
e desenvolvendo-as de forma alinhada aos objetivos estratégicos aumenta a competição entre os candidatos. Há pouco ou nenhum
organizacionais. investimento salarial, benefícios, treinamento e a ênfase acaba
sendo no recrutamento externo para melhorar o potencial interno.
28. Obtido em <http://www.servidor.gov.br/sad/biblioteca/artigos/ad_como_ Vários são os fatores que interferem tanto no mercado de
ferramenta_de_gestao-Mauger-clad-nov2010.pdf> Acesso em 3 jul 2012.

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
recursos humanos quanto no mercado de trabalho. Um deles está O processo de Recrutamento e Seleção terá um resultado posi-
relacionado ao desenvolvimento tecnológico que aumentou a tivo, quando atender as necessidades com rapidez; com quantidade
sofisticação do trabalho, demandando habilidades e competências suficiente de candidatos considerados potencialmente capacitados;
mais variadas dos trabalhadores, automatizando os processos, com custo adequado despendido no processo e que haja perma-
aumentando a produtividade, gerando novos empregos, eliminan- nência dos candidatos na organização. O resultado será negativo
do postos de trabalho. A intensificação da tecnologia possibilitou quando ocorrer um alto turnover (rotatividade) no período expe-
ofertas de produtos mais acessíveis, aumentando o consumo o que rimental, poucos candidatos potenciais para o processo seletivo,
pode ser um fator gerador de emprego. alto custo do recrutamento;poucos funcionários qualificados o que
O mercado está cada vez mais competitivo fazendo com que as poderá comprometer a eficiência e eficácia da organização.
organizações criem estratégias para gestão de pessoas mais eficien- O papel primordial do selecionador de pessoal é garantir,
tes para atrair e reter pessoas. A responsabilidade por pesquisar enquanto estratégia de gestão de Recursos Humanos, a eficiência
interna e externamente os candidatos potenciais para preencher as das atividades mediadas por organismos dentro das organizações
vagas existentes na organização, cabe ao Recrutamento e Seleção. mantendo ou elevando a produtividade via seleção de perfil psico-
Portanto, o processo de recrutamento e seleção desempenha um lógico. Tal qualidade está automaticamente vinculada a prática de
papel essencial. recrutamento, compreendida como as seguintes etapas:
Para se alcançar a integração estratégica entre a área de
Recursos Humanos e os negócios da empresa, é preciso que cada a) Recebimento da Vaga
atividade de RH seja integrada verticalmente, de modo a se alinhar O trabalho de recrutamento inicia-se no momento em que
aos imperativos da estratégia da empresa (MILLMORE, 2003). Re- se recebe a liberação da vaga, solicitação de pessoal, perfil profis-
crutamento e seleção são práticas que se mantiveram relativamente siográfico ou afim. Embora a nomenclatura deste documento se
imutáveis ao longo do tempo, sendo ainda frequentemente rela- diferencie de empresa para empresa, o objetivo é único: munir a
cionadas aos modelos psicossomáticos, abordagens padronizadas divisão de recrutamento e seleção sobre os dados e critérios que
onde se procurava a pessoa certa para o lugar certo. Hoje o enfoque servirão de base para preterir ou aprovar currículos.
dessas práticas tem se tornado mais orientado estrategicamente, Em algumas empresas, o RH atua como staff ou Consultoria
buscando-se pessoas para a organização e não mais para um cargo Interna junto aos departamentos requisitantes no desenho do perfil
específico. O que importa é a busca de capital humano, que se de uma vaga. Em agências de emprego e Consultoria de RH, quan-
revela pelo conjunto de competências que as pessoas têm e que se do recebemos uma vaga, ligamos para os clientes para confirmar
alinham às competências essenciais da empresa.29 o recebimento e automaticamente, aproveitamos a contingência
Se o comportamento estratégico exige que a organização para esclarecer ou flexibilizar os requisitos para o desempenho de
combine seus recursos no longo prazo, às demandas de mudanças um cargo vago. Negligenciar quaisquer informações a respeito do
ambientais, as organizações consideram que o capital humano perfil de um cargo é sinônimo de comprometer o recrutamento e,
seja uma das principais fontes de vantagem competitiva; sob este portanto, o processo seletivo como um todo.
aspecto, recrutamento e seleção são funções essenciais dentro da Assim, o processo de recrutamento e seleção tem início quando
área de RH para dar suporte à execução da estratégia da corpora- houver disponibilidade de vaga motivada por substituição em fun-
ção, o que já vinha sendo percebido há cerca de quinze anos atrás ção de desligamentos por aposentadoria, promoções, afastamen-
(HENDRY, PETTIGREW; SPARROW, 1988). tos, dentre outros ou por necessidade de aumentar a quantidade
Mas, para que o recrutamento e seleção sejam considerados de pessoas em virtude do aumento da produção, novos produtos,
estratégicos, eles precisam atender a três condições primárias in- ampliações da organização, aquisição de novos maquinários, dentre
dependentes: integração estratégica; foco no longo prazo; e meca- outros.
nismo para transformar demandas estratégicas em especificações Quando surge a vaga, a área requisitante deve encaminhar
apropriadas para recrutamento e seleção. Sob esta perspectiva, o a solicitação para recursos humanos, que iniciará o processo de
papel das funções de recrutamento e seleção está no provimento
recrutamento e seleção.
de pessoas com as competências vistas como críticas para o futuro
Geralmente o processo tem início com a Análise da Descrição
ou, em outras palavras, em saber escolher as pessoas que “tocarão”
de Cargo e/ou Definição do Perfil de competências, que pode ser
a gestão da empresa no futuro.
feita através da leitura da Descrição do Cargo que está sendo solici-
O termo “recrutamento” pode facilmente ser encontrado em
tado ou entrevistando o requisitante para conhecer quais requisitos
dicionários, como por exemplo, na versão on line do http://www.
são necessários para este cargo.
priberam.pt/ como ato ou efeito de recrutar uma leva de recrutas.
São necessárias as seguintes definições: requisitos mínimos im-
Sua morfologia e significado teve origem, praticamente nos exérci-
tos, pois estava vinculado a prática de captar recrutas para vagas prescindíveis para ocupar o cargo, que se o candidato não possuir,
de futuros soldados ou postos de guerrilha. Rapidamente o termo, não poderá ser indicado para a vaga e os requisitos considerados
bem como seu objetivo (captação de pessoas) foi ampliado para como adequados, que se o candidato não possuir, poderão ser
o sistema de RH, em especial, ao subsistema de Recrutamento e desenvolvido posteriormente e/ou podem servir como diferencial
Seleção de Pessoal.30 no momento da decisão.
O papel do recrutamento é ser o elo entre a organização e o As informações que o recrutamento e seleção necessita para
mercado de trabalho. Recrutamento e Seleção é um processo que iniciar o processo são as seguintes: atividades que a pessoa irá
procura integrar pessoas e trabalho, através do estudo das dife- desempenhar; responsabilidades e autonomia; posição do cargo na
renças individuais das pessoas que se apresentam às vagas, com hierarquia; Conhecimentos e habilidades técnicas necessárias para
a finalidade de prognosticar, através da utilização das técnicas de desenvolver as funções e atividades; Os comportamento, habilida-
seleção, quais estariam capacitadas para ocupar um cargo dentro des e atitudes para o desenvolvimento das funções e atividades;
de uma organização (Bruno, 2000). Desafios e dificuldades características deste cargo; Relações diretas
29. Ana Maria Roux Valentini Coelho CÉSAR; Roberto CODA; Mauro Neves GARCIA. e indiretas, tanto internas quanto externas; Horário de trabalho;
Um novo RH? – avaliando a atuação e o papel da área de RH em organizações Oportunidades de desenvolvimento que esta função gera; dentre
brasileiras. FACEF PESQUISA – v.9 - n.2 – 2006. outras.
30. Eduardo Alencar, Camilla Pauferro, Alcimar Fraga, Érica Soares e Tatiane
Rosa. Introdução ao Recrutamento de Pessoal (2008)

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Atualmente os processos estão voltados para a Seleção por Os meios para identificação dos candidatos externos podem
Competências, mapeando-se as competências da organização e a ser a consulta ao Banco de Candidatos; a Indicação de Funcionários;
que a organização necessita para cada cargo: a colocação das oportunidades em Agências de Empregos, Consul-
a) técnicas que são os pré-requisitos do cargo, conhecimentos torias; Intercâmbio entre Empresas, os Grupos de Profissionais;
e habilidades especificas para atribuições ou funções específicas e; as Apresentações espontâneas; Associação de Classes, Sindicatos,
b) comportamentais que são as atitudes e comportamentos Universidades; Jornais, Revistas, Internet, e outros.
compatíveis com as atribuições a serem desempenhadas, por A decisão sobre qual o melhor meio para divulgação das vagas
exemplo comunicação, liderança, negociação, persuasão, flexibili- está relacionada ao custo operacional, retorno rápido; e a eficiência
dade, etc., como vimo anteriormente (para maiores conhecimentos e eficácia do processo.
consulte livro “Seleção por Competência” de Maria Odete Rabaglio, Por exemplo, os anúncios nos jornais, revistas e internet, têm
2005). como vantagens, além de ser uma fonte para atrair candidatos poten-
ciais, é um meio para propaganda da organização, se bem elaborados.
b) Anúncio ou divulgação de vagas em fontes e parceiros de Os anúncios nos jornais e revistas têm como desvantagens, o alto custo
recrutamento e o retorno demorado para receber os candidatos e/ou currículos.
Na etapa de anúncios, pode-se proceder com três condutas: Após a divulgação da(s) vaga(s) e o recebimento dos currículos
I – Recrutamento Interno: Consiste nas práticas empregadas ou dos candidatos, inicia-se o processo de Triagem que compreende
à divulgação de vagas em aberto dentro das empresas ou orga- a análise do currículo ou da ficha de solicitação de emprego e uma
nizações, focando o mercado de mão de obra interno, como por entrevista inicial.
exemplo, um teaser, anúncio na copa, e-mail, comunicado formal Na análise do currículo ou da Ficha de Solicitação devemos
ou semelhante, com o intuito de recrutar colaboradores de outros considerar: as realizações profissionais; os projetos desenvolvidos
departamentos que tenham interesse em mudar de área a título e implantados; a formação acadêmica; os cursos realizados; a expe-
de promoção, interesse profissional ou semelhante. A grande van- riência profissional observando a compatibilidade com os requisitos
tagem de um recrutamento interno é o baixo custo com fontes de solicitados; a compatibilidade entre a formação e as funções ou
recrutamento. A desvantagem, é que ingressamos em um circulo cargos ocupados pelo candidato; as datas de admissões e demis-
vicioso, ou como diríamos no senso comum, “cobre um santo e sões; o local onde reside, dentre outros, considerando sempre os
descobre outro”. Caso um colaborador venha ser aprovado para requisitos definidos pelo requisitante.
um processo de recrutamento e seleção interno, a vaga dele no seu Após a triagem, os candidatos deverão ser convocados para
antigo cargo, provavelmente abrirá junto ao subsistema de recruta- o processo de seleção. Esta convocação pode ser feita através de
mento e seleção de pessoal. mensagens eletrônicas, telegramas, telefonemas, cartas, recados
Assim, o Recrutamento Interno é fundamentado na movimen- através de funcionários, dentre outros. Deve-se informar horário e
tação dos funcionários seja através de transferências, promoções, local. Na convocação via telefone ou correio eletrônico é possível
baseados geralmente nos programas de desenvolvimento de esclarecer algumas condições de trabalho tais como: horários da
Recursos Humanos. empresa; fases do processo de seleção; faixa salarial; a área em que
Este tipo de recrutamento apresenta como vantagens a rapidez, a vaga está disponível e outras.
economia, conhecimento, aumento da motivação, utilização dos Devem-se preparar o local, materiais e todos meios que serão
investimentos em treinamento e como limitações a frustração dos utilizados no processo de seleção.
candidatos não selecionados; a demora na liberação do candidato
pela supervisão atual, a quantidade insuficiente de candidatos para III – Recrutamento Misto: Consiste nas práticas empregadas à
o processo de seleção. divulgação de vagas em aberto para o mercado de mão de obra
Os meios para divulgação das vagas internamente podem ser interno e externo. As vantagens concentram uma flexibilidade de
o quadro-de-avisos; intranet; consulta aos gestores (gerentes / cenário e vantagens estratégicas mencionadas nos itens anteriores,
supervisores); consulta aos planos de desenvolvimento de recursos bem como a flexibilidade para com as consequências negativas.
humanos. – Instituições de Ensino (Técnico, Médio, Graduação, Pós Grad-
uação, Profissionalizante, Qualificação profissional e afins);
II – Recrutamento Externo: Consiste nas práticas empregadas – Sites;
à divulgação de vagas em aberto para o mercado de mão de obra – Jornais (Locais, Nacionais, regionais) e Mídias;
externo à organização/empresa, como por exemplo, anúncios em – Instituições diversas (Ongs, Associações, Igrejas, eventos, etc);
jornais, contratação de agências de emprego, consultorias de RH e – Anúncio(s) na porta da empresa ou consultoria;
afins. As vantagens consistem em uma gama diversificada de perfis – Agência de Emprego, Consultoria de RH; Outplacement e afins;
para proceder com seleção de pessoal e agilidade na captação de – Indicação de candidatos ou funcionários;
pessoas. As desvantagens são geralmente, custo e desmotivação de – Indicação de empresas parceiras, fornecedores e clientes;
colaboradores internos ao não serem considerados para processos – Internet e seus recursos;
seletivos da empresa. – Etc
Assim, o Recrutamento Externo é caracterizado pela identifica-
ção de candidatos no mercado externo. Apresenta como vantagens Em aspectos gerais, a escolha de fontes de recrutamento varia
a geração de novas ideias trazidas pelos candidatos; maior diversi- conforme perfil da vaga, criatividade do recrutador e recursos
dade nos recursos humanos da organização, aproveitamento dos financeiros e institucionais da empresa.
treinamentos de outras empresas; e outros e como limitações, a
falta de candidatos potenciais; a demora dos contratados para C) Análise e triagem de currículos oriundos destas ações
conhecer os processos e procedimentos da organização; maior O currículo é praticamente o “cartão de visita” dos candidatos
tempo despendido no processo; custo mais alto do que no processo recrutados ou interessados em oportunidades de trabalho junto a
interno, e a possibilidade de gerar insatisfações internamente pelo uma empresa. Não há uma “fórmula” mágica ou modelo padrão,
não aproveitamento dos funcionários. devido à grande diversidade na conduta de confeccionar este “car-
tão de visita”. Entretanto, sugere-se:

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Origem: A palavra Curriculum Vitae é de origem latina e traduz- Entrevista
-se como “trajetória de vida”. Hoje em dia, não utilizamos mais esta É uma forma de coleta de dados e também o recurso mais efi-
nomenclatura e nem é necessário colocar “Currículo”. Indica-se ciente do processo seletivo, se bem elaborada. Portanto não deve
como título, o nome do candidato. ser substituída por outra técnica. Os tipos de entrevistas são:
Abas: é necessário dados pessoais (endereço, telefone, bairro, a) individual, quando o entrevistador e candidato estão face a
CEP, estado civil, nacionalidade e e-mail), Objetivo (Departamento face;
e cargo de interesse), Experiência profissional (Empresas onde já b) em Grupo envolvendo vários candidatos e entrevistadores;
trabalhou, tempo que permaneceu, destacando cargo, data de c) Por Banca envolvendo dois entrevistadores e um entrevis-
entrada, saída e síntese de atividades desenvolvidas), escolaridade tado;
(técnico, médio, graduação, pós-graduação e afins), idiomas (em d) o Painel de Entrevista envolvendo grupo de entrevistadores,
caso de tê-los, indicar nível e instituição onde cursou), Informática geralmente 3, que entrevistam individualmente o candidato.
(Indicar softwares que sabe operacionalizar, caso tenha feito curso,
adicionar a escola e período), Atividades extra-curriculares (em A entrevista por banca, painel ou grupo, em relação à entre-
caso de estágios supervisionados, atividades filantrópicas e afins). vista individual apresenta algumas vantagens tais como: a redução
Lay-out: O segredo é nada muito extravagante, com português do tempo tanto dos profissionais envolvidos quanto dos entre-
correto, objetivo, claro, conciso. vistadores; evitam repetições de perguntas ou temas; permitem
Tendo o currículo em mãos, o recrutador/selecionador de o confronto de percepções dos entrevistadores aumentando a
pessoal verificará se o candidato tem os pré-requisitos da vaga objetividade e permitem a participação de profissionais de áreas
em aberto, em caso de afirmativo, abordará o candidato para uma diferentes, porém interdependentes.
entrevista, em caso de negativo, o candidato fica preterido nesta Podemos ter indicar como desvantagens que alguns dados
etapa da seleção. pessoais ou referentes ao emprego anterior não podem ser pesqui-
Particularmente, em processos de recrutamento em agências e sados para não expor os entrevistados, pois estes podem perder a
consultorias de RH, onde a demanda de currículos é muito grande, espontaneidade ou sentir-se constrangidos.
qualquer detalhe do candidato que não esteja compatível com A utilização da técnica de entrevista prevê a preparação dos
o perfil da vaga, o retira do processo. No caso de recrutamento entrevistadores para que não ocorram perguntas repetidas, que
interno, é possível levar em consideração outros dados além do não façam perguntas dirigidas apenas para um candidato, para não
currículo, como por exemplo, a avaliação de seu gestor imediato. demonstrar falta de planejamento. O método de entrevista pode
Outro aspecto a ser considerado é a fidedignidade das infor- ser:
mações mencionadas no currículo. Se o candidato coloca cursos, o a) Diretivo – baseia-se em um roteiro planejado, permite man-
ideal é que traga na entrevista, cópia destes. Se coloca informações ter o controle da situação quanto ao tempo a ser utilizado e per-
sobre experiência, o ideal é que traga na entrevista sua carteira de guntas a serem feitas, é recomendado quando se dispõe de pouco
trabalho e assim por diante. Como o agendamento de entrevistas é tempo para coleta de dados; quando os dados a serem pesquisados
a ponte entre o recrutamento e a seleção de pessoal propriamente são objetivos.
dita, é necessário estes cuidados metodológicos para não incluir- b) Não Diretivo – enfatiza-se a relação entrevistado e entre-
mos candidatos negligentes ou inadimplentes com as informações vistador , assim como suas expressões verbais e não verbais, é
mencionadas em seus currículos. adequado para situações onde o entrevistado apresenta acentuada
tensão emocional; apresenta recursos intelectuais satisfatórios.
D) Convocação de candidatos para processos seletivos O responsável pelo processo de recrutamento e seleção deve
O Processo de Seleção tem como objetivo identificar e avaliar o preparar-se para a entrevista através da elaboração do Roteiro da
perfil de competências das pessoas no que se referem às habilidades Entrevista; ler novamente o currículo ou Ficha de Solicitação de Em-
cognitivas, os conhecimentos técnicos, a comunicação, a criativida- prego; preparação dos outros entrevistadores; preparação do local
de, a iniciativa, o trabalho em equipe, a liderança, as formas de lidar de atendimento garantindo privacidade e outras características
com situações de pressão, os conflitos, as mudanças, a flexibilidade, que permitam condições éticas e pessoais mínimas; evitar que haja
a tomada de decisão, a capacidade para solução de problemas, o interrupções, que a sala seja fechada, iluminada e arejada.
comportamento ético, a negociação, e outros, conforme solicitação
do requisitante (BRUNO, 2000). No início da entrevista, deve estabelecer o rapport, quebrar o
O sucesso do processo de seleção depende fundamentalmente gelo através de um conversa informal criando um ambiente des-
da definição clara e objetiva do perfil de competências. A definição contraído e cordial, falar sobre a empresa, seu histórico, missão,
deve estar voltada não só ao cargo em aberto, mas também a car- valores, produtos, perspectivas, organograma, benefícios, motivo
reira, objetivos da posição e perspectivas da organização. da abertura da vaga, dentre outras. Deve-se tomar cuidado para
Devem-se estabelecer os requisitos que se o candidato não não superdimensionar a organização, falar sobre o cargo, o motivo
possuir, terá pouca probabilidade de sucesso na posição. da abertura da vaga, principais atividades, responsabilidades,
Deve-se tomar cuidado com a supervalorização da pessoa em perspectivas, fornecer ao candidato as informações sobre o perfil
detrimento do cargo efetivo. esperado e como será o processo seletivo. Isto possibilita que o
As técnicas utilizadas na Seleção são identificadas a partir dos re- candidato analise se atende suas expectativas e se deseja continuar.
quisitos definidos no início do processo. Identificamos algumas delas: O candidato é cliente da seleção e deve ser tratado com consi-
1) Entrevista; deração, ética e respeito.
2) Dinâmica de Grupo; O fechamento da entrevista deve dar oportunidade ao candi-
3) Provas Situacionais; dato para expressar opiniões ou fazer alguma pergunta; devem-se
4) Teste Psicológico; dar explicações sobre as próximas fases e comprometer-se com o
5) Testes Técnicos ou Prova de conhecimentos e de capacida- retorno.
des, dentre outras técnicas. A duração da entrevista é de 45 a 60 minutos. Este tempo é
utilizado para: Introdução – Informações Pessoais e Profissionais –
Informações sobre Perfil de Atribuições e Competências.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Após a entrevista, deve-se analisar se o perfil do candidato é • Fluência verbal;
compatível com o solicitado pela organização e preencher imedia- • Expectativas;
tamente o relatório com as devidas avaliações e parecer da seleção • Motivação para participar do processo;
(RABAGLIO, 2005). • Desenvoltura;
• Etc.
Analisando a Entrevista:
• Correlação entre o que foi narrado e as competências – pos- Dinâmica de Grupo
tura e estilo pessoal do candidato e a adequação com a empresa; Técnica que integra o processo seletivo através da aplicação
• Competências que não atendem as exigências, se são passí- de exercícios, jogos e simulações. Ela dá aos examinadores a pos-
veis de treinamento e a viabilidade para a empresa. sibilidade de observar as pessoas exercendo diversos papéis onde
• Se as expectativas e reivindicações do candidato vão ao são encontrados os requisitos básicos exigidos para o cargo a ser
encontro às da empresa; preenchido. Faz parte de um conjunto de instrumentos para avaliar
• Contribuições que serão efetivas para a empresa (RABAGLIO, o candidato. Sua finalidade é auxiliar a revelar ao selecionador se o
2005). candidato apresenta as características profissionais e pessoais que a
empresa está buscando. Esta técnica consiste em oferecer algumas
Parecer da Seleção: relatar os principais atributos e os aspectos situações que possam colocar o grupo em funcionamento, a fim de
que não atendem a necessidade. Indicar se está: que se estabeleça uma dinâmica, de tal forma que os candidatos
• acima do esperado. venham a se expor.
• se é favorável ou atende as expectativas. Embora as etapas e propostas das dinâmicas mudem de uma
• se é Favorável, porém com restrições. empresa para outra, de modo geral, elas consistem de três etapas:
• se é inaceitável ou desfavorável. Estas atividades grupais possibilitam que algumas características dos
candidatos se revelem e, assim, permitam ao selecionador avaliar
a compatibilidade entre o candidato e a vaga oferecida. Observa-se
Com relação às características do entrevistador, destacam-se: como cada pessoa se comporta em grupo, como é a comunicação,
atenção concentrada, capacidade analítica, receptividade, neutrali- o nível de iniciativa, a liderança, o processo de pensamento, o nível
dade; mobilidade, empatia, sensibilidade, equilíbrio, dentre outras. de frustração, se aceita bem o fato de não ter sua ideia levada em
• Algumas perguntas que podem ser feitas na entrevista: conta, dentre outros.
• Descreva suas tarefas e responsabilidades mais importantes.
• Relate duas ou Três situações que experimentou ou projetos Provas situacionais
que realizou no último(s) trabalho(s) que representaram realização. São simulações de problemas rotineiros e/ou de situações do
• Relate situações/atividades/projetos que representaram dia-a-dia ocorridos nas organizações onde os candidatos devem
frustração e como lidou com estas situações. posicionar-se apresentando soluções para estas situações, demons-
• Na sua vida profissional, qual ou quais metas ou situações trando suas capacidades para percepção, análise e solução de um
que foram as mais desafiadoras – as mais frustrantes e as mais problema concreto. As situações problema permitem mais de um
estressantes. caminho ou forma para solução do problema, pois o objetivo é ava-
• Quais expectativas para esta posição, nesta empresa. liar como o candidato aplica seus conhecimentos, como toma de-
• Como espera contribuir para com esta empresa. cisões muitas vezes colocando-se no lugar do gestor, suas atitudes
• Os objetivos para daqui a dois e cinco anos e o que está diante das situações. Portanto dependendo de como formularem
fazendo para alcançá-los. esta prova, é possível avaliar a ética, a prioridade que o candidato
• O que te levou a deixar a(s) ou que te faz pensar em deixar estabelece em relação às pessoas e a organização, avaliação da
a(s) empresa(s) anterior(es). relação custo benefício de suas decisões, se consegue enxergar um
• Quais as decisão mais difícil que você já tomou. mesmo problema sob diversos ângulos, dentre outros Geralmente
• Qual situação faria você desrespeitar alguma norma da são aplicadas individualmente e podem ser utilizadas para discus-
empresa. são em grupo. Quanto mais alto o cargo, menor a possibilidade da
• Dê exemplo de uma situação onde antecipou possíveis pro- utilização desta técnica.
blemas para seu cliente e qual foi à solução recomendada.
• Exemplifique um trabalho/projeto/nova tecnologia e qual Testes Psicológicos
metodologia usaria para implementação. Os testes avaliam principalmente aptidões, interesses, atitudes
personalidade com a finalidade de identificar o perfil e as caracterís-
Existem outras questões relevantes dependo da área / cargo/ ticas e prognosticar o comportamento em determinadas formas de
perfil estabelecido. trabalho bem como o potencial de desenvolvimento do candidato.
Além disso, podem-se criar situações relacionadas à área/em- A escolha de um teste psicológico deve ser feita pelo psicólogo e
presa/atividades e solicitar para que o candidato relate como agiria este deve observar determinados fatores como atributos e caracte-
ou o que pensa a respeito da situação ou problemática abordada. rísticas que serão avaliadas.
Ao convocar candidatos para fase de entrevistas, o ideal é Os testes são ferramentas auxiliares no processo de decisão,
utilizar uma abordagem que perpasse os seguintes itens: nunca podem ser vistos como fim. Eles complementam as impres-
• Empatia; sões que são colhidas nas entrevistas, dinâmicas de grupos e nas
• Clareza; provas. Os testes psicológicos para serem usados devem passar
• Apresentação da empresa; por um crivo científico que comprovem sua validade (capacidade
• Apresentação da Vaga, focando condições de trabalho; de medir aquilo a que se propõe), precisão e fidedignidade (consis-
Etc. tência dos resultados e estabilidade das respostas, comparando-se
grupos de pesquisa e instrumentos similares) e padronização
Pode-se utilizar o período de contato telefônico com os recru- (instruções normativas para aplicação dos testes) e a existência de
tados para analisar: normas específicas e atualizadas para a população brasileira.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Testes Técnicos ou Prova de conhecimentos e de capacidades É um documento formal, geralmente um formulário ou
São instrumentos utilizados para avaliar o nível de conheci- relatório com o detalhamento do que um cargo exige em termos
mentos gerais e específicos dos candidatos exigidos pelo cargo a de conhecimentos, habilidades e capacidades para que possa ser
ser preenchido. Podem ser orais ou escritas, através de perguntas e desempenhada determinada função. A descrição e análise de
respostas ou de realização, aplicadas por meio de execução de uma cargos tende a otimizar o desenvolvimento de outras atividades,
tarefa (CHIAVENATO, 2005). tais como: recrutamento, seleção, treinamentos, planejamento de
Algumas empresas estão utilizando o recrutamento on-line. cargos e salários, avaliação de desempenho e segurança no traba-
Existe uma série de funcionalidades de e-Recruitment que orga- lho (MATOSO, 2008).31
nizam cada processo seletivo de modo que cada candidato em Matoso explica que, dentro da estrutura, cada cargo está direta
cada vaga mantenha seu status atualizado, tal como: avaliações ou indiretamente responsável por um ou mais processos, de forma
do recrutador – entrevistas e dinâmicas, testes on-line etc. Isso que estes (os processos) requerem profissionais com características
facilita o trabalho dos recrutadores, consultores, assistentes e das específicas, daí a necessidade de se fazer a descrição e análise dos
áreas coligadas como: Administração de Pessoal, Cargos e Salários, cargos dos Núcleos Sistêmicos com o objetivo de alocar as pessoas
Treinamento e Desenvolvimento, Planejamento de Carreira, já que certas nos cargos adequados. Destaca-se aqui as ideias deste servi-
todas as informações podem ser compartilhadas. dor público sobre análise e descrição de cargos:
As empresas podem manter um contato mais personalizado Além disso, a descrição e análise de cargos oferece:
com os candidatos, enviando mensagens de atualização, agrade- • Insumo para nomear pessoas para os cargos existentes: Uma
cimento, informando sobre os processos seletivos etc., podendo vez que o perfil do cargo já está descrito, basta encontrar a pessoa
atingir um grande público individualmente, melhorando a sintonia que melhor preencha os requisitos exigidos.
com todos os profissionais. Por outro lado, beneficia também os • Insumo para avaliação de desempenho: O desempenho do
candidatos às futuras vagas, pois eles podem manter seus dados ocupante do cargo pode e deve ser avaliado com base nas caracte-
atualizados – entrando com login e senha na área destinada a eles, rísticas que o cargo requer.
no site – facilitando futuros contatos Rapidez e baixo custo caracte- • Insumo para levantar necessidades de capacitação: A análise
riza o processo virtual. e descrição do cargo contém o perfil de profissional ideal para ocu-
Parecer da Seleção após aplicação das técnicas par aquele cargo. Se o ocupante não possui certa habilidade ou co-
Deve-se relatar os principais atributos e os aspectos que não nhecimento requerido pelo cargo, deve desenvolver tal habilidade
atendem a necessidade. ou conhecimento para desempenhar de maneira satisfatória suas
Indicar se o parecer é favorável ou desfavorável funções. A necessidade de capacitação é, portanto, a diferença en-
a) Está acima do esperado tre a descrição do cargo e a avaliação de desempenho do servidor.
b) atende as expectativas/requisitos definidos • Insumo para ações de segurança no trabalho, porque identi-
c) Favorável com restrições (citar em quais requisitos) fica os cargos em que os riscos a saúde do trabalhador são maiores.
d) desfavorável • Insumo para revisão de leis de carreira: Na medida em que
a descrição dos cargos é analisada periodicamente e sofre mudan-
Finalização do Processo Seletivo: Após o parecer da seleção ças devido as novas demandas dos processos (leia-se sociedade),
indicando ou não o(s) candidato(s) e a decisão do requisitante aumentando a complexidade das atividades pode-se propor al-
pela aprovação ou não, o recrutamento e seleção deverá tomar as terações nas leis de carreira objetivando adequar o salário/carga
seguintes ações: horária as exigências do cargo.
a) Retorno aos Candidatos não aprovados: deve ocorrer logo • Clareza para os ocupantes dos cargos sobre as atividades,
após a conclusão do processo através de e-mail, carta, telegrama, responsabilidades e a importância do seu trabalho para a melhoria
telefonema ou outra forma julgar conveniente. dos serviços públicos.
b) Retorno ao candidato aprovado: encaminhando para exame • Etapas da realização da descrição e análise de cargos (Como)
médico admissional; entrega de documentação para processar a • Objetivamente a descrição de cargos é realizada nas seguin-
contratação; Integração de Novos Funcionários. tes etapas:
c) Após o período de experiência ou outro período designado • Elaboração de formulário
pela empresa, deverá haver um acompanhamento do novo fun- • Elaboração de manual de instrução de preenchimento do
cionário objetivando verificar sua adaptação, se suas expectativas formulário e/ou treinamento dos facilitadores.
estão sendo atendidas, dificuldades que está encontrando e como • Preenchimento dos formulários (pode ser por meio de entre-
está resolvendo, além de outras e a avaliação do gestor sobre o vista de um facilitador ao ocupante do cargo, ou o próprio ocupante
desenvolvimento do funcionário. preenchendo o formulário)
• Validação/correção dos formulários preenchidos
Análise e descrição de cargos • Revisão periódica da descrição para adequação do cargo às
Segundo Joelson Matoso, técnico da Secretaria de Adminis- mudanças nos processos/atividades
tração do Estado de Mato Grosso, em um modelo de gestão por
processos a quantidade de cargos se dá em função da quantidade Entrevista de levantamento de dados para elaboração da des-
de processos e das demandas de trabalho. O conjunto de cargos crição e análise de cargos.
responsáveis por um número específico de processos (sistemas) A entrevista é uma das formas de coleta de dados com
compõe a estrutura organizacional. maior potencial para refletir de maneira fidedigna a realidade da
A análise e descrição de cargos é uma ferramenta gerencial organização. Tanto o entrevistador quanto o entrevistado têm
muito eficiente para a uma organização, principalmente pela gran- oportunidades de refletir sobre o cargo de uma forma sistemática.
de quantidade de informações que gera e que servem de subsídios A entrevista levanta pontos e questões que normalmente passam
para diversos processos de gestão de pessoas. despercebidos no dia a dia da organização.
Como qualquer outra ferramenta de gestão, possui fundamento
teórico, base desse artigo, que objetiva de maneira clara e objetiva
fornecer alguns conceitos e orientações para a sua aplicação. 31. Obtido em http://gestaocomaspessoas.blogspot.com.br/2008/01/anlise-e-
descrio-de-cargos.html

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
A entrevista deve iniciar com o entrevistado dando uma visão Treinamento: é a educação profissional que adapta a pessoa
geral do cargo, em termos de objetivos e responsabilidades. A seguir para um cargo ou função. Seus objetivos situados no curto prazo
o entrevistador deve iniciar as perguntas diretivas que propiciarão são restritos e imediatos, visando dar ao homem os elementos
as respostas para preencher o formulário. As respostas devem essenciais para o exercício de um cargo, preparando-o adequada-
contemplar os itens de um plano de ação: O que faz? Quando faz? mente para ele. É dado nas empresas ou em firmas especializadas
Como faz? Onde faz? Porque faz? em treinamento. Nas empresas, é delegado geralmente ao chefe
Algumas perguntas que o entrevistador pode fazer: imediato da pessoa que está trabalhando. Obedece a um programa
• Qual o objetivo central que o seu cargo deve alcançar? preestabelecido e atende a uma ação sistemática visando à adapta-
• Quais são as principais atividades que você dirige, supervi- ção do homem ao trabalho. Pode ser aplicado a todos os níveis ou
siona ou controla? (Esta pergunta pode gerar muitas outras. Pode setores da empresa (CHIAVENATO, 2009, pp.388-389).
tomar algum tempo para cobrir todas as atribuições do cargo). O papel de T&D é o de coordenar e apoiar os processos de
• Qual a participação do seu cargo na definição de políticas, mudança, contribuindo para conquista equilibrada e simultânea
objetivos, normas e procedimentos para sua área? dos resultados das pessoas e das organizações (BOOG, 2005). As
• Como são estabelecidos os objetivos e metas de curto/longo funções de treinamento e desenvolvimento têm um papel essen-
prazos para o seu cargo? cial no crescimento de uma organização. Vários estudos mostram
• Como é feito o planejamento, o acompanhamento e as corre- isto. Pettigrew et al. (1988) já discutiam, há quase vinte anos, que
ções dos planos e objetivos do seu trabalho? a função de treinamento podia ir além de promover treinamento
• Como você planeja, acompanha, controla e avalia o resultado técnico ou desenvolver capacidades alinhadas ao mercado. Para
do trabalho dos membros da sua equipe? esses autores, há quatro aspectos relacionados ao crescimento da
• Quais as principais complexidades do seu cargo? atividade de treinamento e desenvolvimento em uma empresa: fa-
• Que tipos de obstáculos ou de oportunidades exigem o máxi- tores estratégicos, política e personalidade da empresa, restrições
mo de sua habilidade para atingir seus objetivos? de tempo e mobilização para mudanças.
• Como o seu superior pode saber se você está tendo um de- Os fatores estratégicos relacionam-se às mudanças tecnoló-
sempenho satisfatório em relação aos objetivos estabelecidos para gicas ou às mudanças que ocorrem no mercado e que provocam
o seu cargo?
gaps de habilidades; isto é especialmente sério em empresas com
• Quais os principais objetivos que poderiam ser tomados
base tecnológica onde treinamento em alto nível, às vezes, é uma
como representativos para o seu cargo?
das únicas opções viáveis para a empresa manter competitividade.
• Qual a medida (quantitativa ou qualitativa) poderia ser utili-
Quanto aos aspectos relacionados à política e à personalidade da
zada para descrever ou medir o seu desempenho?
empresa, Pettigrew et al. (1988) comentam a necessidade de uma
filosofia que seja apoiadora de treinamento e que seja traduzida
Sugestão de verbos para iniciar as frases de descrição das ati-
em níveis de responsabilidade da companhia no tocante à criação
vidades
de estruturas para identificação de necessidades, criação e compar-
Aconselhar, adotar, ajustar, ajudar, analisar, apoiar, apresentar,
aprovar, aprimorar, avaliar, aferir, conduzir, consultar, contatar, tilhamento de treinamento. O aspecto relacionado às restrições de
controlar, desenvolver, determinar, dirigir, elaborar, especificar, tempo refere-se mais a questões operacionais do que estratégicas,
estabelecer, estudar, examinar, executar, facilitar, informar, liderar, pois envolve ações de apoio para cobertura temporária de postos
manter, motivar, orientar, organizar, participar, pesquisar, planejar, de trabalho, uma barreira frequentemente apresentada pelos
preparar, prever, receber, recomendar, reportar, representar, rever, gestores de linha. Quanto à mobilização para mudança, os autores
selecionar, supervisionar, treinar, verificar. comentam a necessidade de alinhamento dos programas de mu-
dança propostos pela área de RH e as demandas por mudanças nas
Sugestão de verbos para descrever a missão do cargo demais áreas da empresa.
Verbos para você usar no meio da frase, depois de palavras Mas como fazer para verificar se o investimento em desen-
como “visando a”, “afim de”, “para”, “com o objetivo de” etc. volvimento de pessoas representa uma estratégia de intervenção
Alcançar, apoiar, aprimorar, assegurar, assistir, atingir, aumentar, efetiva para a aprendizagem organizacional, tema essencial quando
auxiliar, conseguir, contribuir, controlar, coordenar, criar, cumprir, o assunto é competitividade? Berry e Grieves (2003) apontam que
desenvolver, estabelecer, estimular, facilitar, formular, implementar, o caminho para a verificação está na extensão em que esse inves-
manter, maximizar, minimizar, motivar, obter, otimizar, preservar, timento é capaz de promover a transferência de aprendizagem,
promover, proteger, reduzir. desenvolver a capacidade de treinamento e encorajar o desenvol-
vimento de um RH estratégico. Para os autores, a transferência de
Treinamento aprendizagem é avaliada pela capacidade que as pessoas têm de
O Treinamento e Desenvolvimento (T&D) pode ser definido de transferir para suas situações reais de trabalho o que aprenderam
modo amplo como um processo educacional aplicado de maneira em programas de treinamento. A capacidade de treinamento é
organizada e sistemática, que visa mudança de atitudes e compor- vista como a habilidade que as organizações têm para promover,
tamentos. De modo mais específico: desenvolver continuamente e sustentar as habilidades para apren-
Desenvolvimento profissional: é a educação profissional que der e criar novos conhecimentos aplicáveis.
aperfeiçoa a pessoa para uma carreira dentro de uma profissão. É a Esta capacidade é uma mistura de recursos aplicados pela or-
educação profissional que visa ampliar, desenvolver e aperfeiçoar a ganização para alcançar um determinado fim e o desenvolvimento
pessoa para seu crescimento profissional em determinada carreira de competências essenciais à empresa que garantem à mesma
na organização ou para que se torne mais eficiente e produtiva no sua vantagem competitiva. Quanto ao desenvolvimento de um RH
seu cargo. Seus objetivos são menos amplos que os da formação estratégico, os autores apontam que este se relaciona à capacidade
e situados no médio prazo, visando proporcionar conhecimentos que a organização tem de operacionalizar sua missão através de
que transcendem o que é exigido no cargo atual, preparando-a para fatores de sucesso críticos; de criar indicadores de desempenho da
assumir funções mais complexas. É dado nas organizações ou em área que sejam adequados; do desenvolvimento da habilidade para
firmas especializadas em desenvolvimento de pessoal. fazer diagnósticos; da aplicação de conhecimentos no processo de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
transformação cultural; da capacidade de aplicação de competências para relacionar o processo de mudança em curso com o processo
planejado. Segundo os autores, todas estas ações, embora não exatamente alocadas na área de RH, dependem do suporte da mesma para
que a vantagem competitiva se consolide.
O Processo de T&D prevê as seguintes etapas:
1) Diagnóstico das Necessidades: efetuando o levantamento e análise das necessidades de Treinamento e desenvolvimento;
2) Elaboração e Implementação do Programa de Treinamento e Desenvolvimento;
3) Avaliações: compreende avaliações de reação; de acompanhamento e de conhecimento, quando prevista.
4) Registros e Controles.

PROCESSO DE TREINAMENTO E
DESENVOLVIMENTO

*População
*OBJET IVO
Envolvida

*Diagnóstico
das
Necessidades

*PROGRAMA
*T REINAMENTOS INTERNOS DE T REINAMENT OS EXTERNOS
TREINAMENT O

Implementação Implementação
das ações de das ações de
treinamento treinamento
interno* externo*
AVALIAÇÕES

REGIST ROS E CONT ROLES

Figura – Processo de Treinamento e Desenvolvimento

Existem diversas oportunidades e meios para identificar as necessidades de treinamento e desenvolvimento. É necessário que haja
clareza do por que, para quê, quem e em quanto tempo precisamos treinar. É fundamental para o Planejamento, definir objetivamente
quais habilidades e competências que precisam ser desenvolvidas e as prioridades para este desenvolvimento (BOOG, 2002). É fundamen-
tal o alinhamento com as Estratégias e metas da organização.
As necessidades apontadas devem ser analisadas considerando os requisitos mínimos da função; as perspectivas para o(s) funcioná-
rio(s); as estratégias e metas da organização; dentre outras.
O Diagnóstico de Treinamento e Desenvolvimento compreende o levantamento e a análise das adequações ou inadequações das
Necessidades de treinamento que pode ser feito através:
a) Pesquisa junto ao gestor: que pode ser feita através de entrevista, questionário ou utilizando outros instrumentos abordando os
tipos de necessidades, por exemplo, fortalecer o relacionamento e a comunicação na equipe de trabalho; justificativa; prioridade que deve
ser estabelecida em função da necessidade, por exemplo, capacitar operadores para operar a máquina X que deverá estar instalada em
três meses. Neste caso a prioridade é alta devendo ser atendida em no máximo dois meses; identificar os funcionários que deverão ser
treinados; etc.
b) Avaliação de Desempenho: resultado da avaliação das competências, habilidades e desempenho e da identificação das ações que
podem ser resolvidas através de treinamento e desenvolvimento, como por exemplo: baixa produtividade e erros frequentes em função de
despreparo para efetuar determinadas análises laboratoriais. Envolve ação de treinamento técnico ou uma recomendação para promoção
em função de bom desempenho, envolve ações de treinamento para identificar os gaps e preparar o funcionário para ocupar a posição
indicada.
c) Introdução de novas tecnologias ou Mudanças: fornece demanda para que treinamento e desenvolvimento capacitem as pessoas
para operar os novos equipamentos ou processos, desenvolver novos produtos; efetuar processos de transferências de tecnologias, dentre
outros.
d) Entrevista de Desligamento: quando o funcionário desligar-se da empresa, efetua-se a entrevista para verificar as razões do desli-
gamento; dificuldades que encontrou no desempenho de suas funções, estilo de liderança, ações para que melhorasse seu desempenho,
dentre outras.
e) Pesquisa de Clima Organizacional: avaliar a percepção dos funcionários relacionadas com as práticas e políticas da organização
relacionadas ao sistema de gestão; capacitação; oportunidades de desenvolvimento; relações interpessoais, processo de comunicação;
imagem da organização; dentre outros, avaliando quais ações de treinamento e desenvolvimento pode contribuir para melhorar o nível de
satisfação ou insatisfação dos funcionários.
f) Os processos de Qualidade, Segurança e Meio ambiente, devem indicar necessidades de treinamento e desenvolvimento em função
de implementação de políticas, certificações, auditorias, exigências legais, ou aumento de índices de acidentes, não cumprimento das
normas e procedimentos, dentre outros.
g) Pesquisa com Clientes ou Reclamações de Mercado: se a organização adota esta prática, deve identificar quais ações de treinamento
e desenvolvimento que contribuem para sanar problemas indicados pelos clientes ou para prevenir possíveis reclamações.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
A elaboração de um programa de treinamento deve levar em b) Workshops – tem caráter de formação – exercício do conhe-
consideração o Estágio de desenvolvimento da organização; deve- cimento
-se dimensionar o custo e como pode ser otimizado; cronograma c) Multiplicadores – profissionais da própria empresa treinados
dos treinamentos, conforme prioridades estabelecidas; os recursos para reproduzir treinamentos
necessários; as instituições ou instrutores que estarão capacitados d) Seminários – conceituais – indicados para aperfeiçoamento
para atender a demanda da organização; análise dos conteúdos e e) Job Rotation – deslocamento de pessoas de uma função para
metodologias; quais e quantas pessoas serão treinadas; e outras. outra, para aprender exercitando.
A implementação requer que os profissionais de treinamento e f) On the job – treinamento no local de trabalho
desenvolvimento cuidem da logística para viabilizar a execução de g) Coaching – orientação personalizada para questões especí-
todos os treinamentos programados, verificando com antecedência ficas
o local cuidando do acesso, verificando iluminação, ventilação, h) Mentoring – orientação personalizada que visa estimular o
espaço, ruído; a data, horários; materiais e equipamentos; convites, crescimento e resolução de problemas
certificados, crachás; alimentação, dentre outros. i) Vivencial – reprodução de uma situação similar a do dia a dia,
através de dramatizações, rol playng, Jogos de Empresa, Dinâmicas
Quando o treinamento for ministrado por instrutores internos, de Grupo -.
deve-se elaborar o Plano de treinamento que deve abranger os j) À Distância – (E-Learning) realizado por algum meio de comu-
seguintes tópicos: nicação, internet, intranet, fitas e vídeo e outros.
• Título; k) Estudo de casos – pode ser usado casos reais ou fictícios
• Objetivo a ser atingido;
• População alvo (quem participará do treinamento); Quanto aos recursos didáticos, salientam-se: datashow, multi-
• Carga horária; mídia, flip-chart, filmadoras, gravadores, televisor, vídeos, blu-ray,
• Período ou data para realização; DVD, livros, apostilas, projetores, dentre outros.
• Local;
• Conteúdo a ser ministrado;
• Recursos instrucionais;
• Metodologia; ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA: MATE-
• Avaliações. MÁTICA FINANCEIRA, VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO,
RISCO X RETORNO, ANÁLISE DE INVESTIMENTOS, ALA-
Cabe aos profissionais de treinamento e desenvolvimento a VANCAGEM E ENDIVIDAMENTO, PLANEJAMENTO FINAN-
responsabilidade de treinar os instrutores internos para garantir a CEIRO E ORÇAMENTÁRIO, ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL
eficácia dos treinamentos. DE GIRO, FONTES DE FINANCIAMENTO À LONGO PRAZO
Com relação aos tipos de treinamento, pode-se fazer a seguinte
divisão: Juros simples (ou capitalização simples)
a) Formação: programas desenvolvidos com a finalidade de Os juros são determinados tomando como base de cálculo o
instalar competências ou habilidades básicas e necessárias para capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
o exercício da função atual ou futura, fornecer uma formação ao empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
treinando. Podemos incluir idiomas, programas em universidades, – Os juros são representados pela letra J*.
cursos técnicos, dentre outros. – O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de ca-
b) Aperfeiçoamento ou atualização: indicado para melhorar pital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou
o padrão de desempenho na própria função. Pode-se citar como PV (valor presente) *.
exemplo, uma selecionadora com experiência no cargo que irá fazer – O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela
um curso sobre técnicas inovadoras na área de seleção. letra t ou n.*
c) Gerenciais: indicados para desenvolver ou aperfeiçoar as – A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um ca-
habilidades de lideranças, de gestão de pessoas. pital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada
d) Técnicos: indicados para estabelecer novas metodologias, para calcular juros.
novas tecnologias ou técnicas de trabalho. *Varia de acordo com a bibliografia estudada.
e) Programas de Trainees ou estagiários: desenvolvimento de
recém-formados ou no caso de estagiários, de estudantes de cursos ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na
técnico ou superior, objetivando que ocupem funções superiores mesma unidade para efetuarmos os cálculos.
na organização.
f) Outdoor training: realizado em ambiente aberto, utilizando Usamos a seguinte fórmula:
técnicas vivenciais em situações planejadas, possibilitando fixar
conceitos importantes na realidade das organizações e de funções
específicas.
g) Integração de Novos funcionários: indicado para preparar os
funcionários recém admitidos através de orientações sobre políti-
cas, procedimentos, estrutura, valores, produtos, histórico, dentre
outros, sempre com a utilização de um bom planejamento para
impactar de forma positiva no funcionário podendo estabelecer
clima de confiança e relação duradoura.

No que se refere aos métodos e técnicas de treinamento, os Em juros simples:


mais usuais são: – O capital cresce linearmente com o tempo;
a) Palestras – apresentação de curta duração – atualização – O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com
os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

Exemplo:
(PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que,
investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro-
duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00
(C) R$ 3.250,00
(D) R$ 3.460,00
(E) R$ 3.500,00
O crescimento do principal (capital) em:
Resolução: – juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j = – juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto
3900 – C ( I ) tem um crescimento muito mais “rápido”;
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples: Observe no gráfico que:
– O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de
juros simples como para juros compostos;
– Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros compostos.

Taxas de juros
390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C Índices fundamentais no estudo da matemática financeira,
– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1) sendo incorporadas sempre ao capital. São elas:
120.C = 390000
C = 390000 / 120 Taxa efetiva: são aquelas onde a taxa da unidade de tempo
C = R$ 3250,00 coincide com a unidade de tempo do período de capitalização(valo-
Resposta: C rização). Exemplo: Uma taxa de 13% ao trimestre com capitalização
trimestral.
Juros compostos (capitalização composta)
A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também ATENÇÃO: Quando no enunciado não estiver citando o período
conhecido como “juros sobre juros”. de capitalização, a mesma vai coincidir com unidade da taxa. Em
Usamos a seguinte fórmula: outras palavras iremos trabalhar com taxa efetiva!!!

Taxa nominal: são aquelas cujas unidade de tempo NÂO coin-


cide com as unidades de tempo do período de capitalização.

Exemplo:
(TJ/PE- ANALISTA JUDICIÁRIO-CONTADOR-FCC) Uma taxa de
juros nominal de 21% ao trimestre, com juros capitalizados men-
salmente, apresenta uma taxa de juros efetiva, trimestral de, apro-
ximadamente,
(A) 21,7%.
O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital. (B) 22,5%.
(C) 24,8%.
ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e (D) 32,4%.
do período (t), tem de ser necessariamente iguais. (E) 33,7%.

Resolução:
21% a. t capitalizados mensalmente (taxa nominai), como um
trimestre tem 3 meses, 21/3 = 7% a.m(taxa efetiva).
im = taxa ao mês
it= taxa ao trimestre.
(1+im)3 = (1+it)  (1+0,07)3 = 1+it  (1,07)3 = 1+it  1,225043
= 1+it  it= 1,225043-1  it = 0,225043 x 100  it= 22,5043%
Resposta: B

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
ATENÇÃO: Para resolução de questões com taxas nominais devemos primeiramente descobri a taxa efetiva (multiplicando ou dividin-
do a taxa)

Toda taxa nominal traz implícita uma taxa efetiva que deve ser calculada proporcionalmente.

Taxas proporcionais (regime de juros simples): são taxas em unidade de tempo diferente que aplicadas sobre o mesmo capital ao
mesmo período de tempo irão gerar o mesmo montante.

Exemplo:
(PREF. FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL – FEPESE) A taxa de juros simples mensais de 4,25% equivalente à taxa de:
(A) 12,5% trimestral.
(B) 16% quadrimestral.
(C) 25,5% semestral.
(D) 36,0% anual.
(E) 52% anual.

Resolução:
Sabemos que taxas a juros simples são ditas taxas proporcionais ou lineares. Para resolução das questões vamos avaliar item a item
para sabermos se está certo ou errado:
4,25% a.m
Trimestral = 4,25 .3 = 12,75 (errada)
Quadrimestral = 4,25 . 4 = 17% (errada)
Semestral= 4,25 . 6 = 25,5 % (correta)
Anual = 4,25.12 = 51% (errada)
Resposta: C

Taxas equivalentes (regime de juros compostos): as taxas de juros se expressam também em função do tempo da operação, porém
não de forma proporcional, mas de forma exponencial, ou seja, as taxas são ditas equivalentes.

Exemplo:

Taxa Real, Aparente e Inflação


– Taxa real (ir) = taxa que considera os efeitos da inflação e seus ganhos.
– Taxa aparente (ia) = taxa que não considera os efeitos da inflação (são as taxas efetivas/nominais).
– Taxa de inflação (ii) = a inflação representa a perda do poder de compra.

Escrevendo todas as taxas em função uma das outras, temos:

(1+ia) = (1+ir).(1+ii)

Onde: , independe da quantidade de períodos e do regime de juros.

Descontos
É a diferença entre o valor título (valor nominal) e o valor recebido (valor atual).

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
D=N–A

Onde:
D = desconto
N = valor nominal
A = valor atual

ATENÇÃO: Comparando com o regime de juros, observamos que:


– o Valor Atual, ou valor futuro (valor do resgate) nos dá ideia de Montante;
– o Valor Nominal, nome do título (valor que resgatei) nos dá ideia de Capital;
– e o Desconto nos dá ideia de Juros.

Os descontos podem ser:

Desconto racional simples (por dentro): nos passa a ideia de “honesto”, pois todas a taxas são cobradas em cima do valor atual (A) do
título. Associando com os juros simples teremos:

Também podemos escrever a seguinte fórmula:

Exemplo:
(ASSAF NETO) Seja um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado 3 meses antes de seu
vencimento. Sendo de 42% a.a. a taxa nominal de juros corrente, pede-se calcular o desconto e o valor descontado desta operação.
N = 4 000
t = 3 meses
i = 42% a.a = 42 / 12 = 3,5% a.m = 0,035
D=?
Vd = ?

Vd = 4 000 – 380,10 = 3 619,90

Desconto comercial simples ou bancário (por fora): nos passa a ideia de que alguém está “levando” um por fora, pois, todas as taxas
são cobradas em cima do valor nominal (N) do título. O valor nominal é sempre maior e é justamente onde eles querem ganhar.

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Desconto comercial (bancário) acrescido de uma taxa pré-fixada: quando se utiliza taxas pré-fixadas aos títulos, que são as taxas de des-
pesas bancárias/administrativas (comissões, taxas de serviços, ...) cobradas sobre o valor nominal (N). Fazemos uso da seguinte formula:

Dc = N. (i.t + h)

Onde:
Dc = desconto comercial ou bancário
N = valor nominal
i = taxa de juros cobrada
t = tempo ou período
h = taxa de despesas administrativas ou bancárias.

Exemplo:
Um banco ao descontar notas promissórias, utiliza o desconto comercial a uma taxa de juros simples de 12% a.m.. O banco cobra,
simultaneamente uma comissão de 4% sobre o valor nominal da promissória. Um cliente do banco recebe R$ 300.000,00 líquidos, ao
descontar uma promissória vencível em três meses. O valor da comissão é de:

Resolução:
h = 0,04
t=3
iB = 0,12 . 3
AB = N . [1 - (iB + h)]
300 000 = N . [1 - (0,12.3 + 0,04)]
300 000 = N . [1 – 0,4]
N = 500 000
Vc = 0,04 . N
Vc = 0,04 . 500 000
Vc = 20 000
Resposta: 200 000

– Relação entre Desconto Comercial (Dc) e Desconto Racional (Dr): para sabermos o valor do desconto caso fosse utilizado o desconto
comercial e precisássemos saber o desconto racional e vice-versa, utilizamos a seguinte relação: Dc = Dr . (1 + i.t)

Desconto Racional Composto (por dentro): as fórmulas estão associando com os juros compostos, assim teremos:

Desconto Comercial Composto (por fora): como a taxa incide sobre o Valor Nominal (maior valor), trocamos na fórmula o N pelo A e
vice-versa, mudando o sinal da taxa (de positivo para negativo).

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Exemplo: 5. tendo transportado todos os capitais para a data focal e com
(PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP - AUDITOR FISCAL MUNICI- base no diagrama de fluxo de caixa que você esquematizou, monte
PAL – CETRO) Com adiantamento de dois meses do vencimento, um a EQUAÇÃO DE VALOR, impondo que a soma dos valores dos títulos
título de valor nominal de R$30.000,00 é descontado a uma taxa (transportados para a data focal) da parte de cima do diagrama de
composta de 10% a.m.. A diferença entre o desconto racional com- fluxo de caixa seja igual à soma dos valores dos títulos (transpor-
posto e o desconto comercial composto será de: tados para a data focal) da parte de baixo do diagrama de fluxo de
(A) R$246,59. caixa;
(B) R$366,89. 6. resolva a equação de valor;
(C) R$493,39. 7. releia a PERGUNTA do problema e verifique se o valor que
(D) R$576,29. você encontrou corresponde ao que o problema está pedindo (às
(E) R$606,49. vezes, devido à pressa, o candidato se perde nos cálculos, encontra
um resultado intermediário e assinala a alternativa que o contém,
Resolução: colocada ali para induzi-lo em erro, quando seria necessário ainda
N = 30000 uma passo a mais para chegar ao resultado final correto).
t = 2 meses
i = 10% am = 0,10 Exemplo:
Vamos utilizar a formula do Drc: A aplicação de R$ 2.000,00 foi feita pelo prazo de 9 meses, con-
N = A(1 + i)t  30.000= A (1+ 0,1)2  30000 = A (1,1)2  30000 tratando-se a taxa de juros de 28% a.a. Além dessa aplicação, existe
= A.1,21 outra de valor nominal R$ 7.000,00 com vencimento a 18 meses.
A = 30000 / 1,21 = 24793,39 Considerando-se a taxa de juros de 18% a.a., o critério de desconto
Como D = N – A racional e a data focal 12 meses, a soma das aplicações é, em R$:
D = 30000 – 24793,39
Drc = 30.000 - 24.793,39 = 5206,61 Resolução:
Para o desconto comercial composto (lembre-se que a taxa re- Inicialmente, precisamos calcular o valor nominal da primeira
caí sobre o nominal, então trocamos na formula o A pelo N e vice e aplicação. Considerando n = 9 meses = 0,75 anos, temos que:
versa e mudamos o sinal), temos: N = C (1 + in)
A = N.(1 - i)t N = 2.000 (1 + 0,28 . 0,75) = 2.000 (1,21) = 2.420
A = 30000 . (1 - 0,1)2
A = 30000 . 0,81 Observando o diagrama de fluxo de caixa, vemos que, para se-
A = 24300 rem transportados à data doze, o título de 2.420 terá que ser capi-
Como D = N – A talizado de três meses, ao passo que o título de 7.000 terá que ser
D = 30000 – 24300 = 5700, que é o desconto comercial com- descapitalizado de 6 meses. Além disso, a taxa de 18% a.a., consi-
posto derando-se capitalização simples, é equivalente a 1,5% a.m. = 0,015
A diferença será dada pelo módulo, uma vez que sabemos que a.m. Desta forma, podemos escrever que:
o Desconto Comercial é maior que o racional: |Drc - Dcc| 2.420 (1 + 0,015 . 3) + 7.000/1 + 0,015 . 6 = x
|5.206,61 - 5.700 | = 493,39 2.420 (1,045) + 7.000/1,09 = x
Resposta: C 2.528,9 + 6.422,02 = x
x = 8.950,92
Equivalência de capitais
Dois ou mais capitais que se encontram em datas diferentes, são Anuidades
chamados de equivalentes quando, levados para uma mesma data, nas Séries Financeiras também conhecidas como Rendas Certas ou
mesmas condições, apresentam o mesmo VALOR nessa data. Anuidades. São séries de depósitos ou prestações periódicas ou não
periódicas, em datas de previamente estabelecidas, por um deter-
• Equação de Valor minado período de tempo. Os depósitos ou prestações podem ser
Va1 + Va2 + Va3 + … = Vaa + Vab + Vac + … uniformes quando todos são iguais ou variáveis quando os valores
são diferentes.
• Resolução de Problemas de Equivalência Quando as séries financeiras que tem como objetivo de acumu-
1. leia o problema todo; lar capital ou produzir certo montante temos uma Capitalização e
2. construa, a partir do enunciado do problema, um diagrama quando as séries financeiras têm como objetivo pagar ou amortizar
de fluxo de caixa esquemático, colocando na parte de cima o plano uma dívida temos uma Amortização.
original de pagamento e na parte de baixo o plano alternativo pro-
posto, indicando todos os valores envolvidos, as datas respectivas
Elementos das séries financeiras
e as incógnitas a serem descobertas – esse diagrama é importante
– Valor presente (VP) = Numa série de pagamentos, definimos
porque permite visualizar os grupos de capitais equivalentes e esta-
VALOR ATUAL como sendo a parcela única que equivale (ou que
belecer facilmente a equação de valor para resolução do problema;
substitui) a todos os termos (devidamente descapitalizados) até o
3. observe se os prazos de vencimento dos títulos e compro-
início do fluxo. É a soma dos valores atuais de todos os termos que
missos estão na mesma unidade de medida de tempo periodicida-
compõe a série.
de da taxa; se não estiverem, faça as transformações necessárias
– Valor futuro (VF) = Numa série de pagamentos, definimos
(ou você expressa a taxa na unidade de tempo do prazo ou expressa
o prazo na unidade de tempo da taxa – escolha a transformação que MONTANTE como sendo a parcela única, que equivale (ou substitui)
torne os cálculos mais simples); a todos os termos (devidamente capitalizados) até o final do fluxo.
4. leve todos os valores para a data escolhida para a negociação É a soma dos montantes de todos os termos que compõe a série.
(data focal), lembrando sempre que capitais exigíveis antes da data – Prestações (P) = Numa série de pagamentos, definimos Pres-
focal deverão ser capitalizados através da fórmula do montante M = tações como sendo o valor que é pago (ou recebido) a cada período
C (1 + in), dependendo da modalidade de desconto utilizada; de capitalização de uma Série Pagamentos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
– Número de prestações (n) = número de Parcelas, Depósitos ou Pagamentos.
– Taxa efetiva de juro (i)= com capitalização na periodicidade das Prestações.

Séries financeiras postecipadas


São aquelas em que as prestações, pagamentos ou depósitos são efetuados no final de cada período.

Valor Futuro Postecipado (VFp)


O Valor Futuro (VF) produzido por uma série de n prestações P postecipadas, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na
forma unitária, no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos capitalizados para uma mesma data focal,
coincidindo com o último depósito.

Fazemos uso da seguinte fórmula:

O valor capitalizado de cada um dos termos da Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma resulta na
seguinte expressão:

Fator de Capitalização Postecipado

Valor Presente postecipado (VPp)


O Valor Presente (VP) produzido por uma série de n prestações P, iguais e periódicas, aplicadas a uma taxa de juros i, na forma unitária,
no mesmo período das prestações, será igual à soma de todos esses depósitos descapitalizados para uma mesma data focal 0.

44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira postecipada forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja
soma resulta na seguinte expressão:

Fator de Descapitalização Postecipado

Séries financeiras antecipadas


São aquelas em que o depósito ou pagamento é efetuado no início de cada período e o valor futuro é obtido em um período de tempo
após o último depósito ou pagamento da última prestação.

Valor Futuro antecipado (VFa)

O Valor Futuro de uma série financeira é obtido fazendo-se a capitalização da entrada e de cada um dos pagamentos, realizando-se a
soma destes valores no final, conforme a seguir:

O valor capitalizado de cada uma das prestações de uma Série de Pagamentos forma uma Progressão Geométrica (PG) cuja soma
resulta na seguinte expressão:

45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Fator de Capitalização Antecipado

O valor da prestação é obtido isolando-se a P na equação anterior.

Valor Presente antecipado (VPa)

O Valor Presente de uma série financeira antecipada é obtido fazendo-se a descapitalização de cada uma das prestações, somando-se
no final a entrada e cada um destes valores, conforme a seguir:

O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma Série de Financeira forma uma Progressão Geométrica cuja soma resulta na
seguinte expressão:

O Fator de Descapitalização Antecipado

Séries financeiras diferidas ou com carência


Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO INICIAL quando ANTES do início do primeiro pagamento, é dado um prazo de dois ou
mais períodos, nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.
Uma série de pagamentos possui DIFERIMENTO FINAL quando APÓS o último pagamento, é dado um prazo de dois ou mais períodos,
nos quais não ocorrem pagamentos pertencentes à série.

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Valor Presente com diferimento inicial
Podemos calcular o Valor Presente de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Presente postecipado com diferimento inicial (VPpdi)


Numa série de pagamentos com diferimento inicial, vamos primeiro calcular o valor presente da série financeira postecipada, em
seguida, vamos efetuar a descapitalização deste valor a juros compostos até o início do prazo da contratação (data focal 0).

CÁLCULO DO VP DA SÉRIE CÁLCULO DA DESCAPITALIZAÇÃO CÁLCULO DIRETO DO VPA COM


ANTECIPADA: DO PERÍODO DE DIFERIMENTO: D DIFERIMENTO INICIAL:

Valor futuro com diferimento final


Podemos calcular o Valor Futuro de duas maneiras: postecipado ou antecipado.

Cálculo do Valor Futuro postecipado com diferimento final (VFpdf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira postecipada, onde esse
valor futuro é obtido logo após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFP COM


PAGAMENTOS POSTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Cálculo do Valor Futuro antecipado com diferimento final (VFadf)


Numa série de pagamento com diferimento final, vamos primeiro calcular o valor futuro da série financeira antecipada, onde esse
valor futuro é obtido um período após o último pagamento.
Já o cálculo com o diferimento final, temos que efetuar a capitalização desse valor, a juros compostos, até o prazo final do período de
carência. Pode ocorrer que no período de carência a taxa de juros não seja a mesma da série financeira.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

O VALOR FUTURO DA SÉRIE DE CAPITALIZAÇÃO DO PERÍODO DE CÁLCULO DIRETO DO VFA COM


PAGAMENTOS ANTECIPADA CARÊNCIA DIFERIMENTO FINAL

Exemplo:
Uma máquina é vendida a prazo através de oito prestações mensais de $4.000,00 sendo que o primeiro pagamento só irá ocorrer após
três meses da compra. Determine o preço à vista, dada uma taxa de 5% ao mês.

Resolução:
R = $4.000,00
i = 5% a.m.
n = 8 meses
m = 2 meses

Pd = $23.449,30

Sistema de amortização
Visam liquidar uma dívida mediante de pagamentos periódicos e sucessivos.

Principais conceitos
Sempre que efetuamos um pagamento estamos pagando parte do valor relativo aos juros, que são calculados sobre o saldo devedor
e outra parte chamada de amortização, que faz com que o saldo devedor diminua.
– Saldo devedor: é o valor nominal do empréstimo ou financiamento ou simplesmente o Valor Presente (VP) na data focal 0, que é
diminuído da parcela de amortização a cada período.
– Amortização: é a parcela que é deduzida do saldo devedor a cada pagamento.
– Juros: é o valor calculado a partir do saldo devedor e posteriormente somado à parcela de amortização.
– Prestação: é o pagamento efetuado a cada período, composto pela parcela de juros mais a amortização: PRESTAÇÃO = JUROS +
AMORTIZAÇÃO

Existem diversos sistemas de amortização de financiamentos e empréstimos, dos quais os mais usados são:
– Sistema de Amortização Francês (Tabela Price):
– Sistema de Amortização Constante (SAC):
– Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Amortização Misto (SAM).

48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Sistema de Amortização Francês (SAF)
Este sistema utiliza a chamada TABELA PRICE que consiste no cálculo do fator de descapitalização postecipado representado por
fdp(i%,n) e é normalmente usada para financiamento em geral de bens de consumo, tipo: carros, eletrodomésticos, empréstimos bancá-
rios de curto prazo, etc.
O SAF caracteriza-se por PRESTAÇÕES CONSTANTES E IGUAIS, normalmente mensais e decrescentes, com isso, as parcelas de amorti-
zações são crescentes. Isto é, o valor amortizado é crescente ao longo do tempo, ao contrário dos juros, que decrescem proporcionalmente
ao saldo devedor.
Logo, as principais características do SAF são:
a) A prestação é constante durante todo o período de financiamento;
b) A parcela de amortização aumenta a cada período;
c) Os juros diminuem a cada período;
d) O percentual de prestações pagas não é igual ao percentual de quitação da dívida, pois no início das prestações os juros são maiores
que as amortizações, sendo que do meio para o final das prestações esta situação é invertida.
e) Nos juros, temos uma PG (Progressão geométrica) de razão descrente.

Utilizamos as seguintes fórmulas:

Com isso podemos reescrever da seguinte forma, sabendo que :

Sistema de Amortização Constante (SAC)


O SAC foi bastante usado pelo Sistema Financeiro de Habitação no início dos anos 70 e, atualmente, é amplamente utilizado para
financiamentos bancários de longo prazo de imóveis.
O tomador do empréstimo pagará uma prestação decrescente em cada período, a qual é composta por duas parcelas: a amortização
e os juros.
As principais características do SAC são:
a) A parcela de amortização é constante em todo período de financiamento;
b) A prestação é decrescente durante todo o período;
c) Os juros diminuem uniformemente a cada período;
d) O percentual de prestações pagas é igual ao percentual de quitação da dívida.
e) Nos Juros e nas Prestações observa-se de uma PA (Progressão Aritmética) de razão decrescente.

Fórmulas do Cálculo da Prestação (Séries Postecipadas)

UTILIZANDO O CAPITAL UTILIZANDO O MONTANTE

CASO O EXPOENTE SEJA NEGATIVO, UTILIZA-SE:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Sistema de Amortização Crescente (SACRE) ou Sistema de Como os demais investimentos, existem as taxas de administra-
Amortização Misto (SAM) ção da instituição financeira e a taxa de custódia da B3, além de IR e
No Sistema de Amortização Crescente ou Sistema de Amortiza- IOF. Antes de investir é importante observar qual o título que possui
ção Misto, cada prestação é a média aritmética das prestações nos as melhores condições conforme o objetivo do investidor.
sistemas Francês (Tabela Price) e Sistema de Amortização Constan- Os títulos do Tesouro Nacional são:
te (SAC), quando a proporção for de 50% para o Sistema de Amorti- • Tesouro prefixado — Esse título vence em 01/07/2024. Título
zação Frances (SAF) e 50% para o Sistema de Amortização Constan- prefixado, ou seja, no momento da compra, você já sabe exatamen-
te (SAC), com isto as primeiras prestações são maiores que no SAF te quanto irá receber no futuro (sempre R$ 1.000 por unidade de
e menores que no SAC, sendo que a partir da metade do período título). Atualmente sua rentabilidade anual é de 8,14%, com inves-
do financiamento a situação é invertida. As parcelas de juros, das timento mínimo de R$ 31,63.
amortizações e dos saldos devedores de cada período também são • Tesouro IPCA+ — Esse título vence em 15/08/2026. Título
obtidas pela média aritmética dos dois sistemas. pós-fixado, uma vez que parte do seu rendimento acompanha a va-
riação da taxa de inflação (IPCA). Sua rentabilidade atual é de 3,74%
Orçamento Público e seu investimento mínimo é de R$ 59,02.
Orçamento público é m planejamento público financeiro que • Tesouro SELIC - Esse título vence em 01/09/2024. Título com
detalha o quanto haverá de entradas e saídas de dinheiro do gover- rentabilidade diária vinculada à taxa de juros da economia (taxa Se-
no para manter os serviços públicos funcionando em equilíbrio com lic). Isso significa que se a taxa Selic aumentar a sua rentabilidade
as contas públicas. aumenta e se a taxa Selic diminuir, sua rentabilidade diminui. Renta-
Existem três instrumentos importantes que devem ser conside- bilidade atual de 0,2323%, com investimento mínimo de R$ 108,12.
rados no momento da definição desse orçamento nas esferas muni-
cipal, estadual e federal: Dívida Pública
• Plano Plurianual (PPA) – Documento que prevê metas e ob- É o conjunto de títulos emitidos pelo governo para obter di-
jetivos de médio prazo para o governo. Considerado um planeja- nheiro de seus cidadãos, de outros países ou do mercado financeiro
mento estratégico de grandes investimentos. Contém a realização e custear suas despesas. Na venda desses títulos, o governo se com-
de obras grandiosas, como a manutenção ou construção de rodo- promete em receber o título e devolver o valor pago, acrescido de
vias, hidrelétricas, aeroportos etc. Além disso, o PPA é elaborado e juros, na data de seu vencimento.
discutido a cada quatro anos. O governo recorre a venda de títulos e se endivida, pois mui-
• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – É elabora e discutida tas vezes, o valor da arrecadação de impostos não é suficiente para
anualmente para definir as prioridades de curto prazo do governo, cobrir todas as despesas e custos com serviços oferecidos a popu-
além de orientar a maneira que serão executadas no ano seguin- lação, compra de bens e serviços e com o pagamento de seus ser-
te, como reajuste do salário-mínimo, tributos, o quanto o governo vidores.
deve poupar para pagar a própria dívida, investimentos em agên-
cias de fomento etc. O Presidente da República tem até a data de Asssim,
15 de abril para enviar esse documento para a Comissão Mista de Orçamento público é o instrumento utilizado pelo Governo
Orçamento, que é formada com o intuito de analisar essa proposta, Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os
seguindo para a votação no Congresso. Essa votação deve ocorrer tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, entre outros).
até a data de 07 de julho; prazos definidos pela Constituição. Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos ade-
• Lei Orçamentária Anual (LOA) – Plano de ação apresentado e quados, além de especificar gastos e investimentos que foram prio-
discutido sempre no final do ano, com base nos objetivos do PPA e nas rizados pelos poderes.
prioridades da LDO. Nela estão descritas receitas e despesas. O Presi- Essa ferramenta estima tanto as receitas que o Governo espera
dente da República tem até o dia 3 de agosto para encaminhar esse arrecadar quanto fixa as despesas a serem efetuadas com o dinhei-
documento à Comissão Mista de Orçamento, seguindo depois para o ro. Assim, as receitas são estimadas porque os tributos arrecadados
plenário do Congresso, onde será votado até o dia 22 de dezembro. (e outras fontes) podem sofrer variações ano a ano, enquanto as
despesas são fixadas para garantir que o governo não gaste mais
Segundo a Constituição, esse é o caminho que o orçamento pú- do que arrecada.
blico deve percorrer, passando pelas etapas do PPA, LDO e LOA, de Uma vez que o orçamento detalha as despesas, pode-se acom-
forma organizada e planejada. panhar as prioridades do governo para cada ano, como, por exem-
plo: o investimento na construção de escolas, a verba para trans-
Títulos do Tesouro Nacional porte e o gasto com a saúde. Esse acompanhamento contribui para
O Tesouro Direto é o Programa do Tesouro Nacional, em parce- fiscalizar o uso do dinheiro público e a melhoria da gestão pública
ria com a B3. Ao investir nesses títulos, os recursos serão empres- e está disponível aqui, no Portal da Transparência do Governo Fe-
tados para o governo federal aumentar investimentos em saúde, deral.
educação, segurança etc. Em troca, o investidor recebe será remu-
nerado, através do principal mais juros.
Elaboração do Orçamento
São investimentos considerados com o menor risco do merca-
O processo de elaboração do orçamento é complexo, pois en-
do, pois estão 100% garantidos pelo Tesouro Nacional. A rentabili-
volve as prioridades do Brasil, um país com mais de 200 milhões de
dade varia conforme o título escolhido e se a remuneração é pré ou
habitantes. Se já é difícil planejar e controlar os gastos em nossa
pós-fixada; e se será recebido em parcelas semestrais ou acumula-
casa, imagine a complexidade de planejar as prioridades de um país
dos no vencimento.
do tamanho do Brasil. No entanto, o planejamento é essencial para
Existem títulos de curto, médio e longo prazos, e todos pos- a melhor aplicação dos recursos públicos.
suem liquidez diária; assim, o resgate antecipado pode ocorrer con- O processo de planejamento envolve várias etapas, porém três
forme a necessidade do investidor, pois a recompra dos títulos é ga- delas se destacam: a aprovação da Lei do Plano Plurianual (PPA), da
rantida pelo governo. O Tesouro Nacional pagará o valor pelo qual o Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual
título está sendo negociado na data; valor este que não é fixo. (LOA).

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Cada uma dessas leis é proposta pelo Poder Executivo, a par- Os créditos extraordinários, quanto à forma procedimental,
tir de objetivos específicos, e depende da aprovação do Congresso são abertos por Decreto do Poder Executivo, que encaminha para
Nacional. Isso permite que os deputados e senadores eleitos como conhecimento do Poder Legislativo, devendo ser convertido em lei
nossos representantes influenciem o orçamento, adequando as leis no prazo de trinta dias.
às necessidades mais críticas da população que representam. Com relação à vigência, os créditos extraordinários vigoram
Para organizar e viabilizar a ação pública, o PPA declara as po- dentro do exercício financeiro em que foram abertos, salvo se o ato
líticas e metas previstas para um período de 4 anos, assim como os da autorização ocorrer nos meses (setembro a dezembro) daquele
caminhos para alcançá-las. A LDO e a LOA devem estar alinhadas às exercício, hipótese pela qual poderão ser reabertos, nos limites dos
políticas e metas presentes no PPA, e, por sua vez, são elaboradas seus saldos, incorporando-se ao orçamento do exercício seguinte.
anualmente.
A LDO determina quais metas e prioridades do PPA serão trata- Recursos para financiamento dos Créditos Adicionais
das no ano seguinte - além de trazer algumas obrigações de trans- Os recursos financeiros disponíveis para abertura de crédi-
parência. A partir daí, a LOA é elaborada, detalhando todos os gas- tos suplementares e especiais estão listados no art. 43 da Lei n°
tos que serão realizados pelo governo: quanto será gasto, em que 4.320/64, no art. 91 do Decreto-Lei n°200/67 e no § 8° do art. 166
área de governo (saúde, educação, segurança pública) e para que. da Constituição Federal:
A ideia é terminar cada ano com a LOA aprovada para o ano - O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do
seguinte, ou seja, com todo o detalhamento dos gastos e receitas. exercício anterior, sendo a diferença positiva entre o ativo financei-
ro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos crédi-
A LOA é o que chamamos, de fato, de orçamento anual. A lei por
tos adicionais reaberto sou transferidos, no exercício da apuração,
si só também é grande e complexa, por isso é estruturada em três
e as operações de créditos a eles vinculadas.
documentos: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e
- O excesso de arrecadação, constituído pelo saldo positivo das
orçamento de investimento das estatais.
diferenças, acumuladas mês a mês, entre a arrecadação prevista e
a realizada, considerando-se, ainda, a tendência do exercício. Do
Créditos adicionais
referido saldo será deduzida a importância dos créditos extraordi-
Créditos Adicionais são as autorizações para despesas não nários abertos no exercício.
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária - A anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de
Anual, visando atender: créditos adicionais autorizados em lei, adicionando àquelas consi-
• Insuficiência de dotações ou recursos alocados nos orçamen- deradas insuficientes.
tos; - Neste tipo, inclui-se a anulação da reserva de contingência,
• Necessidade de atender a situações que não foram previstas, conceituada como a dotação global não destinada especificamente
inclusive por serem imprevisíveis, nos orçamentos. a órgão, unidade orçamentária ou categoria econômica e natureza
da despesa;
Os créditos adicionais, portanto, constituem-se em procedi- - O produto das operações de crédito, desde que haja condi-
mentos previstos na Constituição e na Lei 4.320/64 para corrigir ou ções jurídicas para sua realização pelo Poder Executivo.
amenizar situações que surgem, durante a execução orçamentária, - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição
por razões de fatos de ordem econômica ou imprevisíveis. Os crédi- do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas cor-
tos adicionais são incorporados aos orçamentos em execução. respondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica auto-
Modalidades de créditos rização legislativa. (CF, art. 166, §8°).
Adicionais O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a sua
a) Créditos Suplementares: são destinados ao reforço de do- espécie e a classificação da despesa.
tações orçamentárias existentes, dessa forma, eles aumentam as Esses créditos tem sua vigência, ou seja, no caso dos créditos
despesas fixadas no orçamento. Quanto à forma processual, eles suplementares, como são destinados a cobrir uma insuficiência do
são autorizados previamente por lei, podendo essa autorização le- orçamento anual, eles serão extintos no final do exercício financei-
gislativa constar da própria lei orçamentária, e aberta por decreto ro. Já os Especiais ou Extraordinários, poderão ter vigência até o
do Poder Executivo. final do exercício subsequente.
A vigência do crédito suplementar é restrita ao exercício finan-
ceiro referente ao orçamento em execução. Execução Orçamentária
b) Créditos Especiais: São destinados a autorização de despesas Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de execução
não previstas ou fixadas nos orçamentos aprovados. Sendo assim, o orçamentária e de programação financeira da União estabelecidas
crédito especial cria um novo projeto ou atividade, o uma categoria para o exercício e lançadas as informações orçamentárias, forneci-
econômica ou grupo de despesa inexistente em projeto ou ativida- das pela Secretaria de Orçamento Federal, no SIAFI , por intermédio
de integrante do orçamento vigente. da geração automática do documento Nota de Dotação – ND, cria-
Os créditos especiais são sempre autorizados por lei específica -se o crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execu-
e abertos por decreto do Executivo. ção orçamentária propriamente dita.
A sua vigência é no exercício em que forem autorizados, salvo Executar o Orçamento é, portanto, realizar as despesas públi-
se o ato autorizativo for promulgado nos últimos quatro meses (se- cas nele previstas, seguindo à risca os três estágios da execução das
tembro a dezembro) do referido exercício, caso em que, é facultada despesas previstos na Lei nº 4320/64 : empenho, liquidação e pa-
sua reabertura no exercício subsequente, nos limites dos respecti- gamento.
vos saldos, sendo incorporados ao orçamento do exercício financei-
ro subsequente (CF, art. 167, § 2°). Primeiro Estágio: Empenho
Pois bem, o empenho é o primeiro estágio da despesa e pode
c) Créditos Extraordinários: São destinados para atender a des- ser conceituado como sendo o ato emanado de autoridade compe-
pesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, co-
tente que cria para o Estado a obrigação de pagamento, pendente
moção interna ou calamidade pública (CF. art. 167, § 3).
ou não, de implemento de condição.

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Todavia, estando a despesa legalmente empenhada, nem as- namento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política
sim o Estado se vê obrigado a efetuar o pagamento, uma vez que o econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas
implemento de condição poderá estar concluído ou não. Seria um já criadas em lei”.
absurdo se assim não fosse, pois a Lei 4320/64 determina que o pa- A função do Orçamento é permitir que a sociedade acompa-
gamento de qualquer despesa pública, seja ela de que importância nhe o fluxo de recursos do Estado (receitas e despesas). Para isto, o
for, passe pelo crivo da liquidação. governo traduz o seu plano de ação em forma de lei. Esta lei passa
É nesse segundo estágio da execução da despesa que será co- a representar seu compromisso executivo com a sociedade que lhe
brada a prestação dos serviços ou a entrega dos bens, ou ainda, delegou poder.
a realização da obra, evitando, dessa forma, o pagamento sem o O projeto de lei orçamentária é elaborado pelo Executivo, e
implemento de condição. submetido à apreciação do Legislativo, que pode realizar alterações
no texto final. A partir daí, o Executivo deve promover sua imple-
Segundo Estágio: Liquidação mentação de forma eficiente e econômica, dando transparência
O segundo estágio da despesa pública é a liquidação, que con- pública a esta implementação. Por isso o orçamento é um proble-
siste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base ma quando uma administração tem dificuldades para conviver com
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. a vontade do Legislativo e da sociedade: devido à sua força de lei, o
Ou seja, é a comprovação de que o credor cumpriu todas as orçamento é um limite à sua ação.
obrigações constantes do empenho. A finalidade é reconhecer ou Em sua expressão final, o orçamento é um extenso conjunto
apurar a origem e o objeto do que se deve pagar, a importância de valores agrupados por unidades orçamentárias, funções, progra-
exata a pagar e a quem se deve pagar para extinguir a obrigação e é mas, atividades e projetos.
efetuado no SIAFI pelo documento Nota de Lançamento – NL. Com a inflação, os valores não são imediatamente compreensí-
Ele envolve, portanto, todos os atos de verificação e conferên- veis, requerendo vários cálculos e o conhecimento de conceitos de
cia, desde a entrega do material ou a prestação do serviço até o matemática financeira para seu entendimento. Isso tudo dificulta
reconhecimento da despesa. a compreensão do orçamento e a sociedade vê debilitada sua pos-
Ao fazer a entrega do material ou a prestação do serviço, o cre- sibilidade de participar da elaboração, da aprovação, e, posterior-
dor deverá apresentar a nota fiscal, fatura ou conta corresponden- mente, acompanhar a sua execução.
te, acompanhada da primeira via da nota de empenho, devendo Pode-se melhorar a informação oferecida aos cidadãos sem di-
o funcionário competente atestar o recebimento do material ou a ficultar o entendimento, através da técnica chamada análise verti-
prestação do serviço correspondente, no verso da nota fiscal, fatura cal, agrupando as receitas e despesas em conjuntos (atividade, gru-
ou conta. po, função), destacando-se individualmente aqueles que tenham
participação significativa. É apresentada a participação percentual
dos valores destinados a cada item no total das despesas ou recei-
Terceiro Estágio: Pagamento
tas. Em vez de comunicar um conjunto de números de difícil enten-
O último estágio da despesa é o pagamento e consiste na en-
dimento ou valores sem base de comparação, é possível divulgar
trega de numerário ao credor do Estado, extinguindo dessa forma o
informações do tipo “a prefeitura vai gastar 15% dos seus recursos
débito ou obrigação. Esse procedimento normalmente é efetuado
com pavimentação”, por exemplo.
por tesouraria, mediante registro no SIAFI do documento Ordem
Uma outra análise que pode ser realizada é a análise horizontal
Bancária – OB, que deve ter como favorecido o credor do empenho.
do orçamento. Esta técnica compara os valores do orçamento com
Este pagamento normalmente é efetuado por meio de crédito os valores correspondentes nos orçamentos anteriores (expressos
em conta bancária do favorecido uma vez que a OB especifica o em valores reais, atualizados monetariamente, ou em moeda for-
domicílio bancário do credor a ser creditado pelo agente financei- te).
ro do Tesouro Nacional, ou seja, o Banco do Brasil S/ª. Se houver Essas técnicas e princípios de simplificação devem ser aplica-
importância paga a maior ou indevidamente, sua reposição aos ór- dos na apresentação dos resultados da execução orçamentária (ou
gãos públicos deverá ocorrer dentro do próprio exercício, mediante seja, do cumprimento do orçamento), confrontando o previsto com
crédito à conta bancária da UG que efetuou o pagamento. Quando o realizado em cada período e para cada rubrica. Deve-se apresen-
a reposição se efetuar em outro exercício, o seu valor deverá ser tar, também, qual a porcentagem já recebida das receitas e a por-
restituído por DARF ao Tesouro Nacional.32 centagem já realizada das despesas.
Orçamento É fundamental que a peça orçamentária seja convertida em
Tradicionalmente o orçamento é compreendido como uma valores constantes, permitindo avaliar o montante real de recursos
peça que contém apenas a previsão das receitas e a fixação das envolvidos.
despesas para determinado período, sem preocupação com planos Uma outra forma de alteração do valor real é através das mar-
governamentais de desenvolvimento, tratando-se assim de mera gens de suplementação. Para garantir flexibilidade na execução
peça contábil - financeira. do orçamento, normalmente são previstas elevadas margens de
Tal conceito não pode mais ser admitido, pois, conforme vimos suplementação, o que permite um uso dos recursos que modifica
no módulo anterior, a intervenção estatal na vida da sociedade au- profundamente as prioridades estabelecidas. Com a indexação or-
mentou de forma acentuada e com isso o planejamento das ações çamentária mensal à inflação real, consegue-se o grau necessário
do Estado é imprescindível. de flexibilidade na execução orçamentária, sem permitir burlar o
Hoje, o orçamento é utilizado como instrumento de planeja- orçamento através de elevadas margens de suplementação. Pode-
mento da ação governamental, possuindo um aspecto dinâmico, ao -se restringir a margem a um máximo de 3%.
contrário do orçamento tradicional já superado, que possuía cará- Não basta dizer quanto será arrecadado e gasto. É preciso
ter eminentemente estático. apresentar as condições que permitiram os níveis previstos de en-
Para Aliomar Baleeiro, o orçamento público “é o ato pelo qual trada e dispêndio de recursos.
o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo autoriza, por certo No caso da receita, é importante destacar o nível de evolução
período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcio- econômica, as melhorias realizadas no sistema arrecadador, o nível
de inadimplência, as alterações realizadas na legislação, os meca-
32 Fonte: www.danielgiotti.com.br/www.tesouro.fazenda.gov.br/ www.portal-
nismos de cobrança adotados.
transparencia.gov.br

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
No caso da despesa, é importante destacar os principais custos jamento, seguindo a tendência mundial, evoluíram das bases do
unitários de serviços e obras, as taxas de juros e demais encargos orçamento-programa para a incorporação do conceito de resulta-
financeiros, a evolução do quadro de pessoal, a política salarial e a dos finalísticos, em que os recursos arrecadados devem retornar à
política de pagamento de empréstimos e de atrasados. sociedade na forma de bens e serviços que transformem positiva-
Os resultados que a simplificação do orçamento geram são, mente sua realidade.
fundamentalmente, de natureza política. Ela permite transformar A transparência dos gastos públicos tornou-se possível graças
um processo nebuloso e de difícil compreensão em um conjunto de à introdução de modernos recursos tecnológicos, propiciando re-
atividades caracterizadas pela transparência. gistros contábeis mais ágeis e plenamente confiáveis. A execução
Como o orçamento passa a ser apresentado de forma mais orçamentária e financeira passou a contar com facilidades opera-
simples e acessível, mais gente pode entender seu significado. A cionais e melhores mecanismos de controle. Por consequência, a
sociedade passa a ter mais condições de fiscalizar a execução orça- atuação dos órgãos de controle tornou-se mais eficaz, com a ado-
mentária e, por extensão, as próprias ações do governo municipal. ção de novo instrumental de trabalho, como a introdução do SIAFI
Se, juntamente com esta simplificação, forem adotados instrumen- e da conta única do Tesouro Nacional, acompanhados de diversos
tos efetivos de intervenção da população na sua elaboração e con- outros aperfeiçoamentos de ferramentas de gestão.
trole, a participação popular terá maior eficácia.
Os orçamentos sintéticos, ao apresentar o orçamento (ou par- Evolução histórica dos princípios orçamentários constitucio-
tes dele, como o plano de obras e os orçamentos setoriais) de for- nais
ma resumida, fornecem uma informação rápida e acessível. Resultado da experiência histórica da gestão dos recursos pú-
A análise vertical permite compreender o que de fato influen- blicos, os princípios orçamentários foram sendo desenvolvidos pela
cia a receita e para onde se destinam os recursos, sem a “poluição doutrina e pela jurisprudência, permitindo às normas orçamentá-
numérica” de dezenas de rubricas de baixo valor. Funciona como rias adquirirem crescente eficácia.
um demonstrativo de origens e aplicações dos recursos da prefei- Assim, os princípios, sendo enunciados em sua totalidade de
tura, permitindo identificar com clareza o grau de dependência do maneira genérica que quase sempre se expressam em linguagem
governo de recursos próprios e de terceiros, a importância relativa constitucional ou legal, estão entre os valores e as normas na escala
das principais despesas, através do esclarecimento da proporção da concretização do direito e com eles não se confundem.
dos recursos destinada ao pagamento do serviço de terceiros, dos Os princípios representam o primeiro estágio de concretização
materiais de consumo, encargos financeiros, obras, etc. dos valores jurídicos a que se vinculam. A justiça e a segurança jurí-
A análise horizontal facilita as comparações com governos e dica começam a adquirir concretitude normativa e ganham expres-
anos anteriores. são escrita.
A evidenciação das premissas desnuda o orçamento ao públi- Mas os princípios ainda comportam grau elevado de abstração
co, trazendo possibilidades de comparação. Permite perguntas do e indeterminação.
tipo: “por que a prefeitura vai pagar x por este serviço, se o seu Os princípios financeiros são dotados de eficácia, isto é, produ-
preço de mercado é metade de x ?”. Contribui para esclarecer os zem efeitos e vinculam a eficácia principiológica, conducente à nor-
motivos de ineficiência da prefeitura nas suas atividades-meio e na mativa plena, e não a eficácia própria da regra concreta, atributiva
execução das políticas públicas. de direitos e obrigações.
Apesar dos muitos avanços alcançados na gestão das contas Assim, os princípios não se colocam, pois, além ou acima do
públicas no Brasil, a sociedade ainda não se desfez da sensação de Direito (ou do próprio Direito positivo); também eles - numa visão
caixa preta quando se trata de acompanhar as contas públicas. ampla, superadora de concepções positivistas, literalista e absoluti-
A gestão das contas públicas brasileiras passou por melhorias zantes das fontes legais - fazem parte do complexo ordenamental.
institucionais tão expressivas que é possível falar-se de uma verda- Não se contrapõem às normas, contrapõem-se tão-somente
deira revolução. Mudanças relevantes abrangeram os processos e aos preceitos; as normas jurídicas é que se dividem em normas-
ferramentas de trabalho, a organização institucional, a constituição -princípios e normas-disposições.
e capacitação de quadros de servidores, a reformulação do arca- Resultado da experiência histórica da gestão dos recursos pú-
bouço legal e normativo e a melhoria do relacionamento com a so- blicos, os princípios orçamentários foram sendo desenvolvidos pela
ciedade, em âmbito federal, estadual e municipal. doutrina e pela jurisprudência, permitindo às normas orçamentá-
Os diferentes atores que participam da gestão das finanças pú- rias adquirirem crescente eficácia, ou seja, que produzissem o efei-
blicas tiveram suas funções redefinidas, ampliando-se as prerroga- to desejado, tivessem efetividade social, e fossem realmente ob-
tivas do Poder Legislativo na condução do processo decisório perti- servadas pelos receptores da norma, em especial o agente público.
nente à priorização do gasto e à alocação da despesa. Esse processo Como princípios informadores do direito - e são na verdade as
se efetivou fundamentalmente pela unificação dos orçamentos do idéias centrais do sistema dando-lhe sentido lógico - foram sendo,
Governo Federal, antes constituído pelo orçamento da União, pelo gradativa e cumulativamente, incorporados ao sistema normativo.
orçamento monetário e pelo orçamento da previdência social. Os princípios orçamentários, portanto, projetam efeitos sobre
Criou-se a Secretaria do Tesouro Nacional, em processo em a criação - subsidiando o processo legislativo -, a integração - pos-
que foram redefinidas as funções do Banco do Brasil, do Banco Cen- sibilitando a colmatagem das lacunas existentes no ordenamento
tral e do Tesouro Nacional. - e a interpretação do direito orçamentário, auxiliando no exercício
Consolidou-se a visão de que o horizonte do planejamento da função jurisdicional ao permitir a aplicação da norma a situação
deve compreender a elaboração de um Plano Plurianual (PPA) e, a não regulada especificamente.
cada ano, uma Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que por sua Alguns desses princípios foram adotados em certo momento
vez deve preceder a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). por condizerem com as necessidades da época e posteriormen-
Introduziu-se o conceito de responsabilidade fiscal, reconhe- te abandonados, ou pelo menos transformados, relativizados, ou
cendo-se que os resultados fiscais e, por consequência, os níveis mesmo mitigados, e o que ocorreu com o princípio do equilíbrio
de endividamento do Estado, não podem ficar ao sabor do acaso, orçamentário, tão precioso ao estado liberal do século XIX, e que
mas devem decorrer de atividade planejada, consubstanciada na foi em parte relativizado com o advento do estado do bem estar
fixação de metas fiscais. Os processos orçamentário e de plane- social no período pós guerra.

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Nos anos oitenta e noventa, em movimento pendular, o prin- visão da receita e à despesa fixada para os serviços anteriormen-
cípio do equilíbrio orçamentário foi revigorado e dada nova roupa- te criados. Não se incluem nessa proibição: a) a autorização para
gem em face dos crescentes déficits estruturais advindos da dificul- abertura de créditos suplementares e para operações de crédito
dade do Estado em financiar os extensos programas de segurança como antecipação da receita; b) a determinação do destino a dar
social e de alavancagem do desenvolvimento econômico. ao saldo do exercício ou do modo de cobrir o deficit.”
Nossas Constituições, desde a Imperial até a atual, sempre de- O PRINCÍPIO DA EXCLUSIVIDADE, ou da pureza orçamentá-
ram tratamento privilegiado à matéria orçamentária. ria, limita o conteúdo da lei orçamentária, impedindo que nela se
De maneira crescente, foram sendo incorporados novos princí- pretendam incluir normas pertencentes a outros campos jurídicos,
pios orçamentários às várias cartas constitucionais reguladoras do como forma de se tirar proveito de um processo legislativo mais
Estado brasileiro. rápido, as denominadas “caudas orçamentárias”, tackings dos in-
Instaura-se a ordem constitucional soberana em nosso Impé- gleses, os riders dos norte-americanos, ou os Bepackungen dos ale-
rio, e a Carta de 1824, em seus arts.171 e 172, institui as primeiras mães, ou ainda os cavaliers budgetaires dos franceses. Prática essa
normas sobre o orçamento público no Brasil . denominada por Epitácio Pessoa em 1922 de “verdadeira calamida-
Estatui-se a reserva de lei - a aprovação da peça orçamentária de nacional”. No dizer de Ruy Barbosa, eram os “orçamentos rabi-
deve observar regular processo legislativo - e a reserva de parla- longos”, que introduziram o registro de hipotecas no Brasil e até a
mento - a competência para a aprovação é privativa do Poder Le- alteração no processo de desquite propiciaram. Essa foi a primeira
gislativo, sujeita à sanção do Poder Executivo - para a aprovação do inserção deste princípio em textos constitucionais brasileiros, já
orçamento. na sua formulação clássica, segundo a qual a lei orçamentária não
Insere-se O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE, ou temporalidade- deveria conter matéria estranha à previsão da receita e à fixação
significa que a autorização legislativa do gasto deve ser renovada a da despesa, ressalvadas: a autorização para abertura de créditos
cada exercício financeiro - o orçamento era para viger por um ano suplementares e para operações de crédito como antecipação de
e sua elaboração competência do Ministro da Fazenda, cabendo à receita; e a determinação do destino a dar ao saldo do exercício ou
Assembléia-Geral - Câmara dos Deputados e Senado - sua discussão do modo de cobrir o déficit.
e aprovação. O princípio da exclusividade sofreu duas modificações na Cons-
Pari passu com a inserção da anualidade, fixa-se o PRINCÍPIO tituição de 1988. Na primeira, não mais se autoriza a inclusão na lei
DA LEGALIDADE DA DESPESA - advindo do princípio geral da sub- orçamentária de normas sobre o destino a dar ao saldo do exercício
missão da Administração à lei, a despesa pública deve ter prévia como o fazia a Constituição de 1967.
autorização legal. Entretanto, no período de 1822 a 1829, o Brasil Na segunda, podem ser autorizadas quaisquer operações de
somente teve orçamentos para a Corte e a Província do Rio de Ja- crédito, por antecipação de receita ou não.
neiro, não sendo observado o PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE - o A mudança refletiu um aprimoramento da técnica orçamen-
orçamento deve conter todas as receitas e despesas da entidade, tária, com o advento principalmente da Lei 4.320, de 1964, que
de qualquer natureza, procedência ou destino, inclusive a dos fun- regulou a utilização dos saldos financeiros apurados no exercício
dos, dos empréstimos e dos subsídios. anterior pelo Tesouro ou entidades autárquicas e classificou como
O primeiro orçamento geral do Império somente seria apro- receita do orçamento o produto das operações de crédito.
vado oito anos após a Independência, pelo Decreto Legislativo de A Constituição de 1934 restaurou, no plano constitucional, a
15.12.1830, referente ao exercício 1831-32. competência do Poder Executivo para elaboração da proposta, que
Este orçamento continha normas relativas à elaboração dos passou à responsabilidade direta do Presidente da República. Cabia
orçamentos futuros, aos balanços, à instituição de comissões par- ao Legislativo a análise e votação do orçamento, que podia, inclu-
lamentares para o exame de qualquer repartição pública e à obri- sive, ser emendado.
gatoriedade de os ministros de Estado apresentarem relatórios im- Além disso, a Constituição de 1934, como já mencionado an-
pressos sobre o estado dos negócios a cargo das respectivas pastas teriormente, estabelecia que a despesa deveria ser discriminada,
e a utilização das verbas sob sua responsabilidade. obedecendo, pelo menos a parte variável, a rigorosa especializa-
A reforma na Constituição imperial de 1824, emendada pela ção.
Lei de 12.08.1834, regulou o funcionamento das assembléias le- Trata-se do PRINCÍPIO DA ESPECIFICAÇÃO, ou especialidade,
gislativas provinciais definindo-lhes a competência na fixação das ou ainda, da discriminação da despesa, que se confunde com a pró-
receitas e despesas municipais e provinciais, bem como regrando a pria questão da legalidade da despesa pública e é a razão de ser
repartição entre os municípios e a sua fiscalização. da lei orçamentária, prescrevendo que a autorização legislativa se
A Constituição republicana de 1891 introduziu profundas alte- refira a despesas específicas e não a dotações globais.
rações no processo orçamentário. A elaboração do orçamento pas- O princípio da especialidade abrange tanto o aspecto qualita-
sou à competência privativa do Congresso Nacional. tivo dos créditos orçamentários quanto o quantitativo, vedando a
Embora a Câmara dos Deputados tenha assumido a responsa- concessão de créditos ilimitados.
bilidade pela elaboração do orçamento, a iniciativa sempre partiu Tal princípio só veio a ser expresso na Constituição de 1934,
do gabinete do ministro da Fazenda que, mediante entendimentos encerrando a explicitação da finalidade e da natureza da despesa e
reservados e extra-oficiais, orientava a comissão parlamentar de dando efetividade à indicação do limite preciso do gasto, ou seja,
finanças na confecção da lei orçamentária. a dotação.
A experiência orçamentária da República Velha revelou-se ina- Norma no sentido da limitação dos créditos orçamentários
dequada. Os parlamentos, em toda parte, são mais sensíveis à cria- permaneceu em todas as constituições subseqüentes à reforma de
ção de despesas do que ao controle do déficit. 1926, com a exceção da Super lei de 1937.
A reforma Constitucional de 1926 tratou de eliminar as distor- O princípio da especificação tem profunda significância para a
ções observadas no orçamento da República. Buscou-se, para tan- eficácia da lei orçamentária, determinando a fixação do montante
to, promover duas alterações significativas: a proibição da conces- dos gastos, proibindo a concessão de créditos ilimitados, que na
são de créditos ilimitados e a introdução do princípio constitucional Constituição de 1988, como nas demais anteriores, encontra-se ex-
da exclusividade, ao inserir-se preceito prevendo: “Art. 34. § 1º As presso no texto constitucional, art. 167, VII (art. 62, § 1º, “b”, na de
leis de orçamento não podem conter disposições estranhas à pre- 1969 e art. 75 na de 1946).

54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Pode ser também de caráter qualitativo, vedando a transposi- pesa. Dessa forma, toda vez que ações ou fatos venham a desviar
ção, remanejamento ou a transferência de recursos de uma cate- a gestão da equalização, medidas devem ser tomadas para que a
goria de programação para outra ou de um órgão para outro, como trajetória de equilíbrio seja retomada.
hoje dispõe o art. 167, VI (art. 62, §1º, “a”, na de 1969 e art. 75 na Os PRINCÍPIOS DA UNIDADE E DA UNIVERSALIDADE tam-
de 1946). bém sofreriam alterações na Constituição de 1967. Esses princípios
Ou, finalmente pode o princípio referir-se ao aspecto tempo- são complementares: todas as receitas e todas as despesas de to-
ral, limitando a vigência dos créditos especiais e extraordinários dos os Poderes, órgãos e entidades devem estar consignadas num
ao exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato único documento, numa única conta, de modo a evidenciar a com-
de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele pleta situação fiscal para o período.
exercício, caso em que reabertos nos limites dos seus saldos, serão A partir de 1967, a Constituição deixou de consignar expres-
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente, samente o mandamento de que o orçamento seria uno, inserto
ex vi do atual art. 167, § 2º (art. 62, § 4º, na de 1969 e sem previsão no texto constitucional desde 1934. Coincidentemente, foi nessa
na de 1946). Constituição que, ao lado do orçamento anual, se introduziu o or-
Exceção a este princípio basilar foi a Constituição de 1937, que çamento plurianual de investimentos. Desta maneira, introduziu-se
previa a aprovação pelo Legislativo de verbas globais por órgãos e um novo PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL-ORÇAMENTÁRIO, O DA
entidades. A elaboração do orçamento continuava sendo de res- PROGRAMAÇÃO - a programação constante da lei orçamentária
ponsabilidade do Poder Executivo - agora a cargo de um departa- relativa aos projetos com duração superior ao exercício financeiro
mento administrativo a ser criado junto à Presidência da República devem observar o planejamento de médio e longo prazo constante
- e seu exame e aprovação seria da competência da Câmara dos de outras normas preordenadoras. Sem ferir o princípio da unida-
Deputados e do Conselho Fiscal. Durante o Estado Novo, entretan- de, por se tratar de instrumento de planejamento, complementar
to, nem mesmo essa prerrogativa chegou a ser exercida, uma vez à autorização para a despesa contida na lei orçamentária anual, ou
que as casas legislativas não foram instaladas e os orçamentos do o princípio da universalidade, que diz respeito unicamente ao or-
período 1938-45 terminaram sendo elaborados e aprovados pelo çamento anual, veio propiciar uma ligação entre o planejamento
Presidente da República, com o assessoramento do recém criado de médio e longo prazo com a orçamentação anual. O Orçamento
Departamento Administrativo do Serviço Público-DASP. Plurianual de Investimentos - OPI não chegou a ter eficácia, não
O período do Estado Novo marca de forma indelével a ausência encontrando abrigo na Constituição de 1988, que estabeleceu, ao
do estado de direito, demonstrando cabalmente a importância da invés, um plano plurianual (PPA).
existência de uma lei orçamentária, soberanamente aprovada pelo Não obstante o fato das Constituições e normas a ela inferiores
Parlamento, para a manutenção da equipotência dos poderes cons- alardearem os princípios da universalidade e unidade orçamentá-
tituídos, esteio da democracia. ria, na prática, até meados dos anos oitenta, parcela considerável
A Constituição de 1946 reafirmaria a competência do Poder dos dispêndios da União não passavam pelo Orçamento Geral da
Executivo quanto à elaboração da proposta orçamentária, mas de- União - OGU. O orçamento discutido e aprovado pelo Congresso
volveria ao Poder Legislativo suas prerrogativas quanto à análise e Nacional não incluía os encargos da dívida mobiliária federal, os
aprovação do orçamento, inclusive emendas à proposta do gover- gastos com subsídios e praticamente a totalidade das operações de
no. crédito de responsabilidade do Tesouro, como fundos e programas.
Manteria, também, intactos os princípios orçamentários até Tais despesas eram realizadas autonomamente pelo Banco Central
então consagrados. Sob a égide da Constituição de 1946 foi apro- e Banco do Brasil por intermédio do denominado “Orçamento Mo-
vada e sancionada a Lei nº 4.320, de 17.03.64, estatuindo “Normas netário-OM” E “Conta-movimento”, respectivamente. Ainda tinha-
Gerais de Direito Financeiro para a elaboração e controle dos or- -se o Orçamento-SEST, que consistia no orçamento de investimen-
çamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do to das empresas públicas, de economia mista, suas subsidiárias e
Distrito Federal”. controladas direta ou indiretamente pela União.
Verdadeiro estatuto das finanças públicas, levando mais de Todos estes documentos eram aprovados exclusivamente pelo
dez anos sua tramitação legislativa, tal lei incorporou importantes Presidente da República. Somente a partir de 1984, com a gradativa
avanços em termos de técnica orçamentária, inclusive com a in- inclusão no OGU do OM, extinção da “conta-movimento” no Banco
trodução da técnica do orçamento-programa a nível federal. A Lei do Brasil e de outras medidas administrativas, coroadas pela pro-
4.320/64, art. 15, estabeleceu que a despesa fosse discriminada no mulgação da carta constitucional de 1988, passou-se a dar efetivi-
mínimo por elementos. dade ao princípio da unidade e universalidade orçamentária.

A Constituição de 1967 registrou pela primeira vez em um tex- A aplicação do PRINCÍPIO DA UNIDADE foi elastecido na
to constitucional o PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO ORÇAMENTÁRIO. Constituição de 1988, embora o art. 165 § 5º diga “A lei orçamentá-
O axioma clássico de boa administração para as finanças públicas ria anual compreenderá”, porquanto deixou de fora do orçamento
perdeu seu caráter absoluto, tendo sido abandonado pela doutrina fiscal as ações de saúde e assistência social, tipicamente financia-
o equilíbrio geral e formal, embora não se deixe de postular a busca das com os recursos ordinários do Tesouro, para compor com elas
de um equilíbrio dinâmico. Inserem-se neste contexto as normas um orçamento distinto, em relação promíscua com as prestações
que limitam os gastos com pessoal, acolhidas nas Constituições de da Previdência Social.
67 e de 88 (CF art. 169) e a vedação à realização de operações de
créditos que excedam o montante das despesas de capital (CF art. Esta última sim, e somente esta, merecedora de tratamento
167, III). em documento separado, observadas em seu âmbito a unidade e
Hoje não mais se busca o equilíbrio orçamentário formal, mas a universalidade, já que se trata de um sistema distinto de presta-
sim o equilíbrio amplo das finanças públicas. ções e contraprestações de caráter continuado, que deve manter
O grande princípio da Lei de Responsabilidade Fiscal é o prin- um equilíbrio econômico- financeiro auto-sustentado.
cípio do equilíbrio fiscal. Esse princípio é mais amplo e transcende Outra inovação da Constituição de 1988 foi o orçamento de
o mero equilíbrio orçamentário. Equilíbrio fiscal significa que o Es- investimentos das empresas estatais. Não há aqui, entretanto, que-
tado deverá pautar sua gestão pelo equilíbrio entre receitas e des- bra da unidade orçamentária, uma vez que se trata, obviamente, de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
um segmento nitidamente distinto do orçamento fiscal, a não ser serem distintos, inclusive com datas de encaminhamento diferen-
no que se refere àquelas unidades empresariais dependentes de tes para aprovação pelo Poder Legislativo, devem, obrigatoria-
recursos do Tesouro para sua manutenção, caso em que devem ser mente ser compatibilizados entre si, conforme definido na própria
incluídas integralmente no orçamento fiscal, como vem ocorrendo Constituição Federal.
por força de disposições contidas na últimas LDOs.
A adoção do Orçamento de Investimento nas empresas nas O modelo orçamentário adotado a partir da Constituição Fe-
quais a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capi- deral de 1988, com base no § 5º do artigo165 da CF 88 consiste em
tal com direito a voto, nos termos do art. 165, § 5º, correspondeu a elaborar orçamento único, desmembrado em: Orçamento Fiscal,
um avanço na aplicação do princípio da universalidade dos gastos, da Seguridade Social e de Investimento da Empresas Estatais, para
ainda que excluídos os dispêndios relativos à manutenção destas melhor visibilidade dos programas do governo em cada área. O ar-
entidades. tigo 165 da Constituição Federal define em seu parágrafo 5º o que
O PRINCÍPIO DA NÃO AFETAÇÃO DE RECEITAS determina deverá constar em cada desdobramento do orçamento:
que essas não sejam previamente vinculadas a determinadas des- “§ 5º –A lei orçamentária anual compreenderá:
pesas, a fim de que estejam livres para sua alocação racional, no I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fun-
momento oportuno, conforme as prioridades públicas. dos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
A Constituição de 1967 o adotou, relativamente aos tributos, fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
ressalvados os impostos únicos e o disposto na própria Constituição II – o orçamento de investimento das empresas em que a
e em leis complementares. União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social
A Carta de 1988, por sua vez, restringe a aplicação do princípio com direito a voto;
aos impostos, observadas as exceções indicadas na Constituição e III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as
somente nesta, não permitindo sua ampliação mediante lei com- entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou in-
plementar. direta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
A emenda constitucional revisional nº 1, de 1994, ao criar o Poder Público.”
Fundo Social de Emergência-FSE e desvincular, ainda que somente
para os exercícios financeiros de 1994 e 1995, 20% dos impostos e Princípio Orçamentário da Universalidade
contribuições da União, demonstrou a necessidade de se permitir Segundo os artigos 3º e 4º da Lei nº 4.320/1964, a Lei Orça-
a flexibilidade na alocação dos recursos na elaboração e execução mentária deverá conter todas as receitas e despesas. Isso possi-
orçamentária. bilita controle parlamentar sobre todos os ingressos e dispêndios
A Constituição de 1988 inovou em termos de constitucionali- administrados pelo ente público.
zação de princípios regentes dos atos administrativos em geral e
aplicando-os à matéria orçamentária, elevando a nível constitucio- “Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas,
nal os PRINCÍPIOS DA CLAREZA E DA PUBLICIDADE, a exemplo inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
do previsto no art. 165, § 6º - que determina que o projeto da lei Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo
orçamentária venha acompanhado de demonstrativo regionalizado as operações de crédito por antecipação da receita, as emissões de
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e passivo
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, financeiros.
tributária e creditícia - e no art. 165, §3º - que estipula a publicação Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas
bimestralmente de relatório resumido da execução orçamentária. próprias dos órgãos do Governo e da administração centralizada,
ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o dispos-
Princípios Orçamentários to no artigo 2°.”
Os princípios orçamentários básicos para a elaboração, execu-
ção e controle do orçamento público, válidos para todos os pode- Tal princípio complementa-se pela “regra do orçamento bru-
res e nos três níveis de governo, estão definidos na Constituição to”, definida no artigo 6º da Lei nº4.320/1964:
Federal de 1988 e na Lei nº 4.320/1964, que estatui normas gerais “Art. 6º.Todas as receitas e despesas constarão da lei de orça-
de direito financeiro, aplicadas à elaboração e ao controle dos or- mento pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções.”
çamentos.
Princípio Orçamentário da Anualidade ou Periodicidade
Princípio Orçamentário da Unidade O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um deter-
De acordo com este princípio previsto no artigo 2º da Lei nº minado período de tempo, geralmente um ano. No Brasil, o exercí-
4.320/1964, cada ente da federação (União, Estado ou Município) cio financeiro coincide com o ano civil, conforme dispõe o artigo 34
deve possuir apenas um orçamento, estruturado de maneira uni- da Lei nº 4320/1964:
forme. “Art. 34.O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.”
Tal princípio é reforçado pelo princípio da “unidade de caixa”,
previsto no artigo 56 da referida Lei, segundo o qual todas as recei- Observa-se, entretanto, que os créditos especiais e extraordi-
tas e despesas convergem para um fundo geral (conta única), a fim nários autorizados nos últimos quatro meses do exercício podem
de se evitar as vinculações de certos fundos a fins específicos. ser reabertos, se necessário, e, neste caso, serão incorporados ao
O objetivo é apresentar todas as receitas e despesas numa só orçamento do exercício subseqüente, conforme estabelecido no §
conta, a fim de confrontar os totais e apurar o resultado: equilíbrio, 3º do artigo 167 da Carta Magna.
déficit ou superávit. Atualmente, o processo de integração planeja-
mento-orçamento tornou o orçamento necessariamente multi-do- Princípio Orçamentário da Exclusividade
cumental, em virtude da aprovação, por leis diferentes, de vários Tal princípio tem por objetivo impedir a prática, muito comum
documentos (Plano Plurianual – PPA, Lei de Diretrizes Orçamentá- no passado, da inclusão de dispositivos de natureza diversa de ma-
rias – LDO e Lei Orçamentária Anual – LOA), uns de planejamento téria orçamentária, ou seja, previsão da receita e fixação da despe-
e outros de orçamento e programas. Em que pese tais documentos sa. Previsto no artigo 165, § 8º da Constituição Federal, estabelece

56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
que a Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou
previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proi- operação assemelhada, com fornecedor de bens,mercadorias ou
bição a autorização para abertura de créditos suplementares e a serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito,
contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;
receita orçamentária (ARO), nos termos da lei. As leis de créditos IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária,
adicionais também devem observar esse princípio. com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e servi-
ços.”
Princípio Orçamentário do Equilíbrio
Esse princípio estabelece que o montante da despesa autoriza- Princípio Orçamentário da Legalidade
da em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de Tem o mesmo fundamento do princípio da legalidade aplica-
receitas estimadas para o mesmo período. Havendo reestimativa do à administração pública, segundo o qual cabe ao Poder Público
de receitas com base no excesso de arrecadação e na observação fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente
da tendência do exercício, pode ocorrer solicitação de crédito adi- autorizar, ou seja, se subordina aos ditames da lei.
cional. Nesse caso, para fins de atualização da previsão, devem ser A Constituição Federal de 1988, no artigo 37 estabelece os
considerados apenas os valores utilizados para a abertura de crédi- princípios da administração pública, dentre os quais o da legalidade
to adicional. e, no seu art. 165 estabelece a necessidade de formalização legal
Conforme o caput do artigo 3º da Lei nº 4.320/1964, a Lei de das leis orçamentárias:
Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de opera- “ Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
ções de crédito autorizadas em lei. I – o plano plurianual;
Assim, o equilíbrio orçamentário pode ser obtido por meio de II – as diretrizes orçamentárias;
operações de crédito. Entretanto, conforme estabelece o artigo III – os orçamentos anuais.”
167, III, da Constituição Federal é vedada a realização de operações
de crédito que excedam o montante das despesas de capital, dispo- Princípio Orçamentário da Publicidade
sitivo conhecido como “regra de ouro”. De acordo com esta regra, O princípio da publicidade está previsto no artigo 37 da Cons-
cada unidade governamental deve manter o seu endividamento tituição Federal e também se aplica às peças orçamentárias. Justi-
vinculado à realização de investimentos e não à manutenção da fica-se especialmente no fato de o orçamento ser fixado em lei, e
máquina administrativa e demais serviços. esta, para criar, modificar, extinguir ou condicionar direitos e deve-
A Lei de Responsabilidade Fiscal também estabelece regras li- res, obrigando a todos, há que ser publicada.Portanto, o conteúdo
mitando o endividamento dos entes federados, nos artigos 34 a 37: orçamentário deve ser divulgado nos veículos oficiais para que te-
“ Art. 34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da nha validade.
dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei
Complementar. Princípio Orçamentário da Especificação ou Especialização
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre Segundo este princípio, as receitas e despesas orçamentárias
um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo em parcelas discrimi-
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, in- nadas e não pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento
clusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob e o controle do gasto público. Esse princípio está previsto no artigo
a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida
5º da Lei nº 4.320/1964:
contraída anteriormente.
“Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais
§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as ope-
destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, ma-
rações entre instituição financeira estatal e outro ente da Federa-
terial, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras [...]”
ção, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se
O princípio da especificação confere maior transparência ao
destinem a:
processo orçamentário, possibilitando a fiscalização parlamentar,
I – financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;
dos órgãos de controle e da sociedade, inibindo o excesso de flexi-
II – refinanciar dívidas não contraídas junto à própria institui-
ção concedente. bilidade na alocação dos recursos pelo poder executivo. Além disso,
facilita o processo de padronização e elaboração dos orçamentos,
§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de bem como o processo de consolidação de contas.
comprar títulos da dívida da União como aplicação de suas dispo-
nibilidades. Princípio Orçamentário da Não-Afetação da Receita
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma institui- Tal princípio encontra-se consagrado, como regra geral, no
ção financeira estatal e o ente da Federação que a controle, na inciso IV, do artigo 167, da Constituição Federal de 1988, quando
qualidade de beneficiário do empréstimo. veda a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou des-
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição pesa:
financeira controlada de adquirir, no mercado,títulos da dívida “Art. 167. São vedados: [...]
pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios. despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão veda- impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de re-
dos: cursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manuten-
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de ção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades
tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorri- da administração tributária, como determinado, respectivamente,
do, sem prejuízo do disposto no § 7 o do art. 150 da Constituição; pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art.
Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do ca- 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada
pital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003); [...]
da legislação;

57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pe- DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS
los impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de No Brasil, as principais normas jurídicas relativas ao Orçamen-
que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação to Público encontram-se contidas nos seguintes dispositivos legais:
de garantia ou contra garantia à União e para pagamento de dé- ● Constituição Federal da República, de 1988, nos seus artigos
bitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 163 a 169 (Capítulo II – Das Finanças Públicas);
1993).” ● Lei Federal nº 4.320/64 – Estatui Normas Gerais de Direito
As ressalvas são estabelecidas pela própria Constituição e es- Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços
tão relacionadas à repartição do produto da arrecadação dos im- da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal;
postos (Fundos de Participação dos Estados – FPE e dos Municípios ● Lei Complementar nº 101/2000– Lei de Responsabilidade Fis-
– FPM e Fundos de Desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste cal – LRF–Estabelece Normas de Finanças Públicas voltadas para a
e Centro-Oeste), à destinação de recursos para as áreas de saúde responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências;
e educação, além do oferecimento de garantias às operações de ●Portaria nº 42/99 do Ministério do Planejamento, Orçamento
crédito por antecipação de receitas. e Gestão –Atualiza a discriminação da despesa por funções de que
Trata-se de medida de bom-senso, uma vez que possibilita ao trata a Lei 4.320/64,estabelece os conceitos de função, subfunção,
administrador público dispor dos recursos de forma mais flexível programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras pro-
para o atendimento de despesas em programas prioritários. vidências;
No âmbito federal, a Constituição reforça a não-vinculação das ● Portaria Interministerial nº163/2001 da Secretaria do Tesou-
receitas por meio do artigo 76 do Ato das Disposições Constitucio- ro Nacional– STN e Secretaria de Orçamento Federal – SOF, conso-
nais Transitórias – ADCT, ao criar a “Desvinculação das Receitas da lidada com as Portarias 212/2001, 325/2001 e 519/2001.
União – DRU”, abaixo transcrito:
“Art. 76. É desvinculado de órgão, fundo ou despesa, até 31 ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
de dezembro de 2011, 20% (vinte por cento) da arrecadação da O Estado Nacional, por meio de seus órgãos administrativos, é
União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no do- o ente responsável pela gestão da máquina pública, e, mais recen-
mínio econômico, já instituídos ou que vierem a ser criados até a temente, pela consecução do bem-estar social da população, so-
referida data, seus adicionais e respectivos acréscimos legais. bretudo no que diz respeito à execução da política de atendimento
§ 1º O disposto no caput deste artigo não reduzirá a base de de suas necessidades básicas.
cálculo das transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios Nesse sentido, o legislador constitucional originário houve por
na forma dos arts. 153, § 5º; 157, I; 158, I e II; e 159, I, a e b; e II, da bem traçar objetivos a serem alcançados pelo Estado brasileiro, es-
Constituição, bem como a base de cálculo das destinações a que tabelecendo-os no art. 3º da Carta Magna, a saber:
se refere o art. 159, I, c, da Constituição.
§ 2º Excetua-se da desvinculação de que trata o caput deste «Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Fe-
artigo a arrecadação da contribuição social do salário-educação a derativa do Brasil:
que se refere o art. 212, § 5 o, da Constituição.” I - construir uma sociedade livra, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desi-
Lei Orçamentária Anual (LOA), outros planos e programas. gualdades sociais e regionais;
O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a esti- raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discrimina-
mativa de despesas a serem realizadas por um Governo em um ção.”
determinado exercício, geralmente compreendido por um ano. No
entanto, para que o orçamento seja elaborado corretamente, ele Muito mais do que um rol casuístico, o citado dispositivo legal
precisa se basear em estudos e documentos cuidadosamente trata- é, na verdade, uma norma constitucional dirigente, pois presta-se a
dos que irão compor todo o processo de elaboração orçamentária estabelecer um plano para a evolução política do Estado, ocupando-se,
do governo. assim, não com uma situação presente, mas com um ideal futuro, visto
No Brasil (Orçamento Geral da União) inicia-se com um tex- que condiciona a atividade estatal à sua concreta realização.
to elaborado pelo Poder Executivo e entregue ao Poder Legislativo Tais objetivos constituem, por assim dizer, as razões fundamen-
para discussão, aprovação e conversão em lei. O documento con- tais para a existência do planejamento e do orçamento no âmbito
tém a estimativa de arrecadação das receitas federais para o ano do setor público, pois estes mecanismos são as principais ferramen-
seguinte e a autorização para a realização de despesas do Governo. tas para a consecução de políticas condizentes com as exigências de
Porém, está atrelado a um forte sistema de planejamento público uma sociedade democrática e participativa, cujos membros devem
das ações a realizar no exercício. ser partes integrantes do processo de gestão dos recursos públicos.
O Orçamento Geral da União é constituído de três peças em A origem da palavra orçamento é de origem italiana: “orzare”,
sua composição: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade
que significa “fazer cálculos”.
Social e o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais Fe-
Lembra o professor CELSO RIBEIRO BASTOS que a finalidade
derais.
última do orçamento “é de se tornar um instrumento de exercício
Existem princípios básicos que devem ser seguidos para ela-
da democracia pelo qual os particulares exercem o direito, por in-
boração e controle dos Orçamentos Públicos, que estão definidos
termédio de seus mandatários, de só verem efetivadas as despesas
no caso brasileiro na Constituição, na Lei 4.320/64, no Plano Plu-
e permitidas as arrecadações tributárias que estiverem autorizadas
rianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na recente Lei de Res-
na lei orçamentária”
ponsabilidade Fiscal.
É no Orçamento que o cidadão identifica a destinação dos re- O citado jurista conclui afirmando que “o orçamento é, por-
cursos que o governo recolhe sob a forma de impostos. Nenhuma tanto, uma peça jurídica, visto que aprovado pelo legislativo para
despesa pública pode ser realizada sem estar fixada no Orçamento. vigorar como lei cujo objeto disponha sobre a atividade financeira
O Orçamento Geral da União (OGU) é o coração da administração do Estado, quer do ponto de vista das receitas, quer das despesas.
pública federal. O seu objeto, portanto, é financeiro”

58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
PLANO PLURIANUAL O relatório aprovado em definitivo pela Comissão constitui o
O plano plurianual – PPA é instrumento de planejamento de parecer da CMO, o qual será encaminhado à Secretaria-Geral da
médio prazo, que estabelece as diretrizes, objetivos e metas do Mesa do Congresso Nacional, para ser submetido à deliberação das
governo para os projetos e programas de longa duração, para um duas Casas, em sessão conjunta.
período de quatro anos. Nenhuma obra de grande vulto ou cuja
execução ultrapasse um exercício financeiro pode ser iniciada sem 05) AUTÓGRAFOS E LEIS: Após aprovado, o parecer da CMO é
prévia inclusão no plano plurianual. submetido à discussão e votação no Plenário do Congresso Nacio-
nal. Os Congressistas podem solicitar destaque para a votação em
01) PROJETO DE LEI: O projeto de PPA (PPPA) é elaborado pela separado de emendas, com o objetivo de modificar os pareceres
Secretaria de Investimentos e Planejamento Estratégico (SPI) do aprovados na CMO. Esse requerimento deve ser assinado por um
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e encaminhado décimo dos congressistas e apresentado à Mesa do Congresso Na-
ao Congresso Nacional pelo Presidente da República, que possui cional até o dia anterior ao estabelecido para discussão da matéria
exclusividade na iniciativa das leis orçamentárias. Composto pelo no Plenário do Congresso Nacional.
texto da lei e diversos anexos, o projeto de lei deve ser encami- Concluída a votação, a matéria é devolvida à CMO para a re-
nhado ao Congresso Nacional até 31 de agosto do primeiro ano de dação final. Recebe o nome de Autógrafo o texto do projeto ou do
mandato presidencial, devendo vigorar por quatro anos. substitutivo aprovado definitivamente em sua redação final assina-
Recebido pelo Congresso Nacional, o projeto inicia a tramita- do pelo Presidente do Congresso, que será enviado à Casa Civil da
ção legislativa, observadas as normas constantes da Resolução nº. Presidência da República para sanção.
01, de 2006 – CN. O projeto de lei é publicado e encaminhado à Co- O Presidente da República pode vetar o autógrafo, total ou
missão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO. parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do
recebimento. Nesse caso, comunicará ao Presidente do Senado os
02) PARECER PRELIMINAR: O parlamentar designado para ser motivos do veto. A parte não vetada é publicada no Diário Oficial
o relator do projeto de plano plurianual (PPPA) deve, primeiramen- da União como lei. O veto deve ser apreciado pelo Congresso Na-
te, elaborar Relatório Preliminar sobre o projeto, o qual, aprovado cional.
pela CMO, passa a denominar-se Parecer Preliminar. Esse parecer A Lei 4320/64 estabelece dois sistemas de controle da exe-
estabelece regras e parâmetros a serem observados quando da cução orçamentária: interno e externo. A Constituição Federal de
análise e apreciação do projeto, tais como: 1988 manteve essa concepção e deu-lhe um sentido ainda mais
I) condições para o remanejamento e cancelamento de valores amplo.
financeiros constantes do projeto; Enquanto a Constituição anterior enfatizava a fiscalização fi-
II) critérios para alocação de eventuais recursos adicionais de- nanceira e orçamentária, a atual ampliou o conceito, passando a
correntes da reestimativa das receitas; e abranger, também, as áreas operacional e patrimonial, além de
III) orientações sobre apresentação e apreciação de emendas. cobrir de forma explicita, o controle da aplicação de subvenções e
a própria política de isenções, estímulos e incentivos fiscais. Ficou
Em complemento à análise inicial, a CMO pode realizar audiên- demonstrado, igualmente de forma clara, a abrangência do con-
cias públicas regionais para debater o projeto. trole constitucional sobre as entidades de administração indireta,
Ao relatório preliminar podem ser apresentadas emendas por questão controversa na sistemática anterior.
parlamentares, Comissões Permanentes da Câmara e do Senado e O controle da execução orçamentária compreenderá:
Bancadas Estaduais. I - a legalidade dos atos que resultem a arrecadação da receita
ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de direitos
03) EMENDAS: Após aprovado o parecer preliminar, abre-se e obrigações;
prazo para a apresentação de emendas ao projeto de plano pluria- II- a fidelidade funcional dos agentes da administração respon-
nual, com vistas a inserir, suprimir, substituir ou modificar disposi- sáveis por bens e valores públicos;
tivos constantes do projeto. III- o cumprimento do programa de trabalho, expresso em ter-
Ao projeto podem ser apresentadas até dez emendas por par- mos monetários e em termos de realização de obras e prestação
lamentar, até cinco emendas por Comissão Permanente da Câmara de serviços.
e do Senado e até cinco emendas por Bancada Estadual.
As emendas são apresentadas perante a CMO, que sobre elas A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO
emite parecer conclusivo e final, o qual somente poderá ser modifi-
cado mediante a aprovação de destaque no Plenário do Congresso A LDO, devidamente compatibilizada com o PPA, deverá con-
Nacional. ter:
● As metas e prioridades da Administração Pública, incluindo
04) RELATÓRIO: O relator deve analisar o projeto de plano plu- as despesas de capital, para o exercício seguinte;
rianual e as emendas apresentadas, tendo como orientação as re- ● Orientações para a elaboração da Lei Orçamentária Anual;
gras estabelecidas no Parecer Preliminar, e formalizar, em relatório, ● Disposições sobre alterações na Legislação Tributária;
as razões pelas quais acolhe ou rejeita as emendas. Deve também ● A política de aplicação das agências financeiras oficiais de
justificar quaisquer outras alterações que tenham sido introduzidas fomento;
no texto do projeto de lei. O produto final desse trabalho, contendo ● Autorização específica para a concessão de qualquer vanta-
as alterações propostas ao texto do PPPA, decorrentes das emen- gem ou aumento de remuneração, criação de cargos ou alteração
das acolhidas pelo relator e das por ele apresentadas, constitui a de estrutura de carreiras,bem como admissão de pessoal, a qual-
proposta de substitutivo. quer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou
O relatório e a proposta de substitutivo são discutidos e vota- indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Pú-
dos no Plenário da CMO, sendo necessário para aprová-los a mani- blico, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de econo-
festação favorável da maioria dos membros de cada uma das Casas, mia mista;
que integram a CMO.

59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Os limites para elaboração da proposta orçamentária dos po-
deres judiciário e legislativo
Na União, o prazo para envio do projeto de Lei da LDO pelo
Executivo ao Legislativo é até o dia 15 de abril do exercício anterior
ao da Lei Orçamentária Anual.
A sessão legislativa ordinária não será interrompida até que o
projeto de Lei da LDO seja aprovado.
Vale lembrar que, conforme a Emenda Constitucional nº 50,
de14/02/2006, a sessão legislativa vai do período de 02 de feverei- INGRESSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS
ro a 17 de julho, e de 1º. de agosto a 22 de dezembro. Recursos financeiros que apresentam caráter temporário e não
integram a LOA. O Estado é mero depositário desses recursos, que
A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se sujeitam
A composição da Lei Orçamentária Anual está prevista na à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em Caução, Fianças,
CF/88, art. 165, § 5°: Operações de Crédito por ARO, emissão de moeda e outras entradas
●Orçamento fiscal, incluindo todas as receitas e despesas, re- compensatórias no ativo e passivo financeiros.
ferentes aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos da administra- Operações de crédito, via de regra, classificam-se como receita
ção direta, autarquias, fundações instituídas e mantidas pelo Poder orçamentária. Operações de Crédito por Antecipação de Receita
Público; Orçamentária (ARO) são uma exceção à regra dessas operações.
●Orçamento de investimento das empresas em que o Estado,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital com direito Classificam-se como receita extraorçamentária, conforme o art.
a voto; 3º da Lei nº 4.320, de 1964, por não representarem novas receitas
●Orçamento da seguridade social, abrangendo todos os ór- ao orçamento. A matéria pertinente à ARO é disciplinada, em linhas
gãos e entidades da administração direta ou autárquica, bem como gerais, pelo art. 38 da Lei nº 101, de 2000 - LRF, pelo parágrafo único
os fundos e fundações instituídas pelo Poder Público, vinculados à do art. 3º da Lei nº 4.320, de 1964, e pelos arts. 165, §8º, e 167, X,
saúde, previdência e assistência social. da CF.

Constitui matéria exclusiva da lei orçamentária a previsão da RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS


receita e a fixação da despesa, podendo conter, ainda segundo a Disponibilidades de recursos financeiros que ingressam durante
norma constitucional: o exercício e constituem elemento novo para o patrimônio público.
●Autorização para abertura de créditos suplementares; Instrumento por meio do qual se viabiliza a execução das políticas
● Autorização para contratação de operações de crédito, inclu- públicas, a receita orçamentária é fonte de recursos utilizada pelo
sive por antecipação de receita orçamentária (ARO) na forma da lei. Estado em programas e ações cuja finalidade precípua é atender às
necessidades públicas e demandas da sociedade.
Os orçamentos fiscais e de investimentos serão compatibiliza- Essas receitas pertencem ao Estado, integram o patrimônio do
dos com o PPA; terão a função de reduzir as desigualdades inter-re- Poder Público, aumentam-lhe o saldo financeiro e, via de regra, por
gionais, segundo critérios de população e renda per capita. força princípio da universalidade, estão previstas na LOA.
As emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o modi- Nesse contexto, embora haja obrigatoriedade de a LOA
fiquem terão que ser compatíveis com o PPA e com a LDO, para registrar a previsão de arrecadação das receitas, a mera ausência
serem aprovadas. formal desse registro não lhes retira o caráter orçamentário, haja
O prazo para envio do projeto da LOA ao Poder Legislativo é vista o art. 57 da Lei nº 4.320, de 1964,classificar como receita
até 31 de agosto. orçamentária toda receita arrecadada que represente ingresso
No prazo de trinta dias após o encerramento de cada bimestre, financeiro orçamentário, inclusive a proveniente de operações de
o Poder Executivo publicará relatório resumido da execução orça- crédito, com exceção das operações de crédito por ARO, conforme
mentária. citado no item 3.1.1.

CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA


A classificação da receita orçamentária, a exemplo do que
INTRODUÇÃO ocorre na despesa, é de utilização obrigatória por todos os
O orçamento é instrumento de planejamento de qualquer entes da Federação, sendo facultado o seu desdobramento para
entidade, seja pública ou privada, e representa o fluxo previsto dos atendimento das respectivas necessidades. Sobre o assunto, as
ingressos e das aplicações de recursos em determinado período. receitas orçamentárias são classificadas segundo os seguintes
A matéria pertinente à receita é disciplinada, em linhas gerais, critérios:
pelos arts. 2º, 3º, 6º, 9º, 11, 35, 56 e 57 da Lei nº 4.320, de 1964. 1. natureza de receita;
Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos 2. indicador de resultado primário;
financeiros nos cofres do Estado, que se desdobram em receitas 3. fonte/destinação de recursos; e
orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos 4. esfera orçamentária.
financeiros para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando
representam apenas entradas compensatórias. OBSERVAÇÃO:
Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas
orçamentárias. Receitas Originárias e Receitas Derivadas
Observa-se que este Manual Técnico de Orçamento adota A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à procedência,
a definição no sentido estrito; dessa forma, quando houver em originárias e derivadas. Essa classificação possui uso acadêmico
citação ao termo “receita pública”, implica referência às “receitas e não é normatizada; portanto, não é utilizada como classificador
orçamentárias”. oficial da receita pelo poder público.

60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Receitas públicas originárias, segundo a doutrina, são as arrecadadas por meio da exploração de atividades econômicas pela
Administração Pública. Resultam, principalmente, de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do Estado (receita de aluguel), de
preços públicos, de prestação de serviços comerciais e de venda de produtos industriais ou agropecuários.
Receitas públicas derivadas, segundo a doutrina, são as obtidas pelo poder público por meio da soberania estatal. Decorrem de norma
constitucional ou legal e, por isso, são auferidas de forma impositiva, como, por exemplo, as receitas tributárias e as de contribuições
especiais.

OBS.: Preço público e tarifa são sinônimos.

CLASSIFICAÇÃO POR NATUREZA DE RECEITA


A classificação orçamentária por natureza de receita é estabelecida pelo § 4º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964. No âmbito da União,
sua codificação é normatizada por meio de Portaria da SOF, órgão do Ministério da Economia. A normatização da codificação válida para
Estados e Municípios é feita por meio de Portaria Ministerial (SOF e STN).
Importante destacar que a classificação da receita por natureza [tabela no item 10.1.1] é utilizada por todos os entes da Federação e
visa identificar a origem do recurso segundo o fato gerador: acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita nos cofres públicos.
A codificação das Naturezas de Receita em vigor para a União aplica lógica integralmente voltada para a gestão das receitas
orçamentárias. Os códigos são estruturados de forma a proporcionar extração de informações imediatas, a fim de prover celeridade,
simplicidade e transparência, sem a necessidade de qualquer procedimento paralelo para concatenar dados. Essa é a premissa que pauta
a estrutura de codificação da classificação orçamentária.
A estrutura da codificação cria possibilidade de associar, de forma imediata, a receita principal com aquelas dela originadas: Multas e
Juros, Dívida Ativa, Multas e Juros da Dívida Ativa. A associação é efetuada por meio de um código numérico de 8 dígitos, cujas posições
ordinais têm o seguinte significado:

Quando, por exemplo, o imposto de renda pessoa física é recolhido, aloca-se a receita pública correspondente na natureza de receita
código “1.1.1.3.01.1.1“, segundo o esquema a seguir:

Como se depreende do nível de detalhamento apresentado, a classificação por natureza é a de nível mais analítico da receita; por isso,
auxilia na elaboração de análises econômico-financeiras sobre a atuação estatal.

Categoria econômica
Quanto à categoria econômica [tabelas nos itens 10.1.1 e 10.1.2], os §§ 1º e 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam as
receitas orçamentárias em Receitas Correntes (código 1) e Receitas de Capital (código 2):
1 - Receitas Correntes: são arrecadadas dentro do exercício, aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com efeito
positivo sobre o Patrimônio Líquido, e constituem instrumento para financiar os objetivos definidos nos programas e ações correspondentes
às políticas públicas.
De acordo com o § 1º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, classificam-se como correntes as receitas provenientes de tributos; de
contribuições; da exploração do patrimônio estatal (Patrimonial); da exploração de atividades econômicas (Agropecuária, Industrial e
de Serviços); de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em Despesas Correntes (Transferências Correntes); e demais receitas que não se enquadram nos itens anteriores (Outras
Receitas Correntes).
2 - Receitas de Capital: aumentam as disponibilidades financeiras do Estado. Porém, de forma diversa das Receitas Correntes, as
Receitas de Capital não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido.

61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
De acordo com o § 2º do art. 11 da Lei nº 4.320, de 1964, com redação dada peloDecreto-Lei nº 1.939 , de 20 de maio de 1982,
Receitas de Capital são as provenientes de: realização de recursos financeiros oriundos da constituição de dívidas; conversão, em espécie,
de bens e direitos; recebimento de recursos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinados a atender Despesas de
Capital; e, superávit do Orçamento Corrente.

OBSERVAÇÃO:
Receitas de Operações Intraorçamentárias
Operações intraorçamentárias são aquelas realizadas entre órgãos e demais entidades da Administração Pública integrantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social do mesmo ente federativo. Não representam novas entradas de recursos nos cofres públicos
do ente, mas apenas remanejamento de receitas entre seus órgãos. As receitas intraorçamentárias são contrapartida de despesas
classificadas na modalidade de aplicação 91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e Entidades Integrantes do
Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social, que, devidamente identificadas, evitam a dupla contagem na consolidação das
contas governamentais.
Assim, a Portaria Interministerial STN/SOF nº 338, de 26 de abril de 2006, que alterou a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de
2001, incluiu as Receitas Correntes Intraorçamentárias e Receitas de Capital Intraorçamentárias representadas, respectivamente, pelos
códigos 7 e 8 em suas categorias econômicas. Essas classificações não constituem novas categorias econômicas de receita, mas apenas
especificações das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Dessa forma, os códigos a serem utilizados seriam:

Origem
A origem é o detalhamento das categorias econômicas Receitas Correntes e Receitas de Capital, com vistas a identificar a procedência
das receitas no momento em que ingressam nos cofres públicos.
A atual codificação amplia o escopo de abrangência do conceito de origem e passa a explorá-lo na sequência lógico-temporal na qual
ocorrem naturalmente atos e fatos orçamentários codependentes.
Nesse contexto, considera que a arrecadação das receitas ocorre de forma concatenada e sequencial no tempo, sendo que, por regra,
existem arrecadações inter-relacionadas que dependem da existência de um fato gerador inicial a partir do qual, por decurso de prazo sem
pagamento, originamse outros, na ordem lógica dos acontecimentos jurídicos:
a) primeiro, o fato gerador da Receita Orçamentária Propriamente Dita, que ocorre quando da subsunção do fato, no mundo real, à
norma jurídica;
b) segundo, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a Receita Orçamentária Propriamente Dita, cujo fato gerador é o
decurso do prazo estipulado por lei para pagamento, sem que isso tenha ocorrido. (Esse fato gerador depende, nos primórdios – na origem
–, da existência da Receita Orçamentária Propriamente Dita);
c) terceiro, a obrigação de pagar a dívida ativa referente à Receita Orçamentária Propriamente Dita e às multas e aos juros dessa
receita, cujo fato gerador é a inscrição em dívida ativa, que decorre do transcurso de novo prazo e da permanência do não pagamento da
receita e das multas e juros que lhe são afetos. (Novamente, ao remetermos para o início do processo – a origem – há dependência da
existência do fato gerador primeiro, inicial: a existência da Receita Orçamentária Propriamente Dita); e
d) quarto, a obrigação de recolher multas e juros incidentes sobre a dívida ativa da Receita

Orçamentária Propriamente Dita, cujo fato gerador é o decurso do prazo estipulado por lei para pagamento da dívida ativa, sem que
o pagamento tenha ocorrido. (Ao buscar-se o marco inicial dessa obrigação, conclui-se, novamente, que, na origem, há dependência da
existência da Receita Orçamentária Propriamente Dita).
Nesse diapasão, ressalte-se que o ponto de partida – a origem – de todo o processo relatado no parágrafo anterior foi a existência
da Receita Orçamentária Propriamente Dita, e as demais arrecadações que se originaram a partir do não pagamento dessa receita foram,
na sequência temporal dos acontecimentos: multas e juros da receita, dívida ativa da receita e multas e juros da dívida ativa da receita. O
raciocínio estruturado acima explora o fato de que se a existência de multas, juros, dívida ativa e multas e juros da dívida ativa decorrem
do não pagamento da Receita
Orçamentária Propriamente Dita dentro dos prazos estabelecidos em lei, então dependem da existência dessa receita e nela tiveram
origem.

62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Os códigos da origem para as Receitas Correntes e de Capital são:

Origens que compõem as Receitas Correntes:


Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria: são decorrentes da arrecadação dos tributos previstos no art. 145 da Constituição
Federal.
Contribuições: são oriundas das contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissio-
nais ou econômicas, conforme preceitua o art. 149 da CF.
Receita Patrimonial: são provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente público, tais como as decorrentes de aluguéis,
dividendos, compensações financeiras/royalties, concessões, entre outras.
Receita Agropecuária: receitas de atividades de exploração ordenada dos recursos naturais vegetais em ambiente natural e protegido.
Compreende as atividades de cultivo agrícola, de cultivo de espécies florestais para produção de madeira, celulose e para proteção am-
biental, de extração de madeira em florestas nativas, de coleta de produtos vegetais, além do cultivo de produtos agrícolas.
Receita Industrial: são provenientes de atividades industriais exercidas pelo ente público, tais como a extração e o beneficiamento
de matérias-primas, a produção e a comercialização de bens relacionados às indústrias mecânica, química e de transformação em geral.
Receita de Serviços: decorrem da prestação de serviços por parte do ente público, tais como comércio, transporte, comunicação,
serviços hospitalares, armazenagem, serviços recreativos, culturais, etc. Tais serviços são remunerados mediante preço público, também
chamado de tarifa.
Transferências Correntes: são provenientes do recebimento de recursos financeiros de outras pessoas de direito público ou privado
destinados a atender despesas de manutenção ou funcionamento que não impliquem contraprestação direta em bens e serviços a quem
efetuou essa transferência. Por outro lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se à determinação constitucional ou legal, ou ao
objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de diferentes esferas ou entre entidades públicas e instituições
privadas.
Outras Receitas Correntes: constituem-se pelas receitas cujas características não permitam o enquadramento nas demais classifica-
ções da receita corrente, tais como indenizações, restituições, ressarcimentos, multas previstas em legislações específicas, entre outras.

Origens que compõem as Receitas de Capital:


Operações de Crédito: recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de empréstimos junto a en-
tidades públicas ou privadas, internas ou externas.
Alienação de Bens: ingressos financeiros provenientes da alienação de bens móveis, imóveis ou intangíveis de propriedade do ente
público. O art. 44 da LRF veda a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público
para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos.
Amortização de Empréstimos: ingressos financeiros provenientes da amortização de financiamentos ou empréstimos que o ente pú-
blico haja previamente concedido. Embora a amortização do empréstimo seja origem da categoria econômica Receitas de Capital, os juros
recebidos associados ao empréstimo são classificados em Receitas Correntes / de Serviços / Serviços e Atividades Financeiras / Retorno de
Operações, Juros e Encargos Financeiros, pois os juros representam a remuneração do capital.
Transferências de Capital: recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender des-
pesas com investimentos ou inversões financeiras, independentemente da contraprestação direta a quem efetuou essa transferência. Por
outro lado, a utilização dos recursos recebidos vincula-se ao objeto pactuado. Tais transferências ocorrem entre entidades públicas de
diferentes esferas ou entre entidades públicas e instituições privadas.
Outras Receitas de Capital: registram-se nesta origem receitas cujas características não permitam o enquadramento nas demais
classificações da receita de capital, tais como resultado do Banco Central, remuneração das disponibilidades do Tesouro, entre outras.

Espécie
A espécie, nível de classificação vinculado à origem, permite qualificar com maior detalhe o fato gerador das receitas. Por exemplo,
dentro da origem “Contribuições”, identificam-se as espécies “Contribuições Sociais”, “Contribuições Econômicas” e “Contribuições para
Entidades Privadas de Serviço Social e de Formação Profissional”.
A tabela-resumo com os códigos relacionados às origens e espécies de receitas encontra-se no item 10.1.3 deste manual.

63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
3.2.1.4. Desdobramentos para identificação de peculiaridades destinam-se à subconta especial do FUNDAF gerida pela PGFN,
da receita Foram reservados 4 dígitos para desdobramentos com a enquanto os citados juros de mora destinam-se à conta do FUNDAF
finalidade de identificar peculiaridades de cada receita, caso seja gerida pela RFB.
necessário. Desse modo, esses dígitos podem ou não ser utilizados
conforme a necessidade de especificação do recurso. CLASSIFICAÇÃO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁ-
No caso de receitas exclusivas de Estados e Municípios, o RIO
quarto dígito utilizará o número “8” (Ex.: 1.9.0.8.xx.x.x – Outras Conforme esta classificação, as receitas do Governo Federal
Receitas Correntes exclusivas de Estados e Municípios). podem ser divididas em: a) primárias (P), quando seus valores são
O Ementário de Receitas Orçamentárias da União evidencia incluídos no cálculo do resultado primário; e b) financeiras (F),
as fontes, o resultado primário, a esfera orçamentária e quando não são incluídas no citado cálculo.
respectivas naturezas de receita e pode ser obtido em: http:// As receitas primárias referem-se, predominantemente, às
www.planejamento.gov.br/assuntos/orcamento-1/informacoes- receitas correntes que advêm dos tributos, das contribuições sociais,
orcamentarias. das concessões, dos dividendos recebidos pela União, da cota-parte
das compensações financeiras, das decorrentes do próprio esforço
TIPO de arrecadação das UOs, das provenientes de doações e convênios
O tipo, correspondente ao último dígito na natureza de receita, e outras também consideradas primárias.
tem a finalidade de identificar o tipo de arrecadação a que se refere As receitas financeiras são geralmente adquiridas junto
aquela natureza, sendo: ao mercado financeiro, decorrentes da emissão de títulos, da
- “0”, quando se tratar de natureza de receita não valorizável contratação de operações de crédito por organismos oficiais, das
ou agregadora; aplicações financeiras da União, entre outras. Como regra geral,
- “1”, quando se tratar da arrecadação Principal da receita; são aquelas que não alteram o endividamento líquido do Governo
- “2”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da respectiva (setor público não financeiro), uma vez que criam uma obrigação
receita; ou extinguem um direito, ambos de natureza financeira, junto ao
- “3”, quando se tratar de Dívida Ativa da respectiva receita; e setor privado interno e/ou externo. A exceção a essa regra é a
- “4”, quando se tratar de Multas e Juros de Mora da Dívida receita advinda dos juros de operações financeiras, que, apesar de
Ativa da respectiva receita. contribuírem com a redução do endividamento líquido, também
Assim, todo código de natureza de receita será finalizado com caracterizam-se como receita financeira.
um dos dígitos mencionados, e as arrecadações de cada recurso
– sejam elas da receita propriamente dita ou de seus acréscimos CLASSIFICAÇÃO POR FONTE/DESTINAÇÃO DE RECURSOS
legais O registro da arrecadação dos recursos é efetuado por meio
– ficarão agrupadas sob um mesmo código, sendo diferenciadas de códigos de natureza de receita, sendo que cada receita possui
apenas no último dígito, conforme detalhamento a seguir: normas específicas de aplicação. Essas normas, por sua vez, podem
especificar tanto “quem” deverá aplicar a receita quanto “qual”
atividade estatal (qual política pública, qual despesa) deverá ser
financiada por meio dessa receita.
Dessa forma, uma mesma atividade estatal pode ser financiada
por recursos de diferentes receitas, tornando necessário portanto
agrupar e catalogar, sob o mesmo código comum, as diferentes
origens de receita que porventura devam ser aplicadas da mesma
forma, no financiamento da mesma atividade estatal.
Denomina-se “Fonte/Destinação de Recursos” a cada
agrupamento de receitas que possui as mesmas normas de
aplicação. A Fonte, nesse contexto, é instrumento de Gestão da
Receita e da Despesa ao mesmo tempo, pois tem como objetivo
assegurar que determinadas receitas sejam direcionadas para
financiar atividades (despesas) do governo em conformidade com
Importante destacar que a Portaria SOF nº 45, de 26 de agosto Leis que regem o tema. [tabela no item 10.1.4.].
de 2015, que dispôs sobre o desdobramento da classificação por Dessa forma, a Fonte/Destinação de Recursos contribui para o
natureza de receita para aplicação no âmbito da União, publicou atendimento do art. 8º, parágrafo único, e do art. 50, inciso I, da
apenas as naturezas agregadoras, ficando criadas automaticamente, LRF:
para todos os fins, as naturezas valorizáveis, terminadas em “1”, “2”, Art. 8º […]
“3” e “4”. Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade
Além disso, de acordo com o art. 2º, § 4º, inciso V, alínea “f”, da específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto
Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001, os de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que
dígitos correspondentes aos tipos “5” a “9” serão utilizados quando ocorrer o ingresso. […]
se tratar de outros desdobramentos a serem criados, caso a caso, Art. 50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade
pela Secretaria de Orçamento Federal, mediante Portaria específica. pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes:
Exemplo disso foi a publicação da Portaria SEAFI nº 3, de 9 de I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio,
dezembro de 2016, que utilizou os dígitos “7” e “8” para indicar de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa
os desdobramentos de códigos de natureza de receita valorizáveis obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma
referentes às multas da dívida ativa e aos juros de mora da dívida individualizada.
ativa de impostos e contribuições administrados pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil, a fim de tornar possível o registro
em separado dessas receitas, uma vez que as referidas multas

64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Enquanto a natureza de receita orçamentária busca identificar a origem do recurso segundo seu fato gerador, a fonte/destinação de
recursos possui a finalidade precípua de identificar o destino dos recursos arrecadados. Em linhas gerais, pode-se dizer que há destinações
vinculadas e não vinculadas:
a) destinação vinculada : processo de vinculação entre a origem e a aplicação de recursos, em atendimento às finalidades específicas
estabelecidas pela norma. Há, ainda, ingressos de recursos em decorrência de convênios ou de contratos de empréstimos e de
financiamentos. Esses recursos também são vinculados, pois foram obtidos com finalidade específica - e à realização dessa finalidade
deverão ser direcionados.
b) destinação não vinculada (ou livre): é o processo de alocação livre entre a origem e a aplicação de recursos, para atender a quaisquer
finalidades, desde que dentro do âmbito das competências de atuação do órgão ou entidade.
A vinculação de receitas deve ser pautada em mandamentos legais que regulamentam a aplicação de recursos e os direcionam para
despesas, entes, órgãos, entidades ou fundos.
A classificação de fonte/destinação consiste em um código de três dígitos. O 1º dígito representa o grupo de fonte [tabela no item
10.1.4.1.], enquanto o 2º e o 3º representam a especificação da fonte [tabela no item 10.1.4.2]. O grupo de fonte existe, na prática,
estritamente para atender a finalidade de controle orçamentário dos créditos adicionais abertos com utilização de superávit financeiro.
Nessa premissa, apenas quando e na medida da execução financeira dessas dotações ocorre a alteração do grupo de fonte nos saldos
financeiros, de maneira a haver a conciliação da execução orçamentária e financeira nesses créditos específicos.

O Anexo II da Portaria SOF nº 15.073, de 26 de dezembro de 2019, atualizada pela Portaria SOF nº 6.094, de 21 de maio de 2021, lista
os grupos de fontes e as respectivas especificações das fontes de recursos vigentes:

* O dígito 9 objetiva identificar, na elaboração do Orçamento, os recursos oriundos de propostas de alterações na legislação da receita
que estejam em tramitação no Congresso Nacional.
Exemplos de fontes/destinação de recursos:

Desvinculação de Receitas da União – DRU (CF88/ADCT, art. 76)


Tendo em vista a elevada quantidade de Leis que estipulam vinculações de receitas, restam poucos recursos livres disponíveis para o
governo federal financiar políticas públicas discricionárias. Nesse contexto, estabeleceu-se, por meio da EC nº 93/2016, a desvinculação de
determinados recursos - os quais então tornam-se passíveis de serem aplicados livremente e sendo agregados sob o código de Fonte de
Recursos “00 – Recursos Primários de Livre Aplicação”.
O art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT da Constituição Federal de 1988
– CF/88 estabelece a desvinculação de 30% dos recursos arrecadados a título de taxas, contribuições econômicas e contribuições
sociais (exceto as contribuições sociais do empregador e a do trabalhador para os Regimes de Previdência Social Geral e Próprio do
Servidor Público, bem como a contribuição social do salário educação). Segue o dispositivo constitucional: ADCT, Constituição Federal de
1988:
Art. 76. São desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023, 30% (trinta por cento) da arrecadação da União
relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social, às contribuições de
intervenção no domínio econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data. (Redação dada pela Emenda
constitucional nº 93)
§ 1º (Revogado)
§ 2° Excetua-se da desvinculação de que trata o caput a arrecadação da contribuição social do salário-educação a que se refere o §
5º do art. 212 da Constituição Federal.
§ 3º (Revogado)

CLASSIFICAÇÃO POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA


A classificação por esfera orçamentária tem por finalidade identificar se a receita pertence ao Orçamento Fiscal, da Seguridade Social
ou de Investimento das Empresas Estatais, conforme distingue o § 5º do art. 165 da CF.
Além das características comuns à classificação da despesa por esfera orçamentária [vide item 4.2], vale destacar os seguintes pontos:

65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
- Receitas do Orçamento Fiscal: Referem-se às receitas LANÇAMENTO
arrecadadas pelos Poderes da União, seus órgãos, entidades O art. 53 da Lei nº 4.320, de 1964, define o lançamento como
fundos e fundações, inclusive pelas empresas estatais dependentes ato da repartição competente, que verifica a procedência do crédito
[vide art. 2º, inciso III, da LRF], excluídas as receitas vinculadas fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. Por
à Seguridade Social e as receitas das Empresas Estatais não sua vez, conforme o art. 142 do CTN, lançamento é o procedimento
dependentes que compõe o Orçamento de Investimento. administrativo que verifica a ocorrência do fato gerador da
- Receitas do Orçamento da Seguridade Social: as destinadas obrigação correspondente, determina a matéria tributável, calcula
por lei à Seguridade Social; as receitas de todos os órgãos, o montante do tributo devido, identifica o sujeito passivo e, sendo
entidades, fundos e fundações vinculados à Seguridade Social, ou o caso, propõe a aplicação da penalidade cabível.
seja, das áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social; e Observa-se que, segundo o disposto nos arts. 142 a 150 do
as receitas cuja classificação orçamentária caracterizem-nas como CTN, a etapa de lançamento situa-se no contexto de constituição
originárias da prestação de serviços de saúde, independente das do crédito tributário, ou seja, aplica-se a impostos, taxas e
entidades a que pertençam. contribuições de melhoria.
No caso do Orçamento da Seguridade Social, a complementação
dos recursos para financiar a totalidade das despesas de seguridade ARRECADAÇÃO
provém de transferências do Orçamento Fiscal. - Receitas do Corresponde à entrega dos recursos devidos ao Tesouro
Orçamento de Investimento das Empresas Estatais: referem-se aos Nacional pelos contribuintes ou devedores, por meio dos agentes
recursos das empresas estatais não dependentes [não enquadradas arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas pelo ente.
no art. 2º, inciso III, da LRF] em que a União, direta ou indiretamente, Vale destacar que, segundo o art. 35 da Lei nº 4.320, de 1964,
detenha a maioria do capital social com direito a voto. pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas, o
que representa a adoção do regime de caixa para o ingresso das
ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA receitas públicas.
As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência dos
fenômenos econômicos, levando-se em consideração o modelo RECOLHIMENTO
de orçamento existente no País. Dessa forma, a ordem sistemática Consiste na transferência dos valores arrecadados à conta
inicia-se com a etapa de previsão e termina com a de recolhimento. específica do Tesouro Nacional, responsável pela administração
e controle da arrecadação e pela programação financeira,
observando-se o princípio da unidade de tesouraria ou de caixa,
conforme determina o art. 56 da Lei nº 4.320, de 1964, a seguir
transcrito:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á em estrita
observância ao princípio de unidade de tesouraria, vedada qualquer
OBSERVAÇÃO: Exceção às Etapas da Receita fragmentação para criação de caixas especiais.
Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os tipos de
receitas orçamentárias. Pode ocorrer arrecadação de receitas não NOÇÕES BÁSICAS SOBRE TRIBUTOS
previstas e também das que não foram lançadas, como é o caso de Principal fonte de recursos do Governo Federal, tributos são
uma doação em espécie recebida pelos entes públicos. origens de receita orçamentária corrente.
Embora, atualmente, os tributos englobem as contribuições, a
PREVISÃO classificação orçamentária por Natureza de receita, exposta no item
Efetuar a previsão implica planejar e estimar a arrecadação 3.2, faz uma distinção entre as receitas de origem Tributária e as
das receitas que constará na proposta orçamentária. Isso deverá de Contribuições, atendendo ao disposto na Lei nº 4.320, de 1964.
ser realizado em conformidade com as normas técnicas e legais Trata-se de receita derivada, cuja finalidade é obter recursos
correlatas e, em especial, com as disposições constantes na LRF. financeiros para o Estado custear as atividades que lhe são correlatas.
Sobre o assunto, vale citar o art. 12 da referida norma: Sujeita-se aos princípios da reserva legal e da anterioridade da Lei,
Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas salvo exceções.
e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, O art. 3º do CTN define tributo da seguinte forma:
da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou
de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato
demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia plenamente vinculada.
de cálculo e premissas utilizadas. O art. 4º do CTN preceitua que a natureza específica do tributo,
No âmbito federal, a metodologia de projeção de receitas busca ao contrário de outros tipos de receita, é determinada pelo fato
assimilar o comportamento da arrecadação de determinada receita gerador da obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
em exercícios anteriores, a fim de projetá-la para o período seguinte, I - a sua denominação; e
com o auxílio de modelos estatísticos e matemáticos. O modelo II - a destinação legal do produto de sua arrecadação.
dependerá do comportamento da série histórica de arrecadação e
de informações fornecidas pelos órgãos orçamentários ou unidades IMPOSTOS
arrecadadoras envolvidos no processo. Os impostos, segundo o art. 16 do CTN, são espécies tributárias
A previsão de receitas é a etapa que antecede a fixação do cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de
montante de despesas que irá constar nas leis de orçamento, além qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte, o qual
de ser base para se estimar as necessidades de financiamento do não recebe contraprestação direta ou imediata pelo pagamento.
governo. O art. 167 da CF proíbe, ressalvadas algumas exceções, a
vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Os
impostos estão enumerados na CF, ressalvando-se unicamente a

66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
possibilidade de utilização, pela União, da competência residual CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
prevista no art. 154, inciso I, e da competência extraordinária, no A contribuição de melhoria é espécie de tributo na classificação
caso dos impostos extraordinários de guerra externa, prevista no da receita orçamentária e tem como fato gerador valorização
inciso II do mesmo artigo. imobiliária que decorra de obras públicas, contanto que haja nexo
causal entre a melhoria ocorrida e a realização da obra pública. De
TAXAS acordo com o art. 81 do CTN:
De acordo com o art. 77 do CTN: A contribuição de melhoria cobrada pela União, Estados, pelo
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Distrito Federal e pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas
atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a
de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que
específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
disposição.
A taxa está sujeita ao princípio constitucional da reserva legal CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
e, sob a ótica orçamentária, classificase em: Taxas de Fiscalização e Classificada como espécie de contribuição, por força da Lei
Taxas de Serviço. nº 4.320, de 1964, a contribuição social é tributo vinculado a uma
atividade estatal que visa atender aos direitos sociais previstos
Taxas de Fiscalização ou de Poder de Polícia na CF, tais como a saúde, a previdência, a assistência social e a
As taxas de fiscalização ou de poder de polícia são definidas em educação.
lei e têm como fato gerador o exercício do poder de polícia, poder A competência para instituição das contribuições sociais é da
disciplinador, por meio do qual o Estado intervém em determinadas União, exceto das contribuições dos servidores estatutários dos
atividades, com a finalidade de garantir a ordem e a segurança. A Estados, Distrito Federal e Municípios, que são instituídas pelos
definição de poder de polícia é estabelecida pelo art. 78 do CTN: respectivos entes. As contribuições sociais para a seguridade social
Considera-se poder de polícia atividade da administração (§ 6º do art. 195 da CF) estão sujeitas ao princípio da anterioridade
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou nonagesimal, ou seja, somente poderão ser cobradas noventa dias
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de após a publicação da lei que as instituiu ou majorou.
interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de OBSERVAÇÃO:
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização Seguridade Social
do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à Conforme dispõe o art. 195 da CF, a seguridade social será
propriedade e aos direitos individuais e coletivos. financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante
recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
Taxas de Serviço Público e de contribuições sociais. Em complemento, a composição das
As taxas de serviço público são as que têm como fato gerador receitas que financiam a seguridade social é discriminada nos arts.
a utilização de determinados serviços públicos, sob os pontos de 11 e 27 da Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, que instituiu o Plano
vista material e formal. Nesse contexto, o serviço é público quando de Custeio da Seguridade Social.
estabelecido em lei e prestado pela Administração Pública, sob O Anexo II do Ementário de Receitas Orçamentárias da União
regime de direito público, de forma direta ou indireta. descreve o conjunto de receitas que integram o Orçamento da
A relação jurídica, nesse tipo de serviço, é de verticalidade, ou Seguridade Social. Essas receitas classificam-se como Contribuições
seja, o Estado atua com supremacia sobre o particular. É receita Sociais e Demais Receitas, por meio da seguinte metodologia:
derivada e os serviços têm que ser específicos e divisíveis. Contribuições Sociais: para integrarem o Orçamento da
Conforme o art. 77 do CTN: Seguridade Social, as receitas de contribuições sociais devem ser
Os serviços públicos têm que ser específicos e divisíveis, destinadas para as áreas de saúde, previdência ou assistência social.
prestados ao contribuinte, ou colocados à sua disposição. Demais Receitas: consideram-se receitas do Orçamento da
Para que a taxa seja cobrada, não há necessidade de o particular Seguridade Social aquelas que:
fazer uso do serviço, basta que o Poder Público coloque tal serviço a) sejam próprias das Unidades Orçamentárias que integrem
à disposição do contribuinte. o Orçamento da Seguridade Social; ou seja, das unidades que
compõem os Ministérios da Saúde e da Cidadania, o Fundo do
OBSERVAÇÃO: Regime Geral de Previdência Social e o Fundo de Amparo ao
Distinção entre Taxa e Preço Público Trabalhador, subordinado ao Ministério da Economia;
Taxas são compulsórias (decorrem de lei). O que legitima b) sejam originárias da prestação de serviços de saúde,
o Estado a cobrar a taxa é a prestação ou a disponibilização de independentemente das entidades às quais pertençam; e
serviços públicos específicos e divisíveis ou o regular exercício do c) sejam vinculadas à seguridade social por determinação legal.
Poder de Polícia.
A relação decorre de lei, sendo regida por normas de direito CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMI-
público. CO
Preço Público, sinônimo de tarifa, decorre da utilização de A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE
serviços facultativos que a Administração Pública, de forma direta é tributo classificado no orçamento público como uma espécie de
ou por delegação (concessão ou permissão), coloca à disposição da contribuição que alcança determinada atividade econômica, como
população, que poderá escolher se os contrata ou não. São serviços instrumento de sua atuação na área respectiva, conforme dispõe o
prestados em decorrência de uma relação contratual regida pelo art. 149 da CF.
direito privado.

67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
São exemplos dessa espécie a CIDE-Combustíveis, relativa às atividades de comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural
e álcool carburante, e a CIDE-Tecnologia, relativa à exploração de patentes, uso de marcas, fornecimento de conhecimentos tecnológicos
ou prestação de assistência técnica no caso de contratos que impliquem transferência de tecnologia.

CONTRIBUIÇÃO DE INTERESSE DAS CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU ECONÔMICAS


Esta espécie de contribuição se caracteriza por atender a determinadas categorias profissionais ou econômicas, vinculando sua
arrecadação às entidades que as instituíram. Não transita pelo orçamento da União.
Quanto ao carácter tributário da contribuição, a Medida Provisória nº 873, de 1º de março de 2019, alterou o art. 578 da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, que passou a vigorar com o seguinte texto:
“Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões
liberais representadas pelas referidas entidades serão recolhidas, pagas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, sob a
denominação de contribuição sindical, desde que prévia, voluntária, individual e expressamente autorizado pelo empregado”. (grifo nosso)
Dessa forma, por não mais se tratar de prestação compulsória, a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas
deixou de ser classificada orçamentariamente como tributo.

CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DE SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA


Instituída pela Emenda Constitucional nº 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149- A à CF, possui a finalidade de
custear o serviço de iluminação pública. A competência para instituição é dos Municípios e do Distrito Federal.
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço
de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Sob a ótica
da classificação orçamentária, a Contribuição para o Custeio de Serviço de Iluminação Pública é espécie da origem Contribuições, que
integra a categoria econômica Receitas Correntes.

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA

ESTRUTURA DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA


Inicialmente, cumpre esclarecer o conceito de “programações orçamentárias”, disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2021
– LDO-2021 de maneira análoga com a expressão “categorias de programação”, conforme se observa nos seguintes dispositivos:
“Art. 5º Para efeito desta Lei, entende-se por: I - subtítulo - o menor nível da categoria de programação, sendo utilizado, especialmente,
para especificar a localização física da ação;
………………………………………………………………………………………………….
§ 1º As categorias de programação de que trata esta Lei serão identificadas no Projeto de Lei Orçamentária de 2021, na respectiva Lei
e nos créditos adicionais, por programas, projetos, atividades ou operações especiais e respectivos subtítulos, com indicação, quando for
o caso, do produto, da unidade de medida e da meta física.
………………………………………………………………………………………………….
§ 8º A ação orçamentária, entendida como atividade, projeto ou operação especial, deve identificar a função e a subfunção às quais
se vincula e referir-se a um único produto.”
“Art. 7º Os Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de Investimento discriminarão a despesa por unidade orçamentária, com suas
categorias de programação detalhadas no menor nível, dotações respectivas, especificando a esfera orçamentária, o Grupo de Natureza de
Despesa - GND, o identificador de resultado primário, a modalidade de aplicação, o identificador de uso e a fonte de recursos.”
Nesse sentido, a categoria de programação compreende o detalhamento das despesas das unidades orçamentárias pelos seguintes
classificadores, de estatura legal: função, subfunção, programa, ação e subtítulo.
A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implementadas por meio de um sistema de
classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas
questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.
Na estrutura atual, o orçamento público está organizado em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e
quantitativas, sejam físicas ou financeiras.

CLASSIFICAÇÃO QUALITATIVA
O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às
perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação:
classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional, estrutura programática e principais informações do Programa e
da Ação, conforme detalhado a seguir:

68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO QUANTITATIVA
A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira.
A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues

A dimensão financeira estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária de acordo com os seguintes
classificadores:

CÓDIGO-EXEMPLO DA ESTRUTURA COMPLETA DA PROGRAMAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR ESFERA ORÇAMENTÁRIA


Na LOA, a esfera tem por finalidade identificar se a despesa pertence ao Orçamento Fiscal (F), da Seguridade Social (S) ou de
Investimento das Empresas Estatais (I), conforme disposto no § 5º do art. 165 da CF. Na LOA, o classificador de esfera é identificado com
as letras “F”, “S” ou “I”. Na base de dados do SIOP, o campo destinado à esfera orçamentária é composto de dois dígitos e será associado
à ação orçamentária:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Orçamento Fiscal - F (código 10): referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
Orçamento da Seguridade Social - S (código 20): abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público; e
Orçamento de Investimento - I (código 30): orçamento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto.
O § 2º do art. 195 da CF estabelece que a proposta de Orçamento da Seguridade Social será elaborada de forma integrada pelos órgãos
responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada
a cada área a gestão de seus recursos.

CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL
A classificação institucional [tabela no item 10.2.1.], na União, reflete as estruturas organizacional e administrativa e compreende dois
níveis hierárquicos: órgão orçamentário e unidade orçamentária.
As dotações orçamentárias, especificadas por categoria de programação em seu menor nível, são consignadas às UOs, que são as
responsáveis pela realização das ações. Órgão orçamentário é o agrupamento de UOs.
O código da classificação institucional compõe-se de cinco dígitos, sendo os dois primeiros reservados à identificação do órgão
orçamentário e os demais à UO.

Um órgão orçamentário ou uma UO não correspondem necessariamente a uma estrutura administrativa, como ocorre, por exemplo,
com alguns fundos especiais e com os órgãos Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, Encargos Financeiros da União,
Operações Oficiais de Crédito, Refinanciamento da Dívida Pública Mobiliária Federal e Reserva de Contingência.

CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DA DESPESA


A classificação funcional é formada por funções e subfunções [tabela no item 9.2.2.] e procura explicitar as áreas em que as despesas
são realizadas. Cada atividade, projeto e operação especial identificará a função e a subfunção às quais se vinculam. Notadamente, a
função refere-se à principal área de atuação do órgão e deve refletir a sua missão institucional, ja a subfunção é relacionada à área da
despesa na qual a ação será executada.
A atual classificação funcional foi instituída pelaPortaria nº 42, de 14 de abril de 1999, e é composta de um rol de funções e subfunções
prefixadas, que servem como agregador dos gastos públicos por área de ação governamental nos três níveis de Governo. Trata-se de uma
classificação independentedos programas e de aplicação comum e obrigatória, no âmbito dos Municípios, dos Estados, do Distrito Federal
e da União, o que permite a consolidação nacional dos gastos do setor público.
A classificação funcional é representada por cinco dígitos, sendo os dois primeiros relativos às funções e os três últimos às subfunções.
Na base de dados do SIOP, existem dois campos correspondentes à classificação funcional:

A codificação para a Reserva de Contingência foi definida pelo art. 8º daPortaria Interministerial STN/SOF nº 163,de 2001, alterado
pelo art. 1º da Portaria Conjunta STN/SOF nº 1, de 18 de junho de 2010, atualizada, vigorando com a seguinte redação:
Art. 8º A dotação global denominada “Reserva de Contingência”, permitida para a União no art. 91 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de
fevereiro de 1967, ou em atos das demais esferas de Governo, a ser utilizada como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais
e para o atendimento ao disposto no art. 5º, inciso III, da Lei Complementar nº 101, de 2000, sob coordenação do órgão responsável
pela sua destinação, bem como a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - RPPS, quando houver, serão identificadas no
orçamento de todas as esferas de Governo pelos códigos “99.999.9999.xxxx.xxxx” e “99.997.9999.xxxx.xxxx”, respectivamente, no que se
refere às classificações por função e subfunção e estrutura programática, onde o “x” representa a codificações das ações e o respectivo
detalhamento.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Parágrafo Único. As reservas referidas no caput serão identificadas, quanto à natureza da despesa, pelo código “9.9.99.99.99”.

FUNÇÃO
A função [tabela no item 10.2.2.] pode ser traduzida como o maior nível de agregação das diversas áreas de atuação do setor público.
Reflete a competência institucional do órgão, como, por exemplo, cultura, educação, saúde, defesa, que guarda relação com os respectivos
Ministérios. Há situações em que o órgão pode ter mais de uma função típica, considerando-se que suas competências institucionais
podem envolver mais de uma área de despesa. Nesses casos, deve ser selecionada, entre as competências institucionais, aquela que está
mais relacionada com a ação.
A função Encargos Especiais engloba as despesas que não podem ser associadas a um bem ou serviço a ser gerado no processo
produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação neutra. A
utilização dessa função irá requerer o uso das suas subfunções típicas, conforme tabela abaixo:

SUBFUNÇÃO
A subfunção [tabela no item 10.2.2.] representa um nível de agregação imediatamente inferior à função e deve evidenciar a natureza
da atuação governamental. De acordo com a Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, é possível combinar as subfunções a funções diferentes
daquelas a elas diretamente relacionadas, o que se denomina matricialidade.
Exemplos:

CLASSIFICAÇÃO DAS FUNÇÕES DE GOVERNO


Além da classificação funcional prevista na Portaria nº 42, de 14 de abril de 1999, o governo brasileiro classificou a execução
orçamentária dos últimos exercícios financeiros segundo a classificação das Funções de Governo (COFOG – Classification of Functions
of Government). Desenvolvida pela OCDE, a classificação das despesas do governo central segundo a COFOG segue o disposto no GFSM
(Government Finance Statistics Manual) 2014.
Atualmente, o orçamento brasileiro com base na COFOG está disponível no Painel do Orçamento Federal e compreende gastos do
governo a partir de 2015. Os dados contemplam apenas as despesas do governo central, envolvendo todas as unidades orçamentárias
inclusas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
A inclusão dessa classificação no painel visa dar ainda mais transparência e comparabilidade às despesas do governo brasileiro com
as despesas de outras nações.
O acesso ao Painel do Orçamento Federal pode ser feito pelo seguinte endereço: Painel do Orçamento Federal

ESTRUTURA PROGRAMÁTICA

PROGRAMA
O Plano Plurianual (PPA) que vigerá no período de 2020-2023 apresenta 4 (quatro) pilares em sua construção, quais sejam: simplificação
metodológica; realismo fiscal; integração entre planejamento e avaliação; e, visão estratégica e foco em resultados.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Conforme a figura abaixo, a metodologia do PPA 2020-2023 compreende 3 dimensões: a Dimensão Estratégica, composta pelos eixos
da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Endes), as diretrizes do PPA e os Temas; a Dimensão Tática, composta
pelos Programas e seus objetivos, meta e indicador de resultado e a Dimensão Operacional, onde estão as ações orçamentárias e não-
orçamentárias.

Segundo a metodologia para elaboração do PPA 2020-2023, foram adotados os seguintes conceitos:
Diretrizes – possuem a finalidade de retratar as declarações de governo e indicam as preferências políticas dos governantes eleitos.
Temas – buscam refletir a estrutura institucional adotada pela administração federal.
Programa – é a categoria que articula um conjunto de ações (orçamentárias e não-orçamentárias) suficientes para enfrentar um pro-
blema. Seu desempenho deve ser passível de aferição.

Assim sendo, a ótica de organização governamental integrando Planejamento e Orçamento está consubstanciada na ligação das ações
orçamentárias e não orçamentárias diretamente aos novos programas.
Portanto, o produto de uma ação, como resultado, deve visar a concretização/realização dos objetivos pretendidos nos programas.
O conjunto dos produtos de determinadas ações viabilizará a execução do objetivo e o cumprimento da meta geral estabelecida para um
programa finalístico, mensurada por um indicador de resultado.
Ao se resgatar o modelo lógico como organizador dos elementos constitutivos dos programas do novo PPA, a metodologia visa
contribuir para um adequado desenho dos programas, o que posteriormente auxilia na avaliação das políticas públicas na medida em que
identifica claramente os objetivos e resultados esperados do programa, bem como os indicadores de resultado.

O papel do modelo lógico e de outros instrumentos na integração entre planejamento e orçamento


Em busca de melhores resultados para a Sociedade na implementação das ações públicas, o Governo Federal tem indicado um conjunto
de ferramentas de análise para auxiliar os órgãos no passo a passo da formulação ou reformulação de políticas públicas, programas e
projetos. Como referência básica, é recomendada a leitura do Guia Prático de Análise Ex Ante (IPEA, 2018) que traz os elementos essenciais
para um bom desenho: diagnóstico do problema que justifica a intervenção pública, e os elementos essenciais de caracterização, tais
como objetivo, público-alvo e beneficiários, identificação de atores envolvidos, a escolha das ações a serem executadas para o alcance dos
resultados pretendidos, bem como o levantamento dos recursos necessários.
Para testar a consistência dos objetivos, metas e ações, propõe-se adotar o Modelo Lógico, metodologia detalhada na Nota Técnica
(NT) do IPEA de setembro de 2010 - Como elaborar Modelo
Lógico: roteiro para formular programas e organizar avaliação.
Segundo tal metodologia, para garantir a mudança pretendida em determinada situação problemática, as ações do programa devem
intervir sobre causas selecionadas como críticas, definidas na árvore de problemas. Para a seleção das causas críticas deve-se cumprir três
requisitos, quais sejam: “i) ter alto impacto na mudança do problema; ii) ser um centro prático de ação, ou seja, o ator pode agir de modo
prático, efetivo e direto sobre a causa; e iii) ser politicamente oportuno agir sobre a causa identificada”.
Na estratégia de atuação sobre as causas críticas definidas, as ações orçamentárias ou não orçamentárias são construídas na
perspectiva de que seus produtos contribuam para o alcance de resultados, que promovem a mudança desejada no problema e levam ao
resultado final que se espera com a intervenção, diretamente relacionado ao objetivo do programa.
Outras ferramentas e métodos de planejamento auxiliares também são citados: análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e
Ameaças), o ZOPP (Planejamento de Projeto Orientado por Objetivos), e o Planejamento Estratégico Situacional.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Os elementos do programa e seus atributos deverão ser preenchidos no módulo do PPA no SIOP, dentre eles: o problema e as causas
que contribuem para a sua ocorrência; as evidências do problema; justificativa para a intervenção; público-alvo; objetivo; indicador; meta,
agentes envolvidos e outros.

AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS
Operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender ao objetivo de um programa. Incluem-se também
no conceito de ação as transferências obrigatórias ou voluntárias a outros entes da Federação e a pessoas físicas e jurídicas, na forma de
subsídios, subvenções, auxílios, contribuições, entre outros, e os financiamentos.
Na base do sistema, a ação é identificada por um código alfanumérico de quatro dígitos, acrescido de quatro dígitos do localizador:

Ao observar o 1º dígito do código, pode-se identificar:

Atividade
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se
realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto ou serviço necessário à manutenção da ação de Governo.
Exemplo: ação 4339 - Qualificação da Regulação e Fiscalização da Saúde Suplementar.

OBSERVAÇÃO:
As ações do tipo Atividade mantêm o mesmo nível da produção pública.

Projeto
Instrumento de programação utilizado para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas
no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de governo. Exemplo: ação 7M63 -
Adequação de Trecho Rodoviário - km 714 - km 725 - na BR-364/RO.

OBSERVAÇÃO:
As ações do tipo Projeto expandem a produção pública ou criam infraestrutura para novas atividades, ou, ainda, implementam ações
inéditas num prazo determinado.

Operação Especial
Despesas que não contribuem para a manutenção, expansão ou aperfeiçoamento das ações de governo, das quais não resulta um
produto e não geram contraprestação direta sob a forma de bens ou serviços. São exemplos de operações especiais as ações 0A81 -
Financiamento de Operações no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF (Lei nº 10.186, de
2001), e 0080 - Subvenção Econômica ao Preço do Óleo Diesel de Embarcações Pesqueiras (Lei nº 9.445, de 1997), ambas pertencentes ao
programa finalístico 1031 - Agropecuária Sustentável.

OBSERVAÇÃO:
As operações especiais caracterizam-se por não retratar a atividade produtiva no âmbito federal, podendo, entretanto, contribuir para
a produção de bens ou serviços à sociedade, quando caracterizada por transferências a outros entes.
Desde 2015, o processo de revisão das ações envolve a identificação, quando possível, útil ou desejável, de unidades de mensuração
(volume de operação, carga de trabalho, produtos/serviços gerados a partir das transferências etc.) para as operações especiais.
Esse processo de revisão envolve, também, a análise geral das ações atuais, que permitirá a identificação de falhas de classificação e
os seus respectivos ajustes, quando necessário.
Por fim, as operações especiais deverão ser tipificadas conforme o atributo “Subtipo de Operação Especial” (vide item 4.5.2.4.3.1).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Exemplos de operações especiais e respectivos tipos e itens de mensuração:

Em grande medida, as operações especiais estão associadas aos programas do tipo Operações Especiais, os quais constarão apenas
do orçamento, não integrando o PPA, conforme codificação relacionada abaixo:

Ademais, devido à sua característica inerente de não retratar a atividade produtiva no âmbito da União, e, portanto, abrangendo
despesas como dívidas e transferências a outros entes, a maior parte das operações especiais é classificada com a função 28 – Encargos
Especiais, que, segundo a Portaria nº42/1999, engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser
gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma
agregação neutra.

Atributos das ações orçamentárias

Título
Forma de identificação da ação orçamentária pela sociedade nas LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação.
Exemplo:
7M63 - Adequação de Trecho Rodoviário - km 714 - km 725 - na BR-364/RO

OBSERVAÇÃO:
O título não poderá conter sentença genérica que permita executar quaisquer despesas não relacionadas à operação; também não
poderá ser apenas “nome-fantasia”, mas poderá trazê-lo entre parênteses ou ao final da sentença, separado por um travessão. Durante
o processo de revisão das ações e operações especiais para 2021, deverá ser analisado o título de cada ação ou operação especial para
verificar se esse expressa realmente a sua Finalidade, de forma resumida.

Descrição
Para o exercício de 2021, o campo descrição deverá expressar, de forma sucinta, o que é feito e para que é feito no âmbito da ação,
seu escopo, suas delimitações e o seu objetivo. Exemplo: para a ação 7M63, a descrição é:

O que é feito?
Realização de serviços de terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização, obras complementares, componentes ambientais,
obras de artes especiais e outros serviços, incluindo a travessia Urbana de Porto Velho, de 10,40 km de extensão, e viadutos.

Para que é feito (objetivo)?


Proporcionar o escoamento da produção e interligar a região com outros estados.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
OBSERVAÇÃO:
Poderá haver a atualização da descrição durante todo o ano de execução, desde que mantida a compatibilidade com a finalidade da
existência da ação, expressa no seu título (atributo legal).

Tipo
Projeto, atividade ou operação especial. A ação 7M63 - Adequação de Trecho Rodoviário - km 714 - km 725 - na BR-364/RO é do tipo
projeto.
No âmbito do SIOP, as Reservas de Contingências correspondem a um tipo de ação específico e com numeração própria.

Subtipo de Operação Especial


Quando se tratar do tipo operações especiais, a ação deverá ser classificada quanto ao subtipo. A utilização do campo “Item de
Mensuração” será facultada nos casos apontados como “Opcional” na tabela abaixo.

Base Legal
Instrumentos normativos que dão respaldo à ação orçamentária e que permitem identificar se é transferência obrigatória ou se trata
de aplicação de recursos em área de competência da União. No caso da ação 7M64 Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-
472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468, a base legal é a Lei no 10.233, de 2001, e suas alterações.

Produto
Bem ou serviço que resulta da ação, destinado ao público-alvo, ou o insumo estratégico que será utilizado para a produção futura de
bem ou serviço. Cada ação deve ter um único produto. Em situações especiais, expressa a quantidade de beneficiários atendidos pela ação.
Exemplo: Trecho pavimentado.

Especificação do Produto
Características do produto acabado, visando sua melhor identificação. Para a ação 7M64 Construção de Trecho Rodoviário -
Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468, a especificação é “Km de Trecho Pavimentado”.

Unidade de Medida
Padrão selecionado para mensurar a produção do bem ou serviço. Para a ação 7M64 Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento
BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468, a unidade de medida é “km”.

Item de Mensuração
Visa detalhar o volume de operação, carga de trabalho, produtos ou serviços gerados a partir das transferências. No caso das
operações especiais em que a mensuração seja possível, útil ou desejável, ao invés do campo produto, haverá um campo intitulado “Item
de Mensuração”.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Especificação do Item de Mensuração
Detalhamento do Item de Mensuração, exemplo: para a ação 0920 Concessão de Bolsa para Equipes de Alfabetização, a especificação
é “Bolsas concedidas a alfabetizadores voluntários, tradutores intérpretes de LIBRAS e coordenadores de turmas que atuam no processo
de alfabetização de jovens e adultos”.

Beneficiário da Ação
Segmento da sociedade ou do Estado para o qual os bens ou serviços são produzidos ou adquiridos, ou ainda aqueles que diretamente
usufrui dos seus efeitos.

Forma de Implementação
Descrição de todas as etapas do processo até a entrega do produto, inclusive as desenvolvidas por parceiros. Deve ser classificada
segundo os conceitos abaixo:
a) direta: ação orçamentária executada diretamente pela unidade responsável, sem que ocorra transferência de recursos financeiros
para outros entes da Federação (Estados, Distrito Federal e Municípios) ou para entidades privadas. É o caso da ação 7M64 Construção de
Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468, executada diretamente pelo Governo Federal;
Cabe esclarecer que o termo de execução descentralizada - TED, definido pelo Decreto nº 10.426, de 16 de julho de 2020, como
“instrumento por meio do qual a descentralização de créditos entre órgãos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social da União é ajustada, com vistas à execução de programas, de projetos e de atividades, nos termos estabelecidos no plano de
trabalho e observada a classificação funcional programática”, enquadra-se na forma de implementação direta, pois não pressupõe a
transferência de recursos entre entes da federação.
b) descentralizada/delegada: atividade ou projeto, na área de competência da União, executado por outro ente da Federação (Estado,
Município ou Distrito Federal), com recursos repassados pela União. Exemplo: ação 8658 - Prevenção, Controle e Erradicação de Doenças
dos Animais, de responsabilidade da União, executada por governos estaduais com repasse de recursos da União;
A classificação da ação como direta ou descentralizada não é mutuamente exclusiva, pois em alguns casos é possível que determinadas
ações sejam implementadas tanto de forma direta quanto descentralizada.

OBSERVAÇÃO:

Delegação
Conforme art. 89 e 90 da LDO 2021:
Art. 89. A entrega de recursos aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e consórcios públicos em decorrência de delegação para
a execução de ações de responsabilidade exclusiva da União, especialmente quando resulte na preservação ou no acréscimo no valor de
bens públicos federais, não se configura como transferência voluntária e observará as modalidades de aplicação específicas.
§ 1º A destinação de recursos de que trata o caput observará o disposto na Subseção I.
§ 2º É facultativa a exigência de contrapartida na delegação de que trata o caput.
Art. 90. Na hipótese de igualdade de condições entre Estados, Distrito Federal, Municípios e consórcios públicos para o recebimento
de transferências de recursos nos termos estabelecidos nesta Seção, os órgãos e as entidades concedentes deverão dar preferência aos
consórcios públicos.
c) transferência:
c.1) obrigatória:operação especial que transfere recursos, por determinação constitucional ou legal, aos Estados, Distrito Federal e
Municípios. Exemplo: ação 0515 - Dinheiro Direto na Escola para a Educação Básica; e

c.2) outras: transferência de recursos a entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, organizações não governamentais e outras
instituições, que não decorram de determinação constitucional ou legal. Exemplo: ação 00B9 - Contribuição à Organização das Nações
Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO (MEC); e d)linha de crédito: ação realizada mediante empréstimo de recursos aos beneficiários
da operação.
Enquadram-se também nessa classificação os casos de empréstimos concedidos por estabelecimento oficial de crédito a Estados e
Distrito Federal, Municípios e ao Setor Privado. Exemplo: ação 0A81 - Financiamento para a Agricultura Familiar - PRONAF (Lei nº 10.186,
de 2001).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Segue quadro com detalhamento das transferências e delegações e respectivas classificações por natureza de despesa.

Detalhamento da Implementação
Modo como a ação orçamentária será executada, podendo conter dados técnicos e detalhes sobre os procedimentos que fazem parte
da respectiva execução.
Para a ação 7M64 Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468, o detalhamento
da implementação é: Identificada a necessidade de intervenção pelos especialistas do setor, com base no relatório técnico apresentado e
aprovado pela direção do órgão, são contratadas por meio de licitações públicas, empresas especializadas para a elaboração dos estudos
e projetos, incluindo licenças ambientais.
Após aprovação dos estudos e projetos, inicia-se a etapa da execução da obra.
Caso a obra seja implementada de forma direta, ou seja, sem repasse de recursos a outras unidades da federação, sua execução se
dará por meio de contratação de empresa privada ou de consórcio de empresas, por meio de processo licitatório.
Para o caso de implementação indireta, ou seja, por meio de Convênios ou Termo de Cooperação Técnica, as obras passam a ser
executadas pelo ente convenente ou cooperado, mediante formalização de contrato de convênio ou Termo, entre o DNIT e a parte
interessada.

Unidade Responsável
Unidade administrativa, entidade, inclusive empresa estatal ou parceiro (Estado, Distrito Federal, Município, ou setor privado),
responsável pela execução da ação orçamentária. No caso da ação 7M63 - Adequação de Trecho Rodoviário - km 714 - km 725 - na BR-364/
RO, a unidade responsável é o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, do Ministério da Infraestrutura.

Custo Total Estimado do Projeto


Atributo específico dos projetos, que trata do custo de referência, a preços correntes, desde o seu início até a sua conclusão. Na ação
7M64 - Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468 , o custo total é R$ 5.894.000,00.
Nas ações em que houver mais de um localizador, o custo total estimado será o somatório do custo individual de cada localizador.

Total Físico do Projeto


Atributo específico dos projetos que trata da quantidade de produto a ser ofertado ao final de seu período de execução. Na ação 7M64
Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468, o total físico é “7 Km”.
Nas ações em que houver mais de um localizador, o total físico será omitido.

Previsão de início e término (Duração do Projeto)


Datas de início e término do projeto. A ação 7M64 Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/
Argentina - na BR-468 teve início e término previstos, respectivamente, para 01/01/2009 e 31/12/2012.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Nas ações em que houver mais de um localizador, a data de início da ação corresponderá à do localizador que primeiramente se inicia
e a de término do último a ser concluído.

Marcador “Regionalizar na Execução”


É notório que algumas ações orçamentárias têm uma singular dificuldade em serem planejadas sob a perspectiva territorial antes
do início de sua execução, principalmente considerando sua estratégia de implementação. Exemplo disso são as ações que dependem da
adesão prévia de entes subnacionais a editais ou processos seletivos. Esta forma de implementação faz com que qualquer previsão de
recursos circunscrita a um espaço geográfico mais focalizado durante a fase de elaboração revele-se imprecisa e irreal.
Para os casos em que não seja possível a regionalização durante o processo de elaboração orçamentária, foi criado este atributo que
permitirá se fazer a regionalização na execução. Quando o campo “Regionalizar na execução” for marcado, o módulo de Acompanhamento
solicita, desde de 2013, a execução física e também a região onde a despesa ocorreu.

OBSERVAÇÃO:
Em decorrência do Acórdão nº1.827/2017– TCU – Plenário, o Governo Federal propôs um Plano de Trabalho no qual se comprometeu
a verificar a regionalização do gasto de 48 ações orçamentárias, dispostas na tabela abaixo, por meio do módulo do Acompanhamento
Físico-Financeiro do Orçamento no SIOP.
A fim de auxiliar o cumprimento da proposta de regionalizar tais ações na execução, inseriu-se no módulo qualitativo do SIOP um
item novo na lista de verificação, com o propósito de verificar se as 48 ações selecionadas estão devidamente marcadas para posterior
regionalização.
Adicionalmente, sempre que possível, recomenda-se a programação orçamentária detalhada no nível de localizadores regionalizados.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Marcador “Ação de Insumo Estratégico”


Este campo deverá ser marcado nos casos de ações que retratem a produção ou a aquisição de insumos estratégicos. Tais insumos
são aqueles cuja interrupção no fornecimento pode comprometer a produção de bens e serviços ou a expansão do fornecimento destes
à sociedade ou ao Estado.

Marcador “Detalhamento Obrigatório em Planos Orçamentários”


Quando marcado, indica que a ação deverá conter pelo menos um PO específico, diferente do PO 0000. Em geral a equipe da SOF faz
essa marcação quando há necessidade de um maior detalhamento das ações.

Plano Orçamentário - PO

Conceito
Plano Orçamentário – PO é uma identificação orçamentária, de caráter gerencial (não constante da LOA), vinculada à ação orçamentária,
que tem por finalidade permitir que, tanto a elaboração do orçamento quanto o acompanhamento físico e financeiro da execução, ocorram
num nível mais detalhado do que o do subtítulo/localizador de gasto.
Os POs são vinculados a uma ação orçamentária, entendida esta ação como uma combinação de esfera-unidade orçamentária-função-
subfunção-programa-ação. Por conseguinte, variando qualquer um destes classificadores, o conjunto de POs varia também.
Em termos quantitativos, no entanto, os POs de uma ação são válidos quando associados aos seus subtítulos/localizadores de gasto.
Ou seja, se uma ação possui POs vinculados, a captação da proposta orçamentária – física e financeira – se dará no nível da associação
subtítulo +PO. Porém, note que a proposta de dotação para o subtítulo será a soma das propostas dos POs associados àquele subtítulo.
Já a meta física do subtítulo será captada à parte, pois o produto do PO em geral é diferente do produto da ação, impedindo o somatório.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
A figura abaixo procura demonstrar o vínculo entre ações, subtítulos e POs.

O detalhamento da ação em POs é uma ferramenta gerencial e, com exceção de alguns casos (ver item 4.5.2.4.15), não é obrigatório.
Entretanto, para viabilizar a integração SIOP-SIAFI, tendo em vista que a formação do Programa de Trabalho Resumido - PTRES (código
atribuído pelo SIAFI para agilizar a execução, controle e acompanhamento dos planos definidos pela UO) no sistema financeiro é
padronizada, toda ação deve ter ao menos 1 (um) código de PO. Por isso, ao ser criada uma ação, o SIOP gera automaticamente o PO 0000,
que absorve toda a dotação da ação, caso não haja outros POs. Caso a ação possua vários POs, o órgão setorial tem a possibilidade de
remanejar a dotação entre o PO 0000 e os POs específicos, parcial ou integralmente. Em se optando por detalhar a ação em POs devem
ser criados os POs específicos, que coexistirão com o PO 0000. Ressalta-se que o PO 0000 não pode ser excluído do cadastro de ações por
ser um requisito do SIOP, ainda que não tenha dotação associada a ele.
Ao ser gerado, o PO 0000 receberá do SIOP como título o próprio nome da ação. Posteriormente, se forem criados outros POs na
mesma ação, o SIOP adicionará automaticamente ao PO 0000 o sufixo “ - Despesas Diversas“. Por sua vez, os POs específicos terão seu
nome atribuído diretamente pelo usuário que os criar, enquanto seu código será gerado automaticamente pelo SIOP, sendo, porém,
modificável pelo usuário.

OBSERVAÇÃO :
Apesar ser possível a modificação dos códigos pelo usuário, caso se opte por resgatar o código de um PO utilizado em um exercício
anterior, deve-se atentar para o reflexo sobre a série histórica da programação em questão. Dessa forma, é desejável que a utilização de
um mesmo código de PO previamente utilizado seja feita para um plano orçamentário que tenha o mesmo propósito ou objetivo.
Cabe destacar também que o detalhamento da programação em PO não substitui as demais categorias de programação (Atividades,
Projetos ou Localizadores).

Usos do PO
Não há uma lista exaustiva dos casos em que os POs podem ser utilizados. Seu uso pode ocorrer sempre que for necessário o
acompanhamento mais detalhado das ações orçamentárias, conforme a particularidade de cada órgão setorial, ressaltando que os POs
devem contribuir para alcançar o resultado final pretendido para a ação.
A seguir serão descritas algumas situações em que os POs são comumente usados:
Produção pública intermediária: os POs podem identificar a geração de produtos ou serviços intermediários ou a aquisição de insumos
utilizados na geração do bem ou serviço final da ação orçamentária.

Exemplo:

80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
a) Acompanhamento de projeto: os POs podem representar as fases de um projeto cujo andamento se pretende acompanhar mais
detalhadamente, ou grupos de projetos semelhantes abrangidos por uma mesma ação orçamentária.
Exemplo (fases de um projeto)

Exemplo (grupos de projetos semelhantes):

b) Funcionamento de estruturas administrativas: os POs podem ser utilizados para identificar, desde a proposta orçamentária,
os recursos destinados para despesas de manutenção e funcionamento das unidades. Tais casos ocorrem, preferencialmente, para o
detalhamento da ação 2000 (Administração da Unidade ou equivalente).

Exemplo (Estruturas administrativas descentralizadas):

81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Exemplo (Unidades administrativas):

c) PO reservado: é uma categoria de POs que foi criada com o intuito de contemplar nas ações orçamentárias um conjunto específico
de despesas eo título deve corresponder ao conjunto de despesas em questão, de acordo com a relação disponibilizada pelo SIOP quando
da sua criação:

Cabe destacar que o PO reservado 2000 - Despesas Administrativas é destinado ao uso de Unidades Orçamentárias que não possuem
a ação 2000 - Administração da Unidade.
Exemplo (despesas administrativas):

Exemplo (ações de caráter sigiloso)

Exemplo (ajuda de custo para moradia a magistrados e membros do Ministério Público – ativos e auxílio-moradia para outros agentes
públicos - ativos):

d) PO padronizado: é uma categoria de POs criada para atender às ações orçamentárias padronizadas da União que contemplam
despesas de caráter obrigatório, tais como: pessoal ativo, inativo e pensionistas, contribuição patronal para o plano de seguridade social
do servidor, dotações centralizadas (reservas), sentenças judiciais e precatórios, acordos/decisões judiciais/administrativas para com os
planos de previdência privada, benefícios aos servidores civis, empregados, militares e seus dependentes, Fundo Constitucional do Distrito
Federal, pagamento de indenizações, benefícios e pensões indenizatórias de caráter especiais, benefícios previdenciários, abono e seguro
desemprego, benefícios assistenciais do Sistema Único de Assistência Social, complementação ao FUNDEB e transferências aos entes
subnacionais (Tabela 10.2.4.).

82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Nas ações padronizadas da União, uma vez criados, os POs padronizados são replicados em todas as ocorrências da ação. Entretanto,
nessas ações também é possível criar um PO específico (comum, sem padronização). Nesse caso, ele não será replicado para as demais
ocorrências da ação.

Atributos do PO
a. Código: identificação alfanumérica de quatro posições, criada automaticamente pelo sistema SIOP e modificável pelo usuário;
b. Título: texto que identifica o PO, de forma resumida;
c. Caracterização: descrição detalhada do que será feito no âmbito do PO;
d. Produto intermediário: bem ou serviço gerado pelo PO;
e. Unidade de medida: padrão utilizado para mensurar o produto do PO;
f. Unidade responsável: unidade administrativa responsável pela execução do PO;
g. PO de origem: tabela que identifica a correlação entre um PO existente na programação e o PO que está sendo criado no exercício
de 2021 (“De/Para”). É possível que um PO esteja correlacionado a vários POs simultaneamente;
h. Marcador de análise da SAIN/ME (apenas para ação 00OQ):marcação de que a contribuição a Organismo Internacional foi analisada
previamente pela SAIN/ME, com a respectiva análise. Deve ser informado o documento da SAIN que autorizou a inclusão da Ação ou PO.

Produto do PO
De modo geral, temos as seguintes regras:
Quando a ação não tiver produto, não é obrigatório que seus POs tenham um produto intermediário;
Quando a ação tiver produto, é obrigatório que seus POs tenham um produto intermediário; e
No caso dos POs reservados, são geralmente criados sem produto, assim, o campo do SIOP destinado ao produto do PO fica indisponível.

SUBTÍTULO
As atividades, os projetos e as operações especiais serão detalhados em subtítulos, utilizados especialmente para identificar
a localização física da ação orçamentária, não podendo haver, por conseguinte, alteração de sua finalidade, do produto e das metas
estabelecidas.
A adequada localização do gasto permite maior controle governamental e social sobre a implantação das políticas públicas adotadas,
além de evidenciar a focalização, os custos e os impactos da ação governamental.
A localização do gasto poderá ser de abrangência nacional, no exterior, por Região (Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste, Sul), por
Estado ou Município ou, excepcionalmente, por um critério específico, quando necessário. A LDO veda, na especificação do subtítulo, a
referência a mais de uma localidade, área geográfica ou beneficiário, se determinados.
Na União, o subtítulo representa o menor nível de categoria de programação e será detalhado por esfera orçamentária, por GND, por
modalidade de aplicação, IDUSO e por fonte/destinação de recursos, sendo o produto e a unidade de medida os mesmos da ação.

OBSERVAÇÃO:
O subtítulo deverá ser usado para indicar a localização geográfica da ação da seguinte forma:
1. Projetos: localização (de preferência, Município) onde ocorrerá a construção, no caso de obra física, como por exemplo, obras de
engenharia; nos demais casos, o local onde o projeto será desenvolvido;
2. Atividades: localização dos beneficiários/público-alvo da ação, o que for mais específico (normalmente são os beneficiários); e,
3. Operações especiais: localização do recebedor dos recursos previstos na transferência, compensação, contribuição etc., sempre que
for possível identificá-lo.

A partir do exercício de 2013, começou a ser utilizado o código IBGE de 7 dígitos, inclusive no caso de alocações orçamentárias
originárias de emendas parlamentares. Este, e não mais o código do subtítulo, passa a ser o atributo oficial para consultas de base
geográfica. Porém, para efeito legal e formal do orçamento, continuar-se-á adotando os 4 dígitos do subtítulo.
Nesse contexto, haverá padronização dos códigos de subtítulos (4 dígitos) para Municípios. Outros recortes geográficos como biomas,
territórios da cidadania, Amazônia Legal, entre outros, serão précadastrados, sempre que necessário, pela SOF. Não haverá cadastramento
descentralizado.
A denominação dos subtítulos continuará trazendo, por padrão, os descritores “Nacional”, “No exterior”, “Na Região…”, “No Estado
de…”, “No Distrito Federal”, “No Município de…”, ou ainda, os recortes adicionais já mencionados.
Adicionalmente, foi criado o atributo “Complemento”, de preenchimento opcional, que especificará localizações inframunicipais (ou
outras localizações não estruturadas). Quando esse “Complemento” for utilizado, o subtítulo receberá, automaticamente, um código não
padronizado de 4 dígitos.
Os subtítulos do tipo “Municípios até XX mil habitantes” deverão ser substituídos, pois demonstram critério de elegibilidade, e não
de localização geográfica.

83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Atributos do subtítulo

Localização Geográfica, Codificação e o campo “Complemento”


A identificação dos subtítulos/localizadores é feita por um código numérico de quatro posições, conforme tabela abaixo:

A codificação prévia de Municípios e de recortes geográficos dá maior consistência às consultas de informações orçamentárias em
base territorial. Exceções ao caso acima podem ocorrer, mas mesmo a elas, foi dada a alternativa de tratamento. Suponha-se que uma
ação de Estruturação de Unidades de Saúde tenha sido prevista no PLOA para ocorrer no Município de Campos dos Goytacazes, no Rio de
Janeiro. No novo cadastro padronizado de localizadores municipais, Campos recebeu o código “3290”, e assim a proposta foi encaminhada
para o Congresso Nacional. Após a fase de apreciação e proposição de emendas pelo Congresso, essa ação retornou com um segundo
localizador no mesmo Município de Campos. O parlamentar, entretanto, complementou a regionalização da ação por ele proposta com
uma localização mais específica, destinou o recurso para uma entidade situada naquele Município.
Esta especificidade fez com que o novo subtítulo criado recebesse um código na faixa não padronizada, ou seja, entre 6500 e 9999
(no exemplo, “6500”). Isto poderia gerar o mesmo problema de “dois códigos de subtítulos endereçando a mesma região geográfica”,
dificultando consolidações futuras. Entretanto o SIOP terá gravado o código do IBGE para macrorregiões, estados e municípios em todos
os registros que fizerem menção a estes recortes, tenham sido eles criados na fase de elaboração da proposta do Executivo ou durante os
ajustes do Legislativo.
Se ainda no ano seguinte o próprio Executivo desejasse criar um terceiro subtítulo, especificando uma nova localização no mesmo
Município de Campos dos Goytacazes, outro identificador seria gerado.
No exemplo, trata-se do subtítulo “6501”, localizado no Centro de Campos. Note-se, porém, que o mesmo código IBGE estará associado.
A figura abaixo procura ilustrar este exemplo. No exemplo, as dotações relacionadas ao Município de Campos dos Goytacazes
poderiam ser somadas utilizando-se o código IBGE “3301009”. Este campo, que compõe os filtros de pesquisa do SIOP, passou a ser o
atributo “oficial” para consultas de base geográfica a partir de 2013. Também foi criado o campo intitulado “Complemento”, para que as
localizações específicas (por exemplo, inframunicipais) possam ser criadas sem prejuízo da codificação padronizada – casos frequentes até
o ano de 2012.

84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Repercussão Financeira sobre o Custeio do Órgão


Impacto (estimativa de custo anual) sobre as despesas de operação e manutenção do investimento após o término do projeto e em
quais ações esse aumento ou decréscimo de custos ocorrerá, caso o projeto venha a ser mantido pela União.
A execução de um determinado projeto geralmente acarreta incremento no custo de atividades. Por exemplo, ao se construir um
hospital a ser mantido pela União, haverá um incremento no custo das atividades de manutenção hospitalar da União. Se por alguma razão
o impacto for nulo, deverá ser justificado o motivo. Por exemplo, a União, ao construir uma escola a ser operada pelo governo municipal,
não terá custos futuros, uma vez que as despesas de manutenção incorrerão sobre outro ente da Federação. Campo obrigatório nas ações
do tipo Projeto e opcional nos demais tipos.

Valor da Repercussão Financeira


Registra o montante da Repercussão Financeira decorrente da implantação do Subtítulo sobre o custeio do órgão. O campo poderá
registrar acréscimos e reduções sobre o custeio do órgão, ou, ainda, valor zero quando não houver repercussão sobre o custeio. Campo
obrigatório nas ações do tipo Projeto e opcional nos demais tipos.

Data de início e data de término da execução


Nas ações do tipo Projeto, registra a data de início e a previsão de término de cada subtítulo.

Total Físico
Registra o quantitativo total do produto a ser entregue na localidade expressa no subtítulo durante o período de execução. Campo
exclusivo de projetos e de preenchimento obrigatório.

Custo Total
Registra o montante correspondente ao custo total previsto na execução do subtítulo.

Cronograma Físico e Financeiro


Registra a execução física e financeira até o exercício anterior, o aprovado para o ano em curso, a previsão para o PLOA e a projeção
para os anos posteriores.
A partir do PLOA 2019, esta informação passou a ser preenchida pelos Órgãos Setoriais no módulo de Informações Complementares
do SIOP, e não mais nos localizadores das ações do tipo projeto.

AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS PADRONIZADAS NO ORÇAMENTO

Conceito
A ação orçamentária é considerada padronizada quando, em decorrência da organização institucional da União, sua implementação
costuma ser realizada em mais de um órgão orçamentário e/ou UO.
Nessa situação, diferentes órgãos/UOs executam ações que têm em comum:
a) subfunção à qual está associada;
b) a descrição (o que será feito no âmbito da operação e o objetivo a ser alcançado);
c) o produto (bens e serviços) entregue à sociedade, bem como sua unidade de medida; e
d) o tipo de ação orçamentária.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
A padronização se faz necessária para organizar a atuação governamental e facilitar seu acompanhamento. Ademais, a existência
da padronização vem permitindo o cumprimento de previsão constante da LDO, segundo a qual: “As atividades que possuem a mesma
finalidade devem ser classificadas sob um único código, independentemente da unidade executora”.

Tipologia
Considerando as especificidades das ações orçamentárias de governo existentes, a padronização pode ser de três tipos: a) setorial:
ação orçamentária que, em virtude da organização do Ministério, para facilitar sua execução, são implementadas por mais de uma UO
do mesmo órgão. Exemplos: Educação e Formação em Saúde, Aperfeiçoamento e Avaliação dos Serviços de Hemoterapia e Hematologia,
Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares do Ministério da Saúde, realizadas em UOs no âmbito do Ministério da Saúde;
b) multissetorial: ação orçamentária que, dada a organização da atuação governamental, são executadas por mais de um órgão ou por
UOs de órgãos diferentes, considerando a temática desenvolvida pelo setor à qual está vinculada. Exemplos: Participação do Brasil, como
País não Membro, em Atividades de Cooperação Econômica junto à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE
(implementada no MAPA, ME, MME, MInfra, MD, MCom, MJSP e MRE); Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (executada no
STJ e TRT); e c) da União: operações que perpassam diversos órgãos e/ou UOs sem contemplar as especificidades do setor ao qual estão
vinculadas. Caracterizam-se por apresentar base legal, finalidade, descrição e produto padrão, aplicável a qualquer órgão e, ainda, pela
gestão orçamentária realizada de forma centralizada pela SOF. Exemplos: Pagamento de Aposentadorias e Pensões; Contribuição da União,
de suas Autarquias e Fundações para o Custeio do Regime de Previdência dos Servidores Públicos Federais; e Auxílio-Alimentação aos
Servidores e Empregados. A relação completa das ações orçamentárias padronizadas da União está no item 10.2.4. deste manual.

OBSERVAÇÃO:
A principal alteração introduzida na estrutura das ações orçamentárias que compõem o rol das padronizadas da União, diz respeito
à criação de atividade específica para o pagamento de pessoal ativo civil da União, dissociando essas despesas das voltadas para a
manutenção administrativa ou similares, como até então se vinha fazendo. Além disso, as operações especiais relativas ao pagamento
de aposentadorias e pensões civis, também passaram a ser identificadas em uma única ação. Com essas alterações, foi possível conceber
ações orçamentárias que agregam tão somente despesas de caráter obrigatório, voltadas exclusivamente para o pagamento de pessoal e
encargos sociais, facilitando, assim, o seu reconhecimento e a transparência alocativa dos recursos orçamentários.

Atributos das ações orçamentárias padronizadas


A padronização consiste em adotar um modelo único, padrão, para alguns atributos das operações.
Assim, uma vez alterados tais atributos, a mudança é replicada automaticamente para todas as operações. A partir de 2013, a
padronização passou a envolver os seguintes atributos:

Em decorrência da nova tipologia, a alteração dos atributos das ações orçamentárias padronizadas setoriais compete ao próprio órgão
setorial. No caso das operações multissetoriais e da União, pelo caráter que apresentam, a alteração dos atributos padronizados é realizada
somente pela SOF.

OBSERVAÇÃO:
Ainda que a regra para o atributo Subfunção seja de sua padronização, a depender da necessidade do órgão, há a possibilidade de não
padronizar a subfunção, a exemplo das ações 20TP do Ministério da Educação e 219D do Ministério da Defesa.

COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FÍSICA E FINANCEIRA

PROGRAMAÇÃO FÍSICA

Meta física
A meta física é a quantidade de produto a ser ofertado por ação, de forma regionalizada, e instituída para o exercício. As metas físicas
são indicadas em nível de subtítulo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Ressalte-se que a territorialização das metas físicas é expressa nos localizadores de gasto previamente definidos para a ação. Exemplo:
No caso da vacinação de crianças, a meta será regionalizada pela quantidade de crianças a serem vacinadas ou de vacinas empregadas em
cada Estado (localizadores de gasto), ainda que a campanha seja de âmbito nacional e a despesa paga de forma centralizada. O mesmo
ocorre com a distribuição de livros didáticos.

COMPONENTES DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

Natureza da despesa
Os arts. 12 e 13 da Lei nº 4.320, de 1964, tratam da classificação da despesa por categoria econômica e elementos. Assim como no
caso da receita, o art. 8º dessa lei estabelece que os itens da discriminação da despesa serão identificados por números de código decimal,
na forma do respectivo Anexo IV, atualmente consubstanciados no Anexo II da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. O
conjunto de informações que formam o código é conhecido como classificação por natureza da despesa [tabela no item 10.2.3] e informa
a categoria econômica da despesa, o grupo a que ela pertence, a modalidade de aplicação e o elemento.
Na base de dados do sistema de orçamento, o campo que se refere à natureza da despesa contém um código composto por oito
algarismos, sendo que o 1º dígito representa a categoria econômica, o 2º o grupo de natureza da despesa, o 3º e o 4º dígitos representam
a modalidade de aplicação, o 5º e o 6º o elemento de despesa e o 7º e o 8º dígitos representam o desdobramento facultativo do elemento
de despesa (subelemento):

OBSERVAÇÃO:
Reserva de Contingência e Reserva do RPPS - A classificação da Reserva de Contingência, bem como a Reserva do RPPS, destinadas ao
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, inclusive para a abertura de créditos adicionais, quanto
à natureza da despesa orçamentária, serão identificadas com o código “9.9.99.99”, conforme estabelece o parágrafo único do art. 8º da
Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001.

Categoria Econômica da Despesa


A despesa, assim como a receita, é classificada em duas categorias econômicas, com os seguintes códigos:

3 - Despesas Correntes: as que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
4 - Despesas de Capital: as que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

OBSERVAÇÃO:
De forma a atender o art. 44 da LRF, ressalta-se a necessidade de observar se os ingressos financeiros provenientes da alienação de
bens móveis, imóveis ou intangíveis de propriedade do ente público (fonte de recursos 63) estão destinadas às despesas de capital, sendo
vedado o financiamento de despesas correntes, salvo as destinadas por lei ao RPPS e RGPS.

87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Grupo de Natureza da Despesa
O GND é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a
seguir:

1 - Pessoal e Encargos Sociais


Despesas orçamentárias com pessoal ativo, inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis,
militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios,
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer
natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do
art. 18 da Lei Complementar 101, de 2000.

2 - Juros e Encargos da Dívida


Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas
contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.\

3 - Outras Despesas Correntes


Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-
alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica “Despesas Correntes” não classificáveis nos demais
grupos de natureza de despesa.

4 - Investimentos
Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados
necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

5 - Inversões Financeiras
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital
de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição
ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.

6 - Amortização da Dívida
Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública
interna e externa, contratual ou mobiliária.

Modalidade de Aplicação
A modalidade de aplicação indica se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de
descentralização orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins
lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade
no âmbito do mesmo nível de Governo.
A modalidade de aplicação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados,
conforme discriminado a seguir:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Descrição: (O conteúdo e a forma das descrições das modalidades de aplicação foram mantidos tal como constam do texto da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001.)

20 - Transferências à União
Despesas orçamentárias realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante transferência de recursos financeiros
à União, inclusive para suas entidades da administração indireta.

22 - Execução Orçamentária Delegada à União


Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização à
União para execução de ações de responsabilidade exclusiva do delegante.

30 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal


Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao
Distrito Federal, inclusive para suas entidades da administração indireta.

31 - Transferências a Estados e ao Distrito Federal - Fundo a Fundo


Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao
Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo.

32 - Execução Orçamentária Delegada a Estados e ao Distrito Federal


Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização a
Estados e ao Distrito Federal para execução de ações de responsabilidade exclusiva do delegante.

35 - Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito Federal à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da
Lei Complementar nº 141, de 2012
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao
Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo, à conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para fins da
aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1ºe 2ºdo art. 24
da Lei Complementar nº141, de 2012.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
36 - Transferências Fundo a Fundo aos Estados e ao Distrito 70 - Transferências a Instituições Multigovernamentais
Federal à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Comple- Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de
mentar nº 141, de 2012 recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil,
recursos financeiros da União ou dos Municípios aos Estados e ao exclusive as transferências relativas à modalidade de aplicação 71
Distrito Federal por intermédio da modalidade fundo a fundo, à (Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio).
conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em
ações e serviços públicos de saúde que deixou de ser aplicada em 71 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato
exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da Lei Complementar de rateio
nº141, de 2012. Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de
recursos financeiros a entidades criadas sob a forma de consórcios
40 - Transferências a Municípios públicos nos termos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005, mediante
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência contrato de rateio, objetivando a execução dos programas e ações
de recursos financeiros da União ou dos Estados aos Municípios, dos respectivos entes consorciados, observado o disposto no §
inclusive para suas entidades da administração indireta. 1ºdo art. 11 da Portaria STN nº72, de 2012.

41 - Transferências a Municípios - Fundo a Fundo 72 - Execução Orçamentária Delegada a Consórcios Públicos


Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de
recursos financeiros da União, dos Estados ou do Distrito Federal recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização
aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo. a consórcios públicos para execução de ações de responsabilidade
exclusiva do delegante.
42 - Execução Orçamentária Delegada a Municípios
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de 73 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato
recursos financeiros, decorrentes de delegação ou descentralização de rateio à conta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art.
a Municípios para execução de ações de responsabilidade exclusiva 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012
do delegante. Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de
recursos financeiros a entidades criadas sob a forma de consórcios
45 - Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de públicos nos termos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005, por
recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Complemen- meio de contrato de rateio, à conta de recursos referentes aos
tar nº 141, de 2012 restos a pagar considerados para fins da aplicação mínima em
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de ações e serviços públicos de saúde e posteriormente cancelados ou
recursos financeiros da União, dos Estados ou do Distrito Federal prescritos, de que tratam §§ 1ºe 2ºdo art. 24 da Lei Complementar
aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo, à nº141, de 13 de janeiro de 2012, observado o disposto no § 1ºdo
conta de recursos referentes aos restos a pagar considerados para art. 11 da Portaria STN nº72, de 1ºde fevereiro de 2012.
fins da aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde e
posteriormente cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1ºe 74 - Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato
2ºdo art. 24 da Lei Complementar nº141, de 2012. de rateio à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Comple-
mentar nº 141, de 2012
46 - Transferências Fundo a Fundo aos Municípios à conta de Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de
recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, de recursos financeiros a entidades criadas sob a forma de consórcios
2012 públicos nos termos da Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005, por meio
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de de contrato de rateio, à conta de recursos referentes à diferença da
recursos financeiros da União, dos Estados ou do Distrito Federal aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde que deixou
aos Municípios por intermédio da modalidade fundo a fundo, à de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da
conta de recursos referentes à diferença da aplicação mínima em Lei Complementar nº141, de 2012, observado o disposto no § 1ºdo
ações e serviços públicos de saúde que deixou de ser aplicada em art. 11 da Portaria STN nº72, de 2012.
exercícios anteriores de que trata o art. 25 da Lei Complementar
nº141, de 2012. 75 - Transferências a Instituições Multigovernamentais à con-
ta de recursos de que tratam os §§ 1º e 2º do art. 24 da Lei Com-
50 - Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos plementar nº 141, de 2012
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência
de recursos financeiros a entidades sem fins lucrativos que não de recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois
tenham vínculo com a administração pública. ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive
o Brasil, exclusive as transferências relativas à modalidade de
60 - Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos aplicação 73 (Transferências a Consórcios Públicos mediante
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência contrato de rateio à conta de recursos de que tratam os §§ 1ºe 2ºdo
de recursos financeiros a entidades com fins lucrativos que não art. 24 da Lei Complementar nº141, de 2012), à conta de recursos
tenham vínculo com a administração pública. referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação
mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente
67 - Execução de Contrato de Parceria Público-Privada - PPP cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1ºe 2ºdo art. 24 da
Despesas orçamentárias do Parceiro Público decorrentes de Lei Complementar nº141, de 2012.
Contrato de Parceria Público-Privada - PPP, nos termos da Lei no
11.079, de 30 de dezembro de 2004, e da Lei nº12.766, de 27 de
dezembro de 2012.

90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
76 - Transferências a Instituições Multigovernamentais à con- decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, além de
ta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº 141, outras operações, exceto no caso de transferências, delegações ou
de 2012 descentralizações, quando o recebedor dos recursos for consórcio
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência de público do qual o ente da Federação não participe, nos termos da
recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por dois ou mais Lei nº11.107, de 6 de abril de 2005.
entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o Brasil,
exclusive as transferências relativas à modalidade de aplicação 74 95 - Aplicação Direta à conta de recursos de que tratam os §§
(Transferências a Consórcios Públicos mediante contrato de rateio 1º e 2º do art. 24 da Lei Complementar nº 141, de 2012
à conta de recursos de que trata o art. 25 da Lei Complementar Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a
nº141, de 2012), à conta de recursos referentes à diferença da ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades
aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde que deixou integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social,
de ser aplicada em exercícios anteriores, de que trata o art. 25 da no âmbito da mesma esfera de Governo, à conta de recursos
Lei Complementar nº141, de 2012. referentes aos restos a pagar considerados para fins da aplicação
mínima em ações e serviços públicos de saúde e posteriormente
80 - Transferências ao Exterior cancelados ou prescritos, de que tratam os §§ 1ºe 2ºdo art. 24 da
Despesas orçamentárias realizadas mediante transferência Lei Complementar nº141, de 2012.
de recursos financeiros a órgãos e entidades governamentais
pertencentes a outros países, a organismos internacionais e a 96 - Aplicação Direta à conta de recursos de que trata o art. 25
fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que da Lei Complementar nº 141, de 2012
tenham sede ou recebam os recursos no Brasil. Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a
ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades
90 - Aplicações Diretas integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social,
Aplicação direta, pela unidade orçamentária, dos créditos a no âmbito da mesma esfera de Governo, à conta de recursos
ela alocados ou oriundos de descentralização de outras entidades referentes à diferença da aplicação mínima em ações e serviços
integrantes ou não dos Orçamentos Fiscal ou da Seguridade Social, públicos de saúde que deixou de ser aplicada em exercícios
no âmbito da mesma esfera de governo. anteriores, de que trata o art. 25 da Lei Complementar nº141, de
2012.
91 - Aplicação Direta Decorrente de Operação entre Órgãos,
Fundos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Segu- 99 - A Definir
ridade Social Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo ou para
Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, classificação orçamentária da Reserva de Contingência e da Reserva
fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades do RPPS, vedada a execução orçamentária enquanto não houver
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes sua definição.
da aquisição de materiais, bens e serviços, pagamento de impostos,
taxas e contribuições, além de outras operações, quando o OBSERVAÇÃO:
recebedor dos recursos também for órgão, fundo, autarquia, A despesa decorrente de termo de execução descentralizada -
fundação, empresa estatal dependente ou outra entidade constante TED, disciplinado pelo Decreto nº 10.426, de 16 de julho de 2020,
desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de Governo. deve ser classificada com a Modalidade de Aplicação 90, quando a
sua finalidade for:
92 - Aplicação Direta de Recursos Recebidos de Outros Entes i) a execução de programas, de projetos e de atividades de
da Federação Decorrentes de Delegação ou Descentralização interesse recíproco, em regime de colaboração mútua; ou
Despesas orçamentárias realizadas à conta de recursos ii) a execução de atividades específicas pela unidade
financeiros decorrentes de delegação ou descentralização de outros descentralizada em benefício da unidade descentralizadora.
entes da Federação para execução de ações de responsabilidade
exclusiva do ente delegante ou descentralizador. Nesses casos, observa-se que a alocação de recursos é realizada
previamente à execução da despesa pela unidade descentralizada.
93 - Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fun- Assim, o TED serve como um instrumento que possibilita à unidade
dos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Segurida- descentralizada a execução futura da despesa com entidades
de Social com Consórcio Público do qual o Ente Participe integrantes do OFSS. Contudo, caso a finalidade do TED seja o
Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, ressarcimento de despesas, deve-se utilizar a Modalidade de
fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades Aplicação 91, haja vista que se trata de despesa efetivamente
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social incorrida. Dessa forma, a modalidade de aplicação cumpre o seu
decorrentes da aquisição de materiais, bens e serviços, além de objetivo principal, qual seja, possibilitar a eliminação da dupla
outras operações, exceto no caso de transferências, delegações ou contagem dos recursos transferidos ou descentralizados..
descentralizações, quando o recebedor dos recursos for consórcio
público do qual o ente da Federação participe, nos termos da Lei Elemento de Despesa
nº11.107, de 6 de abril de 2005. O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos
de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias,
94 - Aplicação Direta Decorrente de Operação de Órgãos, Fun- material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer
dos e Entidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Segurida- forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos
de Social com Consórcio Público do qual o Ente Não Participe e material permanente, auxílios, amortização e outros que a
Despesas orçamentárias de órgãos, fundos, autarquias, Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins.
fundações, empresas estatais dependentes e outras entidades
integrantes dos orçamentos fiscal e da seguridade social

91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Os códigos dos elementos de despesa estão definidos no Anexo II da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 2001. A descrição
dos elementos pode não contemplar todas as despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos, exemplificativa. A relação dos elementos
de despesa, bem como sua descrição, são apresentadas a seguir:

92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Descrição: ( O conteúdo e a forma das descrições dos elementos de despesa foram mantidos tal como constam do texto da Portaria
Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio de 2001.)

01 - Aposentadorias do RPPS, Reserva Remunerada e Reformas dos Militares


Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias dos servidores inativos do Regime Próprio de Previdência do Servidor -
RPPS, e de reserva remunerada e reformas dos militares.

03 - Pensões do RPPS e do militar


Despesas orçamentárias com pagamento de pensões civis do RPPS e dos militares.\

04 - Contratação por Tempo Determinado


Despesas orçamentárias com a contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional
interesse público, de acordo com legislação específica de cada ente da Federação, inclusive obrigações patronais e outras despesas
variáveis, quando for o caso.\

05 - Outros Benefícios Previdenciários do servidor ou do militar*


Despesas orçamentárias com benefícios previdenciários do servidor ou militar, tais como auxílioreclusão devido à família do servidor
ou do militar afastado por motivo de prisão, e salário-família, e auxílio-doença, exclusive aposentadoria, reformas e pensões. *Portaira
Conjunta STN/SOF nº 1, de 21/02/2020 - DOU de 26/02/2020

06 - Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso


Despesas orçamentárias decorrentes do cumprimento do art. 203, inciso V, da Constituição Federal, que dispõe: “Art. 203 - A assistência
social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: […] V - a garantia
de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.”
07 - Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência
Despesas orçamentárias com os encargos da entidade patrocinadora no regime de previdência fechada, para complementação de
aposentadoria.\

08 - Outros Benefícios Assistenciais do servidor e do militar


Despesas orçamentárias com benefícios assistenciais, inclusive auxílio-funeral devido à família do servidor ou do militar falecido na
atividade, ou do aposentado, ou a terceiro que custear, comprovadamente, as despesas com o funeral do ex-servidor ou do ex-militar;
auxílio-natalidade devido a servidora ou militar, por motivo de nascimento de filho, ou a cônjuge ou companheiro servidor público ou
militar, quando a parturiente não for servidora; auxílio-creche ou assistência préescolar devido a dependente do servidor ou militar,
conforme regulamento; auxílio-reclusão; saláriofamília; e assistência-saúde.\ 09 - Salário-Família *
Despesas orçamentárias com benefício pecuniário devido aos dependentes econômicos do militar ou do servidor, exclusive os regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, os quais são pagos à conta do plano de benefícios da previdência social. * Portaria Conjunta
STN/SOF no 1, de 13/07/2012 - DOU de 16/07/2012; (válida a partir de 2013, exceto em relação aos arts. 3o ao 6°, que podem ser utilizados
em 2012).\

10 - Seguro Desemprego e Abono Salarial


Despesas orçamentárias com pagamento do seguro-desemprego e do abono de que tratam o inciso II do art. 7º e o § 3º do art. 239
da Constituição Federal, respectivamente.\

93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
11 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil* 15 - Diárias - Militar
Despesas orçamentárias com: Vencimento; Salário Pessoal Despesas orçamentárias decorrentes do deslocamento do
Permanente; Vencimento ou Salário de Cargos de Confiança; militar da sede de sua unidade por motivo de serviço, destinadas à
Subsídios; Vencimento do Pessoal em Disponibilidade Remunerada; indenização das despesas de alimentação e pousada.
AuxílioDoença (ou Licença para Tratamento de Saúde); Salário
Maternidade (ou Licença Maternidade); Gratificações, tais 16 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil
como: Gratificação Adicional Pessoal Disponível; Gratificação de Despesas orçamentárias relacionadas às atividades do cargo/
Interiorização; Gratificação de Dedicação Exclusiva; Gratificação emprego ou função do servidor, e cujo pagamento só se efetua em
de Regência de Classe; Gratificação pela Chefia ou Coordenação circunstâncias específicas, tais como: hora-extra; substituições; e
de Curso de Área ou Equivalente; Gratificação por Produção outras despesas da espécie, decorrentes do pagamento de pessoal
Suplementar; Gratificação por Trabalho de Raios X ou Substâncias dos órgãos e entidades da administração direta e indireta.
Radioativas; Gratificação pela Chefia de Departamento, Divisão ou
Equivalente; Gratificação de Direção Geral ou Direção (Magistério 17 - Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar
de lº e 2º Graus); Gratificação de Função-Magistério Superior; Despesas orçamentárias eventuais, de natureza remuneratória,
Gratificação de Atendimento e Habilitação Previdenciários; devidas em virtude do exercício da atividade militar, exceto aquelas
Gratificação Especial de Localidade; Gratificação de Desempenho classificadas em elementos de despesas específicos.
das Atividades Rodoviárias; Gratificação da Atividade de Fiscalização
do Trabalho; Gratificação de Engenheiro Agrônomo; Gratificação 18 - Auxílio Financeiro a Estudantes
de Natal; Gratificação de Estímulo à Fiscalização e Arrecadação de Despesas orçamentárias com ajuda financeira concedida pelo
Contribuições e de Tributos; Gratificação por Encargo de Curso ou Estado a estudantes comprovadamente carentes, e concessão de
de Concurso; Gratificação de Produtividade do Ensino; Gratificação auxílio para o desenvolvimento de estudos e pesquisas de natureza
de Habilitação Profissional; Gratificação de Atividade; Gratificação científica, realizadas por pessoas físicas na condição de estudante,
de Representação de Gabinete; Adicional de Insalubridade; observado o disposto no art. 26 da Lei Complementar nº 101/2000.
Adicional Noturno; Adicional de Férias 1/3 (art. 7º, inciso XVII, da
Constituição); Adicionais de Periculosidade; Representação Mensal; 19 - Auxílio-Fardamento
Licença-Prêmio por assiduidade; Retribuição Básica (Vencimentos Despesas orçamentárias com o auxílio-fardamento, pago
ou Salário no Exterior); Diferenças Individuais Permanentes; diretamente ao servidor ou militar.
Vantagens Pecuniárias de Ministro de Estado, de Secretário de
Estado e de Município; Férias Antecipadas de Pessoal Permanente; 20 - Auxílio Financeiro a Pesquisadores
Aviso Prévio (cumprido); Férias Vencidas e Proporcionais; Parcela Despesas Orçamentárias com apoio financeiro concedido a
Incorporada (ex-quintos e ex-décimos); Indenização de Habilitação pesquisadores, individual ou coletivamente, exceto na condição
Policial; Adiantamento do 13º Salário; 13º Salário Proporcional; de estudante, no desenvolvimento de pesquisas científicas e
Incentivo Funcional - Sanitarista; Abono Provisório; “Pró-labore” de tecnológicas, nas suas mais diversas modalidades, observado o
Procuradores; e outras despesas correlatas de caráter permanente. disposto no art. 26 da Lei Complementar nº 101/2000.
* No âmbito da União, a Gratificação por Encargo de Curso ou
de Concurso deverá ser paga como “Outras Despesas Correntes” no 21 - Juros sobre a Dívida por Contrato
elemento 36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física. Despesas orçamentárias com juros referentes a operações de
12 - Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar crédito efetivamente contratadas.
Despesas orçamentárias com: Soldo; Gratificação de Localidade
Especial; Gratificação de Representação; Adicional de Tempo de 22 - Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato
Serviço; Adicional de Habilitação; Adicional de Compensação Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida
Orgânica; Adicional Militar; Adicional de Permanência; Adicional de pública contratada, tais como: taxas, comissões bancárias, prêmios,
Férias; Adicional Natalino; e outras despesas correlatas, de caráter imposto de renda e outros encargos.
permanente, previstas na estrutura remuneratória dos militares.
23 - Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária
13 - Obrigações Patronais Despesas orçamentárias com a remuneração real devida pela
Despesas orçamentárias com encargos que a administração aplicação de capital de terceiros em títulos públicos.
tem pela sua condição de empregadora, e resultantes de pagamento
de pessoal ativo, inativo e pensionistas, tais como Fundo de 24 - Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária
Garantia por Tempo de Serviço e contribuições para Institutos de Despesas orçamentárias com outros encargos da dívida
Previdência, inclusive a alíquota de contribuição suplementar para mobiliária, tais como: comissão, corretagem, seguro, etc.
cobertura do déficit atuarial, bem como os encargos resultantes
do pagamento com atraso das contribuições de que trata este 25 - Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da
elemento de despesa. Receita
Despesas orçamentárias com o pagamento de encargos da
14 - Diárias - Civil dívida pública, inclusive os juros decorrentes de operações de
Despesas orçamentárias com cobertura de alimentação, crédito por antecipação da receita, conforme art. 165, § 8º, da
pousada e locomoção urbana, do servidor público estatutário ou Constituição.
celetista que se desloca de sua sede em objeto de serviço, em
caráter eventual ou transitório, entendido como sede o Município 26 - Obrigações decorrentes de Política Monetária
onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício Despesas orçamentárias com a cobertura do resultado negativo
em caráter permanente. do Banco Central do Brasil, como autoridade monetária, apurado
em balanço, nos termos da legislação vigente.

94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
27 - Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e 34 - Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de
Similares Terceirização
Despesas orçamentárias que a administração é compelida Despesas orçamentárias relativas a salários e demais encargos
a realizar em decorrência da honra de avais, garantias, seguros, de agentes terceirizados contratados em substituição de mão de
fianças e similares concedidos. obra de servidores ou empregados públicos, bem como quaisquer
outras formas de remuneração por contratação de serviços de
28 - Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos mão de obra terceirizada, de acordo com o art. 18, § 1° , da Lei
Despesas orçamentárias com encargos decorrentes da Complementar no 101, de 2000, computadas para fins de limites da
remuneração de cotas de fundos autárquicos, à semelhança de despesa total com pessoal previstos no art. 19 dessa Lei.
dividendos, em razão dos resultados positivos desses fundos.
35 - Serviços de Consultoria
29 - Distribuição de Resultado de Empresas Estatais Despesas orçamentárias decorrentes de contratos com pessoas
Dependentes físicas ou jurídicas, prestadoras de serviços nas áreas de consultorias
Despesas orçamentárias com a distribuição de resultado técnicas ou auditorias financeiras ou jurídicas, ou assemelhadas.
positivo de empresas estatais dependentes, inclusive a título de
dividendos e participação de empregados nos referidos resultados. 36 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física*
Despesas orçamentárias decorrentes de serviços prestados
30 - Material de Consumo por pessoa física pagos diretamente a esta e não enquadrados
Despesas orçamentárias com álcool automotivo; gasolina nos elementos de despesa específicos, tais como: remuneração
automotiva; diesel automotivo; lubrificantes automotivos; de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa física
combustível e lubrificantes de aviação; gás engarrafado; outros sem vínculo empregatício; estagiários, monitores diretamente
combustíveis e lubrificantes; material biológico, farmacológico e contratados; gratificação por encargo de curso ou de concurso;
laboratorial; animais para estudo, corte ou abate; alimentos para diárias a colaboradores eventuais; locação de imóveis; salário de
animais; material de coudelaria ou de uso zootécnico; sementes e internos nas penitenciárias; e outras despesas pagas diretamente
mudas de plantas; gêneros de alimentação; material de construção à pessoa física. *No âmbito da União, a Gratificação por Encargo
para reparos em imóveis; material de manobra e patrulhamento; de Curso ou de Concurso deverá ser paga como “Outras Despesas
material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; material Correntes” no elemento 36 - Outros Serviços de Terceiros
de expediente; material de cama e mesa, copa e cozinha, e -PessoaFísica.
produtos de higienização; material gráfico e de processamento de
dados; aquisição de disquete; pen-drive; material para esportes 37 - Locação de Mão-de-Obra
e diversões; material para fotografia e filmagem; material para Despesas orçamentárias com prestação de serviços por
instalação elétrica e eletrônica; material para manutenção, pessoas jurídicas para órgãos públicos, tais como limpeza e
reposição e aplicação; material odontológico, hospitalar e higiene, vigilância ostensiva e outros, nos casos em que o contrato
ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; especifique o quantitativo físico do pessoal a ser utilizado.
vestuário, uniformes, fardamento, tecidos e aviamentos; material
de acondicionamento e embalagem; suprimento de proteção ao 38 - Arrendamento Mercantil
voo; suprimento de aviação; sobressalentes de máquinas e motores Despesas orçamentárias com contratos de arrendamento
de navios e esquadra; explosivos e munições; bandeiras, flâmulas e mercantil, com opção ou não de compra do bem de propriedade
insígnias e outros materiais de uso não-duradouro. do arrendador.

31 - Premiações Culturais, Artísticas, Científicas, Desportivas 39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
e Outras Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços
Despesas orçamentárias com a aquisição de prêmios, por pessoas jurídicas para órgãos públicos, exceto as relativas aos
condecorações, medalhas, troféus, bem como com o pagamento Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, tais
de prêmios em pecúnia, inclusive decorrentes de sorteios lotéricos. como: assinaturas de jornais e periódicos; tarifas de energia elétrica,
gás, água e esgoto; serviços de comunicação (telex, correios,
32 - Material, Bem ou Serviço para Distribuição Gratuita telefonia fixa e móvel, que não integrem pacote de comunicação
Despesas orçamentárias com aquisição de materiais, bens de dados); fretes e carretos; locação de imóveis (inclusive despesas
ou serviços para distribuição gratuita, tais como livros didáticos, de condomínio e tributos à conta do locatário, quando previstos
medicamentos, gêneros alimentícios e outros materiais, bens ou no contrato de locação); locação de equipamentos e materiais
serviços que possam ser distribuídos gratuitamente, exceto se permanentes; conservação e adaptação de bens imóveis; seguros
destinados a premiações culturais, artísticas, científicas, desportivas em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); serviços de
e outras. asseio e higiene; serviços de divulgação, impressão, encadernação
e emolduramento; serviços funerários; despesas com congressos,
33 - Passagens e Despesas com Locomoção simpósios, conferências ou exposições; vale-refeição; auxílio-
Despesas orçamentárias, realizadas diretamente ou por meio creche (exclusive a indenização a servidor); e outros congêneres,
de empresa contratada, com aquisição de passagens (aéreas, bem como os encargos resultantes do pagamento com atraso de
terrestres, fluviais ou marítimas), taxas de embarque, seguros, obrigações não tributárias.
fretamento, pedágios, locação ou uso de veículos para transporte de
pessoas e suas respectivas bagagens, inclusive quando decorrentes 40 – Serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação –
de mudanças de domicílio no interesse da administração. Pessoa Jurídica
Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de serviços
por pessoas jurídicas para órgãos e entidades da Administração
Pública, relacionadas à Tecnologia da Informação e Comunicação

95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
– TIC, não classificadas em outros elementos de despesa, tais 49 - Auxílio-Transporte
como: locação de equipamentos e softwares, desenvolvimento e Despesas orçamentárias com auxílio-transporte pagas em forma
manutenção de software, hospedagens de sistemas, comunicação de pecúnia, de bilhete ou de cartão magnético, diretamente aos
de dados, serviços de telefonia fixa e móvel, quando integrarem militares, servidores, estagiários ou empregados da Administração
pacote de comunicação de dados, suporte a usuários de TIC, suporte Pública direta e indireta, destinado ao custeio parcial das despesas
de infraestrutura de TIC, serviços técnicos profissionais de TIC, realizadas com transporte coletivo municipal, intermunicipal ou
manutenção e conservação de equipamentos de TIC, digitalização, interestadual nos deslocamentos de suas residências para os
outsourcing de impressão e serviços relacionados a computação em locais de trabalho e vice-versa, ou trabalho-trabalho nos casos de
nuvem, treinamento e capacitação em TIC, tratamento de dados, acumulação lícita de cargos ou empregos.
conteúdo de web; e outros congêneres.
51 - Obras e Instalações
41 - Contribuições Despesas com estudos e projetos; início, prosseguimento
Despesas orçamentárias às quais não correspondam e conclusão de obras; pagamento de pessoal temporário não
contraprestação direta em bens e serviços e não sejam pertencente ao quadro da entidade e necessário à realização das
reembolsáveis pelo recebedor, inclusive as destinadas a atender a mesmas; pagamento de obras contratadas; instalações que sejam
despesas de manutenção de outras entidades de direito público ou incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais como: elevadores,
privado, observado o disposto na legislação vigente. aparelhagem para ar condicionado central, etc.

42 - Auxílios 52 - Equipamentos e Material Permanente


Despesas orçamentárias destinadas a atender a despesas Despesas orçamentárias com aquisição de aeronaves;
de investimentos ou inversões financeiras de outras esferas de aparelhos de medição; aparelhos e equipamentos de comunicação;
governo ou de entidades privadas sem fins lucrativos, observado, aparelhos, equipamentos e utensílios médico, odontológico,
respectivamente, o disposto nos artigos 25 e 26 da Lei Complementar laboratorial e hospitalar; aparelhos e equipamentos para esporte e
nº 101/2000. diversões; aparelhos e utensílios domésticos; armamentos; coleções
e materiais bibliográficos; embarcações, equipamentos de manobra
43 - Subvenções Sociais e patrulhamento; equipamentos de proteção, segurança, socorro
Despesas orçamentárias para cobertura de despesas de e sobrevivência; instrumentos musicais e artísticos; máquinas,
instituições privadas de caráter assistencial ou cultural, sem aparelhos e equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos
finalidade lucrativa, de acordo com os artigos 16, parágrafo único, e equipamentos gráficos e equipamentos diversos; máquinas,
e 17 da Lei nº 4.320/1964, observado o disposto no art. 26 da LRF. aparelhos e utensílios de escritório; máquinas, ferramentas e
utensílios de oficina; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas,
45 - Subvenções Econômicas rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário em geral; obras
Despesas orçamentárias com o pagamento de subvenções de arte e peças para museu; semoventes; veículos diversos; veículos
econômicas, a qualquer título, autorizadas em leis específicas, tais ferroviários; veículos rodoviários; outros materiais permanentes.
como: ajuda financeira a entidades privadas com fins lucrativos;
concessão de bonificações a produtores, distribuidores e 53 - Aposentadorias do RGPS - Área Rural
vendedores; cobertura, direta ou indireta, de parcela de encargos Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias
de empréstimos e financiamentos e dos custos de aquisição, dos segurados do plano de benefícios do Regime Geral de
de produção, de escoamento, de distribuição, de venda e de Previdência Social - RGPS, relativos à área rural.
manutenção de bens, produtos e serviços em geral; e, ainda, outras
operações com características semelhantes.\
46 - Auxílio-Alimentação 54 - Aposentadorias do RGPS - Área Urbana
Despesas orçamentárias com auxílio-alimentação pagas Despesas orçamentárias com pagamento de aposentadorias
em forma de pecúnia, de bilhete ou de cartão magnético, dos segurados do plano de benefícios do Regime Geral de
diretamente aos militares, servidores, estagiários ou empregados Previdência Social - RGPS, relativos à área urbana.
da Administração Pública direta e indireta.
55 - Pensões do RGPS - Área Rural
47 - Obrigações Tributárias e Contributivas Despesas orçamentárias com pagamento de pensionistas do
Despesas orçamentárias decorrentes do pagamento de plano de benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS,
tributos e contribuições sociais e econômicas (Imposto de Renda, inclusive decorrentes de sentenças judiciais, todas relativas à área
ICMS, IPVA, IPTU, Taxa de Limpeza Pública, COFINS, PIS/PASEP, rural.\
etc.), exceto as incidentes sobre a folha de salários, classificadas
como obrigações patronais, bem como os encargos resultantes do 56 - Pensões do RGPS - Área Urbana
pagamento com atraso das obrigações de que trata este elemento Despesas orçamentárias com pagamento de pensionistas do
de despesa. plano de benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS,
inclusive decorrentes de sentenças judiciais, todas relativas à área
48 - Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas urbana.
Despesas orçamentárias com a concessão de auxílio financeiro
diretamente a pessoas físicas, sob as mais diversas modalidades, 57 - Outros Benefícios do RGPS - Área Rural
tais como ajuda ou apoio financeiro e subsídio ou complementação Despesas orçamentárias com benefícios do Regime Geral
na aquisição de bens, não classificados explícita ou implicitamente de Previdência Social - RGPS relativas à área rural, exclusive
em outros elementos de despesa, observado o disposto no art. 26 aposentadoria e pensões.
da Lei Complementar nº 101/2000.

96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
58 - Outros Benefícios do RGPS - Área Urbana 74 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária
Despesas orçamentárias com benefícios do Regime Geral Resgatada
de Previdência Social - RGPS relativas à área urbana, exclusive Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor
aposentadoria e pensões. nominal do título da dívida pública mobiliária, efetivamente
amortizado.
59 - Pensões Especiais
Despesas orçamentárias com pagamento de pensões especiais, 75 - Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito
inclusive as de caráter indenizatório, concedidas por legislação por Antecipação de Receita
específica, não vinculadas a cargos públicos. Despesas orçamentárias com correção monetária da dívida
decorrente de operação de crédito por antecipação de receita.
61- Aquisição de Imóveis
Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis 76 - Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado
considerados necessários à realização de obras ou para sua pronta Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal
utilização. da dívida pública mobiliária, interna e externa, inclusive correção
monetária ou cambial, com recursos provenientes da emissão de
62 - Aquisição de Produtos para Revenda novos títulos da dívida pública mobiliária.
Despesas orçamentárias com a aquisição de bens destinados à
venda futura. 77 - Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado
Despesas orçamentárias com o refinanciamento do principal
63 - Aquisição de Títulos de Crédito da dívida pública contratual, interna e externa, inclusive correção
Despesas orçamentárias com a aquisição de títulos de crédito monetária ou cambial, com recursos provenientes da emissão de
não representativos de quotas de capital de empresas. títulos da dívida pública mobiliária. (38)(A)

64 - Aquisição de Títulos Representativos de Capital já 81 - Distribuição Constitucional ou Legal de Receitas


Integralizado Despesas orçamentárias decorrentes da transferência a órgãos
Despesas orçamentárias com a aquisição de ações ou quotas de e entidades públicos, inclusive de outras esferas de governo, ou
qualquer tipo de sociedade, desde que tais títulos não representem a instituições privadas, de receitas tributárias, de contribuições
constituição ou aumento de capital. e de outras receitas vinculadas, prevista na Constituição ou em
leis específicas, cuja competência de arrecadação é do órgão
65 - Constituição ou Aumento de Capital de Empresas transferidor. (1)(A) (38)(A) (64)(A)
Despesas orçamentárias com a constituição ou aumento de
capital de empresas industriais, agrícolas, comerciais ou financeiras, 82 - Aporte de Recursos pelo Parceiro Público em Favor do
mediante subscrição de ações representativas do seu\ capital social. Parceiro Privado Decorrente de Contrato de Parceria Público-
Privada - PPP
66 - Concessão de Empréstimos e Financiamentos Despesas orçamentárias relativas ao aporte de recursos pelo
Despesas orçamentárias com a concessão de qualquer parceiro público em favor do parceiro privado, conforme previsão
empréstimo ou financiamento, inclusive bolsas de estudo constante do contrato de Parceria Público-Privada - PPP, destinado
reembolsáveis. à realização de obras e aquisição de bens reversíveis, nos termos do
§ 2º do art. 6º e do § 2º do art. 7º, ambos da Lei nº 11.079, de 30 de
67 - Depósitos Compulsórios dezembro de 2004. (66)(I)
Despesas orçamentárias com depósitos compulsórios exigidos
por legislação específica, ou determinados por decisão judicial. 83 - Despesas Decorrentes de Contrato de Parceria Público-
Privada - PPP, exceto Subvenções Econômicas, Aporte e Fundo
70 - Rateio pela Participação em Consórcio Público Garantidor
Despesa orçamentária relativa ao rateio das despesas Despesas orçamentárias com o pagamento, pelo parceiro
decorrentes da participação do ente Federativo em Consórcio público, do parcelamento dos investimentos realizados pelo
Público instituído nos termos da Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. parceiro privado com a realização de obras e aquisição de bens
reversíveis, incorporados no patrimônio do parceiro público até
71 - Principal da Dívida Contratual Resgatado o início da operação do objeto da Parceria PúblicoPrivada - PPP,
Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do principal bem como de outras despesas que não caracterizem subvenção
da dívida pública contratual, interna e externa. (elemento 45), aporte de recursos do parceiro público ao parceiro
privado (elemento 82) ou participação em fundo garantidor de PPP
72 - Principal da Dívida Mobiliária Resgatado (elemento 84). (66)(I)
Despesas orçamentárias com a amortização efetiva do valor
nominal do título da dívida pública mobiliária, interna e externa. 84 - Despesas Decorrentes da Participação em Fundos,
Organismos, ou Entidades Assemelhadas, Nacionais e
73 - Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Internacionais
Resgatada Despesas orçamentárias relativas à participação em fundos,
Despesas orçamentárias decorrentes da atualização do valor organismos, ou entidades assemelhadas, Nacionais e Internacionais,
do principal da dívida contratual, interna e externa, efetivamente inclusive as decorrentes de integralização de cotas. (66)(I)
amortizado.

97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
85 - Contrato de Gestão
Despesas orçamentárias decorrentes de transferências às organizações sociais ou outras entidades privadas sem fins lucrativos para
execução de serviços no âmbito do contrato de gestão firmado com o Poder Público. (85)(I) (86)(A)

91 - Sentenças Judiciais
Despesas orçamentárias resultantes de:
a) pagamento de precatórios, em cumprimento ao disposto no art. 100 e seus parágrafos da Constituição, e no art. 78 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT;
b) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de empresas públicas e sociedades de economia mista, integrantes
dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social;
c) cumprimento de sentenças judiciais, transitadas em julgado, de pequeno valor, na forma definida em lei, nos termos do § 3º
do art. 100 da Constituição; d) cumprimento de decisões judiciais, proferidas em Mandados de Segurança e Medidas Cautelares; e e)
cumprimento de outras decisões judiciais.

92 - Despesas de Exercícios Anteriores


Despesas orçamentárias com o cumprimento do disposto no art. 37 da Lei nº 4.320/1964, que assim estabelece: “Art. 37. As despesas
de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não
se tenham processado na época própria, bem como os Restos a Pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após
o encerramento do exercício correspondente, poderão ser pagas à conta de dotação específica consignada no orçamento, discriminada
por elemento, obedecida, sempre que possível, a ordem cronológica”.

93 - Indenizações e Restituições
Despesas orçamentárias com indenizações, exclusive as trabalhistas, e restituições, devidas por órgãos e entidades a qualquer título,
inclusive devolução de receitas quando não for possível efetuar essa devolução mediante a compensação com a receita correspondente,
bem como outras despesas de natureza indenizatória não classificadas em elementos de despesas específicos.

94 - Indenizações e Restituições Trabalhistas


Despesas orçamentárias resultantes do pagamento efetuado a servidores públicos civis e empregados de entidades integrantes
da administração pública, inclusive férias e aviso prévio indenizados, multas e contribuições incidentes sobre os depósitos do Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço, etc., em função da perda da condição de servidor ou empregado, podendo ser em decorrência da
participação em programa de desligamento voluntário, bem como a restituição de valores descontados indevidamente, quando não for
possível efetuar essa restituição mediante compensação com a receita correspondente.

95 - Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo


Despesas orçamentárias com indenizações devidas aos servidores que se afastarem de seu local de trabalho, sem direito à percepção
de diárias, para execução de trabalhos de campo, tais como os de campanha de combate e controle de endemias; marcação, inspeção e
manutenção de marcos decisórios; topografia, pesquisa, saneamento básico, inspeção e fiscalização de fronteiras internacionais.

96 - Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado


Despesas orçamentárias com ressarcimento das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem quando o servidor pertencer
a outras esferas de governo ou a empresas estatais nãodependentes e optar pela remuneração do cargo efetivo, nos termos das normas
vigentes.

97 - Aporte para Cobertura do Déficit Atuarial do RPPS


Despesas orçamentárias com aportes periódicos destinados à cobertura do déficit atuarial do Regime Próprio de Previdência Social -
RPPS, conforme plano de amortização estabelecido em lei do respectivo ente Federativo, exceto as decorrentes de alíquota de contribuição
suplementar.

98 - Compensações ao RGPS
Despesas orçamentárias com compensação ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social em virtude de desonerações, como a
prevista no inciso IV do art. 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, que estabelece a necessidade de a União compensar o valor
correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente dessa Lei.

99 - A Classificar
Elemento transitório que deverá ser utilizado enquanto se aguarda a classificação em elemento específico, vedada a sua utilização na
execução orçamentária.

Identificador de uso - IDUSO


Esse código vem completar a informação concernente à aplicação dos recursos e destina-se a indicar se os recursos compõem
contrapartida nacional de empréstimos ou de doações ou destinam-se a outras aplicações, constando da LOA e de seus créditos adicionais.
Conforme § 10 do art. 7º da LDO 2021, a especificação é a seguinte:

98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Identificador de doação e de operação de crédito - IDOC


O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com
ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o IDUSO igual
a “1”, “2”, “3” ou “4” e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito, enquanto que, para as contrapartidas de doações, serão
utilizados o IDUSO “5” e respectivo IDOC.
O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos para identificar a operação de
crédito a que se referem os pagamentos.
Quando os recursos não se destinarem à contrapartida nem se referirem a doações internacionais ou operações de crédito, o IDOC
será “9999”. Nesse sentido, para as doações de pessoas, de entidades privadas nacionais e as destinas ao combate à fome, deverá ser
utilizado o IDOC “9999”.

Classificação da despesa por identificador de resultado primário


O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto
na LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei em todos os GNDs, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das
necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à LOA. De acordo com o estabelecido no § 4º do art. 7º da LDO
2021, nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, ressalvada a reserva de
contingência. O quadro a seguir lista o rol de identificadores de resultado primário propostos para a elaboração do PLOA 2021:

Prezado candidato, o “MANUAL TÉCNICO DE ORÇAMENTO MTO 2021” está disponível na íntegra em: https://www1.siop.
planejamento.gov.br/mto/lib/exe/fetch.php/mto2021:mto2021-atual.pdf

99
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
com a inclusão da internet e seu acoplamento com os sistemas in-
ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO: tegrados de gestão, tem denominado esses sistemas de Business
SISTEMAS OPERACIONAIS E SISTEMAS DE APOIO À Intelligence (BI) ou Sistemas de inteligência dos Negócios.
DECISÃO A literatura disponível sobre SAD não deixa muito claro o que
vem a ser ela. Existem muitas definições que são contraditórias e
que podem, inclusive, ser confundidas com definições de outros ti-
— Sistemas operacionais e sistemas de apoio à decisão
pos de SI. Ilustremos com três:
 
- “SAD é um sistema de informação que apoia qualquer pro-
SISTEMAS DE OPERACIONAIS cesso de tomada de decisão em áreas de planejamento estratégico,
Os sistemas de informações de apoio às operações nascem da controle gerencial e controle operacional” [SPRA91].
necessidade de planejamento e controle das diversas áreas opera- - “SAD é um sistema baseado em computador que auxilia o
cionais da empresa tendo como objetivo auxiliar os departamentos processo de tomada de decisão utilizando dados e modelos para
e atividades a executarem suas funções operacionais (compras, es- resolver problemas não estruturados “ [LUCA90].
tocagem, produção, vendas, faturamento, recebimentos, pagamen- - “SAD é uma estratégia de implementação que torna o compu-
tos, qualidade, manutenção, planejamento e controle de produção
tador útil ao gerente” [ROCK86].
etc...). Eles são utilizados pelas áreas administrativas e financeira da
empresa, e pela alta administração da companhia.
Analisando essas definições, algumas questões podem ser le-
Seu intuito de planejamento e controle financeiro e avaliação
vantadas:
de desempenho dos negócios. São exemplos desses sistemas o sis-
- Um EIS também auxilia o processo de tomada de decisão na
tema de informação contábil, o sistema de custos, de orçamento,
área de planejamento estratégico e, nem por isso, é chamado de
de planejamento de caixa, planejamento de resultados, centros de
lucros etc. Os sistemas de apoio à gestão têm como base de apoio SAD. O mesmo acontece com MIS na área de controle gerencial e
informacional as informações de processo e quantitativas geradas com EDP na área de controle operacional.
pelos sistemas operacionais. - Um SAD também serve para auxiliar a resolução de problemas
Os Sistemas Integrados de Gestão Empresarial também têm estruturados.
sido denominados de ERP (Enterprise Resources Planning) – Plane- - Todo SI pode ser útil ao nível gerencial e, nem por isso, todo
jamento de Recursos Empresariais. Esses sistemas unem e integram SI será um SAD.
todos os subsistemas componentes dos sistemas operacionais e
dos sistemas de apoio à gestão, por meio de recursos da tecnologia O processo de tomada de decisão se desenrola, portanto, atra-
de informação, de forma tal que todos os processos de negócios da vés da interação constante do usuário com um ambiente de apoio à
empresa possam ser visualizados em termos de um fluxo dinâmico decisão especialmente criado para dar subsídio às decisões a serem
de informações que perpassam todos os departamentos e funções. tomadas. Esse ambiente é constituído por:
Permitem, com isso, uma visão horizontal e de processo, em opo- - Bancos de Dados (BD) - São formados por informações inter-
sição à visão tradicional verticalizada da hierarquia funcional das nas e externas à organização, por conhecimentos e experiências de
empresas. O sistema de informação contábil deverá estar comple- especialistas e por informações históricas acerca das decisões to-
tamente integrado ao sistema de gestão empresarial. madas.
O processo inicial de informatização de qualquer organização é - Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) - Após os da-
baseado fundamentalmente no desenvolvimento e na implantação dos estarem instalados no BD, o SGDB deve possibilitar o acesso às
de SI transacionais (também chamados de operacionais). Esses SI informações e a sua atualização, garantindo a segurança e a integri-
são também identificados pela expressão “Electronic Data Proces- dade do BD [AWAD88].
sing” (EDPs), e eles são necessários para o controle operacional das - Ferramentas de Apoio à Decisão (FAD) - São softwares que
organizações auxiliam na simulação de situações, na representação gráfica das
informações, etc.
SISTEMA DE APOIO À DECISÃO (SAD) - Ambiente Aplicativo (AA) - São sistemas aplicativos ou fun-
São para um auxílio direto à questão das decisões gerenciais, ções acrescidas aos sistemas existentes que fazem análise de alter-
eles se utilizam da base de dados dos sistemas operacionais e dos nativas e fornecem soluções de problemas.
sistemas de apoio à gestão e têm como foco flexibilizar informações - Ambiente Operacional (AO) - É composto por hardwares e
não estruturadas para tomada de decisão. softwares que permitem que todos os componentes do ambiente
A necessidade dos SAD surgiu na década de 70, em decorrência sejam integrados.
de diversos fatores, como, por exemplo, os seguintes:
- Competição cada vez maior entre as organizações; A todo esse ambiente, que fornece subsídios para que o usuá-
- Necessidade de informações rápidas para auxiliar no processo rio tome decisões. As principais características dos SAD são:
de tomada de decisão; - Possibilidade de desenvolvimento rápido, com a participação
- Disponibilidade de tecnologias de hardware e software para ativa do usuário em todo o processo;
armazenar e buscar rapidamente as informações; - Facilidade para incorporar novas ferramentas de apoio à deci-
- Possibilidade de armazenar o conhecimento e as experiências são, novos aplicativos e novas informações.
de especialistas em bases de conhecimentos; - Flexibilidade na busca e manipulação das informações
- Necessidade de a informática apoiar o processo de planeja- [BURC89];
mento estratégico empresarial. - Individualização e orientação para a pessoa que toma as de-
Esses fatores contribuíram para que as organizações começas- cisões, com flexibilidade de adaptação ao estilo pessoal de tomada
sem a desenvolver SI que pudessem fornecer informações para au- de decisão do usuário [MITT86];
xiliar no processo de tomada de decisão. - Real pertinência ao processo de tomada de decisão, ajudando
o usuário a decidir através de subsídios relevantes;
Existem sistemas específicos desenhados para um auxilio que é - Usabilidade, ou seja, facilidade para que o usuário o entenda,
denominado normalmente de DSS – Sistemas de Suporte à Decisão use e modifique de forma interativa. [AWAD88].
e EIS – Sistemas de informações Executive Information Systems),

100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
- Bens Materiais, corpóreos ou tangíveis são os objetos que a
CONTABILIDADE: CONTABILIDADE GERAL, CONTABILI- empresa tem para uso (armários, prateleiras, computadores, má-
DADE DE CUSTOS, CONTABILIDADE GERENCIAL quinas veículos, vitrinas etc.), troca (mercadorias para revenda) ou
consumo (material de limpeza, expediente e embalagem).
CONTABILIDADE GERAL - Bens imateriais, incorpóreos ou intangíveis correspondem a
A Contabilidade é uma ciência que permite, através de suas determinados gastos que, por sua natureza, a legislação brasileira
técnicas, manter um controle permanente do Patrimônio da em- determina que façam parte do patrimônio.
presa, ou seja, estuda o Patrimônio sob o ponto de vista econômico
e financeiro. Ela é um instrumento básico para: registrar, controlar e
analisar as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de pes-
soas físicas, entidades não lucrativas e empresas em geral, inclusive as
de direito público (Estados, Municípios, União, Autarquias, etc....).
Ela tem como objetivo informar, permitir, a cada grupo de
usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da empre-
sa. A principal finalidade da contabilidade é fornecer informações
sobre o Patrimônio de ordem econômica e financeira que facilitem
as tomadas de decisões por parte dos administradores ou proprie-
tários como também por parte daqueles que pretendem investir na
empresa. Tem também outras 2 finalidades importantes:
A) Controle: Através de relatórios, balancetes, inventários, livro
diário, etc... Informação
B) Planejamento: Decisão do futuro da empresa, baseada em Ao final de cada período contábil, a companhia fará as seguin-
orçamentos. tes demonstrações, com o objetivo de fornecer informações aos
seus usuários.
A contabilidade inicia-se com a ocorrência de fatos que provo- I - Balanço patrimonial;
cam modificações no Patrimônio da empresa. Ex: compras, vendas, II - Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados ou de-
pagamentos, recebimentos, etc. monstração das mutações do patrimônio líquido;
III - Demonstração do resultado do exercício;
Grupos interessados na informação contábil IV – Demonstração dos fluxos de caixa; e
– Sócios, acionistas e proprietários em geral: Essas pessoas, V – Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.
interessadas primariamente na rentabilidade e segurança de seus
investimentos, que por motivos diversos se mantêm ausentes das Aspectos qualitativos e quantitativos
empresas, necessitam de informações resumidas, claras e precisas, Os relatórios elaborados a partir da escrita contábil deverão
para administrar o retorno de seus investimentos a médio e longo ressaltar esses dois aspectos:
prazo. a) Qualitativo – consiste em qualificar, dar nomes aos elemen-
– Administradores, diretores e executivos: O interesse desse tos componentes de respectivo relatório, permitido que se conheça
grupo atinge um grau de importância bem maior que os demais. É a natureza de cada um;
através das informações contábeis que eles partirão para tomada b) Quantitativo – consiste em atribuir, aos respectivos elemen-
de decisões. Tais decisões visam principalmente o futuro, mais para tos, seus valores em moeda
se preparar para agir no futuro é necessário conhecer detalhes do
que ocorreu no passado, como também o que está ocorrendo no Representação gráfica do patrimônio
presente. A contabilidade fornece todos os subsídios necessários Voltada para a pessoa jurídica da empresa distinta das pessoas
para que este grupo possa gerenciar a empresa. físicas. O Balanço é uma das mais importantes demonstrações fi-
– Município, Estado e União: É através das informações nanceiras da companhia, nele estão claramente evidenciados o ATI-
contábeis, que as instituições exercem o poder de tributar e VO, PASSIVO e o PATRIMONIO LIQUIDO.
arrecadar impostos, taxas e contribuições. Isso é especificamente T – É a forma pela qual é representada graficamente o Patri-
verdadeiro no caso da maioria das empresas, cujo imposto de mônio. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO Bens Direitos Obrigações
renda é taxado a partir dos balanços. E também para fazer uma PASSIVO. No lado esquerdo, denominado ativo, são classificados os
análise setorial da economia. elementos positivos (Bens e Direitos). No lado direito, denominado
– Bancos, capitalistas emprestadores de dinheiro: Através de passivo, são classificados os elementos negativos (Obrigações, que
análises específicas em relatórios econômico-financeiro, quem em- representam o que ela tem que pagar).
presta o dinheiro poderá decidir sobre a conveniência ou não de
se conceder o empréstimo. Se a empresa estiver com dificuldades
financeiras, e não tiver perspectivas de saneamento, a tendência é
de que elas aumentem.
– Pessoas físicas: Frequentemente, as pessoas se esquecem de
alguns conhecimentos de contabilidade que muito as ajudariam no
controle, ordem e equilíbrio de seus orçamentos domésticos.

Patrimônio
É um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa
ou de uma empresa. Bens são as coisas capazes de satisfazer as
necessidades humanas ou da empresa e suscetíveis de avaliação
econômica. Podem ser:

101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Procedimentos contábeis básicos

Conta
É o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens,
Direitos e Obrigações e Patrimônio Líquido) e os elementos de re-
sultados (Despesas e Receitas).

Classificação das contas


– Contas Patrimoniais: São as contas que representam os Bens,
Direitos, Obrigações e o Patrimônio Liquido. Dividem-se em Ativas e
Passivas e são elas que representam o Patrimônio da empresa num
dado momento, através do balanço Patrimonial.
– Contas de resultado: São aquelas que representam as
Despesas e Receitas da empresa em um determinado período.
– Despesas: Decorrem do consumo de Bens e da utilização de
Fonte: https://image.slidesharecdn.com/contabilidadepatrimnio- serviços. Exemplos: Energia elétrica consumida, Materiais de limpe-
-2-130705202613-phpapp02/95/contabilidade-patrimnio-2-9-638. za consumidos, utilização de serviços telefônicos etc.
jpg?cb=1373056002 – Receitas: Decorrem da venda de bens e da prestação de ser-
viços. Existem em número menor que as despesas, sendo as mais
Ativo comuns representadas pelas seguintes contas: Receitas com servi-
Representa todos os bens e diretos de uma entidade expressos ços, Receitas com vendas, Juros ativos, Descontos obtidos, Alugueis
monetariamente. Todos os elementos do ativo estão discriminados ativos etc.
do lado esquerdo do Balanço.
Escrituração
Passivo Técnica da contabilidade que consiste em registrar em livros
Representa as obrigações da entidade para com terceiros (dí- próprios (Diário, Razão, etc), todos os fatos administrativos que
vidas). Todos os elementos do Passivo estão discriminados do lado ocorrem na empresa. Os documentos mais comuns p/escrituração
direito do Balanço. são: Notas fiscais, recibos, contas de água, luz, telefone, contratos,
etc.
Patrimônio Liquido – Livro Diário: É um livro obrigatório pela legislação comercial e
Pode ser representado pelos investimentos que os proprie- deve ser registrado no órgão competente do registro do Comércio
tários de uma empresa têm aplicado no negócio, bem como os e conter os termos de abertura e encerramento. É o primeiro a ser
lucros de exercícios anteriores, ou seja, corresponde aos capitais escriturado, partindo dos documentos que deram origem aos fatos.
próprios aplicados ou investidos na empresa. É representado pela – Livro Razão: Também é um livro obrigatório que registra o
diferença entre o valor do Ativo e o Passivo de uma empresa em um movimento de todas as contas patrimoniais e de resultados da em-
determinado momento. presa.
– Livro Conta Corrente: É um livro auxiliar do Razão e serve
Bens e direitos para controlar as contas que representam direitos e obrigações da
Elementos a representar Terrenos, edifícios, casas, enfim o solo empresa
e o que sobre ele está construído. Automóveis, caminhões, utilitá- – Livro Caixa: Também é auxiliar e nele são registrados todos
rios, motocicletas, bicicletas, etc. de uso da empresa. Prateleiras, os fatos administrativos que envolvem as saídas e entradas de di-
balcões, vitrinas e similares utilizados na empresa. nheiro.
– Método de Escrituração: O método utilizado p/a escrituração
Obrigações e patrimônio líquido dos fatos administrativos é o método das partidas dobradas. Esse
Valores a pagar tendo como garantia uma nota promissória ou método que é de uso universal significa que não há devedor sem
letra de cambio. Impostos devidos aos poderes públicos. Salários que haja credor e vice-versa, sendo que para cada débito deve ha-
devidos aos serviços prestados pelos funcionários. Investimentos ver um crédito correspondente.
do proprietário ou proprietários aplicados na empresa. Lucros acu- – Lançamentos: É o método pelo qual se processa a escritura-
mulados em função da dos resultados operados pela empresa. ção. Os fatos administrativos são registrados através do lançamen-
to, inicialmente no livro diário, mediante documentos que com-
Controle provem a legitimidade da operação (NFs, recibos, contratos, etc..).
O controle, segundo os autores modernos, é dividido em duas O lançamento, de acordo com o método das partidas dobradas, é
funções. Uma de natureza administrativa, o controle do patrimônio feito em ordem cronológica(datas).
e outra econômica, apurar o resultado. – Atos Administrativos: São acontecimentos que não provocam
Para cumprir com o objetivo de controlar o patrimônio, o con- alterações no Patrimônio.
tador utiliza as chamadas técnicas contábeis, que são: - Fatos Administrativos: São acontecimentos que provocam va-
- Escrituração: Consiste no registro dos fatos contábeis, em li- riações nos valores patrimoniais.
vros próprios.
- Elaboração das demonstrações contábeis: Representa a ela- Balancete
boração de relatórios sobre o patrimônio da empresa, seus compo- É uma relação de contas extraídas do livro diário, que mostra o
nentes e suas variações. saldo devedor ou credor de todas as contas da empresa.

102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Razonete contabilidade de custos tem como característica ser de caráter in-
Razão simplificada que é representada na forma de T e através terno. Auxilia as funções de determinação de desempenho de pla-
dele é possível controlar o movimento de todas as contas utilizadas nejamento. Ela é parte integrante da contabilidade.
na escrituração. Do lado esquerdo lançamos os débitos e do lado Segundo George Leone: “ramo da função financeira que acu-
direito, os créditos. mula, organiza, analisa e interpreta os custos dos produtos, dos es-
toques, dos serviços, dos componentes de organização, dos planos
Plano de Contas operacionais e das atividades de distribuição, para determinar o lu-
É uma relação de todas as contas previstas pelo setor contábil cro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador no
da empresa como necessárias aos seus registros contábeis. Caso processo de tomada de decisões e de planejamento”.
apareça um novo fato que não haja a conta correspondente no Plano Os objetivos (dentre muitos) mais conhecidos são os seguintes:
de Contas, abre-se uma nova conta, assim como se a contabilidade a entidade, como um todo seus componentes organizacionais(ad-
não vai mais usar determinada conta, faz-se o encerramento da ministrativos e operacionais, os produtos e bens que fabrica para
respectiva conta, deixando a mesma com o saldo zerado. si própria e para venda e os serviços, faturáveis ou não, que realiza.
Em síntese, a contabilidade de custos é a apuração dos custos
Auditoria dos produtos vendidos e o fornecimento de dados para o processo
Técnica de verificar a elaboração das demonstrações contábeis, de tomada de decisão e até mesmo como auxílio na formulação
no tocante a precisão de suas informações e, na adequação às nor- de estratégias. E atende as seguintes funções às seguintes funções:
mas e princípios contábeis. - No planejamento: fornecer informações para o estabeleci-
mento de objetivos e a identificação de métodos para a realização
Análise desses objetivos;
Busca auxiliar a tomada de decisões, através da criação de ín- - No controle das operações: fornecer informações para moni-
dices, quocientes, da comparação de um elemento de um exercício toração do planejamento, aplicação de ações corretivas, determina-
para o outro e da representação do elemento em relação ao todo ção de padrões, orçamentos e provisões, estabelecendo compara-
em que se insere, entre outros. ções entre custo real e o custo orçado;
- Na tomada de decisões: fornecer informações para facilitar
Campo de Aplicação a escolha de alternativas nas decisões de formação de preços, de-
A contabilidade é aplicada nas aziendas (patrimônio + gestão). terminação da quantidade a ser produzida, aumento de produção,
corte de produto, compra de matéria-prima etc;
- Na determinação do lucro: através da utilização de informa-
Equação fundamental do balanço
ções dos registros convencionais de contabilidade, compilando-as
Ativo(A) – Passivo Exigível(PE) = patrimônio líquido(PL)
de maneira prática em forma de relatórios e demonstração, que
A – PE = PL ou A= PE + PL apurado os custos determinem a rentabilidade da organização.
Valores atribuídos aos elementos patrimoniais: Finalidade
Ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e atribuição
dos custos, sendo que os custos coletados servem a três finalidades
principais:
- Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avalia-
ção dos estoques.
- Fornecer informações aos dirigentes para o controle das ope-
rações e atividades da empresa.
- Fornecer informações para o planejamento da direção e a to-
a) SPL > 0; Ativo maior que o passivo exigível. mada de decisões.
Positiva
Favorável Finalidade Contábil – o sistema de custos tem sua estrutura
Superavitária formulada para encontrar o custo do estoque a ser contabilizado.

b) SPL = 0; Ativo igual ao passivo exigível. Finalidade Administrativa – o sistema de custos que procura
Nula atender a finalidade administrativa tem com intuito principal esta-
Compensada belecer maneiras de controle, utilizando na grande maioria dos ca-
sos o sistema de custo padrão, podendo o administrador gerenciar
c) SPL < 0; Ativo menor do que o passivo exigível seu sistema operativo.
Negativa
Desfavorável Finalidade Gerencial – o sistema tem como base o cálculo do custo
Deficitária atual, do custo futuro, do custo de reposição, entre outros, buscando
Passiva subsídios para gerenciar seu sistema produtivo, na visão de curto e lon-
go prazo, estabelecendo metas, preços de venda e estratégias.
Passivo a descoberto.
Em resumo ela fornece informações para:
CONTABILIDADE DE CUSTO
1 - A determinação dos custos dos fatores de produção;
Atualmente conceituamos a contabilidade de custo como o
2 - A determinação dos custos de qualquer natureza;
ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para
3 - A determinação dos custos dos setores de uma organização
diversos níveis gerenciais de uma entidade centra sua atenção no
4 - A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer
estudo da composição e no cálculo dos custos, também observa
atividade da empresa;
o resultado dos centros ou dos agentes do processo produtivos. A

103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
5 - À administração, quando esta deseja tomar uma decisão, - Elaborar planos administrativos e instrumentos de apoio às
estabelecer planos ou solucionar problemas especiais; funções, focando a avaliação de resultados.
6 - O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo - Auxiliar no gerenciamento de departamento, enxergar e corri-
ocioso dos operários, da capacidade ociosa do equipamento, dos gir problemas, ajudar a empresa a crescer e gerar lucros e diminuir
produtos danificados, do trabalho necessário para conserto, dos taxa de mortalidade e empresarial e o desemprego.
serviços de garantia dos produtos;
7 - A determinação da época em que se deve desfazer de um
equipamento, isto é, quando as despesas de manutenção e reparos PROCESSO DECISÓRIO
ultrapassarem os benefícios advindos da utilização do equipamen-
to;
8 - A determinação dos custos dos inventários com a finalidade PROCESSO DECISÓRIO
de ajustar o cálculo dos estoques mínimos, do lote econômico de Nos dias de hoje, com a competitividade cada vez mais acir-
compra e da época de compra; rada entre as organizações, a todo momento necessitamos tomar
9 - O estabelecimento dos orçamentos; decisões sempre que estamos diante de um problema que apresen-
10 - A determinação do preço de venda dos produtos ou ser- ta mais de uma alternativa de solução. Mesmo quando possuímos
viços. uma única opção para solucioná-lo, poderemos ter a alternativa de
adotar ou não essa opção.
Contabilidade de custos coleta classifica e registra os dados O processo de escolher o caminho mais adequado para a em-
operacionais das diversas atividades da entidade, denominados presa, naquela circunstância, também é conhecido como tomada
de dados internos. Além das várias classificações possíveis, muitos de decisão.
conceitos são utilizados para se diferenciarem os custos. Os administradores devem ter como objetivo em suas tomadas
Custo Total e Unitário: É o montante despendido no período de decisão:
para se fabricarem todos os produtos. • minimizar perdas;
Custo Unitário: É o custo para se fabricar uma única unidade • maximizar ganhos; e
no período. • alcançar uma situação em que, comparativamente, o gestor
Custo Unitário = Custo Total / Quantidade Produzida. julgue que haverá um ganho entre o estado em que se encontra a
organização e o estado em que irá se encontrar depois de imple-
A Contabilidade de Custo tem uma grande relevância uma vez mentada a decisão.
que a falta de informações sobre custos significa o desconheci-
mento do próprio lucro, desconhecer os produtos que não trazem Para que se tome a melhor decisão em determinadas situações
margem de contribuição, tendo como consequência menor rentabi- de problema, cabe à pessoa que vai tomar a decisão elaborar to-
lidade, mau gerenciamento do capital investido na formação de es- das as alternativas possíveis sobre o problema em questão, visan-
toque e por fim é não saber das ameaças à estabilidade econômica do escolher o melhor caminho para otimizar a opção pela qual se
e financeira da empresa. decidiu, possibilitando à empresa crescer e desenvolver-se nesse
contexto de competitividade tão agressiva.
CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial refere-se ao ramo da contabilidade O que significa decidir
que tem por objetivo fornecer informações aos gestores acerca do • “Tomar decisões é o processo de escolher uma dentre um
planejamento, execução e controle das atividades em organiza- conjunto de alternativas.”(Caravantes)
ções. Essas informações muitas vezes acabam se confundindo com • “Uma decisão pode ser descrita, de forma simplista, como
a abrangência de outras áreas da contabilidade. uma escolha entre alternativas ou possibilidades com o objetivo de
A principal função da contabilidade gerencial é ser utilizada resolver um problema ou aproveitar uma oportunidade.” (Sobral).
como uma importante ferramenta no processo de tomada de deci- • “A tomada de decisão ocorre em reação a um problema, isto
são, garantindo que as informações cheguem às pessoas certas no é, existe uma discrepância entre o estado atual das coisas e o esta-
tempo certo, através da compilação, síntese e análise da informa- do desejável que exige uma consideração sobre cursos de ação al-
ção. Ela pode ser considerada como um sistema de informação des- ternativos. (...) O conhecimento sobre a existência de um problema
tinado à auxiliar seus usuários no processo de tomada de decisões. e sobre a necessidade de uma decisão depende da percepção da
Tendo ainda a função de fazer o planejamento perfeito com ob- pessoa.” (Robbins).
jetivo de se chegar a um controle eficaz, ou seja, controlar as ativi- • “(...) Embora tudo aquilo que um administrador faz envolva
dades da empresa e organizar o sistema gerencial a fim de permitir a tomada de decisões, isso não significa que todas as decisões se-
à administração ter conhecimento dos fatos ocorridos e seus resul- jam complexas e demoradas. Naturalmente, as decisões estratégi-
tados. Segundo Iudícibus, 1998 apud www.classecontábil.com.br: cas têm mais visibilidade, mas os administradores tomam muitas
“A Contabilidade Gerencial, num sentido mais profundo, está pequenas decisões todos os dias. Aliás, quase sempre as decisões
voltada para a Administração da Empresa procurando suprir as in- gerenciais são de rotina. No entanto, é o conjunto dessas decisões
formações que se encaixem de uma maneira efetiva no modelo de- que permite à organização resolver problemas, aproveitar oportu-
cisório do administrador.” nidades e, com isso, alcançar seus objetivos.” (Sobral)
O ponto fundamental da contabilidade gerencial é o uso de Administrar é, em última análise, tomar decisões.
informação contábil para a administração, uma vez que os dados Para atingir os resultados organizacionais de forma eficiente e
contidos em seus relatórios propiciam fortes influências no planeja- eficaz, é preciso fazer escolhas.
mento estratégico empresarial. Qual o negócio da organização? Qual estratégia vai ser utiliza-
Tem como objetivos: da? Qual tecnologia vai ser empregada? Que fonte de recursos fi-
- Facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho nanceiros vai ser utilizada? A máquina será comprada ou alugada?
e tomada de decisão. Estas e inúmeras outras perguntas precisam ser respondidas duran-
- Auxiliar empresários a fim de controlar, planejar e corrigir fa- te a gestão de uma organização. Para respondê-las é preciso fazer
lhas da empresa, proporcionando um melhor gerenciamento. escolhas, é preciso decidir!

104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Técnicas de análise e solução de problemas
O MASP — Método de Análise e Solução de Problemas é um método gerencial que é utilizado para a criação, manutenção ou melhoria
de padrões. É uma metodologia para se manter e controlar a qualidade, e deve ser de amplo conhecimento de todos, ou seja, deve ser
dominada por todas as partes envolvidas dentro de uma organização.
Esse método apresenta duas grandes vantagens:
• permite a solução de problemas de modo eficaz;
• permite que os indivíduos de uma organização se capacitem de maneira a solucionar os problemas que sejam de sua responsabilidade.

O MASP é um caminho ordenado, composto de passos e subpassos pré-definidos para a escolha de um problema, análise de suas
causas, determinação e planejamento de um conjunto de ações que consistem uma solução, verificação do resultado da solução e reali-
mentação do processo para a melhoria do aprendizado e da própria forma de aplicação em ciclos posteriores.
Partindo também do pressuposto de que em toda solução há um custo associado, a solução que se pretende descobrir é aquela que
maximize os resultados, minimizando os custos envolvidos. Há, portanto, um ponto ideal para a solução, em que se pode obter o maior
benefício para o menor esforço, o que pode ser definido como decisão ótima (BAZERMAN).
A construção do MASP como método destinado a solucionar problemas dentro das organizações passou pela idealização de um con-
ceito, o ciclo PDCA, para incorporar um conjunto de ideias inter-relacionadas que envolve a tomada de decisões, a formulação e compro-
vação de hipóteses, a objetivação da análise dos fenômenos, dentre outros, o que lhe confere um caráter sistêmico.
Embora o MASP derive do ciclo PDCA, é importante que não se confunda os dois métodos, pois: O MASP é um método eficaz, ele
procura resolver problemas de forma rápida e objetiva e com menor custo a empresa, ou seja, é um método que tem como característica
a racionalidade utilizando lógica e dados.

O MASP é formado por oito etapas:

1. Identificação do problema
A identificação do problema é a primeira etapa do processo de melhoria em que o MASP é empregado. Se feita de forma clara e crite-
riosa pode facilitar o desenvolvimento do trabalho e encurtar o tempo necessário à obtenção do resultado.
A identificação do problema tem pelo menos duas finalidades: (a) selecionar um tópico dentre uma série de possibilidades, concen-
trando o esforço para a obtenção do maior resultado possível; e (b) aplicar critérios para que a escolha recaia sobre um problema que
mereça ser resolvido.

O que é um problema?
Não é fácil explicar precisamente o que é um problema, mas, de maneira geral, podemos dizer que é uma questão que nos propomos
resolver. Perceba que solucionar um problema não significa, necessariamente, ter-se um método para solucioná-lo.
Exemplo:
– Uma pessoa enfrenta problemas para alcançar certos objetivos e não sabe que ações deve tomar para conseguir solucioná-los.
Então, ao resolver um problema identificamos os seguintes componentes:
• um objetivo a ser alcançado;
• um conjunto de ações pré-pensadas para resolvê-lo; e
• a situação inicial do problema.

105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Outro exemplo: Passos da Etapa 3 –
Imaginemos uma produção de parafusos. Considera-se normal Análise
a existência de 10 defeitos por milhão de parafusos fabricados. Ad- - Levantamento das variáveis que influenciam no problema
mite-se a ocorrência de um problema apenas quando for consta- - Escolha das causas mais prováveis (hipóteses)
tado um número de defeitos que ultrapasse a razão de mais de 10 - Coleta de dados nos processos
parafusos defeituosos por milhão produzido. - Análise das causas mais prováveis; confirmação das hipóteses
- Teste de consistência da causa fundamental
Nesse sentido, um problema é sempre um resultado indese- - Foi descoberta a causa fundamental?
jável (Falconi), mas geralmente a solução implica o retorno a um
desempenho anterior aceitável. 4. Plano de Ação
Na abordagem do autor Maximiano, “um problema é uma si- Uma vez que as verdadeiras causas do problema foram iden-
tuação que exige uma decisão ou solução, e para tanto oferece um tificadas, ou pelo menos as causas mais relevantes entre várias, as
conjunto de possibilidades, entre as quais é necessário escolher formas de eliminá-las devem então ser encontradas Para Hosotani
uma ou mais”. Na abordagem desse autor, os problemas podem esta etapa consiste em definir estratégias para eliminar as verda-
ser caracterizados por: (a) diferença entre situação real e ideal; (b) deiras causas do problema identificadas pela análise e então trans-
situação adversa; (c) missões e objetivos; (d) situação que ofere- formar essas estratégias em ação. Conforme a complexidade do
ce escolhas; (e) obstáculos ao tentar atingir metas; e (f) desvios do processo em que o problema se apresenta, é possível que possa
comportamento esperado. existir um conjunto de possíveis soluções. As ações que eliminam as
causas devem, portanto, ser priorizadas, pois somente elas podem
Passos da Etapa 1 – evitar que o problema se repita novamente.
Identificação do problema
- Identificação dos problemas mais comuns Passos da Etapa 4:
- Levantamento do histórico dos problemas Plano de ação
- Evidência das perdas existentes e ganhos possíveis - Definir estratégia de ação.
- Escolha do problema - Elaborar plano de ação.
- Formar a equipe e definir responsabilidades
- Definir o problema e a meta Essa fase consiste no estabelecimento de metas a atingir, isto
é, elas devem ser alcançadas com o método MASP. Na maioria dos
2. Observação MASPs de manutenção, o objetivo é, de maneira geral, o retorno às
A observação do problema é a segunda etapa do MASP e con- condições ideais anteriores à ocorrência do problema.
siste averiguar as condições em que o problema ocorre e suas ca-
racterísticas específicas do problema sob uma ampla gama de pon- 5. Ação
tos de vista. Na sequência da elaboração do plano de ação, está o desen-
O ponto preponderante da etapa de Observação é coletar in- volvimento das tarefas e atividades previstas no plano. Esta etapa
formações que podem ser úteis para direcionar um processo de do MASP consiste em nomear os responsáveis pela sua execução,
análise que será feito na etapa posterior. Kume compara esta etapa iniciando-se por meio da comunicação do plano com as pessoas en-
com uma investigação criminal observando que “os detetives com- volvidas, passando pela execução propriamente dita, e terminando
parecem ao local do crime e investigam cuidadosamente o local com o acompanhamento dessas ações para verificar se sua execu-
procurando evidências” o que se assemelha a um pesquisador ou ção foi feita de forma correta e conforme planejado.
equipe que buscam a solução para um problema.
Passos da Etapa 5 –
3. Análise Ação
A etapa de análise é aquela em que serão determinadas as - Divulgação e alinhamento
principais causas do problema. Se não identificamos claramente as - Execução das ações
causas provavelmente serão perdidos tempo e dinheiro em várias - Acompanhamento das ações
tentativas infrutíferas de solução. Por isso ela é a etapa mais impor-
tante do processo de solução de problemas. Para Kume a análise se 6. Verificação
compõe de duas grandes partes que é a identificação de hipóteses e Essa etapa do MASP representa a fase de check do ciclo PDCA
o teste dessas hipóteses para confirmação das causas. A identifica- e consiste na coleta de dados sobre as causas, sobre o efeito final
ção das causas deve ser feita de maneira “científica” o que consiste (problema) e outros aspectos para analisar as variações positivas e
da utilização de ferramentas da qualidade, informações, fatos e da- negativas possibilitando concluir pela efetividade ou não das ações
dos que deem ao processo um caráter objetivo. de melhoria (contramedidas). É nesta etapa que se verifica se as
Essa etapa consiste em fazer uma análise das perdas que estão expectativas foram satisfeitas, possibilitando aumento da autoesti-
ocorrendo, que estão sendo causadas pelo problema em questão, ma, crescimento pessoal e a descoberta do prazer e excitação que
assim como os potenciais ganhos que o MASP pode trazer. O item a solução de problemas pode proporcionar às pessoas (HOSOTANI).
“quanto” da fase anterior pode subsidiar a presente. Falconi afirma
que nesta fase se deve responder, basicamente, a duas coisas: o Parker observa que “nenhum problema pode ser considerado
que se está perdendo e o que é possível ganhar. resolvido até que as ações estejam completamente implantadas, ela
Lembramos que quando nos referirmos a perdas de natureza esteja sob controle e apresente uma melhoria em performance”. As-
qualitativa temos grande dificuldade para medir seu custo para a sim, o monitoramento e medição da efetividade da solução implanta-
organização ou até mesmo podemos dizer que isso seja impossível. da são essenciais por um período de tempo para que haja confiança
Quais podem ser os custos do aumento do número de ocorrên- na solução adotada. Hosotani também enfatiza este ponto ao afirmar
cias de reclamações dos clientes? Quais serão os custos para a ima- que os resultados devem ser medidos em termos numéricos, compa-
gem da organização, provocados pela perda de credibilidade em de- rados com os valores definidos e analisados usando ferramentas da
corrência de algum defeito existente em um determinado produto? qualidade para ver se as melhorias prescritas foram ou não atingidas.

106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Passos da Etapa 6 –
Verificação
- Comparar resultados obtidos com os previstos.
- Listar efeitos colaterais não previstos.
- Verificar nível do bloqueio observado (grau de eficácia do plano de ação)

7. Padronização
Uma vez que as ações de bloqueio ou contramedidas tenham sido aprovadas e satisfatórias para o alcance dos objetivos ela podem
ser instituídas como novos métodos de trabalho. De acordo com Kume existem dois objetivos para a padronização. Primeiro, afirma o
autor, sem padrões o problema irá gradativamente retornar à condição anterior, o que levaria à reincidência. Segundo, o problema pro-
vavelmente acontecerá novamente quando novas pessoas (empregados, transferidos ou temporários) se envolverem com o trabalho. A
preocupação neste momento é, portanto, a reincidência do problema, que pode ocorrer pela ação ou pela falta da ação humana. A padro-
nização não se faz apenas por meio de documentos. Os padrões devem ser incorporados para se tornar “uma dos pensamentos e hábitos
dos trabalhadores” (KUME), o que inclui a educação e o treinamento.

Passos da Etapa 7 –
Padronização
- Elaboração ou alteração de documentos
- Registro e comunicação
- Definir mudanças que devem ser incorporadas ao Procedimento Padrão Operacional — PPO.
- Revisar padrão (Modificar / Comunicar).
- Treinar pessoal (no PPO revisado).
- Comunicação clara e adequada dos motivos do treinamento.
- Auditar cumprimento do padrão

8. Conclusão
A etapa de Conclusão fecha o método de análise e solução de problemas. Os objetivos da conclusão são basicamente rever todo o
processo de solução de problemas e planejar os trabalhos futuros. Parker reconhece a importância de fazer um balanço do aprendizado,
aplicar a lições aprendidas em novas oportunidades de melhoria.

Passos da Etapa 8 –
Conclusão
- Identificação dos problemas remanescentes
- Planejamento das ações antirreincidência
- Balanço do aprendizado
- Concluir MASP e elaborar relatório sobre o mesmo.

O MASP é um método que permanece atual e em prática contínua, resistindo às ondas do modismo, incluindo aí a da Gestão da Qua-
lidade Total, sendo aplicado regularmente até progressivamente por organizações de todos os portes e ramos.

FATORES QUE AFETAM A DECISÃO

107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
São inúmeros os fatores que afetam a decisão, tais como custos As decisões programadas ou estruturadas compõem o acervo,
envolvidos, fatores políticos, objetivos, riscos que podem ser assu- o estoque de soluções armazenadas pela organização, com base
midos, tempo disponível para decidir, quantidade de informações nas experiências anteriores por que passou.
disponíveis, viabilidade das soluções, autoridade e responsabilida- São utilizadas, portanto, para resolver problemas que já foram
de do tomador de decisão, estrutura de poder da organização etc. enfrentados antes e que possuem um comportamento semelhante.
Para estes tipos de problemas, não há necessidade de criação
Chiavenato destaca três condições sob as quais a decisão pode de alternativas de solução e escolha da mais adequada. Basta seguir
ser tomada: as ações que já foram exercidas com sucesso nas ocasiões anterio-
res. Por este motivo, são mais comuns no nível operacional, na base
da pirâmide hierárquica.
Como exemplo, podemos citar uma situação de incêndio, onde
já há um roteiro de etapas a serem seguidas, já se sabe qual ca-
minho os ocupantes de cada andar do prédio devem seguir, pois
todo o estudo da melhor rota de fuga já foi feito com antecedência.
Esses são exemplos de decisões programadas, pois são repetitivas
e rotineiras.
Por este motivo, são mais comuns no nível operacional, na base
da pirâmide hierárquica.

Certeza: É a situação em que temos sob controle todos os fato- As decisões não programadas ou não estruturadas são neces-
res que afetam a tomada de decisão. Sabemos quais são os riscos e sárias em situações em que as decisões programadas não conse-
probabilidades de ocorrência de eventos, temos informações sobre guem resolver.
custos, sabemos quais são os fatores potencializadores e restrito- Quando nos referimos a decisões não programadas nos referi-
res, temos estudos de viabilidade das alternativas etc. mos àquelas que resultam de problemas que não são bem compre-
Risco: É a situação em que sabemos a probabilidade de ocor- endidos, são “pobres” de estruturação, tendem a ser singulares e
rência de um evento, mas que tomamos diferentes decisões, de não se prestam aos procedimentos sistêmicos ou rotineiros.
acordo com os riscos que estamos dispostos a assumir. São situações inesperadas, que a organização está enfrentando
Incerteza: Situação em que o tomador de decisão tem pouca pela primeira vez e que admitem diferentes formas de resolução,
ou nenhuma informação a respeito da probabilidade de ocorrência cada uma com suas vantagens e desvantagens.
de cada evento futuro. Estas situações exigem uma análise mais profunda, um diag-
nóstico para o perfeito entendimento do problema até a tomada
Tipos de decisões de decisão que vai levar à ação. Por este motivo são mais comuns
Maximiano ensina que uma decisão é uma escolha entre alter- no nível institucional ou estratégico da organização, no topo da pi-
nativas ou possibilidades. râmide hierárquica.
As decisões são escolhas necessárias para a resolução de pro-
blemas ou aproveitamento de oportunidades, sejam elas relativas a Os problemas que exigem esse tipo de decisões serão solucio-
aspectos operacionais, como comprar ou alugar uma máquina, ou nados a partir da habilidade dos gerentes em tomar decisões, já
estratégicos, como entrar ou não no mercado internacional. que não existem soluções rotineiras.
Todos sabemos que o tipo e a qualidade de decisões tomadas Como exemplo, podemos citar os gerentes, principalmente
nas organizações afetam todo o seu contexto, podendo influencia- nos níveis mais altos da organização, que muitas vezes necessitam
restratégias organizacionais, políticas ou até mesmo uma determi- tomar decisões não programadas durante o curso de definição de
nada parcela da sociedade onde elas estejam inseridas. metas e estratégias de uma empresa e em suas atividades diárias.
Por essa razão, ao longo do tempo, os gestores vêm se apoian- Em muitas ocasiões eles utilizam sua própria experiência na solução
do em diversos fatores para que a tomada de decisão seja o mais desse tipo de problema, procurando princípios e soluções que pos-
assertiva possível e o tomador de decisão possa estar mais seguro sam ser aplicados à situação, mas sempre levando em consideração
diante de possíveis e prováveis problemas que possam surgir. que as metodologias de solução de problemas passados podem não
De maneira geral, podemos dizer que os gestores, no momen- ser aplicáveis no caso em questão.
to da tomada de decisão, poderão se defrontar com dois tipos de Pelo fato de as decisões não programadas serem tão importan-
situação que, de acordo com sua natureza, terão e abordagem dife- tes para as empresas e tão comuns para a gerência, a eficiência de
rente para se alcançar as soluções adequadas. um gerente muitas vezes será julgada de acordo com a qualidade de
O processo de tomar decisões, ou processo decisório, se com- sua tomada de decisão.
põe de uma sequência de etapas, que vão da identificação da ques-
tão a ser resolvida até a ação, quando uma alternativa de solução é Também há tipos de decisão quanto ao nível organizacional em
colocada em prática. que ela é tomada. Assim, decisões estratégicas são aquelas mais
amplas, referentes à organização como um todo e sua relação com
As decisões nas organizações se dividem em duas categorias o ambiente. São tomadas nos níveis mais altos da hierarquia e pos-
principais: as programadas e as não programadas. suem consequências de longo prazo.
As decisões táticas ou administrativas são tomadas nos níveis
Podemos considerar decisões programadas aquelas que toma- das unidades organizacionais ou departamentos.
mos quando percebemos os problemas como bem compreendidos, Decisões operacionais, por sua vez, são aquelas tomadas no
altamente estruturados, rotineiros, repetitivos e para cuja solução dia-a-dia, relacionadas a tarefas e aspectos cotidianos da realida-
podemos utilizar procedimentos e regras sistemáticos. Essas deci- de organizacional. Vimos, nos elementos da decisão, a definição de
sões são sempre semelhantes. tomador da decisão. Maximiano nos ensina uma outra tipologia,
referente a quem é o tomador de decisões:

108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Decisões autocráticas: São decisões tomadas sem discussões,
acordos e debates. O tomador de decisão deve ser um gerente ou SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAM-
alguém com responsabilidade e autoridade para tal. É uma forma BIENTAL
rápida de tomada de decisão e não deve ser questionada. Muitas
vezes, são decisões de cunho estritamente técnico. A sustentabilidade e o desenvolvimento social levam-se em
Decisões compartilhadas: São aquelas decisões tomadas de conta o meio ambiente e sobre tudo, e também a responsabilidade
forma compartilhada, entre gerente e equipe. Têm características de cada um de nós, tendo em vista que muitas iniciativas são am-
marcantes, tais como o debate, participação e busca de consenso. plamente divulgadas por Empresas de grande porte.
Podem ser consultivas, quando a decisão é tomada após a consul- Através dos meios de comunicação, a sociedade como um todo
ta,ou participativa, quando a decisão é tomada de forma conjunta. vem despertando, para uma realidade muito presente na vida de
Decisões delegadas: “São tomadas pela equipe ou pessoa que cada um, que são os efeitos devastadores que o homem está geran-
recebeu poderes para isso. As decisões delegadas não precisam ser do para a natureza, sempre se soube disso mais por razões óbvias.
aprovadas ou revistas pela administração. A pessoa ou grupo assu- Há uma demanda muito grande, no sentido de mobilizar a so-
me plena responsabilidade pelas decisões, tendo para isso a infor- ciedade para as questões ambientais de uma maneira mais concre-
mação, a maturidade, as qualificações e as atitudes suficientes para ta, mas a falta de iniciativa por parte dos governantes na implan-
decidir da melhor maneira possível”. tação de sistemas capazes de chegar até os mais remotos lugares,
onde os recursos naturais são explorados de maneira indiscrimina-
Identificamos ainda, dentro do conceito de elementos da de- da, sem uma efetiva fiscalização, sem um plano de manejo, sem
cisão o item de: nenhuma orientação, onde os pequenos agricultores, as famílias e
Certeza, risco e incerteza – o comércio, lutam pela sobrevivência e não se preocupam com o
Podemos chamar de incerteza aquela situação que, muitas ve- rastro de destruição que deixam pelo caminho.
zes, se configura por existirem informações insuficientes e dúbias É comprovado que os resultados do Desenvolvimento So-
para os tomadores de decisão. Isso certamente inviabiliza a clareza cioambiental, aliada à Responsabilidade e à sustentabilidade em
das alternativas e traz consigo riscos inerentes, fazendo com que a poucos anos, resultariam em benefícios para o homem, a natureza
decisão tomada se torne mais difícil de ser operacionalizada. e principalmente as futuras gerações de uma maneira diferente e
Mas, para escolher a alternativa mais eficaz, além de ser neces- quem sabe este planeta terá a chance de se renovar e sobreviver
sário identificar claramente qual é o problema e de se ter em mão- ainda que com muitas cicatrizes.
sinformações de qualidade, o gestor precisa possuir também um A educação ambiental é um agente catalisador do processo
conhecimento aprofundado do mercado em que atua, conhecendo de interação dentro de uma empresa e não pode ficar restrita ao
treinamento, visando à sensibilização e motivação dos funcionários,
seus concorrentes e a capacidade organizacional deles. É assim que
embora contribua para a construção de um sistema de gestão am-
são geridas empresas bem estruturadas e administradas. Esse gru-
biental que estará permeando desde o trato com o chão da empre-
po é composto especialmente pelas organizações de grande porte.
sa até o modo de tratamento com os funcionários de modo eficaz
É importante que o gestor decida com rapidez e que reduza
e não simplesmente pelo desejo de cumprir um requisito que vise
a incerteza. Agindo assim poderá planejar de maneira estratégica
à certificação. Ela é uma importante ferramenta do gerenciamento
possíveis ações futuras que poderão dar à sua empresa vantagem
ambiental de uma empresa é inquestionável.
competitiva em relação às concorrentes.
A Educação Ambiental efetuada pelas empresas é normalmen-
• decisão em condições de certeza – ocorre quando há total te praticada fora de seus limites, geralmente nas escolas da sua área
conhecimento de todos os estados da natureza do processo deci- de influência, através da reciclagem ou sensibilização de professo-
sório. res para a questão ambiental. São ações realizadas fruto da pressão
de partes interessadas, geralmente o poder público na figura dos
Chamamos de certeza saber 100% sobre a situação que está órgãos de controle ambiental e desprovidas de um planejamento
ocorrendo no instante em que se está tomando a decisão. estratégico onde todos os agentes envolvidos possam, com preci-
• decisão em condições de risco – ocorre quando não são co- são, estabelecer objetivos e metas mensuráveis bem como indica-
nhecidas as probabilidades associadas a cada um dos estados da dores que permitam aferir a eficácia de Programas desta natureza.
natureza do processo decisório. Tendo com objetivo alcançar uma transformação profunda dos
funcionários dentro da organização do presidente ao “chão-de-fábrica”,
A situação é pouco conhecida. Para a tomada de decisão em sobre questões como o uso inteligente dos recursos naturais, condições
condições de risco, a certeza irá variar entre 0% e 100%. Sob con- mais seguras sob o aspecto ambiental para os operários, redução das
dições de risco, o gestor utiliza a experiência pessoal, sua intuição infrações ambientais e destinação final adequada de rejeitos.
ou informações secundárias para mensurar as chances de acerto de Muitos problemas ambientais, que à primeira vista parecem com-
alternativas ou resultados. plicados nas empresas, podem se tornar de simples solução, desde
• decisão em condições de incerteza ou em condições de igno- que haja algum investimento em educação ambiental. Podendo se
rância – ocorre quando não se obtiveram informações e dados so- transformar num completo programa educacional incluindo material
bre as circunstâncias do processo decisório ou em relação à parcela didático-pedagógico e pode ser adotada com eficácia e ser adaptada às
dessa situação. Para decidir numa situação dessas deve-se recorrer necessidades de qualquer organização, com simplicidade e baixo custo.
à intuição e à criatividade. Ela conduz os profissionais a uma mudança de comportamento e ati-
• decisão em condições de competição ou em condições de tudes em relação ao meio ambiente interno e externo às organizações.
conflito – ocorre quando a estratégia e a situação em si do processo A educação ambiental nas empresas tem um papel muito im-
de tomada de decisão são determinadas pela ação de competido- portante, porque desperta cada funcionário para a ação e a busca
res. Quando ocorre de um gestor, ao tomar uma decisão, prever de soluções concretas para os problemas ambientais que ocorrem
que não haverá nenhum resultado não previsto, classificamos essa principalmente no seu dia-a-dia, no seu local de trabalho, na exe-
decisão como uma decisão programada.33 cução de sua tarefa, portanto onde ele tem poder de atuação para
a melhoria da qualidade ambiental dele e dos colegas. Esse tipo de
33 Por Aberlardo Neves / Fonte: www.sandrow.ecn.br
educação extrapola a simples aquisição de conhecimento.

109
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Nesses empreendimentos, o controle da poluição deve começar no processo, estando também parte desta responsabilidade nas
mãos dos trabalhadores, pois mantêm-se envolvidos diretamente na produção.
Portanto, não é somente na escola que a educação ambiental acontece. Os recursos para o ensino-aprendizagem da educação para o
meio ambiente se encontram em todas as partes, como nas grandes, médias, pequenas e microempresas; nas indústrias e fábricas.

LÓGICA: FUNÇÕES, ANÁLISE COMBINATÓRIA, PROGRESSÕES, RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVA

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO


Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver problemas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das diferentes
áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte consiste nos
seguintes conteúdos:
- Operação com conjuntos.
- Cálculos com porcentagens.
- Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais.
- Geometria básica.
- Álgebra básica e sistemas lineares.
- Calendários.
- Numeração.
- Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
- Progressões Aritmética e Geométrica.

RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO


Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação.

ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL


O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação tem-
poral envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários

RACIOCÍNIO VERBAL
Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.
Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma vaga.
Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento
por meio da linguagem.
Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirmações,
selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:


• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

110
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Proposições Compostas – Conectivos


As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que po-
demos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

111
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V

112
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo

Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

Classificação de uma proposição


Elas podem ser:
• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?

Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;

113
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

Conectivos (conectores lógicos)


Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

114
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.

Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”

Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.

115
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.

Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.

Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

116
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.

Conectivo “ou” (v)


Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

117
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Conectivo “ou” (v)


Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa).

• Mais sobre o Conectivo “ou”


– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira

Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer sol,
então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não disse o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade:

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.

118
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Conectivo “Se e somente se” (↔)
Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é con-
dição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somente se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela verdade:

Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.

ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer
questão referente ao assunto.

Ordem de precedência dos conectivos:


O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática
prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B

CONTRADIÇÕES
São proposições compostas formadas por duas ou mais proposições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente do
valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua tabela-verdade:

119
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Exemplo: Propriedades
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a propo-
sição ~P ∧ P é: • Reflexiva:
(A) uma tautologia. – P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p. – Uma proposição complexa implica ela mesma.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência. • Transitiva:
(E) uma disjunção. – Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
Resolução: P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
Montando a tabela teremos que: – Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R

P ~p ~p ^p Regras de Inferência
• Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
V F F de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
V F F tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
sições verdadeiras já existentes.
F V F
F V F Regras de Inferência obtidas da implicação lógica

Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante


de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C

A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,-


q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira.
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente
temos: • Silogismo Disjuntivo

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distin-


tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
tivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica
que pode ou não existir entre duas proposições.

Exemplo: • Modus Ponens

Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia:
• Modus Tollens

- Somente uma contradição implica uma contradição:

120
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Tautologias e Implicação Lógica – Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
• Teorema ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.
P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...)

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.

• Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”


Observe que: Teremos duas possibilidades.
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P →
Q é tautológica.

Inferências

• Regra do Silogismo Hipotético

Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no


conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
“Todo B é A”.

Princípio da inconsistência • Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”


– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
p ^ ~p ⇒ q entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes-
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo- mo que dizer “nenhum B é A”.
sição q. Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia-
grama (A ∩ B = ø):
A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica.

Lógica de primeira ordem


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposi-
ções com quantificadores. Numa proposição categórica, é impor-
tante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coeren-
te e que a proposição faça sentido, não importando se é verdadeira
ou falsa. • Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”
Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
Vejamos algumas formas: posição:
- Todo A é B.
- Nenhum A é B.
- Algum A é B.
- Algum A não é B.

Onde temos que A e B são os termos ou características dessas


proposições categóricas.

• Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
damentais: qualidade e extensão ou quantidade.
– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição
categórica em afirmativa ou negativa.

121
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A” (D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con- (E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo pardo.
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.
Resolução:
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
representações possíveis: O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C

(CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a


afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de
Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao (A) Todos os não psicólogos são professores.
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo (B) Nenhum professor é psicólogo.
que Algum B não é A. (C) Nenhum psicólogo é professor.
(D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
• Negação das Proposições Categóricas (E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as
seguintes convenções de equivalência: Resolução:
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega-
uma proposição categórica particular. ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra-
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo
categórica particular geramos uma proposição categórica universal. menos um professor não é psicólogo.
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, Resposta: E
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca,
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre, • Equivalência entre as proposições
uma proposição de natureza afirmativa. Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na
Em síntese: resolução de questões.

Exemplo:
(PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
Exemplos: lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não a cinco”?
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto. (A) Todo número natural é menor do que cinco.
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir- (B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
mação anterior é: (C) Todo número natural é diferente de cinco.
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par- (D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
dos. (E) Existe um número natural que é diferente de cinco.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.

122
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
dos e Nenhum, que também são universais.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
tes formas:
ALGUM
I
AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D

Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
dem ser formadas por proposições categóricas.

ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para


conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.

Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas: ALGUM


O
A NÃO é B
TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


TODO ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
A não são B (enquanto que, no “Algum A é
AéB
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão).
Se um elemento pertence ao conjunto A, Temos também no segundo caso, a dife-
então pertence também a B. rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
NENHUM cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
E
AéB casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
Existe pelo menos um elemento que (B) existe teatro que não é casa de cultura.
pertence a A, então não pertence a B, e (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
vice-versa. (D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

123
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Resolução: (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
Vamos chamar de: a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama nos
Cinema = C afirma isso
Casa de Cultura = CC
Teatro = T
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura

(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-


cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor-
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que todo
- Existem teatros que não são cinemas cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura também
não é cinema.

- Algum teatro é casa de cultura Resposta: E

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC


Segundo as afirmativas temos:
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe pelo
menos um dos cinemas é considerado teatro.

Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.

O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento


formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.
(B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
mo princípio acima.

124
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Argumentos Válidos Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató- comum.
ria do seu conjunto de premissas. Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:
Exemplo:
O silogismo...
P1: Todos os homens são pássaros.
P2: Nenhum pássaro é animal.
Q: Portanto, nenhum homem é animal.

... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um


argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
conclusão sejam totalmente questionáveis.

ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CON-


TEÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!
Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:
• Como saber se um determinado argumento é mesmo váli- NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas
do? será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con-
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé- junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido!
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa Argumentos Inválidos
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar Dizemos que um argumento é inválido – também denominado
essa frase da seguinte maneira: ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclu-
são.

Exemplo:
P1: Todas as crianças gostam de chocolate.
P2: Patrícia não é criança.
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.

Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois


as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão.
Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois
a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam
de chocolate.
Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade
do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo arti-
Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho- fício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela pri-
mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos meira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”.
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO.
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa-
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é
de uma total dissociação entre os dois conjuntos.

125
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da
primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Patrícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos
facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este argumen-
to é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado (se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de chocolate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não! Pode
ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círculo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)! Enfim, o
argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a veracidade da conclusão!

Métodos para validação de um argumento


Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não!
1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO, AL-
GUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc.
2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocorre quan-
do nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “” e “↔”. Baseia-se na construção
da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a desvantagem de ser mais
trabalhoso, principalmente quando envolve várias proposições simples.
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e considerando as premissas verdadeiras.
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a validade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibilidade
do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades. Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobriremos o
valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em verdade, para que o argumento seja considerado válido.
4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, considerando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da con-
clusão de maneira direta, mas somente por meio de análises mais complicadas.

Em síntese:

126
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Exemplo:
Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:

(p ∧ q) → r
_____~r_______
~p ∨ ~q

Resolução:
-1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum ou nenhum?
A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos à pergunta seguinte.
- 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposições simples?
A resposta também é não! Portanto, descartamos também o 2º método.
- 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposição simples ou uma conjunção?
A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos seguir
adiante com uma próxima pergunta, teríamos:
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta também
é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo 3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa!
- 1ª Premissa) (p ∧ q)r é verdade. Sabendo que r é falsa, concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma con-
junção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou ambas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores lógicos de
p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o argumento é ou
NÃO VÁLIDO.

Resolução pelo 4º Método


Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Teremos:
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verdadeiro!
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas verdadeiras! Teremos:
- 1ª Premissa) (p∧q)r é verdade. Sabendo que p e q são verdadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é verda-
deira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo: r é verdadeiro.
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi!

Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no 4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência simul-
tânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido!

Exemplos:
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.

127
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
• Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.

Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo.


Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas:
A = Chove
B = Maria vai ao cinema
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio
E = Fernando está estudando
F = É noite
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional:

A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, utilizando isso temos:


O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. // B → ~E
Iniciando temos:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove tem
que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria vai
ao cinema tem que ser V.
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio sai
de casa tem que ser F.
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode ser
V ou F.
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V

Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
Resposta: Errado

(PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada, então
Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa.
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.

Resolução:
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão o
valor lógico (V), então:
(4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V
(3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V
(2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V
(1) Tristeza não é uma bruxa (V)

128
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Logo:
Temos que:
Esmeralda não é fada(V)
Bongrado não é elfo (V)
Monarca não é um centauro (V)

Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo

129
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

130
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria
Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S
Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.

É correto concluir que, em janeiro,


(A) Paulo viajou para Fortaleza.
(B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia.
(D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba.

Resolução:
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;

131
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho-
mem.
Luiz N N A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões:
Arnaldo N N 1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal.
2ª) Se José é homem, então José é mortal.
Mariana N N S N
Paulo N N A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B.
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀
− Luiz não viajou para Fortaleza. (x) (A (x) → B).
Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional.

Luiz N N N Aplicando temos:


Arnaldo N N x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
Mariana N N S N
+ 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
Paulo N N A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul-
Agora, completando o restante: gar, logo, é uma proposição lógica.
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En-
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia • Quantificador existencial (∃)
O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador
Luiz N S N N
Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Paulo N N N S
Exemplo:
Resposta: B “Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase
é:
Quantificador
É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
proposição aberta em uma proposição lógica.

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA

Tipos de quantificadores O quantificador existencial tem a função de elemento comum.


A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co-
• Quantificador universal (∀) muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas: (x)) (A (x) ∧ B).

Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença
será verdadeira?
Exemplo: A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador,
Todo homem é mortal. a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será julgar, logo, é uma proposição lógica.
mortal.
Na representação do diagrama lógico, seria: ATENÇÃO:
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B”
é diferente de “Todo B é A”.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”.

Forma simbólica dos quantificadores


Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B).

132
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Exemplos: (D) Dezesseis.
Todo cavalo é um animal. Logo, (E) Vinte.
(A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal. Resolução:
(C) Todo animal é cavalo. Observe que temos uma sucessão de escolhas:
(D) Nenhum animal é cavalo. Primeiro, de A para B e depois de B para Roma.
1ª possibilidade: 3 (A para B).
Resolução: Obs.: o número 3 representa a quantidade de escolhas para a
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclu- primeira opção.
sões:
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal. 2ª possibilidade: 5 (B para Roma).
– Se é cavalo, então é um animal. Temos duas possibilidades: A para B depois B para Roma, logo,
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça uma sucessão de escolhas.
de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma Resultado: 3 . 5 = 15 possibilidades.
de conclusão). Resposta: C.
Resposta: B
(PREF. CHAPECÓ/SC – ENGENHEIRO DE TRÂNSITO – IOBV) Em
(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposi- um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 tipos de carnes,
ção (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V. 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o
cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobre-
Resolução: mesa e 1 tipo de suco, então o número de opções diferentes com
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais que ele poderia fazer o seu pedido, é:
(R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R) (A) 19
tal que x + y = x. (B) 480
– 1º passo: observar os quantificadores. (C) 420
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos (D) 90
os valores de x devem satisfazer a propriedade.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é ne- Resolução:
cessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade. A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o pedido:
x e y. 6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais. Resposta: B.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x). Fatorial
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x? Sendo n um número natural, chama-se de n! (lê-se: n fatorial)
Existe sim! y = 0. a expressão:
X + 0 = X. n! = n (n - 1) (n - 2) (n - 3). ... .2 . 1, como n ≥ 2.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de
x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está cor- Exemplos:
reto. 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120.
Resposta: CERTO 7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040.

A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desen- ATENÇÃO


volve meios para trabalharmos com problemas de contagem. Ve-
jamos eles: 0! = 1
1! = 1
Princípio fundamental de contagem (PFC)
Tenha cuidado 2! = 2, pois 2 . 1 = 2. E 3!
É o total de possibilidades de o evento ocorrer.
Não é igual a 3, pois 3 . 2 . 1 = 6.
• Princípio multiplicativo: P1. P2. P3. ... .Pn.(regra do “e”). É
um princípio utilizado em sucessão de escolha, como ordem. Arranjo simples
• Princípio aditivo: P1 + P2 + P3 + ... + Pn. (regra do “ou”). É o Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p
princípio utilizado quando podemos escolher uma coisa ou outra. é um número natural, é qualquer ordenação de p elementos dentre
os n elementos, em que cada maneira de tomar os elementos se
Exemplos: diferenciam pela ordem e natureza dos elementos.
(BNB) Apesar de todos os caminhos levarem a Roma, eles pas-
sam por diversos lugares antes. Considerando-se que existem três Atenção: Observe que no grupo dos elementos: {1,2,3} um dos
caminhos a seguir quando se deseja ir da cidade A para a cidade arranjos formados, com três elementos, 123 é DIFERENTE de 321, e
B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a assim sucessivamente.
quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma,
passando necessariamente por B? • Sem repetição
(A) Oito. A fórmula para cálculo de arranjo simples é dada por:
(B) Dez.
(C) Quinze.

133
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Resolução:
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720

Anagramas de JORGE
Onde: _____
n = Quantidade total de elementos no conjunto. 5.4.3.2.1=120
P =Quantidade de elementos por arranjo
Exemplo: Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão Razão dos anagramas: 720/120=6
escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um coordenador pedagó- Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos.
gico. Quantas as possibilidades de escolha? Resposta: C.
n = 18 (professores)
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógi- • Com repetição
co) Na permutação com elementos repetidos ocorrem permuta-
ções que não mudam o elemento, pois existe troca de elementos
iguais. Por isso, o uso da fórmula é fundamental.

• Com repetição
Os elementos que compõem o conjunto podem aparecer re-
petidos em um agrupamento, ou seja, ocorre a repetição de um
mesmo elemento em um agrupamento. Exemplo:
A fórmula geral para o arranjo com repetição é representada (CESPE) Considere que um decorador deva usar 7 faixas colo-
por: ridas de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitri-
ne de uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3
faixas são verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistin-
guíveis e 1 faixa é branca, esse decorador conseguirá produzir, no
máximo, 140 formas diferentes com essas faixas.
( ) Certo
Exemplo: Seja P um conjunto com elementos: P = {A,B,C,D}, ( ) Errado
tomando os agrupamentos de dois em dois, considerando o arranjo
com repetição quantos agrupamentos podemos obter em relação Resolução:
ao conjunto P.
Total: 7 faixas, sendo 3 verdes e 3 amarelas.
Resolução:
P = {A, B, C, D}
n=4
p=2
Resposta: Certo.
A(n,p)=np
A(4,2)=42=16
• Circular
Permutação A permutação circular é formada por pessoas em um formato
É a TROCA DE POSIÇÃO de elementos de uma sequência. Utili- circular. A fórmula é necessária, pois existem algumas permutações
zamos todos os elementos. realizadas que são iguais. Usamos sempre quando:
a) Pessoas estão em um formato circular.
• Sem repetição b) Pessoas estão sentadas em uma mesa quadrada (retangular)
de 4 lugares.

Atenção: Todas as questões de permutação simples podem ser


resolvidas pelo princípio fundamental de contagem (PFC). Exemplo:
(CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares, que serão ocu-
Exemplo: pados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o nú-
(PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL – mero de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os par-
IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão entre ticipantes da reunião é superior a 102.
o número de anagramas de seus nomes representa a diferença en- ( ) Certo
tre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é ( ) Errado
(A) 24.
(B) 25. Resolução:
(C) 26. É um caso clássico de permutação circular.
(D) 27. Pc = (6 - 1) ! = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibilidades.
(E) 28. Resposta: CERTO.

134
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Combinação
Combinação é uma escolha de um grupo, SEM LEVAR EM CONSIDERAÇÃO a ordem dos elementos envolvidos.

• Sem repetição
Dados n elementos distintos, chama-se de combinação simples desses n elementos, tomados p a p, a qualquer agrupamento de p
elementos distintos, escolhidos entre os n elementos dados e que diferem entre si pela natureza de seus elementos.

Fórmula:

Exemplo:
(CRQ 2ª REGIÃO/MG – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 3 deles. Como
esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

Resolução:
Como trata-se de Combinação, usamos a fórmula:

Onde n = 12 e p = 3

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
Resposta: B.

As questões que envolvem combinação estão relacionadas a duas coisas:


– Escolha de um grupo ou comissões.
– Escolha de grupo de elementos, sem ordem, ou seja, escolha de grupo de pessoas, coisas, objetos ou frutas.

• Com repetição
É uma escolha de grupos, sem ordem, porém, podemos repetir elementos na hora de escolher.

Exemplo:
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade de enumerar todas as possibi-
lidades:
n=3ep=2

PROBABILIDADES
A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.

Elementos da teoria das probabilidades


• Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos, mesmo que as condições sejam
semelhantes.
• Espaço amostral: é o conjunto U, de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório.
• Evento: qualquer subconjunto de um espaço amostral, ou seja, qualquer que seja E Ì U, onde E é o evento e U, o espaço amostral.

135
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO

Experimento composto
Quando temos dois ou mais experimentos realizados simultaneamente, dizemos que o experimento é composto. Nesse caso, o núme-
ro de elementos do espaço amostral é dado pelo produto dos números de elementos dos espaços amostrais de cada experimento.
n(U) = n(U1).n(U2)

Probabilidade de um evento
Em um espaço amostral U, equiprobabilístico (com elementos que têm chances iguais de ocorrer), com n(U) elementos, o evento E,
com n(E) elementos, onde E Ì U, a probabilidade de ocorrer o evento E, denotado por p(E), é o número real, tal que:

Onde,
n(E) = número de elementos do evento E.
n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma “chance de acontecer.

ATENÇÃO:
As probabilidades podem ser escritas na forma decimal ou representadas em porcentagem.
Assim: 0 ≤ p(E) ≤ 1, onde:
p(∅) = 0 ou p(∅) = 0%
p(U) = 1 ou p(U) = 100%

Exemplo:
(PREF. NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO – FGV) O quadro a seguir mostra a distribuição das idades dos funcionários de certa repartição
pública:

FAIXA DE IDADES (ANOS) NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS


20 ou menos 2
De 21 a 30 8
De 31 a 40 12
De 41 a 50 14
Mais de 50 4

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

Resolução:
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18

136
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
Logo a probabilidade é:

Resposta: D

Probabilidade da união de eventos


Para obtermos a probabilidade da união de eventos utilizamos a seguinte expressão:

Quando os eventos forem mutuamente exclusivos, tendo A ∩ B = Ø, utilizamos a seguinte equação:

Probabilidade de um evento complementar


É quando a soma das probabilidades de ocorrer o evento E, e de não ocorrer o evento E (seu complementar, Ē) é 1.

Probabilidade condicional
Quando se impõe uma condição que reduz o espaço amostral, dizemos que se trata de uma probabilidade condicional.
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral U, com p(B) ≠ 0. Chama-se probabilidade de A condicionada a B a probabilidade de
ocorrência do evento A, sabendo-se que já ocorreu ou que vai ocorrer o evento B, ou seja:

Podemos também ler como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.

– Caso forem dois eventos simultâneos (ou sucessivos): para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos simultâneos (ou
sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo
que o primeiro já ocorreu P (A | B). Sendo:

– Se dois eventos forem independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando P(A|B) = P(A) ou
P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

137
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
P (A ∩ B) = P(A). P(B) − Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica-
Lei Binomial de probabilidade das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
A lei binominal das probabilidades é dada pela fórmula: esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.

Sendo:
n: número de tentativas independentes;
p: probabilidade de ocorrer o evento em cada experimento (su-
cesso);
q: probabilidade de não ocorrer o evento (fracasso); q = 1 - p
k: número de sucessos.

ATENÇÃO:
A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:
– O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as
n vezes.
– Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e .
– A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes. Gráficos
– Cada experimento é independente dos demais. Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
Exemplo: -se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Lançando-se um dado 5 vezes, qual a probabilidade de ocorre- Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
rem três faces 6? uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
Resolução: indicado para situações que visem proporcionar uma impressão
n: número de tentativas ⇒ n = 5 mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento
k: número de sucessos ⇒ k = 3 do fenômeno em estudo.
p: probabilidade de ocorrer face 6 ⇒ p = 1/6 Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
q: probabilidade de não ocorrer face 6 ⇒ q = 1- p ⇒ q = 5/6 tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
ESTATÍSTICA: PROBABILIDADE, ESTATÍSTICA DESCRI- ser observadas:
TIVA Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é
localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de-
Tabelas pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical,
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações, o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos
das quais o dado numérico se destaca como informação central. eixos.
Sua finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples − Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
mínimo de espaço. corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
Elementos da tabela 4 cm.
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e − O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
elementos complementares. Os elementos essenciais são: seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a desig- do texto.
nação do fato observado, o local e a época em que foi estudado. − O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
os dados. interpretação.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteú-
do das colunas. Tipos de Gráficos
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo • Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre-
das linhas. sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema
Os elementos complementares são: tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare-
cer o conteúdo das tabelas.

138
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa-
radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da
largura da base dos mesmos.

• Cartogramas: são representações em cartas geográficas (ma-


pas).

b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico


de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo-
rem maiores que a base dos mesmos.

• Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente


ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi-
dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti-
lizados em situações que exijam maior precisão.

c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-


postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
como instrumento de comparação.

• Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de


fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos
em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de setores.

139
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em que A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afir-
se deseja evidenciar o quanto cada informação representa do total. mar que:
A figura consiste num círculo onde o total (100%) representa 360°, (A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza
subdividido em tantas partes quanto for necessário à representa- e Florianópolis.
ção. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três simples. Com (B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi
o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação dos ângulos cor- maior em Fortaleza.
respondentes a cada divisão. (C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianó-
polis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis.

Resolução:
A única alternativa que contém a informação correta com os
gráficos é a C.
Resposta: C

Média Aritmética
Ela se divide em:

• Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo


número de elementos n.
Exemplo: Para o cálculo:
(PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Es- Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numéri-
tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar co A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
dados apresentados de maneira organizada e construir represen-
tações, para formular e resolver problemas que impliquem o reco-
lhimento de dados e a análise de informações. Essa característica
da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de-
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória e da
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).
Exemplo:
Observe os gráficos e analise as informações. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALIS-
TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das
idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

Resolução:
Foi dado que: J = 2.M

(I)

Foi pedido:

Na equação ( I ), temos que:

Resposta: E

140
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi- Exemplo:
plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos. Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangentes à cir-
Para o cálculo cunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se que os
segmentos AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o lado BC é:

ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou


ponderada), deve ser entendida como média aritmética.

Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur-
so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1 (A) a média aritmética entre AB e CD.
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira. (B) a média geométrica entre AB e CD.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda (C) a média harmônica entre AB e CD.
e 9,0 na terceira? (D) o inverso da média aritmética entre AB e CD.
(A) 7,0 (E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.
(B) 8,0
(C) 7,8 Resolução:
(D) 8,4 Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a
(E) 7,2 AB, esta será perpendicular a CD também.
Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e
Resolução:
outra perpendicular a AB passando por D:
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua
nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos:

Resposta: B

Média geométrica
É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro-
duto de n elementos de um conjunto de dados.
Sendo BE perpendicular a AB temos que BE irá passar pelo cen-
tro da circunferência, ou seja, podemos concluir que o ponto E é
ponto médio de CD.
Agora que ED é metade de CD, podemos dizer que o compri-
• Aplicações mento AF vale AB-CD/2.
Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere inter- Aplicamos Pitágoras no triângulo ADF:
pretações geométricas. Podemos calcular, por exemplo, o lado de
um quadrado que possui a mesma área de um retângulo, usando a
definição de média geométrica.

Exemplo: (1)
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é
dada por: Aplicamos agora no triângulo ECB:
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013
(2)
Média harmônica
Corresponde a quantidade de números de um conjunto dividi- Agora diminuímos a equação (1) da equação (2):
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça compli-
cado, sua formulação mostra que também é muito simples de ser
calculada:
Note, no desenho, que os segmentos AD e AB possuem o mes-
mo comprimento, pois são tangentes à circunferência. Vamos então
substituir na expressão acima AD = AB:

141
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• A influência das partes interessadas, os riscos e as incertezas
são maiores durante o início do projeto. Estes fatores caem ao lon-
go da vida do mesmo.
• A capacidade de influenciar as características finais do produ-
Ou seja, BC é a média geométrica entre AB e CD. to do projeto, sem impacto significativo sobre os custos, é mais alta
Resposta: B no início e torna-se cada vez menor conforme o projeto progride
para o seu término.

GERENCIAMENTO DE PROJETOS: CICLO DE VIDA; ES- Fases do Projeto


TRUTURA ANALÍTICA DE PROJETO; ESTUDO DE VIA- São divisões de um projeto onde controle adicional é necessário
BILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA, GERENCIAMENTO para gerenciar de forma efetiva o término de uma entrega impor-
DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO tante. Geralmente as fases são terminadas sequencialmente, mas
podem se sobrepor em algumas situações.
O número de fases, a necessidade de fases e o grau de contro-
Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar le aplicado depende do tamanho, grau de complexidade e impacto
um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza tem- potencial do projeto. Independentemente do número de fases que
porária indica um início e um término definidos. O término é al- compõem um projeto, todas têm características semelhantes:
cançado quando os objetivos tiverem sido atingidos ou quando se • Quando as fases são sequenciais, o encerramento de uma
concluir que esses objetivos não serão ou não poderão ser atingidos fase termina com alguma forma de transferência ou entrega do
e o projeto for encerrado, ou quando o mesmo não for mais neces- produto do trabalho produzido como entrega da fase. O final desta
sário. fase representa um ponto natural de reavaliação dos esforços em
Os projetos são frequentemente utilizados como meio de atin- andamento e de modificação ou término do projeto, caso necessá-
gir o plano estratégico de uma organização. Os projetos são normal- rio. Esses pontos também são chamados de saídas de fase, marcos,
mente autorizados como resultado de uma ou mais das seguintes passagens de fase, passagens de estágio, portões de decisão ou
considerações estratégicas: pontos de término.
• Demanda de mercado • O trabalho tem um foco diferente de quaisquer outras fases.
• Oportunidade/necessidade estratégica de negócios Isso geralmente envolve diferentes organizações e conjuntos de ha-
• Solicitação de cliente bilidades.
• Avanço tecnológico e • A principal entrega ou objetivo da fase requer um grau supe-
• Requisito legal rior de controle para ser atingido com sucesso. A repetição de pro-
cessos entre todos os cinco grupos dos mesmos, conforme descrito
CICLO DE VIDA no Capítulo 3, proporciona o grau de controle adicional e define os
Consiste nas fases do mesmo que geralmente são sequenciais limites da fase.
e que às vezes se sobrepõem, cujo nome e número são determi-
nados pelas necessidades de gerenciamento e controle da(s) or- Relações entre fases
ganização(ões) envolvidas, a natureza do projeto em si e sua área Quando os projetos têm várias fases, estas são parte, em ge-
de aplicação. Um ciclo de vida pode ser documentado com uma ral, de um processo sequencial projetado para garantir um controle
metodologia. O ciclo de vida pode ser definido ou moldado de acor- adequado do projeto e obter o produto, serviço ou resultado dese-
do com aspectos exclusivos da organização, indústria ou tecnologia jado. Contudo, há situações em que um projeto pode se beneficiar
empregada. Ao passo em que todos os projetos têm um início e um de fases sobrepostas ou simultâneas. Há três tipos básicos de rela-
fim definidos, as entregas e atividades específicas conduzidas neste ções entre fases:
ínterim poderão variar muito de acordo com o projeto. O ciclo de • Uma relação sequencial, em que uma fase só poderá iniciar
vida oferece uma estrutura básica para o gerenciamento do proje- depois que a anterior terminar. A natureza passo a passo desta
to, independentemente do trabalho específico envolvido. abordagem reduz incertezas, mas pode eliminar opções de redução
Os projetos variam em tamanho e complexidade e todos os do cronograma.
projetos podem ser mapeados para a estrutura de ciclo de vida: • Uma relação sobreposta, em que a fase tem início antes do
• Início do projeto; término da anterior. Às vezes, ela pode ser aplicada como um exem-
• Organização e preparação; plo da técnica de compressão de cronograma denominada parale-
• Execução do trabalho do projeto e lismo. As fases sobrepostas podem aumentar o risco e resultar em
• Encerramento do projeto. retrabalho caso uma fase subsequente progrida antes que informa-
ções precisas sejam disponibilizadas pela fase anterior.
Esta estrutura genérica de ciclo de vida é frequentemente refe- • Uma relação iterativa, em que apenas uma fase está plane-
renciada na comunicação com a alta administração ou outras enti- jada a qualquer momento e o planejamento da próxima é feito à
dades menos familiarizadas com os detalhes do projeto. Esta visão medida que o trabalho avança na fase atual e nas entregas. Esta
de alto nível pode oferecer um quadro de referência comum para abordagem é útil em ambientes muito indefinidos, incertos ou em
comparação de projetos – mesmo que, em sua natureza, eles não rápida transformação, como pesquisas, mas pode reduzir a capaci-
sejam semelhantes. dade de fornecer um planejamento de longo prazo.

A estrutura genérica do ciclo de vida geralmente apresenta as A maioria das organizações desenvolveu culturas exclusivas,
seguintes características: que se manifestam de inúmeras maneiras, incluindo, mas não se
• Os níveis de custo e de pessoal são baixos no início, atingem limitando a:
um valor máximo enquanto o projeto é executado e caem rapida- • Visões compartilhadas, valores, normas, crenças e expecta-
mente conforme o projeto é finalizado. tivas,
• Políticas, métodos e procedimentos;

142
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Visão das relações de autoridade e ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA
• Ética do trabalho e horas de trabalho. O time de avaliadores deve determinar se o escopo do projeto
pode ser feito. Cada projeto tem sua variável técnica distinta. O de-
ESTRUTURA ANALÍTICA DE PROJETOS (EAP) senvolvimento de um software de gestão, por exemplo, é um pro-
Uma ferramenta essencial no gerenciamento de projeto para jeto complexo, que envolve um levantamento profundo de todas as
definição do escopo é a Estrutura Analítica de Projetos (EAP). Sendo necessidades da empresa em termos de otimização de processos,
uma decomposição hierárquica orientada às entregas do trabalho postos de trabalho envolvido e geração de informações, além dos
a ser executado pela equipe para atingir os objetivos do projeto e insumos tecnológicos necessários para o desenvolvimento.
criar as entregas requisitadas, sendo que cada nível descendente A abordagem técnica é o primeiro passo do estudo de viabili-
da EAP representa uma definição gradualmente mais detalhada da dade do projeto. É a partir dela que se seguirão os demais passos.
definição do trabalho do projeto. O estudo da viabilidade financeira vai se valer de muitas infor-
O trabalho planejado é contido dentro dos componentes de ní- mações do estudo técnico, como o tamanho da equipe, os profissio-
vel mais baixo da EAP, que são chamados de pacotes de trabalho. nais necessários, o prazo de conclusão x investimento, o custo total
Um pacote de trabalho pode ser agendado, ter seu custo estimado, estimado de material e horas/homem.
monitorado e controlado. A viabilidade financeira é o custo calculado do projeto em mais
de uma condição de prazo e volume de investimento. Para que o
Ferramentas e técnicas projeto seja viável financeiramente é preciso que a capacidade de
Decomposição: é a subdivisão das entregas do projeto em investimento dos envolvidos no empreendimento esteja à altura
componentes menores e mais gerenciáveis, até que as entregas do de, pelo menos, uma dessas projeções.
trabalho estejam definidas no nível de pacotes de trabalho. O nível
de pacote de trabalho é o mais baixo na EAP, é o ponto onde o custo Estudo Econômico
e a duração das atividades para o trabalho podem ser estimados e A última variável é a econômica. Parte-se do princípio que toda
gerenciados com confiança. O nível de detalhe dos pacotes de tra- obra tem uma finalidade e que essa finalidade está relacionada a
balho variará com o tamanho e complexidade do projeto. lucro.
A decomposição do trabalho completo do projeto em pacotes O que é mais simples, a empresa precisa calcular o retorno
de trabalho geralmente envolve as seguintes atividades: sobre o investimento. Se vai investir X, tem que receber X + Y. O
• Identificação e análise das entregas e seu trabalho relacio- projeto deve ser comparado com outros, de modo a saber qual será
nado; priorizado e qual será abandonado. É preciso cruzar, nesse caso, os
• Estruturação e organização da EAP, indicadores de viabilidade técnica, financeira e econômica.
• Decomposição dos níveis mais altos da EAP em componentes Em casos mais complexos, como a construção de um condo-
detalhados em menor nível; mínio empresarial ou um shopping, o estudo de viabilidade econô-
• Desenvolvimento e designação de códigos de identificação mica é mais complexo, e vai abordar o potencial anual de receitas
aos componentes da EAP e e despesas, com base numa série de informações mercadológicas.
• Verificação de que o grau de decomposição do trabalho é ne- O objetivo final é saber se o projeto é viável economicamente,
cessário e suficiente. qual seja se o investimento será recuperado através da operação,
em quanto tempo isso vai acontecer e qual o potencial de receitas
e lucros para os anos subsequentes.
A estrutura da EAP pode ser criada de várias maneiras, tais
como:
GERENCIAMENTO DAS AQUISIÇÕES DO PROJETO
• Usando fases do ciclo de vida do projeto como o primeiro
O gerenciamento das aquisições do projeto inclui os processos
nível de decomposição, com o produto e entregas inseridos no se-
necessários para comprar ou adquirir produtos, serviços ou resul-
gundo nível;
tados externos à equipe do projeto. A organização pode ser tanto
• Usando entregas principais como o primeiro nível de decom-
o comprador como o vendedor dos produtos, serviços ou resulta-
posição;
dos de um projeto. Ela abrange os processos de gerenciamento de
• Usando subprojetos que podem ser desenvolvidos por orga- contratos e controle de mudanças que são necessários para desen-
nizações externas à equipe do projeto, tal como um trabalho con- volver e administrar contratos ou pedidos de compra emitidos por
tratado. O fornecedor então desenvolve a estrutura de suporte da membros autorizados da equipe do projeto.
decomposição do trabalho contratado como parte do trabalho. Também abrange a administração de todos os contratos emi-
tidos por uma organização externa (o comprador) que está adqui-
Dicionário da EAP rindo o projeto da organização executora (o fornecedor) e a admi-
É um documento gerado pelo processo Criar a EAP que a supor- nistração das obrigações contratuais atribuídas à equipe do projeto
ta. Fornece descrições mais detalhadas dos componentes da EAP, pelo contrato.
inclusive dos pacotes de trabalho e contas de controle. As informa-
ções incluem, mas não estão limitadas a: Resumo dos processos de gerenciamento das aquisições do
• Código de identificador da conta; projeto, que inclui os seguintes itens:
• Descrição do trabalho; - Planejar as aquisições: O processo de documentação das de-
• Organização responsável pela execução; cisões de compras do projeto, especificando a abordagem e identi-
• Lista de marcos do cronograma; ficando fornecedores em potencial. Identifica também as necessi-
• Atividades do cronograma associadas; dades do projeto que podem, ou devem, ser melhor atendidas com
• Recursos necessários; a aquisição de produtos, serviços ou resultados fora da organização
• Estimativa de custos; do projeto, em comparação com as necessidades do projeto que
• Requisitos de qualidade; podem ser efetuadas pela equipe do projeto.
• Critérios de aceitação; - Realizar as aquisições: O processo de obtenção de respostas
• Referências técnicas e de fornecedores, seleção de um fornecedor e adjudicação de um
• Informações do contrato. contrato.

143
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
- Administrar as aquisições: O processo de gerenciamento das Etapas da gestão de conflitos
relações de aquisição, monitorando o desempenho do contrato e 1. Identificar o problema: Saber se as pessoas envolvidas estão
realização de mudanças e correções conforme necessário. conscientes do problema e dispostas a buscar a solução;
- Encerrar as aquisições: O processo de finalizar todas as aqui- 2. Analisar e escolher a melhor solução: Transformar o nega-
sições do projeto. tivo em positivo, diversidade de ideias, respeito às características
individuais, conciliar os opostos.
Esses processos interagem entre si e com os processos das ou- 3. Colocar em prática;
tras áreas de conhecimento. De acordo com os requisitos do pro- 4. Avaliar os resultados;
jeto, cada processo pode envolver o esforço de um grupo ou de 5. Manutenção;
uma pessoa. Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos
os projetos e em uma ou mais fases do projeto, caso o projeto seja Para solucionar um conflito é necessário:
dividido em fases. - Saber comunicar;
- Saber ouvir;
Referências Bibliográficas: - Saber perguntar.
Disponível em https://sdfernandes2005.blogspot.com/2010/12/siste-
mas-de-apoio-decisao-sad.html Acesso em 27.12.2021 Estilos de Administração de Conflitos
Disponível em https://tecplaner.com.br/estudo-de-viabilidade-do-pro- - Competição: busca satisfação dos interesses, tenta convencer
jeto Acesso 27.12.2021 a outra parte, leva a outra parte a aceitar a culpa.
AWAD88; Awad, Elias M., Management Information Systems, Benja- - Colaboração: contempla os interesses das partes envolvidas,
min/Cummings, 1988. busca resultado benéfico para ambas.
LUCA90; Lucas, Henry C. Jr., Information Systems Concepts for Mana- - Evitação: evita todo e qualquer envolvimento com o conflito.
gement, McGraw-Hill International, 1990. - Acomodação: tende a apaziguar a situação, chegando a co-
ROCK86; Rockart, John F. e Cristine V. Bullen, The Rise of Managerial locar as necessidades e interesses da outra parte acima dos seus.
Computing, Dow Jones-Irwin, 1986. - Compromisso: uma das partes do conflito desiste de alguns
SPRA91; Sprague, Ralph H. e Hugh J.Watson, Sistemas de Apoio à pontos ou itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as
Decisão, Campus. 1991. partes.
RIBEIRO, Osni Moura - Contabilidade básica fácil – Editora Saraiva
MOTA, Márcio Jardim. Educação ambiental nas empresas e o sistema Dicas para uma boa Administração de Conflitos
de gestão ambiental. 1. Procure soluções, não culpados;
Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (GUIA PM- 2. Analise a situação;
BOK®) PMBOK – 4º Edição 3. Mantenha um clima de respeito;
4. Aperfeiçoe a habilidade de ouvir e falar;
5. Seja construtivo ao fazer uma crítica;
CONFLITOS E NEGOCIAÇÃO 6. Procure a solução Ganha-ganha;
7. Aja sempre no sentido de eliminar os conflitos;
8. Evite preconceitos;
Conflito 9. Mantenha a calma;
A área de Recursos Humanos deve estar totalmente alinhada à 10. Quando estiver errado, reconheça;
cultura da empresa, pois a compreensão dos vínculos construídos 11. Não varra os problemas para debaixo do tapete.
dentro do ambiente de trabalho é a etapa inicial para o desafio de
gerir as pessoas. Para Soledade (2007), é através do entendimento O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas
dos elementos constituintes da cultura que é possível compreender e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das
os mecanismos de interação entre os colaboradores e as tarefas tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas
que executam. Dentre os fatores críticos de sucesso, salienta-se o é que nascem as oportunidades de crescimento mútuo.
desenvolvimento de lideranças capazes de alinhar as expectativas De acordo com Chiavenato (2009, p.361), conflito e coopera-
do grupo com os objetivos da empresa, criando as condições de ção constituem elementos integrantes da vida das organizações.
reciprocidade essenciais para atingir um desempenho que atenda Ambos têm recebido atenção por parte das recentes teorias da or-
às pressões internas e externas da organização. As lideranças ganização, considerando-se hoje cooperação e conflito como dois
devem ser legitimadas tanto pelo enfoque do empregado quanto aspectos de atividade social ou, melhor dizendo, dois lados de uma
pelo da empresa, para que possam efetivamente atuar como elos mesma moeda. Ambos estão inseparavelmente ligados na prática.
entre estes dois polos, buscando atuar de maneira conciliatória na Tanto que a resolução do conflito é muito mais entendida como uma
resolução dos conflitos surgidos. fase de esquema conflito-cooperação do que como uma resolução
A Administração de Conflitos consiste exatamente na escolha final do conflito. Assim, “o conflito é um processo que se inicia
e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com quando uma parte – seja indivíduo, o grupo ou a organização – per-
cada tipo de situação. Lidar com o conflito consiste em trabalhar cebe que a outra parte – seja o indivíduo, o grupo ou a organização
com grupos e tentar romper alguns estereótipos vigentes na orga- – frustrou ou pretende frustrar um interesse seu” (CHIAVENATO,
nização. Criar tarefas a serem executadas em conjunto por grupos 2009, p.362). Segundo este autor, os conflitos surgem a partir de
diferentes é uma forma de garantir que seu cumprimento seja três condições inerentes à vida organizacional: diferenciação de
reconhecido pelo trabalho dos grupos. atividades; recursos compartilhados; atividades interdependentes.
Mediador: mobiliza as partes em conflito para um acordo. Aju- E são decorrentes de duas condições desencadeantes: percepção
da as partes envolvidas a discutir e resolver as situações de conflito. da incompatibilidade de objetivos; percepção da oportunidade de
Facilitador do processo. interferência. “Como consequência, a parte afetada se engaja em
um comportamento de conflito” (CHIAVENATO, 2009, p.363).

144
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
De acordo com Chiavenato, “a maneira pela qual um conflito A seguir, é possível acompanhar a evolução dos conflitos e
é resolvido influencia os resultados – construtivos ou destrutivos – suas características:
que ele produz e, portanto, os futuros episódios de conflito” (2009, Nível 1 – Discussão: é o estágio inicial do conflito; caracteriza-
p.365). Segundo o autor, o conflito pode ser resolvido de três ma- -se normalmente por ser racional, aberta e objetiva;
neiras (sendo que nas duas primeiras tende-se a uma continuidade Nível 2 – Debate: neste estágio, as pessoas fazem generaliza-
do conflito): ções e buscam demonstrar alguns padrões de comportamento. O
1. Resolução ganhar/perder – uma das partes vence o conflito grau de objetividade existente no nível 1 começa a diminuir;
e frustra a outra; Nível 3 – Façanhas: as partes envolvidas no conflito começam
2. Resolução perder/perder – cada parte desiste de seus obje- a mostrar grande falta de confiança no caminho ou alternativa
tivos e ambas perdem; escolhidos pela outra parte envolvida;
3. Resolução ganhar/ganhar – as partes identificam soluções Nível 4 – Imagens fixas: são estabelecidas imagens preconce-
que permitem a ambas atingirem seus objetivos. bidas com relação à outra parte, fruto de experiências anteriores
ou de preconceitos que trazemos, fazendo com que as pessoas
O pensamento administrativo tem-se preocupado profunda- assumam posições fixas e rígidas;
mente com os problemas de obter cooperação e de sanar conflitos. Nível 5 – Loss of face (ficar com a cara no chão.): trata-se da
O conflito não é nem casual nem acidental, mas é inerente à vida postura de “continuo neste conflito custe o que custar e lutarei até
organizacional ou, em outros termos, é inerente ao uso do poder. o fim”, o que acaba por gerar dificuldades para que uma das partes
O texto a seguir, oriundo de curso da Polícia Militar de Per- envolvidas se retire;
nambuco, apresenta os principais aspectos do gerenciamento de Nível 6 – Estratégias: neste nível começam a surgir ameaças e
conflitos. a punições ficam mais evidentes. O processo de comunicação, uma
das peças fundamentais para a solução de conflitos, fica cada vez
Administração de Conflitos mais restrito;
Os conflitos surgem por razões tipo competição entre as pesso- Nível 7 – Falta de humanidade: no nível anterior evidenciam-se
as, por recursos disponíveis, mas escassos; pela divergência de alvos as ameaças e punições. Neste, aparecem com muita frequência os
entre as partes; e pelas tentativas de autonomia ou libertação de primeiros comportamentos destrutivos e as pessoas passam a se
uma pessoa em relação a outra, assim como podem ser atendidos sentir cada vez mais desprovidas de sentimentos;
como fontes de conflito: direitos não atendidos ou não conquis- Nível 8 – Ataque de nervos: nesta fase, a necessidade de se
tados; mudanças externas acompanhadas por tensões, ansiedades auto-preservar e se proteger passam a ser a única preocupação. A
e medo; luta pelo poder; necessidade de status, desejo de êxito principal motivação é a preparação para atacar e ser atacado;
econômico; exploração de terceiros (manipulação); necessidades Nível 9 – Ataques generalizados: neste nível chega-se às vias de
individuais não atendidas; expectativas não atendidas; carências de fato e não há alternativa a não ser a retirada de um dos dois lados
informação, tempo e tecnologia; escassez de recursos; marcadas envolvidos ou a derrota de um deles.
diferenças culturais e individuais; divergência e metas; tentativa de
autonomia; emoções não expressas/inadequadas; obrigatoriedade Um conflito, como já se viu, frequentemente pode surgir de
de consenso; meio-ambiente adverso e preconceitos. uma pequena diferença de opiniões, podendo se agravar e atingir
No dia a dia das organizações e até mesmo de nossas vidas um nível de hostilidade que chamamos de conflito destrutivo, para
pessoal vivemos o conflito de diferentes maneiras: quantas vezes lidar com estes é importante conhecê-los, saber qual é sua amplitu-
as pessoas não atravessam nosso caminho, dificultando ou mesmo de e como estamos preparados para trabalhar com eles;
impedindo o atingimento de nossos objetivos? Assim, o conflito Existem inúmeros tipos de conflitos e sua identificação pode
não deve ser visto apenas como impulsionador de agressões, dis- auxiliar a detectar a estratégia mais adequada e talvez possamos
putas ou ataques físicos, mas como um processo que começa na a partir destas informações, saber como superá-los ou utilizá-lo
nossa percepção e terminam com a adoção de uma ação adequada como um auxilio de crescimento na organização:
e positiva, os conflitos surgem e nosso dever é estarem situados • Conflito latente: não é declarado e não há, mesmo por parte
quanto às causas dos mesmos normalmente estes se dão, por dos elementos envolvidos, uma clara consciência de sua existência.
muitos aspectos, logo abaixo estaremos citando alguns: Eventualmente nem precisam ser trabalhados.
• Pela experiência de frustração de uma ou ambas as partes, • Conflito percebido: os elementos envolvidos percebem,
ou seja, a incapacidade de atingir uma ou mais metas ou realizar os racionalmente, a existência do conflito, embora não haja ainda
seus desejos, por algum tipo de interferência ou limitação pessoal, manifestações abertas do mesmo;
técnica ou comportamental. • Conflito sentido: é aquele que já atinge ambas as partes, e
• Diferenças de personalidades, que são invocadas como em que há emoção e forma consciente;
explicação para as desavenças tanto no ambiente familiar como no • Conflito manifesto: trata-se de conflito que já atingiu ambas
ambiente de trabalho, e reveladas no relacionamento diário através as partes, já é percebido por terceiros e pode interferir na dinâmica
de algumas características indesejáveis na outra parte envolvida; da organização.
• Metas diferentes, pois é comum estabelecermos ou rece- • Os conflitos interpessoais se dão entre duas ou mais pessoas
bermos metas a serem atingidas e que podem ser diferentes dos e podem ocorrer por vários motivos: diferenças de idade, sexo,
de outras pessoas e de outros departamentos, o que nos leva à valores, crenças, por falta de recursos materiais, financeiros, e por
geração de tensões em busca de seu alcance; diferenças de papeis, podemos dividir este tipo de conflitos em
• Diferenças em termos de informações e percepções, costu- dois:
meiramente tendemos a obter informações e analisá-las à luz dos • Hierárquicos: colocam em jogo as relações com a autoridade
nossos conhecimentos e referenciais, sem levar em conta que isto existente. Ocorre quando a pessoa é responsável por algum grupo,
ocorre também com o outro lado com quem temos de conversar ou não encontrando apoio junto aos seus subordinados e vice-versa.
apresentar nossas ideias, e que este outro lado pode ter uma forma Neste caso, as dificuldades encontradas no dia-a-dia deixam a
diferente de ver as coisas. maior parte das pessoas envolvidas desamparada quanto à decisão
a ser tomada.

145
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
• Pessoais: dizem respeito ao indivíduo, à sua maneira de ser, Avaliação de desempenho dos recursos humanos
agir, falar e tomar decisões. As “rixas pessoais” fazem com que as A avaliação de desempenho consiste em uma sistemática
pessoas não se entendam e, portanto, não se falem. Em geral esses apreciação da eficácia do trabalho de uma pessoa, em relação aos
conflitos surgem a partir de pequenas coisas ou situações nunca objetivos propostos pela organização. Por isso é de fundamental
abordadas entre os interessados. O resultado é um confronto tácito importância, que os objetivos da organização estejam sempre bem
que reduz em muito a eficiência das relações. definidos e explicitados, pois quando estes objetivos não estão bem
• Todos os conflitos podem ser resolvidos, mas nem todos os claros, pode ocorrer desvios nos resultados. Além de apreciar a efi-
conflitos irão ser resolvidos”. A afirmação paradoxal é de George cácia do trabalho, a avaliação de desempenho deverá também me-
Kohlrieser, psicólogo especializado em comportamento organiza- dir os potenciais de desenvolvimento das pessoas, que geralmente
cional. Desta forma, ele quer demonstrar que não há limites para se encontram latentes temporariamente, que devem ser identifica-
quem está disposto a se esforçar para atingir seus objetivos. dos, desenvolvidos e aproveitados. Existem dois tipos principais de
avaliações dos recursos humanos de uma organização, e denomi-
Consequências do conflito. nam-se informais e formais.
Podemos identificar em algumas situações, vários aspectos do A avaliação informal de recursos humanos consiste basicamen-
conflito que podem ser considerados como negativos e aparecem te no processo contínuo de oferecer aos subordinados, informa-
com frequência dentro das organizações. ções sobre como estão realizando o trabalho para a organização,
• Quando desviam a atenção dos reais objetivos, colocando devendo ocorrer cotidianamente e em um clima de naturalidade e
em perspectiva os objetivos dos grupos envolvidos no conflito e informalidade, geralmente seus resultados são de correção de um
mobilizando os recursos e os esforços para a sua solução; desempenho indesejável.
• Quando tornam a vida uma eterna derrota para os grupos A avaliação formal de recursos humanos consiste basicamen-
de “perdedores habituais”, interferindo na sua percepção e na te na aplicação de métodos pré-estabelecidos de acordo com os
socialização daqueles que entram na organização; objetivos da organização, destinado a classificar o desempenho
• Quando favorecem a percepção estereotipada a respeito dos atual do indivíduo, identificar aqueles que merecem promoções ou
envolvidos, como ocorre frequentemente em organizações. Se por aumentos salariais, como também identificar as necessidades de
um lado existem os estereótipos genéricos referentes às categorias treinamento adicional. Este tipo de avaliação geralmente ocorre
profissionais, dentro de cada organização, além dos tipos que fa- semestralmente ou anualmente.
zem parte de sua cultura individual, como seus heróis, mitos, tipos Existem muitos tipos de métodos de avaliação de desempe-
ideais, começam a surgirem seus “perdedores”, “ganhadores”, nho, pois eles são criados visando atender os objetivos de cada or-
“culpados” e “inimigos”. ganização, e muitas vezes são utilizados mais de um tipo, para que
No entanto temos potenciais de efeitos benéficos dos confli- a avaliação se torne mais completa, por isso vejamos quatro tipos
tos, a saber: principais que são mais utilizados pelas organizações: A avaliação
• São bons elementos de socialização, pois oferecem aos dos subordinados pelo superior, é um dos tipos mais utilizados pe-
novos participantes de um grupo a sensação de envolvimento com las organizações;
alguma causa; Um grupo de superiores avaliando os subordinados, é realiza-
• Ajudam a equilibrar as relações de poder dentro da orga- do por um comitê de administradores, onde cada um preenche for-
nização, pois qualquer episódio de conflito pode haver diferente mulários de avaliação em separado, valendo a pena salientar que
ganhador (independentemente das percepções anteriores); as tendências de injustiças se tornam diluídas, apesar de demandar
• Propiciam a formação de alianças com o objetivo de ganhar mais tempo; Um grupo de subordinados avalia um colega, este mé-
num conflito específico, mas também de garantir mais poder. todo é menos utilizado, pois se destina principalmente para medir a
capacidade de liderança de um indivíduo; Os subordinados avaliam
Mas para que a administração de conflitos possa ocorrer com os superiores, este método tem importância peculiar, pois propicia
sucesso, é necessário que ambas as partes saibam se comunicar, avaliar os administradores, propicia se efetuar a correção de algu-
ouvir, e perguntar, pois sem diálogo, não há comunicação nem mas falhas e consequentemente a melhoria de desempenho dos
solução possível para os problemas, a maioria dos erros, omissões, avaliados. É necessário que os avaliadores não se tornem juízes, e
irritações, atrasos e conflitos são causados por uma comunicação por conseguinte atribuam julgamento nos processos de avaliação
inadequada. de desempenho, pois isto constitui uma distorção. Os objetivos da
Sejam eles positivos ou negativos, os conflitos podem ser con- avaliação devem ser em busca da comparação do desempenho atu-
siderados úteis pelo papel que desempenham na vida das pessoas, al e a busca do desempenho proposto ou ideal para a organização.
portanto é possível constatar que nenhuma organização está livre
de conflitos, pois praticamente toda a empresa sofre e se beneficia
com eles. EXERCÍCIOS
Os conflitos são responsáveis por sérias ameaças à estabilidade
da organização, mas também podem agir de maneira construtiva
estimulando o potencial de inovação. 1. (CFT - Assistente de Marketing I – QUADRIX/2021) Quanto
O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas aos conceitos de marketing, julgue o item.
e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das O marketing estuda o desempenho das atividades comerciais
tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor
é que nascem oportunidades de crescimento mútuo. ou usuário.
A administração moderna deve encarar o conflito como uma (....) CERTO
força constante dentro da organização e procurar administrá-la (....) ERRADO
para que estes atuem de maneira construtiva através das técnicas
da administração de conflitos.

146
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
2. (SEED/PR - Professor - Gestão e Negócios - CESPE/CEBRAS- ais. Por outro lado, exige a instalação de servidores dentro do
PE/2021) A pesquisa de marketing que busca medir quanto o con- próprio território como contrapartida para a realização de ne-
sumidor compra de determinada marca ou de determinado produ- gócios transnacionais.
to é denominada
(A) pesquisa de tendência. 6. (ITEP/RN - Assistente Técnico Forense – Administração -
(B) pesquisa de projeção. INSTITUTO AOCP/2021) Assinale a alternativa que apresenta a for-
(C) pesquisa secundária. ça para a mudança organizacional que tem como exemplo o cresci-
(D) pesquisa de exploração. mento do comércio eletrônico.
(E) pesquisa quantitativa. (A) Tecnologia.
(B) Competição.
3. (CODEVASF - Analista em Desenvolvimento Regional – Ad- (C) Tendências sociais.
ministração - CESPE/CEBRASPE/2021) Acerca do processo adminis- (D) Choques econômicos.
trativo nas organizações, julgue o item seguinte. (E) Natureza da força do trabalho.
Plano de pesquisa de mercado e plano de distribuição são fer-
ramentas típicas do nível de planejamento mercadológico, que faz 7. (FURB/SC - Assistente Administrativo – FURB/2021) Em re-
parte do planejamento estratégico. lação às funções administrativas, avalie as seguintes afirmações:
(....) CERTO I- O controle consiste na operacionalização do trabalho manual
(....) ERRADO a ser realizado.
II- As funções administrativas básicas são: planejamento, orga-
4. (SEED/PR - Professor - Gestão e Negócios - CESPE/CEBRAS- nização, direção e controle.
PE/2021) O marketing digital abrange III- As funções administrativas são a base de atuação do admi-
I marketing de conteúdo. nistrador nas organizações.
II links patrocinados.
III mídias sociais. É correto o que se afirma em:
IV e-books. (A) II e III, apenas.
(B) III, apenas.
Assinale a opção correta. (C) II, apenas.
(A) Apenas os itens I e II estão certos. (D) I, apenas.
(B) Apenas os itens III e IV estão certos. (E) I, II e III.
(C) Apenas os itens I, III e IV estão certos.
(D) Apenas os itens II, III e IV estão certos. 8. (IBGE - Supervisor de Pesquisas – Gestão – IBFC/2021) As
(E) Todos os itens estão certos. estratégias da organização são respostas aos desafios e oportuni-
dades do ambiente e dos sistemas internos. Sobre as categorias de
estratégias, assinale a alternativa incorreta.
5. (APEX Brasil - Analista I – CESPE/CEBRASPE/2021) A OMC
(A) Penetração de mercado.
define comércio eletrônico como a “produção, distribuição, marke-
(B) Desenvolvimento de produto.
ting, venda e entrega de bens e serviços por meios eletrônicos”. A
(C) Diferenciação.
pandemia do coronavírus afetou a forma de consumo da sociedade,
(D) Diversificação.
com severo impacto nas transações comerciais: o varejo tradicional
(E) Comportamento sintético.
sofreu significativa queda, enquanto transações realizadas digital-
mente impulsionaram o comércio eletrônico a níveis inéditos. A res-
9. (Prefeitura de João Pessoa/PB - Assistente Administrati-
peito do comércio eletrônico, assinale a opção correta.
vo - INSTITUTO AOCP/2021) No desempenho de suas funções na
(A) Uma das vantagens do comércio eletrônico internacional é Prefeitura de João Pessoa, você necessita tomar decisões sobre a
a ausência de impacto tributário para o consumidor, permitin- formulação de algumas estratégias para alcançar objetivos de suas
do a conformação de um mercado global unificado, redução do atividades. Qual é a função ou o processo administrativo que você
custo final de bens e serviços. utilizará?
(B) Na medida em que a tecnologia do comércio eletrônico per- (A) Controle.
mite contornar a capacidade de restrição de acesso a mercados (B) Direção.
nacionais, o tema não tem sido objeto de discussões multilate- (C) Planejamento.
rais no âmbito da OMC, que tampouco tem competência para (D) Coordenação.
estabelecer normas em matéria de fluxo e proteção de dados, (E) Organização.
mensagens comerciais não solicitadas (spam), proteção ao
consumidor e serviços de pagamentos eletrônicos. 10. (ITEP/RN - Assistente Técnico Forense – Administração -
(C) O Protocolo de Comércio Eletrônico do MERCOSUL amplia INSTITUTO AOCP/2021) Assinale a alternativa que apresenta um
termos firmados com o Chile, leva em consideração as negocia- conceito de gestão estratégica.
ções extrarregionais com a União Europeia e contempla diver- (A) É o conjunto de decisões e ações que visa proporcionar uma
sas disciplinas regulatórias alinhadas com as melhores práticas adequação competitivamente superior entre a organização e
globais, acordos comerciais mais abrangentes sobre a matéria seu ambiente.
e recomendações de organismos e fóruns internacionais como (B) É o conjunto de decisões e ações que visa proporcionar a
o G20 e a OCDE. adequada qualidade em todos os processos organizacionais
(D) A tecnologia de compras internacionais online torna desne- existentes na organização.
cessária a proibição de imposição de direitos aduaneiros sobre (C) É o conjunto de decisões e ações que visa proporcionar
transmissões eletrônicas e adapta ao ambiente virtual normas um posicionamento estratégico diferenciado que otimiza o
de proteção ao consumidor, como proteção de dados pesso- aproveitamento dos recursos.

147
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
(D) É o conjunto de decisões e ações que visa proporcionar
uma eficiente gestão que possibilite à organização incrementar
continuamente suas receitas.
(E) É o conjunto de decisões e ações que visa proporcionar
um aumento no nível das operações que alcance a plena
capacidade instalada.

11. (CORE/PR - Assistente Administrativo Júnior – QUA-


DRIX/2021) No que diz respeito ao processo organizacional, julgue
o item.
O desdobramento dos objetivos organizacionais é realizado
pela função de direção.
(....) CERTO
(....) ERRADO Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta das
etapas do processo.
12. (CORE/PR - Assistente Administrativo Júnior – QUA- (A) c; a; b; d; e; f.
DRIX/2021) No que diz respeito ao processo organizacional, julgue (B) a; b; c; d; e; f.
o item. (C) a; b; c; d; f; e.
A função de direção está relacionada com a ação, isto é, com (D) d; e; f; a; b; c.
fazer as coisas andarem e acontecerem dentro de uma organização. (E) d; e; f; a; c; b.
(....) CERTO
(....) ERRADO 15. (EMGEPRON - Analista Técnico (Licitações) – SELE-
CON/2021) Na gestão dos estoques, o método de produção que
13. (TIMBOPREV/SC - Auxiliar de Serviços Administrativos – tem como objetivo disponibilizar os materiais requeridos pela ma-
FURB/2021) Em relação à função compras, analise as afirmativas nufatura apenas quando forem necessários para que o custo de es-
abaixo e identifique as corretas: toque seja menor, é o:
I- Tem como objetivo obter um fluxo contínuo de suprimentos, (A) Kanban.
visando atender o planejamento de compras. (B) Just-in-time.
II- A função compras ainda é essencialmente uma função de (C) Comakership.
apoio, sem grande importância estratégica. (D) Materials requirement planning.
III- A função compras é uma atividade burocrática e repetitiva,
um centro de despesa e não um centro de lucros. 16. (IMBEL - Engenheiro de Controle de Qualidade – FGV/2021)
ATENÇÃO: a questão a seguir deve ser respondida a partir do texto:
É correto o que se afirma em: Uma loja de materiais de construção comercializa anualmente
(A) II, apenas. 1.000 parafusos. O custo de colocação de um pedido é de R$ 10,00,
(B) III, apenas. enquanto o custo anual de carregamento do estoque é de R$ 0,50
(C) II e III, apenas. por unidade e os custos independentes são de R$ 40,00 por ano.
(D) I, apenas. Para a condição apresentada, o lote econômico de compra é
(E) I, II e III. composto por
(A) 100 parafusos.
14. (EBSERH - Analista Administrativo - Gestão Hospitalar – (B) 200 parafusos.
VUNESP/2020) Strategic Sourcing ou Compras Estratégicas é o (C) 250 parafusos.
processo de desenvolvimento e gerenciamento da relação com for- (D) 400 parafusos.
necedores para aquisição de materiais e contratação de serviços, (E) 500 parafusos.
considerando o menor custo total, alinhada com a visão de negó-
cios da organização. Seu objetivo é viabilizar a otimização da cadeia 17. (FUNSAÚDE/CE - Engenheiro de Produção – FGV/2021) As-
de suprimentos para disponibilizar melhores níveis de serviço e re- sinale a opção que indica um objetivo básico da aplicação do MRP
dução do custo total para os usuários. nos processos produtivos de uma empresa.
Leia as informações sobre os principais passos para implemen- (A) Aumentar a qualidade do produto final ao cliente.
tação de Strategic Sourcing ou Compras Estratégicas. (B) Reduzir os períodos em manutenção das máquinas.
(C) Evitar excessos ou falta de material ao longo da cadeia pro-
dutiva.
(D) Otimizar a quantidade de mão de obra necessária.
(E) Reduzir a quantidade de refugo dos itens fabricados.

18. (MPE/RS - Técnico do Ministério Público - INSTITUTO


AOCP/2021) Qual é o sistema de administração de recursos mate-
riais que focaliza a demanda efetiva?
(A) Sistema funcional de compras.
(B) Sistema de registro de preço.
(C) Sistema just-in-time/Kanban.
(D) Sistema multifontes de estoque.
(E) Sistema tradicional de abastecimento.

148
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
19. (FUNSAÚDE/CE - Analista Administrativo – FGV/2021) O 23. (TJM-MG - Analista Judiciário – Contador - Instituto Con-
sistema de produção just in time ganhou popularidade por ter sido sulplan – 2021) Os elementos reconhecidos nas demonstrações
utilizado de forma bem-sucedida pela empresa Japonesa Toyota, a contábeis são quantificados em termos monetários. Isso exige a
partir da década de 60. Devido ao seu sucesso, esse sistema foi pos- seleção de uma base de mensuração. Ao aplicar a base de mensu-
teriormente replicado por diversas outras organizações ao redor do ração a Ativo ou Passivo, cria-se uma mensuração para esse Ativo
mundo. Esse sistema tem como característica a ideia de que ou Passivo e para as respectivas Receitas e Despesas. O CPC 00 (R2)
(A) a demanda é responsável por puxar a produção, em quanti- – Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro – um ativo mensu-
dades determinadas e no momento certo. rado por seu valor em uso reflete:
(B) o emprego do método Kanban permite a maximização de (A) O preço que seria recebido pela transferência do Ativo em
estoques de escala em depósitos de terceiros. transação ordenada entre participantes do mercado na data de
(C) a rigidez do processo produtivo sustenta a manutenção de mensuração.
um custo fixo zero. (B) O valor presente dos fluxos de caixa, ou outros benefícios
(D) a sazonalidade das compras de insumos, causada pela ra- econômicos, que a entidade espera obter do uso de Ativo e de
cionalidade pontual dos consumidores, viabiliza uma produção sua alienação final.
contínua. (C) O valor que reflete a perspectiva dos participantes do mer-
(E) o aumento permanente nos prazos de fabricação garante cado, utilizando as mesmas premissas que os participantes do
a eliminação dos efeitos causados pelos riscos de interrupção. mercado utilizariam ao precificar o Ativo.
(D) O valor do Ativo equivalente na data de mensuração, com-
20. (UFBA – Administrador - UFBA – 2012) Em relação aos da- preendendo a contraprestação que seria paga na data de men-
dos e às informações das organizações que, cada vez mais, tornam- suração mais os custos de transação que seriam incorridos nes-
-se complexas, pode-se afirmar: sa data.
Enquanto insumo utilizado pelos diferentes segmentos da or-
ganização, uma informação deve apresentar, ao menos, os seguin- 24. (Prefeitura de Vacaria - RS - Técnico em Contabilida-
tes requisitos essenciais: precisão, extensão e pontualidade. de - FUNDATEC – 2021) As provisões referem-se a obrigações
( ) CERTO __________, quanto ao prazo de pagamento e valor a ser quita-
( ) ERRADO do. Os Accruals são ________ a pagar que não foram faturados ou
formalizados e pagos, e a incerteza de sua estimativa é _______
21. (Prefeitura de Rio de Janeiro - RJ – Administrador - FJG - do que as provisões, sendo divulgados frequentemente no contas
RIO – 2011) A tecnologia de aquisição eletrônica de materiais que a ________.
é caracterizada pela ligação direta entre os computadores da em- Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamen-
presa com os dos fornecedores, utilizando software específico para te, as lacunas do trecho acima.
comunicação e tradução dos documentos, é denominada: (A) incertas – ativos – maior – receber
(A) e-commerce (B) certas – provisões – menor – pagar
(B) CRM (C) duvidosas – despesas – maior – receber
(C) e-mail (D) improváveis – receitas – menor – pagar
(D) EDI (E) incertas – passivos – menor – pagar

22. (UNIVASF – Administrador - IDECAN – 2019) A respeito dos 25. (IDIB – CRF -2018) O patrimônio é definido como sendo:
sistemas de informação, analise as afirmativas a seguir: (A) O conjunto de bens tangíveis e intangíveis de propriedade
I. Sistemas de apoio a decisão (SAD) utilizam a análise dos de uma empresa.
dados e tentam demonstrar ações que podem ser realizadas pelo (B) São bens da empresa utilizados para atingimento de seus
administrador, dando maior segurança e agilidade ao processo de objetivos.
decisão. (C) São bens, valores e as obrigações com sócios e terceiros.
II. Sistemas de apoio ao executivo (SAE) são voltados à tomada (D) Conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a
de decisão e reúnem tanto os dados internos da empresa quanto uma determinada entidade.
dados externos, visando apoiar as decisões do executivo.
III. Sistemas de processamento de transações visam apoiar 26. (Prefeitura de São João del Rei - MG - Técnico de Contabili-
a alta gestão, através de indicadores chaves de performance, dade - IBGP – 2021) O objeto da contabilidade é o patrimônio, que
dashboard e outras abordagens intuitivas ao gestor estratégico. é definido como o conjunto de bens, direitos e obrigações, mensu-
ráveis monetariamente e vinculados a uma entidade.
Assinale Nesse contexto, é CORRETO afirmar que o Balanço Patrimonial
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. é a representação gráfica do patrimônio, e tecnicamente evidencia:
(B) se somente a afirmativa II estiver correta. (A) A situação patrimonial da entidade em uma determinada
(C) se somente a afirmativa III estiver correta. data.
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (B) O resultado econômico decorrente da gestão patrimonial
(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. em um determinado período.
(C) O saldo da equação patrimonial da entidade em uma deter-
minada data.
(D) Os aspectos estático e dinâmico do patrimônio da entidade.

149
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
27. (SEFAZ-AL - Auditor Fiscal de Finanças e Controle de Arre- (E) os ciclos de vida de um projeto podem ser preditivos ou
cadação da Fazenda - Estadual - CESPE / CEBRASPE – 2021) Julgue adaptativos, havendo geralmente uma ou mais fases associa-
o item a seguir, no que se refere ao controle e à gestão de custos em das com o desenvolvimento do produto, serviço ou resultado.
uma empresa industrial.
Uma das vantagens de promover a separação dos operários da 31. (IMBEL - Analista Especializado - Analista de Recursos Hu-
fábrica em equipes, de modo que cada equipe venha a dedicar seu manos – Reaplicação - FGV – 2021) Sobre as características da Es-
tempo exclusivamente à produção de um único produto, é poder trutura Analítica do Projeto, analise as afirmativas a seguir.
tratar os salários dos referidos operários como custos diretos de I. Evidencia as entregas em pacotes de trabalho.
produção, evitando-se a utilização de critérios de rateio subjetivos II. É representada por meio de uma estrutura hierarquizada.
e arbitrários para a alocação dos referidos custos aos diversos pro- III. Amplia o tempo e a complexidade do gerenciamento.
dutos fabricados pela empresa.
( ) CERTO Está correto o que se afirma em
( ) ERRADO (A) I, apenas.
(B) II, apenas.
28. (Analista Judiciário – Contador - FGV - 2021 - TJ-RO) Na (C) I e II, apenas.
implantação de um sistema de custos, para associar os custos ao (D) I e III, apenas.
que se deseja mensurar (objeto de custo) é necessário adotar o que (E) II e III, apenas.
se denomina método de custeio. Um dos métodos de custeio mais
largamente usados é o custeio por absorção. Uma das característi- 32. (FUNSAÚDE - CE - Analista de Recursos Humanos - FGV –
cas desse método é que: 2021) Assinale a opção que não se enquadra entre as fases do ciclo
(A) a variação dos custos é diretamente associada ao volume de vida de um projeto.
de produção; (A) Execução.
(B) aloca os custos às atividades para posterior alocação ao ob- (B) Início.
jeto de custo final; (C) Monitoramento.
(C) aplica critérios arbitrários e subjetivos para alocação dos (D) Organização e Preparação.
custos indiretos; (E) Encerramento.
(D) permite a adaptação do conceito de margem de contribui-
ção às entidades públicas; 33. (IF-RJ – Administrador - IF-RJ – 2021) Um projeto é diferen-
(E) possibilita maior controle dos custos variáveis por parte dos te de uma operação, embora tenham alguns aspectos em comum,
gestores. tais como:
(A) Sustentam o negócio, são permanentes, repetitivos e roti-
29. (Câmara de Aracaju - SE - Analista Administrativo - FGV – neiros.
2021) Uma empreiteira implementa projeto de construção de novo (B) São exclusivos e originais, tem foco na integração e causam
shopping na cidade de Aracaju, na orla da praia de Atalaia. Para impactos.
aproveitar a vista da praia, a empresa optou por desenvolver uma (C) São ligados a planos estratégicos, buscam resultados dura-
edificação apenas com vidraças espelhadas, permitindo a visualiza- douros e são temporários.
ção de toda a orla pelos frequentadores do shopping. (D) São realizados por pessoas, restringidos por recursos limita-
No atual momento, o projeto encontra-se na etapa de seu ciclo dos e planejados, executados e controlados.
de vida em que os custos de mudança são altos e os riscos baixos.
É correto afirmar, portanto, que esse projeto se encontra na
34. (EBSERH - Psicólogo - Área Organizacional (HUJB – UFCG)
etapa de:
- INSTITUTO AOCP – 2017) Sobre a sustentabilidade organizacional,
(A) início;
assinale a alternativa correta.
(B) preparação;
(A) As desvantagens para a organização referem-se ao aumento
(C) organização;
dos gastos com a matéria-prima e com maior dependência de
(D) termo de abertura;
instalações de tratamento.
(E) encerramento.
(B) Promove maior custo operacional e de manutenção na bus-
30. (UFPEL - Professor Magistério Superior - Administração ca de produtos renováveis.
Pública - UFPel-CES – 2021) O Guia PMBOK para o gerenciamento (C) Devido ao grande investimento empresarial, o produto se
de projetos expressa um conjunto de diretrizes para a elaboração, torna mais oneroso restringindo a adesão dos consumidores.
monitoramento e avaliação de projetos. Dentre seus conceitos bá- (D) A imagem da empresa possui pouca significância para o
sicos está o de ciclo de vida do projeto. Sobre este, de acordo com consumidor, tornando o investimento inviável para a organiza-
o Guia PMBOK, é correto afirmar que ção.
(A) na formulação do Guia PMBOK, articula-se diretamente (E) Promove redução de custos futuros decorrentes de proces-
com a formulação do ciclo de vida das políticas públicas, sos de despoluição e de manutenção.
sendo dividido em cinco fases: estabelecimento da agenda,
formulação, implementação, monitoramento e avaliação.
(B) é definido como uma etapa de decisão organizacional,
gerenciável e conectada a uma dimensão institucional
claramente definida.
(C) os ciclos de vida de um projeto são interligados e depen-
dentes dos ciclos de vida do produto.
(D) a flexibilidade do ciclo de vida de um projeto pode ser rea-
lizada por meio de três fatores: 1) funcionalidade, 2) previsibi-
lidade e 3) adaptabilidade.

150
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
GABARITO ANOTAÇÕES

______________________________________________________
1 CERTO
2 E ______________________________________________________
3 CERTO ______________________________________________________
4 E
______________________________________________________
5 C
______________________________________________________
6 B
7 A ______________________________________________________
8 E ______________________________________________________
9 C
______________________________________________________
10 A
11 ERRADO ______________________________________________________

12 CERTO ______________________________________________________
13 D
______________________________________________________
14 A
______________________________________________________
15 B
16 B ______________________________________________________
17 C ______________________________________________________
18 C
______________________________________________________
19 A
20 CERTO ______________________________________________________

21 D ______________________________________________________
22 D ______________________________________________________
23 B
______________________________________________________
24 E
25 D ______________________________________________________
26 A ______________________________________________________
27 CERTO
______________________________________________________
28 C
______________________________________________________
29 E
30 E _____________________________________________________
31 C _____________________________________________________
32 C
______________________________________________________
33 D
34 E ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

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151
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ÊNFASE - ADMINISTRAÇÃO
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

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